Buscar

Higiene Ocupacional: Importância e Práticas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MÓDULO I 
 
HIGIENE 
OCUPACIONAL 
 
Prof. Dr. Walter dos Reis Pedreira Filho1 
Pesquisador Titular da Fundacentro - SP 
Profª. MSc. Fernanda Anraki Vieira2
 
Perita Judicial do TRT3 - MG e TRT8 – PA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Ǫuímico Industrial. Mestre e Doutor em Ǫuímica Analítica. 
2 Eng. Ǫuímica e Seg. do Trabalho. Mestra em Trabalho, Saúde e Ambiente. 
2
3
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL
A  Higiene Ocupacional  é uma ciência, que tem como finalidade antecipar, reconhecer, 
avaliar e controlar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho. São ações relacionadas à 
redução dos riscos e prevenção de doenças ocupacionais causadas por agente ambientais.
Os passos clássicos na prática de higiene ocupacional são:
1. O reconhecimento dos possíveis riscos à saúde no ambiente de trabalho;
2. A avaliação de perigos, que é o processo de avaliar a exposição e chegar a 
conclusões quanto ao nível de risco para a saúde humana;
3. A prevenção e controle de perigos, que é o processo de desenvolvimento e 
implementação de estratégias para eliminar, ou reduzir a níveis aceitáveis, 
a ocorrência de agentes e fatores nocivos no ambiente de trabalho, além de 
prestar contas à proteção ambiental.
A abordagem ideal para a prevenção de riscos é a 
“ação preventiva antecipada e integrada”, que deve incluir:
 – Saúde ocupacional e avaliações de impacto ambiental, antes do projeto e instalação de 
qualquer novo local de trabalho;
 – Seleção da tecnologia mais segura, menos perigosa e menos poluente (“produção mais limpa”);
 – Local ambientalmente adequado;
 – Projeto adequado, com layout adequado e tecnologia de controle adequada, inclusive para o 
manuseio e descarte seguro dos efluentes e resíduos resultantes;
 – Elaboração de diretrizes e regulamentos para treinamento sobre a operação correta dos 
processos, incluindo práticas seguras de trabalho, manutenção e procedimentos de emergência.
A importância de antecipar e prevenir todos os tipos de poluição ambiental não pode ser 
subestimada. Há, felizmente, uma tendência cada vez maior de considerar as novas tecnologias 
do ponto de vista dos possíveis impactos negativos e sua prevenção, desde o projeto e instalação 
do processo até o manuseio dos efluentes e resíduos resultantes, no chamado berço abordagem 
ao túmulo. Desastres ambientais, que ocorreram em países desenvolvidos e em desenvolvimento, 
poderiam ter sido evitados pela aplicação de estratégias de controle apropriadas e procedimentos 
de emergência no local de trabalho.
Os aspectos econômicos devem ser vistos em termos mais amplos do que a usual 
consideração inicial de custo; opções mais caras que oferecem boa saúde e proteção ambiental 
podem se mostrar mais econômicas a longo prazo. A proteção da saúde dos trabalhadores e do 
meio ambiente deve começar muito antes do que costuma acontecer. Informações e conselhos 
técnicos sobre higiene ocupacional e ambiental devem estar sempre disponíveis para aqueles 
que projetam novos processos, máquinas, equipamentos e locais de trabalho. Infelizmente, 
essas informações muitas vezes são disponibilizadas muito tarde, quando a única solução é a 
adaptação cara e difícil, ou pior, quando as consequências já foram desastrosas.
4
RECONHECIMENTO DE RISCOS
O reconhecimento dos riscos é uma etapa fundamental na prática da higiene ocupacional, 
indispensável para o planejamento adequado das estratégias de avaliação e controle dos 
riscos, bem como para o estabelecimento de prioridades de atuação. Para o dimensionamento 
adequado das medidas de controle, também é necessário caracterizar fisicamente as fontes de 
contaminantes e as vias de propagação dos contaminantes.
O reconhecimento de riscos leva à determinação de: 
- Quais agentes podem estar presentes e em que circunstâncias;
- A natureza e a possível extensão dos efeitos adversos associados à saúde e ao bem-estar.
A identificação de agentes perigosos, suas fontes e as condições de exposição requerem 
amplo conhecimento e estudo cuidadoso dos processos e operações de trabalho, matérias-
primas e produtos químicos utilizados ou gerados, produtos finais e eventuais subprodutos, 
bem como das possibilidades de formação acidental de produtos químicos, decomposição 
de materiais, combustão de combustíveis ou presença de impurezas. O reconhecimento da 
natureza e magnitude potencial dos efeitos biológicos que tais agentes podem causar se 
ocorrer superexposição requer conhecimento e acesso a informações toxicológicas. As fontes 
internacionais de informação incluem o Programa Internacional de Segurança Química (IPCS), 
Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e Registro Internacional de Produtos 
Químicos Potencialmente Tóxicos, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(UNEP-IRPTC). Os agentes que apresentam riscos à saúde no ambiente de trabalho incluem 
contaminantes transportados pelo ar; produtos químicos não transportados pelo ar; agentes 
físicos, como calor e ruído; agentes biológicos; fatores ergonômicos, como procedimentos de 
elevação e posturas de trabalho inadequados; e estresses psicossociais.
AVALIAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL
As avaliações de higiene ocupacional são realizadas para avaliar a exposição dos 
trabalhadores, bem como para fornecer informações para o projeto, ou para testar a eficiência, 
das medidas de controle.
A avaliação da exposição dos trabalhadores a riscos ocupacionais, como contaminantes 
transportados pelo ar, agentes físicos e biológicos, é abordada em outra parte deste capítulo. No 
entanto, algumas considerações gerais são feitas aqui para uma melhor compreensão do campo 
da higiene ocupacional.
É importante ter em mente que a avaliação de riscos não é um fim em si mesma, mas deve 
ser considerada como parte de um procedimento muito mais amplo que se inicia com a constatação 
de que determinado agente, capaz de causar danos à saúde, pode estar presente no trabalho meio 
ambiente, e conclui com o controle desse agente para que ele seja prevenido de causar danos. A 
avaliação de perigos abre caminho para, mas não substitui, a prevenção de perigos.
5
AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO
A avaliação da exposição visa determinar a quanto de um agente os trabalhadores foram 
expostos, com que frequência e por quanto tempo. Diretrizes a esse respeito foram estabelecidas 
tanto em nível nacional quanto internacional – por exemplo, EN 689, preparada pelo Comitê 
Européen de Normalization (Comitê Europeu de Padronização) (CEN 1994).
Na avaliação da exposição a contaminantes do ar, o procedimento mais usual é a avaliação 
da exposição por inalação, que requer a determinação da concentração no ar do agente ao qual 
os trabalhadores estão expostos (ou, no caso de partículas em suspensão, a concentração no ar 
de a fração relevante, por exemplo, a “fração respirável”) e a duração da exposição. No entanto, 
se outras vias além da inalação contribuirem consideravelmente para a absorção de um produto 
químico, uma avaliação errônea pode ser feita observando apenas a exposição por inalação. 
Nesses casos, a exposição total deve ser avaliada, e uma ferramenta muito útil para isso é o 
monitoramento biológico.
A prática da higiene ocupacional 
se preocupa com três tipos de situações:
1. Estudos iniciais para avaliar a exposição dos trabalhadores
2. Acompanhamento/vigilância
3. Avaliação da exposição para estudos epidemiológicos.
 
A principal razão para determinar se há superexposição a um agente perigoso no 
ambiente de trabalho é decidir se as intervenções são necessárias. Isso muitas vezes, mas não 
necessariamente, significa estabelecer se há cumprimento de um padrão adotado, que geralmente 
é expresso em termos de limite de exposição ocupacional. A determinação da situação de “pior 
exposição” pode ser suficiente para cumprir este propósito. Com efeito, se se espera que as 
exposições sejam muito altas ou muito baixas em relação aos valores-limite aceitos, a exatidão 
e a precisão das avaliações quantitativas podem ser menores do que quandose espera que as 
exposições estejam mais próximas dos valores-limite. De fato, quando os perigos são óbvios, 
pode ser mais sensato investir recursos inicialmente em controles e realizar avaliações ambientais 
mais precisas após a implementação dos controles.
Muitas vezes são necessárias avaliações de acompanhamento, principalmente se houver 
necessidade de instalar ou melhorar medidas de controle ou se forem previstas mudanças nos 
processos ou materiais utilizados. Nesses casos, as avaliações quantitativas têm um importante 
papel de vigilância em:
 – Avaliar a adequação, testar a eficiência ou divulgar possíveis falhas nos sistemas de controle;
 – Detectar se alterações nos processos, como temperatura de operação, ou nas matérias-primas, 
alteraram a situação de exposição.
Sempre que uma pesquisa de higiene ocupacional for realizada em conexão com um 
estudo epidemiológico para obter dados quantitativos sobre as relações entre exposição e efeitos 
na saúde, a exposição deve ser caracterizada com alto nível de exatidão e precisão. Nesse caso, 
todos os níveis de exposição devem ser adequadamente caracterizados, pois não bastaria, por 
6
exemplo, caracterizar apenas a pior situação de exposição. Seria ideal, embora difícil na prática, 
manter sempre registros de avaliação de exposição precisos e exatos, pois pode haver uma 
necessidade futura de ter dados históricos de exposição.
Para garantir que os dados de avaliação sejam representativos da exposição dos 
trabalhadores e que os recursos não sejam desperdiçados, uma estratégia de amostragem 
adequada, levando em conta todas as possíveis fontes de variabilidade, deve ser projetada e 
seguida. As estratégias de amostragem, bem como as técnicas de medição, são abordadas em 
“Avaliação do ambiente de trabalho”.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS
O grau de incerteza na estimativa de um parâmetro de exposição, por exemplo, a 
concentração média real de um contaminante no ar, é determinado através do tratamento 
estatístico dos resultados das medições (por exemplo, amostragem e análise). O nível de confiança 
nos resultados dependerá do coeficiente de variação do “sistema de medição” e do número de 
medições. Uma vez que haja uma confiança aceitável, o próximo passo é considerar as implicações 
para a saúde da exposição: o que isso significa para a saúde dos trabalhadores expostos: agora? 
no futuro próximo? em sua vida profissional? haverá impacto nas gerações futuras?
O processo de avaliação só é concluído quando os resultados das medições são 
interpretados à luz de dados (às vezes chamados de “dados de avaliação de risco”) derivados 
de estudos toxicológicos experimentais, epidemiológicos e clínicos e, em certos casos, ensaios 
clínicos. Deve-se esclarecer que o termo avaliação de risco tem sido usado em conexão com 
dois tipos de avaliação – a avaliação da natureza e extensão do risco resultante da exposição 
a produtos químicos ou outros agentes, em geral, e a avaliação de risco para um determinado 
trabalhador. ou grupo de trabalhadores, em uma situação de trabalho específica.
Na prática da higiene ocupacional, os resultados da avaliação da exposição são 
frequentemente comparados com os limites de exposição ocupacional adotados, que se destinam 
a fornecer orientação para a avaliação de perigos e para estabelecer níveis alvo de controle. A 
exposição acima desses limites requer ação corretiva imediata através da melhoria das medidas 
de controle existentes ou implementação de novas. De fato, as intervenções preventivas devem 
ser feitas no “nível de ação”, que varia de acordo com o país (por exemplo, metade ou um quinto 
do limite de exposição ocupacional). Um baixo nível de ação é a melhor garantia de evitar 
problemas futuros.
A comparação dos resultados da avaliação de exposição com os limites de exposição 
ocupacional é uma simplificação, pois, entre outras limitações, muitos fatores que influenciam 
a absorção de produtos químicos (por exemplo, suscetibilidades individuais, atividade física e 
constituição corporal) não são contabilizados por esse procedimento. Além disso, na maioria 
dos locais de trabalho há exposição simultânea a muitos agentes; portanto, uma questão muito 
importante é a de exposições combinadas e interações de agentes, pois as consequências para a 
saúde da exposição a um determinado agente isoladamente podem diferir consideravelmente das 
consequências da exposição a esse mesmo agente em combinação com outros, principalmente 
se houver sinergismo ou potencialização de efeitos.
7
MEDIDAS PARA CONTROLE
Medidas com o objetivo de investigar a presença de agentes e os padrões de parâmetros 
de exposição no ambiente de trabalho podem ser extremamente úteis para o planejamento e 
desenho de medidas de controle e práticas de trabalho. 
Os objetivos de tais medições incluem:
 – Identificação e caracterização da fonte;
 – Localização de pontos críticos em sistemas fechados ou gabinetes (por exemplo, vazamentos);
 – Determinação de caminhos de propagação no ambiente de trabalho;
 – Comparação de diferentes intervenções de controle;
 – Verificação de que a poeira respirável se assentou junto com a poeira grossa visível, ao usar 
sprays de água;
 – Verificando se o ar contaminado não está vindo de uma área adjacente.
Os instrumentos de leitura direta são extremamente úteis para fins de controle, 
principalmente aqueles que podem ser usados para amostragem contínua e refletem o que 
está acontecendo em tempo real, revelando assim situações de exposição que podem não ser 
detectadas e que precisam ser controladas. Exemplos de tais instrumentos incluem: detectores 
de foto-ionização, analisadores infravermelhos, medidores de aerossol e tubos detectores. Na 
amostragem para obter uma imagem do comportamento dos contaminantes, desde a fonte em 
todo o ambiente de trabalho, a exatidão e a precisão não são tão críticas quanto seriam para a 
avaliação da exposição.
As medições também são necessárias para avaliar a eficiência das medidas de controle. 
Nesse caso, a amostragem na fonte ou a amostragem de área são convenientes, isoladamente 
ou em adição à amostragem pessoal, para a avaliação da exposição dos trabalhadores. Para 
garantir a validade, os locais para amostragem “antes” e “depois” (ou medições) e as técnicas 
utilizadas devem ser as mesmas, ou equivalentes, em sensibilidade, exatidão e precisão.
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
O principal objetivo da higiene ocupacional é a implementação de medidas adequadas 
de prevenção e controle de riscos no ambiente de trabalho. Padrões e regulamentos, se não 
forem cumpridos, não têm sentido para a proteção da saúde dos trabalhadores, e a aplicação 
geralmente requer estratégias de monitoramento e controle. A ausência de padrões legalmente 
estabelecidos não deve ser um obstáculo para a implementação das medidas necessárias para 
prevenir exposições nocivas ou controlá-las ao nível mais baixo possível. 
Quando perigos graves são óbvios, o controle deve ser recomendado, mesmo antes da 
realização de avaliações quantitativas. Às vezes pode ser necessário mudar o conceito clássico 
de “reconhecimento-avaliação-controle” para “reconhecimento-controle-avaliação”, ou mesmo 
para “reconhecimento-controle”, se não existirem capacidades de avaliação de perigos. Alguns 
exemplos de perigos com necessidade óbvia de ação sem a necessidade de amostragem 
8
ambiental prévia são galvanoplastia realizada em uma sala pequena e não ventilada, ou 
usando uma britadeira ou equipamento de jateamento de areia sem controles ambientais ou 
equipamentos de proteção. Para tais riscos à saúde reconhecidos, a necessidade imediata é o 
controle, não a avaliação quantitativa.
A ação preventiva deve, de alguma forma, interromper a cadeia pela qual o agente 
perigoso – um produto químico, poeira, uma fonte de energia – é transmitido da fonte para o 
trabalhador. Existem três grupos principais de medidas de controle: controles de engenharia, 
práticas de trabalho e medidas pessoais.
A abordagemde prevenção de riscos mais eficiente é a aplicação de medidas de controle 
de engenharia que previnem exposições ocupacionais através da gestão do ambiente de 
trabalho, diminuindo assim a necessidade de iniciativas por parte dos trabalhadores ou pessoas 
potencialmente expostas. As medidas de engenharia geralmente requerem algumas modificações 
de processo ou estruturas mecânicas e envolvem medidas técnicas que eliminam ou reduzem 
o uso, geração ou liberação de agentes perigosos em sua fonte ou, quando a eliminação da 
fonte não é possível, medidas de engenharia devem ser projetadas para prevenir ou reduzir a 
disseminação de agentes perigosos no ambiente de trabalho por:
 – Contendo-os;
 – Removendo-os imediatamente além da fonte;
 – Interferindo na sua propagação;
 – Reduzindo sua concentração ou intensidade.
As intervenções de controle que envolvem alguma modificação da fonte são a melhor 
abordagem porque o agente nocivo pode ser eliminado ou reduzido em concentração ou 
intensidade. As medidas de redução da fonte incluem substituição de materiais, substituição/
modificação de processos ou equipamentos e melhor manutenção dos equipamentos.
Quando as modificações na fonte não são viáveis, ou não são suficientes para atingir o nível 
desejado de controle, a liberação e disseminação de agentes perigosos no ambiente de trabalho 
deve ser evitada pela interrupção de seu caminho de transmissão por meio de medidas como 
isolamento (por exemplo, sistemas fechados, recintos), ventilação de exaustão local, barreiras e 
blindagens, isolamento de trabalhadores.
Outras medidas destinadas a reduzir as exposições no ambiente de trabalho incluem 
design adequado do local de trabalho, ventilação de diluição ou deslocamento, boa limpeza e 
armazenamento adequado. A rotulagem e os sinais de alerta podem auxiliar os trabalhadores em 
práticas de trabalho seguras. Sistemas de monitoramento e alarme podem ser necessários em 
um programa de controle. Monitores para monóxido de carbono em torno de fornos, para sulfeto 
de hidrogênio em trabalhos de esgoto e para deficiência de oxigênio em espaços fechados são 
alguns exemplos.
As práticas de trabalho são uma parte importante do controle – por exemplo, trabalhos em 
que a postura de trabalho de um trabalhador pode afetar a exposição, como se um trabalhador 
se inclina sobre seu trabalho. A posição do trabalhador pode afetar as condições de exposição 
(por exemplo, zona de respiração em relação à fonte do contaminante, possibilidade de absorção 
pela pele).
9
Por fim, a exposição ocupacional pode ser evitada ou reduzida colocando uma barreira 
protetora no trabalhador, no ponto crítico de entrada do agente nocivo em questão (boca, nariz, 
pele, ouvido) – ou seja, o uso de dispositivos de proteção individual. Ressalta-se que todas 
as outras possibilidades de controle devem ser exploradas antes de se considerar o uso de 
equipamentos de proteção individual, pois este é o meio menos satisfatório para o controle 
rotineiro de exposições, principalmente a contaminantes transportados pelo ar.
Outras medidas preventivas pessoais incluem educação e treinamento, higiene pessoal e 
limitação do tempo de exposição. Avaliações contínuas, por meio do monitoramento ambiental 
e da vigilância sanitária, devem fazer parte de qualquer estratégia de prevenção e controle de 
perigos. A tecnologia de controle apropriada para o ambiente de trabalho também deve incluir 
medidas para a prevenção da poluição ambiental (ar, água, solo), incluindo a gestão adequada 
de resíduos perigosos.
Embora a maioria dos princípios de controle aqui mencionados se apliquem a contaminantes 
transportados pelo ar, muitos também são aplicáveis a outros tipos de perigos. Por exemplo, um 
processo pode ser modificado para produzir menos contaminantes do ar ou para produzir menos 
ruído ou menos calor. Uma barreira de isolamento pode isolar os trabalhadores de uma fonte de 
ruído, calor ou radiação.
Muitas vezes, a prevenção se concentra nas medidas mais conhecidas, como ventilação 
de exaustão local e equipamentos de proteção individual, sem a devida consideração de outras 
opções de controle valiosas, como tecnologias alternativas mais limpas, substituição de materiais, 
modificação de processos e boas práticas de trabalho. Muitas vezes acontece que os processos 
de trabalho são considerados imutáveis quando, na realidade, podem ser feitas mudanças que 
efetivamente previnem ou pelo menos reduzem os perigos associados.
A prevenção e o controle de riscos no ambiente de trabalho requerem conhecimento 
e engenhosidade. O controle eficaz não requer necessariamente medidas muito caras e 
complicadas. Em muitos casos, o controle de riscos pode ser alcançado por meio de tecnologia 
apropriada, que pode ser tão simples quanto um pedaço de material impermeável entre o ombro 
nu de um trabalhador portuário e um saco de material tóxico que pode ser absorvido pela pele. 
Também pode consistir em melhorias simples, como colocar uma barreira móvel entre uma fonte 
ultravioleta e um trabalhador, ou treinar trabalhadores em práticas de trabalho seguras.
Os aspectos a serem considerados ao selecionar as estratégias e tecnologias de controle 
apropriadas incluem o tipo de agente perigoso (natureza, estado físico, efeitos na saúde, vias 
de entrada no corpo), tipo de fonte(s), magnitude e condições de exposição, características de o 
local de trabalho e a localização relativa das estações de trabalho.
Devem ser asseguradas as habilidades e recursos necessários para o correto projeto, 
implementação, operação, avaliação e manutenção dos sistemas de controle. Sistemas como ventilação 
de exaustão local devem ser avaliados após a instalação e verificados rotineiramente a partir de então. 
Somente o monitoramento e a manutenção regulares podem garantir a eficiência contínua, pois 
mesmo sistemas bem projetados podem perder seu desempenho inicial se forem negligenciados.
As medidas de controle devem ser integradas aos programas de prevenção e controle de 
riscos, com objetivos claros e gestão eficiente, envolvendo equipes multidisciplinares compostas 
por higienistas ocupacionais e outros profissionais de saúde e segurança ocupacional, engenheiros 
10
de produção, direção e trabalhadores. Os programas também devem incluir aspectos como 
comunicação de perigos, educação e treinamento abrangendo práticas de trabalho seguras e 
procedimentos de emergência.
Aspectos de promoção da saúde também devem ser incluídos, uma vez que o local de 
trabalho é um cenário ideal para promover estilos de vida saudáveis em geral e para alertar 
sobre os perigos de exposições não profissionais perigosas causadas, por exemplo, por tiro sem 
proteção adequada ou tabagismo.
AS LIGAÇÕES ENTRE HIGIENE OCUPACIONAL, 
AVALIAÇÃO DE RISCOS E GESTÃO DE RISCOS
A avaliação de risco é uma metodologia que visa caracterizar os tipos de efeitos à saúde 
esperados em decorrência de determinada exposição a um determinado agente, bem como 
fornecer estimativas sobre a probabilidade de ocorrência desses efeitos à saúde, em diferentes 
níveis de exposição. Também é utilizado para caracterizar situações de risco específicas. Envolve 
a identificação do perigo, o estabelecimento de relações exposição-efeito e a avaliação da 
exposição, levando à caracterização do risco.
O primeiro passo refere-se à identificação de um agente – por exemplo, um produto químico 
– como causador de um efeito prejudicial à saúde (por exemplo, câncer ou envenenamento 
sistêmico). A segunda etapa estabelece o quanto a exposição causa quanto de um determinado 
efeito em quantas pessoas expostas. Este conhecimento é essencial para a interpretação dos 
dados de avaliação da exposição.
A avaliação da exposição faz parte da avaliação de risco, tanto na obtenção de dados 
para caracterizar uma situação de risco quanto na obtenção de dados para o estabelecimento de 
relações exposição-efeito de estudos epidemiológicos. Neste último caso, a exposição que levou 
a um determinadoefeito ocupacional ou ambiental deve ser caracterizada com precisão para 
garantir a validade da correlação.
Embora a avaliação de risco seja fundamental para muitas decisões que são tomadas na 
prática da higiene ocupacional, tem efeito limitado na proteção da saúde dos trabalhadores, a 
menos que se traduza em ações preventivas efetivas no local de trabalho.
A avaliação de risco é um processo dinâmico, pois novos conhecimentos muitas vezes 
revelam efeitos nocivos de substâncias até então consideradas relativamente inofensivas; 
portanto, o higienista ocupacional deve ter sempre acesso a informações toxicológicas 
atualizadas. Outra implicação é que as exposições devem sempre ser controladas ao nível mais 
baixo possível.
GERENCIAMENTO DE RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO
Nem sempre é viável eliminar todos os agentes que apresentam riscos à saúde ocupacional, 
pois alguns são inerentes aos processos de trabalho indispensáveis ou desejáveis; entretanto, os 
riscos podem e devem ser gerenciados.
11
A avaliação de risco fornece uma base para o gerenciamento de risco. No entanto, 
enquanto a avaliação de riscos é um procedimento científico, a gestão de riscos é mais pragmática, 
envolvendo decisões e ações que visam prevenir, ou reduzir a níveis aceitáveis, a ocorrência de 
agentes que possam trazer riscos à saúde dos trabalhadores, das comunidades do entorno e do 
meio ambiente, respondendo também pelo contexto socioeconômico e de saúde pública.
A gestão de risco ocorre em diferentes níveis; as decisões e ações tomadas em nível 
nacional abrem caminho para a prática da gestão de riscos no local de trabalho.
A gestão de riscos no local de trabalho 
requer informações e conhecimentos sobre:
 – Riscos para a saúde e sua magnitude, identificados e classificados de acordo com os resultados 
da avaliação de risco;
 – Requisitos e normas legais;
 – Viabilidade tecnológica, em termos da tecnologia de controle disponível e aplicável;
 – Aspectos econômicos, como os custos para projetar, implementar, operar e manter sistemas de 
controle e análise de custo-benefício (custos de controle versus benefícios financeiros incorridos 
pelo controle de riscos ocupacionais e ambientais);
 – Recursos humanos (disponíveis e necessários);
 – Contexto socioeconômico e de saúde pública.
Deve servir de base para decisões que incluem:
 – Estabelecimento de uma meta de controle;
 – Seleção de estratégias e tecnologias de controle adequadas;
 – Estabelecimento de prioridades de ação em função da situação de risco, bem como do contexto 
socioeconômico e de saúde pública existente (particularmente importante nos países em 
desenvolvimento).
E que deve levar em conta as ações como:
 – Identificação/busca de recursos financeiros e humanos (se ainda não estiver disponível);
 – Desenho de medidas de controle específicas, que devem ser adequadas para a proteção da 
saúde dos trabalhadores e do meio ambiente, bem como salvaguardar tanto quanto possível a 
base de recursos naturais;
 – Implementação de medidas de controle, incluindo provisões para procedimentos adequados de 
operação, manutenção e emergência;
 – Estabelecimento de um programa de prevenção e controle de perigos com gestão adequada e 
incluindo vigilância de rotina.
12
13
INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO 
TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
A Revolução Industrial marcou o início da produção com uso de máquinas e mão de obra 
assalariada em substituição ao modo artesanal de trabalho. Empregadores, ante a falta de 
mecanismos legais para reger as relações de trabalho, submetiam seus empregados a condições 
indignas de labor (VIEIRA, 2018).
Nesse contexto, das relações de emprego não regulamentadas, o trabalho assalariado 
influenciou para o surgimento dos direitos sociais, através dos conflitos entre os proletariados e 
empregadores, onde os trabalhadores reivindicavam por melhores condições de vida e trabalho. 
Tal situação resultou no surgimento de normas coletivas e posterior interferência do Estado, na 
regulamentação das relações de trabalho (VIEIRA, 2018).
Após a Primeira Guerra Mundial, sob o cenário de reestruturação social, a Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), criada pelo Tratado de Versalhes, em 1919, surgiu na conjuntura 
política como organismo internacional responsável por promover o trabalho decente e produtivo, 
em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade, dando origem ao conceito da 
internacionalização da legislação trabalhista (VIEIRA, 2018).
No Brasil, após a abolição da escravatura e mediante a necessidade de mão-de-obra 
assalariada, imigrante ou nacional, as lutas operárias e a tendência de internacionalização das 
leis do trabalho propiciaram o desenvolvimento das leis trabalhistas brasileiras. Os primeiros 
órgãos da Justiça do Trabalho, sob o Poder Executivo, foram os Tribunais Rurais em 1922, e a 
legislação trabalhista no país teve início, de fato, na década de 1930, com a criação do Ministério 
do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1930, e com a criação das Comissões de Salário Mínimo, 
em 1936, que previam o pagamento de adicional de salário para trabalhadores expostos a 
condições insalubres (VIEIRA, 2018).
Os artigos 7º a 11 da Constituição Federal, tratam dos direitos dos trabalhadores. O 
Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, aprova a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, 
que, conforme artigo 1º, “estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de 
trabalho, nela previstas”. 
Segundo o Ministério do Trabalho, as Normas Regulamentadoras (NR) são disposições 
complementares ao Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro 
de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e 
trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de 
doenças e acidentes de trabalho.
As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de 
junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo, visando assegurar a prevenção 
da segurança e saúde de trabalhadores em serviços laborais e segmentos econômicos específicos. 
A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas adotando o sistema tripartite 
paritário, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio de grupos e 
comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de trabalhadores.
14
Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a instância de 
discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras, com vistas a melhorar 
as condições e o meio ambiente do trabalho.
As Normas Regulamentadoras vigentes são:
 – NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
 – NR-2 - Inspeção Prévia (Revogada);
 – NR-3 - Embargo ou Interdição;
 – NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - 
SESMT;
 – NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;
 – NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI;
 – NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
 – NR-8 - Edificações;
 – NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e 
Biológicos (antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA);
 – NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
 – NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
 – NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
 – NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento;
 – NR-14 - Fornos;
 – NR-15 - Atividades e Operações Insalubres;
 – NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
 – NR-17 - Ergonomia;
 – NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção;
 – NR-19 - Explosivos;
 – NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
 – NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto;– NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
 – NR-23 - Proteção Contra Incêndios;
 – NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
 – NR-25 - Resíduos Industriais;
 – NR-26 - Sinalização de Segurança;
 – NR-27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada);
 – NR-28 - Fiscalização e Penalidades;
 – NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
 – NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
 – NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura;
 – NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde;
 – NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
 – NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e 
Desmonte Naval;
15
 – NR-35 - Trabalho em Altura;
 – NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e 
Derivados;
 – NR-37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo;
 – NR-38 - Segurança e Saúde no Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e Manejo de 
Resíduos Sólidos.
Todas as NR são obrigatórias, mas de um modo 
geral, estão diretamente ligadas à higiene ocupacional:
 – NR-1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
 – NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI;
 – NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
 – NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos 
e Biológicos (antigo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA);
 – NR-15 - Atividades e Operações Insalubres.
As demais NR complementam a gestão de saúde e segurança do trabalhador, devendo-se 
atentar às suas revisões e atualizações, que estão ocorrendo de modo mais intenso nos últimos anos.
HIGIENE OCUPACIONAL E APOSENTADORIA ESPECIAL
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à 
assistência social. O trabalhador, após determinado período de contribuição previdenciária, tem 
direito à aposentadoria que, dependendo das condições em que o trabalho foi realizado, pode 
ser enquadrada como aposentadoria especial.
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a modalidade de aposentadoria 
denominada especial tem características próprias, e sofreu sucessivas alterações da legislação 
que compreendem análises de direitos adquiridos em vigência das leis e decretos correspondentes 
a cada período trabalhado, apreciações eminentemente técnicas, de natureza médica, de Higiene 
do Trabalho e de Engenharia de Segurança do Trabalho. Tal complexidade faz com que a análise 
da aposentadoria especial seja criteriosa, porém passível de várias interpretações da legislação 
e enquadramentos diferentes para as várias categorias (INSS, 2018).
A aposentadoria especial vem sofrendo constantes modificações que motivam frequentes 
discussões, com a finalidade de uniformizar o entendimento técnico. A publicação do Decreto nº 
10.410, de 30 de junho de 2020, e Decreto nº 8.123, de 16 de outubro de 2013, que alteraram 
o Decreto nº 3.048, de 9 de maio de 1999, e da Portaria Interministerial MTE/MS/MPS nº 9, de 7 
de outubro de 2014, modificaram a análise dos agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos 
para fins de reconhecimento de tempo especial. O Recurso Extraordinário com Agravo – ARE nº 
664.335, do Supremo Tribunal Federal, trouxe novo entendimento jurídico acerca da eficácia da 
proteção individual em elidir os efeitos deletérios do agente nocivo físico ruído. A revogação do 
16
parágrafo único do art. 244 da Instrução Normativa – IN nº 45/PRES/INSS, de 6 de agosto de 
2010, pela IN nº 77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015, resultou em uma nova interpretação 
sobre a análise da exposição ao agente nocivo biológico (INSS, 2018).
Isso significa que além de dominar os conhecimentos relativos à prática da higiene 
ocupacional, é necessário também deter os conhecimentos da legislação previdenciária, pois cabe 
ao profissional de saúde e segurança do trabalhador levantar tais informações nos ambientes de 
trabalho e repassá-las, de forma compreensível, aos setores administrativos dos estabelecimentos, 
que são responsáveis por transmiti-las ao governo através do sistema e-Social.
APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial tem características preventiva e compensatória, vez que busca 
diminuir o tempo de trabalho do segurado que, sujeito a condições especiais, exerce ou exerceu 
atividade que, pela sua natureza, pode causar danos à saúde ou à integridade física. Além 
de outros fatores, para obtenção deste tipo de aposentadoria, a Lei impunha ao segurado a 
comprovação de exercício de atividade profissional em serviços considerados penosos, insalubres 
ou perigosos, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos (INSS, 2018). A legislação 
trabalhista regulamenta as atividades insalubres, na NR-15, e atividades perigosas, na NR-16, 
não havendo regulamentação para atividades penosas. 
Ao longo da legislação previdenciária, foi estabelecido que a comprovação da efetiva 
exposição do segurado aos agentes nocivos fosse feita mediante formulário atualizado, na forma 
estabelecida pelo INSS. Atualmente, o formulário é o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, 
emitido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Técnico das Condições Ambientais 
do Trabalho – LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, 
com as informações sobre tecnologia de proteção coletiva e individual para neutralizar ou diminuir 
a intensidade dos agentes nocivos para níveis abaixo dos limites de tolerância (INSS, 2018).
Para os períodos trabalhados anteriores 31/12/2003, 
os seguintes formulários são aceitos:
I. IS no SSS-501.19, de 1971: Anexo I da Seção I do BS/
DS no 38, de 26 de fevereiro de 1971;
II. ISS-132: Anexo IV da parte II do BS/DG no 231, de 6 de dezembro de 1977;
III. SB-40: OS/SB no 52.5, de 13 de agosto de 1979;
IV. DISES BE 5235: regulamentado pela Resolução INSS/
PR no 58, de 16 de setembro de 1991 (emitidos entre 16 
de setembro de 1991 e 12 de novembro de 1995);
V. DSS-8030: OS/INSS/DSS no 518, de 13 de outubro de 1995;
VI. DIRBEN 8030: IN INSS/DC no 39 de 26 de outubro de 2000 (INSS, 2018).
Para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, conforme estabelecido pela 
Instrução Normativa no 99/INSS/DC, de 5 de dezembro de 2003, em cumprimento ao §2º do art. 
68 do RPS, o único documento para requerimento de aposentadoria especial é o PPP. O PPP é 
17
um documento histórico laboral do trabalhador que reúne informações administrativas, registros 
ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu 
suas atividades. Deverá ser mantido na empresa por vinte anos (INSS, 2018).
 
LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO – 
LTCAT
O LTCAT, previsto na Lei nº 8.213, de 1991, tem finalidade previdenciária na concessão da 
aposentadoria especial. Portanto, não se deve confundir o laudo técnico de insalubridade e/ou 
periculosidade com o LTCAT para avaliação de caracterização de condições especiais previstas 
na aposentadoria especial. 
Os laudos técnicos acima referenciados são documentos elaborados a partir de um 
conjunto de procedimentos que tem por objetivo concluir, mediante exame, vistoria, indagação, 
investigação, avaliação, se existem condições insalubres e/ou perigosas ou se existe efetiva 
exposição a agentes nocivos, de acordo com a legislação pertinente. É importante o caráter 
técnico pericial comum a esses laudos. Porém, alguns dos conceitos neles contidos são distintos. 
O laudo para fins previdenciários depende de duas definições básicas: a nocividade e a 
permanência. A nocividade é relativa aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de 
agentes capazes de causar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador,previstos nos 
diversos anexos dos decretos previdenciários. A permanência diz respeito à necessidade, para 
caracterização de condições especiais, de que o trabalho exposto aos agentes nocivos ocorra 
de modo permanente, não ocasional nem intermitente, indissociável da produção do bem ou da 
prestação do serviço. 
Outros documentos previstos nas Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria nº 
3.214, de 1978, do MTE podem ser utilizados como substitutos do LTCAT, desde que assinados 
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
18
Fonte: INSS, 2018.
19
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP 
ANEXO XVII
INSTRUÇÃO NORMATIVA PRES/INSS Nº 128, DE 28 DE MARÇO DE 2022
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP
20
21
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO PPP
CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO
DADOS ADMINISTRATIVOS
1
CNPJ do Domicílio 
Tributário/ CEI/ 
CAEPF/CNO
CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário, 
nos termos do art. 127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou
Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) relativa à obra 
realizada por Contribuinte Individual ou ao estabelecimento escolhido 
como domicílio tributário que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.
XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos; ou
Cadastro das Atividades Econômicas das Pessoas Físicas (CAEPF) 
ou Cadastro Nacional de Obras (CNO) do empregador no formato, 
respectivamente, XXX.XXX.XXX/XXX-XX e XX.XXX.XXXXX/XX.
2 NOME 
EMPRESARIAL Até quarenta caracteres alfanuméricos.
3 CNAE
Classificação Nacional de Atividades Econômicas da Empresa - CNAE, 
completo, com sete caracteres numéricos, no formato XXXXXX-X, instituído 
pelo
IBGE por meio da Resolução CONCLA nº 07, de 16 de dezembro de 2002. A 
tabela de códigos CNAE - Fiscal pode ser consultada na internet, no site  
www.cnae.ibge.gov.br 
4 NOME DO 
TRABALHADOR Até quarenta caracteres alfabéticos.
5 BR/PDH
BR - Beneficiário Reabilitado; PDH - Portador de Deficiência Habilitado; 
NA - Não Aplicável.
Preencher com base no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, que estabelece a 
obrigatoriedade do preenchimento dos cargos de empresas com cem ou 
mais empregados com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de 
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados 2%;
II - de 201 a 500 3%;
III - de 501 a 1.000 4%
IV - de 1.001 em diante 5%.
6 CPF Número de Cadastro da Pessoa Física com onze caracteres numéricos, no 
formato XXX.XXX.XXX-XX.
7 DATA DO 
NASCIMENTO No formato DD/MM/AAAA
8 SEXO (F/M) F - Feminino; M - Masculino
9
MATRÍCULA DO 
TRABALHADOR 
NO eSOCIAL
Número único composto pelo código da empresa e pelo número do empregado.
10 DATA DE 
ADMISSÃO No formato DD/MM/AAAA
11 REGIME DE 
REVEZAMENTO
Regime de Revezamento de Trabalho, para trabalhos em turnos ou escala, 
especificando tempo trabalhado e tempo de descanso, com até quinze 
caracteres alfanuméricos.
Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses. Se inexistente, preencher 
com NA - Não Aplicável.
22
12 CAT REGISTRADA
Informações sobre as Comunicações de Acidente do Trabalho registradas pela 
empresa na Previdência Social, nos termos do art. 22 da Lei nº 8.213, de 1991, 
do art. 169 da CLT, do art. 336 do RPS,
aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999, do item 7.4.8, alínea “a”, da NR-07 
do MTP e dos itens 4.3 e 6.1 do Anexo 13-A da NR-15 do MTP, disciplinado 
pela Portaria MPAS nº 5.051, de 1999, que aprova o Manual de Instruções para 
Preenchimento da CAT.
12.1 DATA DO 
REGISTRO No formato DD/MM/AAAA.
12.2 NÚMERO DA CAT
Com treze caracteres numéricos, com formato XXXXXXXXXX-X/XX.
Os dois últimos caracteres correspondem a um número sequencial relativo ao 
mesmo acidente, identificado por NIT, CNPJ e data do acidente.
13 LOTAÇÃO E 
ATRIBUIÇÃO
Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do trabalhador, por 
período.
A alteração de qualquer um dos campos - 13.2 a 13.7 - implica, 
obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período, 
repetindo as informações que não foram alteradas.
13.1 PERÍODO
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser 
preenchida.
13.2 CNPJ/CEI/CAEPF/
CNO
Local onde efetivamente o trabalhador exerce suas atividades. Deverá ser 
informado o CNPJ do estabelecimento de lotação do trabalhador ou da
empresa tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX ou Matrícula 
CEI da obra ou do estabelecimento que não possua CNPJ, no formato
XX.XXX.XXXXX/XX, ou o Cadastro das Atividades Econômicas das Pessoas 
Físicas (CAEPF), no formato XXX.XXX.XXX/XXX-XX ou o Cadastro Nacional de 
Obras (CNO) do empregador no formato XX.XXX.XXXXX/XX.
13.3 SETOR
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o 
trabalhador exerce suas atividades laborais, com até quinze caracteres 
alfanuméricos.
13.4 CARGO
Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado ou trabalhador 
avulso, ou constante no Recibo de Produção e Livro de Matrícula, se cooperado, 
com até trinta caracteres alfanuméricos.
13.5 FUNÇÃO
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o 
trabalhador tenha atribuição de comando, chefia, coordenação, supervisão ou 
gerência. Quando inexistente a função, preencher com NA - Não Aplicável, com 
até trinta caracteres alfanuméricos.
13.6 CBO
Classificação Brasileira de Ocupação - CBO vigente à época, com seis 
caracteres numéricos:
1 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO 
completa com cinco caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição;
2 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a CBO 
completa com seis caracteres.
Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com cinco caracteres numéricos, 
conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP:
1 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO 
completa com cinco caracteres.
2 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a família do 
CBO com quatro caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição.
A tabela de CBO pode ser consultada na internet, no site  
http://cbo.maisemprego.mte.gov.br/cbosite/pages/home.jsf 
OBS.: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO completa, com seis 
caracteres numéricos, conforme a nova tabela CBO relativa a 2002.
23
13.7
CÓDIGO DE 
OCORRÊNCIA DA 
GFIP
Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com dois caracteres numéricos, 
conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP.
14 PROFISSIOGRAFIA
Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por período.
A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, 
com discriminação do período.
14.1 PERÍODO
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. 
No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser 
preenchida.
14.2 DESCRIÇÃO DAS 
ATIVIDADES
Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, por 
força do poder de comando a que se submete, com até quatrocentos caracteres 
alfanuméricos.
As atividades deverão ser descritas com exatidão e de forma sucinta, com a 
utilização de verbos no infinitivo impessoal.
REGISTROS AMBIENTAIS
15
EXPOSIÇÃO A 
FATORES DE 
RISCOS
Informações sobre a exposição do trabalhador a fatores de riscos ambientais, 
por período, ainda que estejam neutralizados, atenuados ou exista proteção 
eficaz.
Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores de riscos 
ergonômicos e mecânicos. A alteração de qualquer um dos campos - 15.2 a 
15.8 - implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do 
período, repetindo as informações que não foram alteradas.
OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP em meio magnético 
pela Previdência Social, as informações relativas aos fatores de riscos 
ergonômicos e mecânicos passarão a ser obrigatórias.
15.1 PERÍODO
Data de início e datade fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. 
No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser 
preenchida.
15.2 TIPO
F - Físico; Q - Químico; B - Biológico; E
-Ergonômico/Psicossocial, M - Mecânico/de Acidente, conforme classificação 
adotada pelo Ministério da Saúde, em “Doenças Relacionadas ao Trabalho: 
Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde”, de 2001.
A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa.
O que determina a associação de agentes é a superposição de períodos com 
fatores de risco diferentes.
15.3 FATOR DE RISCO
Descrição do fator de risco, com até quarenta caracteres alfanuméricos.
Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome da substância ativa, 
não sendo aceitas citações de nomes comerciais.
15.4 INTENSIDADE / 
CONCENTRAÇÃO
Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de agente, com até quinze 
caracteres alfanuméricos.
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA - 
Não Aplicável.
15.5 TÉCNICA 
UTILIZADA
Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até quarenta caracteres 
alfanuméricos.
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA - 
Não Aplicável.
15.6 EPC EFICAZ (S/N)
S - Sim; N - Não, considerando se houve ou não a eliminação ou a 
neutralização, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, asseguradas 
as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme 
especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção.
24
15.7 EPI EFICAZ (S/N)
S - Sim; N - Não, considerando se houve ou não a atenuação, com base no 
informado nos itens 15.2 a 15.5, observado o disposto na NR-06 do MTP, 
assegurada a observância:
1. da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-01 do MTP (medidas de 
proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do 
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem,
admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, 
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter 
complementar ou emergencial);
2. das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme 
especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;
3. do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTP;
4. da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo 
esta ser comprovada mediante recibo; e
5. dos meios de higienização.
15.8 C.A. EPI
Número do Certificado de Aprovação do MTP para o Equipamento de Proteção 
Individual referido no campo 154.7, com cinco caracteres numéricos.
Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA - Não Aplicável.
15.9
ATENDIMENTO 
AOS REQUISITOS 
DAS NR-06 E NR-
01 DO MTP PELOS 
EPI INFORMADOS
Observação do disposto na NR-06 do MTP, assegurada a observância:
1. da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-01 do MTP (medidas de 
proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do 
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem,
admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, 
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter 
complementar ou emergencial);
2. das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme 
especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;
3. do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTP;
4. da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo 
esta ser comprovada mediante recibo; e
5. dos meios de higienização.
16
RESPONSÁVEL 
PELOS REGISTROS 
AMBIENTAIS
Informações sobre os responsáveis pelos registros ambientais, por período.
16.1 PERÍODO
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. 
No caso de trabalhador ativo, sem alteração do responsável, a data de fim do 
último período não deverá ser preenchida.
16.2 CPF Número de Cadastro da Pessoa Física com onze caracteres numéricos, no 
formato XXX.XXX.XXX-XX.
16.3
REGISTRO 
CONSELHO DE 
CLASSE
Número do registro profissional no Conselho de Classe, com nove caracteres 
alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
A parte “-X” corresponde à D - Definitivo ou P - Provisório.
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com dois caracteres alfabéticos.
A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.
16.4
NOME DO 
PROFISSIONAL 
LEGALMENTE 
HABILITADO
Até quarenta caracteres alfabéticos.
25
RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES
17 DATA DE EMISSÃO 
DO PPP
Data em que o PPP é impresso e assinado pelos responsáveis, no formato DD/
MM/AAAA.
18
REPRESENTANTE 
LEGAL DA 
EMPRESA
Informações sobre o Representante Legal da empresa.
18.1
NIT DO 
REPRESENTANTE 
LEGAL
NIT do representante legal da empresa com onze caracteres numéricos, no 
formato XXX.XXXXX.XX-X.
O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de CI, 
pode ser utilizado o número de inscrição no SUS ou na Previdência Social.
18.2
NOME DO 
REPRESENTANTE 
LEGAL
Até quarenta caracteres alfabéticos.
CARIMBO DA 
EMPRESA E 
ASSINATURA DO 
REPRESENTANTE 
LEGAL
Carimbo da empresa e assinatura, física ou eletrônica, do Representante Legal.
OBSERVAÇÕES
Devem ser incluídas neste campo informações necessárias à análise do PPP, bem como facilitadoras do requeri-
mento do benefício, como por exemplo: esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de 
sucessora ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.
OBS.: É facultada a inclusão de informações complementares ou adicionais ao PPP.
26
MATERIAL COMPLEMENTAR
Instrução Normativa PRES/INSS nº 133, de 26 de maio de 2022. 
Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-pres/inss-n-133-de-
26-de-maio-de-2022-403670931
Manual de Aposentadoria Especial. Atualizado pelo Despacho Decisório nº 479/DIRSAT/
INSS, de 25 de setembro de 2018. 
Disponível em: https://www.chemicalexpert.com.br/_files/ugd/63f1f5_
eed05e591f7941bfa2dd5452ac1c55c8.pdf
27
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 10.410, de 30 de junho de 2020. Altera o Regulamento da Previdência 
Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. 
Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.410-de-30-de-junho-
de-2020-264503344>. Acesso em 16 Jan. 2023
BRASIL. Introdução à higiene ocupacional. São Paulo: Fundacentro, 2004. 
Disponível em: <http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/a23_1/apache_
media/RTMECD7TATVD5N9BPN8STM7D8F68SI.pdf>. Acesso em 28 Jul. 2022.
BRASIL. Instrução Normativa PRES/INSS nº 133, de 26 de maio de 2022. 
Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-pres/inss-n-133-de-
26-de-maio-de-2022-403670931>. Acesso em 16 Jan. 2023
BRASIL. Normas Regulamentadoras. 
Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em 16 Jan. 2023.
BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON, José; SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: agentes 
biológicos, químicos e físicos. 6.ed. São Paulo: Senac, 2011. 452 p. ISBN 8573594772. 
INSS. Manual de aposentadoria especial. DIRSAT: 2018. 
Disponível em: https://www.chemicalexpert.com.br/_files/ugd/63f1f5_
eed05e591f7941bfa2dd5452ac1c55c8.pdf>. Acesso em 18 Jan. 2023.
RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro; 1992. 
28

Continue navegando