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U01_desenho tecnico projetivo

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Aula 1
DESENHO TÉCNICO
Estudante, para compreender a importância do desenho técnico, deve-se conhecer a sua história e sua evolução visando atender à padronização estabelecida por normas, pois só assim os desenhos elaborados no Brasil poderão ser compreendidos no mundo todo.
26 minutos
INTRODUÇÃO
Estudante, para compreender a importância do desenho técnico, deve-se conhecer a sua história e sua evolução visando atender à padronização estabelecida por normas, pois só assim os desenhos elaborados no Brasil poderão ser compreendidos no mundo todo.
Nesta aula, conhecendo a história e a padronização exigida pelas normas, você será capaz de compreender como uma comunicação eficaz realizada por meio de desenhos técnicos permite a execução de trabalhos corretos em qualquer parte do mundo.
Vamos iniciar os estudos, pois há muitas empresas esperando por futuros profissionais capacitados como você para auxiliá-las com seus resultados em um mercado competitivo.
A IMPORTÂNCIA DA ORIGEM DO DESENHO NA PADRONIZAÇÃO EXIGIDA POR NORMAS
Desde os primórdios, o ser humano teve a necessidade de se comunicar e, para isso, desenvolveu técnicas que permitiam ser compreendidos utilizando recursos como gestos, sinais, símbolos, palavras, desenhos e escrita.
Há indícios de que os desenhos eram usados para instruir acerca de caças ou proteção na pré-história pelos chamados homens das cavernas (Figura 1).
Figura 1 | Desenho rupestre
Fonte: Wikimedia commons.
Outra fonte valorosa que demonstra o uso de desenhos para se comunicar é encontrada na antiga escrita egípcia – os hieróglifos (Figura 2), considerados uma língua complexa devido à falta de padronização e à quantidade de figuras existentes.
Figura 2 | Hieróglifos
Fonte: Wikimedia commons.
De acordo com Xavier (2011 apud Santos, 2016, p.11) durante o Renascimento, devido aos avanços da geometria descritiva de Gaspar Monge, surgiram os desenhos técnicos, e a partir da Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), devido à necessidade da comunicação internacional para os projetos de máquinas, surgiram as primeiras normas técnicas.
Para compreender melhor os desenhos, é necessário primeiro diferenciar os tipos de representação gráfica (desenhos artísticos e técnicos), as diferenças de aspecto geométrico (desenhos projetivos e não projetivos) e, por fim, as diferenças relacionadas ao grau de elaboração (esboços, croquis, desenhos preliminares e desenhos definitivos).
Os desenhos artísticos, segundo Santos (2016, p. 13), referem-se a uma forma de comunicação utilizada para demonstrar ideias e sensações, visando estimular a imaginação do espectador (Figura 3).
Figura 3 | Desenho artístico
Fonte: Pexels.
Os desenhos técnicos são considerados meios de comunicação rápidos e precisos, baseados em normas técnicas, compostos de linhas, símbolos, números e indicações escritas, visando transmitir com exatidão todas as características do objeto e possibilitando sua interpretação por diferentes profissionais (Figura 4).
Figura 4 | Desenho técnico
Fonte: elaborada pelo autor.
Desenhos projetivos são a representação das vistas de um objeto em seus planos de projeção (frontal, superior e lateral), tornando-se posteriormente desenhos técnicos (Figura 5).
Figura 5 | Desenho projetivo
Fonte: elaborada pelo autor.
Desenhos não projetivos são desenhos sem cunho de fabricação e não necessitam de plano de projeção. Como exemplo há os diagramas, gráficos e fluxogramas (Figura 6).
Figura 6 | Fluxograma
Fonte: Pexels
Para finalizar, veja a classificação de acordo com o grau de elaboração:
· Esboços: são os primeiros traçados do objeto, geralmente feito à mão livre. Podem ser entendidos como rascunhos.
· Croquis: diferenciam-se dos esboços porque são mais bem elaborados, podendo ser feitos à mão, mas geralmente apresentam dimensões que permitem sua execução. É uma prática bastante comum executada no “chão de fábrica”.
· Desenhos preliminares: são os anteprojetos, e embora estejam atendendo todas as especificações técnicas, necessitam de aprovação. Alterações são permitidas.
· Desenhos definitivos: são os desenhos aprovados e que serão encaminhados para a execução dos respectivos trabalhos.
Conhecidas as formas de representação gráficas e suas particularidades, o próximo passo é conhecer a entidade responsável pela elaboração das normas que permitem a correta interpretação dos desenhos técnicos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT se refere a uma entidade privada e sem fins lucrativos, ela é membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização – ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de Normalização - AMN). Desde a sua fundação, é também membro da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC).
A ABNT é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE).
(ABNT, c2023a, [s. p.])
Segundo a ABNT (c2023a), a avaliação de conformidade e programas para certificação de produtos também são atividades desenvolvidas pelo órgão.
O USO DAS NORMAS EM PROL DA INTERPRETAÇÃO CORRETA
Estudante, conhecidas a origem, as especificidades de cada tipo de desenho, o órgão responsável pela elaboração das normas e a importância da padronização, deve-se identificar a influência das normas no dia a dia, as normas que são aplicadas nos desenhos técnicos e suas características, para compreender como elas contribuem para a leitura e interpretação dos desenhos técnicos por profissionais de todo o mundo.
Segundo ABNT (2023b), são as normas que asseguram as características desejáveis de produtos e serviços como qualidade, segurança e confiabilidade, e sua ausência compromete o funcionamento adequado do produto, podendo vir a oferecer riscos ao usuário final. No caso de desenhos técnicos, sua ausência pode dificultar ou impedir a fabricação de um objeto.
Veja as normas aplicadas em desenhos técnicos:
· NBR 16752 – Requisitos para apresentação em folhas de desenho.
· NBR 16861 – Requisitos para representação de linhas e escrita.
· NBR 17067 – Desenho técnico – Requisitos para as especificidades das representações ortográficas.
· NBR 17006 – Desenho técnico – Requisitos para representação dos métodos de projeção.
· NBR 17068 – Desenho técnico – Requisitos para representação de dimensões e tolerâncias.
Existem normas especificas para cada área da mecânica, como:
· NBR 6158 – Sistema de tolerância e ajustes.
· NBR 14646 – Tolerâncias geométricas.
Nesta aula abordaremos as normas NBR 16861 e NBR 16752.
A norma NBR 16861 estabelece o uso de caracteres bem distinguíveis capazes de proporcionar uma escrita legível, devendo haver uniformidade e proporcionalidade para viabilizar possíveis reduções e ampliações, evitando quaisquer erros de interpretação. A proporcionalidade pode ser vista na Figura 7.
Figura 7 | Dimensionamento e espaçamento na escrita
Fonte: NBR 16681 (ABNT, 2020, p. 16 e 17).
No Quadro 1 pode-se verificar ao significado das letras presentes na Figura 7 e suas relações com a altura da escrita.
Quadro 1 | Relação – dimensões e altura
	Dimensão
	Relação
	Alteração das letras maiúsculas (h)
	(10/10)h
	Altura das letras minúsculas (c1)
	(7/10)h
	Cauda das letras minúsculas (c2)
	(3/10)h
	Haste das letras minúsculas (c3)
	(3/10)h
	Espaço para sinais diacríticos em letras maiúsculas (f)
	(4/10)h
	Espaçamento mínimo entre caracteres (a)
	(2/10)h
	Espaçamento mínimo entre as linhas de base a (b1)
	(19/10)h
	Espaçamento mínimo entre as linhas de base b (b2)
	(15/10)h
	Espaçamento mínimo entre as linhas de base c (b3)
	(13/10)h
	Espaçamento entre as palavras (e)
	(6/10)h
	Largura de linhas (d)
	(1/10)h
	
	a - Espaçamento utilizando letras maiúsculas e minúsculas, com sinais diacríticos.
	b - Espaçamento utilizando letras maiúsculase minúsculas, sem sinais diacríticos.
	c - Espaçamento utilizando somente letras maiúsculas.
	
	O tamanho nominal da escrita (h) deve ser 1,8mm; 2,5mm; 3,5mm; 5mm; 7mm; 10mm; 14mm; 20mm.
Fonte: elaborada pelo autor.
A norma NBR 16752 estabelece o tamanho dos formatos de folha, suas respectivas margens, o dimensional e a localização das legendas.
Referente ao formato de folhas, utiliza-se como formato básico para desenhos técnicos um retângulo de área igual a 1 m², denominado A0 (A zero), derivando-se dele a série "A" pela bipartição ou pela duplicação sucessiva (Quadro 2).
Quadro 2 | Formato de folhas
	Designação
	Dimensões
	A0
	841 X 1189
	A1
	594 X 841
	A2
	420 X 594
	A3
	265 X 420
	A4
	210 X 297
Fonte: NBR 10068 (ABNT, 1987, p. 3).
Nesta mesma norma encontra-se o dimensional para margens (Quadro 3) que objetiva estabelecer a área útil do desenho técnico. Dentro da área margeada deverão constar todas as informações necessárias à execução da tarefa.
Quadro 3 | Formato de folhas
	Formato
	Margem
	Espaço para desenho
	Largura da linha do quadro
	
	Esquerda
	Direita
	Superior e inferior
	
	
	A0
	20
	10
	10
	821x1159
	1,0
	A1
	20
	10
	10
	574x811
	1,0
	A2
	20
	10
	10
	400x564
	0,7
	A3
	20
	10
	10
	277x390
	0,7
	A4
	20
	10
	10
	180x277
	0,7
Fonte: ABNT (2020b, p. 7).
Na norma, a largura das linhas do quadrado se refere à largura da linha da margem.
Nesta mesma norma encontram-se dados referentes à legenda – dimensões: 180 mm de comprimento e altura variável
Ademais, a norma traz orientações acerca dos campos que devem estar presentes na legenda do desenho técnico, que são:
· Designação da empresa.
· Responsável pelo conteúdo do desenho.
· Local, data e assinatura.
· Nome e localização do projeto.
· Conteúdo do desenho.
· Escala.
· Número do desenho.
· Designação da revisão.
· Indicação do método de projeção.
· Unidade utilizada no desenho.
De posse dessas informações, você, prezado estudante, está apto a preparar modelos (templates) de folhas para inserir adequadamente os respectivos desenhos técnicos.
ELABORAÇÃO DE UM MODELO (TEMPLATE) DE FOLHA A4
Estudante, neste instante, você é conhecedor da origem dos desenhos, da classificação dos desenhos quanto a tipos e grau de elaboração e da importância da padronização, entre outras informações.
Você consegue compreender que a norma ABNT NBR 8402, que se referia à caligrafia técnica, foi cancelada e substituída pela ABNT NBR 16861, assim como é capaz de identificar as normas que devem ser utilizadas na elaboração de desenhos técnicos.
Você também está capacitado para identificar o formato básico das folhas utilizadas em desenhos técnicos e suas subdivisões, os referidos tamanhos de margens e de legendas que podem ser encontrados na norma ABNT NBR 16752, e compreende a importância dos campos que devem estar presentes na legenda.
De nada adianta ter todo esse conhecimento se ele não for colocado em prática, e para que isso ocorra serão apresentados cases que elucidam a aplicação do que foi aprendido até o presente momento.
Case 1
Em uma empresa fabricante de veículos agrícolas, foi necessário desenhar em duas vistas um bloco de aço cujas dimensões eram de 350 mm x 250 mm x 100 mm, utilizando uma escala de redução (1:2). Ao selecionar o formato de folha, o desenhista optou pelo formato A4, mas somente após ter completado o esboço de uma das vistas do desenho percebeu que deveria ter escolhido o formato A3. A escolha errada resultou em retrabalho, acréscimo de tempo e aumento de custo do projeto.
Case 2
Na área fabril de uma empresa metalúrgica, um dos profissionais, ao receber o desenho técnico de um determinado objeto, observou a ausência da unidade de medida que deveria constar na legenda. Ao questionar seu gestor, ele foi orientado a usar o sistema métrico, ou seja, milímetros. Quando o profissional foi realizar a entrega do produto usinado ao cliente foi questionado acerca do tamanho do objeto, que aparentava estar muito pequeno. Horas depois da entrega, o cliente ligou para a empresa exigindo a substituição do objeto porque as dimensões especificadas no desenho estavam no sistema inglês, em polegadas. Para não perder o cliente, a empresa arcou com o prejuízo e fez a usinagem de uma peça substitutiva.
Case 3
No apêndice do trabalho de conclusão de curso (TCC) de um estudante de engenharia, constavam os desenhos técnicos do produto que fora elaborado por ele. Os desenhos utilizaram diferentes formatos de folhas, A4, A3 e A2. Para encadernar o trabalho, o estudante fez as dobras estabelecidas por norma, mas após a encadernação ele percebeu que as espiras haviam ultrapassado a margem esquerda, invadindo a área útil do desenho. O orientador do estudante, ao analisar o ocorrido, percebeu que a dimensão da margem esquerda estava fora de norma, exigindo a correção imediata dos desenhos.
O erro provocou retrabalho, atraso na entrega e aumento de custos do estudante no término de seu TCC.
Analisando os cases apresentados, faça uma redação (no mínimo seis linhas) descrevendo a importância da ABNT NBR 16861 e da ABNT NBR 16752 para os desenhos técnicos, e construa um modelo (template) de folha A4.
VÍDEO RESUMO
Estudante, neste vídeo, você verá a origem dos desenhos, sua padronização descrevendo os tipos de desenhos, as normas aplicadas nos desenhos técnicos, enfatizando as normas utilizadas para caligrafia técnica ABNT NBR 8402 substituída pela ABNT NBR 16861, dimensionamento de margens e legendas e os itens que devem conter na legenda conforme ABNT NBR 16752.
 
Saiba mais
Para saber mais a respeito de desenho técnico, faça a leitura dos capítulos 1 e 2 do livro Desenho Técnico Geométrico, de Ken Morling. Essa Leitura será um importante passo para iniciar a consolidação do entendimento de desenhos técnicos.
Boa leitura!
Aula 2
GEOMETRIA DESCRITIVA BÁSICA
Ao término desta aula, você conseguirá identificar o método projetivo utilizado na elaboração do desenho técnico e os elementos que compõem cada uma das vistas projetadas.
17 minutos
INTRODUÇÃO
Estudante, compreender os termos utilizados na geometria descritiva e seus respectivos elementos como: planos, linhas, linhas retas, semirretas, segmentos de reta, ângulos, figuras planas, sólidos geométricos, tangência, diedros, etc. são importantes para que você seja capaz de ler, interpretar e até mesmo construir os perfis de objetos espaciais (3D) projetados em seus respectivos planos passando a serem chamados de vistas nos desenhos técnicos.
Ao término desta aula, você conseguirá identificar o método projetivo utilizado na elaboração do desenho técnico e os elementos que compõem cada uma das vistas projetadas.
Vamos iniciar os estudos porque os desenhos técnicos estão esperando por você para serem utilizados e assim contribuir para o desenvolvimento das empresas. 
DO QUE É COMPOSTO UM DESENHO TÉCNICO
De acordo com Melo (2015), o pai da geometria descritiva foi Tales de Mileto, um dos sete sábios da Antiga Grécia, mas foi Gaspard Monge que criou a geometria descritiva, base do desenho técnico, porque utilizam os mesmos elementos – pontos; retas; ângulos, etc., para representar figuras espaciais em planos de projeção.
O plano é um objeto geométrico infinito composto de duas dimensões (x, y ou x, z ou y, z). Em desenhos técnicos tem-se três planos projetantes: plano frontal, superior e lateral, identificados por letras gregas (Figura 1).
Figura 1 | Planos projetantes
Fonte: elaborada pelo autor.
Os pontos são elementos geométricos simples sem dimensão (comprimento, largura e altura). Graficamente, o ponto é o resultado do cruzamento de duas linhas (Figura 2), identificadas por letras maiúsculas do alfabeto latino.
Figura 2 | Ponto
Fonte: elaborada pelo autor.
A linha é um elemento geométrico composto por apenas uma dimensão, podendo ser uma reta ou não de comprimento infinito. As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino (Figura 3).
Figura 3 | Linha reta
Fonte: elaborada pelo autor.
Das linhas retas surgem as semirretas, que possuem início, mas não têm fim – identificadas poruma letra maiúscula seguida de uma letra minúscula e os segmentos de retas que possuem início e fim, ou seja, extremidades que definem sua extensão – são identificados por duas letras maiúsculas (Figura 4).
Observação: as retas, semirretas e segmentos de retas, de acordo com sua posição, podem ser horizontais, verticais ou inclinadas.
Figura 4 | Semirreta e segmento de reta
Fonte: elaborada pelo autor.
Os ângulos referem-se a duas semirretas ou segmentos de reta que partem de um mesmo ponto permitindo uma abertura entre eles. Esta abertura, o ângulo, que pode ser medida, utiliza como unidade o grau (°) de acordo com o Sistema Internacional de Medidas.
Os graus podem ser: retos (iguais 90°), obtusos (maiores que 90°), agudos (menores que 90°), rasos (iguais a 0° ou 180°) e congruentes (superpostos uns aos outros com a mesma medida cujos elementos coincidem).
Observação: os ângulos são normalmente identificados por letras gregas.
Figura 5 | Tipos de ângulos
Fonte: Elaboração própria.
As figuras planas são figuras geométricas que possuem apenas duas dimensões, como pontos, retas, semirretas, segmentos de retas, círculos, quadriláteros, triângulos, polígonos, entre outros (Figura 6).
Figura 6 | Figuras planas
Fonte: elaborada pelo autor.
Os polígonos são figuras planas e fechadas compostas de segmentos de retas que formam seus lados (Figura 7).
Um polígono pode ser classificado de acordo com as suas características. Uma delas é o número de lados ou de ângulos. Além dessa classificação, um polígono pode ser tido como regular ou irregular, de acordo com a medida dos seus ângulos e a congruência ou não de seus lados. Uma terceira classificação dos polígonos leva em consideração o tamanho de seus ângulos internos. Quando um deles é um ângulo maior que 180º, esse polígono é conhecido como não convexo ou côncavo. 
(OLIVEIRA, 2023. n.p.)
Figura 7 | Polígonos
Fonte: elaborada pelo autor.
Embora sejam figuras planas e fechadas, os círculos não são considerados polígonos porque não possuem lados, sua fronteira é uma circunferência. Os círculos possuem raios, diâmetro, corda, etc. (Figura 8).
Figura 8 | Círculo
Fonte: elaborada pelo autor.
Os sólidos geométricos são elementos tridimensionais, ou seja, possuem três dimensões. Eles podem ser prismáticos – os poliedros, ou sólidos de revolução – não poliedros (Figura 9).
Figura 9 | Sólidos geométricos
Fonte: elaborada pelo autor.
Os poliedros apresentam arestas, vértices e lados como paralelepípedos, pirâmides, cubos, etc. (Figura 10).
Figura 10 | Componentes dos poliedros
Fonte: elaborada pelo autor.
Os sólidos de revolução apresentam superfícies cilíndricas, esféricas ou cônicas resultantes da revolução de uma determinada figura plana em torno do seu um eixo de rotação (Figura 11).
Figura 11 | Eixo de rotação dos sólidos de revolução
Fonte: elaborada pelo autor.
As tangências ocorrem entre círculos ou arcos com outros círculos ou raios ou ainda com semirretas ou segmentos de retas. As tangências permitem que haja apenas um ponto de contato entre os elementos (Figura 12).
Figura 12 | Tangências
Fonte: elaborada pelo autor.
O diedro é o ângulo formado por dois semiplanos que possuem a mesma origem (Figura 13). Abordaremos esse assunto mais adiante.
Figura 13 | Diedro
Fonte: TH Bing.
RECONHECENDO OS ELEMENTOS GEOMÉTRICOS NAS VISTAS PROJETADAS
Prezado estudante, ângulos, linhas, linhas retas, semirretas, segmento de retas, polígonos, círculos e a tangência de elementos estão presentes na geometria descritiva e são encontrados nas vistas dos desenhos técnicos. As vistas do objeto podem ser entendidas como o resultado das projeções de suas faces nos respectivos planos frontal, superior e lateral de acordo com o diedro selecionado.
Na Figura 14 pode-se observar as projeções do objeto de acordo com o diedro selecionado. Esse assunto será abordado com maior profundidade ao longo dos nossos estudos.
Figura 14 | Vistas do objeto de acordo com o diedro selecionado
Fonte: elaborada pelo autor.
A partir da escolha do diedro faz-se os traçados das vistas do objeto.
Deve-se ressaltar que há objetos que apresentam apenas aspecto poliédrico, ou seja, possui apenas faces planas, arestas e vértices, tem-se também objetos que apresentam apenas aspecto não poliédrico, isto é, composto de superfícies cilíndricas, cônicas e ou esféricas e objetos compostos de perfis poliédricos e não poliédricos na sua composição ocasionadas devido à sua complexidade. Na Figura 15 vê-se alguns desses objetos.
Figura 15 | Perfis de objetos
Fonte: elaborada pelo autor.
Para desenvolver o traçado das vistas destes objetos utilizam-se figuras planas como: linhas, semirretas, segmentos de retas, ângulos, polígonos, círculos, etc., visando representar a projeção de suas características como segue. 
Os segmentos de reta são utilizados para representar as arestas das superfícies planas, que podem ser planas paralelas, planas perpendiculares e planas inclinadas, além do contorno de superfícies de revolução internas ou externas existentes nos objetos.
Na Figura 16 pode-se observar segmentos de reta representando as superfícies planas do objeto – linhas contínuas e o contorno das superfícies de revolução – linhas tracejadas.
Figura 16 | Segmentos de reta
Fonte: elaborada pelo autor.
Os círculos são utilizados para representar superfícies cilíndricas ou cônicas de corpos externos ou internos quando sua circunferência for visível – linhas contínuas ou não visíveis – linhas tracejadas (Figura 17).
Figura 17 | Círculos
Fonte: elaborada pelo autor.
Vale a pena ressaltar que todas as superfícies perpendiculares formam ângulos de 90⁰ e todos os corpos cônicos ou superfícies inclinadas necessitam de ângulos para serem compreendidos em seus respectivos desenhos técnicos.
Outra consideração bastante relevante sobre as superfícies cilíndricas ou cônicas internas se refere a sua nomenclatura, denominadas furos. Os furos podem ser: passantes e não passantes; rebaixos; escareados ou chanfros; furos roscados e furos cônicos (Figura 18).
Figura 18 | Tipos de furos
Fonte: elaborada pelo autor.
Caso o objeto a ser projetado apresente perfis côncavos, convexos ou curvas que venham a convergir com superfícies planas tais como arredondamento de cantos, utiliza-se para a construção destes detalhes nas vistas, as tangências que garantirão a perfeita concordância dos elementos como podem ser vistas na Figura 19.
Figura 19 | Tangências
Fonte: elaborada pelo autor.
Diante do exposto pode-se concluir que os desenhos técnicos, para serem executados, necessitam de linhas, polígonos, círculos, etc., porque serão estes elementos os responsáveis pela formação das figuras planas que representarão o objeto nos planos frontal, superior e lateral, ou seja, são eles que compõem cada uma das vistas projetadas.
PRESENÇA DE ELEMENTOS GEOMÉTRICOS NOS DESENHOS TÉCNICOS 
Caro estudante, a aplicação dos conceitos estudados está presente em todos os desenhos técnicos, quer seja no próprio desenho – vistas do objeto, ou na formatação da folha, afinal de contas, margens e legendas utilizam segmentos de reta para serem elaboradas.
Se observarmos a legenda, encontraremos a presença de duas figuras planas estabelecidas pela norma ABNT NBR 10582 representando o método de projeção ortográfica. Estas figuras são compostas por segmentos de reta – linhas contínuas e tracejadas e círculos – linhas contínuas.
Na Figura 20 vê-se as figuras planas que representam o método de projeção ortográfica citado anteriormente.
Figura 20 | Figuras que representam o método de projeção ortográfica
Fonte: elaborada pelo autor.
Saiba que o método de projeção ortográfica (diedro) citado, assim como informações sobre o diedro usado no Brasil segundo a norma ABNT NBR 10067 e a norma que estabelece o diedro utilizado pelos americanos serão assuntos abordados com maior detalhamento mais adiante.
Case 1Em uma determinada empresa, o engenheiro foi chamado para comparecer na área fabril porque havia ocorrido uma colisão e era necessário construir uma peça com urgência queestava impedida de ser retirada devido à colisão.
Para elaborar o desenho, o engenheiro levou uma prancheta, lápis, papel, borracha e um paquímetro por achar que se tratava de uma peça de pouca complexidade, mas, chegando lá, deparou-se com uma peça complexa que continha ângulos e superfícies concordantes – tangência de arcos, exigindo outros instrumentos para obter as medidas e elaborar os desenhos.
Case 2Para avaliar e definir a efetivação de um estagiário, a empresa elaborou um teste contendo um desenho técnico (Figura 21) e a descrição das atividades:
· Descrever no mínimo 4 figuras planas utilizadas na elaboração do desenho técnico;
· Descrever o significado de cada uma das figuras citadas;
· Citar os tipos de furos existentes no desenho técnico;
· Descrever qual o método utilizado para construir o rasgo, representado por dois segmentos de reta e um arco.
O processo resultou na aprovação e efetivação do estagiário.
Figura 21 | Desenho técnico
Fonte: elaborada pelo autor.
Case 3
Ao receber um produto em mãos, foi solicitado ao engenheiro a elaboração do desenho técnico. Como a peça continha apenas aspecto poliédrico, ele utilizou apenas segmentos de reta para construí-lo, porém, ao terminar o desenho, o profissional foi questionado por um colega de trabalho sobre a ausência de linhas tracejadas referente a um rebaixo existente na parte posterior da peça. Percebendo que seu colega de trabalho estava certo, ele fez as devidas correções e encaminhou o desenho para aprovação evitando constrangimentos e retrabalhos futuros.
Por fim, para que um desenho técnico esteja devidamente normalizado (formato de folha, margens e legendas, vistas posicionadas e devidamente distribuídas) vê-se a presença e importância dos diversos elementos citados nesta aula como: linhas, retas, segmentos de reta, polígonos, círculos, entre outros. 
VÍDEO RESUMO
   Estudante, neste vídeo, você verá como os elementos da geometria descritiva, linhas, ângulos, planos, entre outros, são utilizados nos desenhos técnicos, sua importância e os seus significados.
 
Saiba mais
Devido à importância da leitura e interpretação dos desenhos técnicos e a necessidade de elaborar croquis nas empesas, faz-se necessário aprofundar o conhecimento sobre o tema um pouco mais, utilizando-se de recursos como livros e suas respectivas normas. Para saber mais sobre desenho técnico, leia os livros digitais: 977 – Desenho Técnico e arquitetônico I, 515 – Desenho Técnico Mecânico, 837 – Geometria Plana, 981 – Geometria Descritiva Aplicada a Arquitetura I e normas ABNT NBR 10067 e ABNT NBR 10582.
Aula 3
LINHAS
Nesta aula, você verá os tipos de linhas, suas características e aplicações estabelecidas por norma que permitirão a correta leitura de cada item no objeto projetado.
18 minutos
INTRODUÇÃO
Estudante, para realizar a devida leitura e interpretação de desenhos técnicos, deve-se compreender a funcionalidade das linhas que compõem o desenho como linhas contínuas, tracejadas, traço ponto, sinuosas, etc.
Para você perceber a importância das linhas nos desenhos técnicos, a ABNT possui a norma NBR 8403especifica para elas.
Nesta aula, você verá os tipos de linhas, suas características e aplicações estabelecidas por norma que permitirão a correta leitura de cada item no objeto projetado.
Vamos iniciar os estudos porque tempo é dinheiro e interpretações errôneas consomem muito tempo e resultam em prejuízo para as empresas. 
AS LINHAS E SEUS SIGNIFICADOS
Conhecendo-se os traçados dos desenhos técnicos, inicia-se o estudo dos tipos de linhas que têm aplicações especificas definidas pela norma ABNT NBR 16861.
Na Figura 1 vê-se um desenho com diversos tipos de linhas.
Figura 1 | Linhas existentes em desenhos técnicos
Fonte: Pexels.
Segundo a NBR 16861, a espessura das linhas deve ser: 0,13 mm; 0,18 mm; 0,25 mm; 0,35 mm; 0,50 mm; 0,70 mm; 1,00 mm; 1,40 mm e 2,00 mm. As espessuras de 0,13 mm e 0,18 mm só devem ser aplicadas em desenhos cuja escala de reprodução seja natural.
Deve-se ressaltar que as espessuras das linhas utilizadas em vistas diferentes de um mesmo objeto de mesma escala devem ser conservadas e, caso haja linhas paralelas, o espaçamento mínimo não deve ser menor que 0,70 mm.
As linhas estreitas, largas e extralargas, cuja razão é 1:2:4, são divididas em cinco (5) grupos (Tabela 1).
Tabela 1 | Grupo de linhas
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 2 e 5).
Diferentemente na norma NBR 8403 que estabelecia um padrão de cores, a NBR 16861 orienta o uso de linhas monocromáticas pretas sobre fundo branco podendo-se utilizar outras cores desde que explicadas no espaço para informações complementares da folha de desenho.
A seguir apresentam-se os tipos de linhas e suas aplicações.
Linha continua extralarga é utilizada para contornos visíveis em cortes ou seções sem hachuras, ou linhas de importância especial (Figura 2).
Figura 2 | Linha continua extralarga
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
Linha contínua larga é utilizada na representação de contornos e arestas visíveis, contorno de seções ou cortes e de elementos visíveis em corte com hachuras (Figura 3).
Figura 3 | Linha contínua larga
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
Linha contínua estreita (Figura 4) é utilizada em:
· Interseções imaginárias – perfis que se cruzam, mas não formam arestas;
· Cotas – usadas para representar a distância entre os elementos podem ser retas ou curvas;
· Linhas auxiliares – utilizadas no prolongamento do contorno para auxiliar a cotagem;
· Linhas de chamadas – atuam como setas indicadoras;
· Hachuras – são linhas paralelas usadas para representar a parte maciça afetada pelo corte;
· Contornos de seções rebatidas na própria vista – mostram o perfil na própria vista;
· Linhas de centros curtas.
Figura 4 | Linha continua estreita
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
As linhas contínuas estreitas à mão livre e ziguezague (Figura 5) são usadas em limites de vistas no encurtamento, em vistas parciais, cortes ou seções e linhas de ruptura em detalhes.
Figura 5 | Linha continua estreita à mão livre e ziguezague
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
As linhas tracejadas largas e estreitas são usadas para detalhes internos do objeto como contornos ou arestas não visíveis. Como tem-se duas opções, deve-se optar por uma delas (Figura 6).
Figura 6 | Linha tracejada larga e estreita
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
As linhas traço e ponto estreitas são aplicadas em linhas de centro, linhas de simetrias, eixos, trajetórias e linhas neutras; quando as linhas forem largas nas pontas e na mudança de direção demonstram a posição dos planos de corte (Figura 7).
Figura 7 | Linha traço ponto estreita
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9).
As linhas traço e ponto largas são usadas em contornos visíveis de partes antes do plano e corte e marcações de plano de corte (Figura 8).
Figura 8 | Linha traço e ponto larga
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 10).
As linhas traço e ponto extralargas são usadas para indicações especiais das linhas ou superfícies e áreas, estágios, etc. (Figura 9).
Figura 9 | Linha traço e ponto extralarga
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 10).
As linhas traço longo e ponto duplo estreitas (Figura 10) são usadas em:
· Contornos de peças adjacentes – próximas umas das outras;
· Posição limite de peças móveis – movimentação máxima permitida;
· Linhas de centro gravitacional – ponto de equilíbrio;
· Contornos antes da conformação;
· Detalhes situados antes do plano de corte;
· Zonas de tolerâncias.
Figura 10 | Linha traço dois pontos estreita
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 10).
As linhas traço longo e ponto duplo largas são usadas em contornos não visíveis de partes situadas em frente ao plano de corte (Figura 11).
Figura 11 | Linha traço dois pontos larga
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 10).
A linha pontilhada indica contorno de partes que não foram incluídas no projeto (figura 12).
Figura 12 | Linha pontilhada
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 10).
Agora veja os tipos de linhas nos desenhos técnicos.
LINHAS E SUAS REPRESENTAÇÕES EM DESENHOS TÉCNICOS 
Caro estudante,para aprimorar seu aprendizado, é importante compreender que as linhas utilizadas em desenhos técnicos não são usadas apenas para a representação das vistas de objetos individuais visando sua posterior fabricação, elas também são usadas em desenhos de conjuntos para mostrar a localização e/ou funcionamento de cada componente na sua respectiva montagem.
Saiba que o foco desta aula não é desenhar, ler ou interpretar desenhos de conjuntos, este tipo de desenho será utilizado apenas para demonstrar a aplicação de alguns tipos de linhas definidas pela norma ABNT NBR 16861, a qual substituiu a norma ABNT NBR 8403 de 1984.
Na Figura 13 vê-se a imagem de um desenho de conjunto com diversos tipos de linhas.
Figura 13 | Desenho de conjunto
Fonte: NBR 8403 (ABNT, 1984, p. 3).
Embora tenha-se utilizado diversos tipos de linhas para a construção do conjunto apresentado na Figura 14 faz-se necessário observar mais alguns desenhos de produtos para reconhecer outros tipos de linhas.
Na Figura 14 tem-se imagens de produtos utilizando outros tipos de linhas.
Figura 14 | Produtos
Fonte: NBR 8403 (ABNT, 1984, p. 3 e 4).
Nos desenhos apresentados (desenho de conjunto e desenho de produto), as linhas utilizadas estão indicadas por setas e codificadas por letras maiúsculas seguidas de números como: A1, A2, B1, etc. No Quadro 2 estão descritos os códigos utilizados e suas respectivas aplicações.
Quadro 2 | Codificação e aplicação das linhas
	Códigos
	Aplicações
	A1
	Contornos visíveis
	A2
	Arestas visíveis
	B1
	Linhas de interseção imaginárias
	B2
	Linhas de cotas
	B3
	Linhas auxiliares
	B4
	Linhas de chamadas
	B5
	Hachuras
	B6
	Contornos de seções rebatidas na própria vista
	B7
	Linhas de centros curtas
	C1
	Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço e ponto
	D1
	Linha destina-se a desenhos ziguezagues confeccionados por máquinas
	E1
	Contornos não visíveis
	E2
	Arestas não visíveis
	F1
	Contornos não visíveis
	F2
	Arestas não visíveis
	G1
	Linhas de centro
	G2
	Linhas de simetrias
	G3
	Trajetórias
	H1
	Planos de cortes extremidades e na mudança de direção
	J1
	Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial
	K1
	Contorno de peças adjacentes
	K2
	Posição limite de peças móveis
	K3
	Linhas de centro de gravidade
	K4
	Cantos antes da conformação
	K5
	Detalhes situados antes do plano de corte
Fonte: elaborado pelo autor.
É importante ressaltar que a substituição da norma ABNT NBR 8403 pela NBR 16861 não inviabiliza o uso de suas imagens porque a nova norma não eliminou ou modificou a aplicação dos tipos de linhas existentes.
Referente aos tipos de linhas, a norma estabelece uma ordem se duas ou mais linhas de diferentes tipos coincidirem, para isso, deve-se observar os seguintes aspectos ordenados por prioridade:
· Contornos e arestas visíveis (linha contínua larga e extralarga);
· Contornos e arestas não visíveis (linha tracejada estreita e larga);
· Linhas de orientação de cortes e seções (traço longo e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção);
· Linhas de centro (traço longo e ponto estreita);
· Linhas de centro de gravidade (traço longo e ponto duplo estreita);
· Linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita.)
Para finalizar o estudo sobre os tipos de linhas, é importante citar a representação utilizada pelas linhas de chamada e linhas de referência – linhas contínuas estreitas:
· Linhas de chamada: se as linhas terminarem na extremidade que toca o elemento como uma linha de cota, não terão nenhum símbolo; caso as linhas terminem na superfície do objeto, elas devem ter um ponto na extremidade; mas se a linha terminar em contornos ou arestas do objeto representado deverão possuir uma seta na extremidade,
Na Figura 15 pode-se observar as indicações de terminação citadas.
Figura 15 | Terminação das linhas de chamada
Fonte: NBR 8403 (ABNT, 1984, p. 5).
As linhas de referência podem ser adicionadas as linhas de cota ou linhas de chamada podendo ter comprimento fixo (2 vezes a espessura da linha de referência) ou comprimentos adaptados das instruções indicadas.
Na Figura 16 vê-se instruções dispostas em linhas de referência.
Figura 16 | Comprimento das linhas de referência
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 14).
Quaisquer instruções pertencentes às linhas de cota, linhas se chamada ou linhas de referência devem estar acima da linha de referência, centralizada no fim da linha de chamada, cota ou referências e no interior de símbolos gráficos.
Na Figura 17 algumas instruções podem ser observadas.
Figura 17 | Instruções
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 15).
Compreendidas as representações de cada tipo de linha, deve-se explorar sua presença nos desenhos técnicos. 
DESENHO TÉCNICO E SUAS LINHAS
Agora que você conhece os tipos de linhas e compreende como são utilizadas, deve analisar os cases a seguir para perceber a importância do uso correto das devidas linhas nos desenhos técnicos.
Case 1
Em uma empresa, um estagiário foi contratado para transformar os croquis, elaborados no chão de fábrica em desenhos técnicos, mas devido a sua falta de experiência e desconhecimento da norma, usou linhas tracejadas finas para representar, além dos contornos e arestas internas, os centros e simetria do objeto. Ao entregar os desenhos impressos ao responsável pelo setor, ele teve seus desenhos recusados, sendo orientado a consultar a norma para utilizar as devidas linhas.
A atitude do estagiário causou retrabalho e certo constrangimento por ele desconhecer a norma ABNT NBR 16861.
Case 2
Ao receber o desenho de fabricação de uma determinada peça, o operador não conseguiu identificar as linhas de contorno e arestas internas do objeto porque não havia linhas tracejadas (Figura 18), sendo assim, foi necessário levar o desenho técnico ao projetista para que fizesse as devidas alterações – tipo de linha e espessura definidas pela norma ABNT NBR 16861 causando atraso na fabricação das peças.
Figura 18 | Linhas de contorno e arestas internas fora de norma
Fonte: elaborada pelo autor.
Na Figura 19 pode-se observar o desenho contendo as linhas que representam os contornos e arestas internas.
Observação: as cores foram baseadas na NBR 8403, como esta norma foi substituída pela NBR 16861 e não há a devida especificação na folha de desenho, ele precisa ser corrigido.
Figura 19 | Linhas de contorno e arestas conforme norma
Fonte: elaborada pelo autor.
Case 3
Em um processo seletivo para a contratação de três engenheiros, a empresa elaborou um teste que continha questões relacionadas à norma ABNT NBR 8403 e duas perspectivas isométricas com diversas projeções (sem cotas) para o candidato selecionar a representação correta dos objetos.
Para selecionar a projeção adequada, havia no teste o seguinte comentário: “Assinale com X a representação correta da perspectiva apresentada que deve ter, além do posicionamento no 1⁰ diedro, as devidas linhas para contorno e arestas externas, contorno e arestas internas, centros e simetria.”
Os candidatos, de posse do teste, assinalaram as vistas que julgaram estar corretas e entregaram o teste que resultou em apenas uma contratação.
Faça o teste relacionado as perspectivas propostas pela empresa (Figura 20) e avalie se você seria um dos contratados.
Figura 20 | Testes aplicados
Fonte: elaborada pelo autor.
VÍDEO RESUMO
Prezado estudante, no vídeo será apresentada a norma ABNT NBR 8403: Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas que descreve cada tipo de linha presente em desenhos de montagem rígida ou móvel e em desenhos, o formato das linhas e suas devidas aplicações, e, por fim, a importância da sua representação em desenhos técnicos, pois a sua ausência acarretará prejuízos para a empresa. 
 
Saiba mais
Para ler e interpretar desenhos técnicos corretamente, faz-se necessário conhecer, compreender e aplicar as devidas linhas, sejam elas de contornos, de cotas, de detalhes não visíveis, etc., sendo assim, sugere-se um maior aprofundamento dos estudos, portanto, parasaber mais sobre linhas faça a leitura do livro digital 118 - Desenho e Projeto Auxiliado por Computador, 515 – Desenho Técnico Mecânico e a norma ABNT NBR 8403 e ABNT NBR 1686.
Aula 4
INTRODUÇÃO AO DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR
Estudante, com o advento da tecnologia, os desenhos técnicos passaram a ser elaborados com o auxílio de softwares CAD (Computer Aided Design) promovendo maior agilidade para a elaboração, facilidade em alterações e fácil armazenamento dos desenhos.
17 minutos
INTRODUÇÃO
Estudante, com o advento da tecnologia, os desenhos técnicos passaram a ser elaborados com o auxílio de softwares CAD (Computer Aided Design) promovendo maior agilidade para a elaboração, facilidade em alterações e fácil armazenamento dos desenhos.
Os softwares CAD permitem ao usuário configurar o ambiente de trabalho – unidade de medida, cores, teclas de atalho, etc. –, interagir com as ferramentas para elaboração dos desenhos técnicos e formatos de folhas (templates), ferramentas para a configuração de linhas e camadas, etc.
Nesta aula, você será capaz de compreender a importância do uso de softwares CAD para os resultados das empresas. 
 SOFTWARES CAD
Olá, estudante.
Veja a importância da tecnologia CAD (Computer Aided Design).
A tecnologia CAD é considerada a inovação mais importante de TI das últimas quatro décadas. As tecnologias CAD oferecem recursos como ferramentas de automação de desenho e projeto, ferramentas de comunicação e compartilhamento de projeto e banco de dados.
 (SCHEER et al., 2023 p.11)
Antes do surgimento da tecnologia CAD, os desenhos técnicos eram feitos por profissionais manualmente, utilizando-se pranchetas, gabaritos, réguas, compassos, etc. que demandavam um tempo considerável para serem elaborados (Figura 1).
Figura 1 | Desenho técnico realizado em pranchetas
Fonte: Archdaily.
Segundo Amaral e Filho (2010), foi no início da década de 1960 no Massachusetts Institute of Technology (MIT) que surgiu um editor gráfico (Sketchpad), no qual o usuário interagia com o computador por meio de uma caneta luminosa (Light pen) diretamente na tela e juntamente com botões de comando para realizar os desenhos. 
No início, o uso dos softwares CAD estava restrito às empresas aeroespaciais e às grandes montadoras, como a General Motors, devido ao alto custo dos computadores que passaram a ser comercializados livremente na década de 1970. Em 1982, movido pelo desenvolvimento do primeiro Personal Computer (PC), surgiu o primeiro programa de CAD para PCs, o “AutoCAD Release 1” da empresa Autodesk. 
Atualmente tem-se diversos softwares CAD dentre os quais destacam-se:
· AutoCAD – programa de modelagem 2D e 3D (Figura 2) utilizado para projetos de engenharia mecânica, civil, elétrica, arquitetura, etc. Nele é possível utilizar comandos inseridos pelo teclado para criar entidades (elementos do desenho) no momento de sua concepção, assim como manipular as barras de ferramenta que contêm tais funções usando o mouse.
Figura 2 | Tela do AutoCAD
Fonte: captura de tela do AutoCAD.
· SolidWorks – programa de CAD 3D usado para a modelagem de sólidos (Figura 3), montagem de componentes e elaboração de desenhos técnicos (rebatimento das vistas), além de possibilitar a análise de tensões e de escoamento nas peças projetadas.
Figura 3 | Tela do Solidworks
Fonte: Captura de tela do Solidworks.
· CATIA – software de CAD 3D usado comumente para a modelagem de conjuntos mecânicos (Figura 4). Por meio dele pode-se analisar o modelo construído simulando-o com ferramentas adequadas de análise de tensões considerando-se um software CAE (Computer Aided Engineering) e por simular e gerar códigos para usinagem CNC pode ser considerado como um software CAM (Computer Aided Manufaturing).
Figura 4 | Tela do CATIA
Fonte: Captura de tela do CATIA.
· PRO/Engineer – software CAD 3D amplamente utilizado em projetos de sistema mecânicos (Figura 5). Ele é uma ferramenta de CAE porque contém ferramentas de simulação de condições reais de aplicação, com análise de tensões dos componentes entre outros. O software suporta o uso de máquinas CNC desempenhando funções CAM.
Figura 5 | Tela do Pro/Engineer
Fonte: captura de tela do Pro/Engineer.
Os softwares citados são softwares específicos que, segundo Orthey (2017) possuem ferramentas específicas capazes de atender funções e áreas tecnológicas específicas. Existem também softwares de uso genérico que possuem aplicações gerais, ou seja, não têm ferramentas e bibliotecas prontas.
Vale a pena ressaltar que alguns dos softwares citados têm funções CAD/CAE/CAM que permitem criar, modificar os desenhos, projetos e ou montagens, são capazes de simular e analisar estruturalmente os objetos e executam simulações de usinagens em máquinas CNC (Comando Numérico Computadorizado) gerando os devidos códigos, mas existem softwares como o AutoCAD que são dedicados apenas a uma modalidade sendo considerados softwares CAD, softwares CAE ou softwares CAM.
CARACTERÍSTICAS DOS SOFTWARES CAD 2D E 3D
Estudante, sabendo que os softwares CAD são utilizados para criar ou modificar desenhos, projetos e ou montagens; softwares CAE são capazes de simular e analisar estruturalmente os objetos; softwares CAM executam simulações de usinagens em máquinas CNC (Comando Numérico Computadorizado) gerando os devidos códigos e que também existem os softwares CAD/CAE/CAM que são bastante robustos e capazes de desenvolver múltiplas tarefas dentro de uma única plataforma, devemos agora compreender suas funcionalidades e aplicações.
Para utilizar os softwares CAD, deve-se inicialmente configurar o ambiente de trabalho definindo a unidade de medida, cores da tela, plano de trabalho, etc.
Segundo Filho e Alonge (2015), o AutoCAD apresenta os comandos em menus, barras de ferramentas, abas denominadas RIBBONS, além de atalhos pelo teclado, nele tem-se ainda um sistema de rotação da tela, uma área gráfica, uma barra de estado (status), representação dos eixos e linhas de comandos.
No menu principal encontram-se comandos para como arquivo, editar, exibir, etc. que habilitam o menu suspenso (pull-down) contendo mais ferramentas.
Na barra de ferramentas e nas abas (RIBBONS) encontram-se os elementos que serão usados para executar o desenho, ou seja, linhas, círculos, polígonos, etc.
A área gráfica é utilizada para executar os traçados que darão origem à vista do desenho (2D) ou ao objeto 3D.
O sistema de rotação é usado para rotacionar a tela e observar o desenho por outros ângulos ou planos; tal sistema é representado pela presença de um cubo disposto na área gráfica. A rotação ocorre clicando no cubo ou por meio de atalhos no teclado.
A barra de estado apresenta a posição do cursor, ferramentas de desenho e ferramentas que afetam o ambiente de desenho.
A representação dos eixos demonstra o plano de trabalho ativado que pode ser: XY, XZ ou YZ.
As linhas de comando permitem digitar os comandos e acompanhar os comandos utilizados anteriormente.
A área de trabalho do AutoCAD possui o seguinte aspecto (Figura 6).
Figura 6 | Área de trabalho do AutoCAD
Fonte: captura de tela do AutoCAD.
A área de trabalho do Solidworks possui o seguinte aspecto (Figura 7).
Figura 7 | Área de trabalho do Solidworks
Fonte: adaptada de Dassault Systèmes (2023).
A área de trabalho do CATIA possui o seguinte aspecto (Figura 8).
Figura 8 | Área de trabalho do CATIA
Fonte: adaptada de Dassault Systèmes (2023).
A área de trabalho do PRO-Engineer tem o seguinte aspecto (Figura 9):
Figura 9 | Área de trabalho do PRO-Engineer
Fonte: adaptada de PTC (2023).
Para elaborar os desenhos deve-se acessar as devidas ferramentas de criação como: Linha (line); Círculo (circle); Retângulo (rectagle); Polígono (polygon); Ponto (point), etc., acessadas por meio de:
· Linha de comandos (command);
· Menu suspenso (menu pull-down);
· Ferramentas ativas (toolbars actives).
Clicar na área gráfica e iniciar os traçados que formarão a vista do objeto.
Vale a pena ressaltar que os softwares 3D como o Solidworks, CATIA e PRO-Engineer possuem plataformas específicas para criar omodelo 3D, efetuar a montagem dos componentes, elaborar o desenho de fabricação ou conjunto (2D), etc. Estes softwares também são paramétricos, ou seja, possuem relações que permitem alterações com ajustes instantâneos dentro ou fora da plataforma de trabalho, como: uma alteração no traçado do perfil (esboço do modelo) altera o modelo 3D que está na mesma plataforma, mas também altera o desenho de fabricação ou conjunto 2D que está em outra plataforma. 
O USO DE SOFTWARES CAD 2D E 3D PELA INDÚSTRIA
Estudante, sabe-se que softwares CAD como o AutoCAD, Solidworks, CATIA, PRO-Engineer, entre outros, contribuem com as indústrias porque agilizam o processo da elaboração de desenhos técnicos utilizados para a fabricação ou para demonstrar a montagem de componentes; alguns deles são capazes ainda de auxiliar a engenharia e a manufatura por meio de simulações, análises, etc., tornando-se assim softwares CAD/CAE/CAM.
Case 1
Em uma determinada empresa de manufatura, devido à exigência do mercado, foi necessário aumentar a produtividade, mas mantendo a mesma carga horária de trabalho e o mesmo número de colaboradores. Para solucionar o problema foi realizada uma reunião com os gestores das áreas que sugeriram implantar o uso de softwares CAD/CAE/CAM na empresa automatizando desta forma os processos de elaboração de desenhos técnicos, de testes físicos de rigidez dos produtos e de elaboração de programas das máquinas CNC.
Para implantar a solução proposta bastaria apenas investir na aquisição do software e treinar alguns colaboradores.
Case 2
Uma empresa, prestadora de serviços de usinagem, elaborava seus desenhos técnicos em pranchetas utilizando lápis, borracha, esquadros, compassos, etc., decidiu implantar em seu processo um software CAD.
Analisando os softwares disponíveis no mercado e suas múltiplas capacidades, ficou na dúvida se deveria adquirir o AutoCAD ou o Solidworks.
Para que fizesse a escolha de forma assertiva realizou comparações quali e quantitativas entre os dois softwares, resultando na escolha pelo AutoCAD porque, segundo sua avaliação, foi o que apresentou o melhor custo-benefício para a empresa naquele momento.
Case 3
Na década de 1990, os profissionais do setor de projetos de uma empresa de alimentos foram indicados pelo gestor da área para um treinamento em software CAD porque a empresa implantaria o novo sistema dentro de alguns meses em substituição às pranchetas existentes até então.
Ao receberem o comunicado, alguns profissionais ficaram temerosos quanto ao aprendizado porque não conheciam nada sobre o tal software de nome AutoCAD.
Ao iniciar o treinamento, os profissionais foram convidados a falar sobre suas dúvidas e receios, recebendo de volta o consolo do professor dizendo se tratar de um software cuja interação era bastante amigável.
Ao término do treinamento, os profissionais relataram que o software possuía uma interface contendo menus, barra de ferramentas, linhas de comando, área gráfica entre outras coisas que facilitavam bastante a execução de desenhos técnicos. Eles também salientaram a rapidez na elaboração e nas modificações e a facilidade de impressão dos desenhos, aprovando desta forma a mudança implantada pela empresa.
Contudo, pode-se perceber que os softwares CAD/CAE/CAM são facilitadores em constante desenvolvimento, que estão presentes nos diferentes tipos de indústrias porque tornam seus processos mais eficazes.
O computador e seus respectivos softwares são capazes de auxiliar a indústria desde a concepção dos desenhos técnicos, passando pelo processo de fabricação, até a recepção do produto pelo cliente final. 
VÍDEO RESUMO
Estudante, neste vídeo, você verá a importância do desenho auxiliado por computador para a indústria, como é o ambiente de trabalho e a interação gráfica de softwares CAD/CAE/CAM, as diferenças entre softwares de uso genérico e específico e conhecerá alguns programas CAD ou CAD/CAE/CAM comumente encontrados nas indústrias usados para elaborar desenhos bidimensionais (2D) e ou tridimensionais (3D), além de outras funções como analisar estruturas, simular usinagens e gerar programas para máquinas CNC. 
 
Saiba mais
Devido à importância do desenho auxiliado por computador para facilitar a execução de desenhos técnicos, ressalta-se a necessidade de aprofundar seus conhecimentos utilizando recursos como livros. Para saber mais sobre desenho auxiliado por computador faça a leitura das obras intituladas Desenho e Projeto Auxiliado por Computado e Desenho Auxiliado por Computador.
Bons estudos!
Aula 5
INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
28 minutos
DESENHOS TÉCNICOS CONECTADOS: ABNT E TECNOLOGIA CAD A FAVOR DA INDÚSTRIA
Estudante, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela elaboração de normas aplicadas em diferentes áreas.
Para minimizar erros de leitura e interpretação, existem normas técnicas aplicadas em desenhos técnicos, como a NBR 16752, que define os formatos das folhas, seu layout e dimensões, e a NBR 16861 que substituiu as NBR 8403 e 8404, estabelecendo, assim, os requisitos para a reapresentação das linhas e sua escrita.
Deve-se ressaltar que não adianta conhecer as normas se você não souber da relação existente entre os desenhos técnicos e a geometria descritiva, pois a geometria descritiva projeta seus elementos geométricos em um determinado plano, assim como acontece com as vistas projetadas de um objeto cujo formato pode ser poliédrico, não poliédrico ou a combinação dos dois (Figura 1). Para traçar seus contornos ou arestas utilizam-se elementos geométricos como linhas, retas, semirretas, segmentos de retas, formando figuras planas (polígonos ou círculos) contendo ou não linhas tangentes e ângulos.
Figura 1 | Formato dos objetos projetados
Fonte: elaborada pelo autor.
Conhecendo as normas e os elementos geométricos usados para representar o objeto nas suas respectivas vistas, você está capacitado para:
· Selecionar o formato de folha.
· Preencher a legenda utilizando a caligrafia técnica com os dados necessários à execução.
· Identificar os contornos e arestas do objeto, definindo o elemento geométrico que será usado para representá-lo no desenho técnico.
· Desenhar as vistas projetadas utilizando os elementos, os traçados geométricos e as devidas linhas obedecendo seus tipos e espessuras (Tabelas 1 e 2).
Desenhar as vistas projetadas utilizando os elementos, os traçados geométricos e as devidas linhas obedecendo seus tipos e espessuras (Tabela 1).
Tabela 1 | Tipos e espessuras de linhas
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 2 e 5).Tabela 2 | Espessuras de linhas
Fonte: ABNT (2020a, p. 5).
É imprescindível saber que cada tipo de linha presente no desenho técnico de fabricação ou de conjunto representa uma determinada característica do objeto, conforme mostra a Tabela 3.
Tabela 2 | Aplicações dos tipos de linhas
Fonte: NBR 16861 (ABNT, 2020, p. 9 e 10).
Para finalizar, você deve entender que a tecnologia contribuiu para o desenvolvimento dos desenhos técnicos, que deixaram de ser feitos em pranchetas e com instrumentos para desenhar como lápis, borracha, esquadros e compasso. A tecnologia CAD (Computer Aided Design) proporcionou a execução dos desenhos técnicos em computadores utilizando softwares genéricos ou específicos.
Os softwares específicos têm ferramentas dedicadas a determinadas funções e áreas tecnológicas específicas, enquanto os softwares de uso genérico apresentam aplicações menos específicas, atendendo a uma maior gama de possibilidades.
Os softwares CAD oferecem um ambiente de trabalho bastante interativo, permitindo ao usuário acessar suas ferramentas de criação (linhas, círculos, polígonos etc.) de diferentes formas, para que o usuário escolha a maneira mais agradável de trabalhar.
Atualmente, a tecnologia CAD disponibiliza softwares com funções CAD/CAE/CAM, que são considerados softwares de alta performance porque, além de criar, modificar os desenhos, projetos e ou montagens, eles são capazes de simular e analisar estruturalmente os objetos e executam simulações de usinagens em máquinasCNC (comando numérico computadorizado) gerando os devidos códigos.
A tecnologia CAD contribuiu ainda para a redução do tempo de elaboração dos desenhos técnicos, retrabalho, custo de armazenamento de matrizes de desenho técnico e espaço físico necessário para os profissionais. Essa tecnologia ainda gerou agilidade quando há retrabalho, e possibilitou mais ergonomia, promovendo, assim, o desenvolvimento da indústria.
E se você imagina que a tecnologia CAD parou por aí, está enganado, porque a IoT (internet das coisas), a IA (inteligência artificial) e realidade aumentada, entre outras inovações, já estão presentes em alguns softwares CAD.
REVISÃO DA UNIDADE
Estudante, neste vídeo, você verá a relação entre desenho técnico e geometria descritiva, as normas ABNT que definem formato de folhas, tamanho de margens e legendas, caligrafia e tipo de linhas, entre outras que orientam os profissionais para a sua execução. Por fim, verá como a tecnologia CAD, por meio de softwares CAD/CAE/CAD, contribui para o desenvolvimento das empresas.
 
ESTUDO DE CASO
Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você acaba de ser contratado por uma empresa para atuar no setor de projetos, desenvolvendo desenhos técnicos. A empresa presta serviços de consultoria e produz projetos de adaptação técnica em máquinas e equipamentos, visando melhorar a segurança e a ergonomia dos seus usuários.
No primeiro dia de trabalho, após conhecer as normas e as instalações da empresa, você foi conduzido até o seu posto de trabalho, que tinha uma prancheta, instrumentos de medição e de desenho como réguas, esquadros etc., uma mesa de escritório com computador e impressora.
O gestor explicou que você deve consultar as normas ABNT aplicadas em desenhos técnicos (NBR 16752, NBR 16861, NBR 17067, NBR 17006, NBR 17068, NBR 6158, NBR 14646) para elaborar croquis e desenhos preliminares que serão analisados pelos gestores. Após a aprovação destes, você deverá utilizar o computador para desenvolver o desenho técnico definitivo.
Deve-se ressaltar que os desenhos técnicos elaborados em pranchetas ou em softwares CAD devem atender aos requisitos das normas correspondentes.
Ao assumir seu posto de trabalho, você recebeu uma peça (Figura 2) com a seguinte solicitação:
· Realizar a medição da peça.
· Elaborar o desenho preliminar contendo margens e legenda em um formato de folha A3.
· Preencher a legenda e demais informações utilizando caligrafia técnica.
· Desenhar as vistas em tamanho real utilizando elementos geométricos (linhas, retas, semirretas, segmentos de retas, círculos etc.).
· Entregar o desenho técnico preliminar.
· Elaborar o desenho técnico da peça utilizando o software CAD, configurando os tipos de linhas e suas espessuras, e desenhar as vistas da peça.
Figura 2 | Peça a ser desenhada
Fonte: elaborada pelo autor.
O gestor fez o seguinte checklist para você realizar o trabalho:
· Selecionar o formato de folha A3.
· Construir as margens e a legenda estabelecidas pela norma NBR 16752.
· Inserir campos na legenda para informar a designação da empresa, o responsável pelo conteúdo do desenho, o local, data e assinatura, o nome e a localização do projeto, o conteúdo do desenho, a escala, a designação da revisão, a indicação do método de projeção e a unidade utilizada conforme NBR 16752.
· Utilizar os elementos geométricos para representar as vistas da peça. Neste caso, segmentos de retas, círculos, arcos, a tangência entre arcos e arcos com retas e ângulos.
· Definir os tipos de linhas e espessuras utilizando o grupo de linhas 0,50 descrito na NBR 16861, ou seja, espessuras 1,00 mm para linhas extralargas, 0,50 mm para linhas largas e 0,25 mm para linhas estreitas.
· Aplicar linhas: contínua extralarga para representar os contornos e arestas visíveis; contínua larga para o contorno e arestas visíveis do corte que deve ser aplicado na vista lateral; contínua estreita para fazer as cotas, linhas auxiliares e hachuras; tracejada estreita para os contornos e arestas não visíveis; linha traço e ponto estreita para as linhas de centro, linhas de simetrias e com as pontas largas para representar a posição dos planos de corte.
· Entregar o desenho para o gestor e configurar o software CAD para elaborar o desenho técnico definitivo.
Reflita
Estudante, consultar e compreender as normas técnicas aplicadas em desenhos técnicos é fundamental para a sua elaboração, porque elas estabelecem parâmetros que permitem sua interpretação por profissionais do mundo todo.
É esta normalização, prevista na ABNT, que permite minimizar erros de leitura e interpretação em desenhos técnicos independentemente do meio adotado – pranchetas ou softwares – para desenhar, o que é vantagem na utilização dos softwares CAD.
O software CAD revolucionou o processo de desenhar porque reduziu o tempo de elaboração, o retrabalho, os espaços destinados ao armazenamento de matrizes de desenho técnico e os espaços físicos, devido à substituição das pranchetas de desenho por microcomputadores, por exemplo.
É importante ressaltar que a tecnologia CAD está em constante evolução, pois já existem softwares CAD com ferramentas capazes de auxiliar outras áreas como a engenharia (softwares CAE) e a manufatura (softwares CAM).
A evolução não para, e atualmente existem softwares CAD utilizando a IoT (internet das coisas), a IA (inteligência artificial) e a realidade aumentada.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Estudante, para solucionar o estudo de caso descrito, ou seja, atender à solicitação do gestor para a elaboração do desenho técnico da peça apresentada, você deverá ter em mãos um formato de folha A3, que de acordo com a norma ABNT NBR 16752 apresenta medidas de 297 mm x 420 mm, cujas margens devem ser: esquerda de 25 mm, margens superior, inferior e direita de 7 mm, construídas com linhas de 0,5 mm de espessura. A legenda deve ter 175 mm de comprimento.
Com a folha margeada e a legenda construída, deve-se inserir os campos na legenda para informar a designação da empresa, o responsável pelo conteúdo do desenho, o local, data e assinatura, o nome e localização do projeto, o conteúdo do desenho, a escala, a designação da revisão, a indicação do método de projeção e a unidade utilizada, conforme NBR 16752.
O próximo passo se refere à execução do desenho técnico, isto é, desenhar a vista projetada utilizando os seguintes elementos geométricos: segmentos de retas, círculos, arcos, a tangência entre arcos, tangência entre arcos e retas, ângulos.
Antes de iniciar os devidos traços, você deve definir os tipos de linhas e espessuras, portanto, utilizando o grupo de linhas 0,50 descrito na NBR 16861, serão usadas espessuras 1,00 mm para linhas extralargas, 0,50 mm para linhas largas e 0,25 mm para linhas estreitas.
Então inicia-se o desenho técnico utilizando a linha contínua extralarga para representar os contornos e arestas visíveis, a linha contínua larga para o contorno e arestas visíveis do corte que deve ser aplicado na vista lateral, a linha contínua estreita para fazer as cotas, linhas auxiliares e hachuras, a linha tracejada estreita para os contornos e arestas não visíveis, a linha traço e ponto estreita para as linhas de centro, linhas de simetrias e a linha traço e ponto estreita com as pontas largas para representar a posição do plano de corte.
Realizado o desenho técnico em prancheta, deve-se configurar o software CAD de acordo com as respectivas linhas e espessuras, construir o modelo de folha A3 (template) devidamente margeada e traçar as vistas do objeto.
 
RESUMO VISUAL
O resumo visual consta de uma sequência lógica capaz de elaborar desenho técnico em prancheta ou em softwares CAD, ou seja, primeiro deve-se consultar normas ABNT e compreender os elementos da geometria descritiva para formatar as folhas em que serão traçadas as vistas do objeto, utilizando os devidos tipos de linhas.
REFERÊNCIAS
04 minutos
Aula 1
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Aula 5
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
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