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Tecnologias Limpas e Tratamento de Resíduos

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INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar na relação entre as atividades humanas e o meio ambiente? Dependemos dos
recursos naturais para a obtenção de alimentos, produtos, processos industriais, entre tantas outras
necessidades. Entretanto, o meio ambiente, que nos fornece materiais e energia tão fundamentais para a
humanidade, também é impactado pelo crescimento desenfreado das cidades e pela geração dos diversos
tipos de poluição. E como resolver isso? É nesse momento que surgem as inovações tecnológicas, que são
criadas para compatibilizar as atividades humanas com boas práticas ambientais. Nesta aula, você entenderá
os principais impactos ambientais antrópicos, bem como os conceitos relacionados a tecnologias limpas, as
quais são ferramentas técnicas que podem ser utilizadas em ambientes empresariais para garantir o uso
coerente dos recursos naturais. Não deixe de pesquisar acerca da temática e aprofundar seu conhecimento.
Bons estudos! 
TODA ATIVIDADE HUMANA GERA IMPACTO AMBIENTAL?
O processo de ocupação antrópica, acelerado principalmente a partir da revolução industrial, mudou
drasticamente a relação do ser humano com o meio ambiente, uma vez que as pessoas passaram a se
concentrar nas cidades, que começaram a contemplar inúmeras atividades humanas, inclusive as indústrias. 
Diante desse cenário, os recursos naturais contribuíram para a expansão de núcleos urbanos, visto que a
facilidade de acesso à água era uma variável valorizada para a ocupação de novos territórios. Entretanto,
todo esse uso intensivo acarretou uma alteração de inúmeros ecossistemas, desencadeando o que
conhecemos como impactos ambientais. Mas, a�nal, o que signi�ca esse conceito? 
De acordo com Sanchez (2008), impacto ambiental é todo o processo antrópico que pode alterar a dinâmica
de um ambiente natural. Se considerarmos as indústrias, por exemplo, quando estas não controlam seus
passivos ambientais, podem ocasionar alteração da qualidade do ar, contaminação do solo e da água, entre
tantas outras alterações malé�cas para o meio. 
Aula 1
INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS LIMPAS 
O processo de ocupação antrópica, acelerado principalmente a partir da revolução industrial, mudou
drasticamente a relação do ser humano com o meio ambiente, uma vez que as pessoas passaram a se
concentrar nas cidades, que começaram a contemplar inúmeras atividades humanas, inclusive as
indústrias.
19 minutos
Outro conceito relacionado a esses impactos é o aspecto ambiental. Você sabe o que isso signi�ca? Aspecto
ambiental é o elemento que, ao ser inserido no meio, poderá ocasionar impactos. Ficou confuso? Imagine o
cenário da emissão atmosférica, na qual uma empresa lança poluentes no meio. Tais elementos poderão
interagir com os gases da superfície, alterando as características desse espaço. Assim, a poluição seria o
aspecto ambiental e, em contrapartida, a alteração da qualidade do ar seria o impacto (Figura 1).
Figura 1 | Exemplo de aspecto e impacto ambiental
Fonte: adaptada de PxHere.
Mas será que um aspecto ambiental está associado a apenas um impacto ambiental? Não, pois a inserção de
um elemento no meio pode gerar inúmeras interações. Dessa forma, é possível entender que vários
impactos ambientais poderão ser gerados a partir de um único aspecto. E todo impacto ambiental é
negativo? Pense em uma indústria que se instalará em uma cidade. Nesse cenário, teremos a alteração da
qualidade do solo por conta da impermeabilização da estrutura industrial, bem como os próprios impactos
provenientes da poluição, porém a empresa poderá contratar pessoas, movimentar a economia, ou seja,
gerar impactos positivos. Interessante, não?
Com todos os conceitos apresentados, justi�ca-se a necessidade da adequação ambiental em organizações
para que estas não gerem ou até mesmo controlem seus passivos ambientais, não é mesmo? E como isso
pode ser feito? É nesse cenário que surgem as tecnologias limpas, que são entendidas como práticas que
podem ser incorporadas nas organizações com o intuito de diminuir o uso de recursos naturais ou a geração
de passivos ambientais. Com isso, é possível minimizar a geração de resíduos sólidos, economizar água e
energia elétrica ou até mesmo mitigar o impacto dos e�uentes industriais em corpos hídricos.
De acordo com Gomes (2020), vale ressaltar que o uso de tecnologias limpas não busca barrar o
desenvolvimento econômico, mas sim diminuir o uso de recursos naturais ou compatibilizar os passivos de
uma organização, de modo a garantir a sustentabilidade empresarial. A implementação de inovações
tecnológicas tende, inclusive, a diminuir os custos em processos, angariando benefícios econômicos para a
organização. 
O entendimento do conceito de aspecto e impacto ambiental atrelado a tecnologias limpas poderá estar
associado a uma possível atuação pro�ssional, por isso não deixe de aplicar esse conhecimento no seu
cotidiano! Bons estudos! 
QUAL A RELAÇÃO ENTRE TECNOLOGIAS LIMPAS E IMPACTOS AMBIENTAIS? 
Vivemos em uma sociedade na qual o consumo em excesso é incentivado pelo próprio sistema. Ocorre uma
larga produção de bens de consumo, os quais possuem obsolescência programada, ou seja, em um curto
espaço de tempo são substituídos por aparelhos mais novos e tecnológicos. 
Mas você consegue imaginar um mundo sem os processos industriais? Difícil, não? Precisamos das
empresas para a transformação de recursos em produtos. Entretanto, tais processos desencadeiam
impactos ambientais. Diante de tantas catástrofes ambientais, é crescente a demanda pela adequação
ambiental das organizações, as quais devem buscar compatibilizar suas atividades com boas práticas
ambientais. 
Para tanto, a empresa precisa conhecer suas especi�cidades, a�nal os impactos ambientais são ocasionados
pelos aspectos que ela produz. Por exemplo, uma indústria têxtil terá como aspecto ambiental relevante a
geração de e�uentes industriais com alto teor de corantes com características tóxicas, já uma indústria
alimentícia também poderá gerar e�uentes, porém esse passivo terá características distintas, com tendência
de possuir alto teor de matéria orgânica (Figura 2). Interessante, não? 
Figura 2 | Principais aspectos e impactos ambientais relacionados às atividades industriais
Fonte: adaptada de Pixabay.
Observa-se o crescimento da aplicação de tecnologias limpas, as quais contribuem com inúmeros setores do
ambiente industrial. Muitas vezes, ocorre a tendência de acreditarmos que as inovações tecnológicas estão
distantes do nosso dia a dia, porém, se pensarmos, por exemplo, no crescimento da energia fotovoltaica
residencial, já é possível concluir que tais estratégias estão mais viáveis do que se imagina. 
Nesse contexto, inúmeras são as iniciativas que também podem ser aplicadas em ambientes empresariais,
como o uso de sensores para identi�car vazamentos em tubulações, equipamentos que permitam o reúso
da água ou que tratem poluentes atmosféricos e até mesmo a utilização de fontes de energias limpas (Figura
3). 
Figura 3 | Exemplos de tecnologias limpas que podem ser incorporadas no ambiente empresarial e também em residências
Fonte: elaborada pela autora.
Diante disso, de acordo com Pinheiro (2014), os objetivos das tecnologias limpas estão pautados na criação
de produtos e processos com maior e�ciência e economia dos recursos naturais, na diminuição do uso de
combustíveis fósseis atrelado ao aumento da participação de energias renováveis e na redução do consumo
dos recursos naturais, de modo a promover a sustentabilidade empresarial. 
Mas será que isso é viável economicamente? De acordo com dados da World Resources Institute (LAYKE;
HUTCHINSON, 2020), o investimento em inovações tecnológicas pautadas, por exemplo, em energias limpas
pode gerar um retorno econômico três a oito vezes maior do que as fontes fósseis, tendo como outro
aspecto positivo a menor variabilidade do preço de mercado, diferentemente das fontes fósseis, que variam
de acordo com o preço do petróleo. Outro pontofundamental é a geração de emprego e renda, que tende a
ser mais signi�cativa quando se considera o sistema tradicional. 
Falando em sustentabilidade, ressalta-se que esse termo é utilizado para aferir a respeito da
compatibilização das esferas ambientais, sociais e econômicas. Com isso, é muito importante que todas as
atividades humanas busquem considerar não apenas a economia, mas também a sociedade na qual estão
inseridas e, é claro, os recursos naturais, que são a fonte de nossa subsistência (SANTOS, 2004). 
Conseguiu assimilar a importância dos conceitos aqui tratados? Não deixe de aplicá-los no seu dia a dia, pois
dessa forma a disciplina �cará ainda mais atrativa e interessante! Bons estudos!
COMO APLICAR A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS E AS TECNOLOGIAS LIMPAS EM EMPRESAS?
Os processos industriais diferenciam-se de acordo com a atividade desenvolvida. Nesse contexto, a geração
de aspectos e impactos ambientais será distinta em cada indústria, variando segundo o porte, a localização,
o uso de recursos naturais, entre outras variáveis. Mas se temos essa diversidade, por onde devemos
começar?
Torna-se fundamental o que chamamos de caracterização da área de estudo, ou seja, entender a dinâmica
da organização, buscando identi�car os principais impactos ambientais para que estes sejam tratados de
maneira coerente. Com isso, é possível utilizar ferramentas, tal como a matriz de impactos ambientais, que
basicamente é uma forma de estabelecer parâmetros para identi�car os impactos ambientais mais
signi�cativos. De acordo com Sanchez (2008), alguns elementos podem ser usados, como mostra o Quadro
1, a seguir.
Quadro 1 | Critérios de signi�cância que podem ser utilizados em uma análise de impacto ambiental em ambiente empresarial
Categoria do Critério Característica Variável Pontuação
Classe (C) Natureza do impacto Bené�co 1
Adverso 3
Severidade (S) Dimensão do dano causado Reversível a curto prazo 1
Reversível a longo prazo 2
Irreversível 3
Abrangência (A) Área atingida pelo impacto ambiental No setor 1
Na empresa 2
Fora da empresa 3
Frequência (F) Número de vezes que o impacto ocorre Rara 1
Moderada 2
Contínua 3
Fonte: adaptado de Sanchez (2008, p. 323) e Santos (2004, p. 114).
A partir disso, é possível identi�car os impactos ambientais mais signi�cativos utilizando a metodologia
descrita por Sanchez (2008), a qual dita que a intensidade de um impacto ambiental é o resultado da
multiplicação dos índices obtidos pela análise da classe, severidade, abrangência e frequência. Quanto maior
o valor obtido, maior o dano ocasionado (Quadro 2).
Quadro 2 | Relação entre pontuação e signi�cância para avaliação de impactos ambientais
Pontuação do impacto Signi�cância do impacto
1 – 20 Não signi�cativo
21 – 60 Signi�cativo
>60 Muito signi�cativo
Fonte: adaptado de Sanchez (2008, p. 332) e Santos (2004, p. 116).
Diante de todas as informações de aspecto e impacto ambiental, a matriz poderá ser preenchida, geralmente
considerando a ordem dos impactos mais signi�cativos para os de menor importância (Quadro 3).
Quadro 3 | Exemplo de uma matriz de impactos ambientais
AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Aspecto Impacto Critérios de signi�cância
Classe Severidade Abrangência Frequência Importância
Fonte: elaborado pela autora.
Quando conseguimos identi�car os impactos ambientais mais signi�cativos, é o momento de se dedicar a
encontrar possíveis soluções. Com isso, você pode propor a utilização de tecnologias limpas, as quais
poderão, além de melhorar a imagem da empresa perante o consumidor, diminuir o uso exacerbado de
recursos naturais, desencadeando uma melhoria no desempenho ambiental e nos cursos de processos. 
Vamos a um exemplo? Imagine que você aplicou a matriz de impacto ambiental em uma indústria têxtil,
constatando que o principal impacto ambiental gerado é o uso exacerbado de recursos hídricos, o que, além
de prejudicar o meio ambiente, onera economicamente a organização. Uma possível solução é a
implementação de sistemas de reúso da água, ação que pode contribuir para a diminuição do uso de
recursos naturais, bem como para a amenização da conta de água da empresa. 
O uso de combustíveis fósseis ainda é latente em vários ramos industriais. Caso o impacto ambiental de
uma empresa esteja associado a esse aspecto, é possível pensar em combustíveis alternativos, como os
biocombustíveis, que estão em expansão por causa de sua viabilidade econômica. 
Viu como aplicar a avaliação de impactos ambientais pode ser importante em sua atuação pro�ssional? Não
deixe de aprofundar seu conhecimento. Bons estudos!
VIDEOAULA
Você já se imaginou trabalhando no setor de meio ambiente de uma empresa? Se esse é o seu sonho, é
fundamental entender os conceitos relacionados a aspectos e impactos ambientais, não é mesmo? Neste
vídeo, daremos destaque a esse assunto, associando todo esse conhecimento ao uso de tecnologias limpas,
que podem ser consideradas ferramentas para compatibilizar as atividades industriais com boas práticas
ambientais. Não deixe de conferir!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Quando falamos na diversidade de ramos industriais que compõem a economia brasileira, logo
pensamos nas inúmeras interações que os aspectos ambientais gerados podem ocasionar no meio, não
é mesmo? Mas como podemos identi�car os principais impactos ambientais de cada empreendimento?
Além de estudar e conhecer os processos industriais, é possível utilizar ferramentas que já direcionam
sobre os possíveis impactos ambientais. Diante disso, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA) disponibiliza uma plataforma na qual é possível consultar empreendimentos e seus possíveis
impactos ambientais. Vamos conferir? Para saber mais, acesse o link a seguir:
http://creaweb.crea-pr.org.br/IAP/consultas/menu_consultas_iap.aspx
INTRODUÇÃO
Qual é o impacto ambiental que suas atividades ocasionam no planeta? Muitas vezes, é comum associarmos
os impactos ambientais a indústrias, agricultura, expansão das cidades, entre outros segmentos
econômicos. No entanto, tais atividades funcionam justamente no intuito de fornecer bens de consumo para
Aula 2
PEGADA AMBIENTAL
Qual o planeta que você pretende deixar para as futuras gerações? Você já deve ter ouvido essa clássica
pergunta.
21 minutos
http://creaweb.crea-pr.org.br/IAP/consultas/menu_consultas_iap.aspx
o ser humano.
Os recursos naturais utilizados para a concepção de um produto não se restringem ao seu material, mas
também à quantidade de água, energia e a demais elementos que compõem o meio. Diante desse cenário, a
pegada ambiental é um indicador que relaciona o montante de recursos gastos pelas atividades antrópicas
com a capacidade de regeneração do planeta.
Como tal demanda é crescente, torna-se necessário o uso de materiais alternativos e estratégias de
educação ambiental, visto que são ferramentas que buscam harmonizar as atividades humanas com boas
práticas ambientais. Se interessou pelo assunto? Não se esqueça de rever seus hábitos e ser protagonista
das mudanças propostas! 
EXISTE RELAÇÃO ENTRE A PEGADA AMBIENTAL E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL? 
Qual o planeta que você pretende deixar para as futuras gerações? Você já deve ter ouvido essa clássica
pergunta. Contudo, diante de tantas modi�cações ocasionadas pelas atividades antrópicas, o
questionamento muda de foco e busca responder justamente o contrário: quais pessoas pretendemos deixar
para o planeta? Toda essa discussão esbarra na importância de entendermos que nosso conforto é
subsidiado pelo uso de recursos naturais: você está utilizando energia em seu celular ou até mesmo na luz
acesa. Também precisou tomar banho, alimentar-se, comprar roupas e calçados. Atividades simples e
cotidianas impactam a disponibilidade de recursos, fazendo com que cada vez mais iniciativas busquem
entender essa relação e propor soluções mitigadoras. 
Em 1976, o pesquisador Nicholas Georgescu-Roegen discutiupela primeira vez as relações desarmônicas do
ser humano com a natureza, a�rmando, com base na Lei da Entropia, que nossos hábitos não são
sustentáveis e tendem a alterar a qualidade do meio, degradando de maneira irreversível os recursos
naturais (DIAS, 2015). 
Após isso, o conceito de pegada ambiental cresceu, sendo muito utilizado atualmente como um indicador
ambiental. Mas o que esse conceito signi�ca? De acordo com Dias (2015), a pegada ambiental pode ser
entendida como um indicador que busca associar as atividades humanas com a quantidade de recurso
natural utilizada. A ferramenta também leva em consideração a capacidade regenerativa do planeta, ou seja,
o tempo de recuperação natural dos recursos gastos. E você acredita que estamos em débito ou crédito?
Infelizmente, estamos em débito. De acordo com dados da World Wildlife Fund (WWF, 2008), estamos
consumindo 50% a mais de recursos naturais do que temos disponíveis, ou seja, para sustentar nossos
hábitos atuais, seria necessário 1,5 planeta (Figura 1).
Figura 1 | Pegada ecológica mundial e brasileira
Fonte: WWF (2008).
O que fazer para reverter essa situação? O primeiro ponto é a conscientização das pessoas, uma vez que são
os hábitos individuais que, ao serem somados, impactam o meio em que vivemos. Com isso, a educação
ambiental assume um papel fundamental, sendo até mesmo citada em nossa Constituição Federal de 1988, a
qual determina que essa área do ensino deve ser concebida em todos os níveis de escolaridade (BRASIL,
2019). 
Mas o que é educação ambiental? De acordo com Santos e Ru�no (2003), é uma estratégia que busca
implementar ações com o intuito de fazer com que o indivíduo repense suas atitudes e procure melhorar sua
qualidade de vida e a sociedade onde vive em harmonia com o meio. 
Tal estratégia pode in�uenciar os hábitos cotidianos da população, favorecendo, assim, boas práticas
ambientais. Um exemplo pode ser visto em sua própria residência. Você separa seu lixo? Sabia que a
segregação é fundamental para que as cooperativas consigam reciclar os resíduos? E acredita que isso pode,
inclusive, aumentar a vida útil do aterro? Uma atitude simples pode transformar a sociedade e o meio
ambiente! 
Já que falamos em reciclagem, outro conceito importante é o uso de materiais alternativos na concepção de
novos produtos. A substituição de matérias-primas que ocasionam impactos ambientais por outras advindas
da reciclagem é uma excelente maneira de economizar recursos naturais e contribuir com a adequação
ambiental de organizações. Viu só como tudo está relacionado? Não deixe de contribuir para essa mudança
e de pensar sempre em novos hábitos no seu percurso pro�ssional. Bons estudos!
ENTENDENDO O CONTEXTO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONSUMO
CONSCIENTE
Qual é a relação entre os conceitos de pegada ecológica e a preservação dos recursos? De acordo com Dias
(2015), da mesma forma que um economista precisa incorporar os custos relacionados ao processo e
distribuição de um produto, a pegada propõe a análise dos custos associados aos recursos naturais na
concepção de determinado bem ou produto. Ou seja, analisam-se os números relacionados aos parâmetros
de solo, água, emissões, entre outras variáveis que in�uenciarão não somente a disponibilidade do recurso,
mas também sua qualidade. Com isso, a pegada ambiental, também chamada de pegada verde ou pegada
ecológica, pode utilizar inúmeras metodologias, sendo que a maioria baseia-se em indicadores
categorizados em pesos, isto é, quanto maior for o impacto de determinada variável, maior será seu peso na
somatória �nal de cálculo da pegada. 
Justamente por isso que a educação ambiental é fundamental! Carvalho (2017) a�rma que a educação
ambiental também está relacionada com a formação ética, política, econômica, social e cultural, e não
apenas ecológica, como alguns grupos acreditam erroneamente.
Diante disso, Reigota (1999) fala acerca das concepções humanas. De acordo com o autor, é possível
classi�car as visões humanas em três categorias distintas: a visão naturalista, que associa o meio ambiente a
algo intocado; a visão antropocêntrica, que é aquela na qual o ser humano acredita que os recursos naturais
possuem como principal �nalidade o bem-estar humano; e, por �m, a visão globalizante, que insere o ser
humano no conceito de meio ambiente, sem considerar um aspecto dominante sobre os recursos naturais,
promovendo uma harmonia entre as esferas ambientais, sociais e econômicas. Tudo isso pode ser aplicado
na gestão de resíduos, por exemplo. Inclusive, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010),
em seus objetivos, deixa claro que o foco da gestão de resíduos deve ser a não geração desses elementos e
somente depois que todas as possíveis soluções estiverem esgotadas é que o resíduo poderá ser destinado
a um aterro sanitário ou industrial (Figura 2). 
Figura 2 | Ordem de prioridade dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos
Fonte: adaptada de Brasil (2010).
Analisando a Figura 2, observamos que a reutilização e a reciclagem são citadas como formas de gerenciar
os resíduos sólidos. Com isso, o uso de materiais alternativos, inclusive os advindos da reciclagem, pode ser
uma solução para as empresas, uma vez que diminui a necessidade de utilização constante de matéria-prima
virgem, contribuindo, assim, para a economia de recursos. Vale ressaltar, porém, que no processamento de
materiais orgânicos (plástico, borracha, papel) ocorre a perda de qualidade da matéria-prima. Ou seja, será
necessário destinar os resíduos de tais materiais para outros processos industriais menos exigentes em
relação às propriedades do produto �nal. Em contrapartida, o alumínio, por exemplo, não perde suas
propriedades, sendo, inclusive, o material mais reciclado do Brasil, com índice de 97,6% (ABRELPE, 2021).
Demajorovic e Lima (2019) a�rmam que o fundamento para a utilização de materiais alternativos é sua
funcionalidade, ou seja, as propriedades e características desse material devem ser adequadas à função do
produto �nal. Além disso, tal elemento deve ter conformidade com as normas técnicas vigentes e, é claro,
qualidade e facilidade de manutenção. 
O custo também é algo que deve ser levado em consideração, visto que pode haver a necessidade de
modi�cação de processos de fabricação de um produto quando existe incorporação de novos materiais. No
entanto, se tais estratégias forem pensadas de maneira efetiva, podem contribuir para a adequação
ambiental das organizações, subsidiando a melhoria de sua imagem perante os consumidores e a
preservação ambiental. Não deixe de estudar sobre o assunto, uma vez que isso poderá lhe auxiliar no
exercício da pro�ssão.
MATERIAIS ALTERNATIVOS E PEGADA ECOLÓGICA: COMO APLICAR NA EMPRESA? 
Como aplicar a pegada ecológica nas indústrias? Para uma organização, torna-se fundamental entender a
geração de seus passivos ambientais ao longo do processo de fabricação ou bene�ciamento de materiais,
uma vez que isso poderá ser utilizado para a própria veri�cação da e�ciência do processo com relação à
utilização dos recursos naturais, permitindo a identi�cação de falhas. Todas essas informações podem
subsidiar o surgimento de uma política ambiental da empresa ou o próprio atendimento à legislação,
evitando, assim, um dé�cit ambiental. 
Por exemplo, ao analisarmos a produção de alimentos, sabemos que ocorre a geração de passivos
ambientais, como os resíduos, e�uentes e emissões atmosféricas no ambiente empresarial. No entanto, o
transporte, o uso de energia, água ou até mesmo a área ocupada pela agricultura alteram signi�cativamente
o meio, in�uenciando, dessa forma, a biocapacidade do ambiente em que vivemos. Na implementação de
inovações, como reúso da água, substituição de fontes de energia fósseis por renováveis e melhoria de
processos, estamos contribuindo para a amenização do uso de recursos naturais. 
Carvalho (2017) elenca os principais pontos que sãolevados em consideração no cálculo da pegada
ecológica:
●  Alimentação: a crescente demanda por alimentos faz com que haja a expansão de áreas agricultáveis, as
quais alteram o ecossistema.
●  Moradia: nesse contexto, engloba-se toda a infraestrutura necessária para a ocupação humana, a qual é
responsável pela alteração da paisagem e impermeabilização do solo. 
●  Bens de Consumo: todo produto que é concebido exige o uso de recursos naturais em maior ou menor
escala.
●  Energia: toda atividade necessita de energia para que os processos ocorram. Com isso, a demanda por
esse recurso é cada vez mais signi�cativa. 
●  Transporte: temos um percentual relevante de meios de transporte que utilizam combustíveis fósseis,
acarretando impactos signi�cativos (Figura 3).
Figura 3 | Variáveis que in�uenciam a pegada ecológica
Fonte: Becker et al. (2012, p. 33).
O entendimento de todo esse processo favorece a proposição de alternativas. Por exemplo, pensando em
estratégias de educação ambiental dos funcionários e treinando-os quanto a pequenas iniciativas no
ambiente empresarial, é possível melhorar a pegada ambiental de uma organização. Isso também é válido
para nosso cotidiano: você pode tentar diminuir sua pegada a partir da adoção de pequenos hábitos, como
separar o lixo, preferir caminhar em vez de usar automóveis, não comprar produtos desnecessários, entre
outras possibilidades. 
Além disso, a utilização de materiais alternativos também é uma excelente opção. Na indústria da construção
civil, inúmeras são as iniciativas já implementadas, as quais apresentam uma excelente viabilidade técnica e
econômica. Quer conhecer algumas? 
A telha e o tijolo ecológicos são produtos manufaturados a partir da reutilização de recicláveis de alumínio e
�bras naturais. Por isso, apresentam um custo menor do que os demais, sendo leves, o que permite o
manuseio fácil, e otimizam o conforto térmico de uma residência, visto que re�etem com maior efetividade a
luz solar. 
As empresas que utilizam embalagens plásticas estão optando cada vez mais por recipientes advindos de
materiais alternativos, uma vez que, dessa forma, é possível diminuir a pegada ambiental de uma
organização. Por exemplo, canudos de plástico estão caindo em desuso, tendo como solução alternativa o
uso de materiais como o metal ou o papel, que geram menor impacto ambiental.
Dessa forma, é fundamental pensar em soluções tecnológicas e materiais alternativos, uma vez que isso
pode ser um diferencial de sua organização perante o mercado. Bons estudos!
VIDEOAULA
Você já parou para pensar em como nossos hábitos fazem a diferença na qualidade e disponibilidade dos
recursos? Se nós impactamos o meio, imagine só as indústrias? Pensando nisso, você aprenderá a respeito
da pegada ecológica, veri�cando como esse conceito está alterando os ambientes organizacionais.
Abordaremos a possibilidade de utilização da educação ambiental e de fontes de materiais alternativos.
Ficou curioso? Não deixe de aplicar tais conceitos em sua vida pessoal e pro�ssional!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Quantos planetas são necessários para que você mantenha seu ritmo de consumo? Para descobrir a
resposta, utilize a calculadora de pegada ecológica, que, por meio da identi�cação de seus hábitos
cotidianos, demonstrará seu impacto no meio. Ficou curioso? Acesse o link a seguir:
http://www.pegadaecologica.org.br/
INTRODUÇÃO
Aula 3
TECNOLOGIAS LIMPAS EM PROCESSOS INDUSTRIAIS
Os processos industriais estão presentes no nosso dia a dia. Mas o que são processos? Uma de�nição
básica trazida por Gayer (2020) nos diz que processos podem ser entendidos como um conjunto de
operações, as quais são responsáveis pela modi�cação das características da matéria-prima, visando
transformá-la em um produto.
18 minutos
http://www.pegadaecologica.org.br/
No nosso dia a dia, consumimos muitos produtos advindos das indústrias, seja aquele alimento favorito, os
objetos de vestuário, os materiais utilizados na construção civil ou até mesmo o combustível que permite
nossa locomoção. Você já imaginou se, por acaso, comprasse seu chocolate favorito, mas ele sempre
apresentasse um sabor diferente de acordo com a data da compra? Isso seria um problema, não é mesmo?
Justamente por isso, é extremamente importante termos processos industriais mapeados em uma
organização, pois dessa forma conseguimos garantir a preservação das características e da qualidade dos
produtos. 
Diante disso, utilizam-se inúmeras ferramentas de mapeamento de processos para que seja possível
investigar as falhas desses sistemas, possibilitando, assim, sua otimização e contribuindo não só para a
melhoria das características de determinado produto, mas também para a economia de recursos naturais.
Não deixe de entender este conteúdo, pois ele será fundamental para sua atuação pro�ssional! Bons
estudos! 
O QUE SÃO PROCESSOS INDUSTRIAIS? 
Os processos industriais estão presentes no nosso dia a dia. Mas o que são processos? Uma de�nição básica
trazida por Gayer (2020) nos diz que processos podem ser entendidos como um conjunto de operações, as
quais são responsáveis pela modi�cação das características da matéria-prima, visando transformá-la em um
produto.
Dessa forma, entender como funcionam os processos industriais é fundamental, uma vez que assim
conseguimos identi�car as falhas e as oportunidades de melhorias dentro de uma organização. Nesse
contexto, também vale ressaltar um aspecto importante: diferentes segmentos organizacionais podem
compor processos distintos, os quais, muitas vezes, não são divulgados em virtude do sigilo industrial. De
maneira simpli�cada, podemos entender os processos industriais direcionando o foco a três etapas
especí�cas: a entrada, a transformação e a saída.
Na entrada, que são os inputs, consideramos a matéria-prima e os insumos, ou seja, os componentes
auxiliares do processo (água, energia elétrica e outros), sendo possível acrescentar características ou
somente compor o processo industrial, as informações necessárias para o funcionamento do processo, os
documentos que o compõem, entre outros dados. Na transformação, ocorre o processamento das matérias-
primas ou serviço que sairão do processo (output) como produto �nal. Assim, a qualidade do produto �nal
está diretamente relacionada às condições da matéria-prima e do processo e, por isso, é fundamental
mapear, mensurar e controlar os processos (Figura 1).
Figura 1 | Esquema simpli�cado de um processo
Fonte: elaborada pela autora.
Mas será que é só na transformação de materiais e insumos em produtos que temos processos? Não! De
acordo com Toledo et al. (2017), os processos fazem parte de toda a organização, estando presentes,
inclusive, nas decisões gerenciais. Por isso, o autor classi�cou os processos em primários, de suporte e
gerenciais. Os processos primários estão relacionados à produção dos produtos ou serviços entregues ao
cliente. Já os processos de suporte são aqueles que administram os recursos para que os primários
funcionem de maneira coerente. Por �m, os processos gerenciais estão ligados à própria tomada de decisão
da empresa ou setor.
Os processos industriais se caracterizam por sua natureza repetitiva. Assim, é necessário entender e mapear
o processo, cujo objetivo é garantir o padrão de qualidade dos produtos ou serviços e sua melhoria
contínua, a satisfação do cliente e as boas práticas ambientais.
Tal fato é tão importante que temos normas e legislações internacionais que utilizam o conceito de processo
na dinâmica gerencial da empresa, como a International Organization for Standardization (ISO). De acordo
com a norma ISO 9000 de 2015, o processo é de�nido como “conjunto de atividades inter-relacionadas ou
interativas que utilizam entradas para entregar um resultado pretendido” (ABNT, 2015, [s. p.]). Dessa forma,
os processos de gestão devem ser implementados para atender às exigências internacionais eaos
consumidores cada vez mais exigentes.
Todo o processo de gestão de uma organização precisa ser formalizado e, dessa forma, em sua atuação
pro�ssional, você poderá se deparar com normas, documentações, �uxogramas ou até mesmo ferramentas
de mapeamento de processos. Logo, entender esses conceitos poderá lhe auxiliar em uma futura atuação
pro�ssional.
COMO PODEMOS MAPEAR O PROCESSO DE UMA EMPRESA?
Você já ouviu falar do ciclo PDCA? Essa ferramenta de gestão, concebida por Shewhart e difundida por
Deming, busca a melhoria contínua em processos, sendo amplamente aplicada. Basicamente, ela consiste
na implementação de melhorias por etapas, procurando primeiramente planejar (Plan), executar (Do), checar
(Check) se o processo está funcionando de maneira coerente e agir (Act), melhorando os pontos falhos ou
difundindo estratégias que contribuam para o aprimoramento do processo (BRITTO, 2016) (Figura 2).
Figura 2 | Ciclo PDCA
Fonte: Tribunal de Contas do Estado do Paraná (2020).
Contudo, para que possamos utilizar todos esses conceitos relevantes, inicialmente precisamos conhecer o
processo. Diante disso, podemos usar ferramentas de mapeamento de processos. Mas o que é o
mapeamento? De acordo com Toledo et al. (2017), essa estratégia consiste na identi�cação de todas as
etapas relacionadas a um processo, buscando entender suas especi�cidades, materiais e demais recursos
necessários para o bom funcionamento do sistema. Dentre as possíveis ferramentas, destacamos os
�uxogramas (Figura 3), que são uma forma simples de representar a realização de qualquer tarefa no
ambiente empresarial.
Figura 3 | Desenho esquemático representando um �uxograma de processo
Fonte: Peinado e Graeml (2007, p. 151).
Visando facilitar o entendimento, simbologias são utilizadas para se referir a cada etapa, permitindo analisar
o tempo, os recursos, os responsáveis pela fase em questão e toda a dinâmica da organização na concepção
de determinado produto ou serviço (Figura 4). A adoção de um padrão de símbolos concede aos gestores
mais agilidade na compreensão dos processos. 
Figura 4 | Principais simbologias adotadas em �uxogramas de processo
Fonte: Peinado e Graeml (2007, p. 539).
No entanto, não basta apenas conhecer o processo, também é necessário buscar a construção de
indicadores que realmente demonstrem seu funcionamento coerente. Além disso, quando se busca a
adequação ambiental, é possível a elaboração de processos que levem em consideração o uso dos recursos
naturais, os quais devem compor o �uxograma de entrada e saída. Como exemplo, temos a utilização da
água, um importante insumo industrial que pode ser incorporado em qualquer etapa do processo, visto que
é considerado uma matéria-prima auxiliar que, posteriormente, poderá sair parcialmente do processo como
e�uente industrial. Mas como saber se um processo está funcionando de maneira adequada? 
É nesse momento que podemos utilizar indicadores, os quais ajudam a empresa a cumprir seus objetivos,
uma vez que mensuram resultados da e�ciência dos processos, subsidiando, assim, a tomada de decisão
acerca de determinada falha ou a identi�cação de potenciais melhorias.
Quadro 1 | Exemplos de indicadores que podem ser utilizados nas organizações
INDICADOR DESCRIÇÃO
EFICIÊNCIA Funcionamento do processo de acordo com a quantidade de recursos consumidos.
CONFORMIDADE Percentual de atendimento às especi�cações do produto.
QUALIDADE Peças adequadas ao uso em relação à quantidade de peças produzidas.
DURABILIDADE Tempo de vida útil do produto.
CONFIABILIDADE Probabilidade de falha do produto ao longo do tempo.
Fonte: adaptado de Corrêa e Corrêa (2006, p. 60).
Entender os processos e propor indicadores são ações que poderão contribuir para a melhoria da produção,
direcionando o foco à compatibilização dos recursos econômicos com boas práticas ambientais. Dedique-se
e seja um excelente gestor!
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
O entendimento do processo industrial de uma organização é o ponto de partida para a possibilidade de
proposição de melhorias. Vale lembrar que quando falamos em tecnologias limpas e otimização de
processos, também estamos buscando promover lucros à organização. Por exemplo, se conseguirmos
diminuir o uso da água em um processo, não existem apenas benefícios ambientais, mas também
econômicos, uma vez que a empresa paga pelo recurso hídrico consumido. Mas por onde começar? É nesse
momento que se torna ainda mais imprescindível entender o processo industrial. A partir da elaboração de
�uxogramas, conseguimos veri�car possibilidades de mudanças, as quais poderão ser atrativas para a
organização (Figura 5).
Figura 5 | Exemplo de alguns pontos que podem ser analisados a partir de �uxogramas de processos
Fonte: Peinado e Graeml (2007, p. 541).
Para que possamos propor qualquer melhoria, é necessário conhecer profundamente os problemas
associados. Para tanto, podemos utilizar algumas ferramentas de gestão da qualidade, como diagrama de
causa e efeito, histograma, análise de Pareto, diagrama de dispersão, entre outras inúmeras alternativas.
Falando especi�camente a respeito dos recursos naturais em processos, uma ferramenta interessante é a
associação dos �uxogramas com as entradas e saídas dos recursos naturais e passivos ambientais. A Figura
6, a seguir, apresenta um �uxograma das etapas do processamento industrial de uma indústria de papel e
celulose.
Figura 6 | Fluxograma simpli�cado de entradas e saídas de uma indústria de papel e celulose
Fonte: Nicolao (2018, p. 81).
Muitas vezes, é possível identi�car, nos �uxogramas, os passivos ambientais gerados no processo, como os
resíduos advindos do corte da madeira e as emissões de material particulado em uma indústria de móveis
de madeira. Dessa forma, é possível propor um sistema de tratamento das emissões atmosféricas e a
destinação adequada dos resíduos. 
Com isso, a otimização do desempenho de unidades produtivas se associa à economia de recursos naturais.
Nesse sentido, algumas das soluções que podem ser incorporadas nas atividades industriais estão listadas a
seguir: 
•  Reúso dos recursos naturais: é crescente a adaptação de processos que permitem a recirculação da água.
Nesse caso, ocorre a economia de recursos naturais e a melhoria de processos. Assim, é gerada uma menor
quantidade de e�uentes, diminuindo o uso das Estações de Tratamento de E�uentes. 
•  Substituição de combustíveis: o uso de combustíveis não renováveis aumenta os passivos ambientais da
organização. Dessa forma, é possível substituí-los por fontes renováveis, como os biocombustíveis. 
•  Adesão a energias alternativas: não só processos consomem energia, mas a organização como um todo.
Logo, soluções que invistam em energia fotovoltaica e eólica são estratégias para diminuir o custo com o
funcionamento da empresa.
•  Materiais alternativos: podem ser advindos da reciclagem ou do uso de polímeros naturais. Diminuem a
geração de resíduos e podem minimizar os gastos relacionados à aquisição de matéria-prima.
•  Uso de equipamentos adequados: dispositivos que possuam melhor e�ciência energética podem
contribuir para o aprimoramento de processos. Assim, é possível propor a substituição de equipamentos de
acordo com as características da empresa. 
Existem outras inúmeras soluções alternativas. Desse modo, o primeiro passo é entender o processo e suas
especi�cidades, identi�car as falhas e não conformidades e, a partir disso, implementar soluções, as quais
devem estar pautadas não apenas no fator econômico, mas também na esfera ambiental e social. 
Entendendo como mapear processos, as possíveis ferramentas e algumas soluções tecnológicas, você estará
apto para fazer a diferença no ambiente empresarial, visto que são habilidades exigidas em toda organização
que busque a conformidade legal e as certi�cações ambientais. Bons estudos!
VIDEOAULA
Os processos existem em toda e qualquer empresa. No vídeo a seguir, você aprenderá sobre os principaisconceitos relacionados à elaboração de �uxogramas de processos. Com essas informações valiosas,
entenderemos como podemos implementar estratégias de otimização nas organizações, buscando sempre
adequá-las às exigências legais das esferas ambiental e econômica. Assim, você estará apto a aplicar tais
conceitos em uma empresa e se destacar no mercado de trabalho! Sucesso!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
A adequação ambiental de empresas pode ocorrer a partir da implementação de soluções alternativas
para a economia de recursos naturais em vários processos industriais. Nesse sentido, um estudo
realizado por Paiva e Maria (2018) buscou analisar a gestão e o reaproveitamento dos resíduos na
indústria sucroalcooleira. Quer saber mais? Acesse o link a seguir:
http://revista.ecogestaobrasil.net/v5n9/v05n09a10a.html
INTRODUÇÃO
A legislação ambiental é fundamental para a regulação das atividades humanas. Imagine se não existissem
padrões de lançamento de e�uentes, de qualidade da água ou de qualidade do ar? Com certeza teríamos
uma incidência muito maior de doenças, bem como impactos ambientais e sociais imensuráveis! 
Justamente por isso, é fundamental que as empresas sigam tais padrões, que são condicionantes do
licenciamento ambiental e do alvará de atividades no Brasil. Além dos mecanismos legais obrigatórios, as
empresas também podem aderir às certi�cações, que são de adesão voluntária e buscam melhorar
processos e colaborar com a preservação dos recursos. 
Nesse contexto, destaca-se o conjunto de normas ISO 14000 que estabelecem o Sistema de Gestão
Ambiental (SGA). As empresas que aderem a essas estratégias, além de expandir sua área de atuação,
também demonstram aos consumidores seu compromisso ambiental. Não deixe de se aprofundar nessa
temática tão importante nos dias atuais. Bons estudos!
GESTÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
Dentre as inúmeras exigências para a instalação de uma empresa, destaca-se a questão da legislação
ambiental. Você sabia que antes mesmo de um empreendimento se instalar em um lugar, ele deve passar
por licenciamento ambiental? É justamente para se adequar aos mecanismos legais vigentes que precisamos
Aula 4
GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS 
Dentre as inúmeras exigências para a instalação de uma empresa, destaca-se a questão da legislação
ambiental. Você sabia que antes mesmo de um empreendimento se instalar em um lugar, ele deve
passar por licenciamento ambiental? É justamente para se adequar aos mecanismos legais vigentes que
precisamos conhecê-los.
22 minutos
http://revista.ecogestaobrasil.net/v5n9/v05n09a10a.html
conhecê-los. 
A primeira legislação de importância signi�cativa é a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), regida pela
Lei nº 6.938/1981. Tal fundamento legal marcou uma nova era na esfera ambiental brasileira, subsidiando,
inclusive, a criação de um capítulo especí�co relacionado ao meio ambiente na Constituição Federal de 1988.
A PNMA (Figura 1) trouxe inúmeros instrumentos que são muito utilizados no planejamento e gestão
ambiental, tal como a instituição de padrões de qualidade, zoneamento ambiental, avaliação de impactos
ambientais, licenciamento ambiental, entre outras disciplinas de extrema relevância (BRASIL, 1981).
Figura 1 | Estrutura da Política Nacional do Meio Ambiente
Fonte: adaptada de Brasil (1981).
Na PNMA, é estabelecido o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que é o conjunto de órgãos
públicos pautados na preservação dos ecossistemas, de�nindo, inclusive, os responsáveis pela �scalização
ambiental (BRASIL, 1981). Considerando as empresas, temos a atuação do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama) na criação dos padrões de qualidade ambiental e dos órgãos seccionais, tanto estaduais
como municipais, que atuam na �scalização das atividades que possam ocasionar impactos ambientais. 
Com relação à �scalização, um instrumento administrativo é o licenciamento ambiental, que busca fazer com
que a organização identi�que seus impactos ambientais e proponha soluções mitigadoras. Assim, a
Resolução Conama nº 001/1986 estabelece o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), documentos exigidos para empreendimentos que possuem o elevado potencial de
ocasionar impactos ambientais, como mineradoras, hidroelétricas e linhas de transmissão.
Já o procedimento administrativo de licenciamento é trazido pela Resolução Conama n° 237/1997, que,
dentre as informações pertinentes, denota sobre as etapas desse procedimento e, no seu Anexo I, sobre os
empreendimentos sujeitos ao licenciamento.
Para as atividades que não possuem o potencial de ocasionar impactos ambientais signi�cativos, temos o
licenciamento simpli�cado, que pode ser realizado por órgãos municipais ou estaduais, dependendo da
localização da empresa e de suas especi�cidades (Figura 2).
Figura 2 | Processo de licenciamento ambiental
Fonte: Araújo (2017, p. 59).
Além das licenças, outros mecanismos legais precisam ser cumpridos e, nesse contexto, vale pesquisar as
legislações às quais o empreendimento está condicionado. Geralmente, o cumprimento das normas legais
está associado aos passivos que a empresa gera (emissões atmosféricas, e�uentes, resíduos, uso da água)
(Quadro 1).
Quadro 1 | Principais mecanismos legais na esfera federal que podem ser exigidos nas empresas
Mecanismo Legal Aplicação
Resolução Conama n°
491/2018
Estabelece os padrões de qualidade do ar.
Resolução Conama n°
430/2011
Contempla as condições e padrões para lançamento de e�uentes.
Lei Federal n° 12.305/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Resolução Conama n°
357/2005
Dispõe sobre o enquadramento dos corpos hídricos e condições para o
lançamento de e�uentes.
Lei Federal n° 10.257/2001 Institui o Estatuto das Cidades (Estabelece o Estudo de Impacto de
Vizinhança).
Lei Federal n° 9.605/1998 Lei de Crimes Ambientais.
Fonte: elaborado pela autora.
Com isso, sempre busque saber sobre a legislação aplicável a seu empreendimento, uma vez que o não
cumprimento das normas acarreta penalidades, como determina a Lei de Crimes Ambientais. Com certeza,
em algum momento de sua atuação pro�ssional, você precisará consultar as leis, então não deixe de se
aprofundar no assunto!
CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS E A ADEQUAÇÃO AMBIENTAL DAS EMPRESAS
A gestão ambiental é um conceito que apresenta expansão, uma vez que busca compatibilizar as esferas
ambientais, sociais e econômicas. Dessa forma, inúmeras são as vantagens de se implementar essa
estratégia nas empresas (Figura 3).
Figura 3 | Benefícios da gestão ambiental nas empresas
Fonte: elaborada pela autora.
Para que esse conceito seja incorporado em uma empresa, primeiramente é importante entender os
passivos ambientais que essa organização apresenta a partir da Avaliação de Impactos Ambientais (AIA). Tal
ferramenta pode ser incorporada ao entendimento do processo industrial, principalmente utilizando o
�uxograma de entradas e saídas. Depois disso, é a hora de pensar em melhorar a e�ciência dos processos.
Tudo isso pode ser ainda mais vantajoso quando se pensa em incorporar um Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) na organização. Você já ouviu falar sobre ele? 
Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs) permitem a descrição e formalização dos processos operacionais
de uma organização, facilitando o monitoramento dos impactos causados sobre o ecossistema. Valle (2002)
descreve o SGA como um conjunto de medidas e procedimentos com os quais é possível identi�car e
controlar os impactos ambientais gerados no exercício da atividade. Esse formato incentiva a melhoria
contínua dos processos, visando à prevenção da poluição e ao menor consumo de recursos, viabilizando,
assim, a construção de uma interação sociedade/ambiente mais sustentável.
O SGA é regido pela norma ISO 14001/2015, que é de adesão voluntária. No entanto, por causa das inúmeras
pressões relacionadas ao mercado de exportação, é crescente abusca por certi�cações ambientais. Com
isso, para que a empresa se certi�que, é importante se atentar à possibilidade de mudança de sua estrutura
organizacional, de�nindo responsabilidades, planejando ações e modi�cando processos onerosos. A
empresa também precisará destinar recursos para que o SGA seja implementado (Figura 4).
Figura 4 | Etapas para a incorporação do Sistema de Gestão Ambiental na empresa
Fonte: elaborada pela autora.
De acordo com a ABNT NBR ISO 14001:2015, os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental a serem
implantados e seguidos são: Requisitos Gerais (de�nição e documentação do escopo do SGA); Planejamento
(objetivos, metas e programas); Implementação e Operação (controle de documentação operacional,
resposta à emergência, recursos, de�nição de responsabilidades e competências); Veri�cação (controle de
registros, auditoria interna e propostas de correção em caso de não conformidades); e Análise pela
Administração (de�ne que a alta administração deve assegurar a e�cácia do SGA) (ABNT, 2015a). 
Todo esse processo é pautado na melhoria contínua, ou seja, não é porque uma empresa possui certi�cação
que ela não precisará mais adequar seu sistema ou melhorá-lo frequentemente, a�nal sempre podemos
otimizar processos e adequá-los às demandas relacionadas à economia, à saúde e ao meio ambiente.
Ao implementar um SGA, a empresa também poderá integrá-lo a outros sistemas, como o da qualidade (ISO
9001/2015) e de segurança do trabalho. Vale ressaltar que a certi�cação só ocorre a partir da contratação de
uma auditoria externa, a qual precisa estar credenciada junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
e Tecnologia (Inmetro), que é o órgão responsável pelas auditorias no Brasil. 
Diante da alta demanda por soluções na área ambiental, entender o processo de certi�cação poderá
destacar você no mercado de trabalho. Não deixe de utilizar este material e aprofundar os conceitos trazidos
nesta etapa de aprendizagem. Bons estudos!
COMO INCORPORAR A GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS?
Para que uma empresa obtenha a certi�cação, ela deverá atender a todos os requisitos citados na ISO
14001/2015 (ABNT, 2015). As normas ISO baseiam-se no ciclo do PDCA (Figura 5).
Figura 5 | Ciclo do PDCA e a ISO 14001/2015
Fonte: ABNT (2015a, p. 10).
Nesse contexto, é fundamental que a cultura de mudança seja expandida para toda a organização, uma vez
que o engajamento dos funcionários e o comprometimento da alta direção trarão melhores resultados. Mas
por onde começar? O primeiro passo para a implementação do SGA é criação da política ambiental da
empresa, que reforça a responsabilidade com a melhoria contínua, o atendimento à legislação e o controle
da poluição. A política deve ser escrita com linguagem clara, sendo amplamente divulgada. A partir disso,
ocorre o planejamento, que estabelece os objetivos, metas e programas a serem alcançados pela
organização (Figura 6).
Figura 6 | Diferença entre objetivo, meta e programa
Fonte: elaborada pela autora.
Nessa etapa, é importante estabelecer objetivos e metas alcançáveis. De nada adianta sugerir uma grande
mudança de processos se a organização não possui estrutura para isso. O planejamento é o aspecto mais
importante para o bom funcionamento do SGA, uma vez que a partir dele é que são executadas as demais
fases. Depois de pensarmos em todos os detalhes, chega a hora de executar tudo o que foi proposto. No
estágio de implementação e operação, é fundamental de�nir o controle dos documentos, como o
licenciamento ambiental, alvarás e procedimentos operacionais. Além disso, a empresa precisará traçar
planos de resposta à emergência e de�nir responsabilidades e competências. 
Fazendo analogia ao ciclo do PDCA, qual é a etapa que vem após a fase de execução? É o estágio de
veri�cação! É nesse momento que a empresa precisa checar se tudo está funcionando corretamente e, caso
algo não esteja em conformidade, é possível pensar em soluções corretivas. Durante essa etapa, pode ser
necessária a execução de auditorias internas, que são procedimentos que buscam veri�car se a empresa
está atendendo a um documento de referência – nesse caso, a ISO 14001/2015 (ABNT, 2015a). 
O processo também precisa ser analisado pela administração, setor responsável por garantir que o SGA
realmente está sendo efetivo no controle de passivos ambientais e na otimização dos processos. Se todos
esses elementos estiverem funcionando de forma adequada, chega a hora de escolher a empresa
certi�cadora e pagar uma auditoria externa, a qual é realizada por órgãos credenciados. Nesse
procedimento, a empresa poderá angariar seu certi�cado de SGA ou ter seu sistema reprovado, de modo
que será necessário arcar com alterações e o pagamento de uma nova auditoria (Figura 7).
Figura 7 | Implementação de um Sistema de Gestão Ambiental
Fonte: elaborada pela autora.
Vale ressaltar que auditorias externas são onerosas. Logo, a organização deve realmente ter implementado a
cultura de melhoria contínua, atendendo a todos os requisitos para que não haja possibilidade de
reprovação do sistema. O uso de auditorias internas pode favorecer o preparo da organização. Recomenda-
se, inclusive, sua execução a cada seis meses para veri�car a efetividade do sistema sugerido. O processo de
certi�cação está delineado na Figura 8, a seguir.
Figura 8 | Etapas da certi�cação pautada na ISO 14001/2015
Fonte: elaborada pela autora.
Atender às exigências legais e do mercado é um grande desa�o para as empresas de todos os tamanhos e
segmentos. Entendendo os conceitos, você pode promover a mudança no ambiente empresarial. Bons
estudos!
VIDEOAULA
Qual a relação da legislação ambiental com a adequação ambiental de empresas? Neste vídeo, você
entenderá os mecanismos legais vigentes na esfera ambiental que podem ser aplicados visando à
compatibilização do uso dos recursos naturais. Além disso, você conhecerá a ISO 14001/2015, que dispõe
sobre o Sistema de Gestão Ambiental. Ficou curioso? Aproveite o conteúdo desenvolvido especialmente para
você!
Videoaula:
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Apesar de termos legislações especí�cas pautadas no licenciamento ambiental, esse procedimento
administrativo pode se diferenciar de acordo com as diretrizes adotadas para cada estado ou município.
Pensando em solucionar tal problemática, o Ministério do Meio Ambiente elaborou um manual de
licenciamento ambiental, que explica sobre as diretrizes adotadas em cada estado. Ficou curioso? Leia
quais são as medidas implementadas em seu estado no link a seguir:
http://pnla.mma.gov.br/images/2018/08/VERS%C3%83O-FINAL-E-BOOK-Procedimentos-do-
Lincenciamento-Ambiental-WEB.pdf
Aula 1
GOMES, M. F. Tecnologias limpas. São Paulo: InterSaberes, 2020.
REFERÊNCIAS
7 minutos
http://pnla.mma.gov.br/images/2018/08/VERS%C3%83O-FINAL-E-BOOK-Procedimentos-do-Lincenciamento-Ambiental-WEB.pdf
http://pnla.mma.gov.br/images/2018/08/VERS%C3%83O-FINAL-E-BOOK-Procedimentos-do-Lincenciamento-Ambiental-WEB.pdf
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https://wribrasil.org.br/pt/blog/2020/06/3-razoes-para-investir-em-energia-renovavel-agora. Acesso em: 2 dez.
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Aula 2
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