Buscar

A Tricologia na Polícia Federal


Prévia do material em texto

A Tricologia na Polícia Federal
A tricologia no âmbito da Polícia Federal (PF) é utilizada para identificar espécies nativas de mamíferos brasileiros e produzir um banco de dados para exames forenses através da comparação morfológica de pelos. 
Em 2006 iniciou-se a utilização da tricologia pela PF para realizar a identificação de uma pequena amostra de couro apreendida, onde não foi possível extrair o DNA suficiente para realizar o exame genético, porém, nos anos seguintes (2008-2010) um projeto de aparelhamento do laboratório e adoção de técnicas metodológicas foi conquistado e aprovado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e, em fevereiro de 2011 obtiveram o 1º resultado do projeto que foi apresentado em Chicago no encontro anual da Academia Americana de Ciências Forenses. Os esforços de difusão do conhecimento tricológico forense se intensificaram em 2014, com a participação no 1º Curso de Medicina Veterinária Legal no Instituto Nacional de Criminalística. No mesmo ano ocorreu a participação no 1º Simpósio Brasileiro de Tricologia, e também a publicação do Guia de Identificação de Pelos de Mamíferos Brasileiros, oriundo de estudos na UFMG.
Relacionada a perícias da PF, a difusão de métodos tricológicos como o processo de preparação das lâminas de pelos tem colaborado para a obtenção de melhores padrões para cada tipo de pelo, sendo assim, a Tricologia Forense foi introduzida como parte do arcabouço teórico dos exames periciais em animais, mesmo que o número de registros seja reduzido (espécies ameaçadas e afetadas pelo tráfico). A repressão aos crimes ambientais deve ser fortalecida e é decisivo que haja materialidade do crime, desse modo, a instrução adequada da investigação policial e do processo judicial, além de um bom laudo pericial são de fundamental importância, e a Tricologia é uma ferramenta com grande potencial a ser utilizada nesse contexto.

Continue navegando