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ESTADO – realidade jurídica, fato social, expressão do direito (monista) Kelsen e Duguit concordavam que o Estado é uma realidade jurídica. Para Jellinek, não somente uma realidade jurídica, mas social e jurídica. Thomas M. Cooley, por sua vez, diz que "o Estado é uma sociedade de sujeitos unidos para o fim de promover o seu interesse e segurança duplas, por meio da conjugação de todas as suas coisas". O Estado é um agrupamento humano, estabelecido em determinado território e submetido a um poder soberano que lhe dá unidade. NAÇÃO – realidade sociológica, entidade do direito natural e histórico, conjunto homogêneo, anterior ao Estado, pode existir sem o Estado ELEMENTOS DO ESTADO: POPULAÇÃO – elemento formador do Estado, homogeneidade do agrupamento humano constitutivo do Estado, igualdade de todos perante a lei (direitos políticos) TERRITÓRIO – Base física, âmbito geográfico da nação GOVERNO – Soberania posta em ação NASCIMENTO DOS ESTADOS: Com os três elementos, população, território e governo, nasce um Estado Três são os modos de nascimento dos Estados: originário, secundários e derivados. 1-MODO ORIGINÁRIO – Pré-existência de território e povo homogêneos, Estado primitivo 2- MODOS SECUNDÁRIOS - nova unidade política pode nascer da união ou da divisão de Estados. Casos de união: a) confederação; b) federação; c) união pessoal; e d) união real. a) Confederação - união convencional de países independentes, empreendimentos de interesse comum ou o fortalecimento da defesa de todos contra a eventualidade de uma agressão externa. b) Federação – união mais íntima, perpétua e indissolúvel c) União Pessoal – governo de dois ou mais países por um só monarca, caráter sucessório d) União Real – dois ou mais países formando uma só pessoa de direito público internacional, não depende de sucessão 3- MODOS DERIVADOS – Estados surgem de movimentos exteriores, a) colonização; b) concessão dos direitos de soberania; e c) ato de governo. EXTINÇÃO DOS ESTADOS a) Causas gerais/naturais: perda permanente de um dos elementos de caráter constitutivo. Esgotamento dos recursos naturais b) Causas especificas: conquista, emigração, expulsão e renuncias dos direitos de soberania (O Estado se entrega a outro) TEORIAS QUE JUSTIFICAM AS TRANSFORMAÇÕES (criações ou extinção de Estados) - imponham ao respeito e ao acatamento de todos os povos, no jogo de interesses legítimos ou ilegítimos das maiores potências. a) Princípio das nacionalidades - grupos nacionais devem formar, cada um, o seu próprio Estado b) Princípio das fronteiras naturais: A geografia indica em relevos naturais os justos contornos das nações. c) Teoria do Equilíbrio Internacional ou Equilíbrio do Poder: Teoria da paz armada, poder bélico d) Teoria do Livre-Arbítrio dos povos- vontade nacional como razão de Estado TEORIAS SOBRE A ORIGEM DOS ESTADOS 1- Teoria da origem familiar - teoria patriarcal e teoria matriarcal. Estado deriva de um núcleo familiar, explica a gênese da humanidade 2- Teoria da origem patrimonial - o Estado origina-se da união das profissões econômicas (ex: Estado Feudal) 3- Teoria da força ou do poder - origem violenta do Estado, organização política resultou do poder de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos TEORIAS QUE JUSTIFICAM O ESTADO 1- Teoria do direito divino sobrenatural - o Estado foi fundado por Deus, teocrático, rei como governante e representante de Deus. 2- Teoria do direito divino providencial - Admite que o Estado é de origem divina, o rei é senhor, mas também um servo aos olhos de Deus FORMAS DE ESTADO Estado Perfeito – reúne os três elementos constitutivos. Governo com poder soberano irrestrito Estado Imperfeito - embora possua os três elementos constitutivos, sofre restrição em qualquer deles, soberania limitada. Ex: Estados vassalos, microestados Estado simples - grupo populacional homogêneo, com o seu território tradicional e seu poder público constituído por uma única expressão, que é o governo nacional. Estado composto – união de dois ou mais Estados, duas esferas distintas de poder governamental. Pluralidade de Estados a) união pessoal; b) união real; c) união incorporada; d) confederação. A)União Pessoal – natureza precária e transitória, sucessão B)União Real - caráter definitivo, permanente C)União Incorporada – união de dois ou mais Estado distintos D)Confederação - reunião permanente e contratual de Estados independentes, não sofrem qualquer restrição à sua soberania interna. Estados soberanos, unidos pelos laços da união contratual, surge a Confederação, como entidade supraestatal, com as suas instituições e as suas autoridades constituídas FEDERAÇÃO Se divide em províncias politicamente autônomas, dois governos distintos: o federal e o estadual. A soberania é nacional, e a nação é uma só. Logo, o exercício do poder de soberania compete ao governo federal e não aos governos regionais. A autonomia das autoridades sofre limitações determinadas na Constituição Federal. No sistema congressual, bicameral, próprio da forma federativa, a Câmara dos Deputados representa a população nacional, e o Senado é composto de delegados dos Estados-Membros, embora sejam estes eleitos pelo voto popular, em cada unidade. FORMAS DE GOVERNO Aristóteles a) Monarquia — governo de uma só pessoa; b) Aristocracia — governo de uma classe restrita; c) Democracia — governo de todos os cidadãos. Maquiavel Monarquia absolutista – o poder se concentra na pessoa do monarca, função de legislador, administrador e supremo aplicador da justiça, poder singular, hereditário e vitalício. Monarquia Constitucional Parlamentarista – limitação do poder do monarca, primeiro ministro exerce a função executiva, monarca é o símbolo vivo da nação. O Rei preside a Nação; não propriamente o Governo. República – poder plural, contempla a democracia e aristocracia. SOBERANIA Aristóteles - autarquia, significando um poder moral e econômico, autossuficiência do Estado. Miguel Reale - a soberania é “uma espécie de fenômeno genérico do poder. Uma forma histórica do poder que apresenta configurações especialíssimas que se não encontram senão em esboços nos corpos políticos antigos e medievos” Clóvis Beviláqua - autoridade superior, que sintetiza, politicamente, e segundo os preceitos de direito, a energia coativa do agregado nacional. 1) TEORIA DA SOBERANIA ABSOLUTA DO REI - monarcas como representantes de Deus, neles se concentravam todos os poderes 2) TEORIA DA SOBERANIA POPULAR - O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas promana da vontade popular 3) TEORIA DA SOBERANIA NACIONAL - Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados. A soberania é: UNA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território; INDIVISÍVEL, não divide a soberania; INALIENÁVEL, a vontade é personalíssima: não se aliena, não se transfere a outrem; IMPRESCRITÍVEL, não pode sofrer limitação no tempo. 4) TEORIA DA SOBERANIA DO ESTADO - soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado. O Estado é anterior ao direito e sua fonte única. A soberania é um poder jurídico, um poder de direito 5) TEORIA NEGATIVISTA - A soberania é uma ideia abstrata. Não existe concretamente. O que existe é apenas a crença na soberania 6) TEORIA REALISTA OU INSTITUCIONALISTA- A soberania só adquire expressão concreta e objetiva quando se institucionaliza no órgão estatal, através do seu ordenamento jurídico-formal dinâmico LIMITAÇÕES: Direito Natural; Direito grupal; Direito Internacional ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - possuem personalidades jurídicas próprias de direito internacional. organizações para fins específicos; organizações regionais de fins amplos; organizações de vocação universal. Organizações para fins políticos; organizações para fins econômicos, organizações supranacionais. DIVISÃO DOS PODERES Legislativo – legislar fiscalizar Executivo – administrar a coisa pública, função atípica: art 62, medidas provisórias, gerenciar e administrar a máquina pública Poder Judiciário – só age quando provocado, interpreta as normase age quando provocado, resolver e julgar conflitos, função atípica: administrativa “Os três poderes devem ser independentes entre si, para que se fiscalizem mutuamente, coíbam os próprios excessos e impeçam a usurpação dos direitos naturais inerentes aos governados. O Parlamento faz as leis, cumpre-as o executivo e julga as infrações delas o tribunal. Em última análise, os três poderes são os serventuários da norma jurídica emanada da soberania nacional.” “A divisão é formal, não substancial. O poder é um só; o que se triparte em órgãos distintos é o seu exercício.” Os três poderes só são independentes no sentido de que se organizam e funcionam separadamente, mas se entrosam e se subordinam mutuamente na finalidade essencial de compor os atos de manifestação da soberania nacional, mediante um sistema de freios e contrapesos. ESTADO E DIREITO Teoria Monística – Estado e o Direito confundem-se em uma só realidade, só existe direito estatal, Estado é a única fonte do Direito Teoria Dualística – Estado e Direito realidades distintas. Direito é criação social, um fato social, não se confundem Teoria do Paralelismo - Estado e Direito são duas realidades distintas que se completam na interdependência Teoria Tridimensional - A realidade estatal, como o Direito, é uma síntese, ou integração do “ser” e do “dever ser”; é fato e é norma, pois é o FATO integrado na NORMA exigida pelo VALOR a realizar. O Estado não é apenas um sistema geral de normas (monistas), nem um fenômeno puramente sociológico (pluralística), é uma realidade cultural. O fato, valor e norma são os três elementos, integrante do Estado como realidade sócio-ética-jurídica SUFRAGIO UNIVERSAL - o meio pelo qual se manifesta a vontade do povo na formação do governo democrático excluídos dessa universalidade os estrangeiros, enquanto não naturalizados, os menores de 16 anos e os conscritos (recrutados) durante o período do serviço militar obrigatório. SUFRAGIO RESTRITO – não se estende a todos os cidadãos, ex: renda SUFRÁGIO IGUALITÁRIO - mesmo valor unitário do voto VOTO DE QUALIDADE – voto de valor múltiplo ELEIÇÃO DIRETA - quando os eleitores escolhem pessoalmente, sem intermediários ELEIÇÃO INDIRETA - quando os eleitores, limitam-se a eleger certas pessoas que, por seu turno, como eleitores de segundo grau, elegerão os governantes ex: EUA SISTEMAS ELEITORAIS Majoritário - candidatos são individuais independentemente de partidos Proporcional – coeficiente eleitoral ex: deputados Mandante - quem elege as pessoas para o exercício do poder de governo. Mandatário - a pessoa nomeada ou eleita para o exercício do poder PRESIDENCIALISMO a) eletividade do chefe do Poder Executivo – eleição direta e indireta b) o Poder Executivo unipessoal - chefe de estado (âmbito externo) e chefe de governo (âmbito interno) c) a participação efetiva do Poder Executivo na elaboração da lei; d) a irresponsabilidade política – Constituição, art 85 (Impeachment) – crimes de responsabilidade e) a independência dos três clássicos poderes de Estado; f) a supremacia da lei constitucional rígida. SISTEMA PARLAMENTARISTA Caráter democrático, considerado o mais perfeito sistema de governo. Nas Monarquias parlamentares, o Chefe de Estado é vitalício; Nas Monarquias parlamentares, o Chefe de Estado é vitalício. Ministros – escolhidos pelo chefe de Estado 1) O CHEFE DA NAÇÃO – chefe de estado, funções externas e internas (limitado); chefe de governo – escolhido pelo parlamento ou pelo Chefe de Estado 2) EXECUTIVO COLEGIADO – primeiro ministro não decide sozinho 3) RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO MINISTÉRIO - Parlamento é um fiscal constante da administração do primeiro ministro; voto de desconfiança ou moção de censura: chefia do governo, interpolação aprovada pelo parlamento. Parlamento é eleito pelo povo - termômetro de opinião popular 4) RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA image1.png image2.png
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