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Recreação Escolar na Infância

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RECREAÇÃO ESCOLAR: O BRINQUEDO A 
BRINCADEIRA E O JOGO NA EDUCAÇÃO 
DA INFÂNCIA 
 
POR 
MARINS, Danielle Stéfane de 
COSTA, Celia Regina Bernardes 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/recreacao-escolar-o-brinquedo-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-da-infancia#_ftn1
http://top100.queroconteudo.com/2016/07/top-100-recreacao.html
 
Materiais para facilitar sua vida:  
 
● 101 planos de aula para Educação Física ​-​ Anos Iniciais 
● 55 Planos de Aula - Educação Física - Ensino Fundamental 1º a 5º Série 
● 800 atividades para Educação Física Escolar 
● 100 planos de aulas + 100 atividades para Educação Física Escolar 
● TOP 100 Atletismo Escolar - 100 atividades de Atletismo 
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Grupos de Whatsapp: 
 
 
 
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https://entregrupowhatsapp.blogspot.com/2019/04/educacao-fisica-escolar.html
http://top100.queroconteudo.com/2016/07/top-100-recreacao.html
INTRODUÇÃO 
​As diretrizes educacionais modernas asseveram que a prática de atividades 
físicas deve ser inserida, de forma efetiva, no sistema educacional. A 
Educação Física não deve ser percebida apenas como uma singela instrução 
para a movimentação do corpo, de forma essencialmente física. O papel 
dessa disciplina deve estar agregado ao desenvolvimento do indivíduo, em 
sua busca pelo aprendizado e pela concretização do conhecimento, desde os 
anos iniciais. 
A recreação, em seus primórdios, não estava relacionada ao ensino, mas sim 
às festividades e celebrações de culto a deuses. “Os jogos simbolizavam a 
superação das barreiras pelas quais esses grupos (as tribos primitivas) se 
confrontavam, passando de geração a geração às crianças em forma de 
brincadeiras. ” (GUERRA, 1988 ​apud​ GARCIA; GIROTO, 2008). 
No ambiente escolar, o jogo sempre usufruiu um lugar de destaque, sendo o 
conteúdo mais trabalhado pelos professores de Educação Física. No entanto, 
a sua contribuição real para o desenvolvimento integral do aluno é motivo de 
questionamento, para a escola, os pais e alguns professores. […]. Acredita-se 
que, pela escola ser uma instituição social, o ambiente escolar é um meio que 
influência, produz ou reproduz, os processos de construção do sujeito. E 
assim o jogo é um importante caminho no processo educativo do indivíduo, 
com potencial para aproximar atividades e o comportamento das pessoas, no 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
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que diz respeito a condições básicas à liberdade, a separação nos limites de 
tempo e espaço estabelecidos e a regulamentação. (VALDUGA, 2011). 
Durante as atividades físicas propostas na escola o jogo se manifesta nas 
crianças de forma natural. Há o alívio da tensão interior, com crianças agindo 
de forma espontânea e descontraída. Os alunos se exercitam sem medo e de 
acordo com regras de comportamento. Dessa forma, o jogo favorece o 
desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças. (MARQUES; 
KRUG, 2009). 
Após vários anos, o surgimento da Revolução Industrial trouxe os direitos 
trabalhistas e o lazer foi inserido no cotidiano dos trabalhadores. O lazer é 
atividade primordial no desenvolvimento pessoal e social do indivíduo. 
Inúmeros benefícios já foram constatados, como a ampliação da noção 
espacial e temporal, o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e físico. 
Através dos jogos a criança o adolescente superam barreiras, obtendo a 
noção de sucesso e fracasso, analisando sempre qual a melhor forma de agir 
nas mais diversas situações do dia a dia. 
A recreação possui como principais objetivos: integrar o indivíduo ao meio 
social; desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal; facilitar o 
agrupamento por idade ou afinidades; desenvolver ocupação para o tempo 
ocioso; adquirir hábitos de relações interpessoais; desinibir e desbloquear; 
desenvolver a comunicação verbal e não-verbal; descobrir habilidades 
lúdicas; desenvolver adaptação emocional; descobrir sistemas de valores; dar 
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evasão ao excesso de energia e aumentar a capacidade mental do indivíduo. 
(VIEIRA, 2016). 
A educação infantil necessita de novas abordagens para que se torne 
realmente eficiente, formando cidadãos e transformando vidas. O jogo, a 
brincadeira e o brinquedo são importantíssimos nos anos iniciais, visto que a 
criança transporta para esses instrumentos o que vive cotidianamente. O 
momento lúdico proposto é uma “imitação” da realidade já vivida pelos 
adultos. “Através da brincadeira a criança consegue expressar seus 
sentimentos em relação ao mundo social e transformar sua realidade que 
muitas vezes é tortuosa devido aos problemas que traz consigo. ” (ARRUDA; 
MOURA, 2007). 
O professor de Educação Física é o mediador durante as atividades 
recreativas. Ele deve ater-se em proporcionar a participação de todos durante 
os exercícios; como também inserir na sistemática escolar os exercícios 
práticos que propõe, buscando a interdisciplinaridade. 
O principal papel do jogo no ambiente escolar é o de dar outras 
possibilidades de compreensão para o esporte e proporcionar aos alunos o 
desenvolvimento integra. No que tange à educação física em específico, em 
síntese, propiciar o desenvolvimento global da criança é permitir que a própria 
corporeidade manifeste uma intencionalidade operante na respectiva 
motricidade, sem distinção alguma, porque vida é constituída de movimento 
que tem um alcance pessoal, social, cultural e político. (VALDUGA, 2011). 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
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Assim, propõe-se com a pesquisa um estudo minucioso sobre o jogo, a 
brincadeira e o brinquedo, abordando cada um em seu contexto histórico e 
social, bem como os benefícios que trazem para a educação infantil. O 
estudo norteia-se pela problemática: de que forma as atividades recreativas, 
envolvendo o brinquedo, a brincadeira e jogo, podem contribuir para a 
educação da infância? 
Como objetivo geral, a pesquisa busca compreender a importância das 
atividades recreativas envolvendo o brinquedo, a brincadeira e o jogo na 
educação da infância. E, de forma específica: entender a interferência da 
recreação nos diversos contextos históricos e sociais; identificar a importância 
das atividades recreativas no processo de aprendizagem e socialização da 
criança na educação infantil; assinalar a relevância do brinquedo, da 
brincadeira e do jogo para o desenvolvimento da criança; apontar o papel do 
professor de Educação Física na artede ensinar através de atividades 
recreativas. 
As atividades recreativas proporcionam momentos prazerosos e espontâneos 
durante as aulas de Educação Física. Através dessas atividades é possível o 
desenvolvimento de aspectos socializantes, além de aumentar e vincular o 
aprendizado com atividades práticas. 
O estudo do brinquedo, da brincadeira e do jogo é relevante por diversos 
aspectos. O entendimento desses instrumentos educacionais, tanto suas 
diferenças como a utilização prática de cada um, são a fórmula propulsora 
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que auxilia o professor de Educação Física, e os demais agentes 
educacionais. 
A formação cognitiva e psicomotora (principalmente na infância) pode ser 
realizada de uma melhor forma através dos jogos, dos brinquedos e das 
brincadeiras. A recreação já é inerente à criança, de uma forma natural. A 
inserção de atividades recreativas durante o período escolar gera um 
desenvolvimento maior, tanto individual quanto coletivo. A percepção de 
sociedade e a transformação dos aspectos subjetivos de cada indivíduo são 
percebidas no decorrer da prática da atividade. 
Os exercícios de recreação, materializados através do brinquedo, da 
brincadeira e do jogo, influenciam tanto os alunos como o profissional de 
Educação Física. O professor muda seu cotidiano profissional com novas 
propostas de trabalho, diversificando suas aulas e crescendo como educador. 
METODOLOGIA 
O estudo possui como metodologia a revisão de literatura. Foram utilizados 
artigos publicados, entre os anos de 2007 e 2016, em bases on-line de dados 
científicos (Google Acadêmico). Para a seleção das fontes foram destacados 
materiais que abordassem a recreação escolar na educação infantil. As 
seguintes palavras-chave foram aplicadas: recreação, brinquedo, brincadeira, 
jogo, educação física infantil. 
A coleta de dados foi realizada entre fevereiro e outubro de 2016. 
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Para chegar aos resultados esperados através da pesquisa, serão analisados 
e discutidos os artigos encontrados sobre a recreação infantil. 
1. A RECREAÇÃO NOS DIVERSOS CONTEXTOS HISTÓRICOS E 
SOCIAIS 
Os jogos e as brincadeiras são atividades indispensáveis para uma boa 
saúde física, mental e emocional, estando sempre presentes em qualquer 
cultura, desde os tempos mais antigos. Através destas atividades, a criança 
desenvolve a linguagem, o pensamento, a autonomia, o relacionamento 
interpessoal e eleva sua autoestima. (MAURÍCIO, 2008) 
Os moldes da educação são antigos, foram modificados no decorrer do 
tempo, mas sempre buscam um fim comum: alcançar os objetivos sociais. Os 
métodos lúdicos sempre foram valorizados por diversos povos, com destaque 
para o Brasil, onde os índios ensinavam aos pequenos da aldeia a caçar, 
pescar e viver em sociedade, tudo através de atividades lúdicas, para que 
quando as crianças se tornassem adultas, já estivessem aptas a sobreviver 
na realidade que enfrentariam. (SANT´ANNA, 2011) na concepção de Cintra, 
Proença e Jesuíno (2010) a sociedade primitiva ensinava através da imitação, 
sendo o ato de brincar uma inserção nos papéis sociais, onde se ensinava a 
própria sobrevivência. 
Com a nova reestruturação social vinda com o surgimento das cidades, 
apareceram as primeiras escolas. Pensadores como Platão já ponderavam 
sobre a importância dos jogos durante a primeira infância. A posterior prática 
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de esportes tinha influência, além da construção corporal, na formação do 
caráter e na personalidade da criança. Neste contexto surgiram os 
brinquedos, na forma que se conhece nos dias atuais. (CINTRA; PROENÇA; 
JESUÍNO, 2010) 
Na Idade Média a aprendizagem através dos jogos seguiu o modelo grego. 
(CINTRA; PROENÇA; JESUÍNO, 2010). “O jogo visto como recreação desde 
a antiguidade greco-romana aparece como relaxamento necessário a 
atividades que exigem esforço físico, intelectual e escolar. ” (KISHIMOTO, 
2011). Segundo Kishimoto (2011), o jogo durante a Idade Média não era visto 
como “algo sério”, pois era relacionado ao jogo de azar, muito difundido na 
época. 
A partir do Renascimento, procurou-se romper com o pensamento Medieval, 
trazendo o humanismo como foco dos debates da época. Assim, os jogos 
corporais perderam foco, sendo destaque as atividades lúdicas mentais. “A 
partir desse movimento Renascentista no século XVI, começou-se a perceber 
o valor que os jogos tinham para educação, vistos como uma tendência que é 
natural ao homem. ” (CINTRA; PROENÇA; JESUÍNO, 2010). 
O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de história, 
geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de “compulsão 
lúdica”. O Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o 
desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao atender as 
necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a 
aprendizagem dos conteúdos escolares. Assim, para se contrapor aos 
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processos verbalistas de ensino, o pedagogo deveria dar forma lúdica aos 
conteúdos. (KISHIMOTO, 2011). 
No âmbito da história brasileira, os jogos que são conhecidos nos dias atuais 
são fruto de uma miscigenação que aconteceu entre índios, portugueses e 
negros. Este fator caracteriza um conteúdo importantíssimo que veio como 
herança, a qual deve ser preservada, valorizada e utilizada nos contextos 
escolares modernos. (SANT´ANNA, 2011) 
Os índios sempre se fizeram valer de seus costumes para ensinar seus filhos 
a caçar, pescar, brincar, dançar; uma maneira lúdica do aprendizado e que 
representa a cultura, a educação e a tradição de seus povos. […]. Os negros 
trouxeram seus costumes, semelhante aos dos índios, sendo necessária 
desde criança, a construção de seus próprios brinquedos, saber pescar, 
nadar, caçar. Cultura, educação e tradição desenvolvida de forma criativa, 
lúdica e que ao mesmo tempo satisfazia suas reais necessidades de 
sobrevivência. Os filhos dos portugueses quando vieram para o Brasil não 
tinham seus contatos com a ludicidade como atos para a sobrevivência, o 
tinham como ato de lazer e para seu enriquecimento intelectual. Seus 
costumes, trazidos de Portugal, eram totalmente diferentes dos existentes no 
Brasil dos índios e dos trazidos pelos negros, em suas bagagens, nos navios 
negreiros da África até aqui. (SANT´ANNA, 2011) 
Neste período também surgiu o folclore, que foi com o passar do tempo 
sendo agregado de novos formatos, visões nuances e estilo. A mistura 
cultural trouxe contos, histórias, lendas, superstições, jogos e valores para o 
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cenário social brasileiro. Destaque para a cultura portuguesa que trouxe em 
seus contose lendas figuras muito populares como o lobisomem, a 
mula-sem-cabeça e o bicho-papão, além das histórias de bruxas e fadas, de 
tesouros encantados, dentre outros. (PERANZONI; ANDRADE; ZANETTI, 
2012). 
O jogo sempre fez parte da vida, nos tempos passados não tinha muita 
importância e era visto como um passatempo, mas nos tempos atuais o jogo 
está sendo cada vez mais valorizado […]. Os jogos estão sempre em 
constantes transformações, sempre passando de uma geração a outra ele é 
transmitido de forma expressiva, seja verbal ou gestual, sempre ganhando 
novos valores ao ser avaliado como instrumento indispensável na infância de 
qualquer criança. (PERANZONI; ANDRADE; ZANETTI, 2012). 
Com a observação das brincadeiras infantis através dos tempos, pode-se 
entender a infância como a idade do imaginário, do lúdico, sendo o jogo uma 
conduta espontânea, livre e inerente às crianças, seja no mundo primitivo ou 
na era moderna. (KISHIMOTO, 2011) 
2. IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
Todas as fases da vida humana necessitam do contexto lúdico, o qual 
apresenta variados valores, dependendo de cada idade. Para as crianças e 
os adolescentes, a finalidade dos jogos e das brincadeiras é pedagógica, 
visando proporcionar satisfação ao estudar e aprender. (MAURÍCIO, 2008) 
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Segundo, Schereiber (2010) o lúdico contribui para a aprendizagem, pois a 
criança enfrenta seus conflitos internos e desenvolve plenamente seus 
aspectos emocional, cognitivo e social. A brincadeira dá a oportunidade para 
a criança errar e acertar, aprender sozinha e construir sua própria base de 
conhecimento. No lúdico não há erro e sim criação. 
O lúdico, ferramenta importante na mediação do conhecimento, estimula a 
criança enquanto trabalha com material concreto, jogos, ou seja, tudo o que 
ela possa manusear, refletir e reorganizar; a aprendizagem acontece com 
mais facilidade e entusiasmo, pois ela aprende sem perceber, aprende 
brincando. O brincar enriquece a dinâmica das relações sociais em sala de 
aula, fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o ser que aprende. 
(MODESTO, RUBIO, 2014) 
É através do brincar que a criança constrói sua identidade. Diversas situações 
do imaginário infantil estão presentes na realidade cotidiana, assim, a criança 
aprende a respeitar regras e compreende os limites e os papéis de cada um 
na vida real. (MODESTO, RUBIO, 2014) 
As crianças são capazes de lidar com complexas dificuldades psicológicas 
através do brincar. Elas procuram integrar experiências de dor, medo e perda 
[…] Crianças que vivem em ambientes perigosos repetem suas experiências 
de perigo em suas brincadeiras. Por exemplo: no Brasil, crianças que vivem 
nas favelas onde predomina a luta entre policiais e bandidos têm como tema 
preferido de suas brincadeiras esses conflitos. Quando a criança assume o 
papel de alguém que teme, a personificação é determinada por ansiedade ou 
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frustração. […] A passagem de um papel passivo para um papel ativo é o 
mecanismo básico de muitas atividades lúdicas. Reduz o efeito traumático de 
uma experiência recente e deixa o indivíduo mais bem preparado para ser 
submetido novamente ao papel passivo, quando necessário. Isso explica, em 
grande parte, o efeito benéfico da brincadeira. (KISHIMOTO, 2011) 
Para vários autores, a recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz. 
Ela retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se 
mantem por si só, portanto essas atividades devem gerar prazer, e ser tão 
atraente que a crianças nem sente vontade de parar de brincar. A recreação 
tem como objetivo relaxar, gastar energia, aprender, instruir, serve para 
comunicar algo, serve para melhora as relações, enfim as atividades 
recreativas incitam e promove aprendizados de forma lúdica e prazerosas. 
A brincadeira é uma forma de divertimento típico da infância, uma atividade 
natural, que não implica compromisso, planejamento e seriedade, é uma 
prática que gera espontaneidade e prazer. Portanto brincando a criança se 
diverte, faz exercícios, constrói conhecimentos e aprende a conviver com 
amigos. Através dessa pratica a criança desenvolve a linguagem, o 
pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para 
ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e colaborar para a construção de 
um mundo melhor. 
De acordo com Campos (2006) no processo ensino e aprendizagem, o jogar 
e o brincar auxilia no desenvolvimento psicomotor, no desenvolvimento da 
motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
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pensamento, como imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a 
criatividade, o levantamento de hipótese, a obtenção e organização de dados 
e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que acontecem 
quando jogamos, quando obedecemos regras, quando vivenciamos conflitos 
numa competição. 
A inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática 
pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor, os brinquedos não 
devem ser explorados apenas como lazer, mas também como elementos 
enriquecedores para promover a aprendizagem. Para a autora, os 
professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que 
traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de 
aprender e pensar. 
De acordo com Freire (1989) as habilidades desenvolvidas num contexto de 
jogo, de brinquedo, no universo da cultura infantil, de acordo com o 
conhecimento que a criança já possui são importantíssimas e devem ser 
incorporada nas práticas escolares, jogos como amarelinha, pegador, 
cantigas de roda, esconde-esconde, brincadeira de circo, tem exercido, ao 
longo da história, importante papel no desenvolvimento de crianças. 
Através dos jogos o conhecimento infantil evolui. Os exercícios lúdicos são, 
em sua origem, um impulso natural das crianças, sendo os jogos e as 
brincadeiras a satisfação de uma necessidade interior. Além do prazer e do 
esforço espontâneo, as situações lúdicas impulsionam o desenvolvimento 
mental, pois acionam e ativam funções neurológicas. Ao agir sobre objetos as 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
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crianças estruturam seu ambiente de espaço/tempo, sendo motivadas a usar 
a inteligência através da competitividade necessária dentro do jogo, 
superando, como exposto, obstáculos emocionais e cognitivos. Dessa forma, 
o jogo não é apenas um passatempo, mas sim um método que é exigido 
naturalmente pelo próprio organismo e deve ser sedimentado dentro do 
currículo básico da educação escolar. (MAURÍCIO, 2008) 
Embora seja explícito o lado positivo da ludicidade dentro do sistema de 
ensino, diversos educadores não percebem a importânciadeste método. Para 
entender o universo da ludicidade é necessário que o educador se envolva de 
forma profunda no processo de ensino, compreendendo os jogos, 
brincadeiras e os brinquedos de acordo com a perspectiva infantil. 
(MODESTO; RUBIO, 2014) 
Os debates sobre a influência dos jogos e das brincadeiras dentro da 
educação vêm se consolidando, muito pelo fato dos alunos desenvolverem 
através da ludicidade, capacidade de raciocínio e de solução de 
situações-problema. Além do desenvolvimento social do aluno que possui 
dificuldades de se relacionar com os demais, seja por insegurança ou timidez. 
Através da aplicação dos jogos surge a oportunidade de troca de 
experiências e a consequente socialização desta criança. (MODESTO, 
RUBIO, 2014) 
3. BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO NO DESENVOLVIMENTO 
INFANTIL 
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No Brasil, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (Lei nº. 8.069/90) asseguram a condição de cidadãos a essa 
parcela da população brasileira, sendo a sua proteção e educação um dever 
da família, da sociedade e do Estado. 
Compreender a criança nessa faixa etária como sujeito histórico e de direitos 
é reconhecê-la como agente integrante do processo de educação. Portanto, 
nessa etapa da Educação Infantil, o brinquedo e a brincadeira devem fazer 
parte do processo pedagógico e ser considerados como eixos necessários e 
fundamentais para uma educação de qualidade. 
​“O brincar é o principal modo de expressão da infância e uma das atividades 
mais importantes para que a criança se constitua como sujeito da cultura. ” 
(CEBALOS, 2011). Vygotsky (1994) afirma que a brincadeira é constituída por 
três especialidades, as quais são a imaginação, a imitação e a regra. Essas 
características estão presentes em todas as brincadeiras infantis, sejam elas 
tradicionais, de faz-de-conta ou nas que as normas predominam, como ocorre 
na maioria dos esportes como o futebol, vôlei ou queimado. (SCHREIBER, 
2010). 
Os jogos e as brincadeiras são atividades presentes em todos os momentos 
da vida humana, sendo assim importantíssimos. A ludicidade soma de uma 
forma positiva no relacionamento entre as pessoas, o que possibilita a 
inovação pela criatividade. A criança, quando inserida dentro do jogo, 
permanece em um ambiente agradável, impulsionador de seus potenciais, 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
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assimilando diversas habilidades, tanto dentro como fora do ambiente 
escolar. (IAVORSKI, 2008) 
Kishimoto (2003) afirma que é um ato complexo definir o que é jogo, o que é 
brincadeira e o que é brinquedo. As diferentes culturas abordam os termos de 
modo diverso, podendo uma conduta ser um jogo ou um não jogo dentro do 
contexto social no qual está inserido. O autor expõe que o brinquedo é um 
suporte para a brincadeira, sendo também diferente do jogo. O brinquedo 
supõe uma relação particular com a criança, sendo indeterminadas as 
características para seu uso. (MODESTO, 2014) 
Brinquedo é tudo o que for usado para o ato da brincadeira, sendo um objeto 
com o qual a criança se envolve emocionalmente, interagindo de modo real. 
O brinquedo proporciona aos pequenos o divertir, o brincar, sendo importante 
a adequação destes às necessidades e capacidades infantis, sempre de 
acordo com sua faixa etária. O brinquedo é um estímulo ao desenvolvimento, 
pois através dele a criança inventa, explora, experimenta suas habilidades, 
com estímulos pontuais à curiosidade, à autonomia e aperfeiçoamento da 
linguagem, concentração e atenção. (CEBALOS, 2011). 
Para a autora o brinquedo é compreendido como um “objeto suporte da 
brincadeira”, ou seja, o brinquedo é representado por objetos como piões, 
bonecas, carrinhos, bolas entre outros. 
De acordo com a autora supracitada, o jogo, a brincadeira e o brincar têm o 
mesmo significado, pois todas estas atividades são sinônimas de 
TOP 100 RECREAÇÃO​ =100 atividades de recreação 
http://top100.queroconteudo.com/2016/07/top-100-recreacao.html
divertimento, passatempo, distração, embora o brinquedo seja mais visto 
como o objeto que proporciona o brincar. Para ela a brincadeira é parte 
integrante da vida e não há limite de idade para usufruir deste momento. 
Brincar proporciona alegria e divertimento, desperta a curiosidade, estimula a 
inteligência, permitindo ao ser humano expressar, criar e imaginar. 
Kishimoto (2001) pontua que o brinquedo ensina à pessoa alguma coisa que 
some ao seu conhecimento, seu contexto global. Na educação infantil, o 
brinquedo educativo conquistou seu lugar, assim a ludicidade auxilia o 
professor em seu trabalho. (IAVORSKI, 2008) para a autora o brinquedo é 
compreendido como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, o brinquedo 
é representado por objetos como piões, bonecas, carrinhos, bolas entre 
outros. 
De acordo com a autora supracitada, o jogo, a brincadeira e o brincar têm o 
mesmo significado, pois todas estas atividades são sinônimas de 
divertimento, passatempo, distração, embora o brinquedo seja mais visto 
como o objeto que proporciona o brincar. Para ela a brincadeira é parte 
integrante da vida e não há limite de idade para usufruir deste momento. 
Brincar proporciona alegria e divertimento, desperta a curiosidade, estimula a 
inteligência, permitindo ao ser humano expressar, criar e imaginar. Neste 
contexto, segundo Souza (2001): 
O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança 
experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de 
estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o 
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desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção. 
(SCHREIBER, 2010) 
Para Paulo Freire (2002), “as brincadeiras têm grande significado no período 
da infância, onde de forma segura e bem estruturada podem estar presentes 
nas aulas de Educação Física dentro da sala de aula. ” (IAVORSKI, 2008). 
Kishimoto (2003) conceitua brincadeira como “a ação que a criança 
desempenha ao concretizar as regras de um jogo, ao mergulhar na ação 
lúdica, podendo se dizer que é o lúdico em ação. ” (MODESTO, 2014). 
A brincadeira é uma forma de se divertir típico da infância, isto é, uma 
atividade natural. Por isso é de fundamental importância para o 
desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e 
produzir novos significados. A brincadeira é assim, a realização das 
tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas. Situações 
imaginárias constituirão parte da atmosfera emocional do próprio brinquedo. 
[…] A brincadeira motiva, cativa e envolve, pois, é significante. (CEBALOS, 
2011) 
Kishimoto (2010) contrapõe que a brincadeira pode ou não ter regras, dando 
oportunidade para aguçar a criatividade, pois suas regras são mais “abertas”, 
o que induz a uma participação livre e descontraída.A criança, dessa forma, 
vai afundo na ação lúdica. O brinquedo e a brincadeira são interligados, não 
sendo confundidos com jogo. (CEBALOS, 2011) 
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De acordo com Friedmann (2004), as brincadeiras são linguagens não 
verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como 
ela interpreta e enxerga o mundo. No entanto, é preciso lembrar que as 
propostas de utilização de brincadeiras e jogos na escola precisam ser 
adequadas às faixas etárias e às séries dos alunos. 
O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI, 1998) 
destaca a importância das brincadeiras que envolvem o canto e o movimento, 
uma vez que permitem o desenvolvimento do esquema corporal e das 
capacidades expressivas da criança. 
Brincadeiras que envolvam o canto e o movimento, simultaneamente, 
possibilitam a percepção rítmica, a identificação de segmentos do corpo e o 
contato físico. A cultura popular infantil é uma riquíssima fonte na qual se 
pode buscar cantigas e brincadeiras de cunho afetivo nas quais o contato 
corporal é o seu principal conteúdo, como no seguinte exemplo: “Eu conheço 
um jacaré que gosta de comer. Esconda a sua perna, senão o jacaré come 
sua perna e o seu dedão do pé ”. Essas brincadeiras, ao propiciar o contato 
corporal da criança com o adulto, auxiliam o desenvolvimento de suas 
capacidades motora e expressivas (BRASIL, 1998). 
O jogo, segundo Grassi (2008), é uma atividade psicomotora que abrange 
ações físicas, mentais e emocionais, a qual visa um objetivo e é constituída 
por regras anteriormente estipuladas. O jogo pode ser tanto uma atividade de 
lazer como possuir um intuito pedagógico/profissional. (MODESTO, 2014). 
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De acordo com Kishimoto (2006), quando se pronuncia a palavra jogo cada 
um pode entendê-la de modo diferente. Podem ser jogos políticos, de adultos, 
de crianças, jogo de amarelinha, jogo de xadrez, de adivinhas, jogo de 
futebol, dominó, quebra-cabeça, entre outros. Para ela, fica difícil elaborar 
uma definição de jogo que englobe a multiplicidade e a complexidade de suas 
manifestações. 
Para Friedmann (1996) o jogo não pode ser visto apenas como competição e 
nem considerado apenas imaginação, principalmente por aquelas pessoas 
que lidam com crianças da educação infantil. O jogo é uma atividade física ou 
mental organizada por um sistema de regras. São meios que contribuem com 
o desenvolvimento intelectual e social da criança, possibilitando maior acesso 
à cultura, aos valores e conhecimentos criados pela humanidade. Para a 
autora, o jogo é parte integrante do processo de constituição do ser humano, 
por meio dos jogos homens e mulheres desenvolveram suas habilidades de 
raciocínio, de solução de problemas, de desenvolvimento de ferramentas, de 
socialização, de afetividade e de utilização do corpo como instrumento de 
construção e de mudança do meio ambiente. O jogo auxilia na construção do 
conhecimento, ou seja, é um fato inato que responde à necessidade da 
atividade humana, que por sua vez proporciona a aprendizagem. O desejo de 
jogar estimula a criança a descobrir, manipular, observar e interpretar o 
mundo que a rodeia, pois é uma atividade que proporciona prazer e 
satisfação. 
Segundo Neto (2001), o jogo possui as características lúdicas da brincadeira, 
entretanto suas regras são específicas, sendo caracterizadas como fechadas. 
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A criança é induzida a parâmetros de respeito, atenção e raciocínio global. O 
jogo deve ser motivador, ter intenções e significados, aderindo a objetivos e 
formas. (CEBALOS, 2011) 
O jogo na escola apresenta benefício a toda criança, um desenvolvimento 
completo do corpo e da mente por inteiro. Por isso, na atividade lúdica, o que 
importa ação é apenas o produto da atividade que dela resulta, mas a própria 
ação, momentos de fantasia são transformados em realidade, momentos de 
percepção, de conhecimentos, momentos de vida. Este jogo permite também 
o surgimento da afetividade, cujo território é o dos sentimentos, das paixões, 
das emoções, por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. 
Uma relação educativa que pressupõe o conhecimento de sentimentos 
próprios e alheios que requerem do educador uma atenção mais profunda e 
um interesse em querer conhecer mais e conviver com o aluno; o 
envolvimento afetivo, como também o cognitivo de todo o processo de 
criatividade que envolve o sujeito-ser-criança. (IAVORSK, 2008) 
Sintetizando, nas palavras de Miranda (2001): 
O lúdico é uma categoria geral de todas as atividades que têm características 
de jogo, brinquedo e brincadeira. O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é 
o objeto manipulável e a brincadeira é o ato com o brinquedo e com o jogo. 
Assim, jogo, brinquedo e a brincadeira têm conceitos distintos; porém, 
imbricados, ao passo que o lúdico os abarca. (SCHREIBER, 2010) 
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A ludicidade é essencial ao ser humano, não importando sua faixa etária. O 
olhar sobre a ludicidade deve migrar de apenas lazer para a concepção de 
efetivo aprendizado. A progressão proporcionada pelo lúdico afeta tanto 
aspectos individuais como sociais/culturais, desenvolvendo o indivíduo de 
forma plena e integral. (IAVORSKI, 2008) 
4. PAPEL DA ESCOLA, DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DA 
FAMÍLIA NA ARTE DE ENSINAR ATRAVÉS DE ATIVIDADES 
RECREATIVAS 
O consumo, o isolamento e a falta de espaços, entre outros fatores, têm 
mostrado que o brincar vem sofrendo transformações e em alguns lugares até 
desaparecendo. A sociedade moderna passa por uma série de 
transformações; a diversidade cultural cede espaço ao processo de 
globalização, a colaboração vem sendo substituída pela competição e pelo 
individualismo, o espaço público destinado ao lazer vem desaparecendo, há 
um incentivo cada vez maior ao consumo, as atividades grupais vêm sendo 
substituídas, muitas vezes, pelo isolamento e as brincadeiras tradicionais 
deixam de ser praticadas devido à expansão das novas tecnologias. 
Com essas mudanças, o papel da escola, da família e dos professores 
acabou sendo modificado para atender as expectativas desses grupos. 
A família, sendo uma das principais referências no papel de educar, vem 
sofrendo as consequências dessa globalização, perdendo valores 
importantes, inclusive nos momentos que envolvem o brincar, devido à falta 
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de tempo e de conhecimento dos pais sobre os benefícios que a brincadeira 
traz para o desenvolvimento infantil. 
De acordo com Kishimoto (2006) através das brincadeiras, as crianças 
desenvolvem capacidades importantes e fundamentais para o 
desenvolvimento da autonomiae identidade, além de amadurecer algumas 
capacidades, tais como a memorização, a imaginação, a atenção e a 
socialização. Portanto, a família tem um papel importante no brincar, 
incentivando a pratica de atividades lúdicas e de lazer que proporcione o 
movimento, acompanhando os filhos nos momentos das brincadeiras; enfim 
favorecendo elementos que sirvam de incentivo para esta prática. 
O professor como principal responsável pela organização das situações de 
aprendizagem deve criar possibilidades de desequilíbrio, apresentando ao 
aluno, o novo e o desconhecido, pois diante do desafio, a criança tende a 
assimilar o conhecimento, utilizando os recursos motores e mentais que 
possui. Provocar desequilíbrios não é deixar a criança à deriva, ela deve 
conseguir estabelecer uma ligação entre o conhecido e o desconhecido, 
potencializando sua autonomia e sua independência. Cabe a ele oferecer um 
espaço que mescle brincadeira com aulas cotidianas, possibilitando um 
ambiente favorável à aprendizagem escolar e que contenha alegria, prazer, 
movimento e solidariedade no ato de brincar. É importante que as crianças se 
sintam desafiadas e estimuladas a cada vez aprender mais. 
O material utilizado nas aulas interfere diretamente na qualidade e no 
aprendizado. Quanto mais diversificado for o material, mais rico e 
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interessante passa a ser o aprendizado. O material não precisa ser pronto e 
acabado. Ele pode ser criado, construído na própria escola e com a ajuda dos 
alunos; isto fará com que o material se torne mais significativo para eles. 
Pode haver pintura com cores variadas, estimulando trabalhos de 
classificação para o desenvolvimento do pensamento lógico. 
Vários são os materiais que podem ser utilizados nas práticas recreativas, 
como: pneus, bolas, bastões de madeiras, aros de plásticos, cordas, jornais, 
caixas de papelão, garrafas plásticas, bolas de meia, saquinhos de areia, 
bancos, escadas, dentre outros. 
Cada um deles apresenta suas especificidades e proporciona o 
desenvolvimento de uma habilidade. O pneu desenvolve a coordenação 
motora global; a bola desenvolve habilidades específicas como: rolar, chutar, 
bater, rebater, etc.; os bastões de madeiras auxiliam no equilíbrio, 
coordenação espaço-temporal e agilidade; as caixas de papelão podem 
auxiliar nos jogos de construção, em brinquedos simbólicos ou no 
aprimoramento de habilidades motoras; a escada de madeira é importante 
para o trabalho de equilíbrio e coordenação espaço-temporal. De acordo com 
Freire (1989) “o que falta nas escolas, na maioria das vezes, não é material, é 
criatividade. Ou melhor, falta o material mais importante. Essa tal de 
criatividade nunca é ensinada nas escolas de formação profissional” 
Portanto, de acordo com o RCNEI (1998, p.29), o educador não precisa 
ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece 
espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as 
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brincadeiras ocorram de maneira diversificada, possibilitando às crianças 
escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. O 
professor deve também fazer uso de novas metodologias, procurando incluir 
em sua prática as brincadeiras, pois o objetivo é formar educandos atuantes, 
reflexivos, participativos, autônomos, críticos, dinâmicos e capazes de 
enfrentar desafios. 
A escola deve criar espaços e ambientes que favoreçam o brincar, 
possibilitando formação continuada dos profissionais que trabalham 
diretamente com crianças, incluindo o profissional de Educação Física. Cabe 
a ela também providenciar brinquedos e elementos que enriqueçam os 
momentos de ludicidade dentro do espaço escolar, possibilitando uma 
aprendizagem rica e contextualizada. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após os estudos realizados, foi possível perceber que o brinquedo, a 
brincadeira e o jogo são caracterizados como organizações lúdicas 
importantes para o desenvolvimento das crianças, além de possibilitar a 
flexibilização de regras, de espaço, de tempo, de movimentos ampliando as 
habilidades básicas e as atividades recreativas. Favorecem também ampla 
participação e convivência entre as crianças, promovendo o desenvolvimento 
geral do ser humano, desenvolvendo aspectos físicos, cognitivos, afetivos e 
sociais, elementos essenciais para o desenvolvimento e aprendizagem dos 
pequenos. Por meio do brinquedo, da brincadeira e do jogo as crianças 
compartilham alegrias, tristezas, entusiasmo, passividade e agressividade. 
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Portanto, as práticas lúdicas e recreativas devem fazer parte da proposta 
pedagógica escolar. Afinal, educar é preparar para a vida! 
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e-a-recreacao-uma-nova-proposta-de-trabalho>. Acesso em: 29 mar. 2016. 
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