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Tecidos Conjuntivos Cristiane B. B. Torres TECIDOS CONJUNTIVOS ◼ Características básicas: ◼ Diversos tipos celulares mergulhados em matriz extracelular abundante. TECIDOS CONJUNTIVOS Junqueira, Carneiro (2017) Visão Geral do Tecido Conjuntivo • preenche espaços (entre células musculares, entre porções secretoras glandulares etc.) Funções: preenchimento de espaços Junqueira, Carneiro (2017) • Sustenta o epitélio; • Fonte de nutrientes para células e tecidos adjacentes. Funções: sustentação e nutrição Gartner, Hiatt (2007) Conjuntivo Epitélio • Forma tendões, ligamentos, cápsulas, traves e envoltórios em diversos órgãos, consistindo o elemento mais resistente (estroma). Funções: resistência Junqueira, Carneiro (2017) • Armazenamento de gordura (tec. adiposo), água e eletrólitos (tec. conjuntivo frouxo); Funções: armazenamento • Tecido conjuntivo que envolve vasos sanguíneos transporta nutrientes e oxigênio do sangue para os tecidos e catabólitos e gás carbônico dos tecidos para o sangue. Funções: transporte de substâncias Junqueira, Carneiro (2017) • Possui células fagocitárias (macrófagos), produtoras de anticorpos (plasmócitos) e ligadas à inflamação e alergia (mastócitos, eosinófilos, neutrófilos e linfócitos); • Barreira à penetração de bactérias e partículas inertes; • Responsável pela cicatrização de lesões. Funções: defesa e cicatrização TECIDOS CONJUNTIVOS CÉLULAS Mesênquima: Origem das Células do Tecido Conjuntivo University of Western Australia http://www.lab.anhb.uwa.edu.au/mb140/corepages/connective/connect.htm Obs.: células conjuntivas da cabeça derivam das células das cristas neurais (ectoderma) Fibroblastos ▪ Síntese dos componentes da MEC e fatores de crescimento; ▪ Envolvidos no crescimento normal, reparo de lesões e nos processos fisiológicos rotineiros de todos os tecidos do corpo; Junqueira, Carneiro (2017) educa2.madrid.org Macrófagos ▪ Morfologia variável (depende da atividade funcional e tipo de tecido); ▪ Distribuídos na maioria dos órgãos formando o sistema fagocitário mononuclear; ▪ Funções: pinocitose, fagocitose, secreção (colagenases, fatores quimiotáticos etc), apresentação de antígenos, defesa imunológica (bactérias, protozoários, tumores etc), destruição de células envelhecidas etc. Junqueira, Carneiro (2017) Mastócitos ▪ Células globosas, grandes, com citoplasma contendo grânulos que se coram intensamente; ▪ Localizados nos locais sujeitos à penetração de bactérias e proteínas estranhas (pele, mucosa intestinal e pulmões); ▪ Secretam mediadores químicos envolvidos na inflamação, reações de hipersensibilidade imediata (anafilaxia) e expulsão de parasitas: ➢ Histamina: contração de musculo liso, vasodilatação; ➢ Leucotrienos: contração de músculo liso; ➢ ECF-A : fator quimiotático de eosinófilos da anafilaxia lookfordiognosis.com Mastócitos Metacromasia: propriedade de certas moléculas (ácidas) de alterar a cor de um corante (básico). Ex: grânulos dos mastócitos se coram de púrpura com o azul-de- toluidina. Junqueira, Carneiro (2017) IgE nos Mastócitos e Basófilos https://asmabronquica.com.br Plasmócitos ▪ Células globosas, grandes, com núcleo excêntrico, contendo grumos de cromatina em forma de “raios de roda”; ▪ Localizados nos locais sujeitos à penetração de bactérias e proteínas estranhas; ▪ Derivam de linfócitos B e são responsáveis pela produção de anticorpos; Junqueira, Carneiro (2017) medicina362.wordpress.com Substância Fundamental Amorfa (SFA) • Proteoglicanas • Glicosaminoglicanas (GAGs) • Glicoproteínas de adesão Fibras • Colágenas • Elásticas • Reticulares Estrutura do Tecido Conjuntivo Fluido Intersticial • Água, íons, pequenas moléculas e proteínas de baixo peso molecular. Matriz Extracelular: Alberts et al. (2010) Fibras Colágenas • Constituídas pela (glico)proteína colágeno (acidófila), que é a mais abundante do corpo. Junqueira, Carneiro (2017) Fibras Colágenas Proteína Colágeno: • A molécula de colágeno possui 3 cadeias polipetídicas (alfa) enroladas em hélice. • Já foram descobertos 42 tipos de cadeias alfa codificadas por diferentes cromossomos. Junqueira, Carneiro (2017) Fibras Colágenas Já foram identificados 29 tipos de colágeno, com composição bioquímica, morfologia e funções diferentes: • Colágenos que formam fibrilas: I, II, III, V, XI • Colágenos que se associam a fibrilas: IX, XII, XIV, XVI, XIX, XX, XXI, XXII • Colágeno da membrana basal: IV, VI, VII (ancoragem) Ross (2018) Fibras Colágenas • Fibrilas colágenas possuem estriação transversal visível na microscopia eletrônica e de força atômica. Microscopia Eletrônica de Transmissão Ross (2016) Microscopia de Força Atômica Ross (2018) Colagenopatias ◼ Síndromes de Ehlers-Danlos III e IV: defeito genético do colágeno tipo III (pele, vasos, intestino, articulações); ◼ Osteogênese imperfeita: defeito genético do colágeno tipo I (ossos e dentes); ◼ Escorbuto: deficiência de vitamina C na dieta prejudica a função da enzima procolágeno peptidase, que participa da polimerização do colágeno em fibrilas. Fibras Reticulares (argirófilas) • Muito delicadas e constituídas de colágeno tipo III associado a glicoproteínas e proteoglicanas; • Formam extensa rede em certos órgãos (músculo liso, órgãos hematopoiéticos, artérias), apoiando as células; Junqueira, Carneiro (1999) Fígado (Junqueira, Carneiro (2017) Linfonodo (Ross, 2018) Fibras Elásticas • São mais delgadas que as colágenas e tendem a formar rede tridimensional (derme) ou membranas elásticas (artéria elástica) • Entrelaçam-se com as colágenas e evitam laceração por estiramento excessivo; Ross et al. (2016) Fibras Elásticas • Constituídas pelas proteínas elastina, emilina e microfibrilas de fibrilina; • Três estágios de maturação: oxitalânicas (microfibrilas), elaunínicas (microfibrilas e um pouco de elastina), fibras elásticas (abundância de elastina); Alberts et al. (2010) Fibras Elásticas – Mecanismo da Elasticidade Ross (2018) covalente • Resistem à compressão e retardam o movimento rápido de bactérias e células metastáticas; Junqueira, Carneiro (2017) Substância Fundamental Amorfa (SFA) Proteoglicanas: Sindecam, fibroglicam, agrecam etc. • Ligam células a macromoléculas da matriz extracelular; • Constituídas de proteína e cadeias lineares de acúcares (glicosaminoglicanas). • São poliânions intensamente hidrofílicos (unidades de ácido urônico e hexosamina repetidas); Junqueira, Carneiro (2017) Substância Fundamental Amorfa (SFA) Glicosaminoglicanas • Podem estar ligadas a um eixo protéico (condroitim sulfatado, dermatam sulfatado, queratam sulfatado, heparam sulfatado) ou não (ácido hialurônico). Substância Fundamental Amorfa (SFA) Glicoproteínas de Adesão • Unem as células aos componentes da matriz extracelular; • Exemplos: fibronectina, laminina, entactina, tenascina, condronectina e osteonectina. Junqueira, Carneiro (2017) Estrutura da Matriz Extracelular Ross (2018) TECIDOS CONJUNTIVOS Variedades Introdução ◼ A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados Frouxo Denso Modelado Não modelado Adiposo Elástico Reticular Mucoso • Tecido Conjuntivo Embrionário Mesenquimático Cartilagem Osso Sangue Linfoide • Tecidos Conjuntivos com Propriedades Especiais Tecido Conjuntivo Frouxo ◼ Não há predomínio de nenhum componente; ◼ Consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações. ◼ Localização: sob os epitélios, em torno de vasos sanguíneos, entre células e feixes musculares, entre porções secretoras das glândulas Tecido Conjuntivo Frouxo Junqueira, Carneiro (2017) Tecido Conjuntivo Denso ◼ Possui mais fibras e menos células; ◼ A orientação e arranjo dos feixes de fibras colágenas tornam-noresistente às trações. Tecido Conjuntivo Denso Gartner, Hiatt (2007) Não Modelado Modelado Tecido Conjuntivo Elástico ◼ Fibras elásticas abundantes formando feixes ou acúmulo de elastina formando membranas elásticas; ◼ Localização: ligamentos amarelos da coluna vertebral, ligamento suspensor do pênis e parede de vasos sanguíneos de grande calibre. Tecido Conjuntivo Elástico Ross et al. (2016) Tecido Conjuntivo Reticular ◼ As fibras colágenas (tipo III) formam redes, mescladas com fibroblastos e macrófagos; ◼ Localização: capilares sinusóides hepáticos, tecido adiposo, medula óssea, órgãos hematopoéticos e músculo liso. Tecido Conjuntivo Reticular Junqueira, Carneiro (2017) Baço Welsch (2008) Fígado Tecido Conjuntivo Mucoso ◼ Abundante no cordão umbilical (geleia de Wharton) e polpa jovem dos dentes; ◼ Predomínio de substância fundamental amorfa (especialmente ácido hialurônico); ◼ Poucas fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares. Junqueira, Carneiro (2017) Curiosidade: ◼ Algumas células da geleia de Wharton expressam marcadores de células-tronco mesenquimatosas e podem se diferenciar em osteócitos, condrócitos, adipócitos e alguns tipos de célula neural. (Ross, 2018) Tecido Conjuntivo Mesenquimático ou Embrionário ◼ Muito semelhante ao tecido conjuntivo mucoso, exceto pelo fato de possuir células indiferenciadas; ◼ Dá origem aos tecidos conjuntivos, musculares, vascular e urogenital do corpo, além das membranas serosas das cavidades internas. University of Western Australia http://www.lab.anhb.uwa.edu.au/mb140/corepages/connective/connect.htm Tecido Conjuntivo Adiposo ◼ Predomínio de adipócitos, localizados principalmente no tecido conjuntivo frouxo; ◼ Depósito de energia na forma de triglicerídios; ◼ Duas variedades: unilocular e multilocular. Tecido Conjuntivo Adiposo Unilocular ◼ As células possuem uma única gotícula grande de gordura no citoplasma; ◼ Forma o panículo adiposo subcutâneo; ◼ Proporciona isolamento térmico, amortecimento de impactos, modelagem do corpo e sintetiza hormônios, fatores de crescimento e citocinas. Junqueira, Carneiro (2017) Produtos Secretados do TA Ross, 2018 • Esses produtos atuam na homeostasia energética, na adipogênese, no metabolismo dos esteroides, na angiogênese e nas respostas imunes. (fator de saciedade) (baixa a pressão arterial) (reduz glicemia) ( ligada à obesidade e diabetes tipo 2) (oxidação de ácidos graxos) (pressão arterial e armazenamento de lipídios) (regulação do sistema imune) (regulação da inflamação, coagulação etc) Tecido Conjuntivo Adiposo Multilocular ◼ As células possuem muitas gotículas pequenas de gordura no citoplasma; ◼ Função: produção de calor para o feto e recém-nascido (termogênese por oxidação dos lipídios), mas não desaparece totalmente no adulto. Junqueira, Carneiro (2017) Slide 1: Tecidos Conjuntivos Slide 2 Slide 3 Slide 4: Visão Geral do Tecido Conjuntivo Slide 5: Funções: preenchimento de espaços Slide 6: Funções: sustentação e nutrição Slide 7: Funções: resistência Slide 8: Funções: armazenamento Slide 9: Funções: transporte de substâncias Slide 10: Funções: defesa e cicatrização Slide 11: TECIDOS CONJUNTIVOS Slide 12: Mesênquima: Origem das Células do Tecido Conjuntivo Slide 13 Slide 14: Fibroblastos Slide 15: Macrófagos Slide 16: Mastócitos Slide 17: Mastócitos Slide 18: IgE nos Mastócitos e Basófilos Slide 19: Plasmócitos Slide 20: Estrutura do Tecido Conjuntivo Slide 21: Fibras Colágenas Slide 22: Fibras Colágenas Slide 23: Fibras Colágenas Slide 24: Fibras Colágenas Slide 25: Colagenopatias Slide 26: Fibras Reticulares (argirófilas) Slide 27: Fibras Elásticas Slide 28: Fibras Elásticas Slide 29: Fibras Elásticas – Mecanismo da Elasticidade Slide 30: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Slide 31: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Slide 32: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Slide 33: Estrutura da Matriz Extracelular Slide 34: TECIDOS CONJUNTIVOS Slide 35: Introdução Slide 36: Tecido Conjuntivo Frouxo Slide 37: Tecido Conjuntivo Frouxo Slide 38: Tecido Conjuntivo Denso Slide 39: Tecido Conjuntivo Denso Slide 40: Tecido Conjuntivo Elástico Slide 41: Tecido Conjuntivo Elástico Slide 42: Tecido Conjuntivo Reticular Slide 43: Tecido Conjuntivo Reticular Slide 44: Tecido Conjuntivo Mucoso Slide 45: Curiosidade: Slide 46: Tecido Conjuntivo Mesenquimático ou Embrionário Slide 47: Tecido Conjuntivo Adiposo Slide 48: Tecido Conjuntivo Adiposo Unilocular Slide 49: Produtos Secretados do TA Slide 50: Tecido Conjuntivo Adiposo Multilocular
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