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DESCRIÇÃO Normas Regulamentadoras em ambientes industriais. PROPÓSITO Apresentar a contribuição das normas regulamentadoras em ambientes industriais e o cumprimento desses preceitos através de processos de gestão e como parte integrante da segurança do trabalho no planejamento estratégico. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever as diretrizes da NR-6 e da regulamentação de Segurança e Medicina do Trabalho MÓDULO 2 Descrever as diretrizes da NR-11 — Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais MÓDULO 3 Descrever as diretrizes da NR-12 — Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos INTRODUÇÃO MÓDULO 1 Descrever as diretrizes da NR-6 e da regulamentação de Segurança e Medicina do Trabalho LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe o que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI), mas saberia dizer o que a NR-6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI) chama de ECPI? Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa Preservação Pura. A empresa Preservação Pura realiza serviços de capina e manutenção em áreas chamadas de faixa de dutos de petróleo, onde não se pode construir e a proteção é realizada por gramas e vegetação natural. O serviço é realizado em extensões enormes e muitos quilômetros devem ser percorridos todo dia. É natural encontrar animais nativos, peçonhentos, os quais devem ser preservados. Mas o perigo ao executar a capina, roçando com as máquinas e facões é enorme. Para sua efetiva proteção, os funcionários utilizam vários EPI’s, em especial, para a proteção dos membros inferiores, como botas, perneiras, macacão, talas especiais, e demais equipamentos de proteção necessários. A empresa contratou um engenheiro de segurança que trouxe uma novidade, um novo tipo de macacão que integra várias proteções juntas. Antes disso, eram necessários vários equipamentos para ter a mesma proteção, o que fazia com que os trabalhadores gastassem mais tempo para se preparar e ainda ficarem com algumas partes desprotegidas. O novo macacão é um exemplo de Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI). E os trabalhadores ficaram felizes em ver que a empresa estava valorizando suas vidas e trazendo novidades. Esse conceito de ECPI pode ser empregado em vários outros segmentos e utilizações, o que traz economia, otimiza espaços, documentos e o mais importante, aumenta a segurança dos trabalhadores. A prova é que, depois de alguns dias de utilização, foi percebida maior eficiência no trecho percorrido, devido ao ganho do tempo de preparo e maior atenção no serviço. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos? 1. COMO VOCÊ VIU, O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DA EMPRESA PRESERVAÇÃO PURA APRESENTOU UM DIFERENCIAL EM SUA EXECUÇÃO, AO ADOTAR O CONCEITO DO ECPI E CONSEGUIU MAIS PROTEÇÃO PARA OS TRABALHADORES. IDENTIFIQUE ABAIXO O QUE MAIS A EMPRESA ALCANÇOU SEGUINDO A NR-6. A) A empresa Preservação Pura aumentou o seu custo. B) A empresa Preservação Pura aumentou a sua eficiência, com a redução do tempo. C) O serviço ficou mais complexo. D) A NR-6 deixa claro que somente trabalhos de alto risco podem implementar o ECPI. E) A NR-6, deixa claro que somente deve ser aplicada em empresas de grande porte, ou em empresas setoriais. 2. COMO VOCÊ VIU, A EMPRESA PRESERVAÇÃO PURA APRESENTOU UM DIFERENCIAL EM SUA EXECUÇÃO AO ADOTAR O CONCEITO DO ECPI. IDENTIFIQUE ABAIXO A ALTERNATIVA CORRETA PARA ESSA SIGLA. A) Equipamento Coletivo e de Proteção Individual. B) Equipamento de Controle de Proteção Interna. C) Equipamento Conjugado de Proteção Individual. D) Equipamento Coletivo de Proteção Interna. E) Equipamento Conjugado de Proteção Interna. GABARITO 1. Como você viu, o engenheiro de segurança da empresa Preservação Pura apresentou um diferencial em sua execução, ao adotar o conceito do ECPI e conseguiu mais proteção para os trabalhadores. Identifique abaixo o que mais a empresa alcançou seguindo a NR-6. A alternativa "B " está correta. A utilização do ECPI reduziu o tempo de preparo dos trabalhadores e gera, ao mesmo tempo, melhor proteção. Com isso, o tempo de trabalho ficou mais efetivo e aumentou-se a produção. 2. Como você viu, a empresa Preservação Pura apresentou um diferencial em sua execução ao adotar o conceito do ECPI. Identifique abaixo a alternativa correta para essa sigla. A alternativa "C " está correta. A NR-6 prevê o uso de equipamento de proteção que agregue um conjunto de dispositivos para proteção individual do trabalhador. Trata-se do Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI). 3. VOCÊ JÁ SABE QUE O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DA EMPRESA PRESERVAÇÃO PURA APRESENTOU UM DIFERENCIAL EM SUA EXECUÇÃO AO ADOTAR O CONCEITO DO ECPI, CONSEGUIU, ALÉM DA EFICIÊNCIA NA PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES, UMA MELHORIA, DENTRE OUTRAS VANTAGENS. A APLICAÇÃO DE ECPI SÓ É POSSÍVEL NESSA ATIVIDADE PRATICADA PELA EMPRESA? RESPOSTA javascript:void(0) Não, este conceito de ECPI pode ser empregado em vários outros segmentos e utilizações, o que traz economia, otimiza espaços, documentos e o mais importante, aumenta a segurança dos trabalhadores. AS NORMAS REGULAMENTA DORAS As Normas Regulamentadoras apresentam um conjunto de diretrizes e procedimentos técnicos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador em atividades ou funções nos ambientes perigosos e suas proximidades. Conforme recomendações da Organização Internacional do Trabalho, os principais objetivos das NR são: Instruir os empregados e empregadores a respeito das devidas precauções que devem ser tomadas a fim de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais; Preservar e promover a integridade física dos trabalhadores; Estabelecer a regulamentação pertinente à segurança e saúde do trabalho; Promover a política de segurança e saúde do trabalho dentro das empresas. As NRs, apenas como documentos sem vínculos legais no plano executivo, não teriam caráter obrigatório. Nesse sentido, é fundamental você saber as principais diretrizes da CLT, dentro da hierarquia das leis que sustentam a implantação e uso dos EPIs e EPCs. CLT E AS NORMAS Conforme estabelece a CLT — Consolidação das Leis do Trabalho —, é papel das instituições, em comissões tripartites (governo, empresas privadas e sindicatos), a elaboração das Normas Regulamentadoras. Todas elas são elaboradas levando em consideração as seguintes etapas: Definição de temas a serem discutidos; Elaboração do texto técnico básico; Publicação do texto técnico básico no Diário Oficial da União; Instalação do Grupo de Trabalho Tripartite, formado por representantes do governo, trabalhadores e empregadores; Aprovação e publicação de novas NRs são publicadas no Diário Oficial da União. Além da NR-6 — Equipamento de Proteção Individual, outras normas tratam de recomendações e especificações de EPIs. O uso correto dos EPIs é um dos maiores desafios técnicos e comportamentais para a minimização dos riscos de acidentes. DIRETRIZES INICIAIS DA NR-6 — EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Vamos começar a falar sobre este assunto com um vídeo no qual o professor contextualiza a importância dos EPIs, segundo a NR-6. Assista: A seguir, são apresentadas as diretrizes iniciais da NR-6: De acordo com a NR-6, qualquer equipamento ou dispositivo de proteção utilizado individualmente pelo trabalhador para prevenir o minimizar qualquer risco potencial à sua saúde e segurança, no ambiente de trabalho, é considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI). Nos ambientes industriais, por exemplo, o trabalhador pode estar exposto a mais de um risco simultaneamente. Nesse caso, a NR-6 prevê o uso de equipamento de proteção que agregue um conjunto de dispositivos para proteção individual do trabalhador. É o Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI). Em seu anexo I, a norma prevê que todos os dispositivos agregados ao equipamento precisam ser projetados e fabricados de modo a manter o nível de segurança estabelecidopara o equipamento. EXEMPLO Um exemplo seria a adequada conexão entre calçado, perneira e calça para proteção em ambiente de calor com risco de respingos de material incandescente. O mesmo pode ser considerado em relação às luvas, por exemplo. A Norma Regulamentadora 6 ainda fornece orientações sobre a comercialização e o uso dos EPIs. Sua comercialização e uso dependem da emissão de Certificado de Aprovação (CA). O uso de EPI listado no anexo I dessa norma sem a devida certificação impõe punição à empresa e ao comerciante. SAIBA MAIS O Sistema CAEPI – Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção Individual do Ministério do Trabalho e Economia é o órgão federal responsável pela emissão, renovação e alteração do CA para um EPI, a ser solicitado por fabricante ou importador de qualquer EPI listado no Anexo I dessa norma regulamentadora. Para tal emissão, pode ser necessária avaliação e certificação de outros órgãos, como no caso dos coletes balísticos (à prova de bala), que precisam ter relatório técnico e registro emitidos pelo Exército Brasileiro (EB). Todas as solicitações ao Sistema CAEPI são realizadas por meio eletrônico, bem como seu acompanhamento, em sítio próprio. O fornecimento gratuito de todo EPI necessário à segurança e bem-estar do trabalhador é assegurado pela legislação como obrigatório por parte da empresa ou do responsável contratante, bem como sua manutenção adequada e renovação. Ao usuário trabalhador cabe o uso correto e adequado do equipamento bem como sua conservação, como utilizar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina. Fonte: Por Ajintai / Shutterstock ATENÇÃO O uso de EPI é obrigatório sempre que medidas de ordem geral ou de proteção coletiva não sejam suficientes para garantir a segurança e o bem-estar do trabalhador, em casos específicos ou quando as medidas de proteção coletiva se encontram em fase de implantação. A Lei 6514, de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V da CLT, estabelece a regulamentação de Segurança e Medicina do Trabalho. A Seção IV desse capítulo define a obrigatoriedade de a empresa fornecer o EPI gratuitamente ao trabalhador e a obrigatoriedade de o EPI possuir o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Vamos conhecer agora como o uso dos EPIs, relacionados com empregados e empregadores, são amparados pela CLT: CAPÍTULO V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO No capítulo V da CLT, em sua Seção I – Disposições Gerais –, são tratados os seguintes assuntos: ART. 154 ART. 155 ART. 156 ART. 157 ART. 158 ART. 159 ART. 154 Necessidade de, além das disposições contidas no capítulo V da CLT, observância das empresas quanto ao cumprimento de outras disposições que sejam incluídas em códigos específicos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que estejam localizadas. ART. 155 Incumbências do órgão de âmbito nacional em matéria de segurança e Medicina do Trabalho. ART. 156 Competências das Delegacias Regionais do Trabalho. ART. 157 Obrigações das empresas. ART. 158 Obrigações dos empregados. ART. 159 Possibilidade de, mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, haver delegação a outros órgãos federais, estaduais ou municipais de atribuições de fiscalização ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento das disposições constantes do Capítulo V da CLT. A seguir, apresenta-se os artigos 154 a 159 do capítulo V – SEÇÃO I da CLT. SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 154 – A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. Art. 155 – Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho: I – Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II – Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a Segurança e a Medicina do Trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; III – Conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho. Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I – Promover a fiscalização do cumprimento das normas de Segurança e Medicina do Trabalho; II – Adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III – Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 – Cabe às empresas: I – Cumprir e fazer cumprir as normas de Segurança e Medicina do Trabalho; II – Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III – Adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV – Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 – Cabe aos empregados: I – Observar as normas de Segurança e Medicina do Trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II – Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) À observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) Ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. (CLT, 1943) SEÇÃO II - DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO No capítulo V da CLT, Seção II – Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição – está prescrito no artigo 160 as diretrizes de inspeção prévia e embargos ou interdições de estabelecimentos. Nesse artigo são previstos os aspectos que devem ser cumpridos pelos estabelecimentos antes de iniciar suas atividades e os aspectos facultados às empresas. Já no art. 161 estão prescritas as condicionantes para embargos e interdições de estabelecimentos. A seguir, apresenta-se os artigos 160 e 161 do capítulo V – SEÇÃO II da CLT. SEÇÃO II DA CLT Art. 160 – Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho. § 1º – Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho. § 2º – É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações. Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho. § 1º – As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho. § 2º – A interdição ou embargo poderão serrequeridos pelo serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical. § 3º – Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso. § 4º – Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos a terceiros. § 5º – O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição. § 6º – Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício. (CLT, 1943) Vimos, até aqui, a contribuição da Legislação (CLT) para a implantação obrigatória das Normas Regulamentadoras. Vamos conhecer nos próximos módulos as medidas de controle baseadas nas NRs em alguns exemplos dos ambientes industriais. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A SEÇÃO I DA CLT, NOS SEUS ARTIGOS 154 A 156, TRATAM DAS DIRETRIZES ABAIXO, EXCETO: A) (...) sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. B) (...) dispensar as decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho. C) (...) coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a Segurança e a Medicina do Trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho. D) (...) coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a Segurança e a Medicina do Trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; 2. QUANTO AO ART. 157 – CABE ÀS EMPRESAS(...). NAS ALTERNATIVAS ABAIXO, SÃO TRATADAS TAIS DIRETRIZES, EXCETO: A) (...) dispensar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. B) (...) cumprir e fazer cumprir as normas de Segurança e Medicina do Trabalho. C) instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. D) (...) adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente. GABARITO 1. A SEÇÃO I da CLT, nos seus artigos 154 a 156, tratam das diretrizes abaixo, exceto: A alternativa "B " está correta. Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição, promover a fiscalização do cumprimento das normas de Segurança e Medicina do Trabalho. 2. Quanto ao Art. 157 – Cabe às empresas(...). Nas alternativas abaixo, são tratadas tais diretrizes, exceto: A alternativa "A " está correta. Entre as diferentes obrigações da empresa em relação à saúde e o bem-estar do trabalhador está a obediência à legislação em vigor, o que inclui a oferta de EPI e condições salubres de trabalho, além de facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. MÓDULO 2 Descrever as diretrizes da NR-11 — Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe o que é um transporte, uma movimentação de cargas. Mas saberia dizer o que a NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais determina como obrigatório de se aplicar durante a execução de um serviço? Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa TransporteX. A empresa TransporteX atua realizando embarques e desembarques de cargas no Porto do Rio de Janeiro. Trata-se, portanto, de uma empresa média, com contratos com operadoras do segmento de Petróleo e Gás. No setor portuário são desenvolvidas diversas atividades, dentre elas, a movimentação de cargas. A empresa em questão, TransporteX, tem como prática a utilização dos seus operadores de empilhadeiras para serem responsáveis também pela movimentação de máquinas, containers, entre outros materiais envolvendo embarque e desembarque nos portos. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos? 1. É CORRETA A UTILIZAÇÃO DE OPERADORES DE EMPILHADEIRAS PARA AS ATIVIDADES DE MOVIMENTAÇÕES DE CARGAS EM GERAL, COMO PRATICADAS PELA EMPRESA TRANSPORTEX? A) Não, pois trata-se de desvio de função. B) Sim, desde que esteja dentro das atividades previstas pela norma regulamentadora. C) Sim, o trabalhador deverá estar preparado para todas as solicitações. D) Não, pois não é obrigação do trabalhador atuar em outra função que não a sua. E) Não, pois o operador de empilhadeira somente poderá realizar operações leves. 2. AO CUMPRIR TODOS OS REQUISITOS REFERENTES À NR-12, A TRANSPORTEX ESTARÁ DESOBRIGADA AO CUMPRIMENTO DAS DEMAIS NORMAS REGULAMENTADORAS? A) Ao cumprir os requisitos legais da atividade específica do colaborador, a empresa estará integralmente desobrigada das demais normas regulamentadoras. B) No caso dos operadores de empilhadeira, além das NR-11 e NR-12, apenas a NR-6, que trata de equipamentos de proteção individual, deverá ser cumprida. C) Independentemente da atividade econômica da empresa e das atividades do colaborador, qualquer norma regulamentadora aplicável deverá ser cumprida. D) No caso do operador de empilhadeira, além das NR’s 11 e 12, apenas a NR-7, que trata do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) deverá ser cumprida. E) No caso dos operadores de empilhadeira, estes deverão realizar treinamentos específicos para trabalho em altura e espaços confinados. GABARITO 1. É correta a utilização de operadores de empilhadeiras para as atividades de movimentações de cargas em geral, como praticadas pela empresa TransporteX? A alternativa "B " está correta. Não há nenhum impedimento nas atividades do operador de empilhadeira no transporte e na movimentação de cargas, que é, na verdade, a sua atividade real. Porém, tais operações deverão obedecer aos protocolos das NR’s 11 e 12, que irão garantir um trabalho seguro, com baixo risco de acidentes e perdas em geral. 2. Ao cumprir todos os requisitos referentes à NR-12, a Transportex estará desobrigada ao cumprimento das demais normas regulamentadoras? A alternativa "C " está correta. As empresas, como a TransporteX, deverão cumprir todas as normas regulamentadoras pertinentes às atividades dos seus colaboradores, conforme os riscos que se apresentam. Nesse caso, podemos citar, além das NR-11 e NR-12, características da função do operador de empilhadeira, as seguintes NR’s obrigatórias a serem implementadas (e cumpridas): NR-9 – PPRA; NR-7 – PCMSO; NR-6 – EPI; etc. 3. EMPRESA TRANSPORTEX ESTÁ PASSANDO POR UMA AUDITORIA DE SISTEMAS DE GESTÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL E, NESSE SENTIDO, PRECISA CUMPRIR ALGUNS PROTOCOLOS REFERENTE ÀS NR-11 E NR-12. APRESENTE EM SEGUIDA ALGUNS DOS PRINCIPAIS PROTOCOLOS PARA QUE A EMPRESA FIQUE EM CONFORMIDADE LEGAL E REDUZA A POSSIBILIDADE DE ACIDENTES COM SEUS OPERADORES. RESPOSTA As operações em empilhadeiras são fatores de riscos severos e, é fundamental seguir os seguintes protocolos para sua correta operação: o operador deve receber treinamento específico, dado pelo empregador para que esteja habilitado a cumprir sua função; javascript:void(0) a capacitação deve ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com supervisão de profissional legalmente habilitado; sempre que houver mudanças nas instalações, na operação das máquinas e equipamentos e nas rotinas de trabalho, o operador devepassar por um treinamento de reciclagem; antes de iniciar a operação da empilhadeira, o operador deve verificar as condições da máquina; todas as máquinas devem possuir manuais fornecidos pelo fabricante ou importador, contendo informações relativas à segurança em todas as fases de utilização; o operador deve portar um cartão de identificação, com nome e fotografia, em lugar visível; as empilhadeiras devem possuir sinal de advertência sonora (buzina). Essas são, entre outras, importantes medidas com relação às operações com empilhadeiras no transporte de cargas para que a empresa esteja plenamente em conformidade com as normas regulamentadoras e o mais importante, evite a ocorrência de acidentes de trabalho. NR-11 A NR 11 trata do conjunto de diretrizes de segurança para o transporte, armazenamento, movimentação e manuseio de materiais. Os ambientes de transporte e movimentação de cargas e materiais são de alto risco de acidentes, sendo necessário constantes adaptações a tais condições da atividade crítica, em que o objetivo seja a busca de níveis seguros antes da realização das atividades. ATENÇÃO Além de alto risco à segurança dos trabalhadores, acidentes envolvendo transporte, manuseio e movimentação de carga, existe o risco elevado de se causar danos materiais e ao meio ambiente. OBJETIVO DA NR-11 A NR-11 deve garantir que atividades críticas como transporte, manuseio ou movimentação de cargas possam ser realizadas com segurança, devido à implementação de diretrizes para a realização das atividades. O OBJETIVO É A PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM ALTO POTENCIAL DE DANOS AOS TRABALHADORES, SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E EMPRESAS, A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DE CONDIÇÕES TÉCNICAS DE SEGURANÇA PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES. Perceba o risco ilustrado na figura. Fonte: Por Ralf Juergen Kraft / Shutterstock RESUMO DA NR-11 No vídeo, a seguir, o professor falará sobre alguns detalhes importantes a respeito da NR-11. Assista: A norma deve ser implementada em: Elevadores Guindastes Transportadores industriais Máquinas transportadoras Existem outros tipos de equipamentos para a movimentação ou transporte de carga. Os equipamentos precisam ser projetados conforme as especificações técnicas para as garantias de resistência e estar sempre em condições de conservação suficiente para a realização das atividades. A seguir, são relacionadas premissas: Os elevadores deverão estar cercados, sinalizados, protegidos e a inspeção periódica deverá ter cronograma em correntes, cordas, cabos de aço, roldanas e ganchos, com sobressalentes e substituições sempre que necessário. Nas máquinas, devem ser instalados protetores de mão em carros manuais de transporte. O transporte manual de cargas não deverá ultrapassar o limite de 60 metros. A partir de distâncias superiores aos 60m, deverão ser utilizados carros de transporte manual ou tração mecanizada. O piso do armazém deverá ser construído de forma a suportar o peso do material, sem ser escorregadio, sem aspereza e deve ser mantido em perfeito estado de conservação. É impeditivo ser realizada qualquer atividade de transporte ou movimentação de materiais com o piso molhado. O armazenamento de materiais deverá manter uma distância mínima de 50 centímetros das paredes laterais do prédio. A disposição dos materiais não pode ser feita de forma a obstruir corredores, passagens, saídas de emergência, equipamentos de combate a incêndio etc. Todos os equipamentos motorizados utilizados para a movimentação ou transporte de materiais deverá ser equipamento com sinalizador sonoro (buzina, alarme de ré, dentre outros). Os operadores de equipamentos de transporte motorizados deverão ser habilitados, portando os devidos documentos de identificação, contendo fotografia e nome do trabalhador, e dispostos em local visível. A empresa é responsável por fornecer os devidos treinamentos para o trabalhador responsável pela utilização de equipamentos de transporte. A utilização de equipamentos motorizados movidos a combustão interna para transporte e movimentação de carga não deverá ser realizada em ambientes fechados e de pouca ventilação, salvo em casos em que existam dispositivos neutralizadores, que anulem a emissão de gases tóxicos. Todos os equipamentos deverão ser sinalizados com sua capacidade de carga máxima de trabalho permitida. As atividades de carga e descarga manual de caminhões deverão ser realizadas com auxílio de ajudante. É vedado o transporte manual de cargas através de pranchas que possuam vãos superiores a 1 metro ou mais de extensão. Atividades de transporte, elevação, manuseio, movimentação e armazenamento de cargas estão entre os principais riscos de acidentes, com consequências que podem ir de uma leve lesão ou baixos danos materiais, até situações críticas, tais como óbitos, perdas de materiais ou cargas e contaminação do meio ambiente. Desta forma, aplicar as normas de segurança para a realização destas atividades, de acordo com o descrito na NR-11, é a melhor forma de prevenir acidentes envolvendo essas atividades. Na figura ao lado, reafirmamos que o objetivo da NR-11 é estabelecer os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. Fonte: Por Halfpoint / Shutterstock Habilidade no transporte e armazenamento de cargas. Ainda no ambiente industrial no qual as normas estão permanentemente em debate, outros segmentos são pontos de atenção. Abordaremos em seguida os ambientes com máquinas e equipamentos. REGULAMENTO TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE CHAPAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS Vamos conhecer agora os principais pontos de atenção segundo o ANEXO 1 da NR-11 — Transporte, Movimentação e Armazenagem, no caso específico de chapas de rochas ornamentais. A Norma Regulamentadora 11 foi criada em junho de 1978, mas esse anexo foi inserido em setembro de 2003 e alterado em abril de 2016. PRINCÍPIOS GERAIS Os princípios gerais desse regulamento identificam e definem requisitos mínimos para preservar a segurança física e a saúde dos trabalhadores em atividades de beneficiamento e comercialização de placas de rochas ornamentais, além de diretrizes para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho. ATENÇÃO Destaca-se em relação aos equipamentos, que todos devem ser calculados e construídos de modo a garantir resistência e segurança ao uso e que devem ser mantidos em perfeitas condições de trabalho. Cada equipamento deve trazer em lugar visível identificação, máxima carga de trabalho permitida, nome e CNPJ do fabricante e responsável técnico. Todas essas informações também precisam ser adotadas em livro próprio. As perfeitas condições de trabalho e a correta e adequada manutenção de todos os equipamentos são fundamentais por causa da atividade e dos riscos de manuseio de grandes objetos com grande peso. SAIBA MAIS Na compra de equipamentos, devem ser fornecidos pelo fabricante, além da nota fiscal, manuais e outros documentos que permitam o uso correto, a manutenção adequada e o adequado treinamento de seu operador. Esses manuais devem atender ao que está disposto na NR-12, ainda que necessitem de tradução. É prevista nesse regulamento, a manutenção periódica de todos os equipamentos, por profissional habilitado, com emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que será parte do histórico documental de cada equipamento, a ser mantido em meio físico ou eletrônico com sua nota fiscal, em caso de compra, ou no caso de equipamento construído, com seus projetos, cálculos e outras especificações técnicas. Os princípios gerais ainda apontam que a área de movimentação das placas deve manter condições físicas para o trabalho seguro e que toda circulação de pessoal deve ser interrompida durante a atividade de movimentação. REQUISITOSTÉCNICOS PARA EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE CHAPAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS Esse item identifica os diferentes equipamentos, como carro porta-bloco, carro-transportador, cavaletes, ventosas, cabos de içamento e outros dispositivos utilizados no beneficiamento e comercialização de placas de pedras ornamentais, bem como as diferentes áreas de trabalho, como pátio de estocagem e área do tear (equipamento para corte dos blocos de pedra) e as diretrizes de segurança. CARRO PORTA-BLOCO Carro porta-bloco é o dispositivo sobre o qual se apoiam os blocos para serem cortados e as placas já cortadas. Esse equipamento precisa dispor de proteções laterais que impeçam o deslocamento dos blocos e das placas. Essas proteções laterais são também chamadas de fueiros e só podem ser desacoplados após o descarregamento do carro porta-blocos. ATENÇÃO javascript:void(0) Todas as partes do equipamento que possam representar risco precisam estar protegidas como engrenagens, polias ou partes elétricas. Tanto a operação do carro porta-blocos como do carro transportador deve ser realizada por dois trabalhadores simultaneamente, e esses trabalhadores precisam estar capacitados para a função. São descritas, ainda, as características estruturais dos cavaletes, sejam eles horizontais ou verticais, e os critérios de utilização, considerando a resistência necessária para suportar a carga imposta sobre eles, assim como a necessidade de manutenção adequada de sua estrutura e do sistema de correias e cabos utilizados. Ainda nesse item, é abordado o uso de ventosas para a movimentação das placas e os requisitos de segurança para o trabalhador e a devida obrigatoriedade de manutenção periódica. SAIBA MAIS Cabe destacar que o item 5 desse Anexo I trata dos programas de capacitação dos trabalhadores, fornecendo diretrizes para a elaboração do material a ser utilizado, o período de capacitação, número de aprendizes por turma e número de praticantes por instrutor e o conteúdo do referido curso. Apresenta, ainda, os critérios de emissão do certificado pertinente e a guarda de cópia desse certificado na própria empresa. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ALGUNS OBJETIVOS DA NR-11, EM SUAS DIRETRIZES OU AMBIENTES APLICÁVEIS, ESTÃO RELACIONADOS ABAIXO, EXCETO: A) Um acidente envolvendo o transporte, o manuseio, armazenamento ou movimentação de carga, pode ocasionar graves riscos, incluindo óbitos ou prejuízos imensuráveis. B) Os equipamentos de movimentação de materiais não precisam comprovar as condições de conservação suficiente e ideal para a realização das atividades, pois prevalece a responsabilidade da empresa. C) O cumprimento dos requisitos de segurança na NR 11 deverá ser implementado em qualquer outro tipo de equipamento destinado à movimentação ou transporte de carga. D) Os equipamentos de movimentação de materiais precisam ser projetados de acordo com cálculos que ofereçam garantias de resistência e estejam sempre em condições de conservação suficiente e ideal para a realização das atividades. 2. A NR-11 TEM POR OBJETIVO PRINCIPAL A PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM ALTO POTENCIAL DE DANOS À SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES, SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E EMPRESAS, A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DE CONDIÇÕES TÉCNICAS DE SEGURANÇA PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES. DAS ALTERNATIVAS ABAIXO, SÃO PREMISSAS DA NR-11, EXCETO: A) O piso do armazém deverá ser construído de forma suportar o peso do material, não pode ser escorregadio, sem aspereza e deve ser mantido em perfeito estado de conservação. B) Só deve ser realizada qualquer atividade de transporte ou movimentação de materiais com o piso molhado com cuidados especiais. C) O armazenamento de materiais deverá manter uma distância mínima de 50 centímetros das paredes laterais do prédio. D) A disposição dos materiais não pode ser feita de forma obstruir corredores, passagens, saídas de emergência, equipamentos de combate a incêndio etc. GABARITO 1. Alguns objetivos da NR-11, em suas diretrizes ou ambientes aplicáveis, estão relacionados abaixo, exceto: A alternativa "B " está correta. Todas as responsabilidades no que tange à segurança do trabalho nas empresas estão vinculadas aos cumprimentos das NRs, conforme a hierarquia das leis. 2. A NR-11 tem por objetivo principal a prevenção de acidentes com alto potencial de danos à saúde e segurança dos trabalhadores, sociedade, meio ambiente e empresas, a partir da implementação de condições técnicas de segurança para a realização das atividades. Das alternativas abaixo, são premissas da NR-11, exceto: A alternativa "B " está correta. As recomendações e objetivos estão descritas no texto da Norma, neste caso a recomendação é que o piso deve estar sempre seco nas condições normais de trabalho, portanto sem qualquer alternativa. MÓDULO 3 Descrever as diretrizes da NR-12 — Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe o que é uma máquina ou um equipamento. Mas saberia dizer o que a NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos determina aos trabalhadores sobre o tema? Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa MaqMaq. A empresa MaqMaq está passando por processo de auditoria externa em Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, visto que tem como objetivo a certificação na NBR ISO 45.001. Os auditores verificaram que existe um número considerável de falhas nos equipamentos, gerando medidas corretivas com baixo nível de confiabilidade entre um evento e outro. Muitos operadores iniciam suas atividades diárias sem um protocolo definido pela NR-12, e, em algumas situações, é comum que trabalhadores atuem simultaneamente em vários equipamentos, mesmo sem treinamentos específicos de operações. Treinamentos são realizados semestralmente e não existe uma supervisão ativa para a garantia do cumprimento das ordens de serviços. Verificou-se que muitos equipamentos de proteção individual não são utilizados corretamente ou ainda, estão com seus certificados de aprovação vencidos. Os auditores verificaram outras diversas não conformidades, legais e aplicáveis durante suas avaliações, especialmente na área de produção. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos? 1. EM RELAÇÃO À AUDITORIA, PODEMOS AFIRMAR QUE: A) A empresa não terá dificuldades em sua certificação pois cumpre a maioria das Normas. B) A empresa deverá, primeiramente, cumprir os aspectos normativos para seguir com seu objetivo de certificação. C) A empresa receberá sua indicação para a certificação, pois os riscos apurados não são significativos. D) A empresa será multada pelo Ministério do Trabalho. E) A empresa poderá cumprir esses pequenos itens apurados pela auditoria no prazo de um ano sem prejuízos à sua certificação. 2. CABERÁ AO EMPREGADOR, CONFORME ESTABELECE A PORTARIA Nº 3.214 DE 08 DE JUNHO DE 1978, EM RELAÇÃO ÀS NORMAS REGULAMENTADORAS, CUMPRIR E FAZER CUMPRIR OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, COMO NO CASO DA EMPRESA MAQMAQ. ASSINALE ABAIXO A OPÇÃO DE RESPONSABILIDADE DOS TRABALHADORES. A) Cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte de máquinas e equipamentos. B) Realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros. C) Não comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido, danificado ou se perdeu sua função. D) Participar apenas dos treinamentos que forem de seu interesse. E) Não colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta NR. GABARITO 1. Em relação à auditoria, podemos afirmar que: A alternativa "B " está correta. A empresa MaqMaq deverá,antes de dar prosseguimento à sua intenção de certificação na NBR ISO 45.001, implementar um sistema de gestão correto para eliminar os riscos com as operações e as atividades com máquinas e equipamentos, pois, diante desse cenário, está colocando em risco a integridade física de seus trabalhadores. 2. Caberá ao empregador, conforme estabelece a Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, em relação às normas regulamentadoras, cumprir e fazer cumprir os procedimentos de segurança em máquinas e equipamentos, como no caso da empresa MaqMaq. Assinale abaixo a opção de responsabilidade dos trabalhadores. A alternativa "A " está correta. Assim como o subitem 12.1.7 da NR-12 estabelece as responsabilidades dos empregadores quanto à adoção de medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, o subitem 12.1.10 estabelece responsabilidades dos trabalhadores quanto à segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Vale ressaltar a relevância e responsabilidade do trabalhador quanto à prevenção de acidentes em trabalho com máquinas. Para isso, os trabalhadores e usuários são capacitados para incorporarem o olhar da prevenção de acidentes na realização das suas atividades. Ademais, um ambiente de trabalho seguro depende de todos, empregadores e trabalhadores. Por isso, o envolvimento dos trabalhadores é fundamental para evitar acidentes com máquinas. Como exemplo de atitudes que contribuem com um ambiente de trabalho seguro, o trabalhador deve seguir os procedimentos de trabalho, não improvisar, estar atento a mudanças na rotina da máquina que trabalha, comunicando imediatamente à sua liderança, zelar pelas proteções das máquinas e pela sua manutenção. 3. APÓS UMA INSPEÇÃO, OS AUDITORES SUGERIRAM A EMPRESA MAQMAQ QUE SEMPRE SE PREOCUPE COM ALGUNS ITENS NORMATIVOS E APLICÁVEIS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DOS SEUS TRABALHADORES. LISTE AS PRINCIPAIS PERGUNTAS QUE DEVEM FAZER PARTE DE UM CHECKLIST PREVENTIVO, OU SEJA, ANTES DO EQUIPAMENTO ENTRAR EM OPERAÇÃO. RESPOSTA É fundamental que os trabalhadores que atuem diretamente com operações com máquinas e equipamentos realizem um checklist preventivo, antes de iniciarem suas atividades, ampliando a segurança em geral. São os seguintes: Os equipamentos possuem dispositivos de segurança? O fabricante identifica perigos e situações associadas ao perigo (mecânicos, elétricos, térmicos, de ruído e ergonômicos)? O equipamento oferece as proteções que reduzem os riscos e os perigos? Os dispositivos estão indicados e sinalizados na máquina (sinais visuais)? NBR ISO 12100 – SEGURANÇA DE MÁQUINAS — PRINCÍPIOS GERAIS DE PROJETO — APRECIAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS Normalmente, é utilizada a análise preliminar para uma apreciação, e, além da NR-12, para efeito de segurança em máquinas, podemos utilizar as definições dadas pela NBR ISO 12100 em seu glossário. javascript:void(0) ANÁLISE DE RISCO: Combinação da especificação dos limites da máquina, identificação dos perigos e estimativa dos riscos. AVALIAÇÃO DE RISCO: Julgamento com base na análise de risco, do quanto os objetivos de redução de risco foram atingidos. APRECIAÇÃO DO RISCO: Processo completo que compreende a análise de risco e avaliação de risco. Conforme as diferenças de fato, podemos utilizar a figura abaixo, dependendo do estágio em que se está realizando o trabalho de adequação à NR-12. Fonte: Produção interna Diferentes estágios para apreciação da NR-12. A NR12 E A LEGISLAÇÃO A NR-12 exige que a máquina tenha uma análise de risco, e isto pode ser visto no item 12.39(a) e em outros é referenciado a este documento como base para realização do item. A norma técnica vigente que indica a realização do procedimento é a NBR ISO 12100:2013. A necessidade de segurança em máquina não se iniciou na publicação da norma. No caso da NR-12, ela foi elaborada para regulamentar os Art. 184, 185 e 186 da CLT, que traz no seu texto as seguintes redações: ART. 184 ART. 185 ART. 186 ART. 184 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto a risco de acionamento acidental. PARÁGRAFO ÚNICO É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo. ART. 185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização ao ajuste. ART. 186 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas. (CLT, 1943) NR-12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A contribuição da NR-12 para a Segurança do Trabalho define as referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de segurança para os trabalhadores nas fases de projeto e de utilização de todos os tipos. Abrange também fases de fabricação, importação, comercialização, exposição e em todas as atividades econômicas. Assista no vídeo, a seguir, mais detalhes sobre esse assunto. Assim, iremos abordar os princípios gerais da NR-12 12.1.1 ESTA NORMA REGULAMENTADORA - NR E SEUS ANEXOS DEFINEM REFERÊNCIAS TÉCNICAS, PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA RESGUARDAR A SAÚDE E A INTEGRIDADE FÍSICA DOS TRABALHADORES E ESTABELECE REQUISITOS MÍNIMOS PARA A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NAS FASES DE PROJETO E DE UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, E AINDA À SUA FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, EXPOSIÇÃO E CESSÃO A QUALQUER TÍTULO, EM TODAS AS ATIVIDADES ECONÔMICAS, SEM PREJUÍZO DA OBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NAS DEMAIS NRS APROVADAS PELA PORTARIA MTB N.º 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978, NAS NORMAS TÉCNICAS OFICIAIS OU NAS NORMAS INTERNACIONAIS APLICÁVEIS E, NA AUSÊNCIA OU OMISSÃO DESTAS, OPCIONALMENTE, NAS NORMAS EUROPEIAS TIPO “C” HARMONIZADAS. (BRASIL, 1978) A NR-12 em vigor exige níveis de proteção que superam o padrão europeu, considerado referência por tratar a proteção de máquinas e equipamentos de forma eficaz e sob o enfoque da razoabilidade, distinguindo as obrigações de fabricantes e usuários. SAIBA MAIS As modificações promovidas pelas Portarias ao longo do tempo são discutidas na Comissão Nacional Tripartite Temática (CNTT) da NR-12 e aprovadas pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP). DIMINUIÇÃO DA BUROCRACIA PARA AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE Principais aspectos a serem considerados: Em relação às máquinas e aos equipamentos fabricados antes de 24/06/2012 que não possuam manual do fabricante, em vez do empregador promover sua reconstituição, agora fica permitida a elaboração de uma ficha contendo informações básicas da máquina ou do equipamento, elaborada pelo próprio empregador ou por pessoa designada por ele, com a dispensa do Profissional Legalmente Habilitado (PLH) (item 12.126.1). A capacitação dos trabalhadores poderá ficar a cargo de empregado da própria empresa que tenha sido capacitado por entidade oficial de ensino de educação profissional, o qual atuará como agente multiplicador (item 12.138.1). Fonte: Por master1305 / Freepik ATENÇÃO Foi eliminada a obrigação de elaborar inventário das máquinas e dos equipamentos. Substituição do princípio da falha segura por estado da técnica: Foi excluída a expressão “falha segura” do corpo da NR-12 e do glossário, com sua substituição pelo conceito de “estado da técnica”. Pela redação anterior do item 12.5 da norma, a concepção de máquinas e equipamentos necessitava atender ao princípio da falha segura, segundo o qual um sistema deve entrar em estado seguro quando ocorrer falha de um componente relevante à segurança. Isto é, o sistema deveser projetado para entrar nesse estado quando ocorrerem falhas, o que requer a aplicação de redundância e de componentes de alta confiabilidade para se ter certeza de que o sistema sempre irá funcionar. Com a alteração promovida pela Portaria nº 857/2015 e substituição do princípio da “falha segura” por “estado da técnica” houve o reconhecimento de que segurança absoluta não é um estado completamente acessível, razão pela qual o objetivo a ser perseguido é atingir o mais alto nível de segurança, levando-se em conta o “estado da técnica”, que define as limitações, incluindo as de custo, a que estão sujeitas a fabricação e a utilização da máquina ou do equipamento. Regras mais flexíveis abrangendo os sistemas de acionamento em extra-baixa tensão: Foi estabelecido corte temporal em relação à tensão de operação dos componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compõem a interface de operação das máquinas e dos equipamentos. SAIBA MAIS Em outras palavras, para máquinas e equipamentos fabricados foi exigido que os sistemas de controle (partida, parada e acionamento) operem em extra-baixa tensão (25VCA ou 60VCC) ou adotem outra medida de proteção disposta em normas técnicas oficiais vigentes, caso a apreciação de risco indique a necessidade de proteção contra choques elétricos (item 12.36.1). OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA PORTARIA Nº 857/2015 Máquinas e equipamentos fabricados no Brasil e comprovadamente destinados à exportação não precisam atender aos requisitos técnicos de segurança da NR-12, pois terão que obedecer às regras de segurança do país importador (item 12.A). A não aplicabilidade da NR-12 para máquinas e equipamentos ocorre nos seguintes casos: Movidos ou impulsionados por força humana ou animal; Expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não sejam mais empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a integridade física dos visitantes e expositores; Classificados como eletrodomésticos (item 12.B). Os anexos da NR-12 que contemplam obrigações, disposições especiais ou exceções que se aplicam a um determinado tipo de máquina ou equipamento passam a ter caráter prioritário em relação aos demais requisitos da norma. Anteriormente, a norma previa que os Anexos complementavam o texto da NR-12 (item 12.152). ESTABELECI MENTO DE OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS PARA OS TRABALHADORES São obrigações específicas para os trabalhadores: Cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte de máquinas e equipamentos; Não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros; Comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança tiver sido removido, danificado ou tiver perdido sua função; Participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos nesta norma; Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta norma (item 12.5 A). Fonte: Por fanjianhua / Freepik PROCEDIMENTOS PARA TRABALHO COM SEGURANÇA Principais aspectos a serem observados: A supressão da palavra “utilização” do item 12.134 representa uma vantagem. Isso poderá evitar que máquinas e equipamentos sejam interditados sem emissão de laudo técnico que comprove o risco grave e iminente. Permissão expressa da movimentação de máquinas e equipamentos que não atendem à NR-12 fora das instalações da empresa para reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e descarte (item 12.C). As máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos utilizados em frente de trabalho ficam dispensados do inventário (item 12.153.2). Houve supressão da alínea “l” do item 12.128 do texto anterior (riscos que podem resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto) na reconstituição dos manuais de máquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigência desta norma. Fonte: Por pressfoto / Freepik Os manuais reconstituídos devem conter as informações previstas nas seguintes alíneas do item 12.128 (item 12.129): • Razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador; Tipo, modelo e capacidade; Descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios; Diagramas, inclusive circuitos elétricos, em especial a representação esquemática das funções de segurança; Definição de utilização prevista para máquina ou equipamento; Definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas pelos usuários; Especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança; Riscos que podem resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos de segurança; Procedimentos para a utilização da máquina ou equipamento de segurança; Procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção; Procedimentos a serem adotados em situação de emergência. NR-12 – PRINCIPAIS PONTOS DE ATENÇÃO EM PROCESSOS Para a segurança em máquinas, podemos dimensionar o risco de acidente como sendo a chance de um acidente particular ocorrer com determinada frequência e relacionado com o grau da severidade da lesão resultante. O termo “acidente” utilizado na nossa língua não deve ser visto como um evento que ocorre por obra do destino, como algo imprevisível, uma fatalidade. Sabemos que os acidentes ocorrem por interações multidisciplinares que estão presentes no ambiente ou na situação de trabalho muito antes do seu manifesto. São, então, considerados previstos e, uma vez eliminados estes fatores que dão origem aos acidentes, pode-se eliminar ou reduzir a ocorrência desses eventos. É importante que cada seguimento do trabalho perigoso tenha uma lista prévia bem elaborada num papel de checklist dos perigos. Na elaboração desta lista de perigos existentes, é importante que o profissional se atente às operações possíveis, no tema aqui, de máquinas e equipamentos, incluindo: Ajustes; Testes; Programação/parametrização; Trocas de ferramentas/moldes; Partida inicial/colocação em marcha/Startup; Partidas/Pausas; Modo de operação manual/automático/ciclo lento; Parada de emergência; Reinicio de operação após bloqueio de emergência; Processo de Lockout/Tagout; Limpeza e organização; Manutenção preventiva/corretiva; Manutenção diária; Rotinas e procedimentos do processo; Alimentação/Descarga da matéria-prima. Devem ser considerados também os comportamentos da máquina em ações não intencionais do operador ou formas de mau uso razoavelmente previstas. Fonte: Por rawpixel.com / Freepik ANÁLISE DE RISCO Após o reconhecimento e a identificação dos perigos e os devidos desdobramentos para os riscos identificados, iniciam-se as análises dos riscos. Na figura a seguir, vemos um ambiente da indústria típico da aplicação das análises de riscos em seus programas de gerenciamento. Fonte: Por jarmoluk / Freepik Ambiente industrial de máquinas e equipamentos. Os seguintes tópicos precisam ser levados em consideração na análise dos riscos: DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA MÁQUINA Para a determinação dos limites da máquina, deve-se levar em consideração todas as fases do ciclo de vida da máquina (projeto, construção, transporte, montagem, instalação, operação, limpeza, setup, manutenção, desativação, desmontagem, descarte). O limite é basicamente a utilização principal da máquina, e para efeito de concepção da máquina e análise de risco, deve ser considerada a utilização normal e os maus usos razoavelmente previsíveis. Então, para facilitar, segue uma lista de itens que compõem a determinação do limite da máquina: ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ANÁLISE DO LIMITE DE USO Diferentes modos de operação; Manutenção da máquina (desgaste e mau uso); Tipo de utilização,se é industrial ou residencial; Identificação do operador, como gênero, idade, mão de uso dominante e, se possível, utilização por pessoas com habilidades reduzidas (visual, auditiva, tamanho, força e outras); Nível de treinamento, habilidade e experiência necessários para utilização e manutenção; Exposição de outras pessoas aos perigos relacionadas à máquina que sejam razoavelmente previsíveis. ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ANÁLISE DO LIMITE DE ESPAÇO Movimentos da máquina e cursos dos movimentos; Espaços de uso do operador e manutenção; Qual tipo de interação do operador à máquina; Conexões de energia (elétrica, hidráulica, mecânica, gravitacional e outras). ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ANÁLISE DOS LIMITES DE TEMPO Vida útil da máquina considerando o uso normal ou mau uso razoavelmente previsível; Intervalos de manutenção recomentado. OUTROS LIMITES A SEREM CONSIDERADOS Tipos de materiais e matéria-prima processados; Limpeza e manutenção diária do equipamento; Organização do trabalho; Ambiente (umidade, particulados, altitude, agentes químicos e outros). IDENTIFICAR OS PERIGOS E RISCOS Após a identificação dos limites da máquina, teremos, no processo, reiterando, a identificação dos cenários de perigos e, em seguida, os desdobramentos para os riscos existentes, claro, tudo isso com acompanhamento de especialistas e usando critérios do tipo abaixo: Uso normal do equipamento. Mau uso razoavelmente previsível. CICLO DE VIDA DE UMA MÁQUINA Tais perigos se apresentam em qualquer etapa do ciclo de vida da máquina, conforme percebemos na proposta da figura a seguir: (projeto, construção, transporte, montagem, instalação, operação, limpeza, setup, manutenção, desativação, desmontagem, descarte). Fonte: Produção interna. A lista de perigo pode ser realizada conforme Anexos B da NBR12100, e são separados por tipos, origem, consequências e referenciais para normas internacionais. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NAS ANÁLISES DE PERIGOS E RISCOS, APÓS AS IDENTIFICAÇÕES DOS LIMITES DAS MÁQUINAS, PARA EFEITO DE SEGURANÇA, PODEMOS UTILIZAR AS DEFINIÇÕES DADAS PELA NBR ISO 12100. NESTAS DEFINIÇÕES, ESTÃO PREVISTAS AS SEGUINTES ETAPAS, EXCETO: A) Análise de risco: Combinação da especificação dos limites da máquina, identificação dos perigos e estimativa dos riscos. B) Avaliação de risco: Julgamento com base na análise de risco, do quanto os objetivos de redução de risco foram atingidos. C) Apreciação do risco: Processo completo que compreende a análise de risco e avaliação de risco. D) Definição de risco: Julgamento da tecnologia para identificação dos perigos e estimativa dos riscos. 2. NO CASO DA NR-12, ELA FOI ELABORADA PARA REGULAMENTAR OS ART. 184, 185 E 186 DA CLT, QUE TRAZ NO SEU TEXTO AS SEGUINTES REDAÇÕES (CLT, 1943), EXCETO: A) Art. 184 – As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. B) Parágrafo único – É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo. C) Art. 185 – Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas em movimento, situação indispensável à realização ao ajuste. D) Art. 186 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas. GABARITO 1. Nas análises de perigos e riscos, após as identificações dos limites das máquinas, para efeito de segurança, podemos utilizar as definições dadas pela NBR ISO 12100. Nestas definições, estão previstas as seguintes etapas, exceto: A alternativa "D " está correta. Na contribuição da NBR ISO12100, após identificados os limites das máquinas, a definição de risco é um conhecimento intrínseco necessário, mas não é parte integrante de análise. 2. No caso da NR-12, ela foi elaborada para regulamentar os Art. 184, 185 e 186 da CLT, que traz no seu texto as seguintes redações (CLT, 1943), exceto: A alternativa "C " está correta. No Artigo 185, como não poderia ser diferente por questões de segurança, os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, foi possível compreender as Normas Regulamentadoras mais relacionadas com a indústria e a contribuição com o Gerenciamento dos Riscos Ocupacionais. Demonstrou-se, ainda, as relações no campo jurídico e demais Normas ISO aplicáveis nos aspectos da defesa da saúde do trabalhador e dos ativos das empresas. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ABNT ‒ NBR ISO 12100:2013. In: ABNT Catálogo. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. ABNT ‒ NBR 16455:2016. In: ABNT Catálogo. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL - NR-6 — Equipamento de Proteção Individual – EPI. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Brasília, DF: Ministério do Trabalho. In: Ministério do Trabalho. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL - NR-11 — Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Brasília, DF: Ministério do Trabalho. In: Ministério do Trabalho. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL - NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Brasília, DF: Ministério do Trabalho. In: Ministério do Trabalho. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL ‒ NR-13 ‒ Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Brasília, DF: Ministério do Trabalho. In: Ministério do Trabalho. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL - CLT. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, DF: Presidência da República. In: Planalto.gov. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. BRASIL – Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Brasília, DF: Presidência da República. In: Planalto.gov. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020. MAGRINI, R. O.; MARTARELLO, N. A. Condições de trabalho na operação de prensas. In: COSTA, D. F. et al. (Orgs.). Programa de saúde dos trabalhadores. A Experiência da Zona Norte: uma alternativa em saúde pública. São Paulo: Hucitec, 1989. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: Manual de Orientação para Especificação das Vestimentas de Proteção Contra os Efeitos Térmicos do Arco Elétrico e do Fogo Repentino, do Ministério do Trabalho e Emprego. In: MTE. NR-6. Consulte um exemplo de especificação técnica desta NR. CONTEUDISTAS Ivan da Cunha Santos Elmar Conte Lofredo Mourão Márcio Jorge Gomes Vicente