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5 “is” da Geriatria
Dra. Tamires Ribeiro Dutra Assis
Residência em Clínica Médica
PG em TIA
Especializando em Cardiologia Clínica
Instabilidade 
postural
Síndrome de 
imobilidade
Incontinências
Incapacidade 
cognitiva
Iatrogenia
Impõem desafios no cotidiano do idoso e afetam diretamente sua qualidade de vida.
Para diminuir parte dos impactos, é essencial que a família e os profissionais de atendimento ao idoso estejam 
cientes sobre essas questões.
Adaptar a rotina de cuidados aos idosos, visando garantir a identificação dos primeiros sinais de uma dificuldade.
Encontrar as melhores soluções para um tratamento personalizado, efetivo e que ajude a evitar o agravamento.
É um meio de familiares e profissionais reconhecerem os desafios de modo completo, podendo auxiliar o idoso com 
mais empatia.
Tem etiologia multifatorial e se associam a múltiplas comorbidades e desfechos negativos.
Uma pode ser fator de risco ou consequência da outra.
As síndromes geriátricas não são quadros esperados no processo de envelhecimento 
(senescência), mas sim associados a doenças (senilidade), e interferem na funcionalidade, isto 
é, no grau de autonomia e de independência, que são avaliados pela capacidade de execução 
das atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentais de vida diária (AIVDs).
Dos 5 para os 9 “is
• Inicialmente, eram denominadas como os 5 “Is”:
• incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade, incontinência 
esfincteriana e iatrogenia.
• Posteriormente, as alterações nas percepções sensoriais levaram ao 
acréscimo da incapacidade comunicativa. Os aspectos familiares, por 
serem capazes de alteração do bem-estar biopsicossocial, foram 
incluídos na insuficiência familiar. A multifatorialidade das questões 
nutricionais no idoso levaram aos estudos da insuficiência 
nutricional, bem como da insônia.
Incapacidade cognitiva
Processo de 
envelhecimento
Lentificação cognitiva 
global, sem 
comprometimento da 
autonomia e da 
independência do idoso
Perda nas funções 
executivas
Dificuldade de realização 
simultânea de várias 
tarefas, o processo de 
aprendizagem e o resgate 
das informações
As principais etiologias da incapacidade cognitiva abrangem os chamados 4 “Ds”:
• Demência - irreversível
• Delirium - reversível
• Depressão - reversível
• Doença mental - irreversível
Entre os principais fatores de risco para a incapacidade cognitiva, destacam-se:
• Idade avançada;
• Estado civil (solteiros ou viúvos);
• Baixa escolaridade; 
• Tempo de institucionalização;
• Desnutrição;
• Dependência para a realização das atividades básicas de vida diária.
Exames clínicos complementares: 
avaliação hematológica, glicemia, 
função renal, hepática e da tireoide, 
vitamina B12, e exames de imagem 
(tomografia computadorizada e 
ressonância magnética).
Demência •Síndrome associada à doença cerebral, em geral de natureza 
crônica ou progressiva, na qual há comprometimento de múltiplas 
funções corticais.
•Desenvolvimento insidioso, déficit na fala e linguagem variável na 
retenção, nominação, fluência e compreensão.
Delirium •Estado de confusão mental agudo.
•Desenvolvimento agudo, caracterizado por alteração da atenção, 
da consciência e da cognição de caráter flutuante, precipitado por 
condições ou eventos de base em indivíduos vulneráveis.
•Maior risco de prejuízo de orientação, de atenção, de fala e de 
linguagem.
Depressão •Caracterizada, principalmente, por humor deprimido, anedonia, 
insônia ou hipersonia, ganho ou perda de peso acima de 5%, 
redução da capacidade de concentração, agitação ou lentificação 
psicomotora, fadiga associada a aspectos genéticos, a eventos 
vitais, como luto e abandono, e a doenças incapacitantes.
Doença mental
-esquizofrenia
-parafrenia
-oligofrenia
•Síndrome de desenvolvimento agudo, caracterizada por alteração 
da atenção, da consciência e da cognição.
•Caráter flutuante, precipitado por condições ou eventos de base 
em indivíduos vulneráveis.
•Exemplos na clientela idosa: esquizofrenia, oligofrenia e 
parafrenia.
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V
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Instrumentos de avaliação
Miniexame do estado mental Um dos exames utilizados com a 
finalidade de avaliar a função 
cognitiva para fins de rastreio, mas 
não diagnóstico.
Os itens avaliados são: Orientação; 
Memória Imediata; Atenção e 
Cálculo; Memória de Evocação e 
Linguagem. A análise dos escores 
depende da escolaridade do 
paciente.
Teste de fluência verbal Avaliação de identificação do maior 
número de palavras possíveis em 
um período preestabelecido.
Linguagem, memória semântica e 
funções executivas.
Avaliação da funcionalidade por 
meio da avaliação das AVDs > 
índices de Katz e de Barthel ;
Escala de Lawton para a avaliação 
das AIVDs
INSTRUMENTO DESCRIÇÃO AVALIAÇÃO
A pontuação máxima é de 30 pontos.
Geralmente é aplicado para a pessoa com 
suspeita de quadro demencial. Considera-se 
como normal o paciente que alcança mais de 25 
pontos. Suspeita-se de perda cognitiva leve 
quando o escore está entre 21 e 24 pontos, 
moderada, entre 10 e 20 e grave menor ou igual 
a 9. Após, agrega-se a escolaridade. Para 
indivíduos altamente alfabetizados desconfia-se 
de uma possível demência se a pontuação for 
menor que 24. Para pessoas com ensino 
fundamenta (baixa/média na escolaridade) a 
suspeita deve ser aguçada se o resultado for 
menor que 18. E para analfabetos, inferior a 14 
pontos.
Instabilidade postural
Processo de 
envelhecimento
Declínio físico no 
idoso, 
principalmente 
motor, muscular e 
sensitivo
Comprometimento 
do desempenho da 
execução das AVDs
Limitação e 
diminuição do 
controle postural, 
causando quedas
Os principais fatores de risco de quedas em idosos incluem aqueles inerentes diretamente ao paciente 
(intrínsecos) e os ambientais (extrínsecos):
Intrínsecos:
• idade avançada;
•sexo feminino;
•comorbidades (articulares, hipertensão arterial, artrose, má circulação, cardiopatias, doença de Parkinson, incontinências, 
insônia, déficit visual e auditivo, depressão); 
•hipotensão postural;
•uso de medicamentos (sedativos, anti-hipertensivos, polifarmácia com cinco ou mais medicamentos); 
•percepção negativa de saúde; 
•uso de dispositivo auxiliar de marcha (muletas, por exemplo);
•déficit cognitivo;
• incapacidade funcional para AVD;
•história de quedas;
•síndrome do medo de cair.
Extrínsecos:
•superfícies escorregadias;
•objetos no chão (obstáculos);
•aspectos estruturais (escadas e superfícies irregulares);
•má iluminação;
•ausência de cuidador.
Instrumentos de avaliação
INSTRUMENTO DESCRIÇÃO AVALIAÇÃO
Escala de equilíbrio de Berg Pontuação máxima de 56. Cada item apresenta 
uma escala ordinal de 5 alternativas que variam 
de 0 a 4 pontos. Total: 56 pontos.
Equilíbrio estático e dinâmico.
Escala de mobilidade e equilíbrio de Tinetti 
(índice ou teste de Tinetti)
16 itens: 9 para o equilíbrio do corpo e 7 para a 
marcha. A contagem para cada exercício varia 
de 0 a 1 ou de 0 a 2.
Equilíbrio e anormalidades na marcha.
Teste Timed Up and Go O paciente fica sentado em uma cadeira normal 
(45cm de altura) com sua parte traseira 
encostada na cadeira. Instrui-se a ficar em pé; 
andar tão rapidamente quanto possível e com 
segurança por 3m em uma linha reta no chão; 
retornar para a cadeira, sentando-se na posição 
inicial.
Equilíbrio e marcha.
• Até 10 segundos – desempenho normal para adultos saudáveis. Baixo 
risco de quedas;
• Entre 11 e 20 segundos – Normal para idosos frágeis ou com debilidade, 
mas que se mantêm independentes na maioria das atividades de vida 
diária. Baixo risco de quedas;
• Entre 21 e 29 segundos – Avaliação funcional obrigatória. Indicado 
abordagem específica para a prevenção de queda. Risco de quedas 
moderado;
• Maior ou igual a 30 segundos – Avaliação funcional obrigatória. Indicado 
abordagem específica para a prevenção de queda. Alto risco para quedas.
Imobilidade
Mobilidade: movimento ou 
deslocamentono espaço pela 
independência do indivíduo. Quando 
limitado, caracteriza-se como o processo 
de imobilidade > inatividade 
musculoesquelética.
A classificação da gravidade da 
imobilidade é importante para prever a 
necessidade iminente de um cuidador. 
Seu estágio mais avançado é conhecido 
como síndrome de imobilização ou da 
imobilidade completa e torna o idoso 
completamente dependente.
Como comorbidades comuns da 
síndrome de imobilização ou da 
imobilidade, destacam-se o delirium, a 
demência, as quedas, a fragilidade, a 
incontinência e a iatrogenia, já 
reconhecidos como outras síndromes 
geriátricas.
Fatores de risco:
• idade avançada;
• sexo feminino;
• baixa escolaridade;
• insuficiência familiar;
• contenção física;
• baixa renda familiar;
• ausência de cuidador;
• doenças musculoesqueléticas prévias, principalmente sarcopenia;
• sedentarismo;
• internação hospitalar;
• fratura, principalmente de fêmur;
• incapacidade cognitiva.
Instrumentos de avaliação
Análise da capacidade funcional por meio da 
execução das AVDs, pela aplicação do índice de Katz 
ou da escala de Lawton (instrumentais).
A classificação mais específica considera a capacidade 
do idoso em deambular, transferir, sentar, mudar de 
decúbito e movimentar os membros 
0 – independente em todas as seis funções;
1 – independente em cinco funções e dependente em uma função;
2 –independente em quatro funções e dependente em duas funções;
3 – independente em três funções e dependente em três funções;
4 – independente em duas funções e dependente em quatro funções;
5 – independente em uma função e dependente em cinco funções;
6 – dependente em todas as seis funções.
I — é capaz de permanecer sentado sem apoio e de se levantar da 
cadeira sem auxílio. Necessita de suporte para deambulação, mas 
consegue fazer transferência sem ajuda;
II — é capaz de permanecer sentado sem suporte e de movimentar os 
braços, mas não é capaz de movimentar as pernas com eficácia, de 
levantar da cadeira e permanecer em pé sem auxílio;
III — é capaz de movimentar os membros, mas não é capaz de 
permanecer sentado sem suporte. É capaz de rolar na cama sem ajuda;
IV — não é capaz de sustentar o corpo na posição sentada. É capaz de 
movimentar os membros com dificuldade, mas não é capaz de rolar na 
cama sem auxílio;
V — não é capaz de sustentar o corpo na posição sentada nem de 
movimentar braços e pernas (imobilidade completa).
Incontinência esfincteriana
• A palavra continência descreve a capacidade normal no acúmulo de 
eliminações fisiológicas (fezes e urina), com controle consciente 
sobre o tempo e o lugar para desprezá-las.
• Os fatores associados foram sexo feminino, idade de 70 anos ou mais, 
cor da pele amarela/parda/indígena e pouca escolaridade. Há ainda 
associação com incapacidade funcional, depressão, déficit cognitivo e 
autopercepção de saúde péssima/ruim.
• A incontinência aguda ou transitória 
frequentemente, pode ser resolvida com o 
controle das causas que a predispõem.
• A incontinência persistente ou estabelecida pode 
ter aparecimento súbito, apresentando quadro 
agudo, mas de difícil controle, ou se desenvolver 
de forma gradual, sem se conhecer a causa que a 
precipita, frequentemente evoluindo com 
severidade. 
Para o controle e a 
prevenção, precisam ser 
considerados os sinais e 
sintomas de cada tipo de 
incontinência. As 
intervenções variam de 
acordo com cada tipo de 
classificação, a qual se 
baseia no 
desenvolvimento e na 
etiologia dos sintomas:
ACRÔNIMO DIURESE NAS CAUSAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA AGUDA
D •Depressão
•Delirium
I •Infecção
U •Uretrite
R •Restrição da mobilidade
E •Excesso de fezes
S •Substâncias
E •Excesso de urina
CLASSIFICAÇÃO DIURESE NAS CAUSAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA CRÔNICA
Incontinência de urgência •+ comum; perda involuntária de urina associada ao 
sentimento urgente de necessidade de urinar.
Incontinência por estresse ou esforço •perda involuntária da urina; a pressão intravesical excede a 
pressão uretral máxima, devido à elevação da pressão intra-
abdominal e à ausência da contração do detrusor; descreve a 
perda da urina durante exercícios ou em situações de espirro 
ou riso.
Incontinência urinária funcional •há perda involuntária da urina associada à incapacidade ou 
falta de vontade de usar o banheiro; relacionada às perdas 
cognitivas e físicas e a fatores psicológicos e ambientais que 
influenciam o uso do toalete.
Incontinência por sobrefluxo, transbordamento ou overflow •+ comum em pacientes homens devido aos problemas de 
próstata; relacionado a alguma obstrução do canal uretral 
que leva ao esvaziamento incompleto da bexiga e à 
consequente presença de volume residual.
Incontinência mista •combinação de mais de um tipo de incontinência 
anteriormente descrito; em geral, associação entre as 
incontinências de urgência e estresse.
CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA FECAL
Incontinência fecal por sobrefluxo •desconforto pélvico com eliminação de fezes 
semilíquidas, várias vezes ao dia, podendo simular 
um quadro de diarreia;
Incontinência fecal funcional •é incapaz de chegar ao banheiro por limitação 
física, cognitiva, psíquica ou ambiente 
desconfortável;
Incontinência fecal secundária •associada a alguma doença do colo ou reto;
Incontinência fecal retoesfincteriana •causada por lesões neuromusculares das 
estruturas sensitivo-motoras
Instrumentos de avaliação
INSTRUMENTO COMO É APLICADO AVALIAÇÃO
Kings’s Health Questionnaire Questionário aplicado pelo profissional de 
saúde. Avalia somente a incontinência 
urinária.
•0–100: quanto maior, pior a qualidade de 
vida do paciente incontinente.
International Consulation on Incontinence 
Questionnaire-Short Form
Questionário auto ou aplicável pelo 
profissional de saúde. Avalia somente a 
incontinência urinária.
•1–3: incontinência leve;
•4–6: incontinência moderada;
•7–9: incontinência grave;
•10: incontinência muito grave.
Pad Test Protocolo aplicado pelo profissional de 
saúde. Avalia somente a incontinência 
urinária.
•Incontinência urinária: leve, moderada e 
severa.
Incontinence Severity Index Questionário aplicado pelo profissional de 
saúde. Avalia ambas as incontinências.
•1–2: incontinência leve;
•3–6: incontinência moderada;
•7–10: incontinência grave;
•11–12: incontinência muito grave.
Fecal Incontinence Quality of Life Scale Questionário aplicado pelo profissional de 
saúde. Avalia somente a incontinência 
fecal.
•1–4 pontos cada variável: vida, 
comportamento, depressão e 
constrangimento.
Incapacidade comunicativa
Há o comprometimento de um ou mais dos subsistemas 
funcionais:
• Visão
• Audição
• Produção/motricidade orofacial
Trata-se, portanto, da perda ou da restrição da participação 
social (funcionalidade), que compromete a capacidade de 
execução das decisões tomadas e afeta diretamente a 
independência do indivíduo.
A perda de audição começa com perdas de percepção das frequências altas 
(detecção dos sons agudos) e da discriminação da fala. Apresenta início 
gradual e pouco perceptível e evolui para perdas auditivas mais acentuadas. 
O déficit visual corresponde ao comprometimento cumulativo e progressivo 
da acuidade visual, ou seja, a capacidade de discriminação de formas e 
contrastes, além do reconhecimento da distância entre dois pontos no 
espaço.
Na oromotricidade são compreendidas as alterações da voz, da fala e da 
mastigação/deglutição. As disfunções surgidas no sistema estomatognático 
geralmente estão associadas a alterações dos dentes, dos ossos faciais, dos 
órgãos fonoarticulatórios e do controle neurológico das fibras musculares.
SUBSISTEMA FATORES DE RISCO PARA INCAPACIDADE COMUNICATIVA
Audição •Idade avançada
•Desordens genéticas
•Hipertensão arterial
•Diabetes melito
•Doença metabólica ou de ordem sistêmica
•Excesso de ruído no ambiente ao longo do tempo
•Dieta de má qualidade ao longo dos anos
•Uso de tabaco e álcool
Visão •Idade
•Retinopatia diabética
•Doenças oculares (glaucoma, catarata)•Sexo masculino
•Exposição ao sol
•Má alimentação
Motricidade orofacial •Hipofuncionalidade dos órgãos fonoarticulatórios
•Uso de próteses mal adaptadas
•Mudanças de hábitos alimentares
Instrumentos de avaliação
SUBSISTEMA TESTE AVALIAÇÃO
Visão Teste de Snellen •A 5-6m do examinador, se o indivíduo conseguir soletrar as letras da 
fileira 8, é definida acuidade visual normal, representada como 6/6 ou 
20/20 (capacidade de enxergar nitidamente a 6m ou a 20 pés). O 
paciente com diminuição da acuidade visual não conseguirá soletrar 
essa fileira, e a quantificação do comprometimento depende da fileira 
com menor tamanho de letras que o paciente consegue enxergar com 
nitidez, ou seja, o déficit é maior quando o paciente possui dificuldade 
para soletrar as fileiras com letras maiores. Cada fileira é marcada por 
uma estimativa de acuidade visual, por exemplo: uma AV 20/40 quer 
dizer que o indivíduo enxerga com nitidez a uma distância de 20 pés o 
que uma pessoa com acuidade normal enxergaria a 40 pés.
Audição Teste do sussurro •O examinador, de pé, fora do alcance do campo visual, a uma 
distância equivalente ao comprimento do braço estendido do paciente 
(60cm), sussurra em um ouvido por vez um conjunto de três 
letras/números (“5, B, 6”), enquanto e massageia o trágus da orelha 
contralateral do idoso.
Motricidade facial Clínico •Fala e voz: capacidade, controle e coordenação da produção sonora.
•Fonação: intensidade e qualidade vocal.
•Ressonância: grau de nasalidade.
•Articulação: precisão articulatória e fonatória e coordenação motora.
•Prosódia: ritmo e velocidade da fala espontânea.
Iatrogenia
Se refere a qualquer alteração patológica causada a um paciente, sendo práticas evitáveis e não 
necessariamente intencionais, causados por efeitos adversos ou complicações decorrentes da prática de 
profissionais ou equipes de saúde ou de outros tratamentos.
Por omissão: quando os profissionais atribuem as queixas da pessoa idosa ao próprio processo de 
envelhecimento e deixam de cuidar de condições tratáveis.
Por excesso: quando se pretende tratar todos os problemas de uma só vez. 
Fatores de risco:
• Idade avançada
• Número de comorbidades
• Complexidade das patologias
• Uso de múltiplos medicamentos
• Tempo de internação
• Gravidade da doença no momento da internação
• Limitações cognitivas e funcionais
Principais situações que podem envolver a 
iatrogenia em idosos
Iatrofarmacogenia — relacionada ao uso de medicamentos, à polifarmácia, à interação medicamentosa e ao desconhecimento das alterações 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas associadas ao envelhecimento;
Internação hospitalar — traz riscos de declínio funcional, subnutrição, imobilidade, lesão por pressão e infecção hospitalar;
Iatrogenia da palavra — associada à comunicação de más notícias;
Iatrogenia do silêncio — dificuldade de ouvir adequadamente o paciente e sua família;
Subdiagnóstico — tendência a atribuir as queixas do idoso à idade;
Cascata propedêutica — solicitação de exames de forma desnecessária, extensiva e sem justificativa ou indicação precisa;
Distanásia — prolongamento artificial da vida sem perspectiva de reversibilidade, com sofrimento para o paciente e sua família;
Prescrição de intervenções fúteis e/ou sem comprovação científica — impõe ao idoso o risco desnecessário;
Iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras — excesso de “equipe interdisciplinar”.
Tríade iatrogênica: 
caracterizada como a 
prescrição de, pelo menos, 
um medicamento 
potencialmente inapropriado 
e polifarmácia > a presença 
de possíveis interações e as 
reações adversas associadas 
ao uso de medicamentos.
enalapril e 
metformina —
risco aumentado 
de hipoglicemia; ácido acetilsalicílico 
(AAS) e enalapril —
diminuição da 
eficácia do anti-
hipertensivo;
hidroclorotiazida e 
AAS — diminuição 
da eficácia do 
diurético e possível 
nefrotoxicidade;
enalapril e 
furosemida —
hipotensão 
postural;
cálcio x 
hidroclorotiazida —
risco aumentado 
de hipercalcemia;
digoxina e 
omeprazol —
toxicidade 
digitálica;
amitriptilina e 
ibuprofeno — risco 
aumentado de 
sangramento;
alprazolam e 
omeprazol —
toxicidade 
benzodiazepínica;
diclofenaco e 
ibuprofeno — risco 
de hemorragia.
Insuficiência familiar
O baixo suporte social da família gera prejuízo na 
interdependência, nas relações afetivas e no bem-estar 
físico e psicológico do idoso.
O processo psicossocial de construção complexa 
fundado na conexão familiar prejudicada e no seu 
baixo apoio social caracteriza a insuficiência familiar.
A composição e o risco psicossocial familiar devem ser 
investigados:
• indicadores de violência domiciliar, abuso e maus-tratos contra a 
pessoa idosa, bem como lesões corporais; 
• negligência com a higiene pessoal ou com os cuidados em saúde; 
• discordâncias entre a história do paciente e a do cuidador; 
• internações frequentes por não adesão ao tratamento de doenças 
crônicas; 
• ausência do familiar na consulta ou recusa à visita domiciliar.
• Instrumentos também podem auxiliar na avaliação da funcionalidade 
familiar:
APGAR DOMÍNIOS DESCRIÇÃO
Adaptation Adaptação
Recursos familiares oferecidos quando se faz necessária 
a assistência
Partnership Companheirismo
Reciprocidade nas comunicações familiares e na solução 
de problemas
Growth Desenvolvimento
Disponibilidade da família para mudanças de papéis e 
desenvolvimento emocional
Affection Afetividade Intimidade e interações emocionais no contexto familiar
Resolve Capacidade resolutiva
Decisão, determinação ou resolutividade em uma 
unidade familiar
Insuficiência nutricional
O processo de envelhecimento 
é acompanhado por diversas 
alterações, como o aumento
progressivo na deposição da 
gordura corporal e sua 
redistribuição, com uma 
diminuição na região dos 
membros e um maior acúmulo 
na região abdominal. Em geral, 
essa deposição ocorre de forma 
mais precoce nos homens, 
provavelmente por volta da 
meia-idade, e mais tardia nas 
mulheres, devido à 
menopausa.
Embora a obesidade seja um 
agravo nutricional associado à 
alta incidência de doenças 
crônicas nos idosos, a 
desnutrição é a maior 
associação com a incapacidade 
funcional, o aumento no 
número de internações, a 
redução da qualidade de vida, a 
maior suscetibilidade às 
infecções e, consequentemente, 
o aumento da mortalidade.
A insuficiência nutricional 
trata-se da dieta 
desbalanceada, insuficiente ou 
excessiva, de absorção ou uso 
precário dos medicamentos. 
Não necessariamente o 
aumento de peso signifique 
boa nutrição, já que boa parte 
dos idosos obesos apresenta 
desnutrição.
Fatores de risco:
• presença de doenças crônicas (obesidade, distúrbios tireoidianos, hipertensão 
arterial, diabetes mellitus); 
• alcoolismo; 
• mudanças sensoriais, principalmente relacionadas com a incapacidade 
comunicativa; 
• dor;
• uso de medicamentos (antidepressivos, broncodilatadores, anti-hipertensivos);
• problemas de mastigação;
• questões socioeconômicas;
• morar sozinho;
• dificuldade de transporte;
• incapacidade cognitiva, principalmente demências e depressão.
Instrumentos de avaliação
Índice de massa corporal (IMC) — cálculo referente à razão entre o peso e a altura ao 
quadrado (peso/altura2). Os valores normais estão entre 22 e 27kg/m2, sendo abaixo de 
22kg/m2 sugestivo de desnutrição e acima de 27kg/m2, obesidade;
Exames laboratoriais — principalmente hemograma completo, ureia, creatinina, 
albumina, glicose e eletrólitos;
Miniavaliação nutricional (MAN) — avaliação nutricional indicada para pacientes com 65 
anos ou mais. Abrange avaliação antropométrica, global, dietética e autoavaliação. Os 
escores com valores maiores ou iguais a 24 indicam bom estado nutricional, entre 17 e 
23,5 apontam risco nutricional, e desnutrição quando menores que 17.
Insônia
Os requisitos e os padrões de 
sono mudam ao longo da vida, 
mas problemas do sono em 
idosos não fazem parte 
normal do envelhecimento. 
Atualmente, não existe umpadrão-ouro para a 
quantidade de sono normal 
no idoso, mas tem como base 
a percepção do paciente e o 
impacto no status funcional.
Perda da efetividade da 
regulação circadiana > no 
processo de envelhecimento, 
acontecem modificações 
típicas no padrão de sono: a 
quantidade de tempo nos 
estágios mais profundos do 
sono diminui e há um 
aumento de despertares 
durante o sono e na 
quantidade de tempo total 
acordado durante a noite.
Distúrbio na quantidade e na 
qualidade do sono que 
prejudica o funcionamento 
normal de uma pessoa.
Classificação da insônia
Quanto:
• à duração — transitória ou aguda, presente em algumas noites e associada a 
circunstâncias adversas da vida e ao estresse; de curta duração, que pode 
persistir por tempo inferior a três semanas; crônica, também chamada de longo 
prazo, cuja duração pode ultrapassar três semanas; ou intermitente associada a 
distúrbios psiquiátricos, como distúrbios de ansiedade;
• ao tipo — insônia inicial (dificuldade em iniciar o sono), insônia de manutenção 
(interrupções do sono com vários despertares durante a noite) e insônia de final 
de noite (acorda muito antes do horário de despertar e não consegue dormir 
mais, apesar da insistência);
• às causas — psicofisiológica, que pode ocorrer por fatores predisponentes, 
precipitantes e perpetuantes.
Os principais distúrbios 
do sono no idoso são 
sonolência excessiva 
(hipersonia), 
dificuldade em iniciar 
ou manter o sono 
(insônia) e 
comportamentos 
estranhos ou não 
comuns durante o sono 
(parassonias).
Fatores de risco que interferem na qualidade do sono no idoso:
• gênero (sexo feminino); 
• doenças articulares; 
• noctúria; 
• incontinência urinária; 
• dor; 
• hábitos e ambiente de sono;
• menopausa e pós-menopausa;
• medicamentos;
• falta de exercícios físicos;
• estresse;
• falta de engajamento social;
• distúrbios do sono (síndrome das pernas inquietas e problemas respiratórios);
• falta de luz solar;
• hospitalização;
• alterações no ambiente do sono;
• estressores psicossociais agudos ou recorrentes.
Instrumentos de avaliação
• Polissonografia
• Diário/Automonitoramento
do sono
• Controle de estímulos ou
Terapia de restrição do sono
• Atividade física aeróbica

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