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Planejamento de Pesquisa

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Planejamento de pesquisa
Monise da Silva Nascimento
Descrição
Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de
pesquisa, com os elementos necessários à sua elaboração. Estratégias
para revisão bibliográfica e para a construção escrita de um
embasamento teórico na apresentação da pesquisa. Regras gerais para
formatação de trabalhos e normas técnicas.
Propósito
Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa científica,
refletindo sobre os conceitos, elementos e as normas fundamentais
para a realização e apresentação de projetos e demais trabalhos
acadêmicos de pesquisa.
Objetivos
Módulo 1
Os elementos constitutivos do projeto de
pesquisa
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Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais.
Módulo 2
O embasamento teórico da pesquisa
Aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico
coerente no trabalho de pesquisa.
Módulo 3
O trabalho acadêmico e suas normas
técnicas
Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao
elaborar um trabalho acadêmico.
Introdução
Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a
pesquisa. Para muitos, a produção de TCC, artigos, monografias,
entre outros, é um momento árduo e de instabilidade durante um
curso de graduação. Muitas vezes, a dificuldade aparece porque
não se tem familiaridade com a prática investigativa sistemática.
É preciso conceber o ato de pesquisar como um processo
presente em toda a sua trajetória pessoal, profissional e
acadêmica.
Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar
hipóteses. Formulamos perguntas, investigamos a partir de
dúvidas, lançamos mão de diferentes procedimentos com a
finalidade de encontrar respostas, descobrir fenômenos e fatos.
Porém, essas pesquisas do nosso cotidiano, muitas vezes, nem

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são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma
consciente. É uma prática mais genérica, um ato de pesquisar de
maneira menos organizada.
A formalização da pesquisa em um ambiente acadêmico também
se alimenta de perguntas, dúvidas, hipóteses etc. Porém, precisa
ter caráter científico, com sistematização das informações e
aplicação de metodologias próprias.
Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo
da sua vivência cotidiana, sem contextualização, normas ou
embasamento teórico. Você acha que ela teria rigor acadêmico e
poderia apresentar resultados mais sistematizados? É provável
que sua resposta seja não. Por quê? O que falta e o que
diferencia a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns
aspectos ao longo da exploração deste tema.
Compreender-se como um sujeito capaz de produzir pesquisa é
condição que o destaca e o aproxima da prática investigativa,
rompendo com a ideia que se construiu culturalmente de que
para fazer pesquisa é preciso estar em um laboratório, vestir
jaleco branco e demais estilos clássicos.
O que, então, o define como um pesquisador, como um produtor
de conhecimento? Além dos aspectos já citados, é preciso
evidenciar a intencionalidade, a busca de procedimentos, normas
e fundamentações teóricas que possam organizar a sua
pesquisa, atribuindo caráter acadêmico e científico, validando
seus dados e, possivelmente, contribuindo para pesquisas
futuras.
Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o
contato mais direto com o ato de pesquisar de modo planejado.
Desde os primeiros períodos, você se prepara para, ao final,
lançar mão de normas, embasamentos teóricos e técnicas em
favor de um objeto de pesquisa.
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1 - Os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever projeto de pesquisa e seus elementos
fundamentais.
Pesquisa e ciência
Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, você
pode se deparar com questionamentos do tipo:

Como iniciar?

O que é uma pesquisa?

Quais são os passos para se desenvolver pesquisa?
O ato de pesquisar não se limita aos cientistas. A pesquisa, a dúvida e a
necessidade de se buscar respostas para questões realmente
relevantes são incorporadas ao nosso dia a dia.
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A pesquisa cientí�ca é um processo racional e planejado,
que se organiza por meio de metodologias próprias e se
ancora na literatura disponível sobre o fenômeno que se
quer pesquisar.
A pesquisa é o centro da prática científica, visando responder a
perguntas ou problemas propostos. Ela se torna uma indicação quando
não se encontra informações suficientes ou conclusivas na literatura
sobre o problema proposto e observado.
Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder ao fato
pesquisado e verificar uma hipótese, bem como sua articulação com
outros fatos e hipóteses. Dessa maneira, o conhecimento é produzido e
compartilhado nas escolas e universidades.
Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento produzido
sempre buscando sair dos extremos:
Citação completa de Demo
“Pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade.
Partimos do pressuposto de que a realidade não se desvenda na
superfície. Não é o que aparenta à primeira vista. Ademais, nossos
esquemas explicativos nunca esgotam a realidade, porque esta é
mais exuberante que aqueles.
A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na
realidade, equivalendo isto a aceitar que a pesquisa é um processo
interminável, intrinsecamente processual. É: um fenômeno de
aproximações sucessivas e nunca esgotado, não uma situação
definitiva, diante da qual já não haveria o que descobrir.”
(DEMO, 1985, p. 23)
Dogmatismo indiscutível
O conhecimento precisa
ser dialogado sempre.
Relativismo
Torna tudo mais
subjetivo e
inconclusivo.
É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa se
articular com problemas reais que nos afetam, lançando luz sobre sua
utilidade e relação com a vida prática. A separação entre teoria e prática

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não é possível no contexto da pesquisa, pois uma se faz com a outra,
em uma profunda relação de complementaridade.
O profissional que não possui o hábito de pesquisar corre o risco de ir
separando gradativamente a teoria da prática em sua vida, até um ponto
em que ele não observa mais sua complementaridade. A pesquisa é um
elemento-chave necessário ao profissional para sua constante
formação e aperfeiçoamento.
Dica
Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão sobre o
assunto e, de maneira organizada, elaborar um projeto de pesquisa.
O projeto de pesquisa
Para realizar uma investigação sistemática, são necessários elaboração,
definição de objetivos, recorte e metodologias adotadas para responder
às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são organizados em
um projeto, que é um importante processo de reflexão do autor sobre o
que se pretende investigar.
Um projeto de pesquisa bem escrito pode eliminar problemas futuros de
insegurança e transtornos para finalizar o trabalho e dar ao pesquisador
mais clareza e segurança sobre a realidade da qual quer buscar
compreensão.
Fazemos um projeto de pesquisa
para mapear um caminho a ser
seguido durante a investigação.
Buscamos, assim, evitar muitos
imprevistos no decorrer da pesquisa
que poderiam até inviabilizar a sua
realização. Outro papel importante é
esclarecer para o próprio
investigador os rumos do estudo (o
que pesquisar, como, por quanto
tempo etc.).
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(MINAYO, 2009, p. 35)
A elaboração do projeto é, também, uma maneira de transmitir à
comunidade científica os seus propósitos e fazer com que eles sejam
aceitos e discutidos. Em outras palavras, a concretização do
planejamento da pesquisa ocorre por meio da escrita do projeto.
A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos de
graduação, como etapa necessária ao planejamento da pesquisa de
conclusão de curso. Para fins de acesso a cursos de pós-graduação, o
projeto de pesquisa pode ser, inclusive, uma etapa de seleção, de modo
que o aluno ingresse no curso já com a pesquisa em fase de
planejamento. Em outros momentos, o projeto pode ser apresentado
para buscar financiamento que viabilize a investigação.
Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho para se
conseguir desenvolver bem seu trabalho. Um exemplo de roteiro seria:
1. Você sabe o que seria necessário incluir no projeto?
2. O que é preciso comunicar?
3. Como comunicar suas intenções de pesquisa de maneira clara e
coerente?
4. Quais seriam os elementos necessários ao projeto?
Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a
elaboração do projeto, alguns elementos são definidos como
primordiais. A seguir, refletiremos sobre cada item que precisa estar
presente nesse roteiro da pesquisa.
De�nição do tema e formulação do
problema
O tema é a área de interesse da pesquisa. É fundamental que o autor
tenha um pouco de familiaridade com essa área para que isso lhe dê
motivação. Para definir bem o tema, o pesquisador deve verificar quais
são as considerações teóricas já feitas a respeito do assunto e
identificar sua relevância.
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Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve
pesquisar naquela área, pois o tema em si mesmo é um caminho em
aberto, com uma perspectiva ampla da pesquisa, e precisa de um
recorte para direcionamento. Por exemplo: se o tema da sua pesquisa
for “Alfabetização e letramento”, você já definiu a área onde se pretende
atuar, mas faltam algumas respostas.
1. O que deseja saber?
2. O que é alfabetização e o que é letramento?
3. Alfabetização de adultos ou crianças?
4. Sua investigação é sobre métodos aplicados nesse processo?
5. Seria alfabetização e letramento apenas em língua portuguesa ou
em outras áreas de conhecimento?
A pesquisa pode seguir muitas direções de investigação, o que precisa
ser pontuado no seu projeto. Minayo (2009) sinaliza que as indagações
feitas acerca do que se quer saber sobre o tema é que acabam por
definir o objeto ou problema de pesquisa, estabelecendo um recorte, em
sentido mais restrito que o tema propriamente dito. Logo, a
problematização é um aprofundamento do tema.
Confira o esquema a seguir:
Alfabetização e letramento.
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Como observado no esquema, o tema apresenta muitos recortes
possíveis. É a definição do problema que restringe o campo de pesquisa,
indicando a direção e evitando desvios do seu foco. Muitas vezes, um
pesquisador se atém ao tema, mas perde de vista o seu problema de
pesquisa. Você precisa escrever e pesquisar aquilo que, dentro do seu
tema, possui relação com o problema proposto.
No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de pesquisa)
possíveis dentro do tema “Alfabetização e letramento”. A partir desses
três recortes, abrem-se duas possibilidades (ou mais) de investigação
em cada. É preciso ter clareza desse percurso para fazer a
problematização, direcionando o olhar para aquilo que, de fato, é
pertinente para o desenvolvimento do seu trabalho.
Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema de
pesquisa a partir de uma pergunta. Inclusive, a elaboração de perguntas
é uma importante estratégia interna em todas as etapas da sua
pesquisa.
A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e deve,
ainda, ser clara, com resposta viável e uma dimensão possível de
pesquisa. Na perspectiva do exemplo, a formulação do problema
poderia ocorrer a partir da pergunta: O currículo da Rede Municipal de
Educação do Rio de Janeiro – anos iniciais do Ensino Fundamental –
favorece a prática do letramento matemático? Observe que o
direcionamento foi todo encaminhado na pergunta: a área de
conhecimento, o tema, a etapa escolar que se quer pesquisar, a
abrangência da pesquisa e a dúvida em si.
Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto de
algumas indagações do autor:
É um problema original? É relevante? É adequado para
mim? Tenho reais possibilidades para realizar este
estudo? Precisarei de recursos financeiros? O tempo
que tenho disponível é suficiente para esta pesquisa?
Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar uma
série de fatores que se apresentam durante a execução da pesquisa,
auxiliando no processo de delimitação do problema.
Resumindo
A definição do tema e a formulação do problema de pesquisa são
profundamente articuladas e complementares. Elas comunicam
diretamente o que se quer investigar. Quando se elabora uma pergunta
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de pesquisa, é comum já ter hipóteses sobre ela, o que nos leva à
formulação da próxima etapa da pesquisa.
Formulação de hipótese
Você já passou por alguma situação em que tinha uma dúvida sobre
como proceder em algum aspecto, mas com possibilidades de
resolução já encaminhadas? Como fez para escolher a solução?
Possivelmente, você testou ou pesquisou qual seria a melhor
alternativa.
Na pesquisa científica, quando se elabora um problema de pesquisa,
formula-se também uma ou mais hipóteses, que são soluções possíveis
e testáveis para o seu problema. Quanto mais conhecemos o tema e o
problema de pesquisa, mais possibilidades de hipóteses ele tem
condições de apresentar.
Atenção!
Foi mencionado que o problema de pesquisa precisa ser algo viável,
solucionável. Nesse contexto, a hipótese seria uma possibilidade de
solução, ancorada nas reflexões já encaminhadas sobre o tema e
problema.
Segundo Gil (2002), as hipóteses podem surgir de diferentes fontes:
Observação
Resultados de outras pesquisas
Teorias
Intuição
A hipótese deve ser organizada a partir de um enunciado claro, pautada
em um referencial teórico, com linguagem explicativa. Ao final da
pesquisa, sua hipótese poderá ser rejeitada ou comprovada, de maneira
que o problema de pesquisa possa apresentar solução. Caso a hipótese
não seja de possível verificação, consequentemente, o problema de
pesquisa não terá solução conclusiva. Nesse caso, a hipótese poderá
ser reformulada ou substituída por outra.
A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e criativo,
pois visa responder algo que ainda ninguém respondeu, o que supõe o
pensamento inovador. Todo o desenho do trabalho está ancorado na
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confirmação ou não da hipótese inicial. Nesse cenário, a hipótese se
articula ao objetivo da pesquisa.
De�nição de objetivos
Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são
desenhados, você deve ter em mente a pergunta: esta pesquisa se
desenvolve para quê?
Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já definidos, o
autor da pesquisa precisa se ocupar em definir objetivos claros,
articulados ao todo e que representem a finalidade do trabalho.
Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que
indiquem a ação, a meta da pesquisa. Por exemplo: analisar, produzir,
realizar, comparar etc. É indispensável queos seus objetivos sejam
possíveis de atingir. A organização dos objetivos no trabalho deve ser
dividida em duas dimensões:
Objetivo geral
Em sentido amplo, você
deverá definir um
objetivo geral, que “diz
respeito ao
conhecimento que o
estudo proporcionará
em relação ao objeto”
(MINAYO, 2009, p. 45),
tornando-se um tipo de
resultado intelectual
articulado à hipótese
inicial. O objetivo geral é
de longo alcance,
correspondendo a uma
ação mais ampla.
Exemplo: Analisar as
práticas de
alfabetização e
letramento matemático
nas turmas de anos
Objetivo especí�co
Em sentido mais
restrito, esses objetivos
consistem no
desdobramento das
ações necessárias para
se atingir o objetivo
geral. É como se
fossem os degraus de
uma escada. O
pesquisador deve,
considerando o objetivo
geral, localizar e cumprir
cada pequena ação que
colabore para o
atingimento do objetivo
mais amplo. São ações
de curto alcance e
devem estar articuladas
umas com as outras.
Exemplo: Investigar os
currículos de

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iniciais da Rede
Municipal de Educação.
Matemática da Rede
Municipal de Educação;
comparar as práticas de
letramento matemático,
a partir do referencial
teórico, com o currículo
da Rede Municipal de
ensino; entre outros.
A partir dos objetivos, são definidos os métodos e instrumentos, de
maneira que o caminho metodológico viabilize a execução de cada
objetivo.
Justi�cativa
Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou comprando a ideia,
reconhecendo a relevância da investigação lida? Por que será que isso
aconteceu? Faça uma breve reflexão acerca dos itens que o autor
descreveu, que o encantaram e despertaram seu interesse para a
investigação do tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos
muito coerentes e que fizeram sentido na sua prática profissional, de
modo que você, de fato, conseguiu articular e incorporar à sua vivência a
necessidade daquela pesquisa.
Considerando que um projeto de pesquisa apresente o planejamento e a
sistematização inicial de uma investigação, é importante ter um espaço
destinado à justificativa, feita por meio de argumentos favoráveis que
apontem a necessidade da sua pesquisa. É esperado que, ao final da
leitura do seu projeto, o leitor esteja convencido sobre a necessidade de
pesquisar o tema ou problema proposto por você.
A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. As
seguintes perguntas norteadoras podem auxiliar na construção desse
item:
1. Por que pesquisar esse tema?
2. O que justifica essa escolha?
3. Quais são os benefícios que esse estudo irá apresentar
futuramente?
4. Quais são os motivos que me levam a pesquisar?
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A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa dos
pontos de vista prático e conceitual .Os argumentos empregados devem
se ancorar em relevância técnica, social e científica. Minayo (2009)
esclarece que a justificativa deve possuir argumentos que:
1. Evidenciem as lacunas no nível de conhecimento desenvolvido na
temática proposta.
2. Apresentem potencial para ampliar os conhecimentos na área.
3. Mostrem a relevância do problema, do ponto de vista social e de
promessas de avanço metodológico.
Pontos de vista prático e conceitual
A justificativa de ordem prática é a descrição da relevância da pesquisa para a
modificação da sua prática, ancorada em demandas sociais.
A justificativa de ordem pessoal é a que ajudou a definir aquele problema e faz
uma breve argumentação do impacto da pesquisa na trajetória profissional e
biográfica do pesquisador.
Metodologia
Imagine que você já definiu tema, problema, hipótese e objetivos, bem
como organizou todos os argumentos que justificam a sua pesquisa.
Agora você deve se perguntar: como vou encaminhar a pesquisa? Que
caminhos vou seguir?
Quais serão os procedimentos adotados?
Essa deve ser uma interrogação permanente.
Leia o conceito de metodologia, por Demo:
Metodologia é uma preocupação
instrumental. Trata das formas de
se fazer ciência. Cuida dos
procedimentos, das ferramentas,
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/00873/index.html?brand=wyden# 13/50
dos caminhos. A finalidade da
ciência é tratar a realidade teórica e
praticamente. Para atingirmos tal
finalidade, colocam-se vários
caminhos. Disto trata a
metodologia.
(DEMO, 1985, p. 19)
Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer até que
sua pesquisa atinja os objetivos propostos. Para tal, o pesquisador deve
fazer uso de métodos e técnicas, bem como articular seus
procedimentos com concepções teóricas, aproximando-as da prática.
Não se pretende propor uma série de técnicas desprovidas de
sustentação teórica, da mesma forma que não deve ser puramente
teoria, sem desenhá-la de maneira clara e coerente a serviço dos
desafios encontrados na prática.
Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar que o
pensamento criativo é um pilar. Flexibilizar, observar caminhos
alternativos e reconstruir são tarefas que enriquecem a pesquisa, desde
que caminhem ao encontro dos objetivos traçados.
É importante você ter em mente que o método é o conjunto de
atividades racionais e sistemáticas que visam ao alcance do objetivo da
pesquisa. As técnicas são procedimentos que operacionalizam os
métodos a partir de instrumentos adequados. Nesse contexto, é preciso
definir métodos e técnicas adequados para cada objetivo de pesquisa: o
tipo de pesquisa que irá desenvolver, o campo de observação, os
procedimentos de coleta de dados.
Atenção!
Existem procedimentos que são recorrentes e pertinentes para
determinados tipos de pesquisa, enquanto em outros tipos não se
enquadrariam tão bem.
Exemplo: É comum adotar o estudo de caso ou a pesquisa bibliográfica
em estudos exploratórios, pois se busca levantar dados sobre grupos ou
sujeitos. Porém, você deve ser criativo e inovar, sempre justificando suas
escolhas dos pontos de vista teórico e prático. Nessa perspectiva,
desde que de modo bem fundamentado, você pode e deve colocar os
procedimentos técnicos disponíveis a serviço da sua pesquisa. Lembre-
se de que eles existem para auxiliar a realização de seu trabalho.
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Adoção da metodologia ideal
No vídeo a seguir, a professora Monise aborda os principais aspectos da
metodologia de pesquisa:
Cronograma e execução
Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai adotar
para fazer a sua pesquisa, é preciso pensar em um importante recurso:
o tempo. É a perspectiva do “quando”.
O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada etapa da
pesquisa, inclusive, considerando que algumas ações podem ser
realizadas simultaneamente. Geralmente, a escrita desse item aparece
em forma de quadro ou tabela, indicando cada tarefa a ser realizada nas
linhas e o tempo para a sua execução ao lado, na coluna
correspondente.
Dica
É importante que o pesquisador:
Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso ajuda a
antecipar dificuldades e facilidades, trabalhar com prazos e ter
compreensão de todas as tarefas articuladas, em uma perspectiva
geral de dependência entre elas.
Pense em questões como o orçamento da pesquisa (caso o projeto
seja apresentado para pleitear um financiamento).
Inclua no projeto as referências, contendo as fontes relativas às
obras citadas, e tenha uma parte do planejamento dedicada ao seu
embasamento teórico, contextualizando o tema e realizando uma

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revisão bibliográfica – assuntoque será detalhado no próximo
módulo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Já sabemos da importância de um projeto de pesquisa bem
elaborado, a fim de que o processo e o resultado da pesquisa sejam
efetivados. Por isso, é fundamental compreender bem seu conceito.
Assinale a opção que apresenta a definição de um projeto de
pesquisa:
A
É a etapa de planejamento não sistemática, que
compreende uma reflexão particular do pesquisador
para, somente depois, iniciar a escrita de sua
investigação.
B
É a materialização do planejamento da sua
pesquisa, que possui a indicação de dois elementos:
o tema e os autores que irão compor o
embasamento teórico.
C
É a concretização do planejamento da pesquisa,
feito para mapear o caminho a ser percorrido
durante a investigação.
D
É um documento apresentado apenas quando se
busca financiamento para uma pesquisa.
E
Também chamado de Delimitação do Tema, seu
objetivo é ter clareza específica sobre o objeto da
pesquisa, sem analisar outros elementos do
planejamento.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com Demo (1985), o projeto de pesquisa é feito para
mapear o caminho a ser seguido. É o instrumento de planejamento
da pesquisa. As demais opções de resposta apresentam outras
fases ou características da pesquisa.
Questão 2
Considere a seguinte situação: um pesquisador, ao estabelecer seu
tema para investigação, começou a se fazer indagações para definir
um recorte dentro do tema, pois ainda seria muito abrangente.
Nessa perspectiva, o autor começou a fazer um aprofundamento do
assunto até chegar a uma questão a ser investigada, o que
restringiu e direcionou melhor o campo de pesquisa. A situação
vivenciada pelo pesquisador corresponde a que elemento do
projeto de pesquisa?
Parabéns! A alternativa B está correta.
O processo que delimita o campo de investigação e estabelece um
recorte do tema é o exposto na letra B: delimitação do problema. É
nessa etapa que se aprofunda o tema e se elabora a questão da
pesquisa.
A Definição de objetivos
B Delimitação do problema
C Escolha da metodologia
D Definição da justificativa
E Levantamento bibliográfico
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2 - O embasamento teórico da pesquisa
Ao �nal deste módulo, você será capaz de aplicar estratégias para a construção de um
embasamento teórico coerente no trabalho de pesquisa.
Premissa
No módulo anterior, descrevemos alguns elementos básicos que você
precisa definir ao fazer uma pesquisa. É importante que esses
elementos estejam articulados de maneira coerente com a perspectiva
teórica que você vai adotar para encaminhar seu trabalho. É necessário
buscar o conhecimento já produzido sobre o seu tema e lançar luz sobre
as questões que colaboram para a compreensão do seu problema.
A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, mas é
preciso evidenciar a relação profunda de complementaridade entre eles.
A perspectiva teórica pode ser entendida como o fio condutor, a linha
que costura todos os elementos do projeto de modo coerente. Assim,
você lança mão de justificativas teóricas sempre que pertinentes,
valoriza e demonstra conhecimento sobre o seu tema e revela quais são
as lacunas na teoria que sugere e justifica sua pesquisa.
Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para expor seu
referencial teórico, as citações e ideias dos autores de referência na
área podem estar presentes em todo o seu projeto, desde a introdução
até as suas considerações finais.
Comentário
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Neste módulo, você irá refletir sobre como organizar o levantamento
bibliográfico e o embasamento teórico no projeto de pesquisa, o que
possibilitará um diálogo lógico e bem fundamentado entre a teoria e a
realidade que se busca entender.
Teoria
Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando de
levantamento bibliográfico e embasamento teórico. É possível
encontrar termos como “revisão bibliográfica” (MINAYO, 2009), “revisão
de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da arte” (GERHARDT;
SILVEIRA, 2009), entre outros.
Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica comum:
buscar as bases teóricas e conceituais que sejam compatíveis com o
problema de pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida ao longo
do trabalho.
O levantamento bibliográfico é o caminho para se ter
um bom embasamento teórico.
Minayo (2009, p. 16) define teoria como “conhecimentos que foram
construídos cientificamente sobre determinado assunto, por outros
estudiosos que o abordaram antes de nós e lançam luz sobre a nossa
pesquisa”.
Para que seu projeto tenha um bom embasamento teórico, é importante
fazer uma revisão bibliográfica para mapear tudo o que já foi ponderado
por outros autores e esteja diretamente relacionado ao seu problema,
evitando um discurso muito floreado, que visa apenas ao volume de
informações, porém, desconectadas entre si. Nisto consiste o trabalho:
conseguir evidenciar o que, de fato, é relevante para o seu problema de
pesquisa, no meio de tudo que já foi produzido.
Minayo (2009) afirma que a teoria cumpre algumas funções relevantes:
Colabora para evidenciar o objeto de investigação
Ajuda a delimitar o problema e suas hipóteses de maneira mais eficaz
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Possibilita organização dos dados
Conduz a análise dos dados
A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho surge
antes mesmo da sua escrita e se estende até a leitura dos seus dados.
Ela passa a ser o eixo em que todos os itens do projeto deverão estar
organizados.
Existem as grandes teorias, desenvolvidas por autores clássicos e que
compreendem um conjunto de ideias articuladas que, muitas vezes,
revolucionam o modo de pensar em determinado contexto histórico.
Essas grandes teorias são chamadas de fontes primárias.
Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento
inspirado nas grandes teorias, problematizando-as e colaborando com
novos olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa, tenha em mente que
o conhecimento científico não é dogmático. Ao contrário, ele passa por
mudanças ao longo dos anos e, ao fazer uma pesquisa, é necessário
que você esteja atento também ao que se produziu de novidade sobre o
seu tema nos últimos anos.
Ideias revolucionadoras
Por exemplo, a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin,
revolucionou a forma como alguns conceitos eram explorados, ainda no
século XIX.
Conhecimento cientí�co não é dogmático
É preciso compreender a ciência como um conhecimento dinâmico,
inacabado e passível de mudanças. Embora seja organizado e legítimo, o
conhecimento científico é, também, questionável e pode sofrer alterações
ao longo dos anos, mediante novos questionamentos.
Dica
Reflita sobre o seu problema de pesquisa considerando os autores
clássicos e os mais contemporâneos. Esteja atento à mudança na
perspectiva teórica que diz respeito ao seu tema ao longo dos anos.
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Teoria x Prática
Você já parou para pensar nas frases que ouvimos repetidamente:
“teoria é diferente da prática”, “isso é só na teoria”, entre outras, que
acabam por desvalorizar o ato de produzir conhecimento acadêmico
cientificamente?
Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não
conseguiram ainda enxergar a complementaridade entre teoria e prática
e como uma ocorre em função da outra. Se, por um lado,devemos
assumir que o conhecimento prático, cotidiano, é resultado de
interrogações teóricas anteriores; por outro, é preciso assumir, também,
que não se produz pesquisa e “teoria” sem um olhar prático.
A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a realidade.
Vamos entender isso:
Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse contexto
quando, a partir da metáfora da casa (BACHELARD, 2003), destaca que
é preciso ir aos porões das casas em que habitamos.
Reflexão de Veiga-Neto:
“Sem o acolhimento da casa e sem as memórias de que ela é a fonte
primeira, seríamos seres desenraizados; seres sem imaginação porque
sem história, e sem história porque sem memória. Mas, mesmo que
acolhidos pela casa, corremos sempre o risco de viver bloqueados, viver
no alheamento, isto é, alienados no mundo e do mundo.
Isso será assim se não soubermos ocupar toda a casa, se nos
mantivermos confinados apenas no espaço intermediário, nesse espaço
das experiências imediatas em que se desenrola o que chamamos de
vida concreta e de realidade. Se nos deixarmos prender nos andares
intermediários, sem habitar o sótão e o porão, perderemos boa parte de
nossa própria condição humana, pois, enquanto lá no sótão se dão as
experiências da imaginação e da sublimação, é lá no porão que estão as
raízes e a sustentação racional da própria casa”. (VEIGA-NETO, 2012. p.
269).
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Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde
acontecem as relações cotidianas (práticas).
O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que estão
nossos objetivos e sonhos.
Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a história. Nessa
perspectiva, aqui se entende o porão como o lugar onde se pode
compreender quem somos, por meio das memórias. Podemos, inclusive,
entender essas memórias como todas as contribuições dos autores que
chegaram antes de nós e refletiram sobre o tema que estamos a buscar
compreensão.
Agora, podemos nos perguntar:
1. De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular
bem a sua pesquisa?
2. No que consiste essa tarefa, se você considerar a elaboração do
seu projeto?
3. Como seriam os porões do seu problema de pesquisa?
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É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade que
você busca compreender e o sótão como a melhoria esperada por você,
profissional que busca formação para viabilizá-la.
Mas e os porões? Como você poderia buscar conhecer
onde finca os pés?
Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da casa”, corre
um grande risco de viver sujeito aos limites impostos pelos outros e
pelos seus próprios, o que, consequentemente, vai impossibilitar sua
“ida ao sótão”, os seus voos mais altos.
Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se deseja
e trabalha para construir, as práticas cotidianas e os aspectos teóricos,
as memórias. O profissional, para desenvolver uma postura
efetivamente coerente e promissora, precisa saber habitar todos os
níveis da “casa” em que está inserido. O contrário disso indica uma
postura limitada e conformada.
Construindo um bom embasamento
teórico
Agora que você refletiu sobre a relevância e relação de
complementaridade entre aspectos teóricos, práticos e a realidade que
se busca, exploraremos algumas maneiras de construir um
embasamento teórico de forma coerente.
É prudente considerar a reflexão teórica em duas perspectivas:
A primeira perspectiva seria a do primeiro contato com o tema,
para construir a revisão bibliográfica que possibilita iniciar a
organização do projeto, delimitando o problema, os objetivos e
as hipóteses.
Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um
levantamento bibliográfico para analisar quais foram as
considerações já feitas sobre o seu problema de pesquisa. Esse
levantamento consiste em consultar, nos diferentes bancos de
Primeira perspectiva: contato inicial 
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dados, o que já existe sobre determinado assunto. Considere
livros, artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de
pesquisa.
Esteja atento ao recorte temático. Um equívoco muito comum é
fazer um levantamento bibliográfico baseado somente no seu
tema, em uma perspectiva macro. Lembre-se de que, ao definir
um problema de pesquisa, você estabeleceu um recorte que
indica o que você quer analisar, dentro de um tema maior. Evite
informações irrelevantes para a sua pesquisa.
Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental
adotar uma estratégia de pesquisa. A partir daí, você terá mais
segurança para iniciar a escrita do seu projeto, pois será capaz
de elaborar, antecipar questões, criticar, formular. Seus
argumentos e suas ponderações serão pautados em autores de
referência, fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um
embasamento teórico coerente.
A primeira perspectiva seria a de organização desse referencial
teórico e a exposição das principais ideias e citações em uma
parte dedicada a isso no seu projeto.
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem
ser incorporados ao seu trabalho? É justo ressaltar que a
pesquisa bibliográfica não se resume a esse momento inicial de
contato com o tema e o problema de pesquisa. Ela passa a ser
uma ação recorrente e necessária ao bom encaminhamento do
seu trabalho. Ela é a base do processo investigativo. Portanto, é
preciso estar atento a tudo que está sendo publicado
relacionado à sua problemática.
Depois, é necessário considerar que os autores de referência não
estão limitados ao capítulo dedicado ao embasamento teórico.
Ao contrário, eles deverão ser a base que norteia o
estabelecimento das hipóteses, do problema, dos objetivos e do
trabalho como um todo. Porém, em seu projeto, você terá uma
parte dedicada à contextualização e à exposição teórica do
problema de pesquisa. A seguir, serão exploradas algumas
formas de organizar esse capítulo no trabalho.
Segunda perspectiva: organização do material teórico 

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Estratégias de pesquisa
No vídeo a seguir, iremos explorar as estratégias de pesquisa:
O que considerar ao escrever o seu
embasamento teórico?
Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o tema e o problema de
pesquisa, você deve se perguntar: por onde eu começo para registrar, no
projeto, todas as informações encontradas?
É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas possibilidades
de abordagem do seu tema, que você se sinta instigado a incluir tudo no
seu capítulo mais teórico. Também é possível você se perguntar o que
deve ser destacado no trabalho. O que, de tudo o que descobriu com a
pesquisa, é relevante para a sua questão?
Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as
informações obtidas. O filtro deverá ter critérios para cumprir sua tarefa,
que é selecionar informações. Como estabelecer esses critérios e
eleger o que serve inicialmente e o que deve ser guardado para um
momento posterior? Você pode pensar nesses critérios de filtragem
como o problema de pesquisa. Lembre-se de que, dentro do seu tema,
você estabeleceu um recorte para pesquisar de maneira mais focada
em determinada questão.
Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que
reforça e sustenta os seus argumentos. Esteja atento aos seguintes
fatores ao escrever:
Contextualização e pesquisa 
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Adote uma escrita com exposição linear dasideias. Você pode
fazer isso partindo de um contexto mais amplo (do seu tema
propriamente dito) para o mais específico (aquilo que compete
ao seu problema de pesquisa), ou pode fazer uma descrição das
principais contribuições dos autores de forma cronológica, por
exemplo.
É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre
como o seu tema é discutido em diversos países e, no segundo
momento, restringir para a discussão local do tema. Ou seja:
situe o leitor, torne evidente a organização lógica no seu texto.
Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com
seus argumentos em um parágrafo que sintetize a ideia. O texto
pode parecer confuso se você não demonstrar essa organização
das ideias. Escreva, espere um ou dois dias e leia o que
escreveu. Perceba se faz sentido, se falta informação ou se uma
argumentação é repetida desnecessariamente.
Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou
definição do problema de pesquisa. No capítulo de
embasamento teórico, você deve viabilizar a ampliação do
entendimento do leitor sobre o conceito que sustenta seu
argumento introdutório.
É fundamental demonstrar que os argumentos apresentados são
sustentados por outros autores. As citações valorizam o seu
trabalho e evidenciam questões relevantes.
Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada
tipo, existem normas específicas para incorporar a citação ao
seu texto.
O trecho a seguir exemplifica a citação direta recuada:
Criação de tópicos 
Aprofundamento de conceitos 
Referencial teórico com citações 
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Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor
tal como está na obra consultada, nas mesmas
palavras do autor. Elas devem ser incorporadas ao
corpo do texto, caso tenham menos de três linhas,
apenas separadas por aspas. Ou seguir o exemplo
destacado nestas linhas, caso seja uma citação
maior. Nesse caso, ela deverá ter uma letra menor,
um espaçamento simples e um recuo esquerdo de
4cm. Em ambos os casos, devem ser indicados o
autor, o ano e a página do trecho utilizado.
Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas
próprias palavras, no corpo do texto, indicando o nome do autor
e o ano de publicação da obra em que se encontra aquele
argumento.
Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é
porque você baseia seus argumentos em autores de referência
que seus próprios argumentos estão inibidos. A tarefa consiste
em “costurar” seus argumentos com os dos autores, que
validarão o que você está refletindo. É preciso articular suas
ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor com
outro autor. Tudo isso faz do seu trabalho um conteúdo autoral, é
a teia de relações entre assuntos que você estabeleceu, com o
seu olhar.
Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um
modo bem similar, mas cada um estabelece as relações com o
tema de um jeito particular. O embasamento teórico é
organizado a partir de seu ponto de vista. É preciso respeitar e
preservar as ponderações dos autores, tal como foram feitas,
evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é preciso
deixar a sua marca, comentar os posicionamentos dos autores,
complementar quando necessário, sempre de forma coerente.
Durante o processo de construção do embasamento teórico, é
fundamental estar atento ao plágio. Informe quem é o
responsável pelas ideias citadas por você. Respeite um limite
para fazer as citações. Elas reforçam seus argumentos e dão
Produção autoral 
Respeito aos direitos autorais 
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bases teóricas ao seu trabalho, mas o conteúdo maior deve ser
seu, elaborado em suas palavras.
Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra,
ocorrendo um atentado aos direitos do autor quanto à
integridade e à autoria de sua criação. Atualmente, com a
facilidade de acesso à informação, o plágio passou a ser uma
ação ainda mais recorrente. As buscas na internet constituem
um avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas
preservando a autoria de cada trabalho publicado.
Apresente um conteúdo original, contendo argumentos
desenhados por você, mesmo que inspirados em obras
anteriores, cite quais são essas obras. Dê os créditos ao autor da
ideia, ou da citação.
Após fazer todas as ponderações que julgar necessárias à
contextualização e abordagem do seu assunto, apresente o
estado da questão. Como, atualmente, a questão abordada em
sua pesquisa está sendo vista ou desenvolvida. Quais foram as
mudanças de perspectiva ao longo dos anos, que possibilitaram
a atual abordagem do tema. Evidencie em que momento e
complexidade encontra-se o seu recorte.
Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem
orientar a escrita do seu trabalho, mas não pretendem se concretizar em
um passo a passo demasiadamente hermético. Muitos são os
caminhos possíveis e as demandas de cada investigação. Porém,
considerando as questões anteriormente abordadas, sua pesquisa terá
melhor embasamento, reflexão e organização.
Todas as orientações feitas nos módulos 1 e 2 consistem em ações
necessárias ao planejamento da sua pesquisa, pontos a serem
destacados. Conceitualmente, esses elementos ajudam o pesquisador a
contemplar os requisitos básicos em uma investigação científica.
Entretanto, são necessárias aplicações de normas técnicas para a
apresentação do projeto.
Comentário
No próximo módulo, serão exploradas as normas que você precisa
adotar como padrão de organização gráfica e de informações no seu
projeto e nos demais trabalhos acadêmicos.
Apresentação do estado da questão 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Considere a seguinte situação:
Um pesquisador iniciou as consultas para a construção do
embasamento teórico de sua investigação. Ele foi até a biblioteca e
selecionou os principais autores clássicos que discorrem sobre o
seu problema de pesquisa. Com as obras selecionadas, conseguiu
montar um bom acervo. Ao iniciar a produção correspondente à
exposição de seu referencial teórico, ele escreveu os argumentos
de modo contextualizado, estabelecendo uma lógica entre as
informações apresentadas, com citações indicadas de maneira
pertinente, situando e envolvendo o leitor. Com isso, ele finalizou as
páginas mínimas solicitadas pelo orientador que, ao ler o texto,
indicou o acréscimo de informações ao capítulo, mesmo tendo
atingido o número mínimo de páginas proposto.
De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que pode ter
motivado o orientador a pedir a revisão do capítulo?
A
O orientador quer que ele inclua mais autores
clássicos, pois é preciso mapear todos, mesmo que
não possuam relação direta com o problema
estipulado, pois esses autores são fundamentais
em qualquer pesquisa acadêmica do tema.
B
O orientador não compreendeu bem seus
argumentos, por esse motivo o texto precisa ser
revisto.
C
O número de páginas pode ser ampliado, já que o
texto ficou tão bom.
O orientador pediu para revisar o capítulo porque o
aluno não apresentou o estado atual da questão
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Ao escrever a parte teórica da pesquisa, é fundamental demonstrar
conhecimento sobre os clássicos e as últimas produções sobre o
tema/problema. É indispensável apresentar o estado da questão,
como ela está sendo analisada no contexto atual. Muitos conceitos
sofrem mudanças na perspectiva de como são vistos ao longo dos
anos, por isso demonstrarque entende essa trajetória é condição
essencial.
Questão 2
No planejamento e na apresentação de uma pesquisa, o
embasamento teórico norteia a construção do(s) item(ns):
D investigada, como ela é vista pelos autores que
publicaram recentemente, mesmo que inspirados
nos clássicos.
E
O orientador esperava que o aluno tivesse mais
autonomia, dedicando-se mais a sua pesquisa e
assim apresentasse um conteúdo com quantidade
maior do que as páginas definidas como conteúdo
mínimo.
A
Capítulo dedicado à escrita do embasamento e ao
referencial teórico.
B
Deve fortalecer os argumentos apresentados na
justificativa, parte onde se destaca a relevância do
trabalho. Incluir argumentos teóricos aqui é
fundamental.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
O embasamento teórico norteia todo o trabalho, até as conclusões.
Existe também um espaço destinado especialmente ao
aprofundamento das questões teóricas relevantes para a pesquisa.
3 - O trabalho acadêmico e suas normas técnicas
C
Deve estar disposto como fio condutor de todo o
trabalho, sendo evidenciado, sempre que pertinente,
para justificar as escolhas, os recortes, a relevância
do tema até a análise dos dados. Encontra lugar
privilegiado na seção dedicada à exposição da
revisão bibliográfica e do embasamento teórico.
D
Tema. É por meio do embasamento teórico que se
define um tema; em um segundo momento, é feito
um aprofundamento do tema para delimitar o
problema, a questão a ser investigada.
E
Introdução e Considerações Finais. Pois ao longo do
trabalho deve aparecer apenas as ideias do aluno,
mostrando que seu trabalho é original e sem
influência externa.
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Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as normas técnicas que devem ser
consideradas ao elaborar um trabalho acadêmico.
As normas e a sociedade
A sociedade está organizada a partir de normas, que são
compartilhadas entre grupos e organizações sociais. As normas
influenciam a economia, no modo como são produzidos os alimentos, a
qualidade de produtos e serviços. Elas estão presentes no dia a dia mais
do que imaginamos e possuem a finalidade de organizar, garantir
qualidade, facilitar o acesso à informação, dentre outros benefícios.
As normas fazem parte da organização social. Quando surge a
necessidade de criação de uma norma, é porque um grupo, de algum
jeito, já percebeu que a ausência de diretrizes tende a dificultar a
execução de uma tarefa ou a produção de algo.
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui os
comitês técnicos responsáveis pela elaboração, aprovação e verificação
da relevância das diferentes normas que são utilizadas como padrão
para a realização de atividades nos diversos níveis da organização
social.
No contexto da produção de pesquisa e conhecimento,
a ABNT apresenta as normas para produção de
trabalhos acadêmicos dos diferentes tipos.
Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos de acordo
com normas técnicas? Geralmente segue a formatação recomendada
pela universidade? Se você já está familiarizado com tais práticas,
certamente compreende um pouco da relevância dessas normas.
Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são
consideradas algumas orientações que norteiam a formatação
padronizada das informações necessárias, seja no projeto, na
monografia, artigo, entre outros.
Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas imagine se
não houvesse norma e os trabalhos pudessem ser apresentados da
maneira que os pesquisadores quisessem!
Quais seriam as vantagens? Certamente, você pensa em flexibilidade,
autonomia de formatação, facilidade. Agora, pense sob uma nova ótica:
você já fez busca de trabalhos acadêmicos na internet, ou em uma
biblioteca? Como ocorreu essa busca? Você considerou palavras-
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chave? Categorização por áreas? Resumo? O que tornou possível o
acesso ao acervo desejado?
É possível que você tenha usado termos conhecidos como “palavras-
chave” para buscas na internet e consultado resumos de publicações
antes de fazer a leitura completa, entre outros procedimentos que
viabilizam a sua busca.
Se você consegue acessar determinado acervo bibliográfico de maneira
eficaz, é porque existem procedimentos de catalogação, o que facilita as
buscas e organização das publicações. Além disso, as normas técnicas
tendem a evitar o plágio e garantir a autoria das publicações ao
pesquisador. Por esses motivos, todos os trabalhos acadêmicos devem
se basear, em sua organização, pelas normas disponibilizadas pela
instituição e pela ABNT.
As normas formalizam a apresentação dos elementos constituintes do
seu projeto de pesquisa, monografia, artigo etc. Elas também
apresentam quais deverão ser as configurações gráficas da
apresentação (tamanho de fonte, espaçamento, margens, entre outras
configurações). Esse padrão de apresentação dos trabalhos é adotado
por diferentes instituições no Brasil. É importante ter familiaridade com
os procedimentos de formatação, adotando o padrão até mesmo em
trabalhos menores, pois garante organização e proximidade do autor
com procedimentos e normas.
Atenção!
Aqui apresentamos os procedimentos mais comuns e presentes na
maioria dos formatos de trabalhos acadêmicos. Mas você deverá ficar
atento também às orientações técnicas que receberá de seu curso ou
de sua instituição, que possuem liberdade de – obedecidas as normas
gerais – definir normas que marquem a especificidade da pesquisa por
eles determinada.
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Elementos básicos de um trabalho
acadêmico
A seguir, serão explorados os elementos básicos de todos os trabalhos
acadêmicos (monografias, dissertações, entre outros). Um trabalho
científico deve se apresentar organizado da seguinte forma:
1. Parte externa
2. Elementos pré-textuais
3. Elementos textuais
4. Elementos pós-textuais
Parte Externa
Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do documento,
contendo apenas dois elementos:
Deve conter as informações na seguinte ordem:
nome da instituição;
nome do autor;
título e subtítulo (se houver);
número do volume (se houver);
cidade e ano.
Consiste na apresentação inicial do trabalho. O texto deve estar
em negrito, letras maiúsculas e centralizado.
Capa 
Lombada 
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Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do
alto para baixo) as informações na seguinte ordem: nome do
autor, título do trabalho e informações numéricas, como volume
(se houver). As letras devem estar centralizadas e em negrito. A
lombada é indicada quando o trabalho é impresso para
encadernação.
Elementos pré-textuais
A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, que
devem estar posicionados anteriormente ao texto principal e oferecem
informações relevantes para a identificação e utilização do trabalho. Os
elementos são:
Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte
ordem: instituição, nome(s) do(s) autor(es); título e subtítulo (se
houver); número do volume (se houver); natureza da pesquisa e
aprovação ou grau pretendido com ela; nome do orientador,
coorientador (se houver); local (cidade) da entidade onde a
pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega.
Todas as informações devem estar centralizadas na página,
exceto a natureza da pesquisa, grau e aprovação pretendidos,
bem como nome do orientador. Essas informações devem estar
justificadasa partir do meio da página, ocupando o lado direito e
abaixo do título, conforme imagem abaixo. O verso da folha de
rosto conterá a ficha catalográfica, elemento que deverá ser
solicitado na biblioteca da instituição, após a finalização da
pesquisa.
Elemento opcional inserido após a conclusão da escrita do
trabalho, que visa citar possíveis erros que ocorreram, seguidos
de suas respectivas correções. Geralmente, indica-se número da
Folha de rosto 
Errata 
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folha, linha, local do erro e correção, por meio dos termos “onde
se lê…”, “leia-se…”.
Obrigatória apenas em teses e dissertações.
Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem
ou dedicar o trabalho a uma ou mais pessoas.
Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que
contribuíram para a sua trajetória durante a pesquisa. É
importante agradecer ao orientador e à banca (se houver).
Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao
encontro de sua pesquisa, indicando o nome do autor da frase
citada.
É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho:
objetivos, ideia central, perspectiva teórica, metodologia e
resultados obtidos. É orientado que o resumo seja uma
construção breve, por isso, geralmente, possui indicação de
quantidade de linhas ou palavras. É necessário ser direto e
destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as
palavras-chave (que resumem as ideias principais da pesquisa).
Folha de aprovação 
Dedicatória 
Agradecimentos 
Epígrafe 
Resumo 
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Consiste na versão do seu resumo em uma língua estrangeira
(geralmente em inglês). Em inglês: ABSTRACT, em espanhol:
RESUMEN, em francês: RÉSUMÉ, por exemplo. Obrigatório em
dissertações e teses.
Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações
contidas no trabalho de maneira sequencial e sua página
correspondente. Devem ser consideradas figuras, desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, entre
outros, podendo haver recomendação de lista separada para
cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome da
ilustração seguido da página em que se encontra. O título desse
item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da
página e em negrito.
Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das
tabelas apresentadas no texto. Deve conter cada item com seu
nome específico, seguido da indicação da página em que está
inserido. O título desse item deve estar em letras maiúsculas,
centralizado no início da página e em negrito.
Item opcional que consiste na apresentação em ordem
alfabética de todas as abreviaturas e siglas utilizadas no texto,
seguidas das expressões correspondentes. O título deste item
deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página
e em negrito.
Resumo em língua estrangeira 
Lista de ilustrações 
Lista de tabelas 
Lista de abreviatura 
Sumário 
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Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial
dos capítulos, seções e demais formas de subdividir o trabalho,
acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a
numeração e subdivisão propostas no corpo do texto, iniciando
pelos elementos textuais. Deve haver uma linha pontilhada que
ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a
figura a seguir:
Elementos textuais
Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa em si.
Sua organização é subdividida em três partes distintas: introdução,
desenvolvimento e conclusão. Esses elementos podem estar
organizados em capítulos, dependendo do formato e objetivo do
trabalho apresentado, e podem ter diversos títulos. Por exemplo, a parte
do desenvolvimento do trabalho pode ter um ou mais títulos criados,
com nomes que correspondam à pesquisa em sua abordagem.
Os títulos precisam ser numerados sequencialmente, com a numeração
correspondente à seção alinhada à esquerda, antecedendo o nome do
título, separados por espaço. Dessa forma, a página que inicia um
capítulo deve conter a numeração correspondente e o nome do título
alinhados à esquerda, em negrito. Em seguida, inicia-se a escrita do
capítulo e se discorre sobre ele. Havendo necessidade de subdivisões, a
numeração deverá ser adotada também, mas seguindo a ordem de
seção secundária (adotar 1.1. para a primeira subdivisão do capítulo 1;
1.2. para a segunda e assim por diante).
O texto introdutório deve conter alguns elementos que
apresentem sua pesquisa. É importante fazer uma breve
exposição sobre a escolha do tema, delimitando o recorte, bem
como a relação do tema com outros, quando pertinente. É
necessário evidenciar o problema de pesquisa, a justificativa, os
objetivos e a hipótese. Você pode fazer isso por meio de
subseções no texto introdutório ou de maneira corrida, mas é
importante que o leitor consiga perceber a presença desses
elementos. Geralmente, também é na Introdução que a
Introdução 
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metodologia deve ser evidenciada, com a descrição de cada
técnica e procedimento de pesquisa.
Os seus argumentos expostos na Introdução também devem
estar pautados em seu referencial teórico. Evidencie isso,
mesmo que rapidamente, podendo ser um assunto retomado de
maneira mais ampla quando estiver escrevendo o seu
embasamento teórico.
A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode
ser organizada em capítulo separado (como parte do
desenvolvimento) ou como uma subseção da introdução,
dependendo do formato do trabalho acadêmico em questão.
Em projetos de pesquisa, Gil (2002) sugere que a revisão de
literatura seja apresentada como parte da introdução, podendo
ser um subitem. Em trabalhos maiores, geralmente, a revisão é
apresentada em capítulo próprio.
O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa.
Deve conter a articulação ordenada dos assuntos. Apresenta-se
como a parte mais extensa, em geral. Os tópicos iniciados na
introdução devem ser desenvolvidos de modo mais detalhado.
Nessa parte, também são apresentados os dados observados, a
análise feita e a ótica sob a qual essa análise foi proposta,
destacando como os dados foram interpretados.
A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações
presentes no embasamento teórico. Se a perspectiva teórica
adotada em sua pesquisa é a inspiração para elaboração de
hipóteses, é a mesma perspectiva que vai possibilitar melhor
compreensão dos resultados. O desenvolvimento deve ser
organizado em seções e subseções.
Parte final do texto, em que são expostas as considerações
finais. Muitas vezes, não se chega a uma conclusão fechada,
pois o conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas
investigações. Pode-se adotar o termo “considerações finais”
Desenvolvimento 
Conclusão 
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para articular os resultados da sua pesquisa, tendo em vista
objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto.
Elementos pós-textuais
São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem na
apresentação das referências, glossário, apêndice, anexos e índice.
Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações
sobre todas as fontes de consulta citadas durante o trabalho,
permitindo a identificação de cada obra. Deve conter as
seguintes informações das obras citadas, organizadas por
ordem alfabética: autor, título da obra, edição, local, editora e
data de publicação. Quando houver informação adicional, deve
estar evidenciada(volume, total de páginas). Para consultas via
internet, deve-se indicar também o endereço e a data de acesso
do documento.
Os exemplos a seguir são as referências mais recorrentes:
Para obras que possuem um autor:
SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local:
editora, ano de publicação.
Para obras que possuem mais de um autor:
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da
obra. Edição. Local: editora, ano de publicação.
Para obras que possuem mais de três autores:
SOBRENOME, Nome et alii. Título. Subtítulo da obra. Edição.
Local: editora, ano de publicação.
Para trabalhos acadêmicos:
SOBRENOME, Nome. Título do trabalho. Ano da publicação.
Número do volume, total de folhas. Graduação/Dissertação/Tese
(nome do curso - graduação/mestrado/doutorado) –
Universidade, local, ano.
Para autor - entidade:
NOME DA ENTIDADE. Título da obra. Local, ano. Número de
páginas.
Referências 
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Para artigos e periódicos online:
SOBRENOME, Nome. Título da obra. Nome da revista em que foi
publicado o artigo. Cidade, volume, número, período (meses).
Ano. Disponível em: http//www.google.com/exemplo. Acesso:
inserir data de acesso.
Para referências legislativas:
É possível que você precise citar documentos de outras fontes,
não exemplificadas aqui. Consulte as normas da ABNT NBR
6023:2018 ou o documento com as orientações próprias da
instituição em que ocorre a pesquisa. Elas têm liberdade,
inclusive, de definir se as referências dizem respeito apenas às
obras citadas na pesquisa, àquelas que foram consultadas. E,
ainda, se utilizadas como citação direta, ou também em citação
indireta.
Elemento opcional que apresenta eventuais expressões ou
palavras de uso restrito a determinado grupo ou de significado
não muito conhecido e suas respectivas definições.
Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo
autor que complementam a pesquisa, sem que represente um
prejuízo à compreensão do trabalho. Devem ser identificados por
letras maiúsculas em sequência, seguidas de travessão, com o
título do documento ao lado (APÊNDICE A – Análise dos dados).
São elementos facultativos e consistem na inclusão de
documentos não elaborados pelo autor, que complementam a
sua pesquisa. São identificados por letras maiúsculas
sequenciais, seguidas de travessão, com seus respectivos títulos
(ANEXO A – Ficha de Anamnese).
As regras anteriormente apresentadas constituem as
especificidades de cada parte que deve estar contida na maioria
dos trabalhos acadêmicos. A seguir, serão exploradas as regras
Glossário 
Apêndice 
Anexos 
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gerais e recomendações para configuração gráfica do texto
como um todo. Também aqui optamos por apresentar,
exatamente, regras gerais; aquelas mais específicas (ou ainda
qualquer alteração nessas aqui apresentadas) permanecem por
conta do tipo de trabalho acadêmico e da orientação das
instituições.
Normas técnicas gerais
Seu trabalho deve ter:
1. Folhas configuradas em tamanho A4
2. Texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12
3. Fonte do texto em Times New Roman ou Arial
4. Corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda
5. O espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5
Dica
Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé,
referências, legendas de ilustrações e tabelas, o espaçamento entre
as linhas deve ser simples;
Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com mais
de três linhas, recomenda-se uma fonte menor do que a do corpo
do texto (utilizar tamanho 11 ou 10 para as citações e 10 para nota
de rodapé).
A configuração de margem deve atender às seguintes orientações:
1. Margem superior e esquerda com 3cm
2. Direita e inferior com 2cm
A numeração das páginas deve considerar a seguinte lógica:
1. Indicar, no canto superior direito da folha, a numeração sequencial
expressa em algarismos arábicos.
Os trabalhos são divididos em:
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1. Elementos pré-textuais
2. Textuais
3. Pós-textuais
A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos textuais,
até os pós-textuais. Os elementos pré-textuais devem ser contados
(exceto a capa), porém não numerados.
Para organização das seções, é recomendada a numeração dos títulos e
subtítulos (seções primárias, secundárias etc.). Considere o exemplo a
seguir, de acordo com ABNT NBR 6024:2003.
1
SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA,
NEGRITO, TAMANHO 12)
1.1
Seção secundária (Caixa baixa,
negrito, tamanho 12)
1.1.1
Seção terciária (Caixa baixa, itálico,
negrito, tamanho 12)
1.1.1.1
Seção quaternária (Caixa baixa, itálico
sem negrito, tamanho 12)
1.1.1.1.1
Seção quinária (Caixa baixa, sem
negrito, tamanho 12)
A seguir um exemplo de aplicação de todas as orientações anteriores:
texto justificado, margens configuradas conforme orientação, fonte
configurada na cor e tamanho adequados, espaçamento entre linhas,
exemplo de citação recuada (com fonte menor, espaçamento simples e
recuo), nota de rodapé (com fonte menor e espaçamento simples) e
paginação.
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Elementos básicos do trabalho
acadêmico
No vídeo a seguir, conheceremos os elementos básicos do trabalho
acadêmico:
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1
Considere o trecho a seguir:
“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a Avaliação
Educacional, estabelecendo como recorte os anos iniciais do
Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação do Rio de
Janeiro. É feita uma contextualização do tema e investigação das
formas como essa prática vem sendo proposta nas rotinas
escolares. As considerações de Esteban (2003), Perrenoud (1999) e
Luckesi (2009) dão sustentação teórica a esta pesquisa.
São adotados como procedimentos metodológicos a análise
documental dos instrumentos de avaliação e relatórios, observação
direta no cotidiano das turmas selecionadas e entrevistas com os
profissionais sobre práticas e critérios de avaliação. Os resultados
parciais sugerem uma prática tradicional que tende a limitar a
avaliação da aprendizagem a momentos estanques, através de
poucos e pontuais instrumentos de avaliação, excluindo-se as
observações cotidianas de desempenho dos alunos.
Este modelo apresenta-se como insuficiente e excludente, pois a
avaliação da aprendizagem na perspectiva desta pesquisa é
concebida como um processo contínuo e inclusivo, que lança mão
de diferentes instrumentos e critérios claros.
O trecho anterior é um exemplo de qual elemento de um trabalho
acadêmico?
A Introdução, contida nos elementos textuais.
B Introdução, contida nos elementos pré-textuais.
C Resumo, contido nos elementos textuais.
D Resumo, contido nos elementos pré-textuais.
E
Considerações Finais, onde deve haver uma
coletânea dos temas abordados.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O resumo faz parte dos elementos pré-textuais. Na sequência, o
resumo é definido como aquele que contém, em frases objetivas, a
síntese do trabalho: os objetivos, a ideia central, perspectiva teórica,
metodologia e os resultados obtidos.
Questão 2
São configurações gerais sugeridas pelas normas da ABNT:
A
Espaçamento entre linhas simples no corpo do
texto, fonte tamanho 13 (Arial ou Times), cor preta,
papel tamanhoA4, com margens superior e
esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
B
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto,
fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho ofício, com margens superior e esquerda
com 3cm; direita e inferior com 2cm.
C
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto,
fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho A4, com margens superior e esquerda com
3cm; direita e inferior com 2cm.
D
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto,
fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho A4, com margens superior e esquerda com
2cm; direita e inferior com 3cm.
E
Espaçamento entre duplo no corpo do texto, fonte
tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel
tamanho ofício, com margens superior, esquerda,
direita e inferior com 2cm.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
As configurações devem seguir o exposto na letra C, em relação a
espaçamento, espaço entre linhas, fonte, margens.
Considerações �nais
Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita do seu
projeto de pesquisa, fase fundamental de reflexão e estabelecimento de
diretrizes. O módulo 2 possibilitou um contato com estratégias de leitura
e construção dos argumentos teóricos, bem com a forma como esses
argumentos devem delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a
análise dos dados e conclusão. Ao final deste tema, você refletiu sobre
as vantagens de se adotar normas técnicas para a apresentação das
pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a diminuição do
plágio e a catalogação de pesquisas acadêmicas. A partir disso, foram
apresentadas e exemplificadas as normas da ABNT que servem de
padrão para a apresentação da sua pesquisa.
A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma de
estudos, inicie as leituras, a revisão bibliográfica e escrita do seu projeto.
Realizar essas ações de maneira antecipada garante que você faça o
seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de forma mais tranquila,
segura e leve.
Podcast
Para encerrar, ouça agora um resumo dos principais pontos abordados
neste conteúdo.

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Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é uma
importante via para se produzir conhecimento e buscar a compreensão
da realidade. Para ampliar seus conhecimentos sobre a
complementaridade entre as práticas educativas e a pesquisa, é
importante ver como Pedro Demo articula o tema em seu livro Educar
pela Pesquisa.
Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote normas
técnicas para a apresentação da sua pesquisa. Para melhor apropriação
dessas normas e de como elas são propostas, explore o catálogo da
ABNT. Além das normas apresentadas, confira, especialmente: NBR
6027, NBR 6028, NBR 6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR
15287.
Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito
detalhadas, você deve pesquisar uma versão digital que apresente todas
as normas de modo organizado. Uma boa opção é o Manual de
Normalização do Trabalho Acadêmico do IFB (Instituto Federal de
Brasília).
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023:
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024:
informação e documentação: numeração progressiva das seções de um
documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
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BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 1985.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de
pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, método
e criatividade. 28. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de
metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed;
Belo Horizonte: UFMG, 1999.
MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a proliferação da
desonestidade intelectual. In: Revista Diálogos Possíveis. Bahia, ano 3.
N. 01, p. 91-109. Jan/Jun 2004.
ROMANOWSKI, Joana Paulim, Romilda Teodora Ens. As pesquisas
denominadas do tipo “Estado da arte” em educação. In: Diálogo
Educacional, Curitiba, v.6, n.19, 37-50, 2006.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed.
Petrópolis: Vozes, 2000.
VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista Brasileira de
Educação. Rio de Janeiro, v.17, n.50, p.267-492, maio/ago. 2012.
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