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Período Composto: Subordinação


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Prévia do material em texto

O período composto: subordinação
Profa. Milca Tscherne
Descrição
Você vai aprender sobre as orações subordinadas substantivas,
adjetivas, adverbiais e reduzidas.
Propósito
Compreender as relações sintáticas e semânticas do período composto
por subordinação são fundamentais para bom desempenho da
produção e interpretação textuais e da docência na educação básica.
Objetivos
Módulo 1
Orações subordinadas
substantivas
Identificar a classificação e as características das orações
subordinadas substantivas.
Módulo 2
Orações subordinadas adjetivas
09/05/2024, 15:20 O período composto: subordinação
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/07181/index.html?brand=estacio# 1/44
Identificar a classificação e as características das orações
subordinadas adjetivas.
Módulo 3
Orações subordinadas adverbiais
Identificar a classificação e as características das orações
subordinadas adverbiais.
Módulo 4
Orações reduzidas
Identificar a classificação e as características das orações reduzidas.
Introdução
Como sabemos, existem dois modos de relacionar as orações
em um período composto: coordenando-as ou subordinando-as.
Neste conteúdo, vamos nos dedicar exclusivamente ao estudo
das orações subordinadas e, para isso, veremos os três tipos de
orações subordinadas, que são as substantivas, as adjetivas e as
adverbiais. Além disso, também estudaremos o modo como
essas orações subordinadas se articulam com a oração principal,
se de forma desenvolvida ou reduzida.
Para compreender essas relações sintáticas que se estabelecem
dentro de cada período, em alguns casos, consideraremos
também as implicações semânticas, o que não é novidade, não é
mesmo? Embora façamos uma separação didática para melhor
compreendê-las, a sintaxe e a semântica estão sempre em mútua
colaboração e, claro, nem sempre submissas à fixidez das
classificações.

09/05/2024, 15:20 O período composto: subordinação
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/07181/index.html?brand=estacio# 2/44
1 - Orações subordinadas substantivas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a classi�cação e as
características das orações subordinadas substantivas.
Oração subordinada
A subordinação no período composto
O período composto, aquele formado por duas ou mais orações,
estrutura-se por esses dois diferentes processos sintáticos:

Coordenação
As orações se equivalem sintaticamente e são independentes.

Subordinação
Uma oração depende da outra, pois uma oração desempenha a função
de termo da outra.
A oração que funciona como termo da outra chama-se oração
subordinada e a oração que depende do termo oferecido pela
subordinada chama-se oração principal.
Vamos comparar os seguintes períodos:

09/05/2024, 15:20 O período composto: subordinação
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/07181/index.html?brand=estacio# 3/44
Sinto um novo momento profissional.

Sinto que experimento um novo momento profissional.
Embora haja elementos a mais no segundo período, eles são muito
semelhantes. Vejamos as propriedades de cada um deles agora:
1. O primeiro período é formado por apenas uma oração em torno do
verbo “sentir”, por isso, trata-se de um período simples.
Note que o verbo “sentir” pede um complemento, pois quem sente,
sente algo ou alguma coisa: sinto algo novo, sinto uma nova fase,
sinto angústia, sinto frio, sinto insegurança. Todos esses
complementos do verbo “sentir” são, sintaticamente, objetos
diretos.
2. O segundo período foi reelaborado de outro modo. Ele é composto
por duas orações, isto é, por dois verbos, que são “sentir” e
“experimentar”.
Sinto/ que experimento um novo momento profissional.
A segunda oração traz um complemento que o verbo “sentir”
exige. Esse complemento vem na forma de uma oração
introduzida pela conjunção “que” e a forma verbal “experimento”.
Sintaticamente, essa oração desempenha a função de objeto
direto.
Dessa forma, temos:
1º oração
Oração principal, que
depende da função
desempenhada pela
subordinada.
2º oração
Oração subordinada,
pois desempenha a
função de um termo
sintático específico que,
neste caso, é o objeto
direto.
Pronto: está formado um período composto por duas orações em que
há uma oração que se subordina a outra. Se elas tivessem equivalência
sintática, seriam orações coordenadas e, portanto, independentes.
Como as orações não possuem essa equivalência e a segunda oração
funciona como um termo da primeira oração, subordinando-se à oração
principal, elas são orações dependentes.
A oração principal pode ser relativa
A oração principal pode subordinar-se a outra, caso ela também
desempenhe a função de oração dependente, ou seja, de subordinada.

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Por isso, dizemos que o conceito de oração principal é relativo, pois
depende da sua relação sintática com as demais orações do período
composto por subordinação.
Em períodos com apenas duas orações, não haverá dúvida, pois uma
oração será a principal e a outra a subordinada. Já em períodos
compostos por três orações, pode ser que haja alguma oração que
desempenhe as duas funções.
Em: “A atriz confessou que tinha receio de que seus seguidores a
cancelassem”, temos três orações. Confira:
A segunda oração subordina-se à primeira, pois exerce a função de
objeto direto em relação a ela, pois quem confessa, confessa algo. Esse
“algo” é o complemento exigido pelo verbo “confessar” e recebe o nome
de objeto direto. Portanto, toda a oração 2 é o objeto direto da oração 1.
Ao mesmo tempo, a oração 2 também é oração principal se
considerarmos a sua relação com a terceira oração, uma vez que a
oração 3 funciona como complemento nominal da oração 2.
Sendo assim, a oração 2 exerce duas funções, veja!
Em relação à primeira oração, ela é subordinada com valor de
objeto direto.
Em relação à terceira oração, ela é principal, pois “receio” é um
nome que exige complemento (receio de algo) que, veio em forma
de oração: “de que seus seguidores a cancelassem”.
Em resumo, a subordinação é a relação que liga uma oração principal à
sua subordinada. A oração subordinada sempre exercerá uma função
sintática em relação à oração principal.
(1) oração
A atriz confessou
(2) oração
que tinha receio
(3) oração
de que seus seguidores a
cancelassem.
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Os conceitos de
subordinação e oração
principal
Confira no vídeo o conceito de subordinação e suas implicações
sintáticas e semânticas, e a relativização da oração principal no período
composto com mais de duas orações.
Classi�cação das orações
subordinadas substantivas
Agora, vamos começar a identificar as orações subordinadas
substantivas. Já entramos em contato com duas delas nos exemplos
anteriores, com a oração substantiva subordinada objetiva direta e com
a oração subordinada substantiva completiva nominal.
As orações subordinadas substantivas são aquelas que possuem
funções próprias do substantivo. Mas o que isso significa? Rocha Lima
nos explica o seguinte:
Se as orações subordinadas
representam desdobramentos dos
vários termos da oração principal, é
evidente que figurarão ora com
funções próprias dos substantivos,
ora com funções próprias do
adjetivo, ora com funções próprias
do advérbio.

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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/07181/index.html?brand=estacio# 6/44
(ROCHA LIMA, 1979, p. 232)
Desse modo, sintaticamente, o substantivo desempenha funções de:
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento relativo,
complemento nominal, aposto e predicativo.
É por isso que vamos encontrar essa nomenclatura na caracterização
dos tipos das orações subordinadas substantivas.
Há seis tipos de orações substantivas. Vamos lá!
SubjetivasSão orações que desempenham a função de sujeito da oração principal.
Veja alguns casos a seguir.
É importante que
você esteja aqui.
Convém que
encerremos a
reunião agora.
Nota-se que ele é
competente.
(A sua presença
aqui é importante).
(O encerramento
agora da reunião)
convém.
(A competência
dele se nota).
Perceba que quando é desfeita a segunda oração e o período se torna
simples, como nos mostram as orações entre parênteses, é muito fácil
identificar o sujeito da oração.
Em: “O encerramento da reunião agora convém” ou “Convém o
encerramento agora da reunião”, fica fácil descobrir que aquilo que
convém, que é “o encerramento da reunião”, é sujeito da oração.
Sendo assim, na elaboração do período composto por subordinação,
como ocorre em “Convém que encerremos a reunião agora”, a oração
subordinada desempenhará exatamente a função de sujeito da oração
principal e, por isso, ela será classificada como uma oração subordinada
substantiva subjetiva.
Confira duas dicas a serem consideradas nas orações subordinadas
subjetivas!
O verbo sempre fica na terceira pessoa do singular. São comuns
formas como: É bom que..., é conveniente que..., é melhor que..., é
claro que... está comprovado que..., parece evidente que...
Também são comuns verbos na voz passiva sintética (feita com a
partícula apassivadora “se”) ou analítica (feita com a locução

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verbal) a fim de indeterminar o sujeito: sabe-se que..., comenta-se
que..., foi anunciado que...
Objetivas diretas
São orações que desempenham a função de objeto direto da oração
principal. Observe estes casos:
Oração principal
Quero
Sinto
Não sei
Oração
subordinada
que você remarque a
entrevista.
que o frio está
chegando.
se eles foram
compreendidos.
Veja que podemos substituir a oração subordinada “que você remarque
a entrevista” por “a remarcação da entrevista”. Teríamos, dessa forma,
“Quero a remarcação da entrevista”. A oração subordinada, nesse caso,
complementa o verbo “querer” com uma oração subordinada que tem
valor de objeto direto.
No exemplo seguinte, o verbo “sentir” precisa igualmente de
complemento verbal, que é desempenhado pela oração subordinada
“que o frio está chegando”. Se desfizéssemos a subordinação, teríamos:
“Sinto a chegada do frio”. Neste caso, teríamos um objeto direto (a
chegada do frio) e não mais uma oração subordinada substantiva
objetiva direta (que o frio está chegando).
No terceiro exemplo, há uma interrogativa indireta, introduzida por “se”,
que é uma conjunção subordinativa integrante. Nesse caso, a melhor
forma de detectar a função de objeto direto é colocar “isso”: “Não sei
isso”. Atente que, para construirmos orações interrogativas indiretas,
podemos usar também os pronomes e advérbios interrogativos: como,
quanto, quando, qual, onde: “Não sei como vim parar aqui” = “Não sei
isso”.
E, assim, traçando equivalências sintáticas, vamos descobrindo a que
termo da oração principal a oração subordinada corresponde.
Objetivas indiretas
São orações que desempenham a função de objeto indireto da oração
principal. Veja!
Oração principal Oração
subordinada

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Não se esqueça
Eu duvido
A empresa precisa
de que o aniversário de
casamento dos seus
pais é na semana que
vem.
de que a negociação
será tranquila.
de que todos os
funcionários tirem
férias coletivas em
janeiro.
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas
complementam o sentido do verbo da oração principal com o objeto que
ele exige. Nos três exemplos, temos verbos que pedem objetos
indiretos. Por essa razão, todas as orações subordinadas foram
introduzidas pela preposição “de”, que seria mantida caso a oração
subordinada fosse substituída por qualquer objeto indireto.
Se construíssemos a primeira oração do exemplo dessa forma: “Não se
esqueça do aniversário de casamento dos seus pais na semana que
vem”, não mais teria uma subordinada e, sim, um período simples
composto por apenas uma oração, cujo verbo “esquecer” é transitivo
indireto e, portanto, exige um complemento preposicionado, que é o
objeto indireto “do aniversário de casamento dos seus pais na semana
que vem”.
Seguindo: eu duvido do quê? No segundo exemplo, eu duvido da
tranquilidade na negociação ou de negociação tranquila. No terceiro
exemplo: a empresa precisa de quê? De férias coletivas aos funcionários
em janeiro.
Dessa forma, as funções sintáticas vão se revelando e a classificação
das subordinadas substantivas se justificando.
Completivas nominais
São orações que desempenham a função de complemento nominal da
oração principal.
Oração principal
Tinha o pressentimento
Sou favorável
Tivemos a percepção
Oração
subordinada
de que havia omissão
de dados na prestação
de contas da prefeitura.
ao que decidimos na
última reunião do


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condomínio.
de que não éramos os
únicos estrangeiros ali.
As orações subordinadas substantivas completivas nominais
complementam o sentido do nome da oração principal. E os nomes das
orações principais respectivamente são: “pressentimento”, “favorável” e
“percepção”. Todos são substantivos ou adjetivos e, por isso, pertencem
à classe dos nomes.
Note que não podemos dizer simplesmente: “Tinha o
pressentimento”, “Sou favorável” ou “Tivemos a
percepção”. Logo, alguém nos perguntaria:
Pressentimento de quê? Favorável a quê? Percepção
de quê?
Se são nomes, logo, o complemento não é verbal, como ocorre com os
verbos, e, sim, o complemento é nominal.
Por isso, chamamos as orações subordinadas que complementam
nomes contidos na oração principal de oração subordinada substantiva
completiva nominal.
Predicativas
São orações que desempenham a função de predicativo do sujeito da
oração principal. Vamos a elas!
Oração principal
Minha suspeita é
A grande vantagem é
O fato é
Oração
subordinada
que seja tarde demais.
que todos apresentaram
o trabalho.
que meu passaporte
está vencido.
A função do predicativo do sujeito é conferir uma qualidade (um
predicado) ao sujeito. No caso de uma oração que desempenhe essa
função, ela deve dizer, revelar algo sobre o sujeito. Em geral, elas
complementam o verbo “ser”, como ocorre em todos os exemplos.
Apositivas

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São orações que desempenham a função de aposto da oração principal.
Acompanhe!
Oração principal
Farei um único
comentário:
Verificou-se uma
contradição no
depoimento:
Dos amigos espero
apenas uma coisa:
Oração
subordinada
que o título ficou
subjetivo demais.
que não se pode estar
em dois lugares ao
mesmo tempo.
que me sejam leais.
As orações subordinadas substantivas apositivas funcionam como
aposto, ou seja, explicam um termo anteriormente mencionado. É o que
ocorre com as orações principais dos exemplos: “um único comentário”,
“uma contradição” e “apenas uma coisa” são anunciados para, em
seguida, serem explicitados pela oração subordinada. Funcionam como
uma explicação, um esclarecimento de algo expresso anteriormente e
que se faz por meio de uma oração.
Note a pontuação das apositivas: ela é introduzida preferencialmente
pelos dois pontos.
Os seis tipos de orações
subordinadas substantivas
Confira no vídeo a classificação das orações subordinadas substantivas,
como as subjetivas, as objetivas diretas, as indiretas, as completivas
nominais, as predicativas e as apositivas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.


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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Observe as três construções:
I. Pressenti a sua chegada.
II. Pressenti que você chegaria.
III. Tive o pressentimento de que você chegaria.
Sobre elas é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa D está correta.
A I não constitui período composto, pois só há uma oração,
portanto, não cabe nenhuma classificação de oração subordinada,
pois não há outra à qual a oração possa subordinar-se. A II é uma
oração subordinada substantiva objetiva direta, pois “Pressenti que
você chegaria” corresponde a “Pressenti algo”, no caso, “Pressenti a
sua chegada”, ou seja, objeto direto. A III, de fato, é uma oração
subordinada substantiva completiva nominal, pois “pressentimento”
é um nome que precisa de complemento para ter sentido. “Tive
pressentimento” não basta. Teve pressentimento de quê? De que
você chegaria é, portanto, a oração que completa o sentido. Por
isso, é classificada como oração subordinada substantiva
completiva nominal.
Questão 2
Considerando a frase “Lamento que você tenha pouco interesse no
projeto”, analise as afirmativas a seguir:
A
I é uma oração subordinada substantiva objetiva
direta.
B II é uma oração subordinada substantiva subjetiva.
C III é uma oração subordinada objetiva indireta.
D III é uma oração subordinada completiva nominal.
E I é uma oração subordinada substantiva apositiva.
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I. É um período composto por coordenação, em que “Lamento” é a
oração principal e “que você tenha pouco interesse no projeto” é a
oração subordinada substantiva objetiva direta.
II. Podemos classificar como um período composto por
subordinação, em que a primeira oração é uma oração subordinada
substantiva objetiva direta e a segunda oração é a principal.
III. Trata-se de um período composto por subordinação. Podemos
perceber que se trata de uma oração subordinada substantiva
objetiva direta quando, por exemplo, transformamos o período
composto em simples: Lamento seu pouco interesse no projeto.
Apenas está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Parabéns! A alternativa C está correta.
O erro do que se afirma em I consiste em classificar o período
composto por coordenação, quando, na verdade, é por
subordinação. Já a impropriedade da afirmação II está em inverter
o que é a oração principal e a oração subordinada. Apenas a
afirmação III está correta. Trata-se de um período composto por
subordinação no qual a oração subordinada desempenha a função
de objeto direto da oração principal. Por isso, ela é substantiva
objetiva direta. Isso é facilmente verificável quando desfazemos a
subordinada e a transformamos em objeto direto: quem lamenta,
lamenta algo (= objeto direto); no caso, “seu pouco interesse no
projeto” é o objeto direto.
A I.
B II.
C III.
D I e II.
E II e III.
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2 - Orações subordinadas adjetivas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a classi�cação e as
características das orações subordinadas adjetivas.
Classi�cação das
subordinadas adjetivas
O que são e quais os tipos
As orações subordinadas adjetivas são as que desempenham a função
de adjetivo da oração principal. Elas, assim como os adjetivos,
modificam o substantivo ou qualquer termo de natureza substantiva
contido na oração principal.
O conectivo responsável por fazer a ligação entre a oração principal e a
oração subordinada adjetiva é o pronome relativo, aquele que retoma
um substantivo já mencionado na frase.
São empregados os seguintes pronomes:
Pronomes invariáveis
(que, quem e onde)
Pronomes variáveis em gênero e
número
(o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
quantos, quantas).
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: as explicativas e as
restritivas. Vamos começar pelas explicativas!
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Orações adjetivas explicativas
Observe com atenção este primeiro caso.
Exemplo
As disciplinas novas, que ainda ninguém cursou, foram inseridas na
grade deste semestre.
Vejamos algumas considerações:
Temos uma oração principal expressa por “As disciplinas novas
foram inseridas na grade deste semestre”. Quais disciplinas?
Aquelas que ainda não foram cursadas pelos alunos.
Trata-se de uma oração subordinada expressa por “que ainda
ninguém cursou”, que é encaixada logo após o termo ao qual ela se
refere, “disciplinas novas”, a fim de explicar por que foram inseridas
na grade curricular recentemente.
Uma das maneiras de identificarmos a função adjetiva da oração
subordinada é tentar substituir a oração por um adjetivo, quando isso for
possível:
As disciplinas novas não cursadas foram inseridas na grade deste
semestre.
É importante perceber que a oração subordinada
adjetiva explicativa pode ser omitida sem afetar a
oração principal, pois a subordinada oferece apenas
uma informação adicional para algo que já está
suficientemente definido na oração principal.
A função da oração subordinada adjetiva explicativa “é modificar um
termo de sentido amplo e genérico, enfatizando a sua maior
característica, ou uma de suas características” (SACCONI, 1999, p. 382).
Esse tipo de oração subordinada sempre vem isolada por vírgulas, caso
contrário, ela rompe a estrutura da oração principal, que deve ficar
intacta.
Vamos a um segundo caso.
Exemplo
Marraquexe, cidade que ocupa posição central do turismo em
Marrocos, é uma das quatro cidades imperiais do país.
Nem todas as orações adjetivas explicativas podem ser facilmente
reduzidas a um único adjetivo, pois ela traz uma explicação, uma
informação adicional ou pormenores sobre o antecedente, como é o
caso desse exemplo.
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No entanto, não é difícil perceber que a oração subordinada “cidade que
ocupa posição central do turismo em Marrocos” informa algo sobre o
termo anterior, que é o substantivo próprio “Marraquexe”, adjetivando-o
como um lugar importante ao turismo de seu país.
Poderíamos propor um período simples: “A turística Marraquexe é uma
das quatro cidades imperiais do país” ou “A importante Marraquexe é
uma das quatro cidades imperiais do Marrocos”.
Note que, ao desfazermos a oração subordinada, extraímos os adjetivos
“turística” e “importante”, realçando a função adjetiva que a oração
subordinada desempenha, ao enfatizar uma característica do termo
anterior ao qual ela se refere.
Ainda em Marraquexe, vamos a mais um caso!
Exemplo
Marraquexe, que é a capital do turismo do Marrocos, possui a cultura
milenar dos povos berberes.
A oração subordinada adjetiva explicativa “que é a capital do turismo do
Marrocos” muito se assemelha com o aposto explicativo, não é mesmo?
Isso acontece quando a oração adjetiva é formada por um predicativo
nominal. Convém, porém, lembrarmo-nos do que é exatamente o aposto.
Relembrando
O aposto é um termo acessório da oração, que também tem a função de
explicar, ampliar ou resumir o conteúdo de outro termo, mas não possui
verbo, ou seja, não constitui uma oração. Sintaticamente o aposto
equivale ao termo com o qual se relaciona, que é geralmente um
substantivo. Quando, porventura, o aposto surge na forma de oração, ele
passa a ser uma oração subordinada substantiva apositiva.
Vejamos como ficaria a oração adjetiva transformada em aposto:
Marraquexe, a capital do turismo do Marrocos, possui a cultura milenar
dos povos berberes.
Veja que Marraquexe equivale à capital do turismo do Marrocos e a
capital do turismo do Marrocos equivale a Marraquexe.
No caso do aposto, o pronome relativo “que” e a forma verbal“é”
precisaram ser retirados para que a oração fosse desfeita. Desse modo,
temos o aposto explicativo.
Aí vem o último caso!
Exemplo
09/05/2024, 15:20 O período composto: subordinação
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/07181/index.html?brand=estacio# 16/44
Marraquexe, que se encontra situada no centro-sudoeste do Marrocos,
cuja zona é habitada desde o Neolítico, é uma das quatro cidades
imperiais do país.
Veja algumas considerações:
1. Temos duas orações subordinadas adjetivas explicativas. A
primeira é introduzida pelo pronome relativo “que” e a segunda,
pelo pronome relativo “cuja”.
2. A oração principal continua sendo “Marraquexe é uma das quatro
cidades imperiais do país”, no entanto, o sujeito dessa oração é
separado do seu predicado por duas orações com função adjetiva.
3. A primeira detalha a coordenada geográfica da cidade e a segunda
informa a sua origem pré-histórica ao fazer referência ao Neolítico.
Trata-se, portanto, de uma cidade do centro-sudoeste marroquino e
neolítica, ou seja, ambas noções adjetivas.
Desse modo, esse último exemplo mostra a possibilidade de
encadearmos duas ou mais orações adjetivas explicativas no interior de
uma oração principal. Para isso, é fundamental isolá-las sempre com
vírgulas a fim de preservar a necessária integridade da oração principal.
As orações subordinadas
adjetivas explicativas
Assista ao vídeo e confira o que são as orações subordinadas adjetivas,
destacando as adjetivas explicativas.
Orações subordinadas
adjetivas restritivas
A função das orações adjetivas restritivas
As orações subordinadas adjetivas restritivas delimitam o sentido do
termo ao qual se referem. Como? Particularizando-o, especificando-o.

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As orações adjetivas restritivas são indispensáveis ao sentido da frase e
a sua omissão, ao contrário do que ocorre com as orações adjetivas
explicativas, rompe com a lógica do enunciado.
Você conhece aquele ditado popular “Lugar onde se ganha o pão não se
come a carne”? Ele é um excelente exemplo de oração subordinada
adjetiva restritiva.
Acompanhe o raciocínio!
A restritiva atua de um modo tão fundamental sobre o substantivo ou
sobre a noção substantiva que ela modifica, que é impossível excluí-la.
Veja este caso!
Exemplo
Considera-se perigoso tudo quanto se desconhece.
Novamente, repare:
1. “tudo” é um termo bastante genérico, é um pronome indefinido,
desempenhando função substantiva. Ele é modificado por uma
 “Lugar” é um termo bastante genérico, não é
mesmo? Mas, quando seguido pela oração “onde se
ganha o pão”, sabemos perfeitamente de que lugar
se trata, que é o ambiente profissional. Equivale,
portanto, a “lugar de trabalho”. Note que “de
trabalho” é uma locução adjetiva.
 Trata-se de uma recomendação para que o trabalho
e a intimidade pessoal não se misturem. Tal
recomendação é feita com uma oração
subordinada adjetiva restritiva, pois há certamente
lugares onde “se come a carne”, que não é “onde se
ganha o pão”.
 Perceba que “onde” é um pronome relativo que
introduz a oração adjetiva restritiva. Ao contrário
das explicativas, as restritivas não se constroem
com vírgulas. Esse é um detalhe muito importante e
que impede que a oração seja omitida.
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oração que delimita esse “tudo”. Tudo não é exatamente tudo, mas
apenas aquilo que é desconhecido.
2. O que restringiu o sentido de “tudo”? Uma oração subordinada
adjetiva restritiva introduzida, claro, por um pronome relativo. No
caso, foi “quanto”.
Agora observe este caso!
Exemplo
O jovem que estuda, o profissional que se dedica, o pai que educa os
filhos ou o cidadão que é consciente de seu papel certamente
experimentará o melhor prazer, que é o do dever cumprido.
Nesse exemplo, temos:
Cinco orações subordinadas adjetivas restritivas numa sequência
coordenativa. Perceba que os substantivos são genéricos: jovem,
profissional, pai, cidadão, prazer. Todos eles são modificados por
orações que restringem o sentido.
Não se trata de todos os jovens, mas dos que estudam. Não se
trata de todos os profissionais, mas apenas dos que se dedicam,
não se trata de todo e qualquer pai, mas exclusivamente dos que
educam os seus filhos, igualmente não se trata de qualquer
cidadão, mas dos que são conscientes. Dos tantos prazeres
possíveis e existentes, o delimitado pela oração restritiva é o prazer
do dever cumprido.
Se precisássemos correlacionar um adjetivo para cada substantivo,
poderíamos propor, por exemplo: jovem estudioso, profissional
dedicado, pai atuante, cidadão consciente, prazer do realizado (aqui
uma locução adjetiva!).
Aspectos semânticos das orações explicativas e
restritivas
Agora compare duas orações adjetivas e analise as diferenças
semânticas entre elas. Vamos lá!

Finalmente comprei uma passagem para visitar a minha irmã que mora
na Alemanha.

Finalmente comprei uma passagem para visitar a minha irmã, que mora
na Alemanha.
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Os dois períodos seriam idênticos se não fosse pela presença da vírgula
separando a segunda oração do segundo exemplo.
1. No primeiro exemplo, a ausência da vírgula nos obriga a interpretar
que tenho mais irmãos, além da minha irmã que mora na
Alemanha. A oração adjetiva restringiu o sentido de “irmã”. Não se
trata de qualquer irmã, mas especificamente da que mora na
Alemanha.
2. No segundo exemplo, o termo irmã, por estar seguido de vírgula
que irá introduzir uma explicação sobre ele, já se apresenta
definido, suficientemente delimitado e nos leva a interpretar que o
enunciador possui apenas uma irmã, a qual mora na Alemanha.
Não se trata de uma particularidade, um elemento diferenciador,
como ocorre no primeiro exemplo e, sim, de apenas um detalhe ou
uma informação a mais.
Observe mais um exemplo de períodos que possuem diferenças
semânticas importantes em razão da função sintática diferente que as
orações adjetivas e restritivas desempenham.

Os desastres naturais que são provocados pela intervenção humana
podem ser previstos ou evitados.

Os desastres naturais, que são provocados pela intervenção humana,
podem ser previstos ou evitados.
Acompanhe o raciocínio!
1. No primeiro exemplo, temos o sentido oposto ao segundo, pois há
uma restrição, explicitada pela oração adjetiva restritiva que
particulariza e restringe o termo “desastres naturais”. Não são
todos que podem ser previstos ou evitados, mas apenas aqueles
que são provocados pela intervenção do homem.
2. Há quem defenda que os fenômenos naturais só se transformam
em desastres pela ação do homem. Pensando nisso, o segundo
exemplo traz uma afirmação categórica, irrestrita: todos os
desastres naturais são provocados pela ação humana. A oração
adjetiva explicativa aplica-se a todos e quaisquer desastres
naturais.
Por isso, quando se trata das orações adjetivas, é fundamental atentar à
pontuação tanto na interpretação quanto na produção de texto. Caso
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contrário, o sentido que deveria se restringir pode se generalizar e vice-
versa.
Implicações sintáticas e
semânticas das adjetivas
restritivas
Assista ao vídeo e confira um bate-papo sobre as orações subordinadas
adjetivas explicativas, destacando seus aspectos sintáticos e
semânticos.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Assinale a alternativa que contém a correta pontuação e
classificação da oração subordinada adjetiva.

A
As encomendas, que não são retiradas no prazo de
trinta dias,retornam ao centro de distribuição.
(Explicativa)
B
Outras informações, que não puderam ser
confirmadas até agora, afirmam que tropas russas
invadiram Kiev, que é a capital da Ucrânia.
(Restritiva)
C
A empresa impôs metas que não podem ser
atingidas. (Explicativa)
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Parabéns! A alternativa E está correta.
A alternativa correta apresenta pontuação de acordo com as
orações adjetivas explicativas e está corretamente classificada
como explicativa. Trata-se de uma oração subordinada que poderia
ser omitida sem prejuízo de compreensão, como é típico das
explicativas. A alternativa A está incorreta, pois se trata de uma
oração adjetiva restritiva. Não são todas as encomendas que
retornam ao centro de distribuição e, sim, apenas as que não são
retiradas. Desse modo, a pontuação também está errada: o correto
é sem vírgulas, pois se trata de uma oração restritiva. A alternativa
B está classificada de forma errada porque se trata de orações
subordinadas adjetivas explicativas. Tanto a oração “que não
puderam ser confirmadas” quanto a oração “que é a capital da
Ucrânia” são orações que explicam os termos antecedentes: “outras
informações” e “Kiev”. A pontuação está correta, ambas as orações
estão entre vírgulas, como deve ser, no entanto, a classificação
“restritivas” é que está incorreta. As alternativas C e D foram
classificadas como explicativas, quando, na verdade, são restritivas.
Tanto “empresa” quanto “ruídos” estão delimitados em seu sentido,
logo, são orações adjetivas restritivas.
Questão 2
As orações subordinadas adjetivas também desempenham a
função de adjetivo das orações principais. Uma maneira de
perceber essa função é substituir, quando possível:
I. A oração subordinada adjetiva por um substantivo, como em: As
encomendas que não são retiradas = As encomendas não retiradas.
II. A oração subordinada adjetiva por um adjetivo, como em: A
empresa impôs metas que não podem ser atingidas = A empresa
impôs metas inatingíveis.
III. A oração subordinada adjetiva por um pronome relativo: Os
ruídos que não se percebem = Os ruídos imperceptíveis.
Assinale a alternativa correta:
D Os ruídos que não se percebem são os piores para o
prejuízo da audição. (Explicativa)
E
Os funcionários públicos, que têm estabilidade e
podem se planejar, foram os menos atingidos pela
crise da pandemia. (Explicativa)
A Apenas a afirmação I está correta.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Apenas o que se afirma em II está correto. Um dos modos de se
perceber a função adjetiva da oração subordinada adjetiva é
substituí-la por um adjetivo como, aliás, ocorre em I, II e III. As
impropriedades de I e III, no entanto, estão no que elas afirmam,
pois a oração subordinada adjetiva não foi substituída por um
substantivo (I) nem por um pronome relativo (III), mas pelos
adjetivos: inatingíveis e retiradas.
3 - Orações subordinadas adverbiais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a classi�cação e as
características das orações subordinadas adverbiais.
Orações subordinadas
adverbiais – parte I
De�nição e classi�cação
B Apenas a afirmação II está correta.
C Apenas a afirmação III está correta.
D As afirmações II e III estão corretas.
E As afirmações I e II estão corretas.
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As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função
sintática de adjunto adverbial da oração principal. O adjunto adverbial é
um termo acessório da oração e serve para modificar o verbo, o adjetivo
e o próprio advérbio, fornecendo-lhes circunstâncias variadas. Numa
ação verbal, o adjunto adverbial pode ser usado para detalhar, por
exemplo, o modo como essa ação se deu:
Eu me retirei rapidamente/ sem pressa/ como cachorro magro daquele
jantar.
Perceba que “rapidamente”, “sem pressa” e “como cachorro magro”
modificam o verbo, pois fornecem as circunstâncias de como se deu a
retirada do jantar.
O adjunto adverbial aparece nas formas de simples advérbio, de locução
adverbial ou de oração subordinada adverbial. Confira alguns exemplos.
Advérbio de lugar
Eu nunca estive lá.
Locução adverbial de lugar
Eu nunca estive em Paris.
Oração subordinada adverbial de
tempo
Quando eu chegar a Paris, aviso.
É exatamente essa terceira forma que interessa ao nosso estudo sobre
o período composto. Para isso, vamos ver algumas conjunções e
locuções conjuntivas fundamentais à compreensão das orações
subordinadas adverbiais e à sua classificação.
Causais
Conjunções que exprimem
causa.
Exemplo: porque, visto que,
como, uma vez que, já que etc.
Consecutivas
Conjunções que exprimem
consequência.
E l (t t ) (tã )
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Exemplos: (tanto) que, (tão) que,
(de tal forma) que, de sorte que
etc.
Condicionais
Conjunções que exprimem
condição.
Exemplos: se, salvo se, caso,
contanto que, desde que, a
menos que, uma vez que etc.
Concessivas
Conjunções que exprimem
concessão.
Exemplos: embora, apesar de
que, ainda que, se bem que,
conquanto etc.
Comparativas
Conjunções que exprimem
comparação.
Exemplos: tal, como, quanto,
(mais...) do que, (menos...) do
que, (tanto...) quanto etc.
Conformativas
Conjunções que exprimem
conformidade.
Exemplos: como, conforme,
segundo, consoante etc.
Finais
C j õ i
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Para classificarmos as orações subordinadas adverbiais, usamos a
classificação das conjunções e locuções conjuntivas subordinativas que
acabamos de ver.
Atenção!
Sempre devemos lembrar que as conjunções ajudam na classificação
sintática, mas não basta identificá-las e encaixá-las automaticamente na
sistematização vista acima.
É preciso avaliar o uso concreto de cada uma, pois elas se classificam
também de acordo com as circunstâncias que exprimem, ou seja, pode
haver uma interferência da semântica na sintaxe.
O valor de uma conjunção é, portanto, percebido a partir do seu
emprego nas frases.
Orações adverbiais de causa, consequência e
condição
A partir de agora, veremos separadamente cada tipo de oração
subordinada adverbial. Vamos lá!
Conjunções que exprimem
finalidade.
Exemplos: a fim de que, para
que, que (quando equivaler a
para que), porque (quando
equivaler a para que) etc.
Proporcionais
Conjunções que exprimem
proporção.
Exemplos: à proporção que, à
medida que, quanto mais... etc.
Temporais
Conjunções que exprimem
tempo.
Exemplos: quando, enquanto,
logo que, assim que, depois que,
até que, apenas, que (quando
equivaler a quando) etc.
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Subordinada adverbial causal
Exerce a função de ajunto adverbial de causa em relação à oração
principal. A causa é aquilo que provoca determinado fato, estado.
Vamos aos exemplos!

Estou com muita dor de cabeça porque me expus a muito barulho.

Como ninguém foi atendê-lo, dirigiu-se à ouvidoria e fez a denúncia.

Já que o cancelamento do produto contratado não foi possível, ele
procurou um advogado.
Nesses três períodos, as três orações subordinadas exprimem a ideia de
causa:
1. A causa da dor de cabeça é a exposição ao barulho.
2. A causa de se dirigir à ouvidoria foi o não atendimento.
3. A causa de se procurar um advogado foi a impossibilidade de se
cancelar a contratação de um produto.
Em todos esses casos, classificamos as orações comosubordinadas
adverbiais causais.
A conjunção subordinativa mais usada nas causais é porque. Perceba
que seria possível usarmos a conjunção porque em todas as orações
causais das frases do exemplo que acabamos de ver.
Em vez de “como”
Porque ninguém foi atendê-lo, dirigiu-se à ouvidoria e fez a denúncia.
Ou
Dirigiu-se à ouvidoria e fez a denúncia porque ninguém foi atendê-lo.
Em vez de “Já que”
Porque o cancelamento do produto contratado não foi possível, ele
procurou um advogado. Ou
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Ele procurou um advogado porque o cancelamento do produto
contratado não foi possível..
Por isso, é importante perceber quando se trata de uma relação de
causa e quando se trata de uma explicação, a fim de não confundir a
oração subordinada adverbial causal, que utiliza a conjunção
subordinativa causal porque, com a oração coordenada explicativa, que
utiliza a conjunção coordenativa explicativa porque.
Subordinada adverbial consecutiva
Exerce a função de adjunto adverbial de consequência em relação à
oração principal. A consequência é aquilo que é provocado por
determinado fato, estado. Vejamos alguns exemplos:
1. Choveu tão forte em São Sebastião que em pouco tempo bairros e
estradas foram destruídos.
2. O volume de água foi tanto que ultrapassou qualquer índice
pluviométrico já registrado no país.
3. Tamanho/ tal foi o estrago na cidade que as pousadas e colônias
de férias abrigaram os moradores.
Nesses exemplos, vemos claramente que as orações subordinadas
consecutivas apresentam o efeito, a consequência do que se declara na
oração principal. Tudo o que está expresso na subordinada é decorrente
do que é afirmado na principal.
As consecutivas são precedidas de um termo intensivo, como tanto, tão,
tamanho, tal. Em poucos casos, no entanto, ele poderá não aparecer,
como em: “Pediu, pediu que conseguiu o que queria”. A intensidade se
deu pela repetição do verbo, que equivale a “Pediu tanto que conseguiu
o que queria”.
Subordinada adverbial condicional
Exerce a função de adjunto adverbial de condição em relação à oração
principal. A condição é aquilo que se impõe como necessário à
realização de algo.
1. Uma vez que o prédio seja restaurado, o museu será reaberto à
visitação pública.
2. Caso os pesquisadores retornem ao país, terão poucos
laboratórios à sua disposição.
3. Se os pareceres técnicos não chegarem até amanhã, a revista será
publicada com atraso.
Note: O que se expressa na oração subordinada condicional é o que
deve ou não acontecer para que o que se expressa na oração principal
se realize ou não.
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Sobre a posição das orações subordinadas condicionais, ou de qualquer
outra, elas tanto podem ser colocadas antes da principal como depois.
De�nição e classi�cação das
orações subordinadas
adverbiais
Confira no vídeo a classificação das orações subordinadas adverbiais,
destacando as adverbiais de causa, consequência e condição.
Orações subordinadas
adverbiais – parte II
Adverbiais de concessão, comparação e
conformidade
Vamos tratar agora das orações subordinadas adverbiais de concessão,
comparação e conformidade.
Oração subordinada adverbial concessiva
Exerce a função de adjunto adverbial de concessão em relação à oração
principal. A concessão é aquilo que se liga à quebra de expectativa, a
algum contraste. Observe!

Embora estivesse correta, perdeu a razão ao se exceder com gritos e
palavrões.


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Ainda que tivesse altíssimo rendimento, não conseguiu ser classificado
para as Olimpíadas.

Mesmo que os juros caiam, o financiamento poderá encarecer um
pouco.
Em todos os exemplos, percebemos a tensão que há entre a oração
subordinada e a principal. Não ocorre aquilo que seria consequente,
pelo contrário, existe uma quebra de expectativa, como:
1. Estar correta e ter, portanto, a razão reconhecida.
2. Ter alto rendimento e ser classificado.
3. Os juros caírem e o financiamento ficar mais barato.
Acerca das concessivas, vale uma interessante observação que o
professor Pasquale faz em sua gramática sobre a locução posto
que.
A locução posto que é dada nos
dicionários como equivalente a
embora, ou seja, é indicada como
concessiva: ‘Foi aprovado, posto
que não estudasse’. Na
linguagem corrente, no Brasil,
esse emprego não se verifica.
Tem-se difundido, no entanto, o
uso dessa locução para ideia de
explicação ou causa, como em
um poema de Vinícius de Moraes,
‘Soneto de fidelidade’, em que há
uma célebre passagem que diz:
‘Que não seja imortal, posto que é
chama, mas que seja infinito
enquanto dure’. É evidente que o
poeta não usou a locução posto
que com o sentido que está nos
dicionários.
(CIPRO NETO, 1998, p. 452)
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Oração subordinada adverbial comparativa
Exerce a função de adjunto adverbial de comparação em relação à
oração principal. A comparação é expressa quando há algo a ser
comparado entre a oração subordinada e a principal. Como é a
conjunção típica das orações subordinadas comparativas. Confira!
1. Ela caminha como se estivesse desfilando.
2. Ninguém o conhece melhor do que eu. (o conheço)
3. Você se saiu tão bem no teste quanto o seu irmão. (se saiu)
Nas orações adverbiais comparativas, é muito comum a elipse
(supressão de um termo facilmente subentendido) do verbo que já
apareceu na oração principal, como mostram o segundo e o terceiro
exemplos.
Oração subordinada adverbial conformativa
Exerce a função de adjunto adverbial de conformidade em relação à
oração principal. A conformidade é aquilo que se orienta por uma
regra, por um modelo expresso na oração principal.
1. Segundo atesta a OMS (Organização Mundial de Saúde) desde
1997, o alcoolismo é uma questão de saúde pública.
2. Realizei as leituras conforme o professor me orientou.
3. O autoteste deve ser realizado como indicam as instruções.
A conjunção mais utilizada nas orações conformativas é justamente
conforme, dessa forma, em caso de dúvida a respeito, por exemplo,
da conjunção como, basta substituí-la por conforme. Desse modo,
não há como confundir com a conjunção comparativa como.
Orações adverbiais de �nalidade, proporção e
tempo
Oração subordinada adverbial �nal
Exerce a função de adjunto adverbial de finalidade em relação à
oração principal. A finalidade exprime a intenção do que se declara
na oração principal.
1. A negociação foi feita a fim de que as partes ficassem
satisfeitas.
2. Para que todas as reivindicações fossem registradas, criou-se
uma força-tarefa com o dobro do pessoal.
3. Gritei, que me atendesse logo.
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Quando as conjunções que e porque puderem ser substituídas por
para que, significa que indicam finalidade, como é o caso do último
exemplo. Esse uso é menos comum, mas possível.
Oração subordinada adverbial proporcional
Exerce a função de adjunto adverbial de proporção em relação à
oração principal. A proporção exprime a ideia de proporção ou
proporcionalidade entre o processo verbal que a oração subordinada
expressa com o declarado na oração principal. Veja!
1. Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animas.
2. À medida que atinjo as metas, mais sou cobrada.
3. À proporção que a temperatura média dos oceanos sobe, os
eventos climáticos extremos aumentam.
Nesse caso, estamos sempre diante de duas grandezas que se inter-
relacionam.
Oração subordinada adverbial temporal
Exerce a função de adjuntoadverbial de tempo em relação à oração
principal. Expressa fatos em simultaneidade, anterioridade ou
posteridade com os fatos na oração principal. Confira!
1. Enquanto me exercito na esteira, estudo inglês.
2. Quando o circuito interno de câmera entrou em pane, todos já
estavam fora do prédio da Polícia Federal.
3. Assim que você foi embora, começou a chover.
As orações subordinadas temporais dos exemplos citados marcam
respectivamente um fato simultâneo, um fato posterior e um fato
anterior em relação ao que a oração principal declara. Em caso de
dificuldade para perceber essa relação, basta inverter e colocar a
oração principal em posição inicial do período.
Outras orações
subordinadas adverbiais
Confira no vídeo as orações subordinadas adverbiais de concessão,
comparação, conformidade, finalidade, proporção e tempo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Leia com atenção as seguintes declarações:
I. Como dizia o poeta Camões, “amor é fogo que arde sem se ver”.
II. Como não tenho tempo, não conseguirei cumprir o estágio agora.
III. Ela dormiu como uma princesa.
Assinale a afirmação correta a respeito do valor da conjunção como
em cada uma das afirmações.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Em I, a conjunção como equivale a conforme dizia o poeta,
portanto, exprime conformidade. Em II, a conjunção como exprime
causa. O que está expresso na oração subordinada (ausência de
tempo) é a causa do que está expresso na oração principal
(impossibilidade de cumprir o estágio). Em III, como tem valor de
comparação: “Ela dormiu assim como/ tal como uma princesa
dorme”.
A I conformidade; II causa; III comparação
B I causa; II conformidade; III comparação
C I comparação; II causa; III comparação
D I comparação; II comparação; III comparação
E I conformidade; II comparação; III comparação
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Questão 2
Que é um vocábulo gramatical com diversas funções sintáticas,
inúmeras delas no período composto. Na oração subordinada
adverbial: “Fiz-lhe sinal que encerrasse a reunião”, que assume valor
de
Parabéns! A alternativa A está correta.
Em: “Fiz-lhe sinal que encerrasse a reunião”, que se comporta como
uma conjunção subordinativa de finalidade. Equivale a: para que, a
fim de que: “Fiz-lhe sinal para que encerrasse a reunião” ou “Fiz-lhe
sinal a fim de que encerrasse a reunião”.
4 - Orações reduzidas
A finalidade.
B concessão.
C consequência.
D comparação.
E tempo.
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Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a classi�cação e as
características das orações reduzidas.
Orações subordinadas
reduzidas
A forma nominal do verbo
Até aqui vimos as orações subordinadas desenvolvidas. Para
finalizarmos os nossos estudos sobre a subordinação no período
composto, veremos agora as orações subordinadas reduzidas.
Para identificá-las, é necessário relembrar que os verbos possuem
formas nominais, que são três:
Essas três formas são assim chamadas porque se comportam como
nomes, pois não são conjugadas e não variam de tempo, modo e
pessoa, como é próprio da classe dos verbos.
Um dos importantes usos das formas nominais é na composição de
locuções verbais, sendo que o verbo que sofre as variações de tempo,
modo e pessoa é sempre o auxiliar, nunca o principal, que permanece
em sua forma nominal. Repare:
Estou saindo/
Estávamos saindo
(verbo auxiliar +
verbo principal no
gerúndio)
 In�nitivo
Amar, vender, partir, pôr
 Gerúndio
Amando, vendendo, partindo, pondo
 Particípio
Amado, vendido, partido, posto
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Fui convocado/
Foram convocados
Vou viajar/ Irei
viajar
(verbo auxiliar +
verbo principal no
particípio)
(verbo auxiliar +
verbo principal no
infinitivo)
Observe que o particípio apresenta flexão própria dos nomes:
De gênero (feminino, masculino): A inauguração será realizada em
breve.
De número (singular, plural): As inaugurações serão realizadas em
breve.
Pois bem, outro uso importante das formas nominais é o que nos
interessa aqui: compor orações subordinadas de forma reduzida.
As orações subordinadas reduzidas são as orações que têm o verbo
numa das suas formas nominais. Desse modo, existem as:
Orações reduzidas de gerúndio
São aquelas introduzidas pelo gerúndio.
Orações reduzidas de in�nitivo
São aquelas introduzidas pelo infinitivo.
Orações reduzidas de particípio
São aquelas introduzidas pelo particípio.
Esses três tipos de reduzidas vão servir à composição de inúmeras
subordinadas, tanto de orações subordinadas substantivas quanto de
adjetivas e de adverbiais.
Como classi�camos as reduzidas
Uma das orações subordinadas que vimos foi a subordinada
substantiva apositiva. Pois bem, observe agora um exemplo de uma
apositiva desenvolvida passada para sua forma reduzida.
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Forma desenvolvida
Temos um objetivo comum aqui na escola: que pratiquemos o bem.
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Forma reduzida
Temos um objetivo comum aqui na escola: praticar o bem.
Ambos os períodos são compostos por duas orações: a primeira sendo
a oração principal e a segunda a oração subordinada. Porém, repare:
1. No primeiro exemplo, a oração está desenvolvida, ou seja, com a
presença da conjunção subordinativa (“que”) e com o verbo
flexionado na primeira pessoa do presente do subjuntivo
(“pratiquemos”).
2. No segundo exemplo, temos a oração subordinada introduzida pela
forma nominal do verbo “praticar”, que aparece no infinitivo. Essa
opção produz a redução na estrutura da oração, pois elimina a
conjunção (que) e substitui a forma conjugada do verbo
(pratiquemos) pela forma nominal do infinitivo (praticar).
Praticar o bem é, portanto, uma oração subordinada substantiva
apositiva reduzida de infinitivo.
Além da forma nominal do verbo, as orações reduzidas dispensam um
nexo subordinativo explícito. Por isso, é importante recorrermos à
semântica para facilitar a classificação.
Característica e classi�cação
das subordinadas reduzidas
Assista ao vídeo e confira a diferença entre as orações desenvolvidas e
as reduzidas, mostrando como é realizada a classificação das orações
reduzidas.
As orações reduzidas de
gerúndio, particípio e
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in�nitivo
Orações reduzidas de gerúndio
Agora, vamos conferir alguns casos de orações reduzidas nas orações
substantivas, adjetivas e adverbiais.
As orações reduzidas de gerúndio são adverbiais em sua maioria.
Raramente são adjetivas ou substantivas.
Vamos conferir quatro exemplos e os breves comentários sobre cada
um deles.
1. Receando o agravamento dos sintomas, revelou o resultado dos
exames. (Adverbial causal)
1.1. Aqui, temos uma relação de causa entre as orações. A
revelação dos exames se deu por causa do receio de agravamento
dos sintomas. Se fosse uma oração desenvolvida, precisaríamos
escolher uma conjunção causal, como: visto que/ porque/ como
receava o agravamento dos sintomas, revelou o resultado dos
exames.
2. Sendo pobres, fizeram doações. (Adverbial concessiva)
2.1. A relação estabelecida pelo gerúndio nesse exemplo é de
concessão, equivale nas orações desenvolvida a algo como:
Embora/ ainda que fossem pobres, fizeram doações.
3. Nessa crise econômica, em se planejando, sobrevive-se. (Adverbialcondicional)
3.1. Tal como no conhecido ditado popular: “Em se plantando, tudo
dá”, a oração subordinada expressa claramente uma condição. A
sobrevivência está condicionada ao ato de se planejar, tal como a
colheita só é possível caso haja plantio.
4. Entregando a prova, retirou-se. (Adverbial temporal)
4.1. Aqui o gerúndio expressa uma relação temporal. Poderíamos
também usar uma locução verbal: “Tendo entregado a prova,
retirou-se”. Note que, para isso, foram necessárias duas formas
nominais (gerúndio e particípio). Caso quiséssemos desenvolver a
oração, bastaria escolhermos uma conjunção temporal para que o
sentido fosse mantido: Assim que/ logo que/ quando entregou a
prova, retirou-se.
Orações reduzidas de particípio
São sempre adverbiais ou adjetivas. Nunca são substantivas. Vejamos
quatro exemplos e os breves comentários sobre cada um deles.
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1. Decepcionados com o faturamento, os proprietários encerraram as
atividades do restaurante. (Adverbial causal)
1.1. Nesse exemplo, os proprietários do restaurante por causa da
decepção com o faturamento decidiram encerrar as atividades. A
relação entre a oração principal e a subordinada é de causa: visto
que/ já que/ uma vez que o faturamento foi decepcionante, os
proprietários encerraram as atividades.
2. Aprovados os projetos, começaremos as pesquisas. (Adverbial
condicional ou temporal)
2.1. Aqui temos duas possibilidades de interpretação e, portanto,
de classificação: as pesquisas serão iniciadas assim que/ logo
que/ quando/ depois que os projetos receberem aprovação, o que
confere um nexo temporal. Ou podem expressar uma relação de
condição: se os projetos forem aprovados, as pesquisas serão
iniciadas.
3. Traumatizados pelas enchentes do último verão, moradores
deixam o litoral norte de São Paulo definitivamente. (Adverbial
causal)
3.1. Se reescrevermos a oração reduzida de forma desenvolvida, as
conjunções causais serão necessariamente as que estabelecerão
as corretas relações de sentido: como/ porque/ visto que estão
traumatizados pelas enchentes, moradores deixam o litoral de São
Paulo.
4. A literatura brasileira, considerada marginal desde sempre, é pouco
traduzida. (Adjetiva)
4.1. Nesse caso, temos uma oração subordinada adjetiva
explicativa reduzida de particípio. Ao desenvolvê-la, temos: a
literatura brasileira, que sempre foi marginalizada, é pouco
traduzida.
Orações reduzidas de in�nitivo
São adverbiais e substantivas em sua maioria. Raramente são adjetivas.
Acompanhe os quatro exemplos com suas explicações:
1. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.
(Adverbial condicional)
1.1. Esse primeiro exemplo expressa uma relação de condição em
que um médico deverá ser consultado se/ caso/ desde que os
sintomas persistam.
2. Ele é jovem para compreender isso. (Adverbial consecutiva)
2.1. Essa classificação causa um pouco de dificuldade porque se
trata de uma construção francesa. Em português, seria mais
apropriado usar as conjunções consecutivas, como: Ele é tão jovem
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que não compreende isso. De todo modo, a construção francesa
prevaleceu em nosso uso e a relação expressa é de consequência.
A dificuldade de compreensão é consequência da juventude.
3. É preciso dormir bem. (Substantiva subjetiva)
3.1. Aqui, “dormir bem” funciona como sujeito da oração principal
“é preciso”, exatamente como ocorre na oração desenvolvida: É
preciso que se durma bem.
4. Deixem-nos escolher o quarto. (Substantiva objetiva direta)
4.1. Deixem-nos o quê? Escolher o quarto. Percebam que o verbo
“deixar’ precisa de um complemento e que esse complemento vem
na forma de uma oração iniciada por um verbo no infinitivo:
“escolher o quarto”, que desempenha a função de objeto direto da
oração principal, pois quem deixa, deixa algo. Por isso, a oração é
uma subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Reduzidas de gerúndio,
particípio e in�nitivo
Confira neste vídeo as orações subordinadas reduzidas de gerúndio, de
particípio e de infinitivo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Avalie as frases e assinale a alternativa em que a oração
subordinada reduzida expressa a ideia de condição.

A Falando assim, todos sairão da festa.
B
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Parabéns! A alternativa A está correta.
A alternativa “Falando assim, todos sairão da festa” expressa
relação de condição: Se falar assim, todos sairão da festa ou “Caso
fale assim, todos sairão da festa”. “Visitando o Pantanal, não há
quem não fique encantado” expressa relação de tempo, pois
equivale a “Não há quem não fique encantando quando visita o
Pantanal”. “Ao saírem, avisem-me” expressa também relação de
tempo, pois equivale a “Quando saírem, avisem-me”.
Em “Sendo estrangeiro, fala português muito bem”, o gerúndio
estabelece uma relação de concessão: “Apesar de ser estrangeiro,
fala português muito bem”. Por fim, “É necessário escrever com
atenção” se trata de uma oração subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo porque “escrever com atenção” funciona como
sujeito de “É necessário”.
Questão 2
Analise as afirmativas a seguir:
I. “Antes de sair, despediu-se de mim” é uma oração subordinada
adverbial de tempo reduzida de infinitivo.
II. “Chegando à estação, comprou os bilhetes” é uma oração
subordinada adverbial de tempo reduzida de gerúndio.
III. “Terminada a peça, o público aplaudiu de pé” é uma oração
subordinada adverbial de tempo reduzida de particípio.
Está correto o que se afirma em
Visitando o Pantanal, não há quem não fique
encantado.
C Ao saírem, avisem-me.
D Sendo estrangeiro, fala português muito bem.
E É necessário escrever com atenção.
A I, apenas.
B II, apenas.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
“Antes de sair” equivale a “Quando saiu”, “Chegando à estação”
equivale a “Quando chegou à estação” e “Terminada a peça”
equivale a “Quando terminou a peça”. Todas as orações reduzidas
expressam uma ideia de tempo em relação à oração principal e
todas elas estão corretamente classificadas, sendo,
respectivamente, oração subordinada adverbial de tempo: I)
reduzida de infinitivo (sair), II) reduzida de gerúndio (chegando) e III)
reduzida de particípio (terminada).
C III, apenas.
D I e II.
E I, II e III.
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Considerações �nais
Estudamos o período composto por subordinação. Certamente ele é
mais complexo do que o período composto por coordenação,
apresentando classificações que exigem ainda mais atenção em relação
aos aspectos sintático e semântico das orações e das relações que
entre elas são estabelecidas.
Uma das grandes contribuições desse estudo, porém, não é a
capacidade de classificarmos as orações, e sim fornecer mais
ferramentas à interpretação e à produção de textos, pois, a todo tempo,
o que fizemos aqui foi avaliar detidamente as relações sintático-
semânticas entre as orações.
Além disso, revisamos também uma série de conjunções, todas já
conhecidas desde o ensino fundamental e médio, e como elas são
importantes para estabelecermos a correta relação de sentido entre as
orações.
Por fim, exercitamos as equivalências sintáticas entre a oração
subordinada e o termo que ela representa na oração principal ou as
equivalências entre as reduzidas e as desenvolvidas. Tudo isso
aumenta, e muito, a nossacompetência com o uso e a compreensão da
nossa língua portuguesa.
Explore +
Confira as indicações que separamos para você!
Consulte, em várias gramáticas da língua portuguesa, a parte dedicada à
sintaxe. É nela que você encontrará conteúdos sobre o período
composto por subordinação, inclusive bons exercícios.
Amplie a sua compreensão sobre o período composto e análise
sintática com o livro Subordinação e coordenação, de Flávia Barros
Carone, da Série Princípios, editada pela Ática.
Otimize os seus conhecimentos sobre as conjunções subordinativas e
demais conectivos em materiais sobre coesão textual, como o livro A
coesão textual, de Ingedore Villaça Koch, editado pela Contexto.
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Referências
CIPRO NETO, P. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione,
1998.
ROCHA LIMA, C. H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio
de Janeiro: José Olympio, 1979.
SACCONI, L. A. Nossa gramática: teoria e prática. São Paulo: Atual,
1999.
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