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Liderança, Poder e Autoridade

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DESCRIÇÃO
As bases de poder e sua relação com a autoridade nas organizações. Teorias e tipos de
liderança. Práticas da liderança transformadora.
PROPÓSITO
Aprender sobre a liderança e o contexto em que ela ocorre permitirá ao gestor identificar
estratégias de intervenção para o alinhamento dos objetivos pessoais aos organizacionais.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Relacionar as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente
MÓDULO 2
Explicar os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança
MÓDULO 3
Identificar as práticas da liderança transformadora
MÓDULO 1
 Relacionar as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente
INTRODUÇÃO
Neste módulo, analisaremos diversos aspectos sobre a liderança – sobretudo, a capacidade de
desenvolver tal competência. Você sabe o que significa ser líder e o que torna uma pessoa
capaz de influenciar outras?
Relembre situações que já viveu. De forma mais específica, pense nas pessoas capazes de
inspirar outras a agir de determinada maneira.
Líderes influenciam o comportamento dos outros de forma:
NEGATIVA
POSITIVA
Apresentaremos várias situações nas quais a liderança é exercida a partir do conceito de
poder.
PODER E AUTORIDADE
Você já parou para pensar na palavra organização ?
Organizações são sistemas sociais formalmente organizados que buscam alcançar
objetivos para colher resultados.
Alcançar estes resultados, no entanto, não é algo tão simples quanto parece.
Para entendermos melhor o motivo, precisamos detalhar o conceito de organização.
SISTEMAS SOCIAIS
Toda organização é um sistema social, já que ela é formada por uma reunião de pessoas que
compõem a sua força de trabalho. Este grupo se relaciona e interage para realizar as
atividades inerentes ao cargo que ocupam.
FORMALMENTE ORGANIZADO
Leia o exemplo abaixo:
João chega para trabalhar na hora que decide, desenvolve as atividades da sua maneira, não
precisa responder a determinado gestor e não tem nenhuma meta ou objetivo para alcançar.
Tal exemplo ilustra um modelo de organização do trabalho que definitivamente não é
adequado.
É imprescindível organizar o funcionamento da estrutura interna de um negócio ou de uma
instituição para que os resultados possam ser atingidos.
ALCANÇAR OBJETIVOS E COLHER RESULTADOS
Todos nós trabalhamos diariamente para alcançar os objetivos propostos.
Quando estes objetivos são atingidos, todos os envolvidos ganham: Pessoas, Clientes,
Sociedade e Acionistas.
PESSOAS:
Recebem sua contrapartida salarial pelo trabalho realizado.
 Foto: Shutterstock.com
CLIENTES:
Ganham o produto ou o serviço desejado dentro do padrão de qualidade prometido.
 Foto: Shutterstock.com
SOCIEDADE:
Beneficia-se pelo pagamento de impostos que serão transformados em serviços para atender
às suas necessidades.
 Foto: Shutterstock.com
ACIONISTAS:
Recebem o retorno do capital investido.
 Foto: Shutterstock.com
Tornar isso uma realidade não é uma tarefa fácil. Afinal, há muitas pessoas, variáveis,
processos e interesses que, se não estiverem alinhados, impedem a realização dos objetivos
pretendidos.
Quando uma organização não define uma estrutura adequada, a informalidade se sobrepõe à
formalidade e os problemas começam a aparecer. Quem nela trabalha, possui naturalmente
um modelo mental próprio construído desde a sua infância. Tal modelo depende dos seguintes
fatores:
Educação
Religião
Profissão escolhida
Valores consolidados durante a vida
Locais nos quais já trabalhou
Quando, em um mesmo espaço, reunimos pessoas com visões de mundo tão diferentes, os
conflitos tendem a aparecer. Além disso, os interesses dos empregados nem sempre são os
mesmos de quem faz parte da gestão. Muitas vezes, falta habilidade gerencial para alinhá-los.
A relação entre a organização e seus grupos externos (governo, clientes e sociedade) também
é permeada por conflitos. Vemos todos os dias na mídia problemas dessa natureza em relação
à poluição, ao desrespeito ao consumidor, à sonegação de impostos etc.
PODER
Relação entre os homens e os grupos dos quais eles fazem parte. Trata-se da capacidade de
agir de um indivíduo e de determinar o comportamento de outra pessoa.
Até pela sua natureza, a organização é um palco de lutas entre interesses divergentes.
Tais interesses são geradores de conflitos que precisam ser resolvidos pelo uso do poder].
1
javascript:void(0)
O poder é uma forma de controle social, estabelece a ordem e enfatiza o predomínio da
vontade de uns sobre os outros.
Ele é considerado mais efetivo quando consegue evitar ou minimizar o conflito.
2
3
Por isso, é muito importante estudarmos as bases do poder nas organizações; entendendo-
as, poderemos gerenciar melhor essa coalizão de interesses distintos com os quais, enquanto
gestores, precisamos lidar diariamente
Tudo aquilo que eu controlo e me permite manipular o comportamento de alguém pode ser
considerado uma base de poder.

Cada poder emana um tipo de autoridade, o que não implica necessariamente o uso da
força ou uma obrigação.
Robbins e Judge (2014) elencaram os tipos mais conhecidos e discutidos pela literatura
especializada no assunto:
COERÇÃO
A base do poder coercitivo é o uso da força e da capacidade de uma pessoa para punir ou
recomendar sanções a outra.
LEGITIMIDADE
Decorre da posição hierárquica que se detém, estando, em geral, registrada no organograma
da organização.
RECOMPENSA
Provém da capacidade de reconhecer os outros, seja por meio de recompensas materiais ou
sociais. É o reconhecimento de determinado comportamento ou meta atingida.
COMPETÊNCIA
Resulta de competências, conhecimentos e atitudes distintivas que alguém possui. Passa-se a
ser respeitado por elas.
CARISMA
Tipo de poder associado a uma imagem altamente favorável, fazendo com que os outros
acreditem e admirem suas ideias. Possui relação direta com a devoção pessoal.
Mas será que as pessoas sabem o que é poder e como ele se manifesta nas
organizações?
SABRINA PETROLA
Mestre em Administração pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da
Fundação Getúlio Vargas (FGV); MBA em Gestão Empresarial - FGV Management; e
administradora de empresas pela Universidade da Amazônia. Atua como docente na área de
gestão em cursos de graduação, pós-graduação e produção de conteúdo digital. Tem como
linhas de pesquisa os aspectos comportamentais da gestão de pessoas e educação
corporativa. Coordena o curso de Administração da Estácio FAP e a realização de concursos
públicos e processos seletivos do Centro de Extensão e Treinamento Empresarial.
Fomos à rua ouvir a opinião da população e a explicação da professora Sabrina Petrola sobre
os tipos de poder.
MAX WEBER
Sociólogo alemão que escreveu inúmeras obras de sucesso, como Economia e sociedade
(1922), além de ter institucionalizado a burocracia.
TIPOS DE SOCIEDADE E AUTORIDADE
Max Weber categoriza as sociedades e as relaciona com suas respectivas autoridades,
criando uma tipologia que nos permite entender ainda melhor a relação entre poder e
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javascript:void(0)
autoridade.
Segundo Weber, as sociedades se dividem em: Sociedade Tradicional, Sociedade
Burocrática e Sociedade Carismática.
GANDHI
Este líder pacifista foi a principal personalidade mundial na luta pela independência da Índia,
até então uma colônia britânica. Destacou-se no enfrentamento dos ingleses por causa de seu
projeto de não violência.
SOCIEDADE TRADICIONAL
O sistema e sua regulação baseiam-se no conservadorismo.
A autoridade tradicional é o poder legitimado pela tradição, pelos costumes e pelos hábitos de
um povo. Ela deriva da crença nas tradições do passado.
A sociedade típica desta autoridade é a medieval, na qual o servo obedece ao senhor feudal.
SOCIEDADE BUROCRÁTICA
Nas sociedades burocráticas, o tipo de autoridade que prevalece é o racional-legal. As ordens
e as normas são justificadas em lei.
Os procedimentos são formais e concretos, estando todos normatizados.Além disso, prevalece
a obediência dentro de uma rigorosa e sistemática disciplina de comando e controle pautada
na superioridade técnica.
As organizações públicas são um bom exemplo da burocracia.
Fundamentalmente, a administração burocrática significa o exercício de poder baseado no
saber. Este é o traço que a torna especificamente racional.
SOCIEDADE CARISMÁTICA
Prevalece o modelo de autoridade pautado no carisma. A obediência deve-se à influência
ideológica e à devoção efetiva, que se manifestam por meio da identificação com valores,
ideias e propósitos comuns. Surge então a figura do herói, aquele que respeitamos e adoramos
a qualquer preço.
Gandhi é um excelente exemplo de autoridade carismática.
 SAIBA MAIS
Para conhecer um exemplo de sociedade tradicional, sugerimos que você assista ao filme
Cruzada . Direção: Ridley Scott. EUA, Reino Unido, Espanha: Twentieth Century Fox Film
Corporation, Scott Free Productions, 2005. 144 minutos.
NOVOS MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO
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As conquistas das organizações são um efeito da ação de grandes líderes, sejam elas
públicas, privadas ou do terceiro setor.
A ação humana é imprescindível para o alcance dos resultados
Ambientes nos quais o poder coercitivo é visto como o único meio exequível para alcançá-los
estão ficando para trás. O mundo no qual vamos viver, nas próximas décadas, aponta uma
direção completamente oposta.
A tendência é que haja uma maior distribuição do poder entre as pessoas que fazem parte dos
processos de tomada de decisão.
À medida que existe uma maior autonomia para definir os objetivos a serem alcançados e a
forma de realizar as atividades cotidianas, a coletividade passa a estar presente em todos os
níveis hierárquicos.
Atualmente, um dos modelos em maior consonância com tal filosofia é aquele baseado na
holocracia.
Holocracia: Neste sistema, a autoridade e o poder são distribuídos; logo, o empoderamento
torna-se o núcleo da organização. A cadeia comando-controle deixa de ter sentido sob essa
perspectiva, já que as decisões são tomadas pelas equipes, e não por um gestor que ocupa o
topo de uma estrutura piramidal, como ocorria no passado.
Na Holocracia, temos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Explicar os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança
INTRODUÇÃO
Os processos de liderança se estabelecem nas mais diversas relações pessoais que
construímos no:
 Trabalho
 Família
 Amigos
 Esporte
 Vida pública
Os espaços sociais, afinal, são os campos nos quais é exercida a influência de uma pessoa
sobre a outra.
QUILOMBO DOS PALMARES
Comunidade livre que reunia escravos fugidos de grandes fazendas do Nordeste.
É difícil dizer o que torna uma pessoa capaz de exercer uma liderança; reconhecê-la, contudo,
é bem mais fácil. Com certeza, você já ouviu falar da história destas pessoas e de seus
grandes feitos:
JOANA D'ARC
1412 A 1431
Esta mulher ousada e destemida liderou o exércico francês na Guerra dos 100 Anos.
ZUMBI DOS PALMARES
1655 A 1695
Grande símbolo da luta contra a escravidão no Brasil, ele liderou milhares de pessoas e as
organizou no Quilombo dos Palmares.
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MARTIN LUTHER KING
1929 A 1968
Lutando por direitos iguais, King combateu a desigualdade racial nos Estados Unidos nos anos
1960.
BARACK OBAMA
1961 ATÉ OS DIAS DE HOJE
Advogado e político norte-americano, Obama se tornou o 44° presidente dos Estados Unidos.
Com dois mandatos (de 2009 a 2017), ele é o primeiro afro-americano a ocupar o cargo.
O que tais figuras históricas poderiam ter em comum que lhes permitia influenciar grandes
multidões em torno de uma causa?
Seriam características físicas, habilidades de relacionamento ou a energia que emanavam?
Para responder a estas questões, abordaremos a seguir as teorias sobre a liderança.
TEORIAS E TIPOS DE LIDERANÇA
1º - TEORIA DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA
Na introdução deste módulo, destacamos quatro grandes líderes de diferentes momentos da
história mundial.
Eles eram homens e mulheres que, à sua maneira, mudaram o curso dos acontecimentos nos
locais onde viviam graças à influência que exerciam em outras pessoas.
Esta teoria defende que as pessoas já nascem com certos atributos que lhes conferem a
capacidade de liderar. Segundo Vergara (2005), os traços estão divididos em:
1
FÍSICOS
Análise de aparência, estatura, energia e força física.
SOCIAIS
Envolvem as habilidades interpessoais e administrativas, além da cooperação.
2
3
RELACIONADOS COM AS TAREFAS
Englobam a persistência, a persuasão, o grau de iniciativa e o impulso de realização.
INTELECTUAIS
Tanto o QI (quociente de inteligência) quanto o grau de adaptabilidade, autoconfiança e
entusiasmo têm potencial para determinar a capacidade de liderar.
4
No fim dos anos 1960, seus teóricos chegaram à conclusão de que certos traços eram mais
comuns em grandes líderes, embora ressaltassem que o fato de possuí-los não determinava
que tais pessoas seriam líderes um dia.
 EXEMPLO
Alguém pode demonstrar motivação, energia, autoconfiança, desejo de liderar e ambição
(alguns dos traços mais comuns nos líderes), mesmo sem exercer uma liderança sobre outras
pessoas.
Estes traços indicam a capacidade de liderar, mas não a determinam.
2º - TEORIA DOS ESTILOS DE LIDERANÇA
Uma das teorias mais conhecidas afirma que existem três estilos de liderança:
1. AUTOCRÁTICA
2. DEMOCRÁTICA
3. LIBERAL
Você já parou pra pensar em qual estilo de liderança você se encaixa? 
1. AUTOCRÁTICA
Influencia pessoas pelo poder coercitivo que exerce, pela imposição e pela força.
Adolf Hitler - O político alemão foi líder do Partido Nazista desde 1921.
2. DEMOCRÁTICA
Centrado nas pessoas, busca a participação da equipe na tomada de decisões. Trata-se de um
líder agregador.
Luiza Helena Trajano - Empresária brasileira que comanda a rede de lojas de varejo Magazine
Luiza e outras empresas integradas a sua holding.
3. LIBERAL (LAISSEZ-FAIRE)
Líder que dá plena autonomia aos liderados, o que pode ser confundido com permissividade.
Sergey Brin e Larry Page - Após terem se conhecido na Universidade de Stanford,
apresentaram ao mundo, em 1998, o site de busca mais famoso do mundo: o Google.
Após analisar os estilos de liderança, qual você acha que seria o ideal?
AUTOCRÁTICA
DEMOCRÁTICA
LIBERAL
AUTOCRÁTICA
Talvez você tenha pensado que a liderança autocrática é a ideal em todas as situações.
Afinal, em momentos de crise iminente ou de urgência, como uma evacuação do prédio onde
você trabalha, exigem uma postura autocrática. O líder ordena, os outros obedecem. É preciso
colocar ordem no caos, e não gerar pânico. Entretanto, isso não é necessariamente verdade
para todos os casos.
Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas isso não quer dizer
que precisamos agir da mesma maneira em todas as situações possíveis. Por exemplo,
equipes experientes, e já automotivadas, demandam uma liderança liberal que confere maior
autonomia de trabalho aos colaboradores.
DEMOCRÁTICA
Talvez você tenha pensado que a <>liderança democrática é a ideal em todas as situações.
Afinal, as outras duas são muito extremas: uma impõe medo (autocrática), enquanto a outra é
tolerante demais, ausente até. Entretanto, isso não é necessariamente verdade.
Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas isso não quer dizer
que precisamos agir da mesma maneira em todas as situações possíveis. Por exemplo,
momentos de crise iminente ou de urgência, como uma evacuação do prédio onde você
trabalha, exigem uma postura autocrática. O líder ordena, os outros obedecem. É preciso
colocar ordem no caos, e não gerar pânico.
LIBERAL
Talvez você tenha pensado que a liderança liberal é a ideal em todas as situações, pois
confere maior autonomia de trabalho aos colaboradores. A liderança liberal é adequada para
equipes experientes e automotivadas. Entretanto, isso não é necessariamente verdade para
todos os casos.Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas isso não quer dizer
que precisamos agir da mesma maneira em todas as situações possíveis. Equipes com pouca
experiência demandam uma liderança mais presente. Nesse caso, uma liderança democrática
tende a criar a motivação e o engajamento necessários.
A idealização do estilo democrático levou algumas organizações a confinarem diretores,
gerentes e supervisores em salas de treinamento para que eles pudessem, de alguma forma,
mudar seu estilo de liderança.
 ATENÇÃO
Embora a teoria dos estilos de liderança não se sustente por ter bases frágeis, ela não foi
descartada por completo, já que ressalta a existência de variações de possibilidade de ação
em situações diferentes.
3º - TEORIA SITUACIONAL
Com base nos estudos de Hersey e Blanchard (apud BATEMAN; SNELL, 2012), a teoria
situacional concentra sua atenção nos liderados, afirmando que o sucesso de um líder se
baseia na escolha de um estilo adequado para a condução de cada equipe.
São os liderados que aceitam ou rejeitam um líder; portanto, o estilo de liderança deve adaptar-
se para atender às necessidades de cada equipe, assim como à sua habilidade e à disposição
para realização das tarefas.
As equipes são diferentes em seus níveis de habilidade e disposição. Quanto mais autônomas
para realizar as tarefas e mais motivadas elas estiverem, menos o líder precisará interferir. Por
outro lado, quanto menor for a capacidade para realizá-las, bem como a motivação delas,
maior será a necessidade de orientação e acompanhamento dele.
Chegamos então à conclusão de que o grau de maturidade da equipe e a situação encontrada
definem o estilo de liderança a ser adotado.
Críticos desta teoria, porém, afirmam que ela tem um apelo intuitivo e que suas bases não são
sólidas para sustentar resultados em longo prazo.
Apesar de nenhuma teoria ter sustentação por si só para explicar a liderança, a união das
descobertas de cada uma delas possibilitou termos um conhecimento sobre alguns aspectos
da liderança.
A professora Sabrina Petrola irá comentar sobre a teoria e os tipos de liderança,
concentrando-se em suas principais contribuições.
TENDÊNCIAS
As relações entre as pessoas e a organização mudaram.
Neste novo cenário, no qual a transparência das informações, a busca de propósitos que
encantem e o respeito às diferenças são valorizados, o papel exercido pelas lideranças é
decisivo para o engajamento de seus colaboradores.
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Em um ambiente tão complexo e mutável, a atuação dos gestores deve ser pautada por
relações baseadas na confiança, na colaboração e no apoio entre líderes e liderados.
Hoje em dia, as pessoas não planejam passar a vida toda trabalhando em um emprego de que
não gostam e fazendo atividades que detestam para um dia – quem sabe? – se aposentarem,
podendo finalmente curtir a vida e serem felizes.
As gerações mais novas, que já representam metade da força de trabalho no mundo,
acreditam que o momento de ser feliz é agora.
Elas encaram a vida pessoal e profissional sob a mesma ótica: a busca pelo prazer e pela
satisfação deve ser feita (e alcançada) nos dois âmbitos.
Seria uma utopia, contudo, afirmar a existência de uma nova teoria sobre a liderança
capaz de revolucionar tudo aquilo que já se sabe sobre o assunto: não temos verdades
absolutas.
O fato é que não há fórmula mágica nem receitas especiais para isso.
 DICA
Olhe com atenção as pessoas que estão ao seu redor e tenha interesse verdadeiro em torná-
las mais realizadas. Dessa forma, você promove um impacto positivo na sua equipe e contribui
para um ambiente de trabalho mais atrativo – feito que somente grandes líderes são capazes
de alcançar.
Um dos grandes líderes da atualidade citado neste módulo é o ex-presidente dos Estados
Unidos Barack Obama. A seguir, o professor Luís Vabo Jr. resume algumas lições de sua
palestra ocorrida no Brasil em 2019:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar as práticas da liderença transformadora
INTRODUÇÃO
THEODORE ROOSEVELT
Ocupou a presidência dos Estados Unidos em dois mandatos: 1900 e 1904. Seu primeiro
período no cargo foi notável pelas concessões feitas ao movimento progressista. No segundo,
reivindicou para o país o direito de cobrar dívidas latino-americanas consideradas insolúveis.
Em 1906, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua intermediação, um ano antes, na guerra
entre a Rússia e o Japão.
Fonte:(FRAZÃO, 2018).
“O MAIS IMPORTANTE INGREDIENTE NA FÓRMULA
DO SUCESSO É SABER COMO LIDAR COM AS
PESSOAS.”
Theodore Roosevelt
Clique na seta a seguir para ouvir o caso de Nathalia, uma funcionária antiga da empresa XYZ
Comunicações.
VER DEPOIMENTO
Lembro-me até hoje do dia em que assumi minha primeira equipe como líder. Se, alguma vez
na vida, senti medo, pavor e angústia ao mesmo tempo, posso afirmar que foi no momento em
que recebi a notícia da minha promoção.
Em nenhum momento, imaginei que não fosse capaz de conduzir a equipe para alcançarmos
nossas metas e objetivos; afinal, eu sabia realizar as tarefas e ela era muito qualificada. O que
me amedrontava, sem dúvida, era o tamanho da responsabilidade que eu assumiria com vinte
e poucos anos de idade.
A partir daquele momento, eu seria a referência para aquelas pessoas – e eu não poderia
nunca as decepcionar. Se você já assumiu um cargo de gestão e não sentiu nada parecido
com isso, certamente é porque a ‘‘ficha ainda não caiu’’.
O líder exerce influência sobre todas as atividades da unidade que comanda e todas as
pessoas que fazem parte de uma equipe. O papel da liderança está intimamente ligado ao
caminho que elas, juntas, vão seguir e aos feitos que vão ou não realizar. Eu me perguntava se
seria capaz de inspirá-las a agir de forma íntegra e verdadeira, mantendo a garra e a
determinação necessárias para o alcance dos nossos objetivos comuns.
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Eu me preocupava com a forma como eu seria lembrada após ter saído da vida daquelas
pessoas anos mais tarde. Seria como a chefe implacável, que superava todas as metas e não
tinha limites morais para chegar a um resultado almejado, ou como uma líder corajosa, capaz
de inspirar e envolver pessoas em torno de objetivos comuns alcançados legitimamente com o
apoio de toda a equipe?
Quando olho para trás, sinto orgulho das decisões que tomei e do caminho que trilhei como
líder. Errei inúmeras vezes, mas aprendi com meus erros. Tive sabedoria e discernimento para
diferenciar os conselhos sábios das tentativas de manipulações vindas de pessoas sem
caráter. Por fim, entendi que minha maior conquista não foram as medalhas e troféus que
ganhei representando as pessoas com as quais trabalhei, mas a marca que deixei na vida de
cada uma delas e o que elas se tornaram como profissionais.
O que você acredita que levou Nathalia Freitas a se tornar uma líder de sucesso?
Neste módulo, vamos apresentar algumas práticas da liderança transformadora.
O DESAFIO DA LIDERANÇA E O PAPEL DO
LÍDER COMO AGENTE DE MUDANÇAS NA
DINÂMICA ORGANIZACIONAL
Liderança, dom ou virtude?
OBSERVE QUE ALGUMAS PESSOAS NASCEM COM ALGUNS DONS E HABILIDADES
ESPECIAIS QUE PODEM SER OBSERVADOS POR TODOS.
 Foto: Shutterstock.com
A LIDERANÇA, NO ENTANTO, NÃO É NATA COMO OS DONS: ELA PODE, ASSIM COMO
QUALQUER OUTRA VIRTUDE, SER DESENVOLVIDA. AFINAL, É POSSÍVEL ESTUDÁ-LA,
APRENDÊ-LA E COLOCÁ-LA EM PRÁTICA NO DIA A DIA, TRANSFORMANDO-A EM UMA
COMPETÊNCIA. ESTE É O DESAFIO DE QUALQUER GESTOR.
 Foto: Shutterstock.com
Apresentaremos a seguir as definições de alguns autores sobre liderança:
1 - CORTELLA E MUSSAK
Cortella e Mussak (2009) a entendem como uma competência construída a partir de um
horizonte positivo como intenção.
Trata-se, portanto, de uma atitude capaz de inspirar alguém, “recreando ou divertindo o
espírito”.
“O LÍDER COMPROMETIDO É AQUELE QUE TRAZ A
ALEGRIA PARA O MUNDO DO TRABALHO SEM QUE
ESSA ALEGRIA SE TRANSFORME EM
DESCOMPROMISSO, EM FROUXIDÃO DAQUILO QUE
PRECISASER FEITO”.
(CORTELLA E MUSSAK, 2009).
INSPIRAR
De acordo com o Dicionário Aurélio da língua portuguesa , trata-se de “inserir ar nos pulmões:
inspirar o ar”, o que significa encher de vida, animação, vontade.
Fonte: (FERREIRA, 2010).
Para ambos, inspirar é um verbo comum no exercício da liderança.
O que isso significa?
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Que os líderes precisam ser uma fonte de energia, vida, direcionamento e orientação para seus
liderados. Afinal, um trabalho sério não precisa ser triste, sem alegria, ou muito menos
representar uma falta de compromisso.
Da mesma forma, em relação aos líderes, os autores também defendem:
- A posição de estabelecer limites, definindo comportamentos e objetivos aceitáveis que devem
ser observados por todos.
- Tais limites devem ser negociados e compartilhados para que as pessoas não os interpretem
como uma ordem ou uma imposição.
2 - BENNIS
“O LÍDER SABE O QUE QUER, COMUNICA ESSAS
INTENÇÕES, POSICIONA-SE CORRETAMENTE E
TRANSFERE PODER À SUA EQUIPE DE TRABALHO.”
(BENNIS apud CARVALHAL; FERREIRA, 2001).
A definição deste autor contém pontos essenciais que fortalecem a prática da liderança:
EMPREENDER
Empreender para o futuro: O líder deve apontar o futuro, identificando oportunidades de
negócios. Precisa ser, portanto, um visionário.
COMUNICAR
Comunicar a intenção: O líder deve indicar o caminho a ser seguido pelos membros de sua
equipe.
Você não gostaria de ter um líder que transmitisse a confiança de que as decisões tomadas
levam a organização para um lugar seguro? Provavelmente, você deve ter dito sim.
Diversos livros apresentam as características desejáveis em um líder.
Quando as analisamos em um primeiro momento, percebemos que são muitas: dificilmente,
alguém seria capaz de demonstrar tal perfil em todas as situações às quais fosse exposto.
Essa constatação pode nos levar a uma triste conclusão: é impossível ser um líder!
Mas isso não é verdade: NINGUÉM consegue representar um papel de super-herói o
tempo inteiro.

A competência da liderança deve ser aprimorada a todo momento, constituindo um
aprendizado diário. Afinal, líderes não nascem prontos. Ao contrário: eles estão em um
constante processo de aperfeiçoamento.

Além disso, ainda que você não reúna todas as características listadas na maior parte da
bibliografia que discute o assunto, pode muito bem reconhecer e aplicar, no dia a dia, práticas
fundamentais para legitimá-lo como um excelente líder.
 ATENÇÃO
Cargo não é liderança! Você não precisa promover uma pessoa para que ela exerça
influência sobre as demais.
PRÁTICAS DA LIDERANÇA
TRANSFORMADORA
Kouzes e Posner (2018) realizaram uma pesquisa cujo objetivo, a princípio, era avaliar o perfil
de liderança das empresas que possuíam uma excelente performance.
AS RESPOSTAS ENCONTRADAS FORAM
AGRUPADAS E CATEGORIZADAS EM CINCO
PRÁTICAS QUE FORMAM A LIDERANÇA
TRANSFORMADORA:
1. DESAFIAR PERMANENTEMENTE O
PROCESSO;
2. INSPIRAR UMA VISÃO E COMPARTILHÁ-LA;
3. PERMITIR QUE OS OUTROS POSSAM AGIR;
4. MOSTRAR O CAMINHO SENDO UM EXEMPLO;
5. ENCORAJAR A VONTADE.
1. DESAFIAR PERMANENTEMENTE O PROCESSO
É preciso compreender que o mundo está em constante processo de mudança, mantendo-se
atualizado para identificar novas oportunidades no mercado.
É importante abrir-se para um processo de aprendizado contínuo, levantando espaços para a
dúvida e questionando tanto os processos existentes quanto a relação da organização com os
seguintes grupos de interesse:
CLIENTES
EMPREGADOS
SOCIEDADE
A ideia é liberar a mente para o conflito construtivo, a diversidade de ideias e o debate entre
perspectivas diferentes.
Isso abre espaço na organização para a inovação e muda a lógica da execução das atividades.
DISRUPTIVO
Provoca ou causa a disrupção, interrompendo o andamento normal de um processo. Pessoas
disruptivas têm a capacidade de romper ou alterar padrões consagrados.
Trata-se, enfim, de um processo disruptivo.
O QUE ISSO SIGNIFICA? PENSE FORA DA CAIXA.
Aprenda com as experiências dos outros e os próprios erros, estimulando a conexão com
conhecimentos já existentes dentro ou fora da organização.
 DICA
A experiência não tem relação apenas com a idade, e sim com a intensidade: é tudo aquilo que
aprendemos e praticamos, além de indicar como melhoramos nossos processos.
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Você sabia que a inovação é favorecida nas empresas que estimulam a descoberta?
Por isso, exponha-se ao risco calculado! É assim que a economia gira, a inovação acontece e
o emprego é gerado.
 SAIBA MAIS
Para conhecer um exemplo de liderança transformadora, sugerimos que assista ao filme A
teoria de tudo. Direção: James Marsh. Reino Unido: Universal Pictures, 2014. 123 minutos.
2. INSPIRAR UMA VISÃO COMPARTILHADA
JOHN MAXWELL
Este autor best-seller escreve para publicações como o New York Times, o Wall Street Journal
e a Business Week . Além disso, Maxwell já vendeu mais de vinte e quatro milhões de livros.
Fundou ainda a EQUIP e a John Maxwell Company, organizações que ajudaram a formar mais
de cinco milhões de líderes por todo o mundo.
Fonte:(WOOK, 2020).
“AS PESSOAS ACREDITAM NO LÍDER ANTES DE
ACREDITAR NA IDEIA.”
John Maxwell
Você já deve ter usado estas duas expressões em seu dia a dia, mas já pensou no significado
delas?
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VISÃO
A palavra visão significa o estado futuro mental desejado: algo que se pretende alcançar no
futuro.
COMPARTILHAR
O verbo compartilhar indica partilhar com alguém.
Ao defendermos que líderes devem inspirar uma visão, estamos dizendo que eles precisam:
CÍRCULO DOURADO
Modelo desenvolvido pelo autor britânico-americano e palestrante motivacional Simon Sinek
para sistematizar um novo método de pensar, agir e comunicar.
Em seu livro Comece pelo porquê , ele apresenta este modelo e explica por que algumas
organizações e líderes são capazes de nos inspirar, enquanto outros não o fazem.
De acordo com Sinek, os líderes e as organizações que nos inspiram precisam pensar, agir e
se comunicar de dentro para fora do círculo.
Fonte:(MIGRE SEU NEGÓCIO, 2018).
APONTAR DIREÇÕES
PARTILHAR ESSA VISÃO COM SEU TIME
CONTAGIAR A TODOS
DESCREVER UM FUTURO PARA QUE TODOS
POSSAM SEGUIR NA MESMA DIREÇÃO.
 Círculo Dourado de Simon Sinek.
RONY MEISLER
Fundador e CEO da marca Reserva, ele, em 10 anos, a transformou em um grupo com outras
três marcas (Reserva, Eva e Reserva Mini), 36 lojas próprias e 1500 clientes multimarcas em
todo o país.
Fonte:(RESERVA, 2020).
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 EXEMPLO
A campanha da rede de lojas Reserva sobre a gratidão é muito interessante. Rony Meisler
inspirou em seu time tal postura, compartilhando-a não apenas internamente, mas também
com toda a sociedade. Isso indica liderança, consciência visionária e influência social.
3. PERMITIR QUE OS OUTROS POSSAM AGIR
Atualmente, já é indiscutível o papel de uma liderança educadora que fomenta a aprendizagem
da sua equipe e a torna capaz de enfrentar as mudanças.
É preciso estimular verdadeiramente a participação das pessoas em programas de
treinamento, desenvolvimento e educação, pois são os líderes que promovem o espírito de um
eterno aprendiz em colaboradores.
 EXEMPLO
A empresária Luiza Helena Trajano, que comanda a Magazine Luiza, reuniu em um auditório
120 vendedores. Cada um deles foi escolhido para liderar, por quatro meses, a seção de
brinquedos de suas lojas. Durante sua palestra, ela convocou a plateia a se manifestar,
lançando uma pergunta: “O que devemos fazer para que a Magazine Luiza venda mais
brinquedos neste ano?”. Respostas chegaram de todos os cantos do auditório. Ela pediu que
cada sugestão fosse anotada, discutindo todas elas. Em seguida, passou a falar de coisas
como valores, ética, atitude no trabalho, família, legado espiritual, felicidade, liderança e
sucesso. “Este é o primeiro ensaio de liderança de cada um de vocês”, afirmou. “E só há uma
forma de ter sucesso: tragam toda a equipe para o seu lado, sejam empreendedores, peçam
ajuda,ajudem, acreditem em vocês. Nós acreditamos. É por isso que vocês estão aqui hoje.”
Favorecer e criar espaços que estimulem a aprendizagem em qualquer hora e lugar faz parte
da agenda de um líder educador.
Afinal, uma atitude proativa de aprendizado permanente torna as pessoas preparadas para
receber poder, tomar decisões e assumir novas responsabilidades.
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 PERGUNTE-SE:
ESTOU APRENDENDO DE FORMA RÁPIDA,
ACOMPANHANDO AS MUDANÇAS DO
MERCADO E CUIDANDO DO APRENDIZADO
DAQUELES QUE TRABALHAM COMIGO?
4. MOSTRAR O CAMINHO SENDO UM EXEMPLO
Leia o diálogo a seguir:
A que conclusão você chegou?
Determinados comportamentos são socializados pelos membros que compõem uma equipe.
Eles são aprendidos por meio da observação.
Por isso, é tão importante praticar o que se diz. A maneira como você age pode ser um modelo
para outras pessoas – entre elas, seus liderados.
Um ditado diz: “Palavras convencem, mas exemplos arrastam”.
Modelar o caminho dos outros pelo nosso exemplo é ter um discurso coerente e alinhado com
nossas ações
Não se trata de apenas informar os valores que direcionam o comportamento de uma equipe
ou empresa, mas também de agir de acordo com eles.
HONESTIDADE
É um dos principais valores reconhecidos pelos membros de uma equipe.
Posicionar-se como exemplo, incentivando as melhores práticas de trabalho, fará, sem dúvida,
a diferença em seu comportamento como líder.
Como você pode ser um exemplo?
1
1. COLOQUE A MÃO NA MASSA;
2. CUIDADO COM O QUE VOCÊ DIZ;
2
3
3. RESPEITE A CADEIA DE COMANDO;
4. OUÇA A EQUIPE;
4
5
5. ASSUMA RESPONSABILIDADES;
6. DEIXE A SUA EQUIPE TRABALHAR;
6
7
7. CUIDE DE SI MESMO;
5. ENCORAJAR A VONTADE
O reconhecimento é uma das necessidades do ser humano. Em estudos sobre motivação e
liderança, vários autores, como Vergara (2005), Bergamini (2013), Robbins e Judge (2014), o
apontam como um fator essencial para o engajamento das pessoas em seu trabalho.
Portanto, cabe ao líder ser criativo a fim de desenvolver ações que, de forma autêntica e
genuína, reconheçam as contribuições das pessoas, estimulando-as a entregar mais
resultados.
ELEVAR A EQUIPE
ACOMPANHAR OS RESULTADOS
CORRIGIR OS ERROS DE PERCURSO
DIVULGAR AS CONQUISTAS ADQUIRIDAS
Esse encorajamento, sem dúvida, vai aumentar o comprometimento das pessoas ao permitir
que elas também consigam alcançar seus objetivos e sonhos individuais.
O crescimento deve ser coletivo para que os empregados não sintam que estão sendo usados.
Além disso, com os estímulos corretos, as recompensas também servem para reforçar valores
e comportamentos alinhados com as demandas da organização.
BOAS PRÁTICAS DE RECONHECIMENTO:
RECONHECIMENTO NAS MÍDIAS SOCIAIS
Utilize as mídias sociais (Facebook, Twitter ou LinkedIn) para reconhecer seus funcionários em
um ambiente público. Destaque quem eles são, o que eles fizeram e por que sua ação foi
importante.
PRÊMIO POR TRÁS DAS CÂMERAS
Parabenize as pessoas envolvidas em projetos e ações que não tiveram tanta visibilidade, mas
que foram essenciais para o seu sucesso. O prêmio pode ser uma nota de destaque no jornal
interno e/ou no mural da empresa.
BÔNUS COMO PREMIAÇÃO
Os colaboradores que se destacarem no alcance das metas ganham uma viagem como
premiação. É importante deixar os critérios bem estabelecidos no lançamento da campanha.
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 ATENÇÃO
Toda política de reconhecimento deve correlacionar as recompensas às metas estabelecidas.
Esse processo precisa ser claro e transparente. Por isso, o diálogo é fundamental, gerando
credibilidade e abertura para comportamentos colaborativos e comprometidos com os
resultados.
TENDÊNCIAS
Chefes considerados ditadores fazem parte de diversas empresas, o que leva muitas pessoas
a desenvolverem, inclusive, doenças no ambiente de trabalho.
Miranda Priestly é uma personagem de ficção do romance The devil wears Prada , escrito por
Lauren Weisberger. O sucesso do livro de 2003 deu origem à película O diabo veste Prada ,
exibida nas telas de cinema três anos depois.
Interpretada por Meryl Streep, Miranda é mostrada como uma líder autocrática que impõe sua
vontade de maneira coercitiva. Sem mais spoilers , pode-se afirmar que este filme oferece
uma verdadeira aula de liderança.
Alguns fatores realmente desencadeiam sentimentos negativos e, consequentemente,
infelicidade. São eles:
DESAFIOS DESESTRUTURADOS;
FALTA DE TRANSPARÊNCIA;
AUSÊNCIA DE INCENTIVO AO APRENDIZADO;
AUTONOMIA EM EXCESSO SEM QUALIFICAÇÃO
NECESSÁRIA, O QUE GERA ANSIEDADE E
ESTRESSE;
INEXISTÊNCIA DE PROGRAMAS DE
RECONHECIMENTO POR MÉRITO.
Essa melancolia corporativa é uma consequência de líderes incapacitados para conduzir seus
times da forma correta. Clima também vem de cima.
Há ainda questões que não podem mais passar despercebidas, como a falta de significado no
trabalho e a ausência de propósito. A crise identitária e moral, além do vazio que assola as
pessoas, é um problema de propósito, ou melhor, da falta dele. Uma das grandes descobertas
da vida é encontrar o significado em nosso trabalho.
Surge então, no meio corporativo, o líder que desenvolve em seu liderado os níveis de
confiança essenciais: a técnica, a ética e a emocional, direcionando-as em torno de um
propósito.
Segundo Erlich (2018), estes níveis são:
CONFIANA TÉCNICA
O liderado percebe que o líder tem conhecimento e habilidade no que faz e é capaz de
desenvolver o liderado em seu campo de ação.
CONFIANÇA ÉTICA
Confiança na integridade do líder, que segue um conjunto de princípios que o liderado
considera aceitável
CONFIANÇA EMOCIONAL
O liderado nota que o líder deseja fazer o bem para ele sem a intenção de obter qualquer
vantagem.
Uma liderança inspiradora que nos guie nesse caminho aumenta consideravelmente o nosso
compromisso. O futuro é criado por pessoas entusiasmadas e motivadas que queiram muito
fazer algo – e o fazem por acreditar nisso.
Lembre-se de que a liderança deste milênio exige:
ALINHAMENTO
O que fazer?
PROPÓSITO
Qual é o motivo da missão?
EMPODERAMENTO
Por que você?
RESPONSABILIZAÇÃO
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Qual é o seu papel, sua responsabilidade e seu compromisso com o trabalho que realiza?
 SAIBA MAIS
Sugerimos que assista à conferência Como grandes líderes inspiram ação (2011). Neste
evento da TEDGlobal, que é considerada uma referência para empreendedores de todo o
mundo, Simon Sinek explica a importância do alinhamento entre ação e propósito.
Como ele mesmo afirma, “com paixão e propósito, eu vou lhe mostrar toda a minha energia,
meu esforço e cuidado para realizar o que tiver que ser feito”.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Novas arquiteturas organizacionais, em que o poder é diluído e descentralizado, têm
caracterizado os cenários contemporâneos e o ambiente de negócios. Em decorrência dessas
mudanças, o papel de um líder torna-se essencial para que os resultados possam ser
alcançados.
A liderança requerida nesse contexto exige a formação de valores e crenças dignificantes.
Além disso, líderes devem apresentar um propósito claro e uma habilidade para a solução de
problemas, investindo no desenvolvimento das pessoas que estão ao seu redor e
reconhecendo o trabalho daqueles que efetivamente contribuem para o sucesso de todos.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
CONTEUDISTA
Elaine Cristina Grecchi Gonçalves
 CURRÍCULO LATTES
REFERÊNCIAS
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
CARVALHAL, E.; FERREIRA, G. Liderança e desenvolvimento de equipes de alto
desempenho. Rio de Janeiro: FGV Management. jan. 2001.
CORTELLA, M. S.; MUSSAK, E. Liderança em foco. Campinas: Sete mares, 2009.
ERLICH, P. A força transformadora do líder mentor. ERLICH – pessoas e organizações,
mentoring e liderança, 2018.
FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio dalíngua portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro:
Positivo, 2010.
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FRAZÃO, D. Biografia de Mahatma Gandhi. eBiografia. 2019.
FRAZÃO, D. Biografia de Theodore Roosevelt. eBiografia. 2018.
KOUZES, J. M.; POSNER, B. Z. O desafio da liderança. 6. ed. Rio de Janeiro: Alta Books,
2018.
LIMONGI-FRANÇA, A. C.; ARELLANO, E. B. Liderança, poder e comportamento
organizacional. In: FLEURY, M. T. L. (Org.). As pessoas na organização. 7. ed. São Paulo:
Gente, 2002.
MIGRE SEU NEGÓCIO. Golden Circle: Descubra o que é e como aplicar para dar propósito à
sua empresa. Migre seu negócio. 20 jun. 2018.
RANKIN, S. Ten years later, how well does The devil wears Prada's style really hold up?. E!
News. 30 jun. 2016.
RESERVA. Autores. Revista-se de Reserva. 17 fev. 2020.
ROBBINS, S.; JUDGE, T. Fundamentos do comportamento organizacional: teoria e prática
no contexto brasileiro. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
VASSALTO, C. Razão & sensibilidade. Exame. 14 out. 2010.
VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
WOOK. John C. Maxwell. Wook. 17 fev. 2020.
EXPLORE+
Assista à conferência da TEDGlobal Como iniciar um movimento (2010), de Derek Sivers, que
apresenta a forma de iniciar movimentos por meio das pessoas.

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