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Asma em Pediatria: Estratégias e Conteúdo


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P E D I A T R I A
ASMA
ABRIL/2022
P R O F . M A R I A N A P E G O R A R O
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Asma
PROF. MARIANA 
PEGORARO
APRESENTAÇÃO:
/estrategiamedt.me/estrategiamed
Estratégia MED
@prof_marianaped
@estrategiamed
Olá, Estrategista! Como você está?
Meu nome é Mariana Pegoraro e estou aqui para 
guiá-lo por mais um tema muito importante dentro da 
Pediatria e, também, dentro do "mundo das provas".
Meu objetivo junto com você será um só: ajudá-lo 
a passar na tão sonhada prova de Revalidação. Mas, para 
isso, precisaremos de uma boa estratégia!
O tempo é curto em relação à quantidade de 
informações a serem memorizadas.
Assim, neste momento, o material precisa ser focado 
nas questões mais cobradas nas provas. Por isso, seremos 
bons estrategistas e focaremos o estudo naquilo que é 
mais prevalente nas questões. Dessa forma, o conteúdo 
"que importa" estará "fresquinho" na memória no dia da 
prova.
Hoje falaremos sobre um tema que sofre atualizações 
praticamente anuais, além de ser tradicionalmente muito 
cobrado em provas, e "queridinho" dos examinadores: a 
asma em Pediatria!
Assuntos que tiveram atualizações nos últimos 
anos sempre são temas “quentes”, não é mesmo? A banca 
examinadora quer saber se você está ligado nas novidades!
Eu mencionei que teríamos uma estratégia. Então, 
vamos a ela?
Em primeiro lugar, vou mostrar como esse tema já 
foi cobrado nas provas do Revalida INEP e UFMT. Venha 
comigo!m
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Asma
22%17%
11%
11%
6%
TRATAMENTO MANUTENÇÃO DA ASMA
CLASSIFICAÇÃO DE CONTROLE DA ASMA
33% TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA CRISE DE ASMA
DIAGNÓSTICO DA ASMA
QUADRO CLÍNICO DA ASMA
ASMA NO REVALIDA
A partir desse gráfico de distribuição de questões, 
percebemos que nossa estratégia será focar os tópicos mais 
prevalentes em prova:
• quadro clínico;
• diagnóstico;
• classificação de controle da asma;
• tratamento de manutenção;
• classificação da crise de asma e sua abordagem.
Juntos, esses tópicos mencionados acima abrangem 
praticamente 100% do que já foi cobrado sobre esse tema 
nas provas teóricas. Durante nosso percurso, eles serão os 
mais detalhados. Passaremos de forma mais rápida pelos 
tópicos menos prevalentes, apenas com os conceitos mais 
importantes para estabelecermos nosso raciocínio.
Além disso, asma também foi cobrado em estações 
práticas. Revisaremos juntos também essa abordagem 
"mais prática" do tema, com o intuito de sedimentar o 
conhecimento.
Eu estou animada para esse desafio! E você, está 
pronto(a)? Então vamos lá!
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4Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA 6
1.1 DEFININDO A DOENÇA 6
1.2 A ASMA E O GINA 7
1.3 EPIDEMIOLOGIA NA ASMA 8
1.4 SIMPLIFICANDO A FISIOPATOLOGIA DA ASMA 8
2.0 QUADRO CLÍNICO 11
3.0 DIAGNÓSTICO DA ASMA 13
3.1 DIAGNÓSTICO CLÍNICO 13
3.2 DIAGNÓSTICO FUNCIONAL 13
3.3 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 16
3.4 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: NEM TUDO QUE SIBILA É ASMA 18
4.0 CLASSIFICAÇÃO DA ASMA 20
5.0 TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO OU DE CONTROLE 24
5.1 ARSENAL TERAPÊUTICO PARA TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO 25
5.2 ESTRATÉGIA DE CONTROLE PARA MENORES DE 6 ANOS 27
5.3 ESTRATÉGIA DE CONTROLE A PARTIR DOS 6 ANOS 29
6.0 CRISE DE ASMA 33
6.1 CONCEITO DE EXACERBAÇÕES, GATILHOS E FATORES DE RISCO 33
6.2 CLASSIFICAÇÃO DA CRISE DE ASMA 34
6.3 MEDIDAS GERAIS DE TRATAMENTO 36
6.4 TRATAMENTO HOSPITALAR DA CRISE DE ASMA 37
6.4.1 TRATAMENTO HOSPITALAR EM MENORES DE 6 ANOS 38
6.4.2 TRATAMENTO HOSPITALAR A PARTIR DOS 6 ANOS 39
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5Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
7.0 LISTA DE QUESTÕES 44
8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 46
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6Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA 
CAPÍTULO
Vamos começar, Estrategista! Nosso primeiro módulo abrangerá tópicos menos cobrados, mas cujo entendimento 
nos dará bagagem para os assuntos mais "quentes" para as provas do Revalida. Esses temas são aquela fundação de 
nossa "construção do conhecimento", que formará os alicerces para uma compreensão mais completa.
1.1 DEFININDO A DOENÇA
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, marcada pela obstrução reversível, em decorrência 
de hiper-reatividade. Isso quer dizer que, mesmo no período entre as exacerbações, as vias aéreas do paciente 
permanecem inflamadas.
Ela também é considerada uma doença complexa e heterogênea. Vamos entender o porquê?
Ainda não se sabe ao certo todos os mecanismos 
etiopatogênicos envolvidos na asma, mas tanto fatores 
genéticos quanto ambientais fazem parte do processo. 
São justamente as interações entre fatores externos 
e do hospedeiro que farão com que a apresentação 
clínica seja diferente entre os indivíduos.
FATORES
GENÉTICOS
FATORES
AMBIENTAIS
É possível agora entender o porquê de existirem diferentes fenótipos dessa 
doença. Você vai reparar que abordaremos mais neste livro o fenótipo alérgico, por ser o 
mais comum entre as crianças. Entretanto, não se esqueça de que podem existir outras 
formas de apresentação.
CURIOSIDADE
Para a doença desenvolver-se, citamos que são necessários tanto fatores genéticos quanto ambientais. 
Sabidamente, a atopia é o principal fator de risco envolvido. Não é raro crianças apresentarem dermatite atópica e 
rinite alérgica concomitantes à asma — tal condição chamamos de marcha atópica.
Note, querido(a) aluno(a), que, além da atopia, outros fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da 
asma são:
• exposição ambiental a alérgenos;
• fatores genéticos e história familiar;
• obesidade;
• exposição ao tabagismo, tanto pré-natal como pós-natal;
• exposição a agentes infecciosos;
• exposição ocupacional.
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7Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Muito bem! Vimos até aqui que a asma é:
A- uma doença inflamatória crônica;
B- que tem uma heterogeneidade de apresentação;
C- que cursa com uma obstrução reversível (com ou sem o uso de medicação);
D- e que se desenvolve naqueles indivíduos de maior risco: os que têm história familiar positiva e os 
atópicos.
E você sabe o que marca e o que caracteriza essa doença, fazendo-a tão especial para nosso estudo?
A grande característica da asma é cursar com hiper-reatividade brônquica e graus 
variáveis de obstrução ao fluxo aéreo. Portanto, ela é uma doença classicamente obstrutiva. 
Mas lembre-se: a grande característica de sua obstrução é a reversibilidade!
FIQUE
ATENTO!
A corujinha trouxe alguns conceitos importantes 
aqui, não é mesmo?
Existe uma inflamação nas vias aéreas do 
paciente que é crônica — mesmo quando o paciente 
está assintomático! O tratamento, portanto, deverá 
ter uma característica anti-inflamatória. Ele será 
importante não só para prevenir as exacerbações, mas 
1.2 A ASMA E O GINA
Você irá reparar que, no decorrer deste material, citaremos muito o GINA (Global Strategy for Asthma 
Management and Prevention). Ele é a principal referência mundial do assunto e, também, a mais seguida por entidadesnacionais. Essa super-referência sofre atualizações periódicas e apresentou um "update" recente, agora no ano de 
2021.
Os documentos nacionais sobre o tema são publicados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 
que também utiliza o GINA como sua principal referência.
também para evitar o remodelamento, a alteração 
irreversível na árvore traqueobrônquica e a perda de 
função pulmonar. Veremos, no transcorrer da matéria, 
que a base desse tratamento é o corticoide inalatório.
Por outro lado, além da inflamação crônica, 
temos também uma obstrução reversível. Veremos 
adiante que uma das formas de atuar nessa obstrução é 
com o uso de broncodilatadores.
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8Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
1.3 EPIDEMIOLOGIA NA ASMA
A asma é uma doença muito prevalente em nosso 
meio, por isso é tão cobrada em provas de Revalidação. 
Segundo dados publicados em 2020, no Jornal Brasileiro 
de Pediatria, a prevalência de sintomas da doença pode 
chegar a 20% entre os brasileiros.
Quando falamos especificamente da população 
pediátrica, até 80% dos casos são diagnosticados antes 
dos 6 anos.
Devido ao mau controle da doença, não é de se 
estranhar que ela seja causa frequente de internações 
hospitalares, gerando grandes custos ao Sistema de 
Saúde.
Infelizmente, ainda é uma doença pouco controlada. Estimativas de controle da asma 
no país oscilam em torno de 12 a 13% dos pacientes com o diagnóstico.
Apesar de muito prevalente na infância, isso não quer dizer que todas as crianças que 
sibilam continuarão a sibilar na vida adulta. Somente 40% dos lactentes sibilantes apresentarão 
quadros de broncoespasmo após os seis anos de idade.
Lembre-se de que o pico de incidência da doença é por volta dos três anos.
TOME
NOTA!
1.4 SIMPLIFICANDO A FISIOPATOLOGIA DA ASMA
Como está a leitura até aqui, Estrategista? O tópico de fisiopatologia é denso, mas felizmente é pouco exigido 
nas provas. Nos últimos 10 anos, nenhuma questão da prova teórica do Revalida contemplou este assunto. Por isso, 
não vamos perder nosso foco! O que faremos agora é enfatizar apenas os conceitos mais importantes, que podem 
contribuir para uma melhor compreensão acerca do tema. Então, venha comigo!
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9Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Como uma doença inflamatória, a asma cursa 
com edema da mucosa brônquica, aumento da 
produção de muco e lesão epitelial. Repare na figura 
acima, em que, mesmo fora da crise, as vias aéreas do 
paciente com asma são diferentes quando comparadas 
com as de um indivíduo sem a doença.
Lembre-se de que a inflamação é crônica…
Na asma, a obstrução do fluxo aéreo acontece 
predominantemente na expiração. Você lembra o 
porquê? Então, fique ligado na curiosidade abaixo:
 Durante a expiração, existe uma pressão positiva intratorácica, tornando ainda 
menor o diâmetro das vias aéreas já doentes.
Ao lembrarmos o estudo da resistência (lá das aulas de Física dos tempos de 
colégio, risos…), observamos que pequenas reduções do raio levam a grandes aumentos 
de resistência.
Dessa forma, os pacientes asmáticos cursam com dificuldade de exalar o ar, 
aprisionamento aéreo e hiperinsuflação pulmonar.
CURIOSIDADE
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10Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Você se recorda de que a asma tem diferentes fenótipos, conforme já comentamos? Vamos nos atentar aqui 
especificamente à asma alérgica, mais frequente em quadros clínicos (responsável por cerca de 80% dos casos).
Nesse fenótipo, após o contato com um agente desencadeante, tem início uma inflamação aguda, marcada por 
intensificação do edema, produção de muco e broncoconstrição. Vamos acompanhar esse processo por meio de um 
esquema:
Desencadeante Célula Th 2
Cél. apresentadora 
de Ag
Mastócitos, 
eosinófilos, 
produção 
de IgE 
pelos linf. B
Proliferação 
celular, aumento 
da MEC
Recrutamento 
celular; Dano 
epitelial, 
modificação 
estrutural
Broncoconstrição, 
edema, 
hipersecreção
de muco
Produção
de IgE
Degranulação
de mastócitos
Inflamação 
aguda
Inflamação crônica 
(eosinófilos)
Remodelamento
Citocinas
"E quais poderiam ser os 
desencadeantes da 
inflamação aguda presente 
nas exacerbações, 
professora Mariana?" 
Excelente pergunta! Vamos conferir a resposta no quadro a seguir:
Não se engane aqui, Estrategista: o principal fator desencadeante na infância são as doenças virais! 
Além das infecções, também podemos citar:
• exposição a alérgenos (inalante, alimentar e ocupacional);
• irritantes respiratórios inalados (fumaça de tabaco e ar frio e seco);
• temperatura e clima;
• atividade física;
• flutuações hormonais;
• remédios, principalmente os betabloqueadores, AAS (ácido acetilsalicílico);
• fatores emocionais (ansiedade, estresse, etc.);
• poluição;
• doença do refluxo gastroesofágico.
Vamos fazer uma pequena pausa aqui, Estrategista?Meu conselho agora é você levantar 
um pouquinho da cadeira e fazer um pequeno alongamento. A razão disso é porque quero você 
muito acordado(a) a partir de agora: começaremos a falar sobre uma sequência de assuntos 
“quentes” para sua prova.
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11Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
2.0 QUADRO CLÍNICO 
CAPÍTULO
Agora chegou o momento de falarmos sobre como a asma se manifesta clinicamente.
Segundo o documento do Global Initiative for Asthma (GINA) de 2021, a doença é caracterizada por sibilância, 
taquidispneia, tosse e/ou desconforto torácico. Esses sintomas podem vir em conjunto ou isolados, são geralmente 
piores à noite e são desencadeados por fatores como infecções e alérgenos.
Tosse seca noturna ou precipitada por exercícios pode ser a única manifestação clínica 
da asma.
PRESTE MAIS
ATENÇÃO!
Para lembrarmos da apresentação clínica da asma, vamos focar neste trio (mnemônico: "DISPTOSI"):“E o que 
podemos encontrar no exame físico do paciente asmático, professora Mariana?”
DISPNEIA (DISP) TOSSE (TO) SIBILOS (SI)
A resposta para essa questão envolve o aluno saber diferenciar quando o paciente está em uma exacerbação e 
quando o paciente está em um período intercrise. Vamos esquematizar?
Período intercrise é aquele período em que o paciente está fora da exacerbação, podendo estar 
assintomático ou com sintomas residuais.
Exacerbação é aquele período em que ocorre o aumento progressivo dos sintomas, seja por exposição 
a algum fator desencadeante, seja por má adesão ao tratamento de controle.
Mnemônico para sintomatologia de asma. Fonte Shutterstock.
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12Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Fora dos períodos de exacerbação, o exame físico do paciente pode ser completamente normal! Não é raro, 
entretanto, observarmos sinais de atopia, como a xerose e o eczema da dermatite atópica, ou a ruga nasal e a respiração 
bucal, característicos da rinite alérgica.
Já na exacerbação, podemos notar os seguintes sinais clínicos:
• sibilos;
• graus variáveis de desconforto respiratório, marcados pelo uso de musculatura acessória;
• taquipneia.
Você se recorda dos sinais de desconforto respiratório? São eles:
• tiragem ou retração subcostal e intercostal;
• batimento de asas nasais;
• tiragem ou retração de fúrcula.
ESCLARECENDO!
Em uma crise grave de asma, a ausculta respiratória pode estar silenciosa, com 
murmúrio vesicular globalmente diminuído. Nesse caso, a obstrução ao fluxo é tão 
exacerbada que impossibilita a ausculta de sibilos.Trata-se de uma emergência, devido ao 
risco de insuficiência respiratória, e o nome dessa condição é tórax silencioso.
Após instituído o tratamento, é possível começar a ouvir os sibilos conforme ocorre a 
abertura das vias aéreas.
PARE
HORA DE
PRATICAR!
Vamos ver agora como esse tópico já foi cobrado na prova, de forma bem direta em uma discursiva?
CAI NA PROVA
(UFMT - REVALIDA 2016) A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada 
por inflamação crônica das vias aéreas. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial 
de ocorrência/prevalência de asma. Estima-se que, nos grandes centros urbanos brasileiros, 
20% da população pediátrica em idade escolar apresentam sintomas de asma. A partir das 
informações dadas, responda o item a seguir.
Descreva o quadro clínico da asma na infância.
COMENTÁRIOS:
A doença é caracterizada por sibilância, taquidispneia, tosse e/ou desconforto torácico. Esses sintomas são mais 
marcantes nos períodos de exacerbação. Nos períodos intercrise, o paciente pode estar assintomático e com o exame 
físico normal.
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13Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
CAPÍTULO
3.0 DIAGNÓSTICO DA ASMA 
Segundo o GINA 2021, o diagnóstico de asma baseia-se em dois elementos:
SINTOMAS 
RESPIRATÓRIOS
LIMITAÇÃO VARIÁVEL AO 
FLUXO EXPIRATÓRIO
sibilância, dispneia, 
tosse e desconforto 
Essas duas afirmações do GINA permitem-nos dizer que o diagnóstico leva em conta critérios clínicos e 
funcionais.
3.1 DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Já sabemos quais são os sintomas respiratórios 
típicos da asma. Porém, segundo o GINA, a probabilidade 
de se tratar da doença aumenta se:
a. existir mais de um tipo de sintoma 
envolvido (entre sibilância, tosse, dispneia 
ou desconforto torácico);
b. os sintomas variarem em frequência e 
intensidade;
c. os sintomas forem mais frequentes durante 
a noite ou de manhã cedo;
d. existirem desencadeantes, como 
infecções, alérgenos, mudanças climáticas 
ou exercícios, ou mesmo piorar com a 
exposição.
Passamos pela parte mais tranquila do 
diagnóstico, Estrategista! A pergunta que você pode 
estar se fazendo neste momento é: “e o diagnóstico 
funcional? A criança também pode fazer?”
Vamos responder a essas duas perguntas a seguir, 
no tópico de diagnóstico funcional. Vamos lá?
3.2 DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
O diagnóstico funcional é realizado pela espirometria.
Para podermos realizar a espirometria em uma criança, ela precisa ser colaborativa e ter a maturidade 
necessária para a realização do exame, o que só acontece após os 6 anos.
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14Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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Para ajudar você a entender a espirometria, utilizarei uma curva com volumes e capacidades pulmonares. Mas 
vamos com calma! Focaremos apenas nos principais dados que o exame pode nos fornecer:
Legenda: curvas obtidas por exame de espirometria. Siglário: CVF: capacidade vital forçada; VC: volume corrente; VEF1: volume expiratório 
forçado no 1º segundo.
Repare, nesse desenho, que o paciente está respirando normalmente, dentro de seu volume corrente (VC), até 
ser solicitado a fazer uma inspiração máxima e uma expiração forçada. Os volumes e capacidades são medidos por 
meio de um aparelho (chamado de espirômetro).
Assim, os principais valores a que vamos nos atentar são:
CVF
Capacidade vital forçada
� Total de ar que sai dos pulmões após uma expiração forçada
� Reduzida no paciente asmático, porém menos reduzida do que VEF1
� Parâmetro mais sensível do que a CVF
� Reduzido no paciente asmático
� Aumenta após broncodilatador
VEF1
Volume expiratório 
forçado no 1º segundo
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15Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
A espirometria irá ajudar-nos a documentar a limitação de fluxo expiratório associada à 
variabilidade excessiva.Existem alguns valores numéricos importantes, Estrategista. Vamos a eles 
(vale destacar que esses valores não foram cobrados recentemente em provas do Revalida, mas 
considero importante darmos atenção a eles):
1. Medida de limitação do fluxo expiratório:
Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) < 0,9 em crianças é indicador de doença obstrutiva.
2. Medidas de variabilidade:
A. Prova broncodilatadora positiva: aumento superior a 12% do previsto no VEF1 10 a 15 minutos 
após salbutamol.
B. Variabilidade excessiva em 2 medidas de pico de fluxo expiratório (PFE) em 2 semanas: 
variabilidade superior a 13%.
C. Resposta ao teste do exercício: queda superior a 12% do previsto no VEF1.
D. Variabilidade de função pulmonar entre consultas: variação superior a 12% no VEF1 ou superior 
a 15% no PFE.
TOME
NOTA!
CURIOSIDADE
Lembre-se de que a espirometria é utilizada não apenas para diagnosticar a asma, mas também para monitorizar 
o controle da doença, sua gravidade e a resposta à terapia.
Existe mais uma medida que podemos utilizar 
para monitorizar a resposta ao broncodilatador e a 
evolução da doença. A referida medida chama-se 
pico de fluxo expiratório, ou PFE, que mencionamos 
no quadro anterior. Sua medida não é tão confiável 
quanto a espirometria, podendo ter variabilidade 
intermedidas de até 20%. Entretanto, por ser um 
aparelho portátil e acessível, permite que o paciente 
monitore sua própria doença em casa.
Nós veremos mais para frente que o PFE 
poderá nos ajudar também na classificação da crise 
de asma em crianças de 6 a 11 anos.
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16Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Você reparou que até agora não mencionamos exames complementares para o diagnóstico 
da asma, com exceção da espirometria? Pois é… não caia em pegadinhas!O fato de um paciente 
possuir teste alérgico (prick test ou IgE sérica) positivo para determinado alérgeno, não quer 
dizer que ele seja o responsável pelos sintomas. Aqui sempre será necessário correlacionar com 
a clínica.
Além disso, exames de imagem só devem ser considerados em caso de dúvida diagnóstica.
Futuro médico revalidado, a partir deste tópico, você notará que iremos dividir as crianças conforme a faixa 
etária. Isso acontece porque, como você já sabe, crianças menores de 6 anos não conseguem fazer espirometria, 
razão pela qual não possuem critério funcional para diagnóstico.
3.3 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
ESCLARECENDO!
O quadro esquemático a seguir mostra os critérios diagnósticos para asma conforme as faixas etárias:
MENORES DE 6 ANOS A PARTIR DOS 6 ANOS ADOLESCENTES
Nessa faixa etária, as 
crianças apresentam 
vários quadros virais ao 
ano, muitos deles 
cursando com sinilância. 
É necessário acessar a 
probabilidade de asma 
por meio de critérios 
clínicos.
Diagnóstico clínico Diagnóstico clínico + funcional
História de sintomas 
respiratórios.
Confirmação de limitação 
variável ao fluxo 
expiratório: 
VEF1/CVF < 0,9 e prova 
broncodilatadora positiva 
com incremento > 12% 
do VEF1 previsto.
História de sintomas 
respiratórios.
Confirmação de limitação 
variável ao fluxo 
expiratório: 
VEF1/CVF < 0,9 e prova 
broncodilatadora positiva 
com incremento > 12% 
do VEF1 previsto.
Fonte Shutterstock.
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17Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Repare que, em crianças com idade inferior 
a 6 anos, o diagnóstico torna-se mais difícil, pois não 
podemos contar com a objetividade da prova funcional. 
Nessas crianças, podemos utilizar critérios que nos 
indicam alta probabilidade de asma. Esses critérios 
estão listados a seguir:
• presença de tosse, dispneia e sibilânciacom duração superior a 10 dias após um 
quadro infeccioso ou na ausência de quadro 
infeccioso que justifique;
• mais de três episódios de sibilância ao ano 
ou quadros graves;
• piora no período noturno;
• presença de sintomas entre os quadros 
infecciosos, como tosse seca, sibilância ou 
dispneia quando a criança se esforça. 
• Intolerância a brincadeiras;
• presença de dermatite atópica, alergia 
alimentar ou história familiar de asma em 
parente de primeiro grau;
• resposta positiva ao tratamento com 
broncodilatador;
• exclusão de outras causas de sibilância.
O GINA sistematiza a probabilidade de asma em 
crianças menores de 6 anos por meio das seguintes 
características:
Poucas crianças têm asma Algumas crianças têm asma
A maioria das crianças tem
asma
Sintomas (tosse, sibilância, 
dispneia) por > 10 dias após
infecção
Sintomas (tosse, sibilância, 
dispneia) por > 10 dias após
infecção
Sintomas (tosse, sibilância, 
dispneia) por > 10 dias após
infecção
2-3 episódios ao ano
> 3 episódios ao ano e/ou 
episódios severos e/ou piora
à noite
> 3 episódios ao ano e/ou 
episódios severos e/ou piora
à noite
Assintomático entre os 
episódios
Tosse ocasional, sibilância ou 
desconforto respiratório
entre os episódios
Criança apresenta sintomas 
quando brinca ou ri
Sensibilização alérgica, 
dermatite atópica, alergia 
alimentar ou história familiar
de asma
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18Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Vamos ver como o diagnóstico de asma foi abordado em uma questão discursiva do Revalida?
CAI NA PROVA
(UFMT - REVALIDA 2016) A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por 
inflamação crônica das vias aéreas. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de 
ocorrência/prevalência de asma. Estima-se que, nos grandes centros urbanos brasileiros, 
20% da população pediátrica em idade escolar apresentam sintomas de asma. A partir das 
informações dadas, responda o item a seguir.
Elabore o diagnóstico de asma na infância.
COMENTÁRIOS: 
O diagnóstico da asma é baseado na avaliação de sintomas respiratórios associados à limitação variável ao fluxo 
expiratório. Na infância, esse diagnóstico é mais desafiador, principalmente nas crianças abaixo dos 6 anos.
Nessa população, não podemos contar com provas funcionais, e o diagnóstico será baseado em critérios clínicos 
de probabilidade de asma, tais como: presença de sintomas após 10 dias de quadro infeccioso, piora no período 
noturno, história de dermatite atópica ou alergia alimentar, história familiar de asma e resposta positiva ao uso do 
broncodilatador. Na população de 6 a 11 anos, a presença de sintomas característicos, associados a VEF1/CVF < 0,9 e à 
prova broncodilatadora positiva com incremento > 12% do VEF1 previsto, permite-nos realizar o diagnóstico.
HORA DE
PRATICAR!
3.4 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: NEM TUDO QUE SIBILA É ASMA
Cuidado com pegadinhas em provas aqui, Estrategista! Percebemos em nosso tópico de diagnóstico, que, para 
menores de 6 anos, nossa tarefa torna-se mais desafiadora, devido à impossibilidade de utilizarmos provas funcionais.
Sempre é válido lembrar que nem toda criança que sibila tem asma. Os seguintes diagnósticos diferenciais 
precisam ser lembrados:
• Aspiração de corpo estranho;
• Fibrose cística;
• Bronquiolite obliterante pós-infecciosa;
• Doença do refluxo gastroesofágico;
• Tuberculose;
• Alergia à proteína do leite de vaca;
• Imunodeficiências;
• Discinesia ciliar primária;
• Alterações anatômicas, como anel vascular e traqueomalácea;
• Cardiopatias congênitas.
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19Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
HORA DE
PRATICAR!
Você pode estar se perguntando neste momento: “professora Mariana, e aquele bebê que 
apresenta sibilância recorrente? Qual é a chance de ele desenvolver asma?” A resposta está na 
curiosidade abaixo:
O conceito de lactente sibilante, ou seu nome mais antigo, bebê chiador, abrange lactentes 
com idade superior a um mês de vida, que apresentam pelo menos três episódios de sibilância ao 
ano, nos primeiros dois anos de vida.Os principais fatores envolvidos são as infecções virais, a atopia 
e os fatores ambientais.
Utiliza-se, nessas crianças, o índice preditivo de asma de Castro-Rodriguez et al., que engloba critérios maiores e 
menores. A presença de um critério maior ou dois menores indica uma maior probabilidade de asma. Vamos dar uma 
olhada em quais são esses critérios:
CRITÉRIOS MAIORES CRITÉRIOS MENORES
Um dos pais com asma Sibilância não associada a resfriado
Dermatite atópica Eosinofilia > 4
Diagnóstico de rinite alérgica
FIQUE
ATENTO!
É bom prestar atenção, pois essa classificação eventualmente pode ser cobrada em provas.
Vamos dar uma olhadinha em como o diagnóstico diferencial de asma já foi cobrado em uma questão discursiva 
do Revalida - UFMT:
CAI NA PROVA
(UFMT - REVALIDA 2016) A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por 
inflamação crônica das vias aéreas. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de 
ocorrência/prevalência de asma. Estima-se que, nos grandes centros urbanos brasileiros, 
20% da população pediátrica em idade escolar apresentam sintomas de asma. A partir das 
informações dadas, responda o item a seguir.
Cite cinco patologias que fazem diagnóstico diferencial com a asma brônquica.
COMENTÁRIOS:
Fibrose cística, discinesia ciliar primária, aspiração de corpo estranho, imunodeficiências, cardiopatias congênitas.
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20Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
CAPÍTULO
4.0 CLASSIFICAÇÃO DA ASMA
Estrategista, agora chegamos a um tópico muito cobrado em provas! Então, venha comigo para 
ter esse assunto "na ponta do lápis" na hora de assinalar a resposta correta em sua prova teórica! 
Este tópico também é considerado um dos grandes "divisores de águas" para o entendimento desse 
tema. Então, vamos juntos agora, prestando toda a atenção!
Vamos começar com dois conceitos que não podemos confundir!
Repare que existem duas classificações de asma: 
1. Classificação quanto ao controle da asma: expressa o quanto as manifestações 
clínicas são controladas pelo tratamento (sintomas noturnos, diurnos, uso de 
medicação de resgate e limitação de atividade).
2. Classificação quanto à gravidade da asma: expressa o quanto de medicação 
precisamos utilizar para controlar a doença. Indica uma característica intrínseca 
da doença.
PARE
Nós vamos primeiro nos atentar à CLASSIFICAÇÃO DE CONTROLE.
Você imagina por que ela é tão importante? Pois ela tem implicação direta nas repercussões que a doença pode 
ter no futuro, como a perda de função pulmonar a longo prazo. Nosso objetivo sempre será ter uma asma controlada!
A classificação de controle, querido(a) Estrategista, abrange dois tópicos fundamentais:
1. controle dos sintomas;
2. avaliação do risco de eventos adversos futuros.
Vamos começar com a avaliação do controle dos sintomas.
Repare que, na classificação de controle da doença, também teremos diferenças para crianças menores de seis 
anos e para crianças a partir dos seis anos.
Mas atenção: para ambos os grupos etários, nós avaliaremos os mesmos 4 critérios nas últimas 4 semanas:
1. presença de sintomas diurnos;
2. presença de despertares noturnos;
3. necessidade de medicação de resgate;
4. limitação de atividade.
ATENÇÃO
DECORE!
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21Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Vamos ajudar com um mnemônico?
A = Atividades limitadas
S = SOS (uso de medicação de resgate)
M = Matutino (ocorrência de sintomasdiurnos)
A = Acordar com sintomas (ocorrência de sintomas noturnos)
Vamos agora às particularidades de cada idade. No quadro esquemático a seguir, conseguimos visualizar quais 
são as maiores diferenças:
MENORES DE 6 ANOS A PARTIR DOS 6 ANOS ADOLESCENTES
� Sintomas diurnos > 
1x na semana
� Algum despertar ou 
tosse noturna
� Uso de medicação de 
resgate > 1x na semana
� Alguma limitação de 
atividade (brincar)
� Sintomas diurnos > 
2x na semana
� Algum despertar
� Uso de medicação de 
resgate > 2x na semana
� Alguma limitação de 
atividade 
� Sintomas diurnos > 
2x na semana
� Algum despertar
� Uso de medicação de 
resgate > 2x na semana
� Alguma limitação de 
atividade 
CONTROLADO: 0 ITEM
PARCIALMENTE CONTROLADO: 1-2 ITENS
NÃO CONTROLADO: 3-4 ITENS
Fonte Shutterstock.
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22Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
FATORES DE RISCO PARA
EVENTOS ADVERSOS
CRIANÇA < 6 ANOS CRIANÇA ≥ 6 ANOS
1. Exacerbações
• Mau controle.
• Má adesão ao tratamento.
• Exposição a desencadeantes.
• Meses de outono e inverno.
• 1 exacerbação grave no ano.
• Uso excessivo de SABA (> 3 
frascos/ano).
• Má adesão ao tratamento.
• Obesidade, rinossinusite 
crônica ou alergia alimentar 
confirmada.
• Exposição a 
desencadeantes.
• VEF1 < 60% do previsto.
• Eosinofilia persistente no 
sangue.
• 1 exacerbação de asma no 
último ano;
• História de asma grave,
com necessidade de 
intubação orotraqueal ou 
internação em UTI.
Essa classificação já foi 
cobrada algumas vezes nas provas 
do Revalida, como veremos a 
seguir. A única particularidade é que 
questões envolvendo a classificação 
do controle dos sintomas 
geralmente vêm em conjunto com o tratamento. Por 
essa razão, optei por resolovermos as questões sobre 
esse tópico um pouquinho mais para frente. Aguarde 
um pouquinho, que logo mais iremos a elas!
Um outro conceito importante, Estrategista, é o 
risco de o paciente desenvolver algum evento adverso 
no futuro. Essa avaliação é dependente de 3 esferas:
• risco de exacerbação;
• risco de desenvolver obstrução fixa ao fluxo 
expiratório;
• risco de efeitos colaterais provocados por 
medicamentos.
Vamos ficar atentos a estes fatores de risco, tanto 
na criança menor de 6 anos quanto na maior:
HORA DE
PRATICAR!
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23Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
2. Obstrução fixa do fluxo
• Diversas hospitalizações.
• Histórico de bronquiolite.
• Prematuridade, baixo peso 
ao nascer ou ganho excessivo 
de peso durante a infância.
• Ausência do uso de 
corticoide inalatório.
• Exposição ao tabagismo, 
alérgenos e agentes 
irritantes.
• VEF1 inicial muito reduzido.
• Hipersecreção crônica de 
muco.
• Eosinofilia no sangue ou no
escarro.
3. Efeito adverso à
medicação
• Uso frequente de corticoide 
sistêmico.
• Técnica inadequada do CI 
(não enxaguar a boca ou
lavar os olhos)
• Uso frequente de corticoide 
sistêmico.
• Técnica inadequada do 
CI (não enxaguar a boca ou 
lavar os olhos)
Vamos dar um exemplo de como esses conceitos funcionam na prática? Vejamos o caso da 
paciente Mariana, minha xará, de 7 anos:
“Mariana tem um bom controle dos sintomas com o uso da medicação, ou seja, ela não pontua 
na regrinha dos 4. Entretanto ela está em risco aumentado para futuras exacerbações, tendo em 
vista que apresentou 1 exacerbação grave no último ano, com necessidade de internação em UTI.”
Lembre-se de que o principal fator de risco para exacerbações é estar com a doença mal 
controlada!
TOME
NOTA!
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24Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
5.0 TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO OU DE 
CONTROLE 
CAPÍTULO
Chegamos agora ao tópico campeão de abordagem nas provas do Revalida sobre nosso tema 
de asma. Este é aquele momento em que vale a pena lavar o rosto ou tomar um cafezinho, pois 
precisamos de toda sua atenção neste tópico. Vamos lá?
O objetivo do tratamento de manutenção é atingir o controle da doença, prevenindo riscos 
futuros (como exacerbações e perda progressiva da função pulmonar, por exemplo). Também, 
objetivamos que o paciente possa exercer suas atividades habituais.
Os dois pilares do tratamento são as medidas não farmacológicas (ou ambientais) e as medidas 
farmacológicas (envolvendo medicações de controle e de resgate), como se observa no esquema:
Sobre os tratamentos farmacológicos, já citamos os objetivos do tratamento de manutenção da asma. Com 
relação ao tratamento de resgate, por sua vez, ele tem a função de reduzir os sintomas durante uma exacerbação. 
Veremos em detalhes no tópico reservado à crise (exacerbação) de asma.
Medidas 
farmacológicas
Medidas não 
farmacológicas 
ou ambientais
Medicação de 
controle
Medicação de 
resgateManter o ambiente limpo, arejado e livre de mofo!
SABA
CI
TOME
NOTA!
A base do tratamento de controle da asma é o corticoide inalatório, ou seja, um anti-
inflamatório.
O broncodilatador de longa ação (LABA) é uma outra medicação que pode ser utilizada em 
conjunto com o corticoide em crianças com idade superior a 6 anos.
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25Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
5.1 ARSENAL TERAPÊUTICO PARA TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
A tabela a seguir mostra as possibilidades terapêuticas de manutenção na asma e suas particularidades:
MEDICAMENTOS PARA
CONTROLE
PARTICULARIDADES
(CI) CORTICOIDE INALATÓRIO
É a base do tratamento.
Deve ser sempre utilizado com espaçador e com a técnica 
adequada. Um cuidado especial é enxaguar a boca após uso 
para evitar candidíase oral.
É considerado uma medicação segura, com efeitos colaterais 
mínimos.
Suas doses são divididas em baixa, média e alta.
(LABA) B2-AGONISTA DE 
LONGA AÇÃO
Não deve ser utilizado isoladamente, pois não possui efeito 
anti-inflamatório. Não é indicado para menores de 6 anos. Uso 
reservado para casos não controlados apenas com CI.
(LTRA) ANTAGONISTAS DE 
LEUCOTRIENO
O principal representante é o montelucaste.
Tem efeito anti-inflamatório, mas com menor poder de evitar 
exacerbações do que CI.
Pode ser associado ao CI como opção terapêutica.
OUTRAS MEDICAÇÕES
• Tiotrópio: é um anticolinérgico de longa ação. Poderia ser 
associado em pacientes com difícil controle.
• Cromonas: possuem efeito anti- inflamatório, mas atualmente 
pouco utilizadas devido ao CI.
• Omalizumabe (Ac anti-IgE): poderia ser utilizado em pacientes 
com difícil controle.
Como está a leitura até aqui, querido(a) Estrategista?
Nos próximos dois tópicos, dividiremos o tratamento de manutenção novamente em grupos etários.
Devemos pensar no tratamento de manutenção como uma escada, ou, utilizando termos mais técnicos, uma 
escala progressiva. Isso quer dizer que, a cada três meses, reavaliaremos nosso paciente com base no controle e 
decidiremos sobre a subida ou não (somente se necessário for) de “mais um degrau” de tratamento.
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26Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Este tópico é tão importante, que já foi tema de 
estação em prova prática do Revalida.
Vamos, então, revisar a técnica 
de uso dos dispositivos inalatórios. Essa 
informação pode ser útil para as provas 
práticas. É importante lembrar até que 
idade é necessário o uso da máscara. 
Vamos olhar juntos a tabela e a imagem 
a seguir:
Cuidado! Antes de inferirmos que a quantidade de medicação não está correta para nosso 
paciente, precisamos prestar atenção a alguns detalhes:
• se o paciente está aderente ao tratamento;• como está a técnica de utilização dos 
dispositivos inalatórios;
• como está o controle ambiental e a 
exposição a desencadeantes;
• se nosso diagnóstico está correto.
Você sabia que a má técnica de uso dos 
dispositivos inalatórios é a maior responsável pelo mau 
controle? Por isso devemos, a cada consulta, reavaliar a 
técnica de uso.
ACORDE!
INDO MAIS
FUNDO!
FAIXA ETÁRIA DISPOSITIVO RECOMENDADO
< 4 ANOS IPDM acoplado a espaçador e máscara
> 4 A 6 ANOS IPDM acoplado a espaçador e bocal
IPDM = Inalador pressurizado dosimetrado
Fonte: Shutterstock.
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27Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Agora veremos o passo a passo do uso do dispositivo inalatório com espaçador e máscara:
• educar o paciente sobre a doença;
• garantir controle dos desencadeantes ambientais;
• monitorizar os sintomas e a função pulmonar;
• instituir a terapêutica farmacológica adequada;
• treinar o uso dos dispositivos inalatórios e verificar a técnica a cada consulta;
• identificar e tratar comorbidades;
• instituir um plano por escrito junto com o paciente sobre o que fazer caso existam exacerbações;
• checar se o diagnóstico de asma está correto.
5.2 ESTRATÉGIA DE CONTROLE PARA MENORES DE 6 ANOS
• Explique que a criança precisa estar acordada, sentada e sem chupeta.
• Agite o frasco, retire a tampa e acople o frasco ao espaçador.
• Acople o sistema à face da criança e acione o botão para liberar o jato.
• Conte no mínimo 10 segundos ou até 5-10 movimentos respiratórios.
• Faça apenas 1 jato por vez e, se for repetir, agite novamente.
A escala terapêutica ou “steps” para menores 
de 6 anos contém 4 degraus. A particularidade desse 
grupo etário é a impossibilidade de uso do LABA como 
medicação adjunta ao corticoide inalatório.
Conforme dito acima, a maneira mais fácil 
de compreender a estratégia de controle da asma 
é imaginar literalmente uma escada. O paciente vai 
começar em um dos degraus a depender dos seus 
sintomas iniciais. A cada três meses, ele será reavaliado 
pelo médico, podendo subir ou descer um degrau dessa 
escada.
Então vamos lá! Observe que, para cada degrau 
da escada, o GINA-2021 nos mostra qual é o paciente 
que deve iniciar o tratamento naquele local.
Vamos agora conhecer a escala terapêutica para cada idade.
Lembre-se do que precisamos garantir para o sucesso no tratamento do paciente com asma:
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28Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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STEP 1
STEP 2
STEP 3
STEP4
SABA PARA ALÍVIO
Ausência de controle 
com dose dobrada de ICS
Sintomas não 
característicos de asma, 
mas requerendo
SABA ≥ 3X o ano
 
Sintomas característicos 
de asma, sintomas não 
controlados ou requerendo
 SABA ≥ 3X ano
Sibilância infrequente 
em quadros 
virais com poucos 
sintomas nos intervalos
STEP 1: somente SABA por demanda.
STEP 2: dose baixa ICS. Antagonista do receptor de leucotrieno (LTRA) pode ser uma opção.
STEP 3: dose dobrada de manutenção ICS. Associação de dose baixa de ICS associado a LTRA pode ser 
uma opção. Já indicado referenciar ao especialista.
STEP 4: manter ICS em dose dobrada com acompanhamento em conjunto com especialista. Associar LTRA
pode ser uma opção. 
Ausência de controle 
com dose baixa de ICS
Escada de tratamento para menores de 6 anos. Legenda: ICS = corticoide inalatório; SABA = broncodilatador de curta ação; LTRA = inibidor de 
leucotrieno.
Repare que, apenas para essa faixa etária, 
o corticoide inalatório está presente a partir 
do segundo degrau da escada. Ele é a base do 
tratamento de manutenção. Entretanto, para 
crianças menores, os guidelines permitem o uso 
apenas de medicação de resgate com SABA naqueles 
pacientes com sintomas muito infrequentes e que 
estão no primeiro degrau.
Vamos agora focar nas estratégias terapêuticas 
das crianças a partir dos 6 anos.
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29Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
5.3 ESTRATÉGIA DE CONTROLE A PARTIR DOS 6 ANOS
Quando falamos em crianças a partir de 6 anos, as três grandes diferenças são:
a. temos um degrau a mais em nossa escada de tratamento;
b. não é preconizado o uso de B2 agonista de curta ação de forma isolada;
c. podemos utilizar o B2 agonista de longa ação (LABA) como tratamento adjuvante;
d. no step 3, houve a inclusão do "esquema MART".
Ausêcia de
controle em
step anterior
Sintomas em 
quase todos
os dias, ou
acordando pelo
menos 1 vez
na semana
Sintomas > 2
vezes ao mês,
mas não diários
Sintomas < 2
vezes ao mês
Sintomas em
quase todos os
dias, ou acordando 
pelo menos 1 vez
por semana
E
Função pulmonar
alterada
STEP 1
STEP 2
STEP 4
STEP 3
STEP 5
SABA PARA ALÍVIO
STEP 1: usar ICS sempre que utilizar o SABA.
STEP 2: dose baixa de manutenção ICS.
STEP 3: dose baixa de manutenção ICS-LABA OU dose muito baixa de ICS ou dose muito baixa de 
ICS-formoterol para manutençao e alívio (esquema MART).
STEP 4: dose média de ICS-LABA OU dose média de ICS-formoterol para manutenção e alívio 
(esquema MART). Referenciar ao especialista.
STEP 5: Considerar dose alta de ICS-LABA, acompanhamento em conjunto com especialista.
Encaminhar para imunofenotipagem, considerar anti-IgE.
Então vamos ver nossa segunda “escada”, Estrategista!
Escada de tratamento a partir dos 6 anos. Legenda: ICS = corticoide inalatório; SABA = broncodilatador de curta ação; MART = Maitenance and 
Reliever Therapy; LABA = broncodilatador de longa
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30Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Repare, Estrategista, que, para essa faixa etária, 
o corticoide inalatório entra já no primeiro degrau da 
escada. Note que a descrição clínica em cada degrau se 
refere às condições clínicas de início da medicação, ou 
seja, o degrau ou "step" em que o paciente deve iniciar 
o tratamento.
Preste muita atenção agora: 
a grande atualização do GINA-2021 
foi a inclusão do esquema MART 
a partir do "step" 3 da escada de 
tratamento. Isso quer dizer que, 
para essa população, é possível utilizar a combinação ICS-
formoterol para manutenção e, também, para alívio. Isso 
é igual ao que já acontece para adolescentes e adultos a 
partir do "step" 1.
Você se recorda de quando falamos que 
também existe uma classificação baseada em 
gravidade? Pois é, essa classificação guarda relação 
com a quantidade de medicação necessária 
para atingirmos o controle. Tal classificação está 
relacionada à gravidade intrínseca da doença.
O maior cuidado que precisamos ter ao 
classificar nosso paciente é lembrar que essa 
classificação não é imediata, ela acontece depois que 
instituímos o tratamento. Também precisamos nos 
certificar de que o paciente está fazendo o tratamento 
de forma correta, principalmente no que se refere ao 
uso de dispositivos inalatórios.
Vamos então à classificação:
Como está a leitura até aqui, Estrategista?
DESPENCA NA
PROVA!
DESPENCA NA
PROVA!
ASMA LEVE ASMA MODERADA ASMA GRAVE
Paciente 
controlado 
com os 
steps 1 ou 2 
Paciente controlado
com os steps 3 e 4
Paciente controlado 
com o step 5 ou
 refratariedade 
a tratamento
Agora chegou aquela hora especial de vermos como o Revalida já cobrou esse tema. 
Utilizo este momento para lembrar a você que, muitas vezes, a classificação de controle da 
doença é cobrada junto com a terapêutica demanutenção. É o que veremos nas questões a 
partir de agora:m
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31Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
CAI NA PROVA(INEP - REVALIDA 2020) Um escolar com 9 anos de idade comparece à consulta médica de rotina em Unidade Básica de 
Saúde. O paciente apresenta crises de broncoespasmo recorrentes desde os 4 anos de idade, com sintomas diurnos 3 
vezes por semana e despertar noturno sempre com necessidade de uso de β2-agonista de curta duração por demanda. 
Ele não consegue realizar atividades comuns da infância, como correr com seus amigos. Refere controle ambiental 
adequado. Há 4 meses, faz uso contínuo de corticoide inalatório em dose baixa. Ao exame físico, apresenta-se em bom 
estado geral, corado, hidratado e eupneico. Possui auscultas cardíaca e respiratória normais. Qual é a classificação da 
asma e a terapêutica recomendada, além do uso do β2-agonista de curta duração por demanda?
A) Asma parcialmente controlada; uso contínuo de corticoide inalatório em dose média.
B) Asma parcialmente controlada; uso contínuo de corticoide oral em doses baixas.
C) Asma não controlada; uso contínuo de corticoide inalatório em dose média.
D) Asma não controlada; uso contínuo de corticoide oral em doses baixas.
COMENTÁRIOS:
Então, vamos lá, Estrategista! Repare que essa questão nos cobra dois conceitos importantes: a classificação do 
controle da doença e a escada terapêutica de manutenção da asma.
A melhor forma de resolvermos questões assim é dividirmos por partes:
PARTE 1) Classificação quanto ao controle: o paciente que o enunciado nos traz preenche pelo menos 3 dos 4 
critérios da “famosa regrinha dos 4” — ele tem sintomas diurnos > 2 vezes na semana, tem limitação de atividade e 
também tem sintomas noturnos. O único critério que o enunciado não deixa muito claro é o uso de broncodilatador 
de resgate em exacerbações diurnas. De toda forma, ele configura uma asma não controlada.
PARTE 2) Tratamento de manutenção: o enunciado fala que o paciente faz uso de medicação (corticoide inalatório 
em baixa dosagem), e o controle ambiental está adequado. O uso diário de corticoide inalatório em baixa dosagem 
corresponde ao step 2. Como ele não está controlado, precisamos subir um degrau na escada, indo para o step 3.
Vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A. O paciente tem asma não controlada.
Incorreta a alternativa B. O paciente tem asma não controlada. Além disso, vimos que corticoide via oral não faz 
parte da terapêutica de manutenção.
Correta a alternativa C. A classificação do controle está correta, e o aumento da dose de corticoide inalatório é uma 
das opções do step 3.
Incorreta a alternativa D. Apesar de a classificação do controle estar correta, corticoide via oral não faz parte da 
terapêutica de manutenção.
GABARITO: ALTERNATIVA C.
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32Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
(INEP - REVALIDA 2016) Uma criança com 5 anos de idade, com diagnóstico de asma brônquica há um ano, foi internada 
por um dia, há dois meses. Recebeu alta com prescrição de salbutamol inalatório de 4/4 horas e prednisolona 1 mg/
kg/dia, durante 5 dias. Após esse período, foi prescrito corticoide inalatório em baixa dose. Retornou à Unidade Básica 
de Saúde para seguimento, quando se verificou que ela mantinha sintomas diurnos 4 vezes por semana, apresentando 
despertares noturnos, limitação de atividades e requerendo medicação de alívio, apesar do uso correto do dispositivo 
inalatório. De acordo com o quadro clínico descrito, assinale a alternativa em que são apresentadas, respectivamente, 
a classificação do nível de controle da asma e a conduta adequada ao caso.
A) Asma não controlada; aumento do corticoide inalatório para dose alta e observar resposta.
B) Asma parcialmente controlada; aumento do corticoide inalatório para dose média associada e antileucotrieno.
C) Asma não controlada; aumento do corticoide inalatório para dose média e tratamento de exacerbações com beta-
2 agonista de ação rápida e curta.
D) Asma parcialmente controlada; aumento do corticoide inalatório para dose alta, associado a um beta-2 agonista 
de ação prolongada e um antileucotrieno.
COMENTÁRIOS
Repare, Estrategista, que essa questão é bem similar à anterior, mas a faixa etária muda. Aqui falaremos sobre 
a escada de tratamento em menores de 6 anos.
Começaremos, entretanto, também dividindo a resposta por partes:
PARTE 1) Classificação quanto ao controle: o paciente que o enunciado nos traz preenche os 4 critérios 
da “famosa regrinha dos 4” — ele tem sintomas diurnos > 1 vez na semana, tem limitação de atividade, usa 
frequentemente broncodilatador e também tem sintomas noturnos. Ele configura uma asma não controlada.
PARTE 2) Tratamento de manutenção: o enunciado fala que o paciente faz uso de medicação contínua 
(corticoide inalatório em baixa dosagem). O uso diário de corticoide inalatório em baixa dosagem corresponde ao 
step 2. Como ele não está controlado, precisamos subir um degrau na escada, indo para o step 3, ou seja, dobrando a 
dose do corticoide inalatório.
Vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A. Apesar de a classificação do controle dos sintomas estar correta, nesse caso não há 
necessidade de elevar a dose para “alta”.
Incorreta a alternativa B. Trata-se de asma não controlada. Além disso, no step 3, OU aumenta-se a dose do 
corticoide, OU associa-se inibidor de leucotrieno, não se faz as duas medidas.
Correta a alternativa C. Essa alternativa contém a classificação correta e a conduta frente ao step 3. 
Incorreta a alternativa D. Trata-se de asma não controlada. O uso de LABA não está preconizado para essa população. 
Além disso, a dose do corticoide deve ser média. O inibidor de leucotrieno é uma alternativa ao aumento de dose 
do corticoide.
GABARITO: ALTERNATIVA C.
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33Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Agora, antes de falarmos sobre mais um tema quentíssimo para o Revalida, vamos recordar doses de corticoide 
que podem "cair" em sua prova:
PARA CRIANÇAS DE 6 A 11 ANOS:
CORTICOIDE
INALATÓRIO
DOSE BAIXA (µg/dia)
DOSE MÉDIA
(µg/dia)
DOSE ALTA (µg/dia)
Dipropionato de 
beclometasona
100 - 200 200 - 400 > 400
Budesonida (DPI) 100 - 200 200 - 400 > 400
Propionato de 
fluticasona
50 - 100 100 - 200 > 200
6.0 CRISE DE ASMA 
A crise de asma é "a medalha de prata" em incidência nas provas do Revalida. Ou seja, é mais 
um tema que merece toda nossa dedicação e carinho!
Então, venha comigo ver em detalhes esse tema tão importante!
6.1 CONCEITO DE EXACERBAÇÕES, GATILHOS E FATORES DE RISCO
Neste primeiro momento, vamos recordar o conceito de exacerbação:
A exacerbação é a inflamação aguda, causada pela exposição a algum fator desencadeante, que leva à 
intensificação dos sintomas. Existe uma mudança dos sintomas e da função pulmonar em relação ao basal do 
paciente. O grande risco aqui é o desenvolvimento de insuficiência respiratória, caso não seja corretamente 
manejada.
CAPÍTULO
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34Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Você se recorda do conceito de insuficiência respiratória? Ela é a incapacidade de o 
sistema respiratório manter:
• a oxigenação necessária às demandas metabólicas dos tecidos e/ou
• a eliminação de gás carbônico.
ESCLARECENDO!
ATENÇÃO
DECORE!
ESTA CAI NA
PROVA!
Como principal gatilho para exacerbações, precisamos recordar as infecções virais para a prova, na faixa 
etária pediátrica. Contudo guarde também estes outros gatilhos:
Exposição a 
aeroalérgenosnos
Outono e inverno Tabagismo passivo 
Mau controle Alergia alimentar 
Como comentamos acima, o 
pior desfecho das exacerbações é 
o desenvolvimento de insuficiência 
respiratória com potencial risco de 
óbito, também chamada por algumas 
bancas de asma críticaou mal 
asmático.
Os principais fatores de risco 
para desfechos desfavoráveis e óbito 
são:
• necessidade de idas ao departamento de 
emergência ou hospitalizações no último ano;
• necessidade prévia de internação em UTI/
intubação por crise de asma;
• uso frequente de corticoide oral;
• uso de mais de um frasco de medicação de 
resgate ao mês; 
• baixa aderência ao tratamento de 
manutenção;
• alergia alimentar em paciente com asma;
• comorbidades.
6.2 CLASSIFICAÇÃO DA CRISE DE ASMA
Querido(a) Estrategista, recorda que os tópicos "diagnóstico" e "tratamento de manutenção" têm particularidades 
quanto à faixa etária da criança? Pois é, o mesmo vai acontecer na classificação da crise de asma.
A classificação do paciente com idade inferior a seis anos leva em consideração apenas 
fatores clínicos. Já a classificação do paciente a partir dos seis anos considera tanto fatores 
clínicos quanto o pico de fluxo expiratório (PFE).
Agora, fique atento(a), pois este assunto cai em prova!
Vamos começar com a classificação da crise em menores de seis anos:
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35Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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PARÂMETROS CRISE LEVE A MODERADA CRISE GRAVE
Nível de consciência Normal a agitado Agitado até sonolência
Padrão respiratório Dispneia leve Dispneia importante
FR ≤ 40 irpm > 40 irpm
FC
≥ 180 bpm (0 - 3 anos)
≤ 150 bpm (> 3 anos)
> 180 bpm (0 - 3 anos)
> 150 bpm (> 3 anos)
Saturação ≥ 92% < 92% / pode ter cianose
Capacidade de falar Frases Incapaz de falar
Ausculta Sibilos Tórax pode estar silencioso
Repare que, nessa primeira tabela, utilizamos apenas 
aspectos clínicos e dividimos a crise em duas categorias 
de gravidade.
Agora chegou o momento de darmos uma olhada 
na classificação da crise nas crianças a partir dos seis 
anos. Repare nas diferenças:
PARÂMETROS
CRISE LEVE A
MODERADA
CRISE GRAVE
“LIFE
THREATENING”
Nível de consciência Não agitado Agitado Sonolento
Padrão respiratório
Sem uso de 
musculatura 
acessória
Uso de musculatura 
acessória
Dispneia importante
FR
Aumentada, mas ≤ 30 
irpm
> 30 irpm
Tórax silencioso
FC 100 - 120 bpm > 120 bpm
Saturação 90 - 95% < 90%
Capacidade de falar Frases Palavras
PFE > 50% do previsto ≤ 50% do previsto
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36Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Repare que, nessa tabela, utilizamos o PFE para classificar a crise, se ele estiver disponível.
Vamos ver como a classificação da crise de asma pode ser cobrada em questões:
CAI NAPROVA
(UFMT - REVALIDA 2019) A asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias, que se caracteriza por obstrução 
reversível dessas vias. É doença crônica muito comum na infância e motivo frequente de atendimento em Unidades 
de Pronto Atendimento.
A partir das informações dadas, cite 5 (cinco) sinais de crise asmática grave.
COMENTÁRIOS:
• Uso de musculatura acessória
• Alteração de nível de consciência (agitação importante ou sonolência)
• Em maiores de 6 anos, PFE 50% do previsto
• Hipoxemia (saturação < 90% a partir de 6 anos ou < 92% em menores de 6 anos)
• Fala entrecortada
6.3 MEDIDAS GERAIS DE TRATAMENTO
Neste momento, você pode estar se perguntando: “todas as exacerbações vão ser conduzidas no departamento 
de emergência?” A resposta para essa pergunta é: NÃO!
Então vamos relembrar os casos em que precisamos transferir o paciente para o pronto-socorro:
• Quando ele está taquipneico e taquicárdico.
• Quando apresenta algum sinal de desconforto respiratório.
• Quando ele não é capaz de pronunciar uma frase.
• Quando apresenta alguma alteração sensório (agitação ou sonolência).
• Quando o PFE é ≤ 50% do basal.
• Quando existe hipoxemia.
• Quando, examinando o paciente, for notado tórax silencioso.
• Quando houver piora repentina ou ausência de melhora com terapêutica domiciliar.
Os pacientes que não apresentarem esses sinais de maior gravidade podem ser tratados em domicílio, contanto 
que exista uma comunicação eficaz da família com o médico, bem como uma garantia de seguimento do paciente.
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37Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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O tratamento domiciliar/ambulatorial irá se basear na administração de medicação de 
resgate, no caso, o b2-agonista de curta ação (SABA) e corticoide oral, se necessário. Preconiza-se, 
pelo GINA, que paciente e família tenham um plano por escrito para os momentos de exacerbação.
TOME
NOTA!
C
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E
Classifique
Resolva onde tratar 
(ambulatorial x pronto-socorro)
Indique O2 se saturação < 94%
Salbutamol (SABA) e/ou 
brometo de ipratrópio
Esteroide sistêmico 
(via oral ou via endovenosa)
Agora, vamos estudar as particularidades do tratamento hospitalar da crise, tema muito abordado em provas 
do Revalida.
6.4 TRATAMENTO HOSPITALAR DA CRISE DE ASMA
O tratamento hospitalar da crise de asma segue as diretrizes do Pediatric Advanced Life Support (PALS) e, 
também, toma por base as classificações que vimos anteriormente. Então, vamos utilizar uma figura para ajudar a 
visualização do fluxo de atendimento, conforme segue abaixo:
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38Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
A partir de agora, dividiremos o tratamento hospitalar do paciente asmático com base na faixa etária em tópicos 
separados, para facilitar seu estudo.
Com sinais de gravidade: 
confusão, sonolência 
ou tórax silencioso?
� Monitorização
� Oxigenioterapia para 
manter saturação 94 - 98%
� Classificar o paciente
� Monitorização
� Oxigenioterapia para 
manter saturação 94 - 98%
� Considerar VNI
� Iniciar medidas com SABA 
e corticoide IV
AVALIAÇÃO INICIAL
DO PACIENTE SEGUNDO
PALS: A - B - C
SALA DE EMERGÊNCIA TRANSFERÊNCIA 
PARA UTI
6.4.1 TRATAMENTO HOSPITALAR EM MENORES DE 6 ANOS
Para o tratamento dos menores de seis anos, temos as seguintes recomendações, conforme a gravidade da crise 
de asma: m
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39Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
� b2-agonistas de curta ação 
(SABA) a cada 20 minutos 
durante 1 hora.
� Brometo de ipratrópio 
pode ser considerado.
� Não é preconizado corticoide 
na primeira hora.
� Oxigenioterapia para manter 
saturação 94-98%.
� b2-agonistas de curta ação 
(SABA) a cada 20 minutos 
durante 1 hora.
� Considerar brometo de 
ipratrópio na primeira hora.
� Considerar corticoide sistêmico.
� Oxigenioterapia para manter 
saturação 94-98%.
CRISE GRAVE
CRISE LEVE 
A MODERADA
O manejo na emergência, em menores de seis anos, apresenta algumas diferenças em 
relação ao que veremos para crianças maiores. Preste a atenção a estas particularidades:
• Não é preconizado o uso de sulfato de magnésio para essa população.
• Vamos utilizar corticoide apenas para as crises graves. Nas crises leves a 
moderadas, a única medicação de que lançamos mão é o SABA (salbutamol).
PRESTE MAIS
ATENÇÃO!
Agora, vamos focar no manejo da crise para as crianças mais velhas.
6.4.2 TRATAMENTO HOSPITALAR A PARTIR DOS 6 ANOS
Para os escolares, a estratégia terapêutica, querido(a) aluno(a), vai também se basear na classificação da 
gravidade da crise. Então, vamos lá:
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40Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
CRISE LEVE
A MODERADA
CRISE GRAVE LIFE THREATENING
� b2-agonistas de 
curta ação (SABA) a 
cada 20 minutos 
durante 1 hora.
� Corticoide VO 
(prednisolona 1 mg/kg).
� Considerar brometode ipratrópio.
� Oxigenioterapia para 
manter saturação 
94-98%.
� Além das medidas 
citadas para o 
paciente grave:
� Transferência 
para a UTI.
� Considerar suporte 
ventilatório.
� b2-agonistas de curta 
ação (SABA) a cada 
20 minutos + brometo 
de ipratrópio durante 
1 hora.
� Corticoide IV 
(metilpredinosolona 
1-2 mg/kg).
� Oxigenioterapia para 
manter saturação 94-98%.
� Considerar sulfato 
de magnésio.
iEstá tudo bem até aqui, Estrategista? Repare que a medicação de resgate, ou seja, o SABA (salbutamol) estará 
presente em todas as categorias de crise. A maior diferença é o brometo de ipratrópio, que se torna obrigatório na 
primeira hora em crises graves. Essa medicação reduz as taxas de hospitalização por asma.
TOME
NOTA!
Com relação ao corticoide, 
temos outro ponto importante, a 
saber: na crise, utilizamos corticoide 
em sua forma sistêmica. Sobre a 
forma sistêmica, não existe diferença 
de eficácia entre as formas oral ou 
endovenosa, mas damos preferência ao endovenoso 
em crises graves devido à magnitude do desconforto 
respiratório e à dificuldade de ingestão via oral.
"E quanto ao sulfato de magnésio, professora 
Mariana, quando utilizamos?"
O sulfato de magnésio também é uma medicação broncodilatadora que pode ser utilizada em casos 
refratários à terapêutica inicial com SABA e corticoide sistêmico. O cuidado que devemos ter em sua 
administração é a infusão lenta com o paciente monitorizado. A dose preconizada é de 50 mg/kg ao longo 
de 30 minutos.
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41Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Na abordagem da crise 
asmática, exames laboratoriais não 
são preconizados.
Os principais recursos 
necessários são a oximetria de pulso 
(que substitui a gasometria arterial) e 
o PFE para maiores de 6 anos.
A radiografia de tórax tem espaço na busca de 
complicações mecânicas (atelectasias) em crises graves.
Agora é aquele momento de você checar comigo 
como esse conteúdo é cobrado nas provas!
É mandatória a monitorização 
cardíaca e de pressão arterial durante 
a infusão do sulfato de magnésio. Um 
dos efeitos adversos é hipotensão 
com colapso circulatório. Os efeitos 
adversos estão associados a infusões 
inadvertidamente rápidas da 
medicação.
“E se o paciente não melhorar após todas essas 
medidas, professora Mariana?”
Ainda existem outras possibilidades terapêuticas, 
Estrategista, como a utilização do B2 endovenoso 
contínuo (terbutalina ou salbutamol IV). Entretanto o 
paciente que foi refratário ao sulfato de magnésio já 
merece indicação de UTI.
INDO MAIS
FUNDO!
TOME
NOTA!
FIQUE
ATENTO!
isso, intubação orotraqueal será sempre nossa última 
alternativa. Podemos investir em VNI (ventilação não 
invasiva) ouaté CNAF (cateter nasal de alto fluxo) para 
atenuar o desconforto respiratório.
As situações em que a intubação orotraqueal se 
torna necessária são:
• Presença de rebaixamento de nível 
de consciência.
• Fadiga ou respiração agônica.
• Apneia.
• Parada cardiorrespiratória.
CAI NA PROVA
(UFMT - REVALIDA 2016 (ADAPTADA)) A asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias, que se caracteriza por 
obstrução reversível dessas vias. É uma doença crônica muito comum na infância e motivo frequente de atendimento 
em unidades de Pronto Atendimento. A partir das informações dadas, esquematize a sequência de tratamento da 
asma aguda grave na unidade de atendimento para crianças maiores de 6 anos. No caso de medicações, cite a via de 
administração.
Fique atento a uma pegadinha: 
a aminofilina não faz parte do arsenal 
terapêutico devido a sua baixa 
eficácia e ao perfil de segurança.
O paciente asmático é extremamente difícil de 
ventilar, justamente por sua fisiopatologia obstrutiva e 
risco de lesões associadas à ventilação mecânica. Por 
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42Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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COMENTÁRIOS:
O tratamento da crise grave de asma engloba a adequada monitorização do paciente, estabelecimento de acesso 
venoso e oxigenioterapia visando à saturação entre 94-98%, conforme as diretrizes do PALS. O salbutamol deve ser 
administrado por via inalatória, a cada 20 minutos, dentro de uma hora. Da mesma forma, por tratar-se de crise grave, 
o brometo de ipratrópio, em sua forma inalatória, deve ser realizado também na primeira hora. O corticoide sistêmico 
pode ser feito em sua forma endovenosa. Para crianças acima de 6 anos, conforme a resposta a essas medidas, o 
sulfato de magnésio endovenoso pode ser considerado.
(INEP - REVALIDA 2011 (ADAPTADA)) Um estudante, com 11 anos de idade, chega à Emergência informando ser 
portador de asma desde a infância. Relata que manteve controle da asma nos últimos meses e que apresenta piora há 
dois dias, quando passou a apresentar dispneia associada à tosse, expectoração mucosa e chiado no peito. Ao exame 
físico, observa-se tórax tipo pectus carinatum, com discreta tiragem intercostal; frequência respiratória = 32 irpm; 
frequência cardíaca = 100 bpm; ausculta pulmonar com sibilos difusos. Na sala de Emergência, diante do paciente com 
crise asmática, além do quadro clínico, consideram-se como procedimentos objetivos importantes para avaliação da 
gravidade, a realização, quando possível, de:
A) radiografia de tórax e medida do pico de fluxo expiratório (PFE).
B) radiografia de tórax e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria de pulso (SatO2).
C) hemograma e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria de pulso (SatO2).
D) medida do pico de fluxo expiratório (PFE) e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria 
de pulso (SatO2).
E) eletrocardiograma e medida do pico de fluxo expiratório (PFE).
COMENTÁRIOS:
Vamos a nossa última questão do dia de hoje, Estrategista! Como comentamos há pouco, na crise de asma 
não é necessário exames complementares de rotina. Os dois parâmetros que nos ajudarão a classificar a gravidade 
da crise são:
• oximetria de pulso
• PFE (em maiores de 6 anos)
Vamos percorrer cada alternativa:
Incorreta a alternativa A. A radiografia de tórax não tem função ao predizer a gravidade da crise. Ela pode ser útil 
na avaliação de complicações mecânicas, como atelectasias. Essa alternativa não menciona a oximetria.
Incorreta a alternativa B. A radiografia de tórax não tem função ao predizer a gravidade da crise. Ela pode ser útil 
na avaliação de complicações mecânicas, como atelectasias. 
Incorreta a alternativa C. O hemograma não faz parte da avaliação do paciente asmático de rotina.
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43Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
Asma
Correta a alternativa D. O PFE em maiores de 6 anos e a oximetria são parâmetros que nos permitem avaliar a 
gravidade do paciente.
Incorreta a alternativa E. O ECG não faz parte da avaliação do paciente asmático de rotina. Essa alternativa não 
menciona a oximetria.
GABARITO: ALTERNATIVA D.
Muito bem, Estrategista! Você chegou ao final do livro de asma. Como você pôde observar, após esta 
nossa jornada juntos, trata-se de um assunto que cai com frequência nas provas do Revalida, portanto ele 
merece um estudo com muito carinho. Quando possível, reveja com calma as questões e faça revisões para 
fixação dos temas.
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44Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Abril 2022
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8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CAPÍTULO
1. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2021 update).
2. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2020 update).
3. Guia prático da atualização do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. 
Sibilância Recorrente do Lactente e do Pré-escolar, abril 2017.
4. Pizzichini, M.M., et al. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 
J Bras Pneumol, 2020;46(1):e20190307.
5. American Heart Association. Manual do Profissional do Suporte Avançado de Vida em Pediatria, 2017.
6. Sant'anna, C.C., et al. Terapia Inalatória: vantagens sobre o tratamento oral. Suplemento de asma pediátrica da 
Sociedade Brasileira de Pediatria.
7. Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Elsevier, 13a edição traduzida.
8. Yang, C.L.; Gaffin, J.M.; Radhakrishnan, D. Question 3: Can we diagnose asthma in children under the age of 5 years? 
Paediatric Respiratory Reviews, 2018.
9. Regina Maria de Carvalho-Pinto et al. Recomendações para o manejo da asma grave da Sociedade Brasileira de 
Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol, 2021.
10. Chong Neto et al. Diretrizes da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria para 
sibilância e asma no pré-escolar. Arq de asma, alergia e imunologia, 2018. 
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CAPÍTULO
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Querido(a) Estrategista,
Chegamos juntos ao final de um capítulo muito importante para sua preparação para a prova de Revalidação. 
Questões abrangendo este tema totalizam cerca de 5% de tudo o que foi cobrado em Pediatria no INEP e UFMT 
nos últimos 10 anos. Existe grande chance de ao menos uma questão de sua prova cobrar algum dos conceitos que 
estudamos hoje.
• Minha sugestão agora é que você revise e faça questões envolvendo principalmente estes 5 tópicos:
• Quadro clínico.
• Diagnóstico.
• Classificação de controle da asma.
• Tratamento de manutenção.
• Classificação da crise de asma e sua abordagem.
Deixei uma lista de questões sobre estes tópicos para você exercitar. Ressalto que você encontrará nesta 
lista questões mais atuais, pois, como comentamos, este tema sofre atualizações frequentes, o que pode alterar a 
compreensão de questões mais antigas. 
Estou aqui para ajudar e tirar suas dúvidas sobre este e os demais temas dentro da Pediatria.
Um abraço,
Professora Mariana Pegoraro.
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	1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA	
	1.1 DEFININDO A DOENÇA
	1.2 A ASMA E O GINA
	1.3 EPIDEMIOLOGIA NA ASMA
	1.4 SIMPLIFICANDO A FISIOPATOLOGIA DA ASMA
	2.0 QUADRO CLÍNICO	
	3.0 DIAGNÓSTICO DA ASMA	
	3.1 DIAGNÓSTICO CLÍNICO
	3.2 DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
	3.3 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
	3.4 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: NEM TUDO QUE SIBILA É ASMA
	4.0 CLASSIFICAÇÃO DA ASMA
	5.0 TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO OU DE 
CONTROLE	
	5.1 ARSENAL TERAPÊUTICO PARA TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
	5.2 ESTRATÉGIA DE CONTROLE PARA MENORES DE 6 ANOS
	5.3 ESTRATÉGIA DE CONTROLE A PARTIR DOS 6 ANOS
	6.0 CRISE DE ASMA	
	6.1 CONCEITO DE EXACERBAÇÕES, GATILHOS E FATORES DE RISCO
	6.2 CLASSIFICAÇÃO DA CRISE DE ASMA
	6.3 MEDIDAS GERAIS DE TRATAMENTO
	6.4 TRATAMENTO HOSPITALAR DA CRISE DE ASMA
	6.4.1 TRATAMENTO HOSPITALAR EM MENORES DE 6 ANOS
	6.4.2 TRATAMENTO HOSPITALAR A PARTIR DOS 6 ANOS
	7.0 Lista de questões
	8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	
	9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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