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Percepção Musical: Intervalos e Alturas


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PRINCÍPIOS DA PERCEPÇÃO 
MUSICAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alysson Siqueira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O estudo dos intervalos é um conteúdo do aprendizado musical que 
desperta sentimentos diversos nos alunos. Ao mesmo tempo em que aparenta 
ter uma complexidade assustadora, tem diversas utilidades na música, entre 
elas, seu papel na percepção. Os intervalos possibilitam a criação de atalhos na 
memória — em vez de memorizar as alturas específicas de cada nota, em 
diversas oitavas, gravamos na memória as relações entre alturas de notas 
distintas. Assim, se temos memorizada a relação entre as notas dó e ré, ao 
escutarmos a nota sol podemos, sabendo que se trata da mesma relação entre 
notas, cantar a nota lá. Essa é apenas uma das possibilidades do uso de 
intervalos para estudo da percepção musical. 
Intervalo, portanto, é a maneira que dispomos de nomear as relações, ou 
distâncias em termos de altura, entre notas musicais. 
A partir da escala diatônica, de dó maior, podemos obter os seguintes 
intervalos em relação ao dó. 
Figura 1 – Intervalos da escala de Dó Maior 
 
 
Os intervalos demonstrados na Figura 1 são lidos, respectivamente: 
segunda maior, equivalente a um tom; terça maior, equivalente a dois tons; 
quarta justa, equivalente a dois tons e um semitom; quinta justa, equivalente a 
três tons e um semitom; sexta maior, equivalente a quatro tons e um semitom; 
sétima maior, equivalente a cinco tons e um semitom; e oitava justa, equivalente 
a seis tons. A partir deles, podemos obter uma ampla variedade de intervalos, 
dentro os quais listamos os mais utilizados no Quadro 1. 
 
 
 
3 
Quadro 1 – Variedade de intervalos 
Intervalo Leitura Distância 
2m Segunda menor 1 st 
2M Segunda Maior 1T 
3m Terça menor 1T e 1 st 
3M Terça Maior 2T 
4J Quarta justa 2T e 1st 
4aum 
5dim 
Quarta aumentada 
Quinta diminuta 
3T (trítono) 
5J Quinta justa 3T e 1st 
6m Sexta menor 4T 
6M Sexta Maior 4T e 1st 
7m Sétima menor 5T 
7M Sétima Maior 5T e 1st 
8J Oitava justa 6T 
 
Deste ponto em diante, trataremos da percepção de cada tipo de intervalo 
isoladamente. 
TEMA 1 – INTERVALOS DE SEGUNDA 
Os intervalos de segunda são equivalentes ao tom e ao semitom. Todavia, 
para um intervalo ser assim chamado as duas notas não podem ter o mesmo 
nome, como dó e dó#. Embora a distância entre as notas seja de um semitom, 
o intervalo não pode ser de segunda. Para este intervalo ser chamado assim, 
basta utilizar o enarmônico de dó#, ou seja, réb — aí então teremos uma 
segunda menor. Para obtermos uma segunda maior, seguimos a mesma ideia. 
Porém, a distância entre as notas deve ser de tom, como entre dó e ré. 
1.1 A percepção da segunda menor 
Tratando-se da música representativa da tradição europeia, a segunda 
menor é a menor distância entre notas. Se tocarmos uma tecla qualquer do 
piano, uma segunda menor acima será a tecla à direita, seja ela branca ou preta. 
Para tocarmos uma nota no violão, um dedo de uma das mãos pressiona a corda 
em determinada casa. A nota uma segunda acima está na casa subsequente. 
 
 
 
4 
Figura 2 – Segundas menores no piano e no violão 
 
Instrumentos como o piano e o violão produzem notas musicais com 
precisão de afinação. Porém, um instrumento como o violino, que não tem 
trastes1, é capaz de produzir infinitas frequências entre as duas notas que 
formam uma segunda menor, deixando a precisão da afinação por conta da 
percepção do instrumentista. O mesmo acontece com o canto, cuja precisão da 
afinação ocorre através de processos que envolvem a memória. 
Por esta razão, as atividades de percepção de intervalos — e as que 
envolvem alturas de modo geral — produzem resultados mais precisos com o 
auxílio de instrumentos como o piano, atuando como parâmetro de afinação. Se 
você não possui acesso a este instrumento, ou a um teclado, você pode investir 
em uma escaleta. Se isso também não for possível, instale um aplicativo de 
piano virtual no seu celular, tablet ou computador. 
A seguir, apresentamos algumas sugestões para desenvolvimento da 
percepção do intervalo de segunda menor. 
1.1.1 Músicas de referência – segunda menor 
Uma das atividades mais usuais e eficientes na percepção de intervalos 
melódicos é a adoção de um repertório de referência. Cada intervalo deve ter ao 
menos uma música que você saiba cantar de cor. Traremos, nesta aula, 
sugestões que entendemos ser de amplo conhecimento geral, e que podem ou 
não ser boas referências para você. Cabe a cada estudante decidir se a sugestão 
 
1 Trastes são as divisões, normalmente feitas de metal, do braço de instrumentos de corda como 
o violão. O espaço entre dois trastes sucessivos é chamado de casa. Em qualquer lugar dentro 
de uma casa que o instrumentista pressionar seu dedo, ele irá produzir a mesma nota. 
 
 
5 
lhe serve ou buscar, dentro do repertório das músicas mais familiares, outras 
referências. 
No caso da segunda menor, a referência mais utilizada é a música tema 
do filme Tubarão, dirigido por Steven Spielberg e lançado em 1975. 
 
 
Essa é, possivelmente, a música com mais intervalos de segunda menor 
recorrentes. A repetição do mesmo intervalo possibilita o treinamento da 
percepção tanto no sentido ascendente quanto no descendente. Por se tratar de 
tema de filme, a música suscita o desenvolvimento de diversas atividades que 
envolvem encenação e contação de história musicada. 
Outra música com intervalos de segunda menor recorrentes é Für Elise, 
de Beethoven. 
 
Nesse caso, o intervalo de segunda menor ocorre no início da frase. 
Embora a música seja própria de repertório pianístico, ela é bastante utilizada 
em caixinhas de música, em campainhas e outros sinais sonoros do nosso 
cotidiano. Por isso, podemos considerar uma boa referência. 
Para exercitar a percepção do intervalo melódico, ouvir, tocar e cantar as 
melodias são práticas necessárias. Além disso, você pode tocar uma nota 
musical qualquer em seu instrumento e, em seguida, cantar uma segunda menor 
acima, ou abaixo. Confira a afinação depois de cantar comparando com a 
respectiva nota do seu instrumento. 
 
 
 
6 
1.2 A percepção da segunda maior 
A segunda maior representa o dobro da distância da segunda menor, ou 
seja, um tom. Isso significa que, no piano, para obtermos esse intervalo, é 
preciso saltar uma tecla. No violão também ocorre da mesma maneira. 
Figura 3 – Segundas menores no piano e no violão 
 
A segunda maior é o primeiro intervalo que surge ao cantar a escala de 
Dó Maior, portanto, esta já é uma importante referência. Todavia, indicamos 
outras músicas a seguir que podem auxiliar na memorização do intervalo de 
segunda maior. 
1.2.1 Músicas de referência – segunda maior 
Certamente, a música que inicia com segunda maior mais conhecida é 
Parabéns pra Você (desconsiderando a repetição da primeira nota). 
 
Outra referência possível é “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. 
 
 
 
7 
Também podemos utilizar “Asa Branca” de Luiz Gonzaga, embora a 
segunda nota do intervalo soe em no contratempo, tornado menos perceptível a 
segunda maior. 
 
 TEMA 2 – ESCALA MENOR NATURAL 
As terças, para música, são particularmente importantes para definir se 
acordes ou tonalidades são maiores ou menores. Por essa razão, o 
desenvolvimento de sua percepção é imprescindível para os musicistas. 
A exemplo das segundas, para um intervalo ser de terça, ele precisa 
primeiro ter uma distância de três notas, ou seja, dó a mi, ré a fá, mi a sol etc. 
Observando-se isso, temos, a princípio, terças menores e maiores, as quais 
serão abordadas na sequência. 
2.1 A percepção da terça menor 
O intervalo de terça menor é constituído de um tom mais um semitom. 
Tomando como base a escala de Dó Maior, não há terça menor ascendente em 
relação à tônica (nota dó). Entretanto, o intervalo pode ser encontradoem outras 
posições da escala, como entre ré e fá, mi e sol, lá e dó, e si e ré. 
Figura 4 – Terças menores no piano 
 
 
 
8 
Encontre esses intervalos no seu instrumento (ou aplicativo) e explore sua 
sonoridade. A seguir, experimente as referências que sugerimos. 
2.1.1 Músicas de referência – terça menor 
Tratando-se de terça menor, uma referência bastante recorrente é da 
canção popular inglesa Greensleeves. 
 
Outra música que pode estar presente na memória de muitas pessoas é 
Lullaby, de Johannes Brahms. 
 
Na música popular brasileira, temos diversas possibilidades. Dentre as 
quais, Suíte do Pescador, de Dorival Caymmi. 
 
Escute também Alguém Cantando e Baby, de Caetano Veloso, além de 
Ovo de Codorna, de Luiz Gonzaga. 
2.2 A percepção da terça maior 
O intervalo de terça maior é constituído de dois tons. Na escala de Dó 
Maior, o intervalo pode ser encontrado entre dó e mi, fá e lá e sol e si. 
 
 
 
9 
Figura 5 – Terças maiores no piano 
 
Novamente, encontre esses intervalos no seu instrumento (ou aplicativo) 
e explore sua sonoridade. A seguir, experimente as referências que sugerimos. 
2.2.1 Músicas de referência – terça maior 
Uma das principais referências de música que inicia com terça maior é a 
tradicional Kumbaya. 
 
A tradicional música norte-americana Oh when the saints go marching in, 
de James Milton Black, também inicia com uma terça maior. 
 
Na música popular brasileira, também encontramos exemplos. 
Possivelmente, para os brasileiros, a referência mais familiar seja Eu sei que vou 
te amar, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. 
 
 
10 
 
Outras sugestões para você analisar: Ob-la-di ob-la-da, dos Beatles; e, 
para os baixistas, a melodia do baixo da introdução de Sweet Child O’Mine, dos 
Guns N’ Roses. 
TEMA 3 – INTERVALOS DE QUARTA, QUINTA E OITAVA 
Neste tema, abordaremos apenas os intervalos justos de quarta, quinta e 
oitava. Os aumentados e diminutos serão objeto de estudos mais avançados. 
O aluno de percepção deve ter um cuidado especial com esses intervalos, 
pois eles apresentam relações de complementaridade que podem gerar dúvidas. 
Se somarmos um intervalo de 4J com um de 5J, obtemos uma 8J. Por essa 
razão, 4J é a inversão de 5J e vice-versa. Na prática, a partir de uma nota 
qualquer, a quinta justa acima e a quarta justa abaixo serão a mesma nota, 
porém, com uma oitava de diferença. Veja na Figura 6. 
Figura 6 – Relações entre os intervalos justos 
 
Após esta observação, passaremos às referências de cada um dos 
intervalos. 
3.1 Músicas de referência – quarta justa 
A referência de quarta justa consagrada no Brasil vem do próprio Hino 
Nacional Brasileiro. 
 
 
11 
 
A melodia de origem africana, adaptada e com letra escrita pelo pastor e 
poeta inglês John Newton, também pode ser uma referência familiar de música 
que inicia com quarta justa. 
 
Do cinema, a música de Harry Potter, Hedwig’s Theme, de John Williams, 
é uma referência importante para a geração que cresceu assistindo às histórias 
do pequeno bruxo. 
 
Como sugestão de estudo, toque uma nota qualquer no piano e, a partir 
dela, comece a cantar a melodia escolhida. Faça isso diversas vezes, e com 
notas diferentes. 
3.2 Músicas de referência – quinta justa 
A quinta justa é um intervalo bastante recorrente para trilhas de filmes de 
ação. Nosso primeiro exemplo é a trilha do filme Superman, composta também 
por John Williams. No início da obra, o compositor apresenta quinta justa 
descendente e ascendente. 
 
O segundo compasso também pode ser importante para a memorização 
de intervalos, pois apresenta 4J e 5J descendentes em sequência. 
O tema principal da composição de John Williams também inicia com 
intervalo de quinta justa bem característico. 
 
 
12 
 
Também a canção Perhaps Love, de John Denver, pode servir como 
instrumento de memorização da quinta justa. 
 
A canção Brilha, brilha, estrelinha, ou Twinkle, twinkle, little star, bastante 
utilizada no método Suzuki para ensino de instrumentos musicais, torna-se 
também uma possível referência. 
 
Podemos citar ainda outras referências, como o tema do filme Star Wars, 
dos Flintstones, de Game of Thrones e Feitio de Oração, de Noel Rosa. 
3.3 Músicas de referência – oitava justa 
Tratando-se de oitava justa, a principal referência é Somewhere Over the 
Rainbow, de Harold Arlen e Yip Harburg. O título em português é Além do Arco-
íris. 
 
O tema do filme Dançando na chuva também pode ser utilizado como 
referência para memorização da oitava justa. 
 
 
 
13 
Na música popular brasileira, a representante é a canção Modinha, de 
Tom Jobim e Vinícius de Moraes. 
 
Além das referências musicais, você pode cantar uma melodia grave e 
depois, mantendo o tom, cantar na região aguda. Impreterivelmente, se você 
manteve a afinação, você saltou uma oitava justa. 
Outra possibilidade é cantar a escala de Dó Maior inteira. Quando chegar 
no dó agudo, tente entoar o dó grave em seguida. Quando conseguir fique por 
um tempo alternando entre o dó grave e o dó agudo – estará, desse modo, 
praticando a oitava justa. 
TEMA 4 – INTERVALOS DE SEXTA 
Os intervalos de sexta podem ter quatro tons, no caso da sexta menor, e 
quatro tons e um semitom, sendo compreendido como sexta maior. 
4.1 Músicas de referência – sexta menor 
Na música popular brasileira podemos encontrar algumas referências, 
como a canção considerada como marco inicial do movimento da Bossa Nova 
— Chega de Saudade de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. 
 
Outras referências que recomendamos na música popular brasileira são 
Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá e Força Estranha, de Caetano Veloso. 
Também temos os temas de filmes representados nesta categoria. Love 
Story, de Francis Lai, tema do filme de mesmo título, tem sua melodia bastante 
reconhecida. 
 
 
14 
 
Lacrimosa, de Mozart, pode ser uma referência importante para os 
praticantes e ouvintes de música erudita. 
4.2 Músicas de referência – sexta maior 
A canção My Way, de Jacques Reveaux e Claude François, foi uma das 
principais interpretações de Frank Sinatra. Por essa razão, sua melodia é 
amplamente conhecida, fazendo dela uma ótima referência. 
 
Libiamo, o primeiro ato da ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi, inicia 
com sextas maiores ascendentes e descendentes sucessivas, fazendo desta 
música uma referência importante para memorização deste intervalo. 
 
Outras músicas que você deve considerar para sua lista de referências 
são Todo Sentimento, de Chico Buarque, e Noturno Op.9 n. 2. de Chopin. 
 
 
 
15 
TEMA 5 – INTERVALOS DE SÉTIMA 
Os intervalos de sétima podem ter cinco tons, no caso da sétima menor, 
e cinco tons e um semitom, sendo nomeado como sétima maior. Vamos 
apresentar as referências para cada um deles. 
5.1 Músicas de referência – sétima menor 
Tema original da série Star Trek (Jornada nas Estrelas), composto por 
Alexander Courage. 
 
A canção The winner takes it all, do ABBA. 
 
5.2 Músicas de referência – sétima maior 
Na canção Moon River, composta por Henry Mancini, há um intervalo de 
sétima maior no início da segunda frase, coincidente com os dizeres “I’m cross”. 
 
O refrão da música Take on Me, do grupo A-ha, também começa com o 
intervalo de sétima maior. 
 
Os intervalos de sétima são os que possuem menos variedade de opção 
entre os apresentados até este ponto. Todavia, se a sétima maior desejada 
 
 
16 
também for a sensível da escala, é possível memorizar sua relação com a tônica 
— sua condição de quase-tônica, por estar uma segunda menor abaixo dela. 
NA PRÁTICA 
Esta aula foi essencialmente prática. Entretanto, a sugestão de prática é 
que você organize uma tabela de referências de intervalo, nos moldes a seguir. 
Tabela 1 – Variedade de intervalos 
Intervalo Sentido Música Autor/Intérprete Link 
2m Asc. Tema Tubarão John Williams 
https://www.youtube.com/
watch?v=BWm7cpHv1ZU2M Asc. Aquarela do Brasil Ary Barroso 
https://www.youtube.com/
watch?v=Who9nyCTD_I 
3m Asc. Oh When the Saints Louis Armstrong 
https://www.youtube.com/
watch?v=wyLjbMBpGDA 
3M Asc. 
Eu sei que vou te 
amar 
Tom Jobim e 
Vinícius de Moraes 
https://www.youtube.com/
watch?v=ec_Jzn0bW8w 
 
Guarde bem esta tabela e a alimente-a constantemente, à medida que 
encontre os intervalos nas músicas que você escuta. Ela será útil para o 
desenvolvimento da sua percepção e para suas futuras atividades docentes. 
FINALIZANDO 
O treinamento realizado nesta aula é fundamental para seu 
desenvolvimento musical, mas ele não se esgota aqui. Tente descobrir os 
intervalos das músicas que você ouve e também dos sinais musicais que fazem 
parte do seu cotidiano, como campainhas e alertas sonoros. 
Para auxiliar na tarefa de organizar suas referências de intervalos, temos 
ainda uma indicação: o software para treinamento auditivo EarMaster2 oferece, 
em seu site, uma ferramenta para criação de lista de músicas de referências para 
memorização de intervalos. 
Bons estudos! 
 
 
2 Disponível em: <https://www.earmaster.com/products/free-tools/interval-song-chart-
generator.html>. Acesso em: 1 fev. 2020.

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