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HISTÓRIA
3ª. série
DE OLHO NO CONTEÚDO 
RENASCIMENTO E REFORMA
Renascimento 
Na Europa, durante a Baixa Idade Média, ocorreu uma série de transformações relacionadas ao Renascimento Comer-
cial e Urbano. Naquele contexto, houve um terceiro “renascimento”, o chamado Renascimento Cultural, um dos marcos da 
transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, cujo berço é a Itália do século XIV. É possível defini-lo como uma retomada 
de valores culturais greco-romanos, ocasionada em razão de fatores:
• políticos – reforço do poder da Igreja Católica e dos novos príncipes italianos que dominavam, com uso da força, as 
cidades-Estados da região;
• econômicos – Renascimento Comercial, que estimulou os burgueses enriquecidos a praticarem o mecenato, algo que 
já era feito por papas e reis; 
• sociais – ascensão da burguesia graças ao Renascimento Urbano;
• culturais – fuga dos sábios bizantinos após a tomada 
de Constantinopla (1453); surgimento das universida-
des e contribuição árabe. 
O Renascimento Cultural implicou uma verdadeira 
revolução de valores em relação à Idade Média, listados 
seguir.
MEDIEVAIS RENASCENTISTAS
Teocentrismo Antropocentrismo
Fé Razão
Coletivismo Individualismo
Ascetismo Hedonismo
Teologia Naturalismo
Religião Universalismo
MONTEFELTRO, Federico da. Um astrolábio, uma 
esfera armilar e livros, símbolos do conhecimento e 
da ciência. Entre 1473 e 1476. Galeria Nacional das 
Marcas, Palácio Ducal de Urbino, Urbino.
©Wikimedia Commons/Leolalli
226226 3ª. série
Tradicionalmente, divide-se o Renascimento em três fases:
Trecento (século XIV) – Humanismo ou Proto-Renascimento. Exemplos de artistas: Giotto e Dante.
Quattrocento (século XV) – Renascimento. Exemplos de artistas: Leonardo da Vinci, Donatello e Botticelli.
Cinquecento (século XVI) – Alta Renascença. Exemplos de artistas: Michelangelo e Rafael. 
As transformações ocorreram no campo das artes, pintura e escultura; nas ciências, principalmente quanto às teorias 
cosmológicas; e na literatura, com grandes escritores e filósofos teorizando questões que até então eram dogmas religio-
sos. No decorrer do século XVI, os princípios renascentistas se espalharam pela Europa por diversas causas. Entre elas, 
podemos elencar: 
• a invenção da imprensa, que ampliou a difusão de ideias renascentistas; 
• o enfraquecimento da Igreja Católica em decorrência da Reforma Protestante; 
• o empobrecimento da burguesia italiana, ocasionado pelas grandes navegações ibéricas;
• conflitos entre as cidades-Estados italianas. 
A expansão do Renascimento pela Europa estava relacionada a esses fatores, e alguns deles também conduziram o Re-
nascimento à decadência na Itália. Com o esmorecimento do mecenato italiano, os artistas renascentistas buscaram finan-
ciamento em outras regiões da Europa, espalhando, dessa forma, os valores culturais citados. Entre os principais expoentes 
do Renascimento fora da Itália, podemos citar os seguintes nomes conforme cada local de origem:
Países Baixos – Erasmo de Roterdã, Pieter Bruegel, Bosch, Van Eyck e Rembrandt.
Inglaterra – William Harvey, Thomas Morus e William Shakespeare.
Portugal – Luís Vaz de Camões e Gil Vicente.
Espanha – Miguel de Cervantes e El Greco.
França – François Rabelais e Michel de Montaigne. 
Reforma
A Reforma Protestante foi iniciada na Alemanha em 1517. Foi propagada pelo monge agostiniano Martinho Lutero e, 
por isso, a primeira fase da Reforma é denominada Reforma Luterana. Trata-se de um conjunto de contestações feitas à 
autoridade e à doutrina da Igreja Católica, até então única no Ocidente. Vários fatores implicaram essas contestações: o 
comportamento desregrado do clero; a riqueza e opulência da instituição; intromissões políticas e empecilhos para o desen-
volvimento capitalista, como a condenação da usura; e a venda de indulgências, que foi o estopim da Reforma. Com base 
em tudo isso, Lutero, renomado teólogo, concluiu que a Igreja Católica não era divina e rompeu com a instituição.
Luteranismo: no dia 31 de outubro de 1517, Lutero afixou suas 95 teses à porta da Catedral de Wittenberg, condenando 
diversos pontos do catolicismo e negando a autoridade do papa. Nelas, Lutero defendeu que apenas a fé salva, independen-
temente das obras; que só a Bíblia é regra de fé, e que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os humanos, negando 
também a intercessão dos santos. Também defendeu a livre interpretação da Bíblia, a qual traduziu para o alemão; afirmou 
que existiam apenas dois sacramentos, em vez de sete; e sustentou a tese do sacerdócio universal, inutilizando o clero. 
Os efeitos da difusão das ideias de Lutero foram extremos. Suas ideias foram violentamente condenadas pela Igreja, 
que o excomungou. No entanto, muitos príncipes alemães, desobedecendo o Imperador Carlos V, aderiram ao luteranismo 
e passaram a proteger o teólogo, “protestando” pelo direito de exercer a sua consciência religiosa. Esses protestantes, ou 
cristãos reformados, acabaram empreendendo uma guerra no interior do Sacro Império Romano-Germânico. Ao fim desta, 
ficou acordado o princípio de cuius regio, eius religio, ou seja, a religião do príncipe deve ser a religião dos seus súditos.
Entretanto, a teoria de que cada fiel poderia interpretar livremente a Bíblia fez com que a Reforma saísse do controle de 
Lutero. Surgiram outros reformadores, e alguns movimentos violentos inspirados pela Reforma. Um desses movimentos, 
liderado por Thomas Müntzer, foi o anabatismo: um agrupamento de camponeses alemães que negavam o batismo e se 
revoltaram contra a nobreza. Foram duramente condenados por Lutero e massacrados em 1525. Porém, outros movimentos 
dissidentes do luteranismo prosperaram e se espalharam por vários países.
Calvinismo: inspirado pelas ideias de Lutero, o teólogo francês João Calvino desenvolveu a própria doutrina religiosa, 
transformando Genebra, na Suíça, em uma nova “Roma” do Protestantismo. Calvino defendia a Teoria da Predestinação, 
segundo a qual cada ser humano já nasce predestinado à salvação ou à perdição, independentemente da fé ou de suas 
ações. Apesar da incerteza sobre a própria salvação, era possível reconhecer “sinais de salvação” colocados por Deus, sen-
do que o principal sinal era a riqueza. Sua doutrina agradou muito a burguesia e estimulou, nos países de religião reformada, 
o acúmulo de capitais e a usura. 
227227
História
Livro de atividades
Em 1415, o Reino de Portugal lançou seus primeiros navios no Atlântico. Desde então, os portugueses navegaram pela 
costa da África tentando contorná-la, até que alcançaram as Índias e tiveram acesso ao comércio de suas especiarias. A in-
tensificação desse comércio estabeleceu as bases do mercantilismo, sistema econômico cujos princípios eram o acúmulo 
de metais preciosos, a balança comercial favorável e o protecionismo.
O domínio português sobre o atual território do Brasil foi estabelecido antes da chegada de Pedro Álvares Cabral. Desde 
1494, com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, foi firmado um meridiano a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, 
o qual dividia o mundo entre Portugal e Espanha. Parte do território brasileiro estava inserido nessa divisão, e a oficialização 
do domínio português sobre a região aconteceu em 1500 com a expedição de Cabral. 
O Brasil entrou no circuito do contato entre a Europa e o Oriente, como ponto de parada secundário, no decorrer de 30 
anos, até finalmente se tornar a colônia mais importante de Portugal. Nesse sentido, faz-se a seguinte divisão do período 
colonial brasileiro:
Período Pré-Colonial (1500-1532) 
Durante os 30 primeiros anos de contato entre os portugueses e os indígenas brasileiros, Portugal operou a chamada 
exploração assistemática do território, em outras palavras, não desenvolveu atividades produtivas, limitando-se à extração 
de pau-brasil. O produto se tornou um monopólio real (estanco). A madeira era extraída por indígenas e depositada nas 
feitorias, grandes fortalezas construídas em diversos pontos do litoral.Em troca, os portugueses forneciam as chamadas 
“quinquilharias”, produtos de baixo valor na Europa, mas muito valorizados pelos indígenas, como anzóis, machados e es-
pelhos – logo, o comércio ocorria por meio do escambo.
Naquele período, o litoral brasileiro ficou vulnerável a ataques de outras nações e, por essa razão, Portugal tentou asse-
gurar o domínio sobre a região enviando as chamadas “expedições guarda-costas”, além de financiar algumas de caráter 
exploratório. 
Período Colonial (1532-1815) 
A colonização do Brasil foi iniciada com a fundação da Vila de São Vicente no litoral do estado de São Paulo em 1532. O 
comércio com as Índias entrou em declínio por causa da concorrência com outros países. Tal cenário, somado ao assédio 
estrangeiro no litoral, motivou os portugueses a iniciarem a colonização para garantir a posse da região. 
A fim de viabilizar a colonização, a Coroa Portuguesa planejou a exploração sistemática do território por meio da produ-
ção de cana-de-açúcar, cultivo já conhecido pelos portugueses desde o século XV. Os engenhos se tornaram os maiores 
centros produtivos da Colônia, com alto grau de autonomia econômica e política. Na América Latina, a produção de gêneros 
tropicais era feita na forma de plantation. Esse modelo produtivo implicava quatro características: latifúndio, monocultura, 
mão de obra escrava e mercado externo. No Brasil, a produção açucareira também seguiu esse modelo e possibilitou a 
ocupação do território. 
COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA
Anglicanismo: na Inglaterra, para assinar o próprio divórcio e obter o direito de se casar novamente, o Rei Henrique VIII, 
da Dinastia Tudor, criou a Igreja Inglesa (anglicana), tornando-se o chefe da Igreja na Inglaterra por meio do Ato de Suprema-
cia (1534). Inicialmente, o anglicanismo não tinha diferença alguma em relação ao catolicismo, salvo a chefia da instituição, 
mas, com o tempo, a nova religião se aproximou do calvinismo, sendo uma mescla entre este último e o catolicismo. Essa 
medida consolidou o absolutismo inglês. 
Contrarreforma: a Igreja Católica tentou impedir o avanço do protestantismo adotando uma série de medidas que cha-
mamos de “Contrarreforma”, a saber:
• criação da Companhia de Jesus – ordem religiosa de caráter militar que combateu o protestantismo por meio da ca-
tequese e da educação religiosa;
• Concílio de Trento – reunião do papa com seus bispos e teólogos para discutir sobre o problema da Reforma; tal reunião 
reafirmou a autoridade do papa e os dogmas católicos;
• criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos) – lista de obras que os católicos não podiam ler;
• reativação do Tribunal do Santo Ofício: responsável por investigar, julgar e punir casos de desvios de fé.
228228 3ª. série
Capitanias Hereditárias
A Coroa também se preocupou em criar um sistema administrativo no Brasil. Nesse sentido, a primeira experiência foi 
o estabelecimento das Capitanias Hereditárias: 15 lotes de terra divididos entre 12 donatários, os quais se comprometiam 
a produzir cana-de-açúcar e a colonizar e defender a respectiva capitania, com o direito de administrar, explorar e também 
manter a propriedade na família. No entanto, esse modelo fracassou. Das 15 capitanias, apenas 2 prosperaram: Pernam-
buco e São Vicente, graças à alta produtividade da primeira e ao apoio da Coroa no caso da segunda. As demais tiveram 
problemas como falta de capital, ataques indígenas, distância da Metrópole e grande extensão do território.
Sociedade colonial 
Uma nova sociedade se estruturou naquele contexto. As relações entre portugueses e indígenas no Período Pré-Colonial 
eram pacíficas, mas se deterioraram quando Portugal iniciou a ocupação do território. Algumas tribos se aliaram a Portugal, 
como os Tupiniquim e Temiminó, mas outras não aceitaram o domínio português, como os Tupinambá, e sofreram com a 
violência colonizadora. Inicialmente, a mão de obra escrava utilizada nos canaviais era indígena, mas logo o tráfico de es-
cravizados africanos alcançou o Brasil e foi predominantemente usado para atender ao trabalho na agricultura. A sociedade 
colonial era formada por fazendeiros e senhores de engenho, por trabalhadores livres que se dedicavam ao setor de serviços 
e por uma massa de escravizados.
Governo-Geral (1548-1763) 
A falência das capitanias obrigou a Coroa Portuguesa a interferir. Em 1548, foi criado o Governo-Geral, uma instituição 
política que visava auxiliar as Capitanias Hereditárias, com capital em Salvador. Na prática, o Governo-Geral diminuiu a au-
tonomia das capitanias e centralizou a administração do território. Suas funções consistiam em fundar cidades, defender 
o território, arrecadar impostos, impor a justiça e auxiliar na catequização dos indígenas. Com o Governo-Geral, vieram 
os primeiros padres jesuítas, o primeiro bispo e um fluxo contínuo de escravizados africanos. A pecuária também foi esti-
mulada, a fim de garantir o sustento dos colonos, mas os criadores de gado tiveram que adentrar o território, pois não era 
possível manter essa atividade perto de canaviais. A pecuária ajudou na interiorização da colonização, até aquele momento 
concentrada exclusivamente no litoral. 
O governo era composto de três auxiliares: ouvidor-mor (responsável pela justiça), capitão-mor (defesa) e provedor-mor 
(economia). Esse sistema durou até a elevação do Brasil à categoria de Vice-Reino em 1763. 
Câmaras municipais 
Nas vilas, o poder político era exercido pelas câmaras municipais, compostas de três vereadores e presididas por um juiz 
ordinário. Eram dominadas pelos chamados “homens bons”, proprietários de terra com “sangue puro”, ou seja, sem sangue 
judeu. Apenas quem atendesse a esses critérios poderia participar das eleições – tanto para eleger quanto para ser eleito. 
Os cristãos-novos (judeus convertidos), mulheres, jovens e escravizados estavam excluídos do poder. 
Mineração 
Por mais de cem anos, o açúcar garantiu a prosperidade econômica da Colônia. Entretanto, a partir da segunda metade 
do século XVII, a concorrência com as Antilhas Holandesas diminuiu significativamente o lucro dos engenhos. Por essa ra-
zão, era necessário encontrar uma nova fonte de riquezas para explorar – o que aconteceu no fim do século XVII, na atual 
região de Minas Gerais, com a descoberta de ouro e diamantes.
Essa nova atividade econômica deslocou o eixo econômico brasileiro da atual Região Nordeste para a Sudeste, conso-
lidou a interiorização da Colônia, originou cidades em um território até então essencialmente rural e motivou a transferência 
da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, para facilitar a fiscalização do escoamento de ouro. A Coroa Portuguesa se 
esforçou ao máximo para evitar o contrabando de metais preciosos, frequentemente com pouco sucesso, por meio das 
casas de fundição, onde eram recolhidos os impostos devidos: o quinto, 20% do ouro minerado, e a capitação, um imposto 
cobrado por escravizado, fato que estimulou o uso de mão de obra livre nas minas. Toda essa riqueza levada para Portugal 
não permanecia muito tempo entre os portugueses. Boa parte do ouro era direcionada para adquirir produtos manufatura-
dos da Inglaterra, portanto, o ouro brasileiro está na origem da Revolução Industrial.
Na segunda metade do século XVIII, as minas começaram a dar sinais de esgotamento, mas o Estado português acredi-
tava que, na realidade, os mineradores estavam desviando o ouro para não pagar impostos. No Período Pombalino (1750- 
-1777), o fisco se tornou cada vez mais rígido e estabeleceu cotas anuais de arrecadação que não podiam ser alcançadas, 
dada a situação das minas. Como forma de pressionar a região, a Coroa estabeleceu a derrama, cobrança forçada dos 
impostos atrasados mediante o confisco de bens. A ameaça da derrama gerou o primeiro movimento emancipacionista 
brasileiro, a Inconfidência Mineira (1789), sem resultados palpáveis. A decadência da mineração gerou o último ciclo da 
economia colonial brasileira, o chamado RenascimentoAgrícola, uma tentativa de diversificar a produção rural para manter 
o afluxo de riquezas para a Metrópole.
229229
História
Livro de atividades
ILUMINISMO 
O Iluminismo é uma filosofia racionalista de caráter burguês e revolucionário. Nesse caso, a luz simboliza a razão, por 
isso o uso do termo. A “descoberta do Novo Mundo”, a valorização do humanismo, o Renascimento Cultural e a Reforma 
Protestante contribuíram para o crescimento do ideal de liberdade e racionalismo, rompendo com a severidade da igreja 
católica. Originou-se na Inglaterra do século XVII, com o filósofo John Locke, e se expandiu no contexto das revoluções 
Industrial e Francesa. Os iluministas se colocavam contra o absolutismo, o clericalismo, a sociedade estamental e o mercan-
tilismo, ou seja, contra o Antigo Regime. Podemos dividir os iluministas em pensadores políticos e pensadores econômicos. 
A seguir, veremos os expoentes de ambos.
Pensadores políticos 
John Locke (1632-1704): autor de Dois tratados sobre o governo. Defendeu que os “direitos naturais” do homem são a 
vida, a liberdade e a propriedade; caso o Estado os violassem, os cidadãos tinham o “direito de rebelião”.
Montesquieu (1689-1755): autor de Espírito das leis. Defendeu a tripartição dos poderes em Executivo, Legislativo e 
Judiciário, autônomos e harmônicos.
Voltaire (1694-1778): autor de Cândido, ou o otimismo. Crítico sarcástico da Igreja, do absolutismo e da intolerância.
Diderot (1713-1784): organizador da Enciclopédia, rompeu com a teologia e a filosofia tradicional e se declarava ateu e 
materialista. Almejava catalogar todo o conhecimento humano (enciclopedismo). 
Rousseau (1712-1778): autor de O contrato social. Difere-se dos demais porque defendia a “vontade popular”. Colo-
cou-se contra a propriedade privada e considerava que o homem era bom (teoria do bom selvagem), mas a sociedade o 
corrompia. 
Pensadores econômicos 
Fisiocracia: escola de economia francesa cujo princípio era de que a riqueza de um Estado dependia de seu tamanho e 
recursos naturais. Exemplos: François Quesnay e Vincent de Gournay. 
Liberalismo clássico: escola de economia inglesa cujo princípio era de que “capital e trabalho geravam riqueza”. Seus 
seguidores formularam as leis de mercado (oferta e procura) e defendiam a ideia que a economia funcionava naturalmente 
(“mão invisível do mercado”). Exemplos: Adam Smith, David Ricardo e Stuart Mill.
Muitos desses pensadores foram convidados por Cortes europeias para aconselhar os reis. Os soberanos absolutos que 
valorizavam, em termos, as ideias desses filósofos ficaram conhecidos como “déspotas esclarecidos”. Mesmo inseridos no 
governo absolutista, esses monarcas usaram de muitos preceitos iluministas em vários campos da administração, visando 
ao fortalecimento do Estado e à manutenção da monarquia.
REMPS, Domenico. Gabinete de curio-
sidades. 1690. 1 óleo sobre tela, color., 
99 cm × 137 cm. Opificio delle Pietre 
Dure, Florença.
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230230 3ª. série
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial é fruto de um conjunto de inovações tecnológicas relativas à produção e que transformaram profun-
damente os sistemas econômico, político, social e cultural. Por essas razões, podemos chamar esse fenômeno de “revolução”. 
Iniciou-se na Inglaterra em meados do século XVIII, mas, no século XIX, começou a se propagar pelo mundo, o que ocasionou 
uma divisão entre países industrializados e não industrializados – a chamada Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
O pioneirismo inglês pode ser explicado pelos seguintes fatores: acúmulo de capitais; mão de obra farta e barata (re-
sultado dos cercamentos); matérias-primas abundantes; mercado consumidor; rede de transportes; e estabilidade política. 
Tais condições vão se estabelecer mais lentamente em outros países. Esse novo estilo de produção consolidou o sistema 
capitalista e trouxe uma série de outras consequências, como a formação das classes sociais e a exploração do trabalho. 
Esses efeitos deram origem aos movimentos operários (ludismo, cartismo, etc.), às ideologias de esquerda e à sinalização 
da crise do sistema colonial tradicional. 
Tendo em vista que a Revolução Industrial é contínua, costuma-se dividi-la em fases: a primeira, entre o século XVIII e 
XIX; a segunda, entre o XIX e o XX; e a terceira, a partir da Segunda Guerra Mundial, sendo que alguns estudiosos conside-
ram que estaríamos, atualmente, na quarta fase. Entre a primeira e a segunda, podemos elencar as seguintes diferenças:
1ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 2ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
PERÍODO ±1750-1850 ±1850-1950
LOCAIS Inglaterra Vários países
PRINCIPAL MATÉRIA-PRIMA Ferro Aço
ENERGIA Vapor (carvão mineral) e hidráulica Combustão (petróleo) e eletricidade
SISTEMA ECONÔMICO Capitalismo liberal Capitalismo monopolista
Da Segunda Revolução Industrial também 
participaram os Estados Unidos, o Japão, a 
França e a Bélgica e, após unificações, a Itália 
e a Alemanha. A partir desse momento, ope-
rou-se a unificação do mercado mundial e uma 
nova corrida colonialista visando à obtenção de 
matérias-primas e mercado consumidor, o cha-
mado Imperialismo. Podemos ainda observar 
as primeiras crises mundiais do capitalismo, o 
Pânico de 1873 e a Crise de 1929. A disputa por 
colônias e as crises econômicas estão na ori-
gem das duas guerras mundiais.
©Shutterstock/Thomas Marchhart
231231
História
Livro de atividades
IMPERIALISMO 
No século XIX, conforme exposto anteriormente, as potências industrializadas iniciaram uma nova corrida colonialista 
em direção à África e à Ásia para obter matérias-primas e novos mercados consumidores para a sua produção industrial. 
Também foram motivadas pela necessidade de obter novas terras para deslocar o excedente populacional, aplicar capitais 
e controlar áreas estratégicas para o comércio e/ou para fins militares. Para compreender melhor o novo colonialismo, é 
interessante compará-lo ao antigo:
COLONIALISMO IMPERIALISMO
PERÍODO Séculos XVI-XVIII Século XIX
SISTEMA ECONÔMICO Mercantilismo Capitalismo monopolista
PRINCIPAIS OBJETIVOS
Produtos tropicais
Metais preciosos
Matérias-primas
Mercados consumidores
FOCO América África e Ásia
PRINCIPAIS AGENTES Espanha e Portugal Inglaterra e França
Os europeus se valeram de justificativas teóricas para dominar esses continentes:
• teorias teológicas – expansão do cristianismo;
• darwinismo social – evolução para a civilização; “fardo do homem branco”.
A partilha da África foi oficializada na Conferência de Berlim (1884-1885), mas em todo continente africano ocorreram 
vários conflitos entre as potências na disputa pelo território. A Guerra dos Bôeres, travada entre colonizadores holandeses 
(bôeres) e ingleses, foi um conflito violento que estabeleceu o domínio da Inglaterra sobre o território sul do continente, es-
pecialmente as regiões de minério de diamantes. 
O Congo foi símbolo do imperialismo na África. A Con-
ferência de Berlim consolidou o domínio de Leopoldo II, rei 
da Bélgica, sobre o Congo. A dominação do Congo Belga 
tem como marcas um violento processo de escravização e 
um dos maiores genocídios da história. 
Na Ásia, os maiores focos de colonização foram a Índia 
e a China, regiões onde os europeus enfrentaram forte re-
sistência. Na Índia, o principal conflito foi origem religiosa, 
quando soldados indianos que trabalhavam para os ingle-
ses descobriram que gordura de vaca (animal sagrado para 
os hindus) era usada na lubrificação das armas. Esse con-
flito ficou conhecido como Guerra dos Cipaios. Na China, 
destacou-se a Guerra do Ópio, em que chineses e ingleses 
disputavam a liberação do comércio e do consumo de ópio, 
produto com grande valor de exportação naquele período. 
 � Sátira referente à Conferência de Berlim 
MARÉCHAL, François. Soberanos europeus tendo 
um banquete com o Congo como prato principal. 
1884. 1 cartum, p&b. 
©Wikimedia Commons/François Maréchal
232232 3ª. série
O Segundo Reinado (1840-1889)foi iniciado no Brasil por meio de um golpe parlamentar: a antecipação da maioridade 
de D. Pedro II, realizada em decorrência da instabilidade política que marcou o Período Regencial (1831-1840). 
Política 
O Segundo Reinado, em sua maior parte, foi marcado pela estabilidade política e pelo aumento da centralização adminis-
trativa. As revoltas regenciais, como a Balaiada e a Revolução Farroupilha, foram “pacificadas” nos primeiros cinco anos 
de governo. No plano interno, dois partidos se revezaram no poder: o Partido Liberal (luzias), de tendência descentralizadora 
e representante das elites urbanas; e o Partido Conservador (saquaremas), mais centralizador e representante da elite rural. 
De qualquer forma, ambos representavam a elite e, quando assumiam o poder, era difícil notar a diferença prática entre os 
dois. No plano externo, o Império procurou praticar a chamada “política de prestígio”. As relações internacionais foram mar-
cadas por conflitos com os vizinhos, como as campanhas contra Oribe, Rosas e Aguirre e a Guerra do Paraguai (1864-1870).
A Constituição de 1824 dividia o poder em quatro: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Este último era exclusi-
vo do Imperador. Por meio dele, o monarca poderia dissolver a Câmara dos Deputados e convocar novas eleições, logo, era 
um dispositivo que lhe dava amplos poderes. Embora o Brasil fosse uma monarquia parlamentarista, o cargo de presidente 
do Conselho de Ministros (equivalente ao de primeiro-ministro) era indicado pelo imperador de acordo com as eleições para 
a Câmara. O partido que conseguisse a maioria das cadeiras poderia compor um gabinete. Esse sistema acabava concen-
trando mais poderes no Executivo, ao contrário do modelo inglês, por isso essa forma de governo ficou conhecida como 
“parlamentarismo às avessas”. 
Economia 
Durante o Segundo Reinado, as finanças se mantiveram dependentes do café, com a participação secundária de outros 
cultivos, como de açúcar, algodão, tabaco, cacau e borracha, além de um breve surto industrial, entre 1850 e 1880, protago-
nizado pelo Barão de Mauá. O café se espalhou, sobretudo a partir da década de 1830, pelas províncias do Rio de Janeiro, 
de São Paulo, de Minas Gerais e do Paraná, e sua produção se manteve dependente da mão de obra escrava até a década 
de 1880. O produto ajudou no desenvolvimento do país: estradas de ferro foram construídas e portos, modernizados; além 
disso, os lucros, investidos nas cidades, estimularam a urbanização.
Em decorrência da crise do escravismo – com a assinatura da Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibia o tráfico atlân-
tico de escravizados – iniciou-se um processo de imigração europeia, a fim de substituir a mão de obra escrava. O dinheiro, 
antes investido no tráfico, foi direcionado à infraestrutura, o que explica o surto industrial na década de 1850, estimulado 
também pela aprovação das Tarifas Alves Branco (1844). No princípio, os imigrantes trabalhavam em lavouras segundo o 
sistema de parcerias, mas, por causa de endividamentos e dos maus-tratos aos quais eram submetidos, foi adotado, pos-
teriormente, o sistema de colonato, com trabalhadores assalariados. 
O acesso à terra foi dificultado com a aprovação da Lei de Terras (1850), segundo a qual as terras só poderiam ser ad-
quiridas por meio de compra, o que aumentou a concentração fundiária.
Abolicionismo
A questão da escravidão atravessou todo o Segundo Reinado até a abolição definitiva. Devido à pressão inglesa pelo 
fim do tráfico de escravizados – e, em longo prazo, da escravidão –, o Brasil se viu obrigado a proibir, de forma eficiente, o 
tráfico atlântico em 1850, cinco anos após a assinatura da Bill Aberdeen (1845). 
Anos depois, após a participação maciça de negros escravizados e alforriados na Guerra do Paraguai, a discussão sobre 
a situação dos cativos se reacendeu, graças ao apoio de militares de alta patente. Crescia assim o movimento abolicionista 
no início de 1870. Em 1871, foi assinada a Lei do Ventre Livre; em 1885, a Lei dos Sexagenários; por fim, em 1888, a Lei 
Áurea, que abolia a escravidão. Paralelamente à luta jurídica, a resistência negra e os movimentos abolicionistas faziam 
proliferar as fugas e a criação de quilombos, mas, por fim, a situação social dos negros se estagnou, causando uma margi-
nalização racial no país.
O abolicionismo, junto a questões religiosas e militares, compôs o quadro de crise do Império, o que resultaria na pro-
clamação da república.
BRASIL IMPÉRIO: SEGUNDO REINADO 
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História
Livro de atividades
BRASIL: PRIMEIRA REPÚBLICA 
A chamada Primeira República (1889-1930) pode ser dividida em dois períodos: República dos Marechais (1889-1894) e 
República do Café com Leite (1894-1930). Na primeira, dois militares governaram o país, o marechal Deodoro da Fonseca, 
líder do golpe que instaurou a República, e o marechal Floriano Peixoto. Na segunda, as elites de São Paulo e de Minas 
Gerais se revezaram no poder até serem derrubadas na Revolução de 1930.
Política 
A Primeira República foi marcada pela chamada política dos governadores, idealizada por Campos Sales. Esta implicava 
a colaboração entre o governo federal e os governos estaduais e municipais, de forma que, em troca de autonomia e recur-
sos, os estados apoiariam a eleição de deputados e senadores, em seus estados, que apoiassem o presidente da república 
no Congresso. Outra característica do período foi a política do café com leite, na qual paulistas e mineiros se revezavam 
no poder. Para manter o esquema funcionando, os governadores contavam com a ajuda dos coronéis, proprietários de terra 
que obrigavam as pessoas que viviam na sua propriedade a votar em determinado candidato, o chamado “voto de cabres-
to”, aproveitando-se do fato de o voto ser aberto. O coronelismo, portanto, estava na base dessa política. O sistema eleitoral 
excluía os analfabetos, mulheres e indivíduos menores de 21 anos. 
Economia 
Naquele período, o Brasil viveu décadas de caos econômico, sobretudo em decorrência dos efeitos da crise do enci-
lhamento. O Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, durante o governo de Deodoro da Fonseca, buscando estimular a indus-
trialização, concedeu créditos de forma desregulada a supostos investidores e, para isso, emitiu moeda sem lastro e sem 
planejamento. Essa política econômica gerou inflação e obrigou o país a pedir novos empréstimos, além de moratórias da 
dívida externa, causando grandes prejuízos ao Estado e uma série de falências. Entretanto, ocorreu um sensível crescimento 
industrial, concentrado no Sudeste, principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, por intermédio do sistema de subs-
tituição de importações. 
Movimentos sociais rurais e urbanos
A situação social no Brasil, tendo em vista a crise econômica, a marginalização dos ex-escravizados, a urbanização 
desordenada, a concentração fundiária e a opressão representada pelo coronelismo, era um caso difícil de lidar. Por essa 
razão, foram numerosos os movimentos sociais no campo e na cidade.
Guerra de Canudos – BA (1896) e do Contestado – PR (1912): movimentos rurais de caráter messiânico e inspiração 
sebastianista que se opuseram ao governo republicano e à expropriação de terras, respectivamente, devido às condições 
de miséria e à opressão dos coronéis. 
Revolta da Vacina – RJ (1904): revolta popular contra a obrigatoriedade da vacina; esse movimento foi agravado pela 
reforma urbana que removeu os cortiços do Centro da cidade do Rio de Janeiro.
Revolta da Chibata – RJ (1910): revolta de marinheiros, liderados por João Cândido, contra os castigos corporais (chi-
batadas), maus-tratos e baixos soldos na Marinha.
Greve geral de 1917 – SP, RJ e RS: paralisação de milhares de operários ligados ao anarcossindicalismo que exigiam 
melhorias nos salários e nas condições de trabalho.
Tenentismo 
O Tenentismo foi um movimento político ligado à baixa oficialidade do Exército, composto de jovens militares que, em 
geral, tinham a patente de tenente. Tratou-se de um movimentoelitista de reação à cultura política da Primeira República, 
ao domínio das oligarquias e às fraudes eleitorais. Embora houvesse um nacionalismo vago, seus integrantes cultivavam um 
ideal de salvação nacional e ansiavam pela moralização política do Brasil. Por isso, propunham a criação da Justiça Eleitoral 
e do voto secreto. Os principais movimentos tenentistas que abalaram a Primeira República foram:
• Revolta dos 18 do Forte – RJ (1922)
• Revolução de 1923 – RS
• Revolução de 1924 – SP
• Coluna Prestes (1924-1927)
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O MUNDO ENTREGUERRAS 
O Período Entreguerras (1918-1939) foi um espaço de 20 anos que separou a Primeira Guerra Mundial da Segunda. Esse 
intervalo foi marcado pela intensa polarização ideológica entre a esquerda – que, por meio do comunismo bolchevique, 
avançava no Ocidente desde a Revolução Russa (1917) – e a direita –, cuja base de pensamento estava no nazifascismo. 
Uma marca importante do fim da Primeira Guerra Mundial foi o crescimento econômico dos Estados Unidos diante dos 
territórios destruídos de Inglaterra, Alemanha e França. Os anos de 1920 consolidaram grandes fortunas nas indústria esta-
dunidenses de alimentos, de transportes e máquinas. 
Nazifascismo 
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) colocou em crise os valores liberais estabelecidos desde o século XIX, asso-
ciando-os aos motivos que culminaram em conflito (competição capitalista, falências, inflação, fome e desemprego. Essa 
situação fez crescer o comunismo no país, o que assustou a burguesia, os latifundiários e a Igreja Católica. Portanto, era 
necessário desenvolver uma força capaz de barrar essa ideologia. Nesse contexto, podemos compreender o surgimento do 
fascismo. 
A ideologia fascista tem origem na Itália e foi criada por Benito Mussolini após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). 
A Itália mergulhou em uma profunda crise econômica após a guerra e, apesar de estar ao lado dos vencedores, não viu 
todas as suas demandas atendidas pelos ex-aliados. Trata-se de uma ideologia totalitária, ultranacionalista, unipartidária, 
anticomunista e militarista, que estabeleceu na Itália um regime de caráter corporativo. 
Inspirado no fascismo italiano, Adolf Hitler criou o nazismo na Alemanha, nos mesmos moldes, mas adicionando o racis-
mo como política de Estado. Tal política afirmava que o progresso alemão estava vinculado ao domínio ariano no território, 
sendo necessário exterminar povos não arianos. Em 1933, Adolf Hitler assumiu o posto de chanceler alemão. 
Crise de 1929 
A Crise de 1929 foi um colapso global do sistema capitalista, sendo desencadeada pela quebra da Bolsa de Valores de 
Nova Iorque. Basicamente, foi uma crise de superprodução versus subconsumo, resultado dos efeitos da Primeira Guerra. 
Após o conflito, os Estados Unidos se tornaram a maior potência mundial, com forte desenvolvimento industrial, em substi-
tuição às nações europeias destruídas na guerra. 
Os estadunidenses viveram um período de intenso consumismo e sensação de bem-estar, estilo de vida conhecido 
como American Way of Life. Porém, em meados da década de 1920, a Europa começou a se recuperar dos efeitos da guerra, 
e deixou de adquirir produtos dos Estados Unidos, retomando também seus antigos clientes. A despeito disso, a indústria 
e o campo continuaram produzindo, o que causou a quebra da economia do país. A crise atingiu o mundo todo, incluindo o 
Brasil, que tinha como base econômica a exportação de produtos primários para os Estados Unidos. A crise internacional 
acelerou a queda do valor das ações e a falência de muitas indústrias, o que provocou desemprego em massa. 
A recuperação, contudo, não demorou a chegar. O presidente Franklin D. Roosevelt, apoiado nas ideias de John M. 
Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), um plano de intervenção do Estado para conter a crise na economia. As medidas 
incluíam promoção de obras públicas para gerar empregos, rígido controle fiscal, regulamentação das relações de trabalho 
e controle da produção para evitar uma nova superprodução. O plano gerou bons resultados, e a economia do país voltou 
a crescer em pouco tempo.
Guerra Civil Espanhola (1936-1939)
No início dos anos 1930, a monarquia espanhola sofreu uma grande pressão, por parte dos republicanos, para que ocor-
resse uma mudança do sistema político. Tal contexto levou o rei Afonso III a renunciar em 1931. 
A implantação do novo regime político foi marcada pela polarização entre a Frente Popular, com base de esquerda, e a 
Falange espanhola, formada por partidos de direita e extrema direita. O resultado das eleições de 1936 colocou o país em 
estado de guerra civil. 
A Guerra Civil Espanhola é vista por muitos historiadores como um ensaio para a Segunda Guerra Mundial. A violência do 
conflito foi imortalizada na obra Guernica, do pintor Pablo Picasso. Apesar de ser um conflito local, a polarização ideológica 
entre a Falange, movimento nacionalista de orientação fascista, e os republicanos, socialistas e anarquistas tornou a guerra 
um evento de interesse internacional. Os fascistas, liderados pelo general Francisco Franco, foram apoiados pela Alemanha 
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História
Livro de atividades
A Era Vargas (1930-1945) surgiu com a Revolução de 1930, um golpe de estado dado pelas elites do Rio Grande do Sul, Mi-
nas Gerais e Paraíba. Esses grupos foram apoiados pelo movimento tenentista e por diversos setores da sociedade brasileira, 
pondo um fim ao governo dos cafeicultores – enfraquecidos, nesse momento, pelos efeitos da Crise de 1929. O golpe derrubou 
o presidente Washington Luís, último da Primeira República, e impediu a posse de Júlio Prestes, eleito em março de 1930. 
Governo Provisório (1930-1934) 
Ao assumir o Governo Provisório, Getúlio Vargas suspendeu a Constituição de 1891, fechou o Congresso Nacional e 
nomeou interventores para governar os estados. Durante quatro anos, governou de forma ditatorial, tendo como base o 
apoio popular, obtido graças à adoção de uma série de medidas populistas, entre elas: criação dos ministérios do Trabalho, 
Educação e Saúde e a aprovação de várias leis trabalhistas, inspiradas na Carta del Lavoro, de vertente fascista. Vargas 
assumiu tendo por obrigação contornar os efeitos no Brasil da Crise de 1929, promovendo a dinamização da economia. A 
exportação do café foi a economia mais prejudicada, e, para solucionar tal crise, Vargas determinou a criação do Conselho 
Nacional do Café, que autorizava a queima de milhares de sacas de café para alavancar o preço do produto. A partir daí o 
governo passou a incentivar a policultura (produção agrícola de vários produtos para exportação) e a industrialização. 
Em 1932, Vargas fez uma reforma do Código Eleitoral, instaurando o voto secreto e feminino e reduzindo a idade eleitoral 
para 18 anos. Apesar de Getúlio ter socorrido os cafeicultores paulistas, arruinados pela crise, São Paulo tentou tirá-lo do po-
der, dando início à Revolução Constitucionalista de 1932. Tal empreitada exigia do presidente a convocação de eleições para 
a Assembleia Constituinte, conforme havia prometido, acabando assim com o caráter provisório do governo após o golpe. 
O movimento foi militarmente derrotado, mas Vargas convocou uma Assembleia Constituinte em 1933 e promulgou uma 
nova Constituição, de caráter democrático, em 1934, o que lhe possibilitou permanecer no poder.
Principais características da Constituição de 1934:
• leis trabalhistas (jornada de oito horas, descanso remunerado e salário mínimo);
• criação da Justiça do Trabalho;
• pluralismo sindical;
• nacionalização de reservas minerais, quedas-d’água, empresas de seguro e bancos de depósito. 
Governo Constitucional (1934-1937) 
O governo constitucional de Vargas foi marcado pela polarização ideológica entre os integralistas – Ação Integralista 
Brasileira (AIB), movimento de inspiração fascista – e os aliancistas – Aliança Nacional Libertadora (ANL), movimento de 
inspiração bolchevique. 
A ANL foi fundada em 1935, liderada por Luís Carlos Prestes.Com o lema “pão, terra e liberdade”, propunha a estatização de 
empresas, a reforma agrária e a suspensão do pagamento da 
dívida externa. A aliança atraiu muitos participantes em poucos 
meses. Em 1935, com base na Lei de Segurança Nacional, Var-
gas fechou a ANL, liderada por Luís Carlos Prestes, dando início 
à Intentona Comunista (1935), tentativa frustrada de golpe de es-
tado. Inspirado por esse evento, dois anos depois – próximo às 
eleições de 1938, que obrigariam Vargas a deixar o poder –, na 
imprensa,foi divulgado o Plano Cohen, suposto plano comunista 
que derrubaria o governo por meio de uma revolução. Usando 
esse plano falso como argumento, Vargas cancelou as eleições, 
deu um autogolpe de estado e permaneceu no poder mais uma 
vez, instaurando um regime ditatorial. 
BRASIL: ERA VARGAS 
nazista e pela Itália fascista, enquanto os republicanos receberam suporte da União Soviética e das brigadas internacionais, 
com voluntários do mundo inteiro, inclusive do Brasil. Ao fim do conflito os nacionalistas venceram, e o general Franco to-
mou o poder.
 � Notícia publicada no Diário de Notícias a respeito da posse de 
Getúlio, que se deu por meio da Junta Provisória
©Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro 
236236 3ª. série
Estado Novo (1937-1945) 
O Estado Novo foi um regime ditatorial de inspiração fascista. O novo governo foi oficializado com a outorga da Cons-
tituição de 1937 (conhecida como “Polaca”), de caráter autoritário, centralista e corporativista. As principais características 
da Constituição de 1937 foram os seguintes:
• fim do federalismo (destituía a autonomia dos estados);
• fim do direito de greve e instituição do corporativismo;
• autorização para demissão de funcionários públicos em desacordo com o governo;
• instituição da pena de morte;
• mandato presidencial de 6 anos e eleições indiretas para presidente.
Esse período foi marcado pela ampliação das leis trabalhistas, com a Consolidação das Leis do Trabalho, ou CLT (1943), 
pela entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados e pelo nacionalismo econômico, que atraiu capital 
estrangeiro e consolidou uma pesada industrialização no país. A participação dos brasileiros na Segunda Guerra, lutando 
contra regimes fascistas ao lado de países democráticos, gerou uma situação contraditória no Brasil. A imprensa, vários 
setores da sociedade e os militares que lutaram na Europa passaram a pressionar Vargas para se afastar, o que ocorreu 
forçosamente em outubro de 1945. Vargas se retirou para São Borja, sua cidade natal, mas não perdeu totalmente o controle 
do país.
O populismo predominou no Brasil entre os anos de 1946 e 1964, em um período entre a Era Vargas e a Ditadura Militar. 
Na época, governaram políticos populistas – como o próprio Vargas, que retornou em 1951; Juscelino Kubitschek, Jânio 
Quadros e João Goulart. Trata-se de um intervalo democrático na história do país, marcado pela hostilidade entre conserva-
dores e progressistas e pelo contexto da Guerra Fria. Podemos destacar alguns acontecimentos envolvendo os seguintes 
governantes:
Getúlio Vargas (1951-1954) – Vargas retornou democraticamente ao poder, anunciando o aprimoramento da legislação 
trabalhista e o desenvolvimento industrial, mas sofreu com a oposição acirrada do Congresso. Em 1953, criou a Petrobras, 
nacionalizando o petróleo, evento que radicalizou as ações dos conservadores. Após a nomeação de João Goulart (Jango) 
para o Ministério do Trabalho, a relação de Vargas com as elites do congresso piorou, pois estas consideravam Jango como 
comunista, por eles se aproximar de mobilizações sindicais. Em 1954, Vargas foi acusado de mandante do atentado contra 
Carlos Lacerda (jornalista da oposição), o que teria ocorrido na Rua Tonelero. Com um golpe de estado à espreita, Vargas 
cometeu suicídio, causando uma profunda instabilidade política no país. 
Juscelino Kubitschek (1956-1960) – com a promessa de “50 anos de progresso em 5 anos de governo”, JK foi eleito em 
meio a um caos institucional. Seu governo foi marcado pelo Programa de Metas (alimentação, transporte, energia, educação 
e indústria), o qual consolidou uma pesada industrialização no Brasil, atraiu multinacionais, sobretudo montadoras de auto-
móveis, e, como meta símbolo, construiu a nova capital do país, Brasília. Apesar das melhorias, a crise estava a caminho: 
altos gastos do governo com políticas de industrialização e a construção da capital, baixo valor pago nas exportações e uma 
inflação que chegou aos 40%. A crise econômica gerou um problema social, mobilizando sindicatos e militantes contra as 
iniciativas de empréstimo, vinculadas ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Brasil se modernizou, mas os escândalos de corrupção e a inflação no fim do mandato de JK deram vitória política à 
oposição conservadora.
João Goulart (1961-1964) – após a saída de JK, Jânio Quadros venceu as eleições de 1960, assumindo uma postura 
autoritária com medidas impopulares nas tentativas de contornar a situação econômica que o país enfrentava após a crise, 
tais características implicaram uma curta gestão. Após a renúncia repentina de Jânio Quadros, o vice-presidente, João 
Goulart, após muita resistência dos setores conservadores, assumiu o cargo com poderes reduzidos. Naquele período, no 
Brasil vivenciou-se uma experiência parlamentarista até 1963, quando, por meio de um plebiscito, Jango restaurou o presi-
dencialismo. Seu governo teve como característica o lançamento das Reformas de Base, uma série de medidas que incluíam 
reformas agrária, educacional, fiscal, urbana e eleitoral. O anúncio da reforma agrária em 1964 gerou alvoroço: o clima inter-
nacional era tenso em decorrência da Guerra Fria e tal medida foi vista como “avanço comunista”. Depois da realização da 
“Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em São Paulo, os militares deram um golpe de estado no dia 31 de março 
de 1964, pondo fim à fase democrática.
POPULISMO NO BRASIL 
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História
Livro de atividades
BRASIL: DÉCADAS DE 1960, 1970 E 1980
Os militares tomaram o poder em 1964 após um golpe de estado que derrubou o presidente João Goulart. O golpe de 
estado foi apoiado pelos Estados Unidos como estratégia anticomunista, uma vez que Jango era considerado agente da 
esquerda no Brasil. Ao longo dos mais de 20 anos de regime militar, cinco presidentes-generais se sucederam no cargo: 
Castelo Branco, Costa e Silva, Ernesto Geisel, Emílio de Médici e João Figueiredo. 
Governo Castelo Branco (1964-1967): integrante da linha moderada dos militares, consolidou o golpe emitindo os qua-
tro primeiros atos institucionais, normas de caráter constitucional que garantiram amplos poderes aos presidentes-generais. 
• AI-1: institucionalizou o golpe, determinou cassações e suspendeu imunidades.
• AI-2: instituiu o bipartidarismo (Arena × MDB) e as eleições indiretas para presidente.
• AI-3: determinou as eleições indiretas para governador.
• AI-4: determinou a elaboração da Constituição de 1967.
No plano econômico a principal estratégia contou com o apoio dos Estados Unidos e recebimento de empréstimos. 
Para diminuir a inflação, os salários foram congelados, o crédito reduzido, os orçamentos do governo sofreram cortes e os 
impostos elevados. 
O governo que deveria durar um ano sob promessa de eleições livres se estendeu até 1967 com o apoio de ações do 
Exército. As greves foram proibidas, as Ligas Camponesas dissolvidas e toda e qualquer oposição foi perseguida (intelec-
tuais, políticos, artistas, movimento estudantil e operário). 
Governo Costa e Silva (1967-1969): integrante da linha dura, sofreu oposição da Frente Ampla (Lacerda, Jango e JK) e 
dos protestos estudantis de maio de 1968, que marcaram o mundo. Emitiu o mais rígido dos 17 atos institucionais e endu-
receu o regime, fato que intensificou a luta armada. 
• AI-5: o Senado e as Assembleias poderiam ser fechados; políticos cassados com direito político suspenso por dez anos; 
demissão de funcionários públicos consideradossubversivos; suspensão dos direitos dos cidadãos. 
Foram criados o Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (Funrural), a Fundação Nacional do Índio (Funai) 
e o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). 
Governo Emílio de Médici (1969-1974): período dos chamados “anos de chumbo”, ou seja, o auge da repressão, quan-
do houve o maior número de prisões, torturas, desaparecimentos e assassinatos. Foi criado o Destacamento de Operações 
de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) para reação aos movimentos de oposição. Estas 
estratégias eram desconhecidas pelo restante da população pois o governo controlava os meios de comunicação. Contradi-
toriamente, a popularidade do governo era alta, devido à propaganda positiva, às vitórias no esporte e ao chamado “milagre 
econômico”. Grandes obras públicas como a Transamazônica e a ponte Rio-Niterói marcaram o período, e apesar do clima 
de euforia, a desigualdade social se agravou em decorrência do arrocho salarial. 
Governo Ernesto Geisel (1974-1979): início da abertura política (“lenta, gradual e segura”), sobretudo em razão da crise 
do petróleo que acabou com a fase do “milagre” brasileiro. O processo de abertura foi chamado de “pendular”, pois o go-
verno ora sinalizava a abertura, ora retrocedia e criava mais dispositivos autoritários.
• Sinais de abertura: fim da censura prévia à imprensa e anulação dos AIs. 
• Sinais de retrocesso: Lei Falcão e Pacote de Abril.
No plano econômico, o governo tentou resolver a questão energética gerada pela crise do petróleo. Nesse período foi 
lançado o Proálcool, deu-se início à construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu e o governo fechou o acordo nuclear Brasil-
-Alemanha, que deu origem às usinas de Angra dos Reis. 
Governo João Figueiredo (1979-1985): o governo Figueiredo deu continuidade ao processo de abertura e realizou a 
transição para o regime democrático. No primeiro ano de governo assinou a Lei de Anistia (1979), permitindo que os exilados 
políticos retornassem, mas beneficiando, sobretudo, os torturadores. O pluripartidarismo e as eleições diretas para gover-
nador retornaram, mas a campanha das “Diretas Já!” para a eleição presidencial falhou. O mineiro Tancredo Neves, político 
ligado a Vargas, foi eleito presidente da República pela via direta, mas não tomou posse por questões de saúde, assumindo 
em seu lugar José Sarney, primeiro presidente civil em 21 anos. 
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PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
ONU 
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a fim de evitar outros conflitos, foi criada a Organização das Nações 
Unidas (ONU), tendo como base a antiga Liga das Nações. Apesar dos problemas, a instituição tem mediado de forma efi-
ciente uma série de conflitos em potencial, entre eles, um provável confronto direto entre os EUA e a URSS. 
Uma das primeiras ações da instituição foi se responsabilizar por uma reparação à comunidade judaica após o holocaus-
to. Com o fim da guerra, os judeus iniciaram uma migração em massa para a “terra prometida”, região onde, historicamente, 
a comunidade se construiu milênios atrás. A chegada desses grupos causou uma grande instabilidade política, e a Assem-
bleia Geral da ONU determinou, em 1948, a divisão da região entre um Estado Judeu (Israel) e o Estado Palestino. Essa ação 
repercute em conflitos por território na região até oa atualidade.
Guerra Fria 
A Guerra Fria foi um conflito ideológico-militar indireto entre EUA (capitalista) e URSS (socialista). Embora nunca tenham 
se enfrentado diretamente, essa tensão militar gerou guerras locais, como no Vietnã, Camboja, Coreia, Angola, etc., além de 
intervenções de ambos na política interna de diversos países. No caso da América Latina, a CIA, serviço secreto norte-ame-
ricano, ajudou a instaurar ditaduras militares em várias regiões, inclusive no Brasil. 
O conflito se originou ainda na Segunda Guerra. As bombas atômicas lançadas no Japão também serviram como sinal 
de ameaça aos soviéticos. Em 1947, o presidente dos EUA, Harry Truman, discursou afirmando ser dever do país “defender 
os povos livres” do comunismo. Essa empreitada anticomunista nos Estados Unidos foi denominada como Doutrina Truman, 
e uma de suas principais estratégias foi a implantação do Plano Marshall. Este consistia na concessão de empréstimos a 
países prejudicados pela guerra ou enfrentando crises econômicas diversas. O objetivo era evitar que a instabilidade política 
e econômica permitisse o avanço do ideal comunista nesses países. 
A bipolarização teve como marco inicial as determinações pós-guerra referentes à divisão do território da Alemanha, que 
fora derrotada. A principal decisão foi a divisão em quatro zonas da capital, Berlim, entre os quatro países aliados, ficando 
a parte soviética isolada por meio de um muro da parte capitalista. No decorrer do período, ambos os países iniciaram pro-
jetos armamentistas e desenvolveram a corrida espacial. O auge da Guerra Fria ocorreu com a Crise dos Mísseis de Cuba, 
momento em que a humanidade chegou mais perto de uma potencial destruição nuclear.
Em vários países, foram criadas políticas sociais para formação de mão de obra especializada, adequada e inserida 
ideologicamente na proposta capitalista. O crescimento econômico e a reconstrução da Europa, acompanhados pela ex-
pansão da estadunidense, desenvolveram setores intermediários da economia, repercutindo na melhoria do padrão de vida 
de camadas médias da população. No fim da década de 1980, a URSS entrou em colapso; sua crise foi marcada pela queda 
do Muro de Berlim. Em 1991, a União Soviética se diluiu em 15 países independentes. 
Movimentos sociais e direitos civis 
Na segunda metade do século XX, diante da derrota do nazifascismo, proliferaram movimentos libertários de várias na-
turezas no mundo, sobretudo entre os jovens. No geral, esses movimentos lutaram pelos direitos das minorias, liberdade de 
expressão e por uma sociedade alternativa, a chamada contracultura. 
Feminismo: o movimento feminista tem origem na Revolução Francesa. Naquele contexto, muitas mulheres esperaram 
que a Revolução trouxesse alguns benefícios, mas suas esperanças foram frustradas. A luta feminista se materializou, qua-
se um século depois, com os movimentos sufragistas na Nova Zelândia, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Aos poucos, 
as mulheres alcançaram direitos de cidadania na primeira metade do século XX. A partir da década de 1950, a luta esteve 
vinculada à liberdade sexual, à igualdade profissional e a elementos de segregação, que ainda perduram na sociedade atual.
1968: em maio de 1968, um protesto estudantil em Paris tomou grandes proporções e se alastrou por instituições de 
ensino de toda a França, resultando em conflitos violentos com a polícia. A desordem social causada pelos estudantes cul-
minou em greves trabalhistas, forçando o governo a negociar. Esses levantes duraram apenas um mês, mas a partir do “maio 
de 68” francês, movimentos estudantis, trabalhistas e libertários se espalharam pelo mundo:
• Primavera de Praga – tentativa de abertura política reprimida por tropas soviéticas.
• Olimpíadas no México – protestos contra os gastos direcionados às olimpíadas, ocasionando o Massacre de Tlatelolco.
• Brasil – protestos contra a Ditadura Militar, resultando no endurecimento do regime com a emissão do AI-5.
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História
Livro de atividades
Questão racial: o racismo, que já era uma realidade global, tornou-se uma questão social extremamente grave. Desde o 
fim da Guerra de Secessão, quando a escravidão foi abolida nos EUA, os negros eram considerados cidadãos de segunda 
classe, sem direitos civis e segregados. Após as duas Guerras Mundiais, essa situação desencadeou vários movimentos 
sociais:
• muçulmanos negros – seu líder, Malcolm X, defendia a criação de uma sociedade afro-americana e islâmica paralela ao 
restante da sociedade branca do país.
• Panteras Negras – movimento radical de orientação marxista criado para combater a violênciapolicial contra os negros. 
Adquiriu uma tendência violenta e durou pouco tempo.
• Movimento pelos Direitos Civis – organizado por Martin Luther King Jr. após o incidente com Rosa Parks, a luta pelos 
direitos civis empreendeu estratégias pacíficas de protesto e propunha a integração entre negros e brancos. Apesar de 
conseguir a aprovação da Lei dos Direitos Civis, a questão racial ainda é problemática nos Estados Unidos. 
DESCOLONIZAÇÃO NA ÁFRICA E NA ÁSIA 
O processo de descolonização na África e na Ásia foi iniciado após a Segunda Guerra Mundial e está diretamente ligado 
ao conflito. Após a guerra, as potências colonizadoras se encontravam enfraquecidas, e nas colônias crescia o sentimento 
nacionalista. O contexto da Guerra Fria também foi favorável, pois muitas colônias viram na alternativa socialista um cami-
nho para obter liberdade com apoio da URSS. Por fim, o princípio de autodeterminação dos povos, defendido pela ONU, 
estimulou a luta por autonomia e garantiu reconhecimento às novas nações. 
Na Indonésia, em 1955, reuniram-se 29 países afro-asiáticos na chamada Conferência de Bandung. Essa reunião visava 
posicionar esses países frente à Guerra Fria, e foi decidido que os países participantes seriam neutros – portanto, não alinha-
dos aos EUA ou à URSS. Esses países passaram a ser chamados de Terceiro Mundo, pois não se encaixavam no capitalismo 
estadunidense (Primeiro Mundo), tampouco no comunismo soviético (Segundo Mundo).
Cada país teve um processo próprio de descolonização, mas, no geral, foram divididos em dois tipos:
• descolonização pacífica – concedida pelas metrópoles para manter laços econômicos; o maior símbolo desse modelo 
foi a Índia, cujo processo de descolonização foi liderado por Mahatma Gandhi recorrendo à desobediência civil e a ma-
nifestações sem violência;
• descolonização violenta: liberdade obtida por meio da guerra; esse foi o modelo predominante e atingiu países como 
Argélia, Congo, Vietnã, Coreia e Angola. Leia sobre estes casos: 
Argélia 
Colônia francesa; lutas entre 1954 e 1962 conduzidas pela Frente de Libertação 
Nacional (FLN). 
Serra Leoa
Colônia inglesa, rica em jazidas de diamante; lutas entre 1961 e 1971. Indepen-
dência proclamada em 1971 por Siaka Stevens, membro do All People’s Congress 
(APC). 
República Sul-Africana
Colônia inglesa se tornou independente em 1961, mas o regime do apartheid per-
sistiu como divisor da sociedade até 1994. 
Angola
Colônia portuguesa; cujos movimentos emancipacionistas se iniciaram em 1945. A 
independência foi marcada por conflitos entre o Movimento Popular para Liberta-
ção de Angola (MPLA), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União 
Nacional para a Independência Total de Angola (Unita). Em 1975, Portugal anunciou 
a independência do país. 
Moçambique
Colônia portuguesa. Conquistou a independência em 1974, após dez anos de guer-
ra civil. 
A liberdade foi conquistada, mas a maioria desses países enfrentou problemas como a miséria e guerras civis extrema-
mente violentas, implicando uma situação de subdesenvolvimento. 
240
ATIVIDADES
3ª. série
RENASCIMENTO E REFORMA 
1. (UFJF – MG) O período entre os séculos XV e XVIII no 
mundo ocidental, também conhecido como a épo-
ca de transição do feudalismo para o capitalismo, 
comportou um grande conjunto de transformações 
nos mais diversos campos. Sobre estas transfor-
mações assinale a alternativa INCORRETA:
a) o fortalecimento da centralização política contra 
o particularismo feudal vigente até então con-
duziu à formação dos chamados Estados Ab-
solutistas e da sociedade de corte.
b) as navegações dos séculos XV e XVI revelaram 
ao Velho Mundo a existência de outros conti-
nentes e povos, produzindo também uma ver-
dadeira “Revolução Comercial” na economia do 
continente europeu.
c) o desenvolvimento do mundo urbano sofreu um 
profundo abalo e um processo de ruralização 
e de dispersão da população pelos campos se 
fez acompanhar por uma queda no desenvolvi-
mento da indústria têxtil.
d) o Renascimento foi um movimento de ordem 
artística, cultural e filosófico baseado numa cul-
tura humanista, que resgatava princípios da an-
tiguidade clássica greco-romana, centrada nos 
valores antropocêntricos e terrenos.
e) no campo religioso, a Reforma Protestante 
propôs uma série de críticas às antigas práticas 
da Igreja Católica, dentre as quais a venda de 
indulgências e o monopólio interpretativo da Bí-
blia pelos clérigos.
2. (MACKENZIE – SP) 
Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a con-
siderar como mais perfeita e mais expressiva a cultura 
que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganis-
mo, antes do advento de Cristo. A Igreja, portanto, para 
quem a história humana só atingira a culminância na Era 
Cristã, não poderia ver com bons olhos essa atitude. 
SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Unicamp, 1988. p.14
Quanto aos humanistas, podemos dizer que
a) eram em sua maioria cristãos e desejavam rein-
terpretar o Evangelho à luz da experiência e dos 
valores da Antiguidade. Exaltavam o indivíduo, 
a vontade e a capacidade de ação dos homens.
b) valorizavam os antigos gregos e romanos em 
detrimento da cultura medieval. Assim, os hu-
manistas retornam ao paganismo e fazem des-
sa religião sua crença principal provocando a ira 
da Igreja Católica.
c) acreditavam que somente Deus é a fonte de 
energias criativas ilimitadas, detentor único de 
virtude e glória. Porém, seu teocentrismo não 
os impediu de produzir obras que valorizassem 
a ação humana.
d) acreditavam, inspirados nos valores clássicos, 
na capacidade transformadora dos homens in-
duzidos por força criadora de Deus. Diante dis-
so, a Igreja Católica adotou uma política de total 
apoio ao movimento.
e) eram orientados pela ideia de submissão total 
do homem a Deus e à Igreja. Obedeciam à or-
dem social imposta pelo clero e justificam esse 
posicionamento a partir dos textos da Antigui-
dade Clássica.
3. (FUVEST – SP) Em uma significativa passagem da 
tragédia Macbeth, de Shakespeare, seu persona-
gem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio 
de um homem; quem ousa fazer mais do que isso 
não o é”. De acordo com muitos intérpretes, essa 
postura revela, com extraordinária clareza, toda a 
audácia da experiência renascentista.
Com relação à cultura humanista, é correto afirmar 
que
a) o mecenato de príncipes, de instituições e de 
famílias ricas e poderosas evitou os constrangi-
mentos, prisão e tortura de artistas e de cientistas.
b) a presença majoritária de temáticas religiosas 
nas artes plásticas demonstrava as dificuldades 
de assimilar as conquistas científicas produzi-
das naquele momento.
c) a observação da natureza, os experimentos e a 
pesquisa empírica contribuíram para o rompi-
mento de alguns dos dogmas fundamentais da 
Igreja.
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limi-
taram-se à pesquisa teórica e somente seriam 
aplicados na chamada revolução científica do 
século XVII.
241
História
Livro de atividades
e) a avidez de conhecimento e de poder favoreceu 
a renovação das universidades e a valorização 
dos saberes transmitidos pela cultura letrada.
4. (UFMG) Para os membros da igreja medieval, o tem-
po não possuía importância em si mesmo, mas so-
mente quando encarado como veículo da irrupção 
do sagrado no curso da história, como porta-voz 
dos desígnios da divina Providência. O “tempo da 
Igreja” era sinônimo de um tempo histórico orien-
tado por e para Deus. Nos séculos XV e XVI, no 
período do renascimento, os relógios mecânicos 
começaram a espalhar-se pela Europa populari-
zando-se a divisão do dia em 24 horas. O tempo 
agora era mensurável, controlável, mecanizável.
Disponível em: http://www.revistafenix.pro.br. Acesso em: jun. 2013.
A afirmação de um tempo leigo perante um tem- 
po religioso representou uma
a) mudança no ritmo de vida, associada ao res- 
surgimento da vida urbana e ao incremento das 
trocas comerciais.
b) supressão do poder exercido pela Igreja Cató-
lica, tanto no mundoterreno como no mundo 
espiritual.
c) transformação cultural que se fundamentava 
nas novidades trazidas pelo intercâmbio gera- 
do pela descoberta do Novo Mundo.
d) vitória dos reis sobre os clérigos, uma vez que 
vinham lutando para controlar de forma absolu-
ta a vida de seus súditos.
5. (IFNMG) Acerca das Reformas Protestante e Católi-
ca observadas no século XVI, são feitas as seguin-
tes afirmações:
 I. Calvino foi o reformador protestante que atendeu 
aos anseios burgueses, dentre outras coisas, em 
função de sua teoria da predestinação admitir a 
prosperidade material a partir do trabalho vocacio-
nal como um sinal da eleição divina à salvação.
 II. Lutero defendia a lógica tomista de salvação a 
partir da fé, contrariando o agostiniano dogma ca-
tólico de salvação pelas boas obras ditadas pela 
própria Igreja.
 III. Para além do confisco dos bens da Igreja Católica na 
Inglaterra, o pretexto utilizado pelo rei Henrique VIII 
para a implementação do anglicanismo foi a negati-
va papal à dissolução do seu matrimônio com Cata-
rina de Aragão, filha dos reis católicos da Espanha.
 IV. Dentre os aspectos da Reforma Católica, é possí-
vel destacar a supressão das simonias e indulgên-
cias, criação dos seminários e do índex, ou seja, 
uma lista de livros sugeridos aos católicos.
 V. Dentre os fundamentos da doutrina luterana, é 
possível destacar a livre interpretação da Bíblia, o 
fim do celibato e das imagens, a supremacia da 
religião frente ao Estado, bem como a substituição 
da consubstanciação católica pela transubstancia-
ção protestante no que tange a eucaristia
Estão INCORRETAS
a) I, III e V.
b) II, IV e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.
6. (UEMG) Em 31 de outubro de 1517, o então Padre 
Martinho Lutero publica as suas 95 teses, onde 
deixa clara sua contrariedade com a forma religio-
sa Católica e com seu representante máximo, o 
então Papa Leão X. Dois princípios incomodavam 
muito Lutero: o primeiro era a venda das indulgên-
cias e o segundo a Infalibilidade Papal.
Sobre a indulgência, Lutero disse:
27ª Tese “Pregam futilidades humanas quantos ale-
gam que, no momento em que a moeda soa ao cair 
na caixa, a alma se vai do purgatório.”
28ª Tese “Certo é que, no momento em que a moeda 
soa na caixa, vem o lucro, e o amor ao dinheiro cresce 
e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja 
tão só corresponde à vontade e ao agrado de Deus.”
http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm. 
Acesso em 10/8/2014
A reforma luterana, de questionamento ao Papa e 
à sua autoridade, produziu profundas mudanças 
religiosas, políticas e sociais. Sendo a indulgência 
um erro, então, o povo não deveria obediência ir-
restrita, estava se estimulando o livre pensar, o li-
vre agir, o poder gradativamente voltar-se da igreja 
para o homem. O alinhamento com qualquer ensi-
no religioso deveria ser movido pela consciência, e 
não mais pela imposição papal.
Estava, portanto, em curso uma nova sociedade, 
reformada, que iria produzir
a) uma polarização entre protestantes e católicos, 
com consequências somente na Alemanha.
b) a livre interpretação da Bíblia pelos fiéis, a sal-
vação pela Fé e o Estado livre das indulgências.
c) a corrupção do homem enquanto cidadão, mo-
tivando a preocupação excessiva com a espiri-
tualidade.
d) um fenômeno religioso com aceitação universal, 
que passa a ser dominante em toda a Europa.
242242 3ª. série
7. (MACKENZIE – SP) O século XVI foi palco de uma 
profunda crise religiosa, responsável pela ruptura 
da unidade mantida pela Igreja Católica, no seio da 
cristandade ocidental – A Reforma Protestante. Em 
suas origens, essa Reforma esteve associada à
a) insatisfação reinante entre o clero europeu, mais 
preocupado com as questões ligadas à salva-
ção e à liturgia em vigor do que com os acordos 
políticos realizados entre os nobres e monarcas 
absolutistas.
b) rivalidade entre os Países Baixos contra a ten-
tativa de dominação da coroa espanhola e a 
supressão dos direitos comerciais e marítimos 
flamengos, a fim de favorecer os interesses 
mercantis espanhóis.
c) necessidade, sobretudo por parte da burguesia, 
de uma nova ética econômica, mais adequada 
às novas práticas mercantis e financeiras, fruto 
das mudanças nas relações de produção capi-
talista, verificadas na época.
d) crítica dos textos bíblicos, realizada por Calvino, 
o que aumentou ainda mais os conflitos entre os 
novos Estados europeus e a disputa realizada 
por eles, a fim de se opor à autoridade do impe-
rador Carlos V.
e) formação de Estados nacionais, monárquicos e 
absolutistas que defendiam, essencialmente, os 
interesses da nobreza feudal europeia, em de-
trimento aos direitos conquistados pela classe 
burguesa durante o fim do século XV.
8. (FUVEST – SP) Observe a gravura.
A gravura ilustra o interior de uma catedral católica 
na Antuérpia e representa um importante desdo-
bramento sociocultural da Reforma Protestante. 
A partir da imagem e de seus conhecimentos,
Beeldenstorm (1566). Jan Luyken, 1677-1679, Rijksmuseum, Amsterdã 
(271 × 349 mm).
a) identifique o tema da imagem.
 
b) aponte a abrangência social da Reforma.
c) cite dois princípios da Reforma que permitem 
compreender os fatos representados na imagem.
9. (UNICAMP – SP) 
“Na formação das monarquias confessionais da Épo-
ca Moderna houve reforço das identidades territoriais, 
em função de critérios de caráter religioso ou confessio-
nal. Simultaneamente, houve uma progressiva incorpora-
ção da Igreja ao corpo do Estado, através de medidas de 
caráter patrimonial e jurisdicional que procuravam uma 
maior sujeição das estruturas e agentes eclesiásticos ao 
poder do príncipe. Na busca pela homogeneização da fé 
dentro de um território político, a Igreja cumpria também 
papel fundamental na formação do Estado moderno por 
meio de seus mecanismos de disciplinamento social dos 
comportamentos.” 
Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma em Portugal, 1540-1700. 
Lisboa: Livros Horizonte, 2006, p. 52.
Considerando o texto acima e seus conhecimen-
tos sobre a Europa Moderna, assinale a alternativa 
correta.
243243
História
Livro de atividades
COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA
10. (ESPM – SP) 
Quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas 
tremendas perpetuamente ardentes, o ruído das rodas, 
das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, tra-
balhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo 
sem momento de tréguas, nem de descanso; quem vir 
enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso 
daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha 
visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de inferno.
Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in 
Brasil uma Biografia.
A leitura do trecho deve ser relacionada com:
a) o trabalho indígena na extração do pau-brasil.
b) o trabalho indígena na lavoura da cana-de-açúcar.
c) o trabalho de escravos negros africanos no en-
genho de cana-de-açúcar.
d) o trabalho de escravos negros africanos no ga-
rimpo, na mineração.
e) o trabalho de imigrantes italianos na lavoura ca-
feeira.
11. (UNICAMP – SP) 
Na América Portuguesa do século XVI, a política euro-
peia para os indígenas pressupunha também a existência 
de uma política indígena frente aos europeus, já que os 
Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios motivos 
para se aliarem aos franceses ou aos portugueses.
Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história 
indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.
Com base no excerto e nos seus conhecimentos 
sobre os primeiros contatos entre europeus e indí-
genas no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A população ameríndia era heterogênea e os 
conflitos entre diferentes grupos étnicos ajuda-
ram a definir, de acordo com suas próprias lógi-
cas e interesses, a dinâmica dos seus contatos 
com os europeus.
b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos 
aliados contribuiu para neutralizar as disputas 
entre franceses e portugueses pelo controle doBrasil, pelo papel mediador que os nativos exer-
ciam.
c) Os indígenas, agentes de sua história, desde 
cedo souberam explorar as rivalidades entre os 
europeus e mantê-los afastados dos seus con-
flitos interétnicos, anulando o impacto da pre-
sença portuguesa.
d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas 
com as outras e em equilíbrio com a natureza. 
Esse quadro foi alterado com a chegada dos eu-
ropeus, que passaram a incentivar os conflitos 
interétnicos para estabelecer o domínio colonial.
12. (MACKENZIE – SP) 
O resto empório das douradas Minas
Por mim o falará: quando mais finas
Se derramam as lágrimas no imposto
Clama o desgosto de um país decadente.
Cláudio Manoel da Costa.
O intelectual e advogado, autor da poesia acima, foi 
um dos integrantes da mais importante revolta co-
lonial brasileira, conhecida como Inconfidência Mi-
neira. Sobre esse movimento podemos afirmar que:
a) era de natureza nativista e influenciado pelos 
discursos iluministas. Buscava a proclamação 
da república, que teria Ouro Preto como capital, 
também o perdão de todas as dívidas para com 
a Fazenda Real.
b) manifestava-se contra os rigores da política fis-
cal metropolitana sobre a Capitania das Minas, 
exercida através da Casa de Contratação, e ins-
pirava-se nos ideais revolucionários franceses.
c) visava à independência econômica e à política 
da Colônia. O levante foi deflagrado quando se 
exigiu o pagamento dos impostos atrasados 
pelas Casas de Fundição em todo o país.
a) Cada monarquia confessional adotou uma 
identidade religiosa e medidas repressivas em 
relação às dissidências religiosas que poderiam 
ameaçar tal unidade.
b) Monarquias confessionais são aquelas uni-
dades políticas nas quais havia a convivência 
pacífica de duas ou mais confissões religiosas, 
num mesmo território.
c) São consideradas monarquias confessionais os 
territórios protestantes que se mostravam mais 
propícios ao desenvolvimento do capitalismo co-
mercial, tornando-se, assim, nações enriquecidas.
d) Em seus territórios, as monarquias confessio-
nais contavam com a instituição do Tribunal do 
Santo Ofício da Inquisição, uma forma de con-
trolar culturalmente as religiões politeístas.
244244 3ª. série
d) era de caráter nacionalista, visando à indepen-
dência da Colônia e ao rompimento dos laços 
com a metrópole, com o livre direito de implan-
tação de manufaturas nas capitanias e ao co-
mércio exterior.
e) foi ideologicamente influenciado pelos princí-
pios iluministas, divulgados em Minas por uma 
elite intelectual e acolhidos pela população lo-
cal, devido à crise econômica.
13. (PUC-SP) 
A presença africana está de tal maneira mesclada a 
formas de ser, fazer e viver europeias e ameríndias, que 
é difícil distinguir o que é puramente africano. O que é 
certo é que os nossos antepassados africanos trouxe-
ram para o Brasil os conhecimentos e as técnicas que 
desenvolveram ao longo dos séculos.
Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. 
Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 154-155.
Entre os conhecimentos citados no texto, é correto 
citar:
a) técnicas de navegação, como o barco a vela, e 
o desenvolvimento do sistema de irrigação por 
canaletas.
b) técnicas de preparação do solo, como as chi-
nampas, e o domínio da escrita pictográfica.
c) técnicas de cultivo, como a coivara, e a edifica-
ção de grandes obras, como as pirâmides.
d) técnicas de extração de metais nobres, como o 
ouro, e o cultivo do quiabo e do dendê.
14. (UFJF – MG) Com as grandes navegações, portu-
gueses e espanhóis cruzaram o oceano Atlântico 
chegando ao continente americano, a que denomi-
naram Novo Mundo. Nessas terras, estabeleceram 
colônias que ficaram conhecidas como América 
portuguesa e América espanhola. Acerca da colo-
nização nesses dois territórios, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) Na América portuguesa as riquezas encontra-
das no início da colonização foram ouro, prata 
e pedras preciosas, o que levou a coroa a se 
posicionar favoravelmente à exploração do ter-
ritório encontrado.
b) Na América espanhola o início da colonização 
foi marcado pelo estabelecimento de feitorias 
– entrepostos comerciais que armazenavam 
mercadorias, alimentos, armas – que se espa-
lhavam pela costa.
c) Sob ameaça de invasão estrangeira, foi estabe-
lecido na América espanhola um sistema admi-
nistrativo centralizado e uma política de povoa-
mento pautada na plantation açucareira.
d) Para a administração da América portuguesa, 
inicialmente foram estabelecidas as capitanias 
hereditárias, que fracassaram, sendo criadas, 
posteriormente, o governo-geral e as câmaras 
municipais.
e) Tanto na América portuguesa quanto na Améri-
ca espanhola, durante todo o processo de colo-
nização, o contato com as populações nativas 
foi pacífico, baseado exclusivamente em diplo-
macia e negociações.
15. (UNIMONTES – MG) Considerando seus conhecimen-
tos acerca dos processos de miscigenação na 
América Portuguesa de modo geral, analise as afir-
mativas a seguir e marque C para as corretas e I, 
para as incorretas:
( ) Os grupamentos de povos autóctones foram in-
tegrados à cultura branca e cristã dos coloniza-
dores, provocando o desaparecimento de seus 
traços étnicos na população brasileira atual.
( ) A proteção oferecida em aldeamentos e mis-
sões religiosas contribuiu para a preservação 
da cultura indígena nas capitanias da Bahia, do 
Rio de Janeiro, de São Vicente e de Minas.
( ) O reconhecimento da existência de comuni-
dades quilombolas e a sua integração com as 
comunidades circunvizinhas não impediram as 
ações estatais de seu combate e tentativa de 
extermínio.
( ) As relações étnicas no Brasil foram construídas 
harmonicamente, especialmente no tocante 
aos negros e indígenas, o que inviabiliza a tese 
de uma dívida histórica com esses povos.
Assinale a alternativa que contém a sequência 
CORRETA, de cima para baixo:
a) C, I, C, I.
b) I, C, I, C.
c) I, I, C, I.
d) C, C, I, C.
16. (IFMG) 
Usando a tradição de ocupação da faixa litorânea, os 
portugueses fixaram alguns núcleos de ocupação e conhe-
cimento em toda área litorânea, criando as capitanias he-
reditárias. As capitanias hereditárias eram enormes faixas 
de terras que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, 
entregues em forma de mercês aos capitães donatários, 
que não podiam vendê-las ou desmembrá-las, cabendo 
apenas ao Rei o poder de modificá-las ou excluí-las. 
STRAFORINI, 2008, p. 70
245245
História
Livro de atividades
O trecho do enunciado em destaque, faz uma rá-
pida narrativa do processo de formação territorial 
do Brasil. A partir do exposto pode-se inferir que:
a) o parágrafo apresenta as deliberações instituí-
das pela coroa portuguesa para a posse e efeti-
va ocupação do novo território.
b) ao analisarmos o fragmento acima, compreen-
de-se o caráter fortuito da ocupação portugue-
sa, visando minimizar possíveis conflitos com 
nativos.
c) a distribuição de terras pela coroa portuguesa, 
neste instante histórico, já apresentava as ba-
ses para o desenvolvimento econômico apoia-
do na produção da borracha.
d) durante o processo de formação do território 
brasileiro, houve por parte dos portugueses o 
fatiamento do território já dando-lhe os aspec-
tos de proporção e tamanho aproximados ao 
que se apresenta, nos dias atuais, como refor-
çado pelo fragmento de texto em destaque.
17. (ESPM – SP) 
Três monarcas governaram Portugal durante o século 
XVIII. O longo reinado de Dom João V cobriu a primeira 
metade do século, durante a qual fluíram grandes 
riquezas para Lisboa, vindas dos territórios brasileiros, 
a ‘vaca leiteira’ de Portugal, como tão pitorescamente 
descreveu o professor Charles Boxer o papel da 
América Portuguesa nesse período. Em 1750 Dom João 
V foi sucedido por seu filho Dom José I, cujo reinado 
se assinalou pela longa predominância do Marquês 
de Pombal nos assuntos de Estado e pelo reinado da 
devota, e mais tarde louca, Dona Maria I, que sucedeu 
ao seu pai em 1777. 
Kenneth Maxwell. Marquês dePombal: paradoxo do Iluminismo.
A partir da leitura do texto e tendo em conta a rela-
ção entre a política de Marquês de Pombal e o Bra-
sil, assinale a alternativa que apresente a grande 
riqueza que fluía para Portugal levada do território 
brasileiro, bem como uma medida da administra-
ção pombalina com impacto na exploração de tal 
riqueza:
a) ouro – criação da Derrama.
b) ouro – criação das Casas de Fundição.
c) ouro – Tratado de Methuen.
d) cana-de-açúcar – criação do Conselho Ultra-
marino.
e) cana-de-açúcar – extinção das Capitanias He-
reditárias.
18. (UNESP) Caracterize os sistemas administrativos de 
capitanias hereditárias e de governo geral empre-
gados na colonização brasileira. Indique duas dife-
renças entre esses sistemas.
19. (FGV – SP) 
No período colonial, porém, as Câmaras foram, para 
além da defesa de interesses locais e pontuais, os ór-
gãos de execução das determinações régias, mas, prin-
cipalmente, mesmo que na defesa dos interesses dos 
colonos, elementos fundamentais da viabilização da 
exploração econômica, ao manter em equilíbrio os dois 
polos do processo. 
FERLINI, V. L. A., “O município no Brasil colonial e a configuração do 
poder econômico”. In MELLO E SOUZA, L. e outros (org.), 
O governo dos povos. São Paulo: Alameda, 2009, p. 392.
As Câmaras Municipais, de acordo com o texto,
a) constituíram-se como o reduto dos interesses 
dos poderes locais.
b) foram a expressão da centralização política 
exercida pelo poder monárquico.
c) eram órgãos articuladores de determinações ré-
gias e interesses dos colonos.
d) formaram-se como instituições questionadoras 
da dominação metropolitana.
e) estabeleceram procedimentos legais influencia-
dos pela cultura nativa.
20. (MACKENZIE – SP) No Brasil do século XVI, a socie-
dade tinha, no engenho, o centro de sua organiza-
ção. Assinale a alternativa que NÃO atesta a impor-
tância do engenho no período colonial.
a) A grande propriedade era monocultora e tam-
bém escravocrata, voltada para o mercado ex-
terno, sendo a montagem da estrutura de pro-
dução açucareira um empreendimento de alto 
custo.
246246 3ª. série
c) Alguns engenhos funcionavam como unidades 
de produção autossuficientes, pois além de ofi-
cinas para reparos de suas instalações, produ-
ziam alimentos necessários à sobrevivência de 
seus moradores.
d) No engenho também havia alguns tipos de 
trabalhadores assalariados, como o feitor, o 
mestre de açúcar, o capelão ou padre, que se 
sujeitavam ao poder e à influência do grande 
proprietário de terras.
e) Os grandes engenhos contavam com toda a in-
fraestrutura não apenas para atender às neces-
sidades básicas de sobrevivência, mas voltadas 
à atividade intelectual que tornava o engenho 
centro de discussões comerciais.
21. (FGV – SP) 
O que queremos destacar com isso é que o tráfico 
atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da socie-
dade colonial: apesar das intenções aristocráticas da no-
breza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas 
e desfeitas facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a 
ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornece-
dores de créditos e escravos à agricultura de exportação 
e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde 
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo 
menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico de es-
cravos passou a ser controlado pelas comunidades mer-
cantis locais (...). 
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira 
(séculos XVI-XIX), 1998.
O texto permite inferir que:
a) o tráfico atlântico de escravos prejudicou a eco-
nomia colonial brasileira porque uma enorme 
quantidade de capitais, oriunda da produção 
agroindustrial, era remetida para a África e para 
Portugal.
b) as transações comerciais envolvendo a África 
e a América portuguesa deveriam, necessaria-
mente, passar pelas instâncias governamentais 
da Metrópole, condição típica do sistema colo-
nial.
c) a monopolização do tráfico negreiro nas mãos 
de comerciantes encareceu essa mão de obra e 
atrasou o desenvolvimento das atividades ma-
nufatureiras nas regiões mais ricas da América 
portuguesa.
e) nem todos os fluxos econômicos, durante o 
processo de colonização portuguesa na Amé-
rica, eram controlados pela Coroa portuguesa, 
revelando uma certa autonomia das elites colo-
niais em relação à burguesia metropolitana.
22. (UNIMONTES – MG) Veja a reprodução da tela A 
primeira missa no Brasil, obra de Victor Meirelles, 
representando a primeira celebração cristã em 
nossas terras realizada pelo padre lusitano Henri-
que de Coimbra, em 26 de abril de 1500.
MEIRELLES, Victor. A primeira missa no Brasil. 1860. 1 óleo sobre tela. 
268 cm × 356 cm.
Fazendo uma leitura dos elementos que compõem 
a tela, todas as alternativas estão corretas, EXCE-
TO:
a) A tela dialoga com os interesses religiosos das 
campanhas de colonização ao representar os 
indígenas curiosos e atraídos pela celebração, 
demonstrando, assim, tendência natural para a 
conversão.
b) O assombro de portugueses e indígenas frente 
à figura central e elevada da cruz simbolizava o 
temor a Deus que vem pela fé.
c) A tela compõe certo imaginário civilizado do 
Brasil, representando o “batismo” da nação no 
encontro dos povos indígenas com os portu-
gueses.
d) A passividade atenta dos indígenas e a devoção 
dos portugueses simbolizam um contato sem 
conflito ou resistência, mediado pela fé.
d) as rivalidades econômicas e políticas entre fi-
dalgos e burgueses, no espaço colonial, impe-
diram o crescimento mais acelerado da produ-
ção de outras mercadorias além do açúcar e do 
tabaco.
b) Os senhores de engenhos, por serem proprie-
tários de terras e escravos, detinham o poder 
político e controlavam as Câmaras Municipais, 
sendo denominados de “homens bons”, es-
tendendo tal poder para o interior de sua famí-
lia.
247247
História
Livro de atividades
23. (UNICAMP – SP) 
Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou 
a língua de comunicação interétnica falada por diversos 
povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os carme-
litas e os franciscanos a capacitarem seus missionários 
a falarem esta língua geral amazônica tão fluentemente 
como os jesuítas, já que em 1689 havia determinado seu 
ensino aos filhos de colonos.
Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português na Amazô-
nia brasileira. Ameríndia, Paris, n. 8, 1983, p. 25.
Com base na passagem acima, assinale a alterna-
tiva correta:
a) Os jesuítas criaram um dicionário baseado em 
línguas indígenas entre os séculos XVI e XIX, 
que foi amplamente usado na correspondência 
e na administração colonial nos dois lados do 
Atlântico.
b) O texto permite compreender a necessidade de 
o colonizador português conhecer e dominar a 
língua para poder disciplinar os índios em toda 
a Amazônia durante o período pombalino e no 
século XIX.
c) O aprendizado dessa língua associava-se aos 
projetos de colonização, visando ao controle da 
mão de obra indígena pelos agentes coloniais, 
como missionários, colonos e autoridades.
d) A experiência do nheengatu desapareceu no 
processo de exploração da mão de obra indíge-
na na Amazônia e em função da interferência da 
Coroa, que defendia o uso da língua portuguesa.
ILUMINISMO 
24. (UNIMONTES – MG) O Iluminismo foi um movimento 
intelectual que eclodiu na França, no século XVIII, e 
englobou filosofia, ciências, política, arte e direito. 
Muitos pensadores, tais como John Locke, Voltai-
re e Adam Smith, colaboraram para o eixo básico 
desse movimento, isto é, a contraposição entre ra-
zão e fé. Um dos objetivos centrais do movimento 
foi transformar a sociedade inserindo a razão na 
base da educação, das tradições e das esferas do 
exercício do poder político. A partir do exposto, 
considere as afirmativas abaixo e assinale C para 
as corretas e I para as incorretas:
( ) O pensador inglês John Locke (1632-1704) de-
fendeu que a população teria o direito de depor 
um governante, caso ele rompesse o contrato 
estabelecido com a sociedade.
( ) Ofilósofo francês Voltaire (1694-1778) postulou 
a liberdade de expressão dos indivíduos, no en-
tanto, fez ressalvas, caso o discurso propagado 
fosse em favor da propriedade privada.
( ) O pensador Adam Smith (1723-1790), consi-
derado “pai da ciência econômica”, esclareceu 
que a única fonte de riqueza é o trabalho, pois, 
a partir do aumento da produtividade, todos os 
envolvidos enriqueceriam.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) I, I, C.
b) I, C, I.
c) C, C, I.
d) C, I, C.
25. (UNESP – SP) 
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo 
o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e 
recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte 
indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, com-
posto de tantos membros quantos são os votos da as-
sembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse 
modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente 
o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo po-
lítico, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].
Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo fran-
cês, apresenta a doutrina política do
a) coletivismo, manifesto na rejeição da proprieda-
de privada e na defesa dos programas socialis-
tas de estatização.
b) humanismo, presente no projeto liberal de valo-
rizar o indivíduo e sua realização no trabalho.
c) socialismo, presente na crítica ao absolutismo 
monárquico e na defesa da completa igualdade 
socioeconômica.
d) corporativismo, presente na proposta fascista 
de unir o povo em torno da identidade e da von-
tade nacional.
e) contratualismo, manifesto na reação ao Antigo 
Regime e na defesa dos direitos de cidadania.
248248 3ª. série
27. (FGV – SP) O homem nasce livre, e por toda a parte 
encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos de-
mais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A 
ordem social é um direito sagrado que serve de base 
a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origi-
na da natureza: funda-se, portanto, em convenções.
J. J. Rousseau, Do contrato social. in: Os Pensadores. São Paulo: Abril 
Cultural, 1978, p. 22.
A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:
a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que 
atribuía aos reis o direito divino de manter a or-
dem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a 
todos os homens uma condição de submissão 
semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por de-
nunciar a escravidão praticada na América, ao 
longo do século XIX.
d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que 
estabelece que o Estado deve ser abolido e a 
sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao con-
ceber a ordem social como um direito sagrado 
que deve garantir a liberdade e a autonomia dos 
homens.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
28. (UFJF – MG) Sobre a Revolução Industrial, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) A revolução industrial eclodiu primeiro nas co-
lônias, que contavam com as maiores fábricas 
têxteis do mundo.
b) A revolução industrial só pôde eclodir graças ao 
fim do comércio colonial, que atrasava o desen-
volvimento econômico.
c) As grandes plantações de algodão na Inglater-
ra, próximas às fábricas, facilitaram o desenvol-
vimento industrial.
d) Foi na indústria algodoeira onde primeiro se 
manifestou uma verdadeira revolução industrial.
e) Toda a produção da indústria têxtil acontecia 
pelas máquinas, sem a necessidade do uso de 
mão de obra livre.
29. (MACKENZIE – SP) 
O advento da Revolução industrial na Inglaterra 
dos séculos XVIII e XIX foi crucial para desenca-
dear o processo de urbanização e crescimento 
urbano como conhecemos hoje, que começou na 
Europa e se estendeu para o mundo todo.
Fonte: Geografia – Ensino Médio – 2ª série – livro I – Sistema Mackenzie 
de Ensino – editora Mackenzie – 2015 – p. 26.
Tomando como base o contexto da 1ª. Revolução 
Industrial, o fragmento de texto acima e seus co-
nhecimentos, escolha a alternativa que melhor jus-
tifica o fenômeno da urbanização na Inglaterra dos 
séculos XVIII e XIX.
a) Política de produção de máquinas artesanais 
nos arredores de Londres.
b) Políticas de incentivo às famílias com maior nú-
mero de filhos.
c) Política dos Cercamentos.
d) Políticas de incentivo à agricultura de subsis-
tência.
e) Políticas habitacionais e de saneamento básico 
nas áreas periféricas de Londres, promovendo, 
assim, uma intensa conurbação entre a zona ru-
ral e urbana.
26. (UNESP – SP) 
Defendo a liberdade de expressão irrestrita, mesmo 
depois desse trágico evento em que os cartunistas do 
jornal satírico ‘Charlie Hebdo’ foram mortos, além de ou-
tras pessoas em um mercado kosher, em Paris. [...] Sou 
intransigente no que diz respeito à liberdade de expres-
são de cada um: e sou ainda mais intransigente quando 
matam em nome de Alá, de Maomé, de Cristo, de comu-
nismo, de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nunca é 
crime. Caneta e lápis não matam. Exageram, humilham, 
fazem rir, mas não matam.
Gerald Thomas. “Quem ri por último ri melhor”. Folha de S.Paulo, 
17.01.2015.
O argumento defendido no texto está baseado na
a) valorização do caráter absoluto de todo tipo de 
simbologia teológica e religiosa.
b) primazia de princípios originalmente burgueses 
e liberais no campo da cultura.
c) utopia comunista da igualdade econômica e da 
liberdade de expressão.
d) depreciação do livre-arbítrio, em favor de uma 
concepção totalitária de mundo.
e) defesa intransigente de restrições para o exercí-
cio da autonomia de pensamento.
249249
História
Livro de atividades
30. (FUVEST – SP) 
Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] 
foi provavelmente o mais importante acontecimento na 
história do mundo, pelo menos desde a invenção da agri-
cultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. 
É evidente que isto não foi acidental. 
Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 
19ª edição, p. 52.
A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos 
decênios finais do século XVIII,
a) deveu-se ao pioneirismo científico e tecnológi-
co dos britânicos, aliado a uma grande oferta 
de mão de obra especializada e a uma política 
estatal pacifista e voltada para o comércio.
b) originou-se das profundas transformações 
agrárias expressas pela concentração fundiária, 
perda da posse da terra pelo campesinato e for-
mação de uma mão de obra assalariada.
c) vinculou-se à derrocada da aristocracia e à as-
censão da burguesia, orientada pela política 
mercantilista e sintetizada na filosofia de Adam 
Smith.
d) resultou da supressão de leis protecionistas de 
inspiração mercantilista e do combate ao tráfico 
negreiro, com vistas à conquista de mercados 
externos consumidores.
e) decorreu da ampla difusão de um ideário ilus-
trado, o qual teria promovido aquilo que o so-
ciólogo alemão Max Weber descreve como o 
“espírito do capitalismo”.
31. (UNESP – SP) 
A divisão capitalista do trabalho – caracterizada pelo 
célebre exemplo da manufatura de alfinetes, analisada 
por Adam Smith – foi adotada não pela sua superiorida-
de tecnológica, mas porque garantia ao empresário um 
papel essencial no processo de produção: o de coorde-
nador que, combinando os esforços separados dos seus 
operários, obtém um produto mercante. 
Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). 
Crítica da divisão do trabalho. 1980.
Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o 
texto destaca
a) o maior equilíbrio social provocado pelas me-
lhorias nos salários e nas condições de traba-
lho.
b) o melhor aproveitamento do tempo de trabalho e 
a autogestão da empresa pelos trabalhadores.
c) o desenvolvimento tecnológico como fator de-
terminante para o aumento da capacidade pro-
dutiva.
d) a ampliação da capacidade produtiva como jus-
tificativa para a supressão de cargos diretivos 
na organização do trabalho.
e) a importância do parcelamento de tarefas e o 
estabelecimento de uma hierarquia no processo 
produtivo.
32. (UEMG) Com base nos dois depoimentose na ima-
gem a seguir, considerando o que pode ser relacio-
nado a essas fontes históricas, assinale a alternati-
va INCORRETA. 
“Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início 
do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de 
um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isto é, 
preparando a lã para a máquina, mas a alça a prendeu, 
como ela foi pega de surpresa, acabou sendo levada 
para dentro do mecanismo; e nós encontramos seus 
membros em um lugar, outro acolá, e ela foi cortada em 
pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi 
totalmente mutilado”. (John Allett começou a trabalhar 
em uma fábrica de têxteis quando tinha quatorze anos. 
Allett tinha cinquenta e três anos quando foi entrevistado 
por Michael Sadler e seu Comitê da Câmara dos Co-
muns, em 21 de maio de 1832.). 
“Os primeiros dias de setembro foram muito quen-
tes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam 
mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim, 
a temperatura nunca passava de 29°C durante a par-
te mais quente do dia. Qual era então a situação das 
pobres crianças que estavam condenadas a trabalhar 
quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 
28°C? Pode algum homem, com um coração em seu 
peito e uma língua em sua boca, não se habilitar a amal-
diçoar um sistema que produz tamanha escravidão e 
crueldade?” (William Cobbett fez um artigo sobre uma 
visita a uma fábrica de tecidos que aconteceu em se-
tembro de 1824).
Fonte: Lewis Hine. Some of the young knitters in London Hosiery Mills. 
Londres, 1910 
250250 3ª. série
a) Os trechos e a foto são associados ao trabalho 
infantil na Revolução Industrial, pois aproxima-
damente 50% dos trabalhadores eram crianças 
que trabalhavam entre 12 e 16 horas por dia. 
Nas fábricas, as condições de trabalho eram 
precárias, pois não havia janelas e trabalhavam 
muitos operários, propagando-se as doenças 
mais facilmente. 
b) Os trechos e a foto reforçam os aspectos nega-
tivos da Revolução Industrial, quando uma clas-
se industrial nascente preferia empregar mulhe-
res e crianças, pois estes recebiam metade do 
salário de um homem adulto, pela mesma carga 
horária. Contudo, os aspectos positivos devem 
ser também ressaltados, mesmo porque essa 
situação foi modificada com máquinas adapta-
das à altura das crianças, e a escola tornou-se 
obrigatória para o povo logo após o movimento 
ludista e o movimento cartista. 
c) Os depoimentos e a foto retratam o fato de que 
muitas crianças com menos de 8 anos traba-
lhavam nas fábricas simplesmente para ganhar 
alojamento e comida, sendo que havia uma alta 
jornada de trabalho em condições deploráveis. 
O longo tempo de trabalho gerava cansaço nas 
crianças, o que acabava diminuindo o ritmo 
das atividades. Castigos, como socos e outras 
agressões, eram aplicados para punir a desa-
tenção. As crianças que chegavam atrasadas 
ou que conversavam durante o trabalho tam-
bém eram castigadas. 
d) No início da Revolução Industrial, os operários 
viviam em péssimas condições de vida e traba-
lho. O ambiente das fábricas era insalubre, as-
sim como os cortiços onde muitos trabalhado-
res viviam. As jornadas de trabalho chegavam a 
80 horas semanais. Para mulheres e crianças, 
submetidas ao mesmo número de horas e às 
mesmas condições de trabalho, os salários 
eram ainda mais baixos.
IMPERIALISMO 
33. (ESPM – SP) 
Na Argélia, por mais incoerente que fosse a política 
dos governadores franceses, desde 1830, continuou o 
processo inexorável de afrancesá-la. Primeiro as terras 
foram tomadas aos nativos e seus edifícios ocupados; a 
seguir os franceses tomaram conta das matas de sobrei-
ros e jazidas minerais. Depois os franceses removeram 
os argelinos e povoaram regiões com europeus. Duran-
te várias décadas a economia foi movida por pilhagem, 
houve um decréscimo da população nativa e aumentou 
a população de franceses. 
A economia europeia tornou-se uma economia ca-
pitalista empresarial, enquanto a economia argelina po-
deria ser comparada a uma economia pré-capitalista de 
bazares.
Edward Said. Cultura e Imperialismo
O texto deve ser relacionado diretamente:
a) ao colonialismo mercantilista praticado pelos 
europeus na história moderna.
b) ao antigo sistema colonial em sua versão de 
colonização de povoamento.
c) ao neocolonialismo do século XIX.
d) com a descolonização e o não alinhamento.
e) com conquistas efetuadas por Napoleão Bona-
parte antes do Congresso de Viena.
34. (FGV – SP) 
[...] no final do século XIX [...] discursos ‘científicos’ 
estabelecem, a partir de características físicas e cultu-
rais, uma classificação dos povos e uma desigualdade 
das raças. [...] Mas são sobretudo as revistas de geo-
grafia e de etnografia que influenciam os colonos, ao re-
fletir sobre os melhores métodos para ‘civilizar nossos 
negros’. Considera-se, de fato, que os povos que não 
pertencem à ‘raça’ branca são atrasados, infantilizados.
Marc Ferro. A colonização explicada a todos, 2017.
Considerando o texto e conhecimentos sobre a 
história europeia do final do século XIX, pode-se 
concluir que
a) as argumentações ideológicas procuravam le-
gitimar socialmente projetos expansionistas.
b) as afirmações da antropologia científica refutavam 
os artigos dos periódicos de grande circulação.
c) as anexações de territórios estavam desvincu-
ladas de interesses econômicos dos Estados 
conquistadores.
d) as trocas culturais entre as nações eram vistas 
como a comprovação da diversidade social da 
humanidade.
e) as potências pretendiam fortalecer militarmente 
os povos dominados por meio da medicina 
tropical.
251251
História
Livro de atividades
35. (PUC – SP) 
(...) as instabilidades políticas e, em alguns casos, geopolíticas de algumas regiões do Terceiro Mundo – especialmente 
da África e da Ásia – devem-se em grande parte às contradições entre traçados artificiais impostos de ‘fora para dentro’ (...)
Costa, Wanderley Messias da – Geografia política e geopolítica, página 295, Edusp, 1992.
Assinale a alternativa que fortalece e complementa a ideia do fragmento acima.
a) A conferência de Berlim, de 1884/85 representou o fortalecimento do controle europeu em quase todo o 
continente africano, através, sobretudo, da implantação de fronteiras artificiais e da união de diferentes 
grupos étnicos em um mesmo território, inclusive de clãs e tribos mais combativas e agressivas.
b) A África em sua totalidade e a porção meridional da Ásia foram divididas, no século XVIII em territórios 
autônomos, mas estavam sujeitas aos comandos das metrópoles europeias e, no final do século XIX, par-
te desse comando passou para os Estados Unidos, principalmente os territórios que eram administrados 
pela Inglaterra.
c) O fragmento acima se aplica aos conflitos “insolúveis” que acontecem na Ásia Central e África subsaa-
riana e que se iniciaram principalmente após a 2.ª Guerra Mundial. Os ex-colonizadores tentam ajudar na 
mitigação da violência, oferecendo armas aos governos eleitos democraticamente, mas a atual comple-
xidade social dificulta o processo de paz.
d) A Organização das Nações Unidas (ONU) aparece implicitamente no texto quando o autor declara – “fora 
para dentro”, pois foi essa instituição que, após o processo de descolonização, ajudou a traçar as novas 
fronteiras artificiais das antigas colônias da Ásia e África.
36. (UNICAMP – SP) 
O período de 1840 a 1890 é o do triunfo da ideologia do progresso, simultaneamente ao grande boom econômico 
e industrial do Ocidente. 
Adaptado de Jacques Le Goff, História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1990, p. 204-245.
Com base no texto e em seus conhecimentos históricos,
a) apresente duas características importantes do boom econômico e industrial do Ocidente entre 1840 e 
1890.
b) explique o ideário do progresso e o relacione com a Primeira Guerra Mundial.
252252 3ª. série
37. (MACKENZIE – SP)
Se a América Latina não foi esquartejada como a 
África, deveu-se ao fato – é preciso reconhecê-lo – de 
ter tido, sem que houvessesolicitado, um ‘tutor’. Um 
tutor ousado, porque se atreveu a dizer que a América 
era para os americanos, num momento em que apenas 
tinha a ilusão de ser uma potência. No entanto, quando 
esse tutor se transformou em grande potência, mudou 
seu discurso e gritou que era dono.
Héctor Hernan Bruit. O Imperialismo. São Paulo: Atual, 1994, p. 49.
A partir da análise do texto, é correto afirmar que
a) A América Latina, desde a primeira metade do 
século XIX, é um instrumento do imperialismo 
estadunidense, que, historicamente, impôs, 
àqueles países, políticas como a doutrina Mon-
roe e a Política do Big Stick.
b) as divisões sofridas pela África, decorrentes 
do imperialismo do século XIX, não puderem 
acontecer no continente americano em virtude 
da imposição ao respeito, feita na Conferência 
de Berlim, entre EUA e potências europeias, da 
autodeterminação da América Latina.
c) o século XIX viu nascer a pretensa hegemonia es-
tadunidense sobre os países latino-americanos, 
envolvendo disputas – desde aquela época – 
entre capitalistas e socialistas, ambientados na 
Guerra Fria.
d) os americanos, há dois séculos, convivem com 
a supremacia estadunidense sobre os diversos 
países do continente, resultando em políticas 
impositivas como a da “Boa Vizinhança” e a 
Aliança para o Progresso.
e) a América sempre foi protegida, resultando na 
criação de diversos acordos econômicos e na 
aliança de todo o continente em torno deles, 
apesar do domínio que os Estados Unidos exer-
cem sobre o restante do mundo.
38. (FGV – SP) Em nome do direito de viver da humani-
dade, a colonização, agente da civilização, deverá 
tomar a seu encargo a valorização e a circulação 
das riquezas que possuidores fracos detenham 
sem benefício para eles próprios e para os demais. 
Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] 
está no comando e no comando deve permanecer.
Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, 
O imperialismo, 1987, p. 11.
A partir do fragmento, é correto afirmar que
a) a partilha afro-asiática da segunda metade do 
século XIX, liderada pela Inglaterra e França, 
fruto da expansão das relações capitalistas de 
produção, garantiu o controle de matérias-pri-
mas estratégicas para a indústria e a coloniza-
ção como missão civilizadora da raça branca 
superior.
b) o velho imperialismo do século XVI foi produto 
da revolução comercial pela procura de novos 
produtos e cercados para Portugal e Espanha 
que, por meio do exclusivo metropolitano e do 
direito de colonização sobre os povos inferio-
res, validando os superlucros da exploração co-
lonial.
c) o novo imperialismo da primeira metade do 
século XIX, na África e Oceania, consequência 
do capitalismo comercial, impôs o monopó-
lio da produção colonial, em especial, para a 
Grã-Bretanha que, de forma pacífica, defendeu 
o direito de colonização sobre os povos infe-
riores.
d) o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, 
tornou essas regiões fontes de matérias-primas 
e mercados para a Europa, em especial, Ale-
manha e França, que por meio da guerra, sub-
meteram os povos inferiores e promoveram a 
industrialização africana.
e) a exploração da África e da Ásia na segunda 
metade do século XVII, pelas grandes potên-
cias industriais, foi um instrumento eficaz para a 
missão colonizadora daquelas áreas atrasadas 
e ampliou o domínio europeu em nome do pro-
gresso na medida em que implantou o monopó-
lio comercial.
39. (UNICAMP – SP) Os viajantes, missionários, adminis-
tradores coloniais e etnógrafos europeus, no pas-
sado, tenderam a fundir múltiplas identidades em 
um único conceito de tribo. O uso da palavra tribo 
para descrever as sociedades africanas surgiu de 
um desejo de enaltecer o Estado-nação, ao mes-
mo tempo em que sugeria a inferioridade inerente 
de outros. Em resumo, conotava políticas primiti-
vas que eram menos desenvolvidas do que as po-
líticas dos Estados nação.
Adaptado de John Parker e Richard Rathbone, “A ideia de África”, em 
História da África. Lisboa: Quimera, 2016, p. 56-58.
Baseado no texto acima e em seus conhecimen-
tos, assinale a alternativa correta.
a) A formação e a difusão do conceito de tribo no 
pensamento europeu acompanharam os avan-
ços do colonialismo na África no século XIX, le-
gitimando o domínio de seus povos por agentes 
oriundos de nações que se consideravam civili-
zadas e superiores.
253253
História
Livro de atividades
BRASIL IMPÉRIO: SEGUNDO REINADO 
40. (ESPM – SP)
Tratava-se de um parlamentarismo sem povo. Os 
partidos, criados pelas camadas economicamente do-
minantes, sem ideários muito nítidos, coagiam e manipu-
lavam um eleitorado ínfimo, sem traduzir-lhes os interes-
ses concretos. O caráter oligárquico definia tais partidos. 
Mais que isso, esta definição provinha de uma oligarquia 
enriquecida pelo oficialismo, em que só o controle do 
poder suscitava às maiorias vindas, do nada, levando-as 
a recear participação popular. 
Adriana Lopez; Carlos Guilherme Mota. 
História do Brasil: uma interpretação.
A leitura do texto e o conhecimento do sistema 
político brasileiro do Segundo Reinado permitem 
afirmar que:
a) o poder moderador conduzia o processo, as 
maiorias eram forjadas e o poder legislativo era 
subordinado ao poder executivo.
b) havia um pluripartidarismo que expressava uma 
rica diversidade de ideários.
c) era expressiva a participação popular nos parti-
dos, fato que era estimulado pelo sufrágio uni-
versal.
d) o parlamentarismo adotado no Brasil concen-
trou a autoridade no poder legislativo.
e) em função do bipartidarismo e das diversidades 
ideológicas, um partido defendia os interesses 
da aristocracia rural, enquanto o outro apoiava 
os setores urbanos populares e os camponeses.
41. (UNESP) 
O fato de ser a única monarquia na América levou os 
governantes do Império a apontarem o Brasil como um 
solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. 
Temia-se o surgimento de uma grande república lidera-
da por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro 
de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o 
isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia 
de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta 
estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países inde-
pendentes, com governos livres da influência argentina.
Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai. 1991.
Segundo o texto, uma das preocupações da políti-
ca externa brasileira para a região do Rio da Prata, 
durante o Segundo Reinado, era
a) estimular a participação militar da Argentina na 
Tríplice Aliança.
b) limitar a influência argentina e preservar a divi-
são política na área.
c) facilitar a penetração e a influência política bri-
tânicas na área.
d) impedir a autonomia política e o desenvolvi-
mento econômico do Paraguai.
e) integrar a economia brasileira às economias pa-
raguaia e uruguaia.
42. (UNICAMP – SP) 
Os números indicam que antes da abolição de 1888 
restavam pouco mais de setecentos mil escravos no 
Brasil. Conforme estimativa do censo de 1872, elabora-
da pelo IBGE, a população total do país era de 9.930.478 
habitantes. Isso indica que grande parte da população 
de cor (pretos e pardos) já havia adquirido a liberdade 
por seus próprios meios antes da Lei Áurea.
Adaptado de Wlamyra Albuquerque, A vala comum da ‘raça 
emancipada’: abolição e racialização no Brasil, breve comentário. 
História Social, Campinas, n. 19, p. 99, 2010.
Com base no excerto e nos conhecimentos sobre 
a história da liberdade no Brasil, assinale a alterna-
tiva correta.
a) A maioria da população negra já era liberta an-
tes de 1888, porque as províncias escravistas 
do Sudeste, almejando abrirem-se para a imi-
gração italiana, vinham adotando medidas abo-
licionistas desde o fim do tráfico, em 1850.
b) O conceito de tribo ganhou força no pensamen-
to ocidental, porque na África não havia forma-
ções políticas que cobriam grandes extensões 
territoriais como na Europa. Ou seja, os euro-
peus não encontraram estruturas políticas aci-ma das unidades tribais.
c) As sociedades africanas eram organizadas a 
partir de pequenas tribos lideradas por chefes 
guerreiros, o que gerava fragmentação política 
e guerras, inviabilizando nesse continente a 
formação de unidades políticas complexas nos 
moldes europeus.
d) Em razão das tradições milenares e do respeito 
aos ancestrais, as tribos eram unidades sociais 
e políticas estáticas assentadas em uma iden-
tidade homogênea. Os europeus comumente 
desrespeitavam todas essas características na 
colonização.
254254 3ª. série
b) Em termos globais, o grande percentual da po-
pulação livre de cor reflete o peso demográfico 
da população liberta concentrada nas provín-
cias pouco dependentes da escravidão, como 
Santa Catarina e Paraná.
c) A maioria da população africana e seus descen-
dentes já era livre quando a Lei Áurea foi apro-
vada, porque vinha obtendo alforrias através de 
uma multiplicidade de estratégias, desde o pe-
ríodo colonial.
d) O alto número de libertos antes de 1888 reflete 
o impacto da abolição dos escravos por parte 
do Imperador D. Pedro II, pois a família real era 
a maior proprietária de cativos durante o século 
XIX, na região do Vale do Paraíba.
43. (FGV – SP) 
Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femini-
nas do Império (...) como a Imperatriz Leopoldina e Anita 
Garibaldi. Todas as três, embora de diferentes maneiras, 
de diferente proveniência social e, em diferentes épocas, 
desempenharam um papel político que, certamente, 
contribuiu para as mudanças por elas defendidas e as 
inscreveu na História do Brasil. 
Suely Robles Reis de Queiroz. Política e cultura no 
império brasileiro, 2010.
Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita 
Garibaldi e Chiquinha Gonzaga, respectivamente:
a) atuou, ao lado de Dom Pedro e de José Boni-
fácio, no processo de emancipação política do 
Brasil; participou da mais longa rebelião regen-
cial, a Farroupilha; militou pela abolição da es-
cravatura e pela queda da Monarquia.
b) articulou a bancada constitucional brasileira na 
Assembleia Constituinte; organizou as forças 
populares participantes da rebelião regencial 
ocorrida no Grão-Pará, a Cabanagem; foi a pri-
meira mulher brasileira a se eleger para o Sena-
do durante o Império.
c) convenceu Dom Pedro I a assumir o trono por-
tuguês após a morte do rei Dom João VI; de-
fendeu a ampliação dos direitos de cidadania 
durante a reforma constitucional que instituiu o 
Ato Adicional; liderou uma frente parlamentar 
de apoio às leis abolicionistas.
d) participou como diplomata do Império brasileiro 
na Guerra da Cisplatina; foi a primeira mulher a 
trabalhar como jornalista e romancista durante 
o Segundo Reinado; tornou-se uma importante 
liderança política na defesa do fim do tráfico de 
escravos para as Américas.
e) articulou com os diplomatas ingleses o reco-
nhecimento da Independência do Brasil junto 
a Portugal; foi uma importante liderança militar 
no processo de Guerra de Independência da 
Bahia; criou a primeira associação política em 
defesa do voto feminino no Brasil.
44. (UEMG) 
As denúncias de que o exército brasileiro ao lutar na 
guerra (1864-1870) era formado por escravos não são 
novas. Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. 
Seus primeiros autores foram os redatores dos jornais pa-
raguaios da época que tratavam de menosprezar o exérci-
to brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por 
ser formado por negros, deveria ser de qualidade inferior. 
TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra 
do Paraguai. Estudos Avançados. v. 9, nº 24, São Paulo, May/Aug. 1995 
(Adaptado).
Sobre os negros como partícipes da Guerra do Pa-
raguai, analise as assertivas e assinale a alternativa 
que aponta as corretas.
 I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio ti-
nham alguns batalhões formados exclusivamente 
por negros. Como exemplos, tem-se o Corpo dos 
Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida.
 II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam 
negros escravos ou ex-escravos no exército para-
guaio. A escravidão havia sido abolida no Paraguai 
em 1842, por Carlos Lopes, pai de Francisco Sola-
no López.
 III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o 
negro brasileiro era representado como inimigo. 
O exército brasileiro era o exército macacuno e 
seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram 
macacos que pretendiam escravizar o povo para-
guaio, conduzindo-os da liberdade à escravidão.
 IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do 
Paraguai, mas eles já tinham sido libertos.
a) Apenas I e III.
b) Apenas II e IV.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas I, II e III.
45. (ESPM – SP) 
Somente a partir de 1850 vai se observar um maior 
dinamismo no desenvolvimento econômico do país em 
geral e de suas manufaturas em particular. O crescimen-
to do número de empresas industriais se faria com rela-
tiva rapidez.
Sonia Mendonça. A Industrialização Brasileira.
O assunto tratado no texto guarda relação com:
255255
História
Livro de atividades
a) a eficácia duradoura da tarifa Alves Branco que 
protegeu a produção brasileira da concorrência 
dos produtos estrangeiros, sobretudo ingleses.
b) o fim do tráfico de africanos para o Brasil, es-
tipulado pela Lei Eusébio de Queirós, medida 
que liberou capitais, até então empatados na 
compra de escravos, para outras atividades, 
como indústria, serviços urbanos e bancos.
c) a opção firme do governo imperial por apoiar a 
indústria em detrimento da agricultura, o que é 
comprovado pelo auxílio irrestrito às atividades 
do Visconde de Mauá.
d) a expansão da indústria, a partir de meados do 
século XIX, que ocorreu em todos os grandes 
centros do país, conforme comprovam o eleva-
do número de empresas com mais de cem tra-
balhadores em regiões como o Norte e o Nor-
deste.
e) a formação de um consistente mercado interno 
decorrente da mineração, que impulsionou uma 
robusta urbanização capaz de oferecer escoa-
mento da produção no âmbito local.
46. (ESPM – SP) 
Assim que instalados, os imigrantes deviam dar início 
aos trabalhos, cultivando café e gêneros de subsistência 
e, dos resultados com suas lavouras, retinham 1/3 dos 
lucros, entregando o restante ao fazendeiro para amorti-
zar a dívida inicial. 
Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo. História do Brasil.
A iniciativa descrita no texto deve ser relacionada 
com:
a) sistema de colonato.
b) imigração interna.
c) imigração custeada pelo governo.
d) imigração ilegal.
e) sistema de parceria.
47. (UNICAMP – SP) 
No dia seguinte ao decreto da Libertação, negros e 
negras deixaram apressadamente os lugares onde ti-
nham vivido durante longo tempo nas humilhações da 
escravidão e, das fazendas e sítios, afluíram em direção 
às cidades próximas. A maior parte desses novos cida-
dãos livres tinha pequenas economias. Ora, seu primeiro 
ato foi correr às lojas de calçados.
Adaptado de Louis Albert Gaffre, Visions du Brésil. Rio de Janeiro: Fran-
cisco Alves, 1912, p. 205. Disponível em: https://archive.org/details/ 
visionsdubrsil00gaff. Acessado em 01/08/2017.
a) Considerando o depoimento citado, explique um 
significado social do uso do sapato na época.
b) Nomeie duas estratégias de sobrevivência dos 
brancos pobres, mestiços e forros no período 
do pós-abolição.
256256 3ª. série
48. (PUC-SP) Durante o século XIX o problema da mão 
de obra escrava foi se intensificando não apenas 
no Brasil, como em diversas partes do mundo. 
Muito se atribui isso às pressões britânicas, sobre 
a escravidão cada vez mais constantes.
Assinale a alternativa que melhor indique uma ra-
zão para tais pressões e uma consequência direta-
mente vinculada ao nosso território.
a) A Revolução Industrial, sobretudo em sua se-
gunda fase, gerou uma produção acelerada, 
necessitando de um amplo mercado consumi-
dor. No Brasil buscaram-se alternativas nos imi-
grantes europeus, e as leis abolicionistas foram 
seguindo seu curso normal.
b) Uma preocupação humanitária que sempre de-
lineou as relaçõesdiplomáticas inglesas, resul-
tou, aqui no Brasil, em um amplo movimento 
abolicionista que atingiu todas as camadas so-
ciais.
c) Uma forte preocupação com as mortes que vi-
nham ocorrendo nos chamados “navios tum-
beiros”. Esse contexto foi refletido por aqui, 
por meio da criação de regras claras de bom 
convívio entre brancos e negros africanos que 
vinham trabalhar em nossas lavouras.
d) A busca por mercados consumidores para os 
seus produtos levava a Inglaterra a pressionar 
BRASIL: PRIMEIRA REPÚBLICA 
50. (FUVEST – SP) Nas cidades brasileiras, particular-
mente no último quartel do século XIX, novas for-
mas urbanas são constituídas, como os cortiços e 
as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
a) A expansão periférica no século XIX, na zona sul 
da cidade do Rio de Janeiro, teve significativa 
presença de cortiços, devido à chegada massi-
va de imigrantes japoneses.
b) A primeira favela carioca teve sua origem no for-
te empobrecimento da população no contexto 
da crise cafeeira na região serrana do Rio de 
Janeiro.
c) A maior concentração dos cortiços da cidade 
de São Paulo, presentes no último quartel do 
século XIX, localizava-se na porção mais central 
da aglomeração urbana.
todas as formas de trabalho que pudessem 
ameaçar essa lógica, o que resultou, aqui no 
Brasil, na imediata abolição da escravatura.
49. (UEMG) 
As consequências da escravidão não atingiram ape-
nas os negros. Do ponto de vista da formação do cida-
dão, a escravidão afetou tanto o escravo quanto o se-
nhor. Se um estava abaixo da lei, o outro se considerava 
acima. A libertação dos escravos não trouxe consigo a 
igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, 
mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos 
privilégios e à arrogância de poucos correspondem o 
desfavorecimento e a humilhação de muitos.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 14ª 
ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 53.
No século XIX, o combate à escravidão no Brasil 
relacionou-se à
a) adesão dos proprietários rurais à plena concre-
tização dos direitos humanos.
b) elaboração da Constituição por pessoas com-
prometidas com a justiça social.
c) criação de leis emancipacionistas para a manu-
tenção da Guerra do Paraguai.
d) mobilização de diferentes grupos sociais em 
torno da campanha abolicionista.
d) As primeiras favelas brasileiras se originaram 
devido à expansão da atividade industrial, no 
centro da cidade de São Paulo, no início do últi-
mo quartel do século XIX.
e) Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a ex-
pansão cafeeira, os cortiços eram muito fre-
quentes, por conta da presença de imigrantes 
italianos empobrecidos.
51. (MACKENZIE – SP) 
Cabo de enxada engrossa as mãos – o laço de couro 
cru, machado e foice também. Caneta e lápis são ferra-
mentas muito delicadas. A lida é outra: labuta pesada, de 
sol a sol, nos campos e nos currais (...) Ler o quê? Es-
crever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem aí e o 
alistamento rende a estima do patrão, a gente vira pessoa. 
PALMÉRIO, Mário. Vila dos Confins. Rio de Janeiro: 
José Olympio Ed., 1989.
257257
História
Livro de atividades
a liderança messiânica do fazendeiro pernam-
bucano Delmiro Gouveia.
e) a ação catequizadora de padres e bispos liga-
dos à Igreja católica e a atuação do líder José
Maria, que comandou a resistência na região
do Contestado.
53. (MACKENZIE – SP) No início do século XX, as autori-
dades republicanas elaboraram um projeto de em-
belezamento das principais cidades do Brasil, sin-
tonizando o país com a modernização vivenciada
por outros centros urbanos mundiais. No entanto,
tal projeto provocou diversas reações contrárias,
principalmente por parte das camadas populares,
diretamente afetadas. Sobre o assunto, assinale a
alternativa correta.
a) Símbolo do “Ciclo da Borracha”, a cidade de
Manaus passou por um grande processo de
reforma urbana, liderada por Pereira Passos. A
pujança econômica contribuiu para a remodela-
ção do centro da cidade e para a construção do
teatro municipal, aprofundando as desigualda-
des sociais e, por isso, gerando revoltas.
b) A construção de Belo Horizonte, pelos republi-
canos mineiros, representou um projeto autori-
tário de deslocamento da população pobre para
a zona suburbana. Ao mesmo tempo, simboli-
zou a intenção das elites burguesas, ao fazer da
cidade uma pretensa candidata à condição de
nova capital federal.
c) Em São Paulo, o acelerado crescimento eco-
nômico contribuiu, de forma decisiva, para o
surgimento de uma nova paisagem urbana. A
construção de grandes avenidas resultou na
destruição de todos os casebres de madeira e
na vacinação obrigatória contra a varíola, ge-
rando contestações da população.
d) No Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina (1904)
representou a contestação popular às medi-
das autoritárias da prefeitura. Resultado da in-
compreensão de parte a parte, tal Revolta não
deixou de simbolizar o entendimento, por parte
das camadas atingidas, sobre os limites das
ações das autoridades públicas.
e) A construção de Brasília representava o desen-
volvimento econômico e social do interior do
país. Ao mesmo tempo, permitia às autoridades
públicas inserir a nova capital entre as cidades
mais modernas e planejadas do mundo, acen-
tuando o caráter modernizador e positivista da
República recém-instaurada.
De acordo com a leitura do texto acima, considere 
as assertivas a seguir a respeito dos aspectos da 
República Velha no Brasil.
I. O predomínio oligárquico, baseado na troca de fa-
vores entre as diversas instâncias do poder, visa-
va, sobretudo, combater os focos de tensão social
e oposição política, representados nas diversas
formas de organização dos trabalhadores rurais
nesse momento.
II. A campanha eleitoral, empreendida pelos chefes
políticos locais, pretendia atingir, principalmente,
os trabalhadores urbanos já alfabetizados e menos
embrutecidos pela “labuta pesada”, uma vez que
os da zona rural, intimidados pela violência física,
acabavam por votar de acordo com a vontade dos
“coronéis”.
III. A transformação operada no trabalhador rural,
na época das eleições, representava a marca de
um sistema político baseado na força dos chefes
locais sobre seus subordinados, impondo-lhes
seus candidatos e dispensando-os, somente nes-
sa ocasião, dos trabalhos que “engrossavam as
mãos”.
Assinale a assertiva correta.
a) I está correta, apenas.
b) II está correta, apenas.
c) III está correta, apenas.
d) I e II estão corretas, apenas.
e) I e III estão corretas, apenas.
52. (UNESP) Entre as manifestações místicas presentes
no Nordeste brasileiro no final do Império e nas pri-
meiras décadas da República, identificam-se
a) as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas à
defesa do protestantismo calvinista, e a litera-
tura de cordel, que cantava os mitos e as len-
das da região.
b) o cangaço, que realizava saques a armazéns
para roubar alimentos e distribuí-los aos famin-
tos, e o coronelismo, com suas práticas assis-
tencialistas.
c) a liderança do Padre Cícero, vinculada à di-
nâmica política tradicional da região, e o mo-
vimento de Canudos, com características de
contestação social.
d) a peregrinação de multidões a Juazeiro do Nor-
te, para pedir graças aos padres milagreiros, e
258258 3ª. série
54. (UNIMONTES – MG) Iniciada em outubro de 1912, na 
região Sul do país, a guerra do Contestado foi um 
conflito armado que opôs forças do governo fe-
deral e estadual a pessoas comuns que viviam na 
região disputada pelos estados de Santa Catarina 
e do Paraná. Estendeu-se por quatro anos, e esti-
ma-se que tenha deixado mais de 10 mil mortos.
Acerca da guerra do Contestado, é CORRETO afir-
mar que foi fruto da insatisfação de
a) uma significativa quantidade de ex-militares e 
trabalhadores negros demitidos sem justa causa 
pela companhia Brazil Railway, responsável pela 
construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande.
b) inúmeros sertanejos que viviam do cultivo agrá-
rio e da coleta na região em disputa e queforam 
expulsos após a cessão das terras a uma com-
panhia de exploração de madeira.
c) operários grevistas das oficinas e fábricas têx-
teis, notadamente mulheres, que reivindicavam 
melhores salários e diminuição da jornada de 
trabalho, que ultrapassava 14 horas por dia.
d) seguidores do monge Conselheiro, considerado 
Santo e Milagreiro, contrários às determinações 
do governo federal de se instituírem o casamento 
e os registros civis de nascimento e óbito no país.
55. (FGV – SP) Na primeira quinzena de julho de 1917, 
mais de 50 mil trabalhadores participaram de uma 
greve-geral na cidade de São Paulo. A respeito 
dessa greve, é correto afirmar que ela foi
a) deflagrada devido às perdas do poder de com-
pra dos salários dos trabalhadores em um con-
texto de aumento da inflação e ampliação dos 
lucros dos empresários.
b) provocada pela insatisfação dos operários bra-
sileiros devido à participação do país na Primei-
ra Guerra Mundial e a recorrente convocação 
de seus filhos para os combates na Europa.
c) influenciada pela Revolução Russa de 1917 e 
pelas movimentações mexicanas no mesmo 
ano, que mobilizaram camponeses e trabalha-
dores urbanos em diversos países.
d) dirigida por setores fascistas influenciados pela 
emergência dos movimentos de direita na Eu-
ropa e pela forte presença de trabalhadores de 
origem ítalo-germânica na cidade de São Paulo.
e) provocada pelas insatisfações dos imigrantes 
italianos que eram obrigados a se deslocar das 
fazendas de café do Oeste Paulista para traba-
lharem nas empresas estabelecidas na cidade 
de São Paulo.
56. (IFMG) 
O pós I Guerra Mundial provoca uma transformação 
em vários níveis no Brasil: intensifica-se a industrialização 
da economia; novas camadas urbanas se incorporam à 
luta social e política; a legitimidade do sistema político, 
dominada pelo grupo agrário-exportador, é colocada em 
questão e uma mutação ideológica se opera entre as eli-
tes intelectuais. O ano-chave do período é 1922. Nele 
eclodem quatro acontecimentos simbólicos que contêm, 
em embrião, a mutação da sociedade brasileira entre as 
duas guerras mundiais. 
Adaptado de TRINDADE, Hélgio. Integralismo. O fascismo brasileiro na 
década de 1930. 2ª ed. RJ-SP: Difel, 1979. P.07.
Selecione a opção que apresenta três aconteci-
mentos que, ocorridos em 1922, simbolizam as 
transformações estruturais que o texto sugere.
a) Movimento Tenentista – Semana de Arte Mo-
derna – Comemoração do Centenário da Inde-
pendência.
b) Semana de Arte Moderna – Fundação do Partido 
Comunista Brasileiro – Movimento Tenentista.
c) Fundação do Partido Comunista Brasileiro – Se-
mana de Arte Moderna – Revolução Constitu-
cionalista.
d) Comemoração do Centenário da Independên-
cia – Fundação do Partido Comunista Brasileiro 
– Movimento Tenentista.
57. (FGV – SP) 
A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da bur-
guesia do café, desenlace inscrito na própria forma de 
inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. 
Sem ser um produto mecânico da dependência exter-
na, o episódio revolucionário expressa a necessidade de 
reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, volta-
do essencialmente para um único gênero de exportação, 
se torna cada vez mais precário. 
FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.
A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar 
que ela
a) ocorreu devido à divisão das oligarquias bra-
sileiras num contexto de enfraquecimento da 
economia paulista.
b) foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís 
Carlos Prestes em aliança com a oligarquia 
gaúcha.
c) foi desencadeada pelo movimento operário in-
fluenciado pelo sucesso da Revolução Russa 
de 1917.
d) aconteceu devido à desaceleração da indústria 
paulista e às contestações das oligarquias nor-
destinas.
259259
História
Livro de atividades
e) foi provocada pelas desavenças entre as oligar-
quias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
58. (FUVEST – SP)
Produzida no contexto da implantação da ordem 
republicana no Brasil, esta imagem
a) caracteriza representação cívica inspirada na 
Revolução Francesa, adequada ao projeto de-
mocrático estabelecido pelos republicanos bra-
sileiros.
b) faz uso alegórico de um tema clássico para ex-
pressar o repúdio à exclusão da participação 
feminina nas instituições políticas do Império.
c) é uma alegoria da liberdade, da pátria e da na-
ção, que contrasta com os limites da cidadania 
na nova ordem brasileira.
d) emprega símbolo católico como estratégia para 
obter a adesão da Igreja e diminuir a animosida-
de dos movimentos messiânicos.
e) é expressão artística do projeto positivista de 
divulgar uma concepção da sociedade brasilei-
ra sintonizada com os ideais de eugenia.
59. (PUC-SP) 
Naquele jogo de dissimulações recíprocas, sem poder 
contar com a ajuda de baianos e pernambucanos, Getúlio 
tratou de procurar outro parceiro viável no Nordeste.
Décio Villares, A 
República (Museu 
Republicano, RJ, 
ca. 1900)
A intenção passara a se armar num tripé equilibrado, 
no qual a primeira perna estivesse bem fincada no Sul, 
em terras do Rio Grande; a segunda cravada no ‘centro’, 
em Minas; e por fim a terceira plantada no Norte – então, 
geograficamente, entendido como o conjunto de todos 
os estados brasileiros localizados da Bahia para cima. 
Getúlio voltou os olhos naturalmente para a Paraíba, ter-
ra do oligarca Epitácio Pessoa, ex-presidente da repúbli-
ca e então representante brasileiro na Corte Permanente 
de Justiça Internacional, sediada em Haia, na Holanda, 
onde permaneceria até agosto de 1930.
Neto, L. Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder 
(1882-1930) 1.ed – São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 333.
Com base na leitura do texto, pode-se dizer que:
a) Neste momento, Getúlio Vargas estava rompen-
do com seus antigos inimigos para organizar, 
sob claro viés ideológico, a derrubada da pri-
meira república brasileira, conhecida mais tarde 
como República Oligárquica.
b) Em 1930, Getúlio mostrava-se claramente con-
vencido de que conseguiria destituir o governo 
Washington Luís sem necessidade de apoios 
oligárquicos.
c) Depois de articular uma ampla frente política, 
contrária à indicação de Júlio Prestes à suces-
são presidencial, incluindo velhos inimigos po-
líticos de outrora, em nome de uma maior visi-
bilidade nacional, Getúlio lança sua candidatura 
de oposição para as eleições de 1930, o que 
resultaria, pouco mais tarde, no movimento co-
nhecido como Revolução de 1930.
d) As propostas da chamada Aliança Liberal, fren-
te de oposição à candidatura de Júlio Prestes, 
encampada por Getúlio e João Pessoa, tinha 
um espectro pouco ideológico, incluindo, em 
nome do pragmatismo político, partidos com 
claro viés socialista, o que levou ao imediato 
apoio de Luís Carlos Prestes ao movimento re-
volucionário de 1930.
O MUNDO ENTREGUERRAS 
60. (UNICAMP – SP) 
Na Era da Catástrofe (1914-1945), com a Grande De-
pressão desencadeada pela crise de 1929, tornava-se cada 
vez mais claro que a paz, a estabilidade social, a economia, 
as instituições políticas e os valores intelectuais da socie-
dade liberal burguesa entraram em decadência ou colapso.
Adaptado de E. J. Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX, 
1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 112. 
A partir do excerto acima e dos conhecimentos so-
bre o período histórico que vai de 1914 a 1945, é 
correto afirmar: 
a) A crise de 1929 e as guerras mundiais levaram 
ao colapso do liberalismo político e econômico 
na Europa e, ao mesmo tempo, à expansão das 
democracias liberais em países africanos e do 
Oriente Médio.
260260 3ª. série
b) As soluções para a crise de 1929 centraram-se 
em um aprofundamento das políticas liberais 
do New Deal, que promoviam responsabilidade 
fiscal e diminuição do papel do Estado como 
motor de desenvolvimento. 
c) São marcos da crise do liberalismo na Europa: o 
colapso das principais democracias, a ascensão 
de governos totalitários e autoritários e a des-
crença no livre-mercadoapós a crise de 1929. 
d) Verificou-se nesse período o colapso das de-
mocracias liberais, com a ascensão do totali-
tarismo na Europa, e o aumento das liberdades 
econômicas, com a diminuição do papel do Es-
tado como solução para a crise de 1929. 
61. (IFMG) 
Na década de 1930, no Japão, colocou-se especial 
ênfase na defesa do caráter sagrado do sistema imperial, 
na inviolabilidade da política nacional, na singularidade e 
na superioridade da raça japonesa e de sua história. A 
origem deste tipo de mentalidade remonta conceitual-
mente a um grupo de intelectuais da Era Tokugawa, 
embora este grupo não se caracterizasse por ideias 
chauvinistas ou fascistas como foi o caso dos ultrana-
cionalistas da década de 1930.
Adaptado de HANE, Mikiso. Breve historia de Japón. 3.ed. Madrid: 
Alianza Editorial: 2011. p. 243.
O texto apresentado faz referência ao pensamen-
to político japonês na década de 1930. A partir da 
análise do texto apresentado e de seus conheci-
mentos sobre a época a que ele se refere, escolha, 
dentre as afirmações abaixo, aquela que melhor 
define o período e seus desdobramentos. 
a) o fascismo foi um fenômeno tipicamente italia-
no, único em seu nacionalismo antissocialista e 
antiliberal. 
b) o fascismo e o nazismo foram faces de uma 
mesma moeda que apostou no antiliberalismo 
para valorizar o socialismo em seus países. 
c) o fascismo não se restringiu à Itália, alcançando 
vários outros países na década de 1930, como 
o Japão, que o texto apresenta. 
d) o fascismo foi sempre ultranacionalista, alcan-
çando o governo em todos os países em que 
existiu no período indicado.
62. (UNIMONTES – MG) O nazifascismo eclodiu na Euro-
pa no período entreguerras. Seu desenvolvimento 
está ligado a um contexto de miséria proporciona-
do pelas consequências da Primeira Guerra Mun-
dial e da crise de 1929. Sobre o ideário nazifascis-
ta, é CORRETO afirmar que:
a) O internacionalismo é uma das bandeiras dessa 
ideologia, já que os nazifascistas acreditavam 
na união das nações, de supremacia branca, 
para combater a crise posta.
b) O fator democrático estava inserido entre os 
preceitos defendidos pelo nazifascismo, pois o 
povo estava organizado em corporações sindi-
cais que governavam o país através do partido 
fascista.
c) As ofensivas fascistas na Guerra Civil espanho-
la, vencida pelos antifascistas, foram uma de-
monstração de força do poderio militar de Hitler 
e Mussolini.
d) O militarismo era um instrumento poderoso do 
nazifascismo, porque a única possibilidade de 
salvaguardar a nação, na visão de seus adep-
tos, era a via bélica.
63. (FUVEST – SP) O futurismo de Marinetti e o fascismo 
de Benito Mussolini têm em comum
a) a constatação da falência cultural da Itália, que se 
agarrou ao passado romano e ignorou os gran-
des avanços da Primeira Revolução Industrial.
b) o desejo de proporcionar aos cidadãos italianos 
o acesso aos bens de consumo e a implantação 
do Estado de bem-estar social.
c) o esforço de modernização cultural e a tentativa 
de demolir as edificações que restaram do pas-
sado romano.
d) a valorização e a adoção das bases e dos prin-
cípios das teorias revolucionárias anarquistas e 
socialistas.
e) a glorificação da ideologia da guerra e da velo-
cidade proporcionada pelos avanços técnicos e 
militares.
64. (FGV – SP) Com a vitória do general Francisco Fran-
co na Guerra Civil espanhola (1936-1939), milhares 
de refugiados espanhóis procuraram asilo no terri-
tório francês. Os jornais da extrema direita france-
sa comentaram a chegada dos republicanos espa-
nhóis.
[...] na extrema direita, a publicação do Partido So-
cial Francês, Le Petit Journal, [afirma] que “a derrocada 
dos marxistas espanhóis” impõe a proteção do território. 
“O exército do crime está na França. O que você fará 
a respeito?” é a manchete do semanário antissemita 
Gringoire. No dia 8 de fevereiro, o jornal literário Candide 
tocou o alarme: “Toda a escória, toda a gentalha de 
Barcelona, todos os assassinos, os comunistas, os 
carrascos, os profanadores, todos os ladrões, todos 
os hereges saqueadores, todos os amotinados sem 
261261
História
Livro de atividades
escrúpulos explodiram em nosso solo”. [...] O Action 
Française, uma “publicação do nacionalismo integral”, 
pragueja: “A França real não quer servir de depósito para 
criminosos e assassinos”. 
Anne Mathieu. “Em 1939, mergulhados nos campos de refugiados 
espanhóis na França”. Le monde diplomatique Brasil, agosto de 2019.
A reação violenta da extrema direita francesa de-
monstra
a) a crítica das organizações conservadoras à par-
ticipação de tropas francesas na Guerra Civil e 
a iminente ascensão dos partidos fascistas ao 
governo francês.
b) o isolamento da ditadura espanhola em uma 
Europa democrática e o fechamento da frontei-
ra francesa com a Espanha franquista.
c) a restrição à liberdade de expressão na França 
e a censura governamental às publicações de 
natureza extremista.
d) o conteúdo internacionalizante da guerra civil e 
a existência de partidos políticos nacionais sim-
patizantes com governos autoritários europeus.
e) a propagação de guerras civis nos países da 
Europa Ocidental e o enfraquecimento da eco-
nomia capitalista no continente.
65. (FUVEST – SP) 
Como proteção contra a fantasia e a demência finan-
ceiras, a memória é muito melhor do que a lei. Quando 
a lembrança do desastre de 1929 se perdeu no esque-
cimento, a lei e a regulação não foram suficientes. A his-
tória é extremamente útil para proteger as pessoas da 
avareza dos outros e delas mesmas.
John Kenneth Galbraith, O grande crash, 1929.
a) Indique duas das características principais do 
que o autor chama de “desastre de 1929”.
b) Identifique algum fenômeno posterior, compa-
rável ao “desastre de 1929”, estabelecendo se-
melhanças e diferenças entre ambos.
66. (UNESP)
A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra.
A justiça sem a força é uma palavra sem sentido.
Nós sonhamos com a Itália romana.
Os três lemas acima foram amplamente divulgados 
durante o governo de Benito Mussolini (1922-1943) 
e revelam características centrais do fascismo ita-
liano:
a) a perseguição aos judeus, a liberdade de ex-
pressão e a valorização do direito romano.
b) o culto ao corpo, o pacifismo e a ânsia de voltar 
ao passado.
c) o nacionalismo, a valorização do espírito clássi-
co e o materialismo.
d) a beligerância, o culto à ação e o esforço ex-
pansionista.
e) o revanchismo, a socialização da economia in-
dustrial e a perseguição aos estrangeiros.
67. (PUC – CAMPINAS) A ideia de que o líder e o Estado 
poderiam proteger os trabalhadores foi bastante 
disseminada durante o fascismo e contribuiu para 
ampliar a adesão das massas a essa ideologia. As-
sinale a proposição que contém outros fatores que 
contribuíram para o surgimento e a aprovação po-
pular do fascismo na Itália.
a) Identificação cultural entre as populações ita-
lianas e alemãs, que favoreceu a implantação, 
pela Alemanha, do Partido Nazifascista na Itália.
262262 3ª. série
b) Nacionalismo frustrado em razão dos resulta-
dos da I Guerra e descontentamento geral de-
corrente de grave crise econômica vigente.
c) Dificuldades no funcionamento do governo ante-
rior devido à crise do presidencialismo, às fortes 
disputas partidárias e às divergências regionais.
d) Expansão do marxismo na Itália, favorecendo 
a propagação do ideário radical presente nos 
discursos extremistas de Mussolini.
e) Enfraquecimento do catolicismo por parte da 
população italiana em contraposição ao cresci-
mento do individualismo e do liberalismo.
68. (UNESP) 
Em minha proclamação como Rei, já há quase qua-
tro décadas, assumi o firme compromisso de servir aos 
interesses gerais da Espanha, com o afã de que os ci-
dadãos chegassem a ser os protagonistas do seu pró-
prio destino, e nossa Nação, uma democracia moder-
na, plenamente integrada na Europa. Propus-me então 
a encabeçar a apaixonante tarefa nacional que permitiu 
aos cidadãos elegerem seus legítimos representantese 
levarem a cabo essa grande e positiva transformação da 
Espanha, da qual tanto necessitávamos. Hoje, quando 
BRASIL: ERA VARGAS 
olho para trás, não posso sentir senão orgulho e gratidão 
por vocês.
 Discurso de abdicação do Rei Juan Carlos, da Espanha, 
em 02.06.2014. http://brasil.elpais.com
A ascensão de Juan Carlos ao trono da Espanha, 
mencionada no texto, deu-se com
a) o fim da Guerra Civil Espanhola, vencida pelos 
fascistas, que extinguiram a república e reins-
tauraram a monarquia no país.
b) a revolução social encabeçada pelos republica-
nos, que contaram com amplo apoio de tropas 
internacionais de voluntários.
c) a derrota dos movimentos separatistas basco e 
catalão, que, durante a ditadura franquista, ha-
viam provocado a fragmentação política e terri-
torial da Espanha.
d) a incorporação da Espanha à União Europeia, 
após o golpe monárquico que derrubou o regi-
me fascista que controlou o país por quase qua-
tro décadas.
e) o início de um processo amplo de redemocrati-
zação do país, após ter atravessado quase qua-
tro décadas sob a ditadura franquista.
69. (FMJ – SP) 
Art. 1.º Este regulamento dispõe sobre a entrada e 
a permanência de estrangeiros no território nacional, 
sua distribuição e assimilação e o fomento do trabalho 
agrícola. Em sua aplicação ter-se-á em vista preservar 
a constituição étnica do Brasil, suas formas políticas e 
seus interesses econômicos e culturais. 
Art. 2.º O número de estrangeiros de qualquer na-
cionalidade admitidos anualmente no Brasil em caráter 
permanente não poderá exceder a quota fixada neste 
regulamento. 
Art. 3.º A quota a que se refere o artigo anterior cor-
responde a dois por cento (2%) do número de estrangei-
ros da mesma nacionalidade que entrarem no país, com 
o mesmo caráter, no período de 1º. de janeiro de 1884 a 
31 de dezembro de 1933.
Decreto-lei nº. 3.010, de 20 de agosto de 1938. www.camara.leg.br. 
Analisando-se a legislação, pode-se considerar 
que
a) a política imigratória do Estado Novo teve ca-
racterísticas nacionalistas.
b) a intenção governamental era levar estrangeiros 
para as regiões despovoadas.
c) a lei abria o território à entrada descontrolada 
de imigrantes.
d) o objetivo governamental era fechar o país à en-
trada de estrangeiros.
e) a verdadeira intenção do governo era evitar a 
entrada de portugueses.
70. (UNICAMP – SP) 
Na Lei Orgânica do Ensino Secundário de 9 de abril 
de 1942, podemos ler: 1. É recomendável que a edu-
cação secundária das mulheres se faça em estabele-
cimentos de ensino de exclusiva presença feminina. 2. 
Incluir-se-á nas terceira e quarta séries do curso ginasial 
e em todas as séries dos cursos clássico e científico a 
disciplina de economia doméstica. 3. A orientação me-
todológica dos programas terá em mira a natureza da 
personalidade feminina, bem como a missão da mulher 
dentro do lar.
Adaptado de Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro (org.), Nova 
História das Mulheres. São Paulo: Contexto, 2012, p. 337.
263263
História
Livro de atividades
a) Cite duas mudanças na legislação que afetaram 
a condição feminina no Brasil nas décadas de 
1930 e 1940.
b) Qual o papel desejado para a mulher durante o 
Estado Novo (1937-1945)?
71. (UNICAMP – SP) 
Em janeiro de 1932, o aniversário de São Paulo foi 
comemorado com enorme comício na Praça da Sé. A 
multidão empunhava bandeiras do Estado, além de 
cartazes com palavras de ordem como ‘Tudo pelo Brasil! 
Tudo por São Paulo!’, ‘Abaixo a ditadura!’, ou ainda 
‘Constituição é Ordem e Justiça!’. 
Ilka Stern Cohen, “Quando perder é vencer”. Revista de História da 
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, jul. 2012. 
Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/dossie-
imigracao-italiana/quando-perder-e-vencer>. 
Acessado em 05/10/2012.
a) Aponte dois aspectos que contribuíram para a 
tensão entre o governo Vargas e o Estado de 
São Paulo, em 1932.
 
b) Explique por que a Constituinte era uma reivin-
dicação dos paulistas.
 
264264 3ª. série
72. (UNESP) 
Getúlio Vargas paira entre palavras e imagens. Em um dos quadros, sorridente, ladeado de escolares também sorri-
dentes, Getúlio toca o rosto de uma menina; ao seu lado, um menino empunha a bandeira nacional. Os textos são todos 
conclamativos e supõem sempre uma voz a comandar o leitor infantil e a incitá-lo para a ação. A mesma getulização dos 
textos escolares se faz presente na ampla literatura encomendada pelo DIP [...]. 
Alcir Lenharo. Sacralização da política, 1986.
Explique o que o autor chama de “getulização dos textos escolares” e analise o papel do DIP (Departamento 
de Imprensa e Propaganda) durante o Estado Novo (1937-1945).
73. (UEMG) O movimento Integralista no Brasil surge com ideais fascistas, 
alimentado de um forte sentimento nacionalista. Em 1932, havia uma 
proposta integralista de defender uma sociedade organizada hierar-
quicamente, com rigidez e disciplina. Tal movimento sofreu oposição 
radical da Aliança Nacional Libertadora (ANL), que unia diversos mili-
tantes de esquerda, principalmente os comunistas. 
Considerando o contexto político desse período, marque a opção 
que apresenta as propostas da ANL para a política brasileira: 
a) proximidade do Brasil com o governo nazista; endividamento do 
Estado para promover emprego; abertura do comércio para pro-
dutos importados; investimento armamentista. 
b) suspensão do pagamento da dívida externa; nacionalização das 
empresas estrangeiras; liberdade individual; repúdio ao fascismo; 
criação de um governo popular; reforma agrária.
c) estabelecimento dos ideais da economia norte-americana e do 
estilo de vida capitalista; adoção de uma política neoliberal; con-
sumismo; abertura ao capital estrangeiro. 
d) sucateamento da máquina do governo; revolta popular sem par-
ticipação militar; não interferência do governo brasileiro nos inte-
resses das classes políticas estaduais. 
74. (MACKENZIE – SP) 
[…] a herança do tempo de Vargas se materializou em instituições e projetos que extrapolam o contexto em que 
emergiram e continuaram a influenciar nossa história social depois do trágico suicídio. O suicida continuou presente, 
como referência positiva ou negativa, para os homens que pretendiam fazer o futuro, e que consideravam que o passado 
que herdavam era marcado sobretudo pela figura do estadista. 
Pedro Paulo Zahluth Bastos e Pedro Cezer Dutra Fonseca (orgs). “Apresentação”. In: A Era Vargas: 
Desenvolvimento, Economia e Sociedade. São Paulo: Editora UNESP, 2012, p. 8. 
Podemos citar, como herança do tempo de Vargas 
 � Esta é a imagem de um cartaz convocando 
o povo para um comício da Aliança Nacional 
Libertadora.
(www.cecac.org.br. Acesso:12/8/2013. Adaptado.)
265265
História
Livro de atividades
a) o populismo, pois é um dos motivos pelas críticas internacionais feitas aos governos recentes do Brasil, 
habituados ao mandonismo local e à censura. 
b) a política trabalhista, uma vez que praticamente toda a legislação atualmente em vigor foi elaborada du-
rante a Era Vargas. 
c) o poder coercitivo sobre a população, já que tanto naquela época quanto atualmente os presidentes são 
oriundos de grupos latifundiários autoritários. 
d) a manipulação e censura à imprensa, prática de raízes históricas e de difícil superação no Brasil, em fun-
ção do controle estatal dos meios de comunicação. 
e) a política industrial, pois o intervencionismo é o aspecto mais marcante tanto da Era Vargas quanto dos 
governos pós-Regime Militar. 
75. (ESPM – SP) 
A institucionalização da Revolução de 1930 veio com a promulgação da terceira Constituição brasileira, em 16 de 
julho de 1934. Era preservado o liberalismo e o presidencialismo, mantida a independência dos três poderes, além de se 
fixar em caráter excepcional a eleição do primeiro presidente por voto indireto da Assembleia Constituinte, Getúlio Vargas 
foi confirmado na presidência.
Luís César Costa e Leonel Itaussu Mello. História do Brasil.
A Constituição brasileira mencionada no texto instituiu:a) o voto a descoberto, direto e universal, mas proibido a mendigos, analfabetos, religiosos de ordens mo-
násticas e mulheres.
b) o presidente era eleito para um mandato de seis anos, tinha o poder de dissolver o Congresso, reformar 
a Constituição e legislar por decretos. 
c) a eleição indireta do presidente e do vice-presidente por um Colégio Eleitoral e direito do presidente baixar 
decretos com força de lei.
d) o voto direto para presidente, em dois turnos, habeas data (permite aos cidadãos conhecerem informa-
ções de caráter particular ou geral em órgãos públicos ou bancos de dados do governo).
e) o voto secreto e feminino, salário mínimo, descanso semanal e férias remuneradas, 8 horas de trabalho 
diário, previdência social, autonomia dos sindicatos.
76. (PUC-SP) Em relação ao governo de Getúlio Vargas, podemos AFIRMAR que
a) principalmente no período do Estado Novo, se alinhava ao modelo autoritário e centralizador que entendia 
como pressuposto para o crescimento da nação e capacidade de governar, o controle das Forças Arma-
das, o corporativismo e a aproximação da Igreja Católica.
b) logo após a tomada do poder em 1930, Vargas contou com apoio total das Forças Armadas, sobretudo 
da Marinha; e das elites paulistas que, em 1932, lhe garantiam apoio econômico necessário para a imple-
mentação de seu modelo político. 
c) se apropriava de ideias marxistas, a fim de promover plenamente o capitalismo para, superando este 
modelo, poder implantar o comunismo no Brasil, o que se daria pela aliança entre as classes. 
d) foi marcado, no Estado Novo, pelo crescimento e divulgação de uma propaganda a favor do governo, 
liderada pelo DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – que, dentre outras coisas, estimulava a 
livre produção das artes.
77. (PUC-SP) 
Naquele jogo de dissimulações recíprocas, sem poder contar com a ajuda de baianos e pernambucanos, Getúlio 
tratou de procurar outro parceiro viável no Nordeste. A intenção passara a se armar num tripé equilibrado, no qual a 
primeira perna estivesse bem fincada no Sul, em terras do Rio Grande; a segunda cravada no “centro”, em Minas; e por 
fim a terceira plantada no Norte – então, geograficamente, entendido como o conjunto de todos os estados brasileiros 
localizados da Bahia para cima. Getúlio voltou os olhos naturalmente para a Paraíba, terra do oligarca Epitácio Pessoa, 
ex-presidente da república e então representante brasileiro na Corte Permanente de Justiça Internacional, sediada em 
Haia, na Holanda, onde permaneceria até agosto de 1930.
Neto, L. Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930) 1.ed – São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.333
266266 3ª. série
Com base na leitura do texto, pode-se dizer que: 
a) Neste momento, Getúlio Vargas estava rompendo com seus antigos inimigos para organizar, sob claro 
viés ideológico, a derrubada da primeira república brasileira, conhecida mais tarde como República Oli-
gárquica. 
b) Em 1930, Getúlio mostrava-se claramente convencido de que conseguiria destituir o governo Washington 
Luís sem necessidade de apoios oligárquicos. 
c) Depois de articular uma ampla frente política, contrária à indicação de Júlio Prestes à sucessão presiden-
cial, incluindo velhos inimigos políticos de outrora, em nome de uma maior visibilidade nacional, Getúlio 
lança sua candidatura de oposição para as eleições de 1930, o que resultaria, pouco mais tarde, no mo-
vimento conhecido como Revolução de 1930. 
d) As propostas da chamada Aliança Liberal, frente de oposição à candidatura de Júlio Prestes, encampada 
por Getúlio e João Pessoa, tinha um espectro pouco ideológico, incluindo, em nome do pragmatismo 
político, partidos com claro viés socialista, o que levou ao imediato apoio de Luís Carlos Prestes ao mo-
vimento revolucionário de 1930.
78. (PUC – CAMPINAS)
A senhora já deve ter lido que em 1930 os gaúchos invadiram a capital, amarraram seus cavalos no obelisco e jo-
garam nossas tradições no lixo. Tempos mais tarde um prefeito esclarecido reabilitou meu pai, dando seu nome a um 
túnel. Mas vieram os militares e destituíram papai pela segunda vez, rebatizaram o túnel com o nome de um tenente que 
perdeu a perna.
Chico Buarque. Leite derramado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 77
A invasão descrita no texto foi resultante
a) da ação da Aliança Libertadora, comandada pela elite gaúcha que, insatisfeita com a Política do “café 
com leite” que só beneficiava Minas Gerais e São Paulo, decide tomar o poder.
b) da decisão de políticos identificados com a Aliança Liberal, aliados a tenentes, em impedir a posse de Jú-
lio Prestes, que havia sido eleito presidente em 1930 e representava os interesses da oligarquia paulista.
c) da investida da Coluna Prestes, a maior ação militar vinculada ao tenentismo, após percorrer diversos 
estados brasileiros e solicitar apoio de diversos setores sociais para destituir o sistema político vigente.
d) do golpe empreendido por Getúlio Vargas, tenente gaúcho que se candidatara à presidência, mas perdera 
as eleições, e conquistara o apoio popular necessário para garantir seu governo revolucionário.
e) da reação das oligarquias do Rio Grande do Sul e de São Paulo ao poder hegemônico proveniente da 
capital, Rio de Janeiro, que até então comandava econômica e politicamente a chamada República Velha.
POPULISMO NO BRASIL 
79. (PUC-SP) O suicídio de Getúlio Vargas, em agosto de 1954, foi provocado, entre outros fatores, 
a) pela campanha contrária a seu governo unanimemente desenvolvida pela imprensa escrita, pela dificuldade 
de articular uma candidatura de sucessão e pelas recentes derrotas eleitorais de seu partido político.
b) pela perda do apoio do operariado, pela oposição dos sindicatos e das centrais operárias e pela insatis-
fação popular com a criação da legislação trabalhista. 
c) pelas dificuldades políticas e econômicas enfrentadas durante o mandato, pela forte oposição parlamen-
tar e pela crise provocada pelo atentado contra um de seus adversários políticos. 
d) pela reação popular a seu governo ditatorial, pelas pressões internacionais pela redemocratização e pela 
perda do apoio político da burguesia nacionalista. 
e) pelas reações contrárias a seu projeto de abertura do país ao capital estrangeiro, pelo aumento significa-
tivo da dívida externa e pela crise com os setores militares após o chamado Comício da Central.
267267
História
Livro de atividades
80. (FUVEST – SP) 
Subindo ao poder em outubro de 1930, Getúlio Vargas nele permaneceu por quinze anos, sucessivamente, como 
chefe de um governo provisório, presidente eleito pelo voto indireto e ditador. Deposto em 1945, seria eleito presidente 
pelo voto popular em 1950, não chegando a completar o mandato por se suicidar em 1954.
Boris Fausto. História do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 1995, p. 331. Adaptado. 
O primeiro período de governo de Getúlio Vargas (1930-1945) iniciou-se com um golpe; o último (1951-1954), 
com um processo eleitoral direto.
a) Identifique outras duas diferenças entre esses períodos. 
b) Caracterize as relações entre o Brasil e os Estados Unidos da América em cada um desses períodos.
81. (FGV – SP) Leia um trecho de uma entrevista com o historiador Francisco Alembert.
(...) os governos vêm sucessivamente utilizando a retórica, a imagem e o mito do governo de Juscelino, por isso ele con-
tinua tão forte e tão presente. Mas há também algo em comum na utilização de JK por esses governos. De uma forma ou de 
outra, eles procuram justificar o crescimento econômico dentro da democracia. Ele agradava a burguesia, porque se mostrava 
um governo modernizador, e também agradava a esquerda, mesmo não tendo uma política de esquerda. Mas alcançou um 
crescimento realmente fantástico, nunca visto antes. O grande problema é que isso não foi dividido por toda a sociedade. 
Disponível: www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=102&materia=281. Acesso em 20.08.2014.
A partir da entrevista, é correto afirmar que o chamado mitoJK
a) fundamenta-se em dois avanços essenciais do governo Juscelino Kubitscheck: a eficiente política de 
combate às disparidades regionais, o que garantiu um enorme crescimento econômico do Nordeste, e a 
melhoria da distribuição de renda nacional por meio dos aumentos salariais do operariado.
b) tem sido alimentado por diversos governos brasileiros, mesmo com posturas ideológicas diferentes, por-
que o ex-presidente pode ser lembrado como o autor de um importante processo de abertura da econo-
mia, como também o artífice de um desenvolvimento econômico acelerado. 
c) constituiu-se a partir da competência única do presidente da República em amarrar as lideranças políticas 
da UDN, do PTB e do PSD ao projeto de mudança da capital e construção de Brasília, compreendida por 
todas essas forças políticas democráticas como necessidade para o desenvolvimento nacional. 
d) baseia-se na capacidade política do então presidente brasileiro, líder de uma grande negociação entre as 
forças econômicas e políticas nacionais, que efetivou um processo de reforma agrária progressista, além 
da extensão dos direitos trabalhistas aos homens do campo. 
e) está vinculado à reconhecida sensibilidade política de Juscelino Kubitscheck, que foi capaz de articular 
todas as principais forças políticas nacionais, formando um governo de coalizão de centro esquerda, com 
a participação das mais representativas lideranças da UDN e do PSB.
268268 3ª. série
82. (UNICAMP – SP) 
Vistas em conjunto, as aspirações ruralistas não 
eram contraditórias ou incompatíveis com o programa 
desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. A ideia de 
incompatibilidade entre o projeto nacional desenvolvi-
mentista e os interesses agrários era uma ficção.
 Adaptado de Vânia Moreira, “Os Anos JK: industrialização e modelo 
oligárquico de desenvolvimento rural”, em Jorge Ferreira e Lucília 
Delgado (Orgs.), O Brasil Republicano. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2003, p. 169-170.
Considerando a composição do setor rural nacio-
nal e o programa desenvolvimentista do governo 
JK, é correto afirmar que: 
a) A “Marcha para o Oeste” obteve grande êxito 
porque, além dos grandes ruralistas, conseguia 
atender também aos interesses dos pequenos 
posseiros, trabalhadores sem-terra e indígenas.
b) O desenvolvimentismo atendia às ambições da 
oligarquia rural, em função das políticas de mo-
dernização da agricultura, permitindo que ela se 
beneficiasse da expansão do mercado consu-
midor, um dos desdobramentos da industriali-
zação. 
c) O Plano de Metas do governo JK fracassou por-
que os interesses do agronegócio se mostraram 
posteriormente inconciliáveis com as deman-
das da velha oligarquia rural das regiões Norte e 
Centro-Oeste. 
d) Os interesses agrários e o projeto de industria-
lização do nacional-desenvolvimentismo eram 
compatíveis porque o Partido Trabalhista Bra-
sileiro era composto principalmente pela oligar-
quia rural.
83. (UEMG) As estrofes a seguir pertencem à música de 
Teixeirinha, denominada “24 de agosto”, produzida 
em 1962 e presente na 6ª faixa do disco LP “Sau-
dades de Passo Fundo”. A música homenageia 
Getúlio Vargas. 
“Vinte e quatro de agosto a terra estremeceu 
Os rádios anunciaram o fato que aconteceu 
As nuvens cobriram o céu, o povo em geral sofreu 
O Brasil se vestiu de luto, Getúlio Vargas morreu! 
Seu nome ficou na história pra nossa recordação 
Seu sorriso era a vitória da nossa imensa nação 
Com saúde, ele venceu guerra e revolução 
Depois foi morrer à bala pela sua própria mão”. 
(Adaptado) 
Considerando a letra da música e os conhecimen-
tos históricos sobre o tema, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) O título da música refere-se à data em que Getú-
lio Vargas cometeu suicídio, em 1954, deixando 
uma carta-testamento, cuja autenticidade não 
foi devidamente comprovada, na qual consta a 
frase “Saio da vida para entrar na história”. 
b) A “guerra” à qual a música se refere é a Se-
gunda Guerra Mundial, da qual o Brasil partici-
pou, através da Força Expedicionária Brasileira 
(FEB), lutando ao lado dos aliados em território 
italiano. 
c) A homenagem de Teixeirinha quer destacar a 
popularidade de Getúlio Vargas, conhecido por 
ser o “Pai dos Pobres”. Esse codinome prova-
velmente está relacionado, entre outros fatores, 
ao fato de Getúlio Vargas adotar uma política 
trabalhista, com a criação da CLT (Consolida-
ção das Leis do Trabalho), sendo responsável 
pelas concepções da Carteira de Trabalho, da 
Justiça do Trabalho e do salário mínimo. 
d) A revolução mencionada na música diz respeito 
à Revolução Constitucionalista de São Paulo, 
também conhecida como Guerra Paulista, mo-
vimento armado que ocorreu no segundo go-
verno de Getúlio Vargas, a favor de suas políti-
cas populistas.
84. (UNESP)
Analise o cartaz da campanha presidencial do Ma-
rechal Henrique Teixeira Lott para responder às 
questões de números e 39 e 40. 
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História
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39. O cartaz, que foi empregado na campanha para 
a Presidência da República em 1960,
a) confirma a presença de Vargas como principal 
articulador da candidatura de Lott e relembra as 
dificuldades na construção da nova Capital.
b) demonstra a aliança do conjunto das classes 
sociais brasileiras com Lott e defende a neces-
sidade de unidade política na busca pelo pro-
gresso do país.
c) celebra o desenvolvimentismo dos governos ante-
riores e alerta para o risco iminente de golpe militar.
d) ressalta a aliança partidária construída em torno 
do nome de Lott e destaca a continuidade polí-
tica que sua candidatura representa.
e) apresenta a candidatura de Lott à presidência 
como expressão do populismo e do esforço de 
incorporar os setores trabalhadores à política.
40. A forma como Juscelino Kubitschek é represen-
tado no cartaz
a) associa a construção de Brasília ao desbrava- 
mento do interior do país e sugere um projeto 
de integração nacional.
b) expressa o esforço para que ele seja aceito pelo 
eleitorado, que sempre o rejeitou por ser des-
cendente de imigrantes.
c) questiona o autoritarismo de seu governo e a 
impopularidade do projeto de transferência da 
Capital para Brasília.
d) caracteriza a inauguração da nova Capital como 
estratégia de afastar o poder federal dos princi-
pais centros econômicos do país.
e) é uma crítica ao arcaísmo de suas ações políti-
cas e uma defesa da modernização econômica 
e política do país.
BRASIL: DÉCADAS DE 1960, 1970 E 1980 
85. (PUC-SP) e) destaca o uso político da mídia pelo presidente 
João Goulart e critica a influência do rádio e da 
televisão no cotidiano dos brasileiros.
86. (PUC-SP) O regime militar brasileiro (1964-1985) 
teve, entre suas características mais destacadas,
a) a contínua defesa da democracia e a restrição à 
difusão do ideário socialista. 
b) o autoritarismo político e a limitação da organi-
zação político-partidária. 
c) a implantação da indústria de base e o abando-
no dos programas de estímulo à agricultura. 
d) o forte nacionalismo e a rejeição à influência 
norte-americana e britânica. 
e) a política econômica de base liberal e a comple-
ta desestatização da economia.
87. (FGV – SP) Em 1966, Carlos Lacerda procurou an-
tigos adversários políticos, como João Goulart e 
Juscelino Kubitschek, com o objetivo de organizar 
uma alternativa política à Ditadura Militar, contor-
nando os limites do bipartidarismo imposto pelo 
regime. Tal articulação ficou conhecida como
a) Movimento Democrático Brasileiro. 
b) Anistia Ampla, Geral e Irrestrita. 
c) Frente Ampla. 
d) Frente Popular. 
e) Diretas Já.
É correto afirmar que a charge, publicada em se-
tembro de 1963, 
a) celebra as reformas realizadas pelo presidente 
João Goulart e as interpreta como sendo resul-
tado das mobilizações populares. 
b) mostra que o golpe militar é iminente e que o 
presidente João Goulart defende a necessidade 
de reprimir os movimentos sociais. 
c) critica o presidente João Goulart e faz alusão a 
protestos, greves e forte crise política e social,que ocorriam durante seu governo. 
d) rejeita a autoridade do presidente João Goulart 
e defende a rebelião como única saída para su-
perar as dificuldades políticas e econômicas. 
BANDEIRA, Augusto. Correio da Manhã, 21.09.1963. Apud. Rodrigo 
Patto Sá Motta. Jango e o Golpe de 1964 na caricatura. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2006. p. 104.
270270 3ª. série
88. (UNICAMP – SP) O historiador Daniel Aarão Reis tem 
defendido que o regime instaurado em 1964 não 
seja conhecido apenas como “ditadura militar”, 
mas como “ditadura civil-militar”, pois contou com 
a participação civil. Para exemplificar o envolvi-
mento civil, é possível citar
a) manifestações populares como a “passeata dos 
100 mil”, a campanha pela anistia e as “Mar-
chas da família com Deus e pela liberdade”. 
b) a atuação homogênea do clero brasileiro e da 
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que 
temiam a instauração do comunismo no país.
c) a participação da população nas eleições parla-
mentares, legitimando as decisões políticas por 
meio de referendos.
d) o apoio de empresários, grupos midiáticos, po-
líticos civis e classes médias urbanas que da-
vam sustentação aos militares. 
89. (FMJ – SP) Leia fragmento da canção “Pra não dizer 
que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Essa 
canção concorreu no III Festival Internacional da 
Canção, em 1968, conquistando o segundo lugar.
Caminhando e cantando e seguindo a canção / So-
mos todos iguais braços dados ou não / Nas escolas, 
nas ruas, campos, construções / Caminhando e can-
tando e seguindo a canção / Vem, vamos embora, que 
esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, não espe-
ra acontecer / Vem, vamos embora, que esperar não é 
saber / Quem sabe faz a hora, não espera acontecer / 
Pelos campos há fome em grandes plantações / Pelas 
ruas marchando indecisos cordões / Ainda fazem da flor 
seu mais forte refrão / E acreditam nas flores vencendo o 
canhão / Vem, vamos embora, que esperar não é saber/ 
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
http://cmais.com.br
A letra da canção faz um apelo em benefício da
a) luta contra o regime autoritário, assim como 
contra a própria ordem capitalista. 
b) conciliação política entre as lideranças do regi-
me de exceção e os grupos oposicionistas. 
c) nova condição do Brasil: ausência de liber-
dade política, mas com desenvolvimento 
econômico. 
d) ampliação da luta parlamentar contra as medi-
das autoritárias, como o Ato Institucional n. 5 
– AI-5. 
e) propagação entre todos os brasileiros dos avan-
ços econômicos e sociais gerados pelos gover-
nos militares. 
90. (UNITAU – SP) O Ato Institucional número 5, decre-
tado em 1968, significou um endurecimento do 
regime militar. Indique a alternativa que apresenta 
as afirmativas CORRETAS sobre o AI-5, dentre as 
apresentadas abaixo. 
 I. Conferiu ao presidente da República poderes totais 
para reprimir e perseguir oposições. Ele passou 
a ter o poder de fechar o Congresso Nacional, 
as Assembleias Legislativas e as Câmaras de 
Vereadores.
 II. Extinguiu todos os partidos políticos existentes e 
criou apenas dois: um para apoiar o governo (Arena 
– Aliança Renovadora Nacional), e outro para fazer 
uma oposição controlada (MDB – Movimento 
Democrático Brasileiro). 
 III. Conferiu ao presidente poderes para suspender o 
habeas corpus. 
 IV. Estabeleceu o fim das eleições diretas para 
governadores e prefeitos das capitais. 
 V. Deu ao governo poderes para elaborar uma nova 
Constituição.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) III e IV
e) IV e V
91. (UNESP – SP) Com que roupa?
Chico Caruso. Jornal do Brasil, 20.07. 1979.
A charge é de 1979, ano em que João Figueiredo 
assumiu a Presidência da República. Sua dúvida 
em relação à roupa é uma alusão 
a) ao estilo de vida de um homem, formado em 
quartéis militares e habituado à formalidade das 
cerimônias oficiais. 
271271
História
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b) à oscilação, característica de seu governo, en-
tre a defesa de posições ideológicas de direita 
e de esquerda. 
c) à decisão de renunciar ao cargo, em meio ao 
conflito pelo poder entre distintos setores das 
Forças Armadas. 
d) às denúncias de risco de golpe de esquerda, 
que atravessavam o país após o fim do regime 
militar. 
e) às dificuldades da abertura política, cuja forma 
e ritmo provocavam tensões e divergências en-
tre civis e militares.
92. (UNESP) A chamada “abertura política”, do final da 
década de 1970 e início da década de 1980, foi um 
fator importante, ao lado de outros, para o encer-
ramento do regime militar e para a redemocratiza-
ção brasileira. Caracterize essa “abertura”, citando 
dois exemplos de ocorrências relacionadas a ela.
93. (UFMG) 
A edição do AI-2 não deixava dúvidas acerca das in-
tenções políticas do novo regime em perpetuar-se no po-
der. Ao mesmo tempo, porém, procurava dar ao regime 
uma fachada democrática: ao extinguir todos os partidos 
políticos então existentes, substituía-os por dois únicos 
partidos: a Aliança Renovadora Nacional (Arena) – gover-
nista – e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) – su-
postamente congregando a oposição, mas limitado em 
sua organização e no campo das manifestações públicas. 
NAPOLITANO, Marcos. O regime militar brasileiro: 1964-1985. São 
Paulo: Atual, 1998.
Com relação aos primeiros anos da ditadura civil-
-militar no Brasil, é correto afirmar que:
a) o golpe que instaurou o novo regime foi arquite-
tado exclusivamente por militares, preocupados 
em afastar definitivamente a sociedade civil da 
política. 
b) o regime civil-militar praticou o alinhamento 
com os Estados Unidos, apesar de este último 
ter sido contra a implantação de um governo 
autoritário no Brasil, devido à defesa dos valo-
res democráticos. 
c) a base do golpe civil-militar de 1964 pode ser 
percebida na defesa das Reformas de Base pe-
los militares, pelos setores empresariais e pela 
oposição de João Goulart, que pensava que 
tais reformas prejudicariam a entrada de capi-
tais estrangeiros no país. 
d) a Lei de Segurança Nacional, promulgada conco-
mitantemente à Constituição de 1967, pretendia 
facilitar a atuação de órgãos de segurança do Es-
tado contra os denominados “inimigos internos”.
94. (UFMG) Leia este texto:
O ano de 1968 é quase sempre visto como o clímax 
da contestação ao regime. No entanto, por meio de pes-
quisas em arquivos de vendagens de discos, constatei 
que grande parte dos compradores passava ao largo 
do debate “principal” daquele ano: tropicalistas x músi-
ca de protesto. Segundo os arquivos do Ibope, Roberto 
Carlos continuava como rei inconteste dos brasileiros. 
Seu disco do ano (O inimitável) fora o mais vendido. O 
intérprete Agnaldo Timóteo teve a segunda maior ven-
dagem de LPs e compactos de 1968. Um dos discos 
conceituais da música brasileira, Tropicália ou Panis et 
Circenses (1968), não aparece nem na lista dos 20 mais 
vendidos daquele ano. Aliás, 1968 parece ter sido o ano 
de Roberto Carlos, Paulo Sérgio e Agnaldo Timóteo, se 
nos limitarmos ao arquivo de vendagem de discos.
Gustavo Alves Alonso Ferreira, citado por HERMETO, Miriam. Canção 
popular brasileira e ensino de História: Palavras, sons e tantos sentidos. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 121-2.
272272 3ª. série
A partir desse texto e de outros conhecimentos 
sobre o papel exercido pela música na crítica aos 
governos militares em 1968, assinale a alternativa 
CORRETA: 
a) a música que apresentava críticas políticas, cul-
turais, sociais ou econômicas, registrava índi-
ces de vendagem baixos em relação à música 
romântica ou mesmo brega. 
b) o cantor Roberto Carlos alcançava os maiores 
índices de vendagem porque era conhecido de 
todos e pelos estreitos vínculos artísticos e de 
amizade que tinha com Caetano Veloso. 
c) o Ibope manipulava as pesquisas sobre a ven-
dagem de discos, dando a entender que a 
população ouvia mais as músicas românticas 
do que as tropicalistas ou mesmo aquelas de 
protesto. 
d) o movimento tropicalista, liderado por músicos 
como Caetano Veloso e GilbertoGil, fazia da 
crítica política o seu exercício preponderante.
95. (UNESP) 
A Transamazônica inscrevia-se também nesse amál-
gama Geopolítica-Segurança Nacional. No caso da 
Amazônia, o projeto da corrente nacionalista de direita 
do Exército era o de povoar, mas as contingências do 
tempo e do capital não seguiam mais as fórmulas pom-
balinas. Assim, na impossibilidade de povoar com gente 
– seria necessária a migração de toda a população bra-
sileira para chegar-se a taxas de densidade razoáveis no 
vasto território amazônico – optou-se pelo povoamento 
com interesses: a Zona Franca de Manaus configura-se 
como uma modalidade de povoamento por meio de inte-
resses constituídos. A própria Transamazônica era uma 
estratégia mista de povoamento populacional e de inte-
resses. 
Francisco de Oliveira. “A reconquista da Amazônia”. Novos Estudos 
Cebrap, março de 1994. Adaptado.
a) Em que período da história brasileira foi propos-
to e iniciado o projeto de construção da rodovia 
Transamazônica? Qual semelhança o texto es-
tabelece entre o projeto de construção da Tran-
samazônica e a constituição da Zona Franca de 
Manaus?
b) Qual foi a justificativa dada pelo governo federal 
para a abertura da estrada? A que se refere a 
afirmação de que “A Transamazônica inscrevia-
-se também nesse amálgama Geopolítica-Se-
gurança Nacional”?
273273
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96. (ESPM – SP) Em 1/9/1969, há exatos 50 anos, nos chamados anos de chumbo, o jornal Folha de São Paulo 
estampava em manchete de primeira página:
Com trombose cerebral, Costa e Silva se afasta
O jornal acrescentava: Pouco antes das 22 horas deste domingo 31/8, a Agência Nacional informou o país, 
em cadeia de rádio e televisão que o presidente Arthur da Costa e Silva, acometido de trombose cerebral, 
está temporariamente impedido de chefiar o governo. 
Reunido no Rio de Janeiro, o Alto Comando das Forças Armadas editou o Ato Institucional N. 12, que teve 
por efeito:
a) o vice-presidente Pedro Aleixo, civil e voz solitária, que havia se erguido contra o AI-5, foi imediatamente 
empossado na Presidência da República.
b) o Alto Comando das Forças Armadas assumiu a presidência do Brasil e a exerceu até o término do mandato 
de Costa e Silva, rompendo a institucionalidade garantida pela Constituição de 1967 então em vigência.
c) foi empossado na presidência o General Ernesto Geisel, que revogou o AI-5 assim que assumiu.
d) foi formada uma junta militar que assumiu interinamente, rompeu a constitucionalidade do próprio regime 
e impediu a posse do vice-presidente Pedro Aleixo, tendo em 30/10/1969 transferido a presidência para 
o General Garrastazu Médici.
e) a revogação de todos os atos discricionários e a instituição de uma lei de anistia ampla geral e irrestrita, 
deflagrando a abertura política.
97. (IFMG) Leia o texto a seguir.
O golpe militar, deslanchado em 1964, contou com o apoio dos partidos de direita, da Igreja católica, do mundo 
empresarial e de boa parte dos meios de comunicação. O processo de transformação pelo qual passava o país — as 
chamadas reformas de base, inclusive a reforma agrária – era visto como o caos preparatório de um golpe comunista, 
ou, ao menos, a prévia da implantação de uma República sindicalista. [...]
SILVA, Francisco C. T. da. “O Brasil no mundo”. In: REIS, Daniel A. Modernização, Ditadura e Democracia: 1964-2010. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 140.
O discurso utilizado para legitimar a implantação da Ditadura Militar no Brasil defendia a(o)
a) ampliação das reformas de base.
b) contenção das propostas de João Goulart.
c) tolerância à oposição partidária.
d) restrição da atuação das polícias.
PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
98. (FMJ – SP) 
1) estabilizou o “equilíbrio de poder” internacional, deslocando as esferas de choque para a oposição entre os dois 
sistemas, conformando os conflitos e rivalidades da política mundial;
2) forjou um novo sistema internacional, cuja lógica articulou as relações entre as nações;
3) constitui-se num conflito ideológico que, propagando-se através da mídia, atingiu culturalmente a sociedade e sua 
conduta.
L. Lothar C. Hein. www.historia.uff.br.
O fragmento faz referência
a) à Guerra Fria.
b) às origens da Primeira Guerra Mundial.
c) ao Entreguerras.
d) ao avanço nazifascista.
e) à descolonização da África e da Ásia.
274274 3ª. série
99. (UFJF – MG) Os textos abaixo são trechos de algu-
mas das Declarações de Direitos produzidas em 
diferentes contextos históricos:
I. Consideramos estas verdades autoevidentes: que 
todos os homens são criados iguais, dotados pelo seu 
Criador de certos Direitos inalienáveis, que entre estes 
estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade. 
Fonte: A Declaração unânime dos treze Estados Unidos da América, 
4 de julho de 1776.
II. Os homens nascem e permanecem livres e iguais 
em direitos. As distinções sociais só podem ser basea-
das na utilidade comum. O objetivo de toda associação 
política é a preservação dos direitos naturais e impres-
critíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a pro-
priedade, a segurança e a resistência à opressão. 
Fonte: Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão – França, 1789.
III. Artigo 1. Todos os seres humanos nascem livres e 
iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e 
consciência e devem agir uns para com os outros num 
espírito de fraternidade. (...) Artigo 3. Todo ser humano 
tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Fonte: Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, 
Organização das Nações Unidas – ONU.
A partir da leitura dos trechos acima, é CORRETO 
afirmar que:
a) A Declaração de Direitos Humanos da ONU 
(1948) é uma resposta aos eventos ocorridos 
durante a Segunda Guerra Mundial, com o des-
respeito à vida.
b) A Declaração Francesa (1789) buscava a pre-
servação dos privilégios, vistos como direitos 
naturais, para nobres e burgueses.
c) A noção de “direitos do homem” é anterior ao 
século XVIII, visto que na antiguidade greco-ro-
mana tais direitos eram garantidos pela pólis.
d) As três declarações acima garantiam a igualda-
de de direitos políticos entre os homens e as 
mulheres.
e) Nos Estados Unidos da América a Declaração 
de Independência (1776) também garantiu a 
abolição da escravidão.
100. (UNITAU – SP) 
O risco de uma guerra europeia, embora bastante 
exagerado, não era de todo inexistente. Stalin contem-
plou a possibilidade de um ataque – à Iugoslávia, não à 
Alemanha Ocidental –, mas abandonou a ideia diante do 
rearmamento ocidental. E, assim como o Ocidente se 
confundiu diante do propósito soviético na Coreia, Sta-
lin – aconselhado pelos serviços de inteligência sobre 
a rápida escalada militar dos EUA – supôs, equivoca-
damente, que os norte-americanos tinham as suas pró-
prias intenções agressivas em relação à esfera soviética 
no Leste Europeu. Mas, nenhuma dessas suposições 
ou erros de cálculo era evidente à época, e políticos e 
generais faziam o melhor que podiam, baseando-se em 
informações limitadas na análise de precedentes.
JUDT, T. Pós-guerra: uma história da Europa desde 1945. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 164. 
O final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) não 
assegurou o estabelecimento de uma ordem inter-
nacional pautada na confiança e na cooperação. 
As  décadas seguintes ao último conflito mundial 
integram o período conhecido como Guerra Fria. 
Dentre diversos fatores, a desconfiança entre as 
duas superpotências do período relacionava-se à 
a) disputa para estabelecer o melhor acordo co-
mercial com os países integrantes da União 
Europeia no processo de recuperação econô-
mica desencadeado após o final da Segunda 
Guerra Mundial.
b) disputa por controle do espólio tecnológico e 
militar da Iugoslávia, único país independente 
da influência política dos Estados Unidos e da 
União Soviética no pós Segunda Guerra Mun-
dial. 
c) disputa por influência política e econômica nos 
territórios libertados do controle das forças do 
eixo, o que contribuiupara a formação de dois 
blocos antagônicos liderados por Estados Uni-
dos e União Soviética. 
d) disputa pelo desenvolvimento do melhor sis-
tema de espionagem e contraespionagem do 
pós-Segunda Guerra Mundial, pois informação 
possibilita liderança política. 
e) disputa pelo controle da Alemanha Ociden-
tal e da Alemanha do Sul, países formados a 
partir dos territórios ocupados pelos exércitos 
das potências vencedoras da Segunda Guerra 
Mundial.
101. (FUVEST – SP) 
O que acontece quando a gente se vê duplicado 
na televisão? (...) Aprendemos não só durante os anos 
de formação, mas também na prática a lidar com nós 
mesmos com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em 
1974, ainda detido para averiguação na penitenciária de 
Colônia-Ossendorf, quando me foi atendida, sem pro-
blemas, a solicitação de um aparelho de televisão na 
cela, apenas durante o período da Copa do Mundo, os 
acontecimentos na tela me dividiram em vários sentidos. 
Não quando os poloneses jogaram uma partida fantásti-
ca sob uma chuva torrencial, não quando a partida con-
tra a Austrália foi vitoriosa e houve um empate contra 
275275
História
Livro de atividades
o Chile, aconteceu quando a Alemanha jogou contra a 
Alemanha. Torcer para quem? Eu ou eu torci para quem? 
Para que lado vibrar? Qual Alemanha venceu? 
Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 237. 
Adaptado. 
O trecho acima, extraído de uma obra literária, alu-
de a um acontecimento diretamente relacionado 
a) à política nazista de fomento aos esportes con-
siderados “arianos” na Alemanha. 
b) ao aumento da criminalidade na Alemanha, 
com o fim da Segunda Guerra Mundial.
c) à Guerra Fria e à divisão política da Alemanha 
em duas partes, a “ocidental” e a “oriental”.
d) ao recente aumento da população de imigran-
tes na Alemanha e reforço de sentimentos xe-
nófobos.
e) ao caráter despolitizado dos esportes em um 
contexto de capitalismo globalizado.
102. (UNITAU – SP) 
Gorbatchev lançou sua campanha para transformar 
o socialismo soviético com os slogans perestroika, ou 
reestruturação (da estrutura econômica e política), e 
glasnost, ou liberdade de informação. Entre eles havia o 
que se revelou um conflito insolúvel. A única coisa que 
fazia o sistema soviético funcionar, e podia talvez trans-
formá-lo, era a estrutura de comando do partido/Estado 
herdada dos stalinistas. Era uma situação conhecida na 
história russa, mesmo nos dias dos czares. A reforma vi-
nha de cima. Mas a estrutura de partido/Estado era, ao 
mesmo tempo, o principal obstáculo para a transforma-
ção de um sistema que ele criara, ao qual se adaptara, 
no qual tinha um grande interesse investido, e para o 
qual achava difícil conceber uma alternativa.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1999. 
Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE 
o que Gorbatchev precisou enfrentar no decorrer 
das transformações propostas.
a) A reação dos comunistas moderados, que pre-
tendiam a realização de reformas, mas lutavam 
para dar continuidade ao legado dos stalinis-
tas. 
b) Os inimigos do avanço democrático, caracteri-
zado pelas reformas propostas. 
c) Os ultrarreformistas, que, por estarem ansiosos 
por profundas mudanças político-econômicas, 
defendiam cautela para a aplicação das refor-
mas.
d) A tentativa de intervenção militar norte-ameri-
cana, com o apoio da ONU. 
e) A população que, por não compreender o que 
estava acontecendo, nem a diferença entre 
perestroika e glasnost, promoveu uma revolu-
ção para tirar Gorbatchev do poder. 
103. (FGV – SP) Em 1964, o pugilista Cassius Clay, 
aos 22 anos, conquistou o título mundial de 
pesos-pesados. Nesse mesmo ano, alterou seu 
nome para Muhammad Ali e converteu-se à reli-
gião muçulmana. Em 1967, foi condenado à prisão 
por ter se recusado a lutar na Guerra do Vietnã. 
Com isso, foi destituído do título mundial que vol-
taria a ganhar novamente em 1974 e em 1978.
O momento da História dos Estados Unidos, com 
o qual se entrelaça a biografia de Muhammad Ali, 
caracterizou-se por:
a) fortes contestações contra a política externa 
norte-americana e de afirmação dos direitos 
civis. 
b) intensas movimentações políticas em torno do 
impeachment do presidente Kennedy.
c) graves conflitos entre os sindicatos e os órgãos 
de repressão política norte-americanos.
d) aguda repressão às ações da Máfia e de outras 
facções do crime organizado. 
e) perseguições a grupos de extrema direita infiltra-
dos entre os ativistas dos movimentos negros.
104. (PUC-SP) 
Nunca houve um ano como 1968 e é improvável que 
volte a haver.
Mark Kurlansky. 1968, o ano que abalou o mundo. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2005, p. 13.
A peculiaridade de 1968 pode ser explicada 
a) pela ocorrência de movimentos de contesta-
ção, que se voltavam contra alvos diferentes e 
se manifestavam em distintas partes do plane-
ta. 
b) pelos protestos internacionais contra a Guer-
ra do Vietnã, que levaram os Estados Unidos a 
interromper imediatamente sua ação militar no 
sul asiático. 
c) pela difusão, através do movimento estudantil, 
de projetos socialistas e anarquistas, que demoli-
ram a hegemonia econômica dos países ricos. 
d) pelo fim dos confrontos velados entre as super-
potências mundiais, o que provocou o início de 
um longo período de estabilidade internacional. 
e) pela queda do Muro de Berlim, que demons-
trou o fracasso do socialismo real na União So-
viética e no Leste Europeu.
276276 3ª. série
105. (UFMG) 
Em 1º. de dezembro de 1955, a costureira negra Rosa Parks chegou ao seu limite. Mais num desabafo espontâneo do 
que por cálculo, ela se recusou a ceder seu assento num ônibus da cidade de Montgomery, no Alabama, a um homem 
branco. Rosa – que morreu no último dia 24, aos 92 anos de idade – foi presa, fichada, pagou multa de 14 dólares e 
mudou a história americana. Seu protesto solitário pôs fogo no sul dos Estados Unidos (...). 
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: jun. 2013.
Nesse texto, a mudança na história estadunidense diz respeito ao 
a) “banho de sangue” que manchou a história do país, uma vez que a população branca opôs grande resis-
tência a qualquer reconhecimento de direito aos negros. 
b) desencadeamento da luta dos negros estadunidenses pelos direitos civis, levando à instalação dos pro-
gramas de políticas afirmativas. 
c) fim do sistema de apartheid, que separava negros e brancos em territórios incomunicáveis nas grandes 
cidades estadunidenses. 
d) reconhecimento do direito da população negra ao usufruto do transporte público pelos norte-americanos 
brancos em todo território do país. 
106. (UNICAMP – SP) 
Consideramos estas verdades como autoevidentes: que todos os homens e mulheres foram criados iguais; que são 
dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis. Entre os direitos inalienáveis estão a vida, a liberdade e a busca da 
felicidade. Para garantir esses direitos, os governos são instituídos. Os poderes do governo emanam do consentimento 
daqueles que são governados. 
Qualquer governo que se torna destrutivo para os direitos inalienáveis pode ser destituído por aqueles que sofrem. 
Os que sofrem podem recusar lealdade e exigir a instituição de um novo governo. E assim tem sido o sofrimento das 
mulheres sob este governo. E, por isso, é necessário exigir uma mudança. 
Adaptado de Elizabeth Cady Stanton, A History of Woman Suffrage, v. 1. Rochester: Fowler and Wells, 1889, p. 70-71.
Assinale a alternativa correta.
O documento acima integra:
a) a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, baseada nos princípios de 
Jean-Jacques Rousseau e do Pacto Social.
b) a Declaração da primeira Convenção dos Direitos das Mulheres nos Estados Unidos da América, que 
reconhece os princípios liberais de John Locke e o direito à propriedade privada, ampliando-os.
c) a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, baseada nos princípios de Thomas 
Paine, que reconhece como direitosinalienáveis a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
d) a Declaração da primeira Convenção dos Direitos da Mulheres nos Estados Unidos da América, baseada 
nos princípios de Alexis de Tocqueville, que se opunha à democracia na América.
DESCOLONIZAÇÃO NA ÁSIA E ÁFRICA 
107. (UNICAMP – SP) País da África Austral que se tornou independente em 1975 após séculos de colonialismo 
europeu. No período posterior à independência, a terra passou a ser propriedade do Estado, com predomí-
nio de uso pela população camponesa e com forte participação das mulheres na produção agrícola familiar. 
De 1976-1992 vivenciou intensos conflitos produzidos pela guerra civil envolvendo dois dos principais gru-
pos armados do país.
O texto acima faz referência ao seguinte país: 
a) Congo. 
b) África do Sul. 
c) Moçambique. 
d) Nigéria.
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História
Livro de atividades
108. (UNICAMP – SP) O relato a seguir é parte da biografia de um homem que passou sua infância no atual Mali.
Em novembro de 1918, a África, como a metrópole, festejou o fim da Grande Guerra Mundial e a vitória da França 
e seus aliados (…). Estávamos orgulhosos do papel desempenhado pelos soldados africanos na frente de batalha. (…) 
Os sobreviventes que voltaram em 1918-1919 foram a causa de um novo fenômeno social que influiu na evolução da 
mentalidade nativa. Estou falando do fim do mito do homem branco como ser invencível e sem defeitos. 
Amadou Hampâté Bâ, Amkoullel, o menino fula. São Paulo: Palas Athena/Casa das Áfricas, 2003, p. 312-313.)
Considerando o relato acima, é correto afirmar que 
a) a presença dos soldados africanos contribuiu para construir uma identidade africana sustentada nos 
princípios bélicos do imperialismo europeu. 
b) a presença de soldados africanos nos conflitos contribuiu para o questionamento do mito da superiori-
dade do homem branco. 
c) o autor, ao apresentar a fragilidade do homem branco, instaurou um discurso inverso de superioridade 
dos africanos. 
d) o autor, ao apresentar o norte da África como parte da França, exaltou o projeto imperialista francês e 
suas estratégias de integração cultural.
109. (UNESP)
Nelson Mandela tomou posse ontem como o primeiro presidente negro da África do Sul, marcando o fim de três 
séculos e meio de dominação branca e o retorno do país à comunidade internacional. “Que reine a liberdade”, afirmou 
o líder de 75 anos após prestar juramento. Numa vibrante cerimônia que reuniu dezenas de milhares de negros e muitos 
brancos no antigo centro do poder branco, Mandela pediu que os sul-africanos esqueçam os rancores do passado e se 
unam para por fim à pobreza, ao sofrimento e a todo tipo de discriminação. 
O Estado de S. Paulo, 11.05.1994. Adaptado. 
Caracterize o regime político que antecedeu a chegada de Nelson Mandela à presidência sul-africana, em 
1994. Por que é possível afirmar que, além das mudanças políticas que provocou na África do Sul, a posse 
de Nelson Mandela na presidência teve importante caráter simbólico?
110. (FUVEST – SP) Entre os fatores que permitem associar o contexto histórico de Portugal, na década de 1970, 
às independências de suas colônias na África, encontram-se:
a) o Salazarismo, que dominou Portugal desde a década de 1930, e a intensificação dos laços coloniais 
com Cabo Verde e Guiné Bissau, 40 anos depois. 
b) a influência política e militar do Pacto de Varsóvia, no norte do continente africano, e o surgimento de 
movimentos contra o apartheid nas colônias portuguesas. 
c) o não cumprimento, por Portugal, da exigência internacional de que libertasse suas colônias africanas e 
sua exclusão da Comunidade Europeia, no princípio da década de 1970.
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d) a Revolução dos Cravos, de 1974, que encerrou o longo período ditatorial português, e a ampliação dos 
movimentos de libertação nacional, como os de Angola e Moçambique. 
e) o imediato cessar fogo estabelecido pelo regime democrático português, implantado em 1974, e o fim 
dos conflitos internos nas colônias portuguesas da África. 
111. (FUVEST – SP) No que se refere à crise do colonialismo português na África na segunda metade do século XX, 
a) a Era das Revoluções, ao implicar a abolição do tráfico transatlântico de escravos para as Américas, 
erodiu as bases do domínio de Portugal sobre Angola e Moçambique.
b) Portugal, com um poder de segunda ordem no concerto europeu, se viu alijado das deliberações da 
Conferência de Berlim, perdendo assim o domínio sobre suas colônias.
c) as independências de Angola e de Moçambique foram marcadas por um processo relativamente pacífi-
co, que envolveu ampla negociação com os poderes metropolitanos em Portugal. 
d) o processo de independência das colônias portuguesas, ao contrário do que ocorreu nas colônias ingle-
sas e francesas, não se relacionou às polarizações geopolíticas da Guerra Fria.
e) o movimento de independência colonial foi decisivo para o processo de transformação política em Por-
tugal, ao acelerar a crise do regime autoritário nascido no período entre guerras.
112. (PUC-SP)
Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe:
— O que conta é a ação. Os problemas do Movimento resolvem-se, fazendo a ação armada. A mobilização do povo 
de Cabinda faz-se desenvolvendo a ação. Os problemas pessoais resolvem-se na ação. Não uma ação à toa, uma ação 
por si. Mas a ação revolucionária.
O que interessa é fazer a Revolução, mesmo que ela venha a ser traída.
Pepetela. Mayombe. São Paulo: Leya, 2013, p. 237.
 O trecho, extraído de um romance angolano, refere-se à luta do Movimento Popular de Libertação de Angola 
(MPLA), na década de 1970, pela independência de Angola. Nessa obra de ficção, aparecem diversos temas 
presentes nesse conflito. Entre eles,
a) a impossibilidade de saídas negociadas, as divergências entre os vários grupos que lutavam contra a 
colonização portuguesa, o personalismo de algumas lideranças.
b) o apoio da comunidade internacional à independência angolana, a articulação da luta das várias tribos, 
a preocupação dos portugueses com reformas políticas e sociais.
c) o temor do povo angolano face à ameaça de invasão estrangeira, o diálogo ininterrupto com os represen-
tantes portugueses, o abandono da luta armada.
d) a aliança da guerrilha angolana com os fascistas portugueses, a ampla mobilização popular em favor da 
emancipação política, a unidade dos grupos em luta.
113. (FUVEST – SP) Em junho de 1995, a seleção de rugby da África do Sul conquistou a Copa do Mundo dessa 
modalidade esportiva ao vencer a equipe da Nova Zelândia por 15 a 12, na cidade de Johannesburgo. O 
capitão sul‐africano, François Pienaar, recebeu a taça destinada à seleção campeã das mãos de Nelson 
Mandela. Esse acontecimento esportivo
a) é um dos marcos do fim do Apartheid, devido à constituição de uma primeira seleção multirracial repre-
sentando a África do Sul.
c) tornou‐se uma das justificativas para o veto à participação da África do Sul em eventos esportivos devido 
à proibição da presença de atletas brancos.
c) permitiu a vitória eleitoral de Mandela, apoiado massivamente pelos bôeres insuflados pelo nacionalismo 
sul‐africano.
d) desencadeou uma série de conflitos raciais entre negros e brancos devido às rivalidades entre os atletas 
da seleção sul‐africana.
e) foi realizado graças a um esforço conjunto de Nelson Mandela e de Frederik de Klerk, agraciados, por 
isso, com o prêmio Nobel da Paz.

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