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literatuia brasileira iii-46


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morreram ontem. Nós já vivemos no absoluto, porque nós criamos a velocidade, eterna, 
omnipresente.
9. Nós glorificaremos a guerra - a única higiene militar, patriotismo, o gesto destrutivo daqueles 
que trazem a liberdade, ideias pelas quais vale a pena morrer, e o escarnecer da mulher.
10. Nós destruiremos os museus, bibliotecas, academias de todo tipo, lutaremos contra o 
moralismo, feminismo, toda covardia oportunista ou utilitária.
11. Nós cantaremos as grandes multidões excitadas pelo trabalho, pelo prazer, e pelo tumulto; 
nós cantaremos a canção das marés de revolução, multicoloridas e polifônicas nas modernas 
capitais; nós cantaremos o vibrante fervor noturno de arsenais e estaleiros em chamas com 
violentas luas elétricas; estações de trem cobiçosas que devoram serpentes emplumadas de 
fumaça; fábricas pendem em nuvens por linhas tortas de suas fumaças; pontes que transpõem 
rios, como ginastas gigantes, lampejando no sol com um brilho de facas; navios a vapor 
aventureiros que fungam o horizonte; locomotivas de peito largo cujas rodas atravessam os 
trilhos como o casco de enormes cavalos de aço freados por tubulações; e o vôo macio de 
aviões cujos propulsores tagarelam no vento como faixas e parecem aplaudir como um público 
entusiasmado.
(Acessado em 14/11/2009:- http://www.espiral.fau.usp.br/arquivos-artecultura-20/1909-
Marinetti-manifestofuturista.pdf [8])
EXPRESSIONISMO - ALEMANHA- 1905 
Expressionismo, Cubismo e Futurismo
EXPRESSIONISMO - Alemanha- 1905
"Nós não vivemos mais, somos vividos. Não temos mais liberdade, não 
sabemos mais nos decidir, o homem é privado da alma, a natureza é privada 
do homem...Nunca houve época mais perturbada pelo desespero, pelo horror 
da morte. Nunca silêncio mais sepulcral reinou sobre o mundo. Nunca o 
homem foi menor. Nunca esteve mais irrequieto. Nunca a alegria esteve 
mais ausente, e a liberdade mais morta. E eis que grita o desespero: o 
homem pede gritando a sua alma, um único grito de angústia se eleva do 
nosso tempo. A arte também grita nas trevas, pede socorro, invoca o 
espírito: é o expressionismo." (Hermann Bahr - 1916)
Expressão direta e veemente da subjetividade; abandono do conceito 
clássico de beleza; inquietação social e religiosa; fluxo de consciência.
Certa noite, eu caminhava por uma via, a cidade de um lado e o fiorde 
embaixo. Sentia-me cansado, doente... O sol se punha e as nuvens tornavam-
se vermelho-sangue. Senti um grito passar pela natureza; pareceu-me ter 
ouvido o grito. Pintei esse quadro, pintei as nuvens como sangue real. A cor 
uivava."
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