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Termoterapia
Apresentação
A termoterapia está relacionada à aplicação terapêutica de estratégias que resultem no aumento ou 
na diminuição da temperatura dos tecidos corporais, estimulando a termorregulação corporal. A 
manutenção da temperatura normal dentro de certos limites ocorre a partir da ação do sistema 
nervoso, gerando reações fisiológicas de adaptação do corpo a essas mudanças.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como se dá o funcionamento do sistema 
termorregulador, os efeitos fisiológicos provocados pelas alterações de temperatura e a aplicação 
de recursos relacionados à termoterapia superficial na Estética.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o sistema termorregulador.•
Distinguir os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor.•
Aplicar a termoterapia superficial na prática clínica.•
Infográfico
O ser humano se caracteriza quanto ao comportamento térmico como homeotermo, buscando 
sempre manter sua temperatura constante, em torno de 36,5°C. O sistema termorregulador atua 
para a manutenção dessa condição.
Acompanhe, no Infográfico a seguir, o funcionamento desse sistema.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
Conteúdo do livro
A termoterapia é a aplicação de modalidades terapêuticas que produzem aumento de calor nos 
tecidos corporais através de métodos de aquecimento classificados como superficiais ou 
profundos.
No capítulo Termoterapia, da obra Eletroterapia facial e corporal básica, você vai estudar o sistema 
termorregulador e os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor, além de verificar como aplicar a 
termoterapia superficial na prática clínica.
Boa leitura.
ELETROTERAPIA 
FACIAL E 
CORPORAL BÁSICA
Fernanda Martins Lopes
Termoterapia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever o sistema termorregulador.
 � Distinguir os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor.
 � Aplicar a termoterapia superficial na prática clínica.
Introdução
A termoterapia está relacionada com a aplicação terapêutica de estratégias 
que resultem no aumento ou na diminuição da temperatura dos tecidos 
corporais, estimulando a termorregulação corporal. A manutenção da 
temperatura normal dentro de certos limites ocorre a partir da ação do 
sistema nervoso, gerando reações fisiológicas de adaptação do corpo a 
essas mudanças.
Neste capítulo, você conhecerá o funcionamento do sistema ter-
morregulador, os efeitos fisiológicos provocados pelas alterações de 
temperatura e a aplicação de recursos relacionados à termoterapia su-
perficial na estética.
Sistema termorregulador
A termorregulação é a capacidade de um organismo manter sua temperatura 
normal, constante, próxima de 37ºC, o que influencia na integridade de suas 
funções metabólicas. Esse processo é conduzido por um sistema de controle 
fisiológico, composto de termorreceptores centrais e periféricos, um sistema 
de condução aferente, um controle central de integração dos impulsos térmicos 
e um sistema de respostas eferentes que ocasiona respostas compensatórias 
(BRAZ, 2005).
A termorregulação faz parte da homeostase corporal, e todos os seres 
vivos homeotérmicos apresentam um mecanismo intrínseco de manutenção 
de uma temperatura evitando a perda da funcionalidade. Em temperaturas 
muito elevadas, pode haver desnaturação proteica, e temperaturas muito 
baixas podem gerar hipotermia. Os sistemas enzimáticos do corpo necessitam 
da manutenção da temperatura corporal em uma faixa adequada para seu 
funcionamento normal (GUYTON; HALL, 2017).
A temperatura se mantém estável por causa do equilíbrio entre a produção 
e a perda de calor pelo corpo. A produção de calor está associada à ingestão 
de alimentos e à contração dos músculos esqueléticos. A pele determina, 
em grande parte, a quantidade de calor ganhada ou perdida, pois, a partir 
do fluxo de sangue para a pele, mais ou menos calor é perdido das partes 
internas do corpo. 
A regulação da temperatura do corpo está relacionada com o hipotálamo, 
estrutura localizada no diencéfalo, exercendo atividade de regulação em um 
conjunto de funções: sono, do metabolismo de açúcares e gorduras, o balanço 
hídrico e a regulação da temperatura corporal (BRAZ, 2005).
No hipotálamo, cuja imagem está representada na Figura 1, localiza-se o 
sistema de controle central, que integra os impulsos térmicos provenientes 
dos tecidos corporais. Quando um impulso excede ou fica abaixo da faixa 
limiar de temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas, 
que mantêm a temperatura do corpo em valores adequados.
Figura 1. Localização do hipotálamo.
Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 404).
Hipotálamo
Termoterapia2
Na pele e nas mucosas, existem células especializadas que captam as 
informações sobre as mudanças de temperatura corporal, gerando estímulos 
aferentes para o SNC. Existem dois tipos de receptores: os que detectam 
calor (receptores para calor) e outros que detectam frio (receptores para frio) 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004). Os receptores para frio têm descargas de impulsos 
a temperaturas entre 25º-30ºC, enquanto os receptores para calor têm descargas 
de impulsos a temperaturas entre 45º-50ºC (BRAZ, 2005).
Corpúsculo de Krause: células especializadas que captam as sensações de frio.
Corpúsculo de Ruffini: células especializadas que captam as sensações de calor.
Quando a temperatura permanece entre 36,7 a 37,1ºC, não ocorre nenhuma 
resposta efetora, contudo, temperaturas abaixo ou acima desses limiares de-
sencadeiam respostas adaptativas. No hipotálamo, existem neurônios sensíveis 
ao calor e neurônios sensíveis ao frio, sendo que em sua porção anterior é 
realizada a integração das informações térmicas aferentes, enquanto em sua 
porção posterior desencadeiam-se respostas efetoras.
As respostas termorregulatórias estão relacionadas a um conjunto de 
mecanismos importantes como a resposta vasomotora, que se caracteriza 
pela vasodilatação em resposta ao calor e pela vasoconstrição e piloereção 
em resposta ao frio; o tremor, que aumenta o consumo de oxigênio e a taxa 
metabólica em resposta ao frio; e a sudorese em resposta ao calor (GUYTON; 
HALL, 2017).
A perda de calor pela pele se faz continuamente por meio da sudorese, 
em atividades extenuantes, apresentando esse mecanismo um aumento de 
volume e, assim, dissipando calor. Ocorrendo uma informação de temperatura 
corporal fria, o hipotálamo gera impulsos para o córtex cerebral indicando a 
sensação de frio. Ocorre então uma mudança de atitude corporal que resulta 
em aumento de atividade motora para produzir aquecimento. A vasoconstri-
ção é a principal reação gerada por estímulos da diminuição da temperatura 
corporal (hipotermia). Quando as informações periféricas indicarem calor, a 
primeira resposta corporal será a vasodilatação cutânea, seguida de sudorese 
(BRAZ, 2005).
3Termoterapia
O vídeo a seguir apresenta informações sobre os meca-
nismos de termorregulação humana.
https://goo.gl/U7AAML
Esses mecanismos de controle da termorregulação estão associados ao 
desencadeamento de respostas fisiológicas utilizadas em procedimentos te-
rapêuticos utilizados na estética.
Efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor
O corpo humano apresenta várias alterações fisiológicas em decorrência do 
aquecimento, as quais podem gerar alguns efeitos terapêuticos. Os efeitos 
fisiológicos da aplicação de calor em uma determinada região do corpo e a 
forma como o calor vai se distribuir dependerá de alguns fatores como: as 
dimensões da área aquecida, a profundidade de absorção da forma de calor 
utilizada, da duração do aquecimento, da intensidade de radiação e do método 
de aplicação (AGNE, 2017). 
O aquecimento localizado de uma região corporal é irradiado para os 
tecidos vizinhos proporcionando efeitos que envolvem diferentes processos 
fisiológicos. Quando o aquecimentoé localizado, observamos uma elevação 
na temperatura dos tecidos e uma vasodilatação reflexa em áreas remotas do 
corpo, porém, quando o calor é extenso e prolongado, ocorre uma elevação 
da temperatura central (GUYTON; HALL, 2017).
O sangue, então aquecido pelos tecidos próximos ao calor, transporta esse 
calor até os centros hipotalâmicos, iniciando uma resposta sistêmica imediata, 
a vasodilatação cutânea. Esse efeito fisiológico importante associado ao calor, 
que ocorre sobre a vascularização, afeta o fluxo sanguíneo, com a geração de 
um processo de vasodilatação periférica. Essa vasodilatação ocorre em razão 
de estímulos do bulbo raquidiano, estimulado pelo hipotálamo, cuja função 
é produzir a dilatação dos vasos (BORGES, 2010). 
Termoterapia4
Inicialmente, o aumento da temperatura provoca um efeito direto nas 
arteríolas e vênulas, gerando vasodilatação por uma atuação da musculatura 
lisa dos vasos. Também estímulos de nervos periféricos sensitivos, localizados 
próximos dos vasos sanguíneos cutâneos, podem provocar estímulos que 
colaboram na produção de vasodilatação na pele.
Esse mecanismo de constrição de pequenos vasos e de suas comunicações, 
na superfície corporal, tem efeito de transmitir o calor corporal do sangue 
para o exterior, principalmente por meio de irradiação (GUYTON; HALL, 
2017). As trocas circulatórias relacionadas com o mecanismo de circulação 
arteriovenoso colaboram para a dissipação desse calor e o aumento do fluxo 
sanguíneo nos órgãos e tecidos mais profundos. 
Outro efeito fisiológico importante do calor está relacionado com o meta-
bolismo celular. As reações químicas envolvidas na atividade metabólica são 
aceleradas por uma elevação na temperatura, ou seja, ocorrerá um aumento 
do metabolismo com a elevação da temperatura; para elevação de 1º C na tem-
peratura, a taxa metabólica poderá subir 13%. Como resposta, será necessária 
uma maior oferta de oxigênio e nutrientes e um aumento da eliminação de 
produtos do catabolismo (AGNE, 2017). 
Existe um aumento do metabolismo e da circulação local por aumento da 
circulação. O aumento da temperatura central vai influenciar na aceleração 
das reações associadas à produção de energia e no aumento da taxa de reações 
metabólicas (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
As propriedades de tecidos específicos podem ser alteradas pelo aque-
cimento. Nos tecidos conjuntivos (tendões e tecidos conectivos) ocorre um 
aumento da extensibilidade e diminuição da viscosidade do líquido sinovial 
nas articulações. O calor produzirá um efeito sobre os receptores musculares 
e tendíneos (fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi), modificando a velo-
cidade de condução nervosa desses estímulos. Isso causará uma alteração na 
percepção do tônus muscular.
Esse conjunto de reações fisiológicas está associado a um conjunto de 
efeitos terapêuticos.
5Termoterapia
O ser humano é homeotérmico, possui uma capacidade de manutenção da temperatura 
corporal em torno de 36,5 °C, sendo o equilíbrio térmico obtido por meio do balanço 
entre a perda e a produção ou aquisição de calor.
Um desses efeitos terapêuticos é o aumento da amplitude de movimento nas 
articulações, associado ao aumento da extensibilidade dos tecidos conjuntivos, 
à diminuição da viscosidade do líquido sinovial e ao relaxamento muscular 
pela diminuição do tônus. Esse relaxamento muscular e capsuloligamentar 
produz maior flexibilidade, favorecendo assim a mobilização das articulações 
(AGNE, 2017).
Haverá um efeito analgésico associado a uma alteração na condução do 
estímulo doloroso das fibras nervosas periféricas que conduzem essa sensação. 
Segundo a teoria do portão no controle da reação à dor, quando fibras nervosas 
grandes e rápidas conduzem estímulos, há uma depressão na transmissão das 
sensações dolorosas. Além disso, colaboram com esse efeito a diminuição do 
tônus muscular, o aumento do metabolismo local e a remoção de catabolitos 
(KITCHEN, 2003).
As reações de cicatrização também são positivamente influenciadas pelo 
calor. Eventos associados ao aumento do fluxo sanguíneo provocam maior 
circulação de anticorpos e de células fagocitárias na região aquecida. Ocorrerá 
ainda um aumento da oferta de oxigênio e nutrientes e do metabolismo local 
buscando utilizar essa demanda de nutrientes ampliada. Com a vasodilatação, 
haverá também a remoção de substâncias nocivas ou não utilizadas pelas 
células (BORGES, 2010).
A pele também é beneficiada com o calor, pois o aumento da temperatura 
local e do fluxo sanguíneo gera maior atividade das glândulas sudoríparas 
e sebáceas e dilatação dos poros na epiderme. Esses eventos influenciam na 
textura da pele gerando uma “maciez” no tecido. Tais mecanismos indicam 
a importância da utilização do calor como um recurso terapêutico na área da 
estética e cosmetologia.
Termoterapia6
Aplicar a termoterapia superficial 
na prática clínica
A termoterapia é a aplicação de modalidades terapêuticas que produzem 
aumento de calor nos tecidos corporais, por meio de métodos de aquecimento 
classificados como superficiais ou profundos. O uso do calor é tido como 
um dos métodos mais antigos utilizados com finalidade terapêutica física e, 
atualmente, também com fins estéticos (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A aplicação dos tratamentos de termoterapia está entre os recursos mais 
comumente utilizados pelos profissionais de estética. Esses elementos exer-
cem o papel de fonte externa de calor, do tipo superficial, ou seja, uma forma 
de aumentar a temperatura diretamente na superfície aplicada. Já o uso de 
aparelhos como ultrassom e radiofrequência faz o organismo produzir o calor, 
sendo denominado de calor profundo (BORGES, 2010).
Entre os recursos classificados como calor superficial, podemos citar as 
lâmpadas infravermelhas, compressas e bolsas quentes, banhos de parafina, 
turbilhões ou imersão aquecidas, as mantas térmicas, entre outros (AGNE, 
2017). Para que a termoterapia superficial seja capaz de provocar efeitos 
terapêuticos, o aumento de temperatura da pele deve ficar ao redor de 40°C 
a 45°C em uma área de 2 cm de profundidade na pele (KITCHEN, 2003).
Os efeito da aplicação do calor ocorrem no local da aplicação gerando uma 
ativação do metabolismo celular, associado a um aumento do consumo de 
oxigênio pelos tecidos, com melhora da nutrição tecidual. A permeabilidade 
da membrana celular aumenta, facilitando a atividade enzimática e a síntese 
proteica. Ocorre ainda uma melhora do transporte de elementos de defesa 
como anticorpos e leucócitos. A analgesia se produz pela alteração do limiar 
da dor, repercutindo em relaxamento muscular. Por fim, a sudorese colabora 
na remoção de catabólitos (BORGES, 2010).
As formas de transmissão de calor que podem ser usadas na termoterapia superficial 
ocorrem por condução (por meio do contato direto com a pele), convecção (calor 
produzido por efeito mecânico) e conversão (radiação). A termoterapia superficial 
ocorre por causa da transferência de calor de uma modalidade física para o tecido, 
por meio da condução.
7Termoterapia
Na termoterapia por condução, temos a passagem de calor de um objeto 
para o outro em situações como banho de parafina, bolsa de água quente e 
compressas. Essas modalidades atingem somente a região superficial a uma 
profundidade de 2 cm (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
As mantas térmicas são utilizadas como potencializadoras na redução de 
medidas, facilitando a penetração de princípios ativos pela vasodilatação e 
pela permeabilidade cutânea. As mantas podem ser aplicadas no abdômen, 
membros superiores e inferiores, e, dependendo da característica do aparelho, 
a intensidade do calor a ser aplicado pode ser regulada de forma independente.
Outras modalidades de calor superficial, como Forno de Bier, sauna, banho 
turco, produzem calor por meio de convecção. Já o infravermelho produz uma 
forma de calor superficial pela conversão de energia (AGNE, 2017).
A radiação infravermelha gera calor superficial por conversão e seu uso 
clínico está associadoprincipalmente à melhora da circulação e do metabolismo 
local, facilitando as reações celulares de cicatrização e regeneração (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004). A termoterapia superficial é utilizada em tratamentos estéti-
cos e corporais principalmente visando ao aumento da absorção dos princípios 
ativos dos produtos, e ao aumento do metabolismo da região, o que associa 
seu uso a condições como redução da gordura localizada, fibroedema geloide, 
tratamento de cicatrizes, entre outros.
Alguns cuidados devem ser observados quando da utilização de modali-
dades de termoterapia superficial, buscando evitar lesões na pele do cliente 
(queimaduras). Assim sendo, a escolha adequada dos parâmetros de aplicação 
é essencial para evitar esses acidentes (BORGES, 2010).
Conforme Agne (2017), a termoterapia superficial apresenta algumas 
contraindicações:
 � hipertermia (febre), pois o calor poderá intensificar o aumento da 
temperatura;
 � tumores, não sendo indicado qualquer tipo de estímulo que acelere o 
metabolismo, causando um risco de disseminação de metástases;
 � lesões na região a ser tratada, pois o calor poderá alterar o comporta-
mento da região;
 � período menstrual, já que o uso de calor poderá aumentar o fluxo 
menstrual.
Uma modalidade bastante utilizada na prática clínica de calor superficial 
são as argilas, compondo os tratamentos estéticos da pele. Seus efeitos estão 
associados ao aquecimento que podem produzir, além de permitir uma troca 
Termoterapia8
de minerais (magnésio, ferro, sódio, potássio) por meio do contato destes 
com a pele.
As argilas podem ser classificadas em diferentes tipos, de acordo com sua 
cor e funções. A argila branca é utilizada por suas propriedades cicatrizantes, 
em razão de sua elevada quantidade de alumínio, em situações como no controle 
do processo acneico. Já a argila verde, por possuir elevada quantidade de óxido 
de ferro, silício e zinco, é usada em tratamentos para regular a oleosidade da 
pele. A argila vermelha é outra modalidade utilizada em tratamentos estéticos 
para melhorar a microcirculação e a flacidez (LEONARDI, 2008).
Uma das formas de aplicação da argila é por meio da geoterapia, que con-
siste na aplicação da argila misturada com a água diretamente sobre a pele, 
principalmente em alterações dermatológicas como as acnes, melhorando as 
trocas metabólicas e favorecendo a excreção de catabólitos (LEONARDI, 2008).
Outra modalidade de utilização da argila é a fangoterapia, na qual ocorre 
um preparo da argila associado a produtos naturais (água proveniente de lagos 
e mares), originando tipos de fango como o do mangue, vulcânico ou calcário. 
O protocolo de utilização dessas modalidades envolve inicialmente a 
limpeza da região a ser tratada seguido de esfoliação. A seguir, deve ser 
aplicada sobre a pele a modalidade desejada começando com uma camada 
fina, que deve ser mantida por um período de 20 a 30 minutos; na sequência, 
é necessário remover com água fria, fazer a limpeza e a hidratação do local 
(EVELINE, 2010).
Outra modalidade que envolve a termoterapia superficila é o detox, que 
se constitui na união de um conjunto de procedimentos como esfoliação, 
drenagem linfática, argila verde e manta térmica, buscando produzir efeitos 
terapêuticos associados à eliminação de toxinas. 
Uma forma de realização do protocolo envolverá a utilização da esfolia-
ção para remoção de células mortas, além de melhorar o aspecto da pele, 
tornando-a mais macia e saudável. A drenagem linfática, por meio da mas-
sagem, vai estimular o sistema linfático, melhorando a circulação linfática, 
diminuindo a retenção de líquidos e combatendo a celulite. Já a argila verde e 
a manta térmica trabalham juntas nesse procedimento, sendo a argila usada 
em forma de máscara corporal, com a manta térmica associada produzindo 
calor, sendo em média aplicada por 20 minutos.
Dessa forma, para a termoterapia superficial ser utilizada em tratamentos 
estéticos, o profissional esteticista deverá ter domínio das técnicas, para 
evitar possíveis consequências indesejáveis, e assim sua aplicação produzir 
bons resultados.
9Termoterapia
Para entender melhor o conteúdo deste capítulo, leia o 
artigo Como o corpo humano mantém sua temperatura 
durante a atividade física (LUZ; AZEVEDO; OLIVEIRA, 2008). 
https://goo.gl/Za9SFp
AGNE, J. E. Eletro termo foto terapia. 4. ed. Santa Maria, RS: [s.n.], 2017.
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. rev. e amp. São 
Paulo: Phorte, 2010.
BRAZ, J. R. C. Fisiologia da termorregulação normal. Revista Neurociências, v. 13, n. 3, 
jul./set. 2005. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2005/
RN%2013%20SUPLEMENTO/Pages%20from%20RN%2013%20SUPLEMENTO-2.pdf>. 
Acesso em: 02 out. 2018.
EVELINE, C. Máscaras: as estrelas da cosmetologia. Bel Col (Revista de Cosmetologia), n. 
52, p. 22-24, mar./abr. 2010.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e pato-
logias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2004. 
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
KITCHEN, S. (Org.). Eletroterapia: prática baseada em evidencias. São Paulo: Manole, 
2003. Disponível em: <https://fisiofacsul.files.wordpress.com/2009/03/sheila-kitchen- 
eletroterapia-pratica-baseada-em-evidencias.pdf>. Acesso em: 02 out. 2018.
LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel, 2008.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
Leituras recomendadas
BATISTA, B. Termorregulação. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=uLz1OQHdxIY>. Acesso em: 02 out. 2018. 
Termoterapia10
IFOULD, J.; FORSYTHE-CONROY, D.; WHITTAKER, M. Técnicas em estética. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2015.
LUZ, F.; AZEVEDO, M.; OLIVEIRA, R. Como o corpo humano mantém sua temperatura 
durante a atividade física. Física na Escola, v. 9, n. 2, 2008. Disponível em: <http://www.
sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num2/a09.pdf>. Acesso em: 02 out. 2018.
PRENTICE, W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2014.
VARGAS, A. et al. Termoterapia aplicada à estética corporal. In: FÓRUM DE ENSINO, PES-
QUISA E EXTENSÃO, 15., 2016, Carazinho. Anais... Carazinho, RS: ULBRA, 2016. Disponível 
em: <http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/fpec/xivfepe/paper/view/5053>. 
Acesso em: 02 out. 2018.
11Termoterapia
 
Dica do professor
A aplicação da termoterapia superficial é uma prática frequente entre os profissionais de Estética e 
Cosmetologia. Contudo, existem muitos mitos que induzem o profissional a uma conduta 
inadequada, devendo ser melhores entendidos e esclarecidos.
Nesta Dica do Professor, você verá algumas dessas situações controversas que estão presentes no 
dia a dia do esteticista.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Na prática
A aplicação dos tratamentos de termoterapia estão entre os recursos mais utilizados pelos 
profissionais de Estética.
Na Prática, você vai conhecer um caso clínico relacionado ao uso da termoterapia superficial em 
uma cliente com histórico de alteração estética, e cuja escolha da modalidade está associada aos 
seus efeitos terapêuticos.
Confira.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Uso de bandagens em Estética
No link indicado, saiba mais sobre os tipos de bandagens e seus métodos de aplicação.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas
Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais utilizam uma ampla variedade de técnicas terapêuticas 
no tratamento e na reabilitação de seus pacientes, podendo ser simples ou complexas. Esta obra 
apresenta a base para o uso de cada tipo de modalidade. Atente-se para o capítulo 9, que trata da 
termoterapia.
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Boas práticas em serviços de beleza
Para se aprofundar mais eletroterapia facial e corporal básica, leia este livro, que apresenta o 
conteúdo pertinente ao que foi estudado nesta Unidade de Aprendizagem.
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