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Termoterapia Apresentação A termoterapia está relacionada à aplicação terapêutica de estratégias que resultem no aumento ou na diminuição da temperatura dos tecidos corporais, estimulando a termorregulação corporal. A manutenção da temperatura normal dentro de certos limites ocorre a partir da ação do sistema nervoso, gerando reações fisiológicas de adaptação do corpo a essas mudanças. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como se dá o funcionamento do sistema termorregulador, os efeitos fisiológicos provocados pelas alterações de temperatura e a aplicação de recursos relacionados à termoterapia superficial na Estética. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever o sistema termorregulador.• Distinguir os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor.• Aplicar a termoterapia superficial na prática clínica.• Infográfico O ser humano se caracteriza quanto ao comportamento térmico como homeotermo, buscando sempre manter sua temperatura constante, em torno de 36,5°C. O sistema termorregulador atua para a manutenção dessa condição. Acompanhe, no Infográfico a seguir, o funcionamento desse sistema. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Conteúdo do livro A termoterapia é a aplicação de modalidades terapêuticas que produzem aumento de calor nos tecidos corporais através de métodos de aquecimento classificados como superficiais ou profundos. No capítulo Termoterapia, da obra Eletroterapia facial e corporal básica, você vai estudar o sistema termorregulador e os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor, além de verificar como aplicar a termoterapia superficial na prática clínica. Boa leitura. ELETROTERAPIA FACIAL E CORPORAL BÁSICA Fernanda Martins Lopes Termoterapia Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever o sistema termorregulador. � Distinguir os efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor. � Aplicar a termoterapia superficial na prática clínica. Introdução A termoterapia está relacionada com a aplicação terapêutica de estratégias que resultem no aumento ou na diminuição da temperatura dos tecidos corporais, estimulando a termorregulação corporal. A manutenção da temperatura normal dentro de certos limites ocorre a partir da ação do sistema nervoso, gerando reações fisiológicas de adaptação do corpo a essas mudanças. Neste capítulo, você conhecerá o funcionamento do sistema ter- morregulador, os efeitos fisiológicos provocados pelas alterações de temperatura e a aplicação de recursos relacionados à termoterapia su- perficial na estética. Sistema termorregulador A termorregulação é a capacidade de um organismo manter sua temperatura normal, constante, próxima de 37ºC, o que influencia na integridade de suas funções metabólicas. Esse processo é conduzido por um sistema de controle fisiológico, composto de termorreceptores centrais e periféricos, um sistema de condução aferente, um controle central de integração dos impulsos térmicos e um sistema de respostas eferentes que ocasiona respostas compensatórias (BRAZ, 2005). A termorregulação faz parte da homeostase corporal, e todos os seres vivos homeotérmicos apresentam um mecanismo intrínseco de manutenção de uma temperatura evitando a perda da funcionalidade. Em temperaturas muito elevadas, pode haver desnaturação proteica, e temperaturas muito baixas podem gerar hipotermia. Os sistemas enzimáticos do corpo necessitam da manutenção da temperatura corporal em uma faixa adequada para seu funcionamento normal (GUYTON; HALL, 2017). A temperatura se mantém estável por causa do equilíbrio entre a produção e a perda de calor pelo corpo. A produção de calor está associada à ingestão de alimentos e à contração dos músculos esqueléticos. A pele determina, em grande parte, a quantidade de calor ganhada ou perdida, pois, a partir do fluxo de sangue para a pele, mais ou menos calor é perdido das partes internas do corpo. A regulação da temperatura do corpo está relacionada com o hipotálamo, estrutura localizada no diencéfalo, exercendo atividade de regulação em um conjunto de funções: sono, do metabolismo de açúcares e gorduras, o balanço hídrico e a regulação da temperatura corporal (BRAZ, 2005). No hipotálamo, cuja imagem está representada na Figura 1, localiza-se o sistema de controle central, que integra os impulsos térmicos provenientes dos tecidos corporais. Quando um impulso excede ou fica abaixo da faixa limiar de temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas, que mantêm a temperatura do corpo em valores adequados. Figura 1. Localização do hipotálamo. Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 404). Hipotálamo Termoterapia2 Na pele e nas mucosas, existem células especializadas que captam as informações sobre as mudanças de temperatura corporal, gerando estímulos aferentes para o SNC. Existem dois tipos de receptores: os que detectam calor (receptores para calor) e outros que detectam frio (receptores para frio) (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Os receptores para frio têm descargas de impulsos a temperaturas entre 25º-30ºC, enquanto os receptores para calor têm descargas de impulsos a temperaturas entre 45º-50ºC (BRAZ, 2005). Corpúsculo de Krause: células especializadas que captam as sensações de frio. Corpúsculo de Ruffini: células especializadas que captam as sensações de calor. Quando a temperatura permanece entre 36,7 a 37,1ºC, não ocorre nenhuma resposta efetora, contudo, temperaturas abaixo ou acima desses limiares de- sencadeiam respostas adaptativas. No hipotálamo, existem neurônios sensíveis ao calor e neurônios sensíveis ao frio, sendo que em sua porção anterior é realizada a integração das informações térmicas aferentes, enquanto em sua porção posterior desencadeiam-se respostas efetoras. As respostas termorregulatórias estão relacionadas a um conjunto de mecanismos importantes como a resposta vasomotora, que se caracteriza pela vasodilatação em resposta ao calor e pela vasoconstrição e piloereção em resposta ao frio; o tremor, que aumenta o consumo de oxigênio e a taxa metabólica em resposta ao frio; e a sudorese em resposta ao calor (GUYTON; HALL, 2017). A perda de calor pela pele se faz continuamente por meio da sudorese, em atividades extenuantes, apresentando esse mecanismo um aumento de volume e, assim, dissipando calor. Ocorrendo uma informação de temperatura corporal fria, o hipotálamo gera impulsos para o córtex cerebral indicando a sensação de frio. Ocorre então uma mudança de atitude corporal que resulta em aumento de atividade motora para produzir aquecimento. A vasoconstri- ção é a principal reação gerada por estímulos da diminuição da temperatura corporal (hipotermia). Quando as informações periféricas indicarem calor, a primeira resposta corporal será a vasodilatação cutânea, seguida de sudorese (BRAZ, 2005). 3Termoterapia O vídeo a seguir apresenta informações sobre os meca- nismos de termorregulação humana. https://goo.gl/U7AAML Esses mecanismos de controle da termorregulação estão associados ao desencadeamento de respostas fisiológicas utilizadas em procedimentos te- rapêuticos utilizados na estética. Efeitos fisiológicos e terapêuticos do calor O corpo humano apresenta várias alterações fisiológicas em decorrência do aquecimento, as quais podem gerar alguns efeitos terapêuticos. Os efeitos fisiológicos da aplicação de calor em uma determinada região do corpo e a forma como o calor vai se distribuir dependerá de alguns fatores como: as dimensões da área aquecida, a profundidade de absorção da forma de calor utilizada, da duração do aquecimento, da intensidade de radiação e do método de aplicação (AGNE, 2017). O aquecimento localizado de uma região corporal é irradiado para os tecidos vizinhos proporcionando efeitos que envolvem diferentes processos fisiológicos. Quando o aquecimentoé localizado, observamos uma elevação na temperatura dos tecidos e uma vasodilatação reflexa em áreas remotas do corpo, porém, quando o calor é extenso e prolongado, ocorre uma elevação da temperatura central (GUYTON; HALL, 2017). O sangue, então aquecido pelos tecidos próximos ao calor, transporta esse calor até os centros hipotalâmicos, iniciando uma resposta sistêmica imediata, a vasodilatação cutânea. Esse efeito fisiológico importante associado ao calor, que ocorre sobre a vascularização, afeta o fluxo sanguíneo, com a geração de um processo de vasodilatação periférica. Essa vasodilatação ocorre em razão de estímulos do bulbo raquidiano, estimulado pelo hipotálamo, cuja função é produzir a dilatação dos vasos (BORGES, 2010). Termoterapia4 Inicialmente, o aumento da temperatura provoca um efeito direto nas arteríolas e vênulas, gerando vasodilatação por uma atuação da musculatura lisa dos vasos. Também estímulos de nervos periféricos sensitivos, localizados próximos dos vasos sanguíneos cutâneos, podem provocar estímulos que colaboram na produção de vasodilatação na pele. Esse mecanismo de constrição de pequenos vasos e de suas comunicações, na superfície corporal, tem efeito de transmitir o calor corporal do sangue para o exterior, principalmente por meio de irradiação (GUYTON; HALL, 2017). As trocas circulatórias relacionadas com o mecanismo de circulação arteriovenoso colaboram para a dissipação desse calor e o aumento do fluxo sanguíneo nos órgãos e tecidos mais profundos. Outro efeito fisiológico importante do calor está relacionado com o meta- bolismo celular. As reações químicas envolvidas na atividade metabólica são aceleradas por uma elevação na temperatura, ou seja, ocorrerá um aumento do metabolismo com a elevação da temperatura; para elevação de 1º C na tem- peratura, a taxa metabólica poderá subir 13%. Como resposta, será necessária uma maior oferta de oxigênio e nutrientes e um aumento da eliminação de produtos do catabolismo (AGNE, 2017). Existe um aumento do metabolismo e da circulação local por aumento da circulação. O aumento da temperatura central vai influenciar na aceleração das reações associadas à produção de energia e no aumento da taxa de reações metabólicas (GUIRRO; GUIRRO, 2004). As propriedades de tecidos específicos podem ser alteradas pelo aque- cimento. Nos tecidos conjuntivos (tendões e tecidos conectivos) ocorre um aumento da extensibilidade e diminuição da viscosidade do líquido sinovial nas articulações. O calor produzirá um efeito sobre os receptores musculares e tendíneos (fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi), modificando a velo- cidade de condução nervosa desses estímulos. Isso causará uma alteração na percepção do tônus muscular. Esse conjunto de reações fisiológicas está associado a um conjunto de efeitos terapêuticos. 5Termoterapia O ser humano é homeotérmico, possui uma capacidade de manutenção da temperatura corporal em torno de 36,5 °C, sendo o equilíbrio térmico obtido por meio do balanço entre a perda e a produção ou aquisição de calor. Um desses efeitos terapêuticos é o aumento da amplitude de movimento nas articulações, associado ao aumento da extensibilidade dos tecidos conjuntivos, à diminuição da viscosidade do líquido sinovial e ao relaxamento muscular pela diminuição do tônus. Esse relaxamento muscular e capsuloligamentar produz maior flexibilidade, favorecendo assim a mobilização das articulações (AGNE, 2017). Haverá um efeito analgésico associado a uma alteração na condução do estímulo doloroso das fibras nervosas periféricas que conduzem essa sensação. Segundo a teoria do portão no controle da reação à dor, quando fibras nervosas grandes e rápidas conduzem estímulos, há uma depressão na transmissão das sensações dolorosas. Além disso, colaboram com esse efeito a diminuição do tônus muscular, o aumento do metabolismo local e a remoção de catabolitos (KITCHEN, 2003). As reações de cicatrização também são positivamente influenciadas pelo calor. Eventos associados ao aumento do fluxo sanguíneo provocam maior circulação de anticorpos e de células fagocitárias na região aquecida. Ocorrerá ainda um aumento da oferta de oxigênio e nutrientes e do metabolismo local buscando utilizar essa demanda de nutrientes ampliada. Com a vasodilatação, haverá também a remoção de substâncias nocivas ou não utilizadas pelas células (BORGES, 2010). A pele também é beneficiada com o calor, pois o aumento da temperatura local e do fluxo sanguíneo gera maior atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas e dilatação dos poros na epiderme. Esses eventos influenciam na textura da pele gerando uma “maciez” no tecido. Tais mecanismos indicam a importância da utilização do calor como um recurso terapêutico na área da estética e cosmetologia. Termoterapia6 Aplicar a termoterapia superficial na prática clínica A termoterapia é a aplicação de modalidades terapêuticas que produzem aumento de calor nos tecidos corporais, por meio de métodos de aquecimento classificados como superficiais ou profundos. O uso do calor é tido como um dos métodos mais antigos utilizados com finalidade terapêutica física e, atualmente, também com fins estéticos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). A aplicação dos tratamentos de termoterapia está entre os recursos mais comumente utilizados pelos profissionais de estética. Esses elementos exer- cem o papel de fonte externa de calor, do tipo superficial, ou seja, uma forma de aumentar a temperatura diretamente na superfície aplicada. Já o uso de aparelhos como ultrassom e radiofrequência faz o organismo produzir o calor, sendo denominado de calor profundo (BORGES, 2010). Entre os recursos classificados como calor superficial, podemos citar as lâmpadas infravermelhas, compressas e bolsas quentes, banhos de parafina, turbilhões ou imersão aquecidas, as mantas térmicas, entre outros (AGNE, 2017). Para que a termoterapia superficial seja capaz de provocar efeitos terapêuticos, o aumento de temperatura da pele deve ficar ao redor de 40°C a 45°C em uma área de 2 cm de profundidade na pele (KITCHEN, 2003). Os efeito da aplicação do calor ocorrem no local da aplicação gerando uma ativação do metabolismo celular, associado a um aumento do consumo de oxigênio pelos tecidos, com melhora da nutrição tecidual. A permeabilidade da membrana celular aumenta, facilitando a atividade enzimática e a síntese proteica. Ocorre ainda uma melhora do transporte de elementos de defesa como anticorpos e leucócitos. A analgesia se produz pela alteração do limiar da dor, repercutindo em relaxamento muscular. Por fim, a sudorese colabora na remoção de catabólitos (BORGES, 2010). As formas de transmissão de calor que podem ser usadas na termoterapia superficial ocorrem por condução (por meio do contato direto com a pele), convecção (calor produzido por efeito mecânico) e conversão (radiação). A termoterapia superficial ocorre por causa da transferência de calor de uma modalidade física para o tecido, por meio da condução. 7Termoterapia Na termoterapia por condução, temos a passagem de calor de um objeto para o outro em situações como banho de parafina, bolsa de água quente e compressas. Essas modalidades atingem somente a região superficial a uma profundidade de 2 cm (GUIRRO; GUIRRO, 2004). As mantas térmicas são utilizadas como potencializadoras na redução de medidas, facilitando a penetração de princípios ativos pela vasodilatação e pela permeabilidade cutânea. As mantas podem ser aplicadas no abdômen, membros superiores e inferiores, e, dependendo da característica do aparelho, a intensidade do calor a ser aplicado pode ser regulada de forma independente. Outras modalidades de calor superficial, como Forno de Bier, sauna, banho turco, produzem calor por meio de convecção. Já o infravermelho produz uma forma de calor superficial pela conversão de energia (AGNE, 2017). A radiação infravermelha gera calor superficial por conversão e seu uso clínico está associadoprincipalmente à melhora da circulação e do metabolismo local, facilitando as reações celulares de cicatrização e regeneração (GUIRRO; GUIRRO, 2004). A termoterapia superficial é utilizada em tratamentos estéti- cos e corporais principalmente visando ao aumento da absorção dos princípios ativos dos produtos, e ao aumento do metabolismo da região, o que associa seu uso a condições como redução da gordura localizada, fibroedema geloide, tratamento de cicatrizes, entre outros. Alguns cuidados devem ser observados quando da utilização de modali- dades de termoterapia superficial, buscando evitar lesões na pele do cliente (queimaduras). Assim sendo, a escolha adequada dos parâmetros de aplicação é essencial para evitar esses acidentes (BORGES, 2010). Conforme Agne (2017), a termoterapia superficial apresenta algumas contraindicações: � hipertermia (febre), pois o calor poderá intensificar o aumento da temperatura; � tumores, não sendo indicado qualquer tipo de estímulo que acelere o metabolismo, causando um risco de disseminação de metástases; � lesões na região a ser tratada, pois o calor poderá alterar o comporta- mento da região; � período menstrual, já que o uso de calor poderá aumentar o fluxo menstrual. Uma modalidade bastante utilizada na prática clínica de calor superficial são as argilas, compondo os tratamentos estéticos da pele. Seus efeitos estão associados ao aquecimento que podem produzir, além de permitir uma troca Termoterapia8 de minerais (magnésio, ferro, sódio, potássio) por meio do contato destes com a pele. As argilas podem ser classificadas em diferentes tipos, de acordo com sua cor e funções. A argila branca é utilizada por suas propriedades cicatrizantes, em razão de sua elevada quantidade de alumínio, em situações como no controle do processo acneico. Já a argila verde, por possuir elevada quantidade de óxido de ferro, silício e zinco, é usada em tratamentos para regular a oleosidade da pele. A argila vermelha é outra modalidade utilizada em tratamentos estéticos para melhorar a microcirculação e a flacidez (LEONARDI, 2008). Uma das formas de aplicação da argila é por meio da geoterapia, que con- siste na aplicação da argila misturada com a água diretamente sobre a pele, principalmente em alterações dermatológicas como as acnes, melhorando as trocas metabólicas e favorecendo a excreção de catabólitos (LEONARDI, 2008). Outra modalidade de utilização da argila é a fangoterapia, na qual ocorre um preparo da argila associado a produtos naturais (água proveniente de lagos e mares), originando tipos de fango como o do mangue, vulcânico ou calcário. O protocolo de utilização dessas modalidades envolve inicialmente a limpeza da região a ser tratada seguido de esfoliação. A seguir, deve ser aplicada sobre a pele a modalidade desejada começando com uma camada fina, que deve ser mantida por um período de 20 a 30 minutos; na sequência, é necessário remover com água fria, fazer a limpeza e a hidratação do local (EVELINE, 2010). Outra modalidade que envolve a termoterapia superficila é o detox, que se constitui na união de um conjunto de procedimentos como esfoliação, drenagem linfática, argila verde e manta térmica, buscando produzir efeitos terapêuticos associados à eliminação de toxinas. Uma forma de realização do protocolo envolverá a utilização da esfolia- ção para remoção de células mortas, além de melhorar o aspecto da pele, tornando-a mais macia e saudável. A drenagem linfática, por meio da mas- sagem, vai estimular o sistema linfático, melhorando a circulação linfática, diminuindo a retenção de líquidos e combatendo a celulite. Já a argila verde e a manta térmica trabalham juntas nesse procedimento, sendo a argila usada em forma de máscara corporal, com a manta térmica associada produzindo calor, sendo em média aplicada por 20 minutos. Dessa forma, para a termoterapia superficial ser utilizada em tratamentos estéticos, o profissional esteticista deverá ter domínio das técnicas, para evitar possíveis consequências indesejáveis, e assim sua aplicação produzir bons resultados. 9Termoterapia Para entender melhor o conteúdo deste capítulo, leia o artigo Como o corpo humano mantém sua temperatura durante a atividade física (LUZ; AZEVEDO; OLIVEIRA, 2008). https://goo.gl/Za9SFp AGNE, J. E. Eletro termo foto terapia. 4. ed. Santa Maria, RS: [s.n.], 2017. BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. rev. e amp. São Paulo: Phorte, 2010. BRAZ, J. R. C. Fisiologia da termorregulação normal. Revista Neurociências, v. 13, n. 3, jul./set. 2005. 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Contudo, existem muitos mitos que induzem o profissional a uma conduta inadequada, devendo ser melhores entendidos e esclarecidos. Nesta Dica do Professor, você verá algumas dessas situações controversas que estão presentes no dia a dia do esteticista. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Na prática A aplicação dos tratamentos de termoterapia estão entre os recursos mais utilizados pelos profissionais de Estética. Na Prática, você vai conhecer um caso clínico relacionado ao uso da termoterapia superficial em uma cliente com histórico de alteração estética, e cuja escolha da modalidade está associada aos seus efeitos terapêuticos. Confira. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Uso de bandagens em Estética No link indicado, saiba mais sobre os tipos de bandagens e seus métodos de aplicação. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais utilizam uma ampla variedade de técnicas terapêuticas no tratamento e na reabilitação de seus pacientes, podendo ser simples ou complexas. Esta obra apresenta a base para o uso de cada tipo de modalidade. Atente-se para o capítulo 9, que trata da termoterapia. Conteúdo interativo disponível na plataformade ensino! Boas práticas em serviços de beleza Para se aprofundar mais eletroterapia facial e corporal básica, leia este livro, que apresenta o conteúdo pertinente ao que foi estudado nesta Unidade de Aprendizagem. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!