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Aula 02
Direito Processual Penal p/ PC-PE
(Agente) - 2021 - Pré-Edital
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Renan
Araujo, Equipe Penal e Processo
Penal
Aula 02
29 de Março de 2021
 
1 
Sumário 
TEORIA GERAL DA PROVA NO PROCESSO PENAL ....................................................................... 3	
1	 Introdução. Classificações ...................................................................................................... 3	
1.1	 Introdução ....................................................................................................................... 3	
1.2	 Classificação das provas .................................................................................................. 6	
2	 Princípios que regem o sistema probatório ........................................................................... 9	
3	 Etapas de produção da prova .............................................................................................. 10	
4	 Ônus da prova ...................................................................................................................... 10	
4.1	 Produção probatória pelo Juiz ...................................................................................... 11	
5	 Provas ilegais ........................................................................................................................ 14	
5.1	 Provas ilícitas ................................................................................................................. 14	
5.2	 Provas ilícitas por derivação .......................................................................................... 15	
5.3	 Provas ilegítimas ............................................................................................................ 17	
5.4	 Consequências processuais no caso de reconhecimento da ilegalidade da prova ...... 18	
5.5	 Consequências processuais do reconhecimento da ilicitude da prova ........................ 18	
5.6	 Consequências processuais do reconhecimento da ilegitimidade da prova ................ 20	
SÚMULAS PERTINENTES ................................................................................................................ 21	
1	 Súmulas do STJ .................................................................................................................... 21	
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA ..................................................................................................... 21	
EXERCÍCIOS COMENTADOS ......................................................................................................... 23	
EXERCÍCIOS PARA PRATICAR ........................................................................................................ 50	
GABARITO ...................................................................................................................................... 61	
 
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 02
Direito Processual Penal p/ PC-PE (Agente) - 2021 - Pré-Edital
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2 
Olá, meus amigos! 
Hoje vamos estudar um tema bastante interessante, que é o tema de PROVAS. O tema completo 
é estudado em duas aulas, deixando para esta primeira aula a análise da teoria geral da prova no 
Direito Processual Penal brasileiro. 
Nossa aula já está de acordo com a Lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) e com a decisão 
liminar proferida pelo STF na ADI 6298. 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
Aula 02
Direito Processual Penal p/ PC-PE (Agente) - 2021 - Pré-Edital
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3 
 TEORIA GERAL DA PROVA NO PROCESSO 
PENAL 
1 Introdução. Classificações 
1.1 Introdução 
A Teoria Geral da Prova no Processo Penal está regulada no Título VII CPP, a partir do art. 
155, que assim dispõe: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
A expressão “livre apreciação da prova produzida” consagra a adoção do sistema do livre 
convencimento motivado da prova1. O que isso significa? O princípio ou sistema do livre 
convencimento motivado, ou livre convencimento regrado, diz que o Juiz deve valorar a prova 
produzida da maneira que entender mais conveniente, de acordo com sua análise dos fatos 
comprovados nos autos. 
Assim, o Juiz não está obrigado a conferir determinado “peso” a alguma prova. Por 
exemplo: num processo criminal, mesmo que o acusado confesse o crime, o Juiz não está obrigado 
a dar a esta prova (confissão) valor absoluto, devendo avaliá-la em conjunto com as demais provas 
produzidas no processo, de forma a atribuir a esta prova o valor que reputar pertinentes. 
Entretanto, esta liberdade do Magistrado (Juiz) não é absoluta, pois: 
• O Magistrado deve fundamentar suas decisões; 
• As provas devem constar dos autos do processo; 
 
1 Também chamado de princípio da PERSUASÃO RACIONAL, CONVENCIMENTO RACIONAL ou APRECIAÇÃO 
FUNDAMENTADA. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. 
Forense. Rio de Janeiro, 2015, p.345 
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Renan Araujo, Equipe Penal e Processo Penal
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4 
• As provas devem ter sido produzidas sob o crivo do contraditório judicial – Assim, as 
provas exclusivamente produzidas em sede policial (Inquérito Policial) não podem, 
por si sós, fundamentar a decisão do Juiz.2 
Além disso, o CPP determina que as provas urgentes, que não podem esperar para serem 
produzidas em outro momento (cautelares, provas não sujeitas à repetição, etc.), estão ressalvadas 
da obrigatoriedade de serem produzidas necessariamente pelo crivo do contraditório judicial, 
embora se deva sempre procurar estabelecer o contraditório em sede policial quando da 
realização destas diligências. 
Ao sistema do livre convencimento regrado ou motivado, contrapõem-se: 
• Sistema da prova tarifada (ou certeza moral do legislador, sistema das regras legais ou da 
prova legal) - o sistema da prova tarifada, ou sistema tarifário da prova, estabelece, diretamente 
pela lei, determinados “pesos” que cada prova possui, num sistema de apreciação bastante rígido 
para o Juiz3. De acordo com este sistema, cabe ao Juiz apenas fazer a soma aritmética dos “pesos” 
de cada prova, a fim de decidir se o somatório das provas em determinado sentido é superior ao 
somatório das provas em sentido contrário.	
Neste sistema, a título de exemplo, a confissão deveria possuir valor máximo 
(rainha das provas), de forma que sendo o réu confesso, o Juiz deveria condená-
lo, ainda que todas as outras provas indicassem o contrário. 
O Brasil não adotou, como regra, o sistema da prova tarifada. No entanto, existem algumas 
exceções no CPP. Exemplos: Necessidade de que, para a extinção da punibilidade pela morte do 
acusado, a prova se dê única e exclusivamente pela certidão de óbito (art. 62); quando o Juiz 
esteja obrigado a suspender o curso do processo penal para que seja decidida, no Juízo Cível, 
questão sobre o estado das pessoas. Nesse caso, o único meio de prova que se admite para a 
comprovação do estado da pessoa (filiação, etc.), é a sentença produzida no Juízo Cível (art. 92 
do CPP). 
Essa tarifação exemplificada acima, é o que se chama de tarifação absoluta, ou seja, somente 
se admite aquela prova expressamente prevista. Existe, entretanto, a chamada tarifação relativa, 
que é aquela na qual a lei estabelece determinado critério de valoração do meio de prova,mas 
confere alguma liberdade ao Juiz. 
 
2 À exceção das provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Além disso, PACELLI sustenta que a impossibilidade 
de utilização dos elementos colhidos na investigação como únicos para fundamentar a decisão somente se aplicaria à 
decisão condenatória, pois o intuito da norma e evitar que sejam violados o contraditório e a ampla defesa. E, se 
tratando de decisão absolutória, não haveria qualquer razão para não se admitir. PACELLI, Eugênio. Curso de processo 
penal. 16º edição. Ed. Atlas. São Paulo, 2012, p. 331. 
3 PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 330 
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5 
EXEMPLO: o art. 158 do CPP prevê a obrigatoriedade do exame de delito para 
se provar a existência dos crimes que deixarem vestígios. No entanto, o art. 167 
relativiza esta disposição, afirmando que se os vestígios tiverem desaparecido, 
poderá o Magistrado suprir o exame de corpo de delito pela prova testemunhal. 
• Sistema da íntima convicção (ou certeza moral do Juiz) – É um sistema no qual não há 
necessidade de fundamentação por parte do julgador, podendo ele decidir da maneira que a sua 
“sensação de Justiça” indicar. Também não é adotado como regra no Processo Penal pátrio, 
tendo sido adotado, porém, como exceção, nos processos cujo julgamento seja afeto ao Tribunal 
do Júri, pois os jurados, pessoas leigas que são, julgam conforme o seu sentimento interior de 
Justiça, não tendo que fundamentar o porquê de sua decisão. 
Vale mencionar a vocês que o Brasil não adotou, como regra, o sistema taxativo da prova. 
O sistema taxativo implica a impossibilidade de produção de outros meios de prova que não sejam 
aqueles expressamente previstos na Lei Processual. No Brasil, é plenamente possível a utilização 
de meios de prova inominados ou atípicos (não previstos expressamente na Lei). Não confundam 
isto com sistema da prova tarifada. São coisas distintas! 
Podemos definir prova como o elemento produzido pelas partes ou mesmo pelo Juiz, 
visando à formação do convencimento deste (Juiz) acerca de determinado fato. Como o processo 
criminal é um processo de “conhecimento” (pois se busca a certeza, já que reside incerteza quanto 
à materialidade do delito e sua autoria), a produção probatória é um instrumento que conduz o 
Juiz ao alcance da “certeza”, de forma que, de posse da certeza dos fatos, o Juiz possa aplicar o 
Direito. 
Por sua vez, o objeto de prova é o fato que precisa ser provado para que a causa seja 
decidida, pois sobre ele existe incerteza4. Assim, num crime de homicídio, o exame de corpo de 
delito é prova, enquanto o fato (existência ou não do homicídio – a materialidade do crime) é o 
objeto de prova. NÃO CONFUNDAM ISSO! 
Somente os fatos, em regra, podem ser objeto de prova, pois o Direto não precisa ser 
provado, na medida em que o Juiz conhece o Direito (iura novit curia). No entanto, utilizando-se 
por analogia o regramento processual civil, a parte que alegar direito5 municipal, estadual ou 
estrangeiro, deve provar-lhes o teor e a vigência, pois o Juiz não está obrigado a conhecer estas 
normas jurídicas. 
 
4 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 341 
5 Normas infralegais (portarias, resoluções, etc.) também devem ser provadas, exceto se forem complemento para 
normas penais em branco, como, por exemplo, a Portaria da ANVISA nº 344, que regulamenta Lei 13.343/06 (Lei de 
Drogas), estabelecendo quais são as substâncias consideradas entorpecentes. 
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6 
No entanto, esta disposição fica muito enfraquecida no Direito Processual Penal, 
considerando a competência privativa da União para legislar sobre Direito Penal e Processual, nos 
termos do art. 22, I da CRFB/88. 
Porém, existem determinados fatos que não necessitam serem provados6 (não sendo, 
portanto, objeto de prova). São eles: 
• Fatos evidentes (ou axiomáticos, ou intuitivos) – São fatos que decorrem de um 
raciocínio lógico, intuitivo, decorrente de alguma situação que gera a lógica 
conclusão de outro fato (ex.: o réu, nascido em junho de 1985, fato este conhecido 
do Juízo, não precisa provar que em agosto de 2015 ele possuía 30 anos. É evidente 
que se nasceu em junho de 1985, em agosto de 2015 já terá completado 30 anos). 
• Fatos notórios – São aqueles que pertencem ao conhecimento comum de todas as 
pessoas. Assim, ao mencionar, por exemplo, que um fato criminoso fora cometido 
no dia 25 de dezembro, Natal, não tem a parte obrigação de provar que o dia 25 de 
dezembro é Natal, pois isso é do conhecimento comum de qualquer pessoa. 
• Presunções legais – São fatos que a lei presume tenham ocorrido. O exemplo mais 
clássico é a inocência do réu. A Lei presume a inocência do réu, portanto, não cabe 
ao réu provar que é inocente, pois este fato já é presumido. No entanto, este fato é 
uma presunção relativa, ou seja, pode ser desconstituído se o titular da ação penal 
(MP ou ofendido) provar que o acusado é culpado. Nessa hipótese, terá sido ilidida 
a presunção de inocência. Por outro lado, a presunção pode ser também, absoluta, 
ou seja, não admitir prova em contrário. Um exemplo clássico é a presunção de que 
o menor de 14 anos não tem condições mentais de consentir na realização de um 
ato sexual, sendo, portanto, crime de estupro a prática de ato sexual com pessoa 
menor de 14 anos, consentido ou não a vítima (presunção absoluta de incapacidade 
para consentir, ou presunção iure et de iure). Para parcela da Doutrina, no entanto, 
trata-se de presunção meramente relativa (tese minoritária). Frise-se que embora o 
fato presumido independa de prova, o fato que gera a presunção deve ser provado. 
Assim, embora seja presumida a incapacidade para consentir do menor de 14 anos, 
a condição de menor de 14 anos deve ser objeto de prova. 
• Fatos inúteis – São aqueles que não possuem qualquer relevância para a causa, 
sendo absolutamente dispensáveis e, até mesmo, podendo ser dispensada a sua 
apreciação pelo Juiz. 
1.2 Classificação das provas 
As provas podem ser classificadas em: 
 
6 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 342 
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7 
Quanto ao seu objeto: 
a) Provas diretas – Aquelas que provam o próprio fato, de maneira direta. Exemplo: 
Testemunha ocular de um delito, que, com seu depoimento, prova diretamente a 
ocorrência do fato; 
b) Provas indiretas – Aquelas que não provam diretamente o fato, mas por uma dedução 
lógica, acabam por prová-lo. Exemplo: Imagine-se que o acusado comprove de maneira 
cabal (absoluta) que se encontrava em outro país quando da ocorrência de um roubo na 
cidade do Rio de Janeiro, do qual é acusado. Assim, comprovado este fato (que não é 
o fato criminoso), deduz-se de maneira irrefutável, que o acusado não praticou o crime 
(prova indireta). 
Quanto ao valor: 
a) Provas plenas – Aquelas que trazem a possibilidade de um juízo de certeza quanto ao 
fato que buscam provar, possibilitando ao Juiz fundamentar sua decisão de mérito em 
apenas uma delas, se for o caso. Exemplo: Prova documental, testemunhal, exame de 
corpo de delito, etc.; 
b) Provas não-plenas – Apenas ajudam a reforçar a convicção do Juiz, contribuindo na 
formação de sua certeza, mas não possuem o poder de formar a convicção do Juiz, que 
não pode fundamentar sua decisão de mérito apenas numa prova não-plena. Exemplos: 
Indícios (art. 239 do CPP), fundadasuspeita (art. 240, § 2° do CPP), etc. 
Quanto ao sujeito: 
a) Provas reais – Aquelas que se baseiam em algum objeto, e não derivam de uma pessoa. 
Exemplo: Cadáver, documento, etc. 
b) Provas pessoais – São aquelas que derivam de uma pessoa. Exemplo: Testemunho, 
interrogatório do réu, etc. 
 
Existe, ainda, a figura da PROVA EMPRESTADA. A prova emprestada é aquela que, tendo sido 
produzida em outro processo, vem a ser apresentada7 no processo corrente, de forma a também 
neste produzir os seus efeitos. 
 
7 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 339 
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8 
A Doutrina e a Jurisprudência discutem sobre a necessidade de que a prova emprestada tenha 
sido produzida em processo que envolveu as mesmas partes (identidade de partes). 
O entendimento mais recente do STJ8 é no sentido de que não se exige que a prova emprestada 
seja oriunda de processo que envolveu as mesmas partes, desde que essa prova emprestada seja, 
no momento de sua inclusão no processo atual, submetida ao contraditório. 
Presentes os requisitos, a prova emprestada terá o mesmo valor das demais provas. Ausente 
qualquer dos requisitos, será considerada como mero indício, tendo o valor de prova não-plena.9 
Quanto ao procedimento: 
a) prova típica – Seu procedimento está previsto na Lei. 
b) prova atípica – Duas correntes: a.1) É somente aquela que não está prevista na Legislação 
(este conceito se confunde com o de prova inominada); a.2) É tanto aquela que está prevista 
na Lei, mas seu procedimento não, quanto aquela em que nem ela nem seu procedimento 
estão previstos na Legislação. 
Outras classificações: 
a) prova anômala – É a prova típica, só que utilizada para fim diverso daquele para o qual 
foi originalmente prevista. 
b) prova irritual – É aquela em que há procedimento previsto na Lei, só que este 
procedimento não é respeitado quando da colheita da prova. 
c) prova “fora da terra” – É aquela realizada perante juízo distinto daquele perante o qual 
tramita o processo (realizada por carta precatória, por exemplo). 
d) prova crítica – É utilizada como sinônimo de “prova pericial”.		
 
8 REsp 1340069/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/08/2017, DJe 28/08/2017 
 
9 Temos, ainda, a chamada “serendipidade”, que é o encontro fortuito de provas. Ocorre quando um elemento de 
prova relativo ao fato objeto de um processo é encontrado fortuitamente, ou seja, por acaso, em outro processo. 
Neste caso, a decisão judicial pode ser fundamentada em elementos de prova surgidos, de forma fortuita, durante a 
investigação de outros crimes. 
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9 
2 Princípios que regem o sistema probatório 
A) Princípio do contraditório – Todas as provas produzidas por uma das partes podem ser 
contraditadas (contraprova) pela outra parte; 
B) Princípio da comunhão da prova (ou da aquisição da prova) – A prova é produzida por 
uma das partes ou determinada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixa de pertencer 
àquele que a produziu, passando a ser parte integrante do processo, podendo ser utilizada em 
benefício de qualquer das partes. Exemplo: Imagine que o réu arrole uma testemunha, 
acreditando que seu depoimento será favorável a ele. No entanto, eu seu depoimento a 
testemunha afirma que viu o acusado praticar o crime. Assim, nada impede que o Juiz se valha da 
própria prova produzida pelo réu para condená-lo, pois a prova não é mais do réu, e sim comum 
ao processo (comunhão da prova). Isso é muito importante! Guardem isso! 
C) Princípio da oralidade – Sempre que for possível, as provas devem ser produzidas 
oralmente na presença do Juiz. Assim, mais valor tem uma prova testemunhal produzida em 
audiência que um mero documento juntado aos autos contendo algumas declarações de uma 
suposta testemunha. Desse princípio decorrem: 
c.1) Subprincípio da concentração – Sempre que possível as provas devem ser concentradas 
na audiência. Tanto o é que, com as alterações promovidas pela Lei 11.719/08, as alegações 
finais, que antes eram realizadas mediante a apresentação de memoriais (escritos), 
atualmente serão, em regra, apresentadas oralmente ao final da audiência (podendo, em 
casos complexos, serem apresentadas por escrito, através de memoriais); 
c.2) Subprincípio da publicidade – Os atos processuais não devem ser praticados de maneira 
secreta, sendo vedado ao Juiz apresentar obstáculos à publicidade dos atos processuais. 
Isto deriva da própria Constituição, em seus arts. 5°, LX e 93, IX. Porém, esta publicidade 
não é absoluta, podendo ser restringida em alguns casos, apenas às partes e seus 
procuradores, ou somente a estes. Percebam, portanto, que existe a possibilidade, até 
mesmo, de um ato processual não ser público para uma das partes, MAS NUNCA PODERÁ 
SER RESTRINGIDA A PUBLICIDADE AOS PROCURADORES DAS PARTES; 
c.3) Subprincípio da imediação – o Juiz, sempre que possível, deve ter contato físico com a 
prova, no ato de sua produção, a fim de que melhor possa formar sua convicção; 
D) Princípio da autorresponsabilidade das partes – As partes respondem pelo ônus da 
produção da prova acerca do fato que tenham de provar. Assim, se o titular da ação penal não 
provar a autoria e a materialidade do fato, terá uma consequência adversa para si, que é a 
absolvição do acusado; 
E) Princípio da não auto-incriminação (ou Nemo tenetur se detegere) – Por este princípio 
entende-se a não obrigatoriedade que a parte tem de produzir prova contra si mesma. Assim, não 
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10 
está o acusado obrigado a responder às perguntas que lhe forem feitas, nem a participar da 
reconstituição simulada, nem fornecer material gráfico para exame grafotécnico, etc. 
3 Etapas de produção da prova 
Esclareço a vocês, ainda, que quatro são as etapas do processo de produção da prova: 
1. Proposição – A produção da prova é requerida ao Juiz, podendo ocorrer em momento 
ordinário ou extraordinário. O momento ordinário é aquele no qual a lei estabelece que 
devam ser requeridas. Assim, o momento para a proposição de meios de prova é a 
denúncia, para o MP, e a resposta à acusação, para a defesa. O momento extraordinário, 
por sua vez, é todo momento em que a parte requeira a produção de uma prova fora 
da época correta (momento ordinário); 
2. Admissão – É o ato mediante o qual o Juiz defere ou não a produção de uma prova. As 
provas propostas no momento ordinário só podem ser indeferidas quando 
impertinentes ao processo (não guardam relação com o processo). Já as provas 
propostas em momento extraordinário podem ser indeferidas pela simples análise, pelo 
Juiz, de sua desnecessidade para a formação de sua convicção; 
3. Produção – É o momento em que a prova é trazida para dentro do processo, seja através 
da juntada de um documento ou laudo pericial, ou através da oitiva de uma testemunha, 
etc.; 
4. Valoração – É o momento no qual o Juiz aprecia cada prova produzida e lhe atribui o 
valor que julgar pertinente, de acordo com todo o conteúdo probatório existente, 
fundamentando sua decisão. 
4 Ônus da prova 
O ônus da prova pode ser definido como o encargo conferido a uma das partes referente à 
produção probatória relativa ao fato por ela alegado.10 
Assim, nos termos do art. 156, 1° parte, do CPP: 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pelaLei nº 11.690, de 2008) 
Desta forma, fica claro que a parte que alega algum fato, deve fazer prova dele. Portanto, 
cabe ao acusador fazer prova da materialidade e da autoria do delito.11 Cabe ao réu, por sua vez, 
 
10 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 342 
11 PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 325 
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11 
provar os fatos que alegar (algum álibi) ou desconstituir a prova feita pelo acusador (um excludente 
de ilicitude, uma excludente de culpabilidade, etc.). 
Um ônus não é uma obrigação, pois uma obrigação descumprida é um ato contrário ao 
Direito. Um ônus, por sua vez, quando descumprido, não gera um ato contrário ao Direito, mas 
representa uma perda de oportunidade à parte que lhe der causa. 
4.1 Produção probatória pelo Juiz 
Pode se dar de duas formas distintas: 
(i) Na produção antecipada de provas – Regra geral, as provas devem ser produzidas 
pelas partes. No entanto, em alguns casos, o Juiz pode determinar a produção de algumas provas. 
Essa faculdade está prevista no art. 156, segunda parte, e incisos I e II do CPP. O primeiro deles 
trata da produção de provas urgentes: 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação 
e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Muito se discutiu na Doutrina acerca da constitucionalidade desta faculdade, tendo em conta 
a adoção, no Brasil, de um sistema processual acusatório, ou seja, cabe às partes agirem para 
formar a convicção do Magistrado, que apenas recebe os elementos de prova e os valora. 
No entanto, o STJ e o STF entenderam que a produção de provas pelo Juiz É 
CONSTITUCIONAL, sendo, porém, medida excepcional, pois embora se adote o sistema 
acusatório, também se adota o princípio da verdade real12, de forma que o Juiz deve buscar 
sempre a verdade dos fatos, e não se contentar com a “verdade” que consta no processo (verdade 
formal). 
Deve, ainda, o Magistrado quando determinar a produção de prova antecipada, fazer isto 
obedecendo: 
⇒ A necessidade da prova – A prova determinada deve ser indispensável à elucidação 
dos fatos. 
 
12 Tal princípio não está imune a críticas, notadamente aquelas que o consideram como uma brecha inquisitiva para o 
exercício arbitrário de poder por parte do Estado. PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 322/323 
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⇒ Adequação da prova – A prova da adequação se dá mediante uma análise da urgência 
de sua realização. Se determinada a realização de uma prova que não é urgente, não 
haverá adequação da medida. 
⇒ Proporcionalidade – Está relacionada à ponderação de valores em conflito. Assim, a 
proporcionalidade deve ser extraída mediante um balanço entre a busca da verdade 
real e a imparcialidade do Juiz, mediante a análise de fatores como a existência de 
outras provas acerca do mesmo fato, gravidade do delito, grau de urgência, etc. 
 
Ressalto a vocês, por fim, que a determinação de produção antecipada de provas urgentes 
e relevantes é uma espécie de medida cautelar (busca evitar o perecimento da prova), de forma 
que devem estar presentes os requisitos da cautelaridade, que são o fumus comissi delicti 
(existência de indícios da materialidade e da autoria do delito) e o periculum in mora (Perigo de 
que a demora na produção da prova torne impossível a sua realização). 
 
(ii) Na produção de provas após iniciada a fase de instrução do processo – Esta 
possibilidade está prevista no art. 156, II do CPP: 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
(...) II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a 
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela 
Lei nº 11.690, de 2008) 
Um exemplo de exercício desta faculdade está no art. 196 do CPP, que permite ao Juiz 
proceder, de ofício (ou seja, sem requerimento das partes), a novo interrogatório do réu. Ou, 
ainda, nos termos do art. 209 do CPP, ouvir testemunhas não arroladas pelas partes, dentre outros 
exemplos. 
O mesmo que foi dito quanto à constitucionalidade da produção antecipada de provas ex 
officio se aplica a esta hipótese de produção de provas pelo Juiz. O objetivo é conciliar o princípio 
da verdade real com o modelo acusatório. 
A diferença entre ambas as hipóteses reside, primordialmente, no fato de que no primeiro 
caso se exige a cautelaridade da medida (urgência de sua realização). No segundo caso, basta que 
o Magistrado tenha dúvida sobre ponto relevante, o que autoriza a produção de provas ex officio. 
 
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4.1.1 Produção probatória pelo Juiz e Lei 13.964/19 
A Lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) provocou mudanças sensíveis no processo 
penal brasileiro. Dentre estas mudanças, está o art. 3º-A do CPP: 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz 
na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de 
acusação. (eficácia suspensa por força de decisão liminar proferida pelo STF na 
ADI 6298) 
Como se vê, hoje, o sistema acusatório no nosso processo penal não é mais uma 
interpretação doutrinária dos contornos da nossa legislação. Trata-se de um sistema que foi 
expressamente adotado, nos termos da Lei. 
Mais que isso: ao adotar expressamente o sistema acusatório, o legislador ainda trouxe duas 
vedações ao Juiz (reforçando o caráter acusatório de nosso sistema): 
⇒ Vedação da iniciativa do juiz na fase de investigação 
⇒ Vedação da substituição da atuação probatória do órgão de acusação 
Ou seja, ao Juiz é vedado agir “de ofício” no curso da investigação, bem como atuar de 
maneira proativa na produção probatória, exercendo a função conferida ao acusador (o que 
configuraria resquício inquisitivo). 
Assim, diante da nova sistemática, cremos que a possibilidade de o Juiz determinar “ex 
officio” (sem provocação) a produção antecipada de provas na fase pré-processual estaria 
tacitamente revogada. Para reforçar tal compreensão, o art. 3º-B (também criado pela Lei 
13.964/19) assim estabelece: 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da 
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia 
tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe 
especialmente: (eficácia suspensa por força de decisão liminar proferida pelo STF 
na ADI 6298) 
(...) VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla 
defesa em audiência pública e oral; 
Como se vê claramente, o art. 3º-B, VIII do CPP estabelece que incumbe ao Juiz das Garantias 
(Juiz que atua na fase pré-processual, supervisionando a investigação criminal) decidir sobre o 
REQUERIMENTO de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis. Ou 
seja: hoje deve haver requerimento, não se admitindo que o Juiz assim proceda de ofício. 
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ATENÇÃO!!! Vale ressaltar que estes dispositivos (arts. 3º-A e 3º-B do CPP) estão 
com eficácia suspensa, por força de decisão liminar proferida pelo STF no bojo da 
ADI 6298. 
Professor, mas por qual razão nós vimos esta parte então? Para que vocês entendam que hoje há 
na Lei (embora com eficácia suspensa) um regramento que restringe a atuação “de ofício” do Juiz. 
Ou seja, é mais produtivo saber que o legislador optou pela inclusão de tais dispositivos e o STF 
suspendeu temporariamente do que simplesmente ignorar a alteração legislativa. 
5 Provas ilegais 
As provas ilegais são um gênero do qual derivam três espécies: provas ilícitas, provas ilícitas 
por derivação e provas ilegítimas. 
5.1 Provas ilícitas 
São consideradas provas ilícitas aquelas produzidas mediante violação de normas de direito 
material (normas constitucionais ou legais)13. A Constituição Federal expressamente prevê a 
vedação da utilização de provas obtidas por meios ilícitos. Nos termos do seu art. 5°, LVI: 
Art. 5º (...) LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
O art. 157 do CPP, por sua vez, diz: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
São exemplos de prova ilícita: 
• Interceptação telefônica realizada sem ordem judicial, por violar o art. 5°, XII da 
Constituição Federal. 
• Busca e apreensão domiciliar sem ordem judicial, por violação ao art. 5°, XI da 
Constituição. 
• Prova obtida mediante violação de correspondência, pois viola o art. 5°, XII da 
Constituição Federal. 
Muitos outros existem, e ficaríamos dias e dias a enumerá-los. No entanto, o que vocês 
devem saber é que qualquer prova obtida por meio ilícito é uma prova ilegal, e que por meio 
 
13 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 340 
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ilícito deve-se entender aquele que importa em violação a algum direito material, 
constitucionalmente protegido, de maneira direta ou indireta. 
A prova pode ser ilícita por afrontar direta ou indiretamente a Constituição. Todos os 
exemplos citados acima são hipóteses de prova ilícita por afrontamento direto à Constituição. No 
entanto, pode ocorrer de a prova ser ilícita por ofender uma norma prevista em Lei (não na 
Constituição), mas essa Lei retira seu fundamento diretamente da Constituição. 
EXEMPLO: Imagine um interrogatório do réu em sede judicial realizado sem a 
presença do advogado. A norma que diz que a presença do advogado é 
indispensável não está na Constituição, mas no art. 185 do CPP. No entanto, este 
art. 185 do CPP nada mais faz que observar o princípio da ampla defesa. Assim, 
pode-se dizer que quando se afronta o art. 185 do CPP, está a ser violado, 
também, o princípio da ampla defesa, consagrado no art. 5°, LV da Constituição. 
5.2 Provas ilícitas por derivação 
São aquelas provas que, embora sejam lícitas em sua essência, derivam de uma prova ilícita, 
daí o nome “provas ilícitas por derivação”. Trata-se da aplicação da Teoria dos frutos da árvore 
envenenada (fruits of the poisonous tree), segundo a qual, o fato de a árvore estar envenenada 
necessariamente contamina os seus frutos. Trazendo para o mundo jurídico, significa que o defeito 
(vício, ilegalidade) de um ato contamina todos os outros atos que a ele estão vinculados. 
Antes do advento da Lei 11.690 (que alterou alguns dispositivos do CPP), a utilização desta 
teoria era fundamentada com base no art. 573, § 1° do CPP, que diz: 
Art. 573 (...) § 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que 
dele diretamente dependam ou sejam consequência. 
No entanto, com o advento da Lei citada, o art. 157, § 1° do CPP passou a tratar 
expressamente da prova ilícita por derivação. Vejamos: 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
Perceba, caro aluno, que a primeira parte do dispositivo transcrito trata da regra, qual seja: 
Toda prova derivada de prova ilícita é inadmissível no processo. Entretanto, a segunda parte do 
artigo excepciona a regra, ou seja, existem casos em que a prova, mesmo derivando de outra 
prova, esta sim ilícita, poderá ser utilizada. 
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Exige-se, primeiramente, que a prova ilícita por derivação possua uma relação de causalidade 
exclusiva com a prova originalmente ilícita. Assim, se uma prova B (lícita) só pode ser obtida 
porque se originou de uma prova ilícita (A), a prova B será inadmissível. Entretanto, se a prova B 
não foi obtida exclusivamente em razão da prova A, a prova B não será inadmissível. 
EXEMPLO: Imagine que Paulo fora arrolado pelo MP como testemunha em um 
processo criminal, tendo prestado seu depoimento de maneira válida durante a 
instrução processual. O que esta prova tem de ilícita? Nada. Porém, imagine que 
a testemunha Paulo só tenha sido descoberta em razão de um depoimento 
testemunhal ocorrido em sede policial, na qual a testemunha Carlos foi torturada. 
Assim, o depoimento de Carlos é prova ilícita, de formar que contamina o 
depoimento (válido) de Paulo, pois somente através do depoimento mediante 
tortura de Carlos é que se chegou até a testemunha Paulo. 
Imagine, agora, que além de ter sido mencionado como testemunha do crime por 
Carlos (que estava sob tortura), Paulo tenha sido apontado como testemunha 
ocular do crime por outra testemunha, Ricardo, que prestou depoimento válido e 
de maneira livre em sede policial. Ora, estamos aqui diante do que se chama de 
fonte independente capaz de conduzir ao objeto de prova.14 Assim, se a prova 
ilícita por derivação (depoimento de Paulo) tenha sido obtida também por uma 
fonte independente (depoimento de Ricardo) da fonte contaminada (depoimento 
de Carlos, sob tortura), a prova deixará de ser ilícita por derivação e poderá ser 
utilizada no processo. Nos termos do § 2° do art. 157 do CPP: 
Art. 157 (...) § 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo 
os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria 
capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Por fim, há ainda o que a Doutrina chama de “Teoria da descoberta inevitável”15 (inevitable 
discovery), segundo a qual também poderá ser utilizada a prova que, embora obtida através de 
uma outra prova, ilícita, teria sido obtida inevitavelmente pela autoridade. 
EXEMPLO: Imagine que o Juiz tenha determinado a Busca e apreensão de 
documentos e objetos na casa do suspeito José. Antes de realizada a diligência, 
José, que estava preso, afirma, mediante tortura, que a arma do crime está em sua 
residência, dentro do armário. Chegando no local, a autoridade policial constata 
que de fato a arma está no armário, mas simultaneamente chega ao local outra 
equipe, para cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão determinado 
 
14 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 341 
15 Também chamada de “exceção da fonte HIPOTÉTICA independente”. 
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anteriormente. Ora, a arma seria localizadainevitavelmente pela equipe que fora 
realizar a busca e apreensão (diligência válida e regular). 
Portanto, a prova ilícita por derivação (arma do crime, à qual se chegou através de 
interrogatório mediante tortura) teria sido inevitavelmente descoberta de forma 
lícita, ainda que não houvesse a prova ilícita que lhe deu origem. 
Assim, a prova foi obtida de forma ilícita, pois decorreu do interrogatório 
mediante tortura. Todavia, analisando-se as circunstâncias, é perfeitamente 
possível concluir que esta mesma prova acabaria sendo obtida de qualquer modo, 
licitamente. 
Desta forma, a prova poderá ser usada no processo. 
5.3 Provas ilegítimas 
São provas obtidas mediante violação a normas de caráter eminentemente processual, sem 
que haja nenhum reflexo de violação a normas constitucionais. 
EXEMPLO: Imagine que num determinado processo criminal em uma comarca do 
interior, não havendo perito oficial, o Juiz tenha determinado a produção de prova 
pericial por um perito não oficial. Esta prova pericial produzida será ilegítima, pois 
viola uma norma processual, prevista no art. 159, § 1° do CPP: 
Art. 159 (...) 
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, 
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Neste caso, não há qualquer violação à Constituição, pois a realização de uma 
prova pericial por apenas um perito não-oficial, ao invés de dois, em nada 
prejudica algum direito fundamental. No entanto, trata-se de violação a uma 
norma processual, de forma que esta prova é considerada ilegítima. 
Não se pode esquecer que o termo “ilegítimas” só se aplica às provas obtidas com violação 
às normas de direito PROCESSUAL. Já o termo “ilícitas” se aplica apenas às provas obtidas com 
violação às normas de direito material. 
Assim: 
ILÍCITAS (08 LETRAS) – MATERIAL (08 LETRAS) 
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ILEGÍTIMAS (10 LETRAS) – PROCESSUAL (10 LETRAS) 
5.4 Consequências processuais no caso de reconhecimento da 
ilegalidade da prova 
Reconhecida a ilegalidade da prova, este reconhecimento gera algumas consequências 
práticas no processo criminal. Entretanto, estas consequências são diferentes no caso de provas 
ilícitas (ilícitas e ilícitas por derivação) e provas ilegítimas. 
5.5 Consequências processuais do reconhecimento da ilicitude da prova 
No caso das provas ilícitas e ilícitas por derivação, declarada sua ilicitude, elas deverão ser 
desentranhadas do processo16 e, após estar preclusa a decisão que determinou o 
desentranhamento (não couber mais recurso desta decisão), esta prova será inutilizada pelo Juiz. 
É o que preconiza o § 3° do art. 157 do CPP: 
Art. 157 (...) § 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada 
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes 
acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)	
Trata-se, portanto, de valoração da ilicitude da prova ANTES DA SENTENÇA. Entretanto, 
em relação à simetria de tratamento que se dá às provas ilícitas e às nulidades absolutas, a ilicitude 
destas provas poderá ser arguida a qualquer momento, inclusive após a sentença. 
 
CUIDADO! Há parcela da Doutrina, no entanto, vem entendendo que, desentranhada prova 
declarada inadmissível, a sua inutilização não é obrigatória, podendo o Magistrado declarar a 
inadmissibilidade da prova, mas não decretar seu desentranhamento e inutilização. 
Isto se deve em razão da existência de forte entendimento17 no sentido de que a prova, ainda que 
seja ilícita, se for a única prova que possa conduzir à absolvição do réu, ou comprovar fato 
 
16 Sobre os efeitos do reconhecimento da ilicitude da prova, vale destacar que o mero reconhecimento da ilicitude da 
prova não é capaz de ensejar o trancamento da ação penal ou a prolação de uma sentença condenatória. A ação penal 
pode possuir justa causa (elementos mínimos de prova) calcada em outras provas, não declarada ilícitas, bem como a 
condenação pode sobrevir condenação, também fundada em outras provas, não vinculadas à prova considerada ilícita 
(Informativo 776 do STF). 
17 PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 320 
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importante para sua defesa, em razão do princípio da proporcionalidade, deverá ser utilizada no 
processo. Assim, a inutilização da prova inviabilizaria sua utilização pro reo. 
EXEMPLO: Imagine que Marcelo, acusado de homicídio, saiba que, na verdade, Bruno é o 
verdadeiro homicida, mas não possui provas acerca disso. No entanto, Marcelo adentra à casa de 
Bruno pela madrugada e acopla um dispositivo para realização de escutas. Durante a utilização do 
dispositivo, Bruno comenta diversas vezes com sua esposa acerca da autoria do homicídio, 
confessando-o. Esta prova, obtida ilicitamente (violação ao Direito à privacidade, art. 5°, X da 
Constituição), por ser a única capaz de provar a inocência de Marcelo, apesar de ilícita, poderá ser 
utilizada para sua absolvição. 
Entretanto, a prova não passa a ser considerada lícita. Ela continua sendo ilícita, mas 
excepcionalmente será utilizada, apenas para beneficiar o acusado (Marcelo). Isso é extremamente 
importante, pois se a prova passasse a ser considerada lícita, poderia ser utilizada para incriminar 
o verdadeiro autor do crime (Bruno). Entretanto, como ela continua sendo prova ilícita, poderá ser 
utilizada para inocentar Marcelo, mas não poderá ser utilizada para incriminar Bruno, pois a 
Doutrina e Jurisprudência dominantes só admitem a utilização da prova ilícita pro reo, e não pro 
societate. MUITO CUIDADO COM ISSO! 
 
Outra questão interessante diz respeito à IMPOSSIBILIDADE de o Juiz que conhecer do 
conteúdo da prova declarada inadmissível vir a proferir posteriormente a sentença ou acórdão. 
Tal previsão havia sido incluída no art. 157, §4º (na reforma de 2008), mas foi vetada à época, e a 
Doutrina entendia equivocado o veto. A Lei 13.964/19, enfim, 11 anos depois, efetivamente incluiu 
tal previsão no CPP (art. 157, §5º do CPP): 
Art. 157 (...) § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível 
não poderá proferir a sentença ou acórdão 
Assim, caso o Juiz reconheça que determinada prova é ilícita e, portanto, inadmissível, este 
mesmo Juiz não poderá posteriormente proferir a sentença, devendo ser designado outro Juiz 
(conforme as regras de substituição previstas pelo Tribunal) para proferir sentença. 
Qual a razão de tal vedação, professor? A razão é simples. Quando o Juiz declara inadmissível 
uma prova, dada sua ilicitude, aquela prova passa a não fazer mais parte dos autos do processo e, 
portanto, não pode ser utilizada para formar o convencimento do Juiz. Todavia, na prática, 
nenhum ser humano é absolutamente isento e capaz de fazer tal separação. Imagine que um Juiz 
tomou conhecimento de uma confissão realizada pelo réu, mas tal confissão foi obtida mediante 
interceptação telefônica clandestina. Ainda que o referido Juiz não possa fundamentar sua decisão 
com base naquela confissão (prova ilícita), é inegável que aquilo está na cabeça do Juiz e vai fazer 
com que o mesmo olhe para as demais provas dos autos já com a imagem de um culpado em sua 
cabeça. 
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ATENÇÃO! Este dispositivo teve sua eficácia SUSPENSA cautelarmente pelo STFna ADI 6298. Assim, até a análise definitiva do mérito da ADI, a eficácia do §5º do 
art. 157 está suspensa. 
Qual é o recurso cabível em face da decisão referente à ilicitude da prova? A Doutrina entende 
que: 
• Decisão que RECONHECE A ILICITUDE da prova – Cabe RESE, nos termos do art. 
581, XIII do CPP. 
• Decisão que RECONHECE A ILICITUDE da prova apenas na sentença – Cabe 
APELAÇÃO. 
• Decisão que NÃO RECONHECE a ilicitude da prova – Não cabe recurso (seria possível 
o manejo de HC ou MS). 
 
5.6 Consequências processuais do reconhecimento da ilegitimidade da 
prova 
Diferentemente do que ocorre com as provas ilícitas, em que a natureza e a gravidade dos 
crimes podem implicar a sua utilização, no que tange às provas ilegítimas, o critério para definição 
de sua utilização ou não será outro. 
Para que se defina se a prova ilegítima (obtida ou produzida mediante violação à norma de 
caráter processual) será utilizada ou não, devemos distingui-las em dois grupos: provas ilegítimas 
por violação a norma processual de caráter absoluto (que importam nulidade absoluta) e provas 
ilegítimas por violação a norma processual de caráter relativo (que importam em nulidade relativa). 
A prova decorrente de violação à norma processual de caráter absoluto (nulidade absoluta) 
jamais poderá ser utilizada no processo, pois as nulidades absolutas, são questões de ordem 
pública e são insanáveis. O STF e o STJ estão relativizando isso, ao fundamento de que não pode 
ser declarada qualquer nulidade sem comprovação da ocorrência de prejuízo). 
Já a prova decorrente de violação à norma processual de caráter relativo (nulidade relativa), 
poderá ser utilizada, desde que não haja impugnação à sua ilegalidade (essa ilegalidade deve ser 
arguida por alguma das partes, não podendo o Juiz suscitá-la de ofício), ou tenha sido sanada a 
irregularidade em tempo oportuno. 
Seja como for, de acordo com a Doutrina majoritária, às provas ilegítimas deve ser aplicado 
o regime jurídico das nulidades, e não as regras atinentes às provas ilícitas, que vimos 
anteriormente. 
Quadro esquemático: 
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 SÚMULAS PERTINENTES 
1 Súmulas do STJ 
Ä Súmula 455 do STJ: O STJ sumulou entendimento no sentido de que a produção antecipada 
de provas, em razão da suspensão do processo decorrente da aplicação do art. 366 do CPP (réu 
revel citado por edital), deve ser fundamentada em elementos concretos (risco de perda da prova), 
não podendo o Juiz determina-la com base apenas na alegação de que o decurso do tempo 
poderia prejudicar a colheita da prova: 
Súmula 455 do STJ: “A decisão que determina a produção antecipada de provas 
com base no artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a 
justificando unicamente o mero decurso do tempo”. 
Ä Súmula 74 do STJ: O STJ sumulou entendimento no sentido de que a prova da MENORIDADE 
penal somente pode se dar mediante a apresentação de documento hábil, não sendo possível a 
prova de tal fato por outros meios (testemunhal, etc.). Tal entendimento configura exceção ao 
sistema do livre convencimento do Juiz, já que, neste caso, temos um exemplo de prova tarifada: 
Súmula 74 do STJ - PARA EFEITOS PENAIS, O RECONHECIMENTO DA 
MENORIDADE DO REU REQUER PROVA POR DOCUMENTO HABIL. 
 JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
Ä STJ - REsp 1111566/DF: O STJ decidiu no sentido de o direito à não autoincriminação 
pressupõe a impossibilidade de se obrigar o acusado a realizar o teste do bafômetro, já que isso 
constituiria obrigação de produção de prova contra si próprio: 
PROVAS 
ILEGAIS
Provas ilícitas
Violação a 
normas de 
direito 
material
Provas ilícitas 
propriamente 
ditas
Provas ilícitas 
por 
derivação
Podem ser 
utilizadas, 
excepcionalmen
te, quando:
Tenham sido 
obtidas por 
fonte 
independente
Quando 
seriam
inevitavelment
e descobertas 
por fonte 
independente
Provas 
ilegítimas
Violação a 
normas de 
direito 
processual
Aplica-se o 
regime 
jurídico das 
nulidades
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(...) 1. O entendimento adotado pelo Excelso Pretório, e encampado pela 
doutrina, reconhece que o indivíduo não pode ser compelido a colaborar com os 
referidos testes do 'bafômetro' ou do exame de sangue, em respeito ao princípio 
segundo o qual ninguém é obrigado a se autoincriminar (nemo tenetur se 
detegere). Em todas essas situações prevaleceu, para o STF, o direito fundamental 
sobre a necessidade da persecução estatal. 
(...) (REsp 1111566/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Rel. p/ Acórdão 
Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO 
TJ/RJ), TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/03/2012, DJe 04/09/2012) 
Ä STF - HC 116931/RJ: O STF decidiu que o mero reconhecimento da ilicitude da prova não é 
capaz de ensejar o trancamento da ação penal ou a prolação de uma sentença condenatória, pois 
a ação penal pode possuir justa causa (elementos mínimos de prova) calcada em outras provas, 
não declarada ilícitas, bem como a condenação pode sobrevir condenação, também fundada em 
outras provas, não vinculadas à prova considerada ilícita. 
(...) A defesa sustentava que a peça acusatória embasara-se em prova ilícita, 
constituída por elementos colhidos mediante quebra de sigilo bancário 
requisitado diretamente pela Receita Federal às instituições financeiras. A Turma 
consignou que o STJ, ao conceder parcialmente a ordem em “habeas corpus” lá 
apreciado, reconhecera a nulidade da prova colhida ilicitamente, mas deixara de 
trancar a ação penal, tendo em conta remanescerem outros elementos de prova, 
regularmente colhidos, que seriam suficientes para atestar a materialidade e 
autoria dos delitos. Ademais, tendo em conta essa decisão proferida pelo STJ, o 
juízo de 1º grau reanalisara a viabilidade da ação penal, a despeito das provas 
então consideradas nulas, e concluíra pela existência de justa causa amparada por 
outras provas. Na ocasião, não apenas as provas ilícitas foram retiradas dos autos, 
como os fatos a ela relacionados também foram desconsiderados. Posteriormente 
à impetração perante o STF, fora prolatada sentença condenatória, na qual 
nenhuma prova produzida ilegalmente fora utilizada para a condenação. O juízo 
natural da ação penal, com observância do contraditório, procedera ao exame do 
suporte probatório produzido, e afastara dele o que lhe poderia contaminar pela 
ilicitude declarada pelo STJ, para concluir pela existência de elementos 
probatórios idôneos para justificar a condenação. Apenas parte da apuração teria 
sido comprometida pelas provas obtidas a partir dos dados bancários 
encaminhados ilegalmente à Receita Federal. Evidenciada, pela instância 
ordinária, a ausência de nexo causal entre os elementos de prova efetivamente 
utilizados e os considerados ilícitos, não se poderia dizer que o suporte 
probatório ilegal contaminara todas as demais diligências. HC 116931/RJ, rel. Min. 
Teori Zavascki, 3.3.2015. (HC-116931) 
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 EXERCÍCIOS COMENTADOS 
01. (FCC – 2018 – CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – PROCURADOR 
LEGISLATIVO - adaptada) O Código de Processo Penal adotou como regra o sistema de valoração 
das provas denominado “prova legal ou tarifada”. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois como regra se adota o sistema da persuasão racional, e não o da prova tarifada, 
ao estabelecer que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, conforme art. 155 do CPP. 
GABARITO: Errada 
02.(FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) A proibição das provas 
ilícitas é absoluta em nosso ordenamento processual penal. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois as provas ilícitas, de fato, não podem ser utilizadas, como regra quase absoluta. 
A Doutrina majoritária, porém, entende que a prova ilícita pode vir a ser utilizada, 
excepcionalmente, quando for a única forma de se provar a inocência do réu, evitando-se uma 
condenação injusta. 
GABARITO: Errada 
03. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Vige como regra em nosso 
ordenamento processual penal o sistema de valoração de provas denominado “prova legal ou 
tarifada”. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois como regra se adota o sistema da persuasão racional, e não o da prova tarifada, 
ao estabelecer que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, conforme art. 155 do CPP. 
GABARITO: Errada 
04. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) O juiz formará sua convicção 
pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo em nenhuma 
hipótese fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação. 
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a
 
24 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois o art. 155 do CPP estabelece que o Juiz formará sua convicção pela livre 
apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão 
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, RESSALVADAS as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. Ou seja, não se trata de uma restrição absoluta. 
GABARITO: Errada 
05. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) O juiz não poderá ordenar, 
de ofício, a produção antecipada de provas, sob pena de comprometer sua imparcialidade e atuar 
como investigador. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois o Juiz poderá determinar, DE OFÍCIO, ou seja, sem provocação de qualquer das 
partes, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes: 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação 
e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
GABARITO: ERRADA 
06. (FCC – 2009 – DPE/MA – DEFENSOR PÚBLICO) Para prolação de sentença condenatória 
o juiz formará sua convicção, de acordo com o teor de nova regra processual penal trazida pela 
Lei no 11.719, de 20/06/2008, segundo 
a) livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial onde se garanta a ampla defesa 
do acusado. 
b) apreciação controlada da prova produzida em contraditório judicial com desprezo ao teor de 
eventual confissão prestada no inquérito policial. 
c) livre apreciação da prova produzida, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação. 
d) apreciação discricionária da prova produzida em contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. 
e) livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua 
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as 
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
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25 
COMENTÁRIOS 
O Brasil adotou o sistema da livre apreciação da prova, ou do livre convencimento fundamentado 
em provas, conforme se extrai do art. 155 do CPP: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
Percebam, assim, que a letra E traz a redação praticamente literal do art. 155 do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
07. (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale 
a alternativa correta em relação ao assunto indicado. 
Disciplina da prova no processo penal. 
a) Considerando a repartição do ônus da prova, para que se alcance uma absolvição, à defesa 
incumbe a prova da alegação de ter agido o réu em situação que exclua a ilicitude da conduta. 
b) Desistindo o Ministério Público das testemunhas arroladas porque estas não foram localizadas 
na fase judicial, o magistrado poderá condenar o acusado com base nos depoimentos de inquérito 
porque a prova colhida na investigação se tornou irrepetível. 
c) O juiz que recebeu a denúncia com base em prova posteriormente declarada ilícita não pode 
ser o mesmo a prolatar a sentença, sob pena de nulidade. 
d) A reforma parcial do código de processo penal permitiu que a prova ilícita por derivação seja 
considerada válida para a condenação quando obtida através de fonte independente ou quando, 
por raciocínio hipotético, sua descoberta teria sido inevitável. 
e) No processo penal, é inadmissível uma condenação quando a prova da autoria é feita 
exclusivamente por indícios. 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: Primeiramente cabe à acusação a prova de que o réu praticou o fato típico, ou seja, 
o fato definido como crime. Não provado isto, a absolvição se impõe, independentemente de 
qualquer prova produzida pela defesa; 
B) ERRADA: A não localização das testemunhas arroladas pela acusação na fase processual não é 
situação que se possa considerar como irrepetibilidade da prova, de forma que o depoimento 
destas testemunhas, em sede policial, não poderá ser utilizado como elemento de prova, eis que 
não foram ratificados em juízo, sob o crivo do contraditório; 
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C) ERRADA: O fato de o Juiz conhecer o conteúdo da prova declarada inadmissível não gera a sua 
impossibilidade de proferir a sentença, não havendo qualquer previsão nesse sentido; 
D) CORRETA: Esta previsão está, de fato, contida no CPP, com a nova redação dada ao art. 157, 
§1º: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
E) ERRADA: É possível a condenação baseada apenas em indícios, desde que estes indícios sejam 
capazes de formar o convencimento do Juiz, no que se denominou de "prova indiciária", embora 
isso não seja unânime na Doutrina. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
08. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) No tocante à atividade probatória no processo 
penal, de acordo com o Código de Processo Penal, 
a) as provas ilícitas, obtidas em violação a normas legais, são inadmissíveis, sendo facultado seu 
desentranhamento dos autos do processo. 
b) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
sendo-lhe vedado utilizar os elementos informativos colhidos na investigação para fundamentar a 
sua decisão, mesmo tratando-se de provas cautelares. 
c) é possível provar oestado das pessoas por qualquer meio de prova admissível no processo 
penal, independentemente das restrições estabelecidas na lei civil. 
d) a prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz, de ofício, 
determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para 
dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
e) quando a infração deixar vestígio, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, salvo se já houver confissão do acusado. 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: O desentranhamento é obrigatório, nos termos do art. 157 do CPP. 
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B) ERRADA: As provas cautelares, produzidas antes do momento oportuno em razão da 
possibilidade do perecimento da prova, podem fundamentar a decisão do Juiz, ainda que não 
repetidas sob o crivo do contraditório, nos termos do art. 155 do CPP. 
C) ERRADA: Neste caso a prova deverá obedecer às restrições previstas na Lei Civil, nos termos 
do art. 155, § único do CPP. 
D) CORRETA: Esta é a representação correta da distribuição do ônus da prova, bem como está 
correta também com relação à atividade probante do Juiz. Vejamos: 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação 
e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização 
de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 
11.690, de 2008) 
E) ERRADA: A primeira parte do item está correto, mas peca ao afirmar que a confissão pode 
suprir o exame de corpo de delito, pois isto não é possível, nos termos do art. 158 do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
09. (FCC – 2011 – MPE-CE – PROMOTOR DE JUSTIÇA) A circunstância conhecida e provada, 
que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras 
circunstâncias, no âmbito do processo penal, 
a) serve como elemento formador de convicção do Promotor de Justiça em matéria de Tribunal 
do Júri. 
b) tem expressa disposição no Título II do Código de Processo Penal que trata do inquérito policial 
e a prevê como consideração à autoridade policial no âmbito meramente investigativo. 
c) não tem qualquer valor legal por vedar a Constituição Federal qualquer espécie de presunção 
por ofensa ao princípio do contraditório. 
d) considera-se indício e é um dos meios de prova. 
e) é expressão legal do princípio acusatório no processo penal. 
COMENTÁRIOS 
Temos, no enunciado, a definição perfeita de indício, nos termos do art. 239 do CPP: 
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Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo 
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou 
outras circunstâncias. 
Os indícios estão topograficamente inseridos dentro das “provas” no CPP, ainda que não 
“provem” nada (apenas autorização presumir algo). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
10. (FCC – 2011 – DPE-RS – DEFENSOR PÚBLICO) Sobre provas ilícitas, é INCORRETO afirmar: 
a) A vedação da utilização de provas ilícitas pode ser excepcionalmente afastada em favor do 
acusado. 
b) A doutrina processual penal faz uma distinção conceitual entre a prova ilícita e a prova ilegítima, 
sendo aquela a obtida com violação ao direito substantivo e esta a obtida com violação ao direito 
adjetivo. 
c) As provas derivadas das ilícitas não se considerarão contaminadas quando puderem ser obtidas 
de uma fonte independente destas, ou quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas 
e outras, segundo o disposto na norma processual penal. 
d) Consoante previsto no Código de Processo Penal, preclusa a decisão de desentranhamento da 
prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial. 
e) Contra a decisão interlocutória que não reconhece a ilicitude de prova cabe recurso em sentido 
estrito. 
COMENTÁRIOS 
A) CORRETA: A Doutrina vem entendendo que se a prova ilícita é o ÚNICO meio de provar a 
inocência do acusado, deve ser admitida no processo penal. 
B) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata diferenciação realizada pela Doutrina. Lembrando 
que “direito substantivo” é sinônimo de direito material e “direito adjetivo” é sinônimo de direito 
processual. 
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 157, § 1º do CPP: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
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puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
D) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 157, §3º do CPP: 
Art. 157 (...) 
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, 
esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o 
incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
E) ERRADA: Item errado, pois o Recurso Em Sentido Estrito somente é admitido nas taxativas 
hipóteses do art. 581 do CPP, dentre as quais não está a decisão citada. A Doutrina entende ser 
cabível o manejo de HC ou Mandado de Segurança, a depender do caso. Lembrando que se a 
decisão for pela declaração da ILICITUDE da prova, caberá recurso em sentido estrito, nos termos 
do art. 581, XIII do CPP (anulação “parcial” do processo). 
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA E. 
11. (FCC – 2010 – TJ-PI – ASSESSPR JURÍDICO) Em relação às provas ilícitas, é correto afirmar 
que 
a) não precisam, necessariamente, ser desentranhadas dos autos. 
b) não se permite a presença das partes no incidente de inutilização, por se tratar de ato sigiloso. 
c) são aquelas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
d) são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo, apenas e tão somente, quando 
as derivadas puderem ser obtidas por fonte independente das primeiras. 
e) considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo trâmites atípicos, da 
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: Devem, necessariamente, ser desentranhadas dos autos, nos termos do art. 157, §3º 
do CPP. 
B) ERRADA: A participação das partes é possível, nos termos do art. 157, §3º do CPP. 
C) CORRETA: Item correto, pois esta é a definição de provas ilícitas. Lembrando que a Doutrina 
ainda elenca outra espécie de provas ilegais, que são as provas ILEGÍTIMAS. Estas últimas são 
aquelas obtidas mediante violação a normas de direito processual. 
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D) ERRADA: O item está errado porque existe outra ressalva de possibilidade de utilização da 
prova derivada da ilícita, que ocorre quando não restar evidenciado o nexo de causalidade entre 
a prova originalmente ilícitae a supostamente derivada, nos termos do art. 157, §1º do CPP: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
E) ERRADA: Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites TÍPICOS 
e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto 
da prova, nos termos do art. 157, §2º do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
12. (FCC – 2009 – TJ-GO – JUIZ) Em relação às provas ilícitas, é possível assegurar que 
a) não se faculta a presença das partes no incidente de inutilização. 
b) são inadmissíveis, mas não precisam ser desentranhadas do processo. 
c) se considera fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites normais da 
investigação ou da instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
d) a inadmissibilidade também atinge as provas derivadas das ilícitas, salvo tão-somente quando 
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras. 
e) são aquelas obtidas apenas em violação a normas constitucionais. 
COMENTÁRIOS 
As provas ilícitas são aquelas obtidas com violação a normas de direito material, sejam elas de 
nível constitucional ou infraconstitucional. São inadmissíveis, ainda, as derivas das ilícitas, salvo 
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Uma vez preclusa a decisão 
referente ao desentranhamento da prova (necessário desentranhamento da prova inadmissível), 
esta será inutilizada, podendo as partes acompanhar o incidente de inutilização. 
Vejamos: 
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Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites 
típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de 
conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, 
esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o 
incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
13. (FCC – 2009 – TJ-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO) No processo penal, a prova 
a) deverá ser produzida pelas partes, vedado ao juiz determinar, de ofício, a produção de qualquer 
outra prova. 
b) quanto ao estado das pessoas, assim como todas as provas no processo penal, observarão as 
restrições estabelecidas na lei civil. 
c) da alegação incumbirá a quem a fizer. 
d) ilícita deve ser analisada em conjunto com as lícitas, podendo servir de base para a condenação 
se estiver em consonância com estas. 
e) pericial consistente no exame de corpo de delito e outras perícias, será realizada por perito 
oficial, portador de curso superior, ou, na sua falta, por três pessoas idôneas, portadoras de curso 
médio completo. 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: O Juiz pode determinar a produção de provas, nos termos do art. 156 do CPP. 
B) ERRADA: De fato, quanto à prova do estado das pessoas serão obedecidas as restrições da Lei 
Civil, nos termos do art. 155, § único do CPP, mas esta é uma exceção, não sendo aplicável no 
que tange à prova dos demais fatos. 
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 156 do CPP: 
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Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado 
ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
D) ERRADA: As provas ilícitas devem ser desentranhadas do processo, pois são inadmissíveis, nos 
termos do art. 157 do CPP. 
E) ERRADA: Na falta de perito oficial, a prova pericial será realizada por duas pessoas idôneas, e 
não três. Estas duas pessoas idôneas, portadoras de nível superior, são chamadas de peritos não 
oficiais, nos termos do art. 159, §2º do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
14. (FCC – 2009 – TJ-PI – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Segundo a doutrina, independem de prova 
os fatos 
a) induvidosos e inúteis. 
b) admitidos ou aceitos e incontroversos. 
c) ilegítimos e ilícitos. 
d) intuitivos, notórios e inúteis. 
e) reconhecidos pelo acusado e legítimos. 
COMENTÁRIOS 
Segundo definição doutrinária, não dependem de prova os fatos intuitivos (também chamados de 
AXIOMÁTICOS), os fatos notórios e os fatos inúteis. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
15. (FCC – 2009 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) O direito ao silêncio do acusado e o valor 
da confissão harmonizam-se, segundo a sistemática atual do Código de Processo Penal, com 
fundamento nas seguintes regras: 
a) o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e 
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, estabelecendo 
escala de preponderância para as provas periciais e verificando se entre ela e estas existe 
compatibilidade ou concordância, sendo que o silêncio do acusado não importará confissão e nem 
poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. 
b) o silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa, 
sendo ao juiz vedada qualquer alusão ao silêncio do acusado na sentença que venha a proferir. 
c) o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e 
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando 
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33 
se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância, sendo que o silêncio do acusado não 
importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. 
d) o valor da confissão deverá ser compatibilizado exclusivamente com a prova colhida sob 
princípio do contraditório, sendo vedada qualquer alusão a eventual silêncio do réu na sentença 
condenatória. 
e) o princípio constitucional da presunção de inocência impede que o juiz faça qualquer 
consideração na sentença a interrogatório e/ou confissão extrajudicial, não podendo nem mesmo 
tal circunstância interferir na sua livre apreciação das provas. 
COMENTÁRIOS 
Considerando-se o sistema da livre apreciação da prova, adotado pelo nosso ordenamento 
jurídico, afastando-se a prova tarifada, bem como considerando o princípio do nemo tenetur se 
detegere, ou seja, o princípio segundo o qual ninguém pode ser compelido a produzir prova 
contra si mesmo, a alternativa correta seria a letra B, nos termos do art. 186 do CPP: 
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da 
acusação, o acusado será informado pelo juiz, antesde iniciar o interrogatório, do 
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem 
formuladas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser 
interpretado em prejuízo da defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
A Banca, porém, se fundamentou no art. 198 do CPP: 
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir 
elemento para a formação do convencimento do juiz. 
Ocorre que a Doutrina majoritária entende que a parte final do art. 198 está tacitamente revogada 
pelo art. 186, § único do CPP, de forma que a questão deveria ter tido o gabarito alterado. 
Contudo, fora mantido o gabarito como Letra C. Com relação à Letra B, ela está correta, pois o 
Juiz não pode se valer do silêncio do acusado como fundamento para uma sentença condenatória 
(Ele até pode mencionar o silêncio, mas no relatório da sentença, ou seja, na mera descrição dos 
fatos ocorridos no processo, sem utilizar como elemento de convicção). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C (GABARITO DA BANCA). 
16. (ESAF – 2008 – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE) Analise os itens a seguir 
e marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente. 
( ) Não se admite prova emprestada quando transplantada de inquérito policial. 
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( ) A prova emprestada, no momento em que é transportada para o novo processo, passa a 
constituir mera prova documental, embora originariamente possa ser testemunhal. 
( ) A Constituição da República atribui ao Ministério Público, com exclusividade, a propositura da 
ação penal pública, seja ela incondicionada ou condicionada, não prevendo exceção. 
( ) Nos termos do Código de Processo Penal, depois de oferecida a denúncia a representação 
pode ser retratável. 
a) V, F, F, V 
b) F, V, V, V 
c) F, V, F, V 
d) F, F, V, F 
e) V, V, F, F 
COMENTÁRIOS 
CORRETO: A prova emprestada é a prova que fora produzida em outro processo judicial mas que, 
por uma questão de economia processual, será admitida em outro processo. Não é cabível a prova 
emprestada oriunda de IP, eis que as provas produzidas no bojo do Inquérito não foram colhidas 
sob o pálio do contraditório; 
CORRETO: A prova emprestada, ainda quando originalmente seja oral (testemunhal, por 
exemplo), será transportada na forma de um documento (declarações escritas, já realizadas no 
passado), sendo, portanto, prova documental, sujeita ao regramento estabelecido para este tipo 
de prova; 
ERRADO: A CRFB/88 confere ao MP a titularidade privativa da ação penal, mas admite a 
regulamentação na forma da Lei, que é o que ocorre com a previsão da ação privada subsidiária 
da pública, prevista no CPP. 
ERRADO: A representação, nos termos do art. 25 do CPP, será IRRETRATÁVEL depois de 
oferecida a denúncia: 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA E. 
17. (CESPE – 2009 – BCB – PROCURADOR) Com relação à prova, assinale a opção correta. 
a) O direito processual regula os meios de prova, que são os instrumentos que trazem os 
elementos de convicção aos autos. A finalidade da prova é o convencimento do juiz, que é seu 
destinatário. 
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35 
b) A materialidade da prova pode ser direta ou indireta, sendo a primeira colhida na flagrância da 
conduta delituosa, enquanto a última deriva do testemunho e da perícia. 
c) Na instrução processual, todos os fatos relevantes devem ser submetidos à atividade probatória. 
d) O direito também é objeto de prova, pois os juízes estaduais não são obrigados a conhecer o 
direito federal em caráter absoluto. 
e) A prova do direito estrangeiro só pode ser aceita quando submetida à apreciação do Tribunal 
Penal Internacional. 
COMENTÁRIOS 
A) CORRETA: De fato, a prova é o elemento que tem a finalidade de formar o convencimento do 
Juiz, e os meios de prova são regulamentados pelo CPP, conforme podemos extrair dos arts. 155 
e seguintes do CPP, que compõem o título VII - DA PROVA. 
B) ERRADA: A materialidade da prova, de fato, pode ser direta ou indireta. Será direta, contudo, 
quando for colhida diretamente sobre o objeto que deva ser examinado. Será indireta quando 
decorrer de testemunhos ou de qualquer outro meio indireto, que não permita contato direto de 
quem produz a prova com o seu objeto; 
C) ERRADA: Os fatos notórios, que são aqueles que são do conhecimento geral, bem como as 
presunções legais, são fatos relevantes que não dependem de prova. 
D) ERRADA: Embora os meios de prova tenham como finalidade provar FATOS, é possível a 
utilização de meio de prova com a finalidade de provar direito. Contudo, o direito federal se 
presume conhecido. Só se deve provar direito municipal, estadual ou estrangeiro. 
E) ERRADA: A prova do direito estrangeiro não depende de apreciação pelo TPI, até porque este 
órgão não tem esta função. Basta que a parte que alega o direito estrangeiro prove o seu teor e 
vigência. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
18. (VUNESP – 2016 – TJM-SP – JUIZ – ADAPTADA) O catálogo de produção de provas no 
processo penal é taxativo, não se admitindo as provas atípicas. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois o Brasil não adotou o sistema taxativo da prova. O sistema taxativo implica a 
impossibilidade de produção de outros meios de prova que não sejam aqueles expressamente 
previstos na Lei Processual. No Brasil, é plenamente possível a utilização de meios de prova 
inominados ou atípicos (não previstos expressamente na Lei). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
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36 
19. (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ) A formação da convicção do magistrado no processo penal 
tem por base inúmeros elementos. Assinale a alternativa que contenha elementos que vão ao 
encontro da sistemática do Código de Processo Penal como um todo. 
a) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade formal. 
b) Livre convencimento e verdade material. 
c) Livre convencimento e motivação da decisão. 
d) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos constatados nos autos. 
COMENTÁRIOS 
No processo penal brasileiro, como regra geral, vigora o princípio do livre convencimento 
motivado, ou livre convencimento baseado em provas, segundo o qual o Juiz é livre para valorar 
os elementos de prova constantes dos autos. Contudo, ao decidir, deverá fundamentar sua 
decisão nas provas que estejam presentes nos autos. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
20. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) Determina o art. 156 do CPP que a prova da 
alegação incumbirá a quem a fizer. Tal norma 
a) é relativizada, pois o juiz pode ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção 
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes. 
b) é corolário do Estado Democrático de Direito, pois apenas ao acusado, tecnicamente assistido 
por advogado, é franqueado o direito de provar o que entende relevante para o sucesso de seus 
argumentos. 
c) consagra o princípio da imparcialidade da jurisdição, pois ao Estado-Juiz é defeso realizar 
diligências de ofício no curso do processo. 
d) consagra o princípio do in dubio pro reo, pois o juiz não pode determinar de ofício a produção 
de prova que aproveite a tese da parte autora. 
e) consagra o princípio da inércia judicial, pois o julgador não poderá determinara produção de 
provas no curso da ação penal. 
COMENTÁRIOS 
Tal regra de distribuição do ônus da prova consagra o princípio da inércia, pois transfere às partes 
o ônus de provar aquilo que alegam. Contudo, é relativizada pela possibilidade conferida ao Juiz 
de tomar a iniciativa da produção de determinadas provas, notadamente aquelas consideradas 
urgentes e relevantes, de forma antecipada. 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
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21. (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – JUIZ) Assinale a alternativa correta a respeito das provas 
processuais penais. 
a) A regulamentação dos meios de prova feita pelo Código de Processo Penal é taxativa, não 
sendo admitidas provas atípicas ou inominadas. 
b) O Código de Processo Penal não admite, nem mesmo excepcionalmente, a “prova tarifada” 
como sistema de apreciação da prova. 
c) A teoria dos “frutos da árvore envenenada” está positivada em nossa legislação 
infraconstitucional. 
d) Fatos axiomáticos são os que dependem de prova. 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: São admitidos quaisquer meios de prova, ainda que não expressamente previstos no 
CPP, pelo princípio da busca da verdade real. 
B) ERRADA: Embora este sistema não seja adotado, como regra, a Doutrina entende que há 
passagens no CPP que indicam a adoção excepcional de tal sistema, nos termos do art. 62, por 
exemplo: 
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, 
e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. 
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 157, §1º do CPP: 
Art. 157 (...) § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo 
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando 
as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das 
primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
D) ERRADA: Os fatos axiomáticos (ou intuitivos ou evidentes) são espécie de fatos que não 
dependem de prova, conforme entendimento doutrinário. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
22. (VUNESP – 2013 – PC-SP – ESCRIVÃO) Determina o art. 155 do CPP que o juiz formará sua 
convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, 
a) ressalvadas as provas cautelares e não repetíveis, apenas. 
b) sem qualquer exceção. 
c) ressalvadas as provas cautelares e antecipadas, apenas. 
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d) ressalvadas as provas não repetíveis e antecipadas, apenas. 
e) ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
COMENTÁRIOS 
O Juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
não podendo fundamentar sua decisão EXCLUSIVAMENTE em elementos de convicção obtidos 
na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Esta é a definição 
contida no art. 155 do CPP: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
23. (VUNESP – 2011 – TJ-SP – JUIZ) A respeito da prova no processo penal, analise as 
proposições seguintes. 
I. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em juízo, mas também 
pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação. 
II. As provas cautelares antecipadas podem ser consideradas pelo juiz na formação da sua 
convicção, ainda que não reproduzidas perante o contraditório. 
III. O ônus da prova cabe a quem fizer a alegação, sendo vedado ao juiz determinar a produção 
de provas de ofício, diante do princípio da inércia da jurisdição. 
IV. As provas ilícitas e as delas derivadas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, salvo quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das 
primeiras. 
V. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Estão corretas somente as proposições 
a) I, III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) III, IV e V. 
d) I, II e III. 
e) I, II e V. 
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COMENTÁRIOS 
I – ERRADA: Em regra, o Juiz não pode fundamentar sua decisão com base exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis 
e antecipadas, nos termos do art. 155 do CPP. 
II – CORRETA: Esta é a ressalva contida no art. 155 do CPP. 
III – ERRADA: O princípio da inércia sofre mitigação, no processo penal, pelo princípio da busca 
da verdade real, motivo pelo qual se faculta ao Juiz a atividade probante, nos termos do art. 156 
do CPP. 
IV – CORRETA: Item correto, pois retrata o exato regramento contido no art. 157 do CPP: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites 
típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de 
conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
V – CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão contida no art. 158 do CPP: 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo 
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
24. (VUNESP – 2013 – MPE-ES – PROMOTOR DE JUSTIÇA) X, funcionário público, foi 
denunciado por prevaricação. Durante o curso da instrução processual, recebe uma carta 
confidencial de Y, suposta vítima do crime, que comprova sua inocência. X junta aos autos o 
referido documento, que deverá ser considerado: 
a) prova ilícita, tendo em vista que o sigilo de correspondência é inviolável nos termos da 
Constituição Federal. 
b) prova ilícita, porque fere o princípio do contraditório. 
c) prova lícita, apesar de violar o princípio do contraditório. 
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d) prova lícita, tendo em vista que não viola normas constitucionais ou legais. 
e) prova ilícita porque sua utilização fere o princípio constitucional que garante privacidade à vida 
privada da vítima do crime de prevaricação 
COMENTÁRIOS 
Neste caso não há que se falar em ilicitude da prova, uma vez que a carta era dirigida a X, não 
tendo havido violação ao sigilo das correspondências. 
Desta forma, a prova é considerada LÍCITA. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
25. (VUNESP – 2014 – PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A estrita disciplina do art. 157 do CPP, 
no que concerne às provas ilícitas, determina que elas são: 
a) aceitasde acordo com critérios de razoabilidade e proporcionalidade. 
b) inadmissíveis para condenação, mas podem motivar eventual absolvição. 
c) consideradas inadmissíveis se ofenderem disposições constitucionais, e admissíveis se 
ofenderem meras disposições legais 
d) inadmissíveis, mas devem permanecer no processo para fins de análise e eventual validação 
pelo segundo grau de jurisdição. 
e) inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo. 
COMENTÁRIOS 
O art. 157 do CPP determina que as provas ilícitas são inadmissíveis e devem ser desentranhadas 
do processo. Vejamos: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
26. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) São sistemas de apreciação de prova 
vigentes na legislação brasileira: 
a) Íntima convicção e Livre convencimento. 
b) Livre convencimento e Verdade legal ou formal. 
c) Verdade legal ou formal e Étnico. 
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d) Íntima convicção e Verdade legal ou formal. 
COMENTÁRIOS 
No Brasil vigora, como regra, o sistema do livre convencimento motivado (ou fundamentado, ou 
baseado em provas), ou seja, o Juiz é livre para apreciar a prova produzida no processo. Contudo, 
vigora também, de forma excepcional, o princípio da íntima convicção, no qual o julgador não 
precisa fundamentar sua decisão. Tal sistema somente se aplica nas decisões tomadas pelos 
jurados, nos processos da competência do Tribunal do Júri. 
A verdade formal não vigora no processo penal brasileiro, que exige sempre a busca pela verdade 
material (aquilo que de fato ocorreu). 
A questão poderia ser mais técnica, pois “livre convencimento” é um termo não tão correto quanto 
“livre convencimento motivado”. Contudo, entendo que esse pequeno deslize não seja suficiente 
para anular a questão. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
27. (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA) No processo penal, a prova produzida 
durante o inquérito policial 
a) pode ser utilizada por qualquer das partes, bem como pelo juiz. 
b) tem o mesmo valor que a prova produzida judicialmente. 
c) pode ser utilizada somente pelo juiz. 
d) não tem valor legal. 
e) deverá ser sempre ratificada judicialmente para ter valor legal. 
COMENTÁRIOS 
A prova produzida durante o IP pode ser utilizada por qualquer das partes, pelo princípio da 
COMUNHÃO DA PROVA (a prova, uma vez produzida, passa a pertencer ao processo, e não 
àquele que a produziu). Não possui o mesmo valor da prova produzida em Juízo porque no IP não 
há contraditório nem ampla defesa, mas ainda assim possui algum valor. Por fim, em regra a prova 
produzida nestas circunstâncias deve ser repetida em Juízo, sob o crivo do contraditório. Contudo, 
isso nem sempre será necessário (ou possível), como é o caso das provas antecipadas, cautelares 
e não repetíveis, que não podem ser renovadas em Juízo. Vejamos o art. 155 do CPP: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
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cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
28. (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL) Chega ao conhecimento do Ministério 
Público e da Polícia Civil que na casa de Tício estava escondido um facão que seria instrumento 
de crime de homicídio ocorrido no dia anterior, ainda sujo com sangue do autor e da vítima. O 
Ministério Público entra com pedido de busca e apreensão domiciliar, sendo deferido pelo juiz. 
Com base nisso, monta operação com a Chefia da Polícia Civil para cumprimento do mandado. 
Lá chegando, porém, deparam-se com policiais militares, que, sem mandado, aproveitaram que 
a residência estava vazia e encontraram o facão, que estava em cima da mesa da sala. A Polícia 
Civil formaliza o cumprimento do mandado e a apreensão do instrumento, oferecendo o 
Ministério Público denúncia em face de Tício. Em defesa prévia, o acusado alega a ilicitude da 
prova no que tange ao facão. No caso, é correto afirmar que: 
a) deve ser reconhecida a ilicitude da prova, já que os policiais ingressaram sem mandado na 
residência do réu, de modo que deve ser desentranhada dos autos; 
b) a prova é válida, tendo em vista que havia flagrante delito quando os policiais ingressaram na 
residência de Tício; 
c) deve ser reconhecida a ilicitude da prova, em razão da aplicação da teoria do “Fruto da Árvore 
Envenenada”; 
d) deve a prova ser mantida nos autos, pois a legislação apenas proíbe que constem dos autos a 
prova ilícita, mas não a ilegítima; 
e) a prova é válida, aplicando-se a ideia da descoberta inevitável e fonte independente. 
COMENTÁRIOS 
Neste caso, a prova é válida, dada a aplicação da teoria da descoberta inevitável, já que, ainda 
que a apreensão pelos policiais militares tenha se dado de forma ilícita, eis que sem mandado, 
fatalmente o objeto seria encontrado pela equipe da polícia civil incumbida do cumprimento do 
mandado de busca e apreensão. Logo, a prova pode ser utilizada no processo penal, nos termos 
do art. 157, §1º do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
29. (FGV – 2015 – TJ-BA – ANALISTA – DIREITO) Durante a instrução de caso penal versando 
sobre crime doloso contra a vida, em desfavor de Bruno, além da prova oral e pericial, foram 
juntados aos autos, por meio de compartilhamento de provas judicialmente autorizado, áudios e 
transcrições de interceptação telefônica implementada em processo distinto, que investigava 
tráfico de drogas, e que indiciavam a conduta criminosa do réu. A decisão interlocutória de 
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pronúncia foi fundamentada nos indícios oriundos dessa interceptação telefônica, deferida por 
Juiz de Direito diverso daquele competente para o crime doloso contra a vida. Nessa situação, a 
decisão de pronúncia: 
a) deve ser anulada por usar elementos de prova coligidos fora da instrução processual própria; 
b) pode ser fundamentada em indícios de autoria surgidos, de forma fortuita, durante a 
investigação de outros crimes; 
c) deve ser anulada pela violação do princípio da imediação processual penal; 
d) pode ser fundamentada em indícios de autoria surgidos durante investigação de outros crimes, 
se corroborada pela prova plena do processo principal; 
e) deve ser anulada pela violação do princípio da identidade física do juiz na colheita da prova da 
interceptação. 
COMENTÁRIOS 
Neste caso, a decisão de pronúncia pode ser fundamentada em elementos de prova, mais 
precisamente indícios de autoria, surgidos, de forma fortuita, durante a investigação de outros 
crimes. Trata-se da chamada “serendipidade”, ou encontro fortuito de provas. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
30. (FGV – 2013 – AL-MA – TÉCNICO: ADVOGADO) Assinale a alternativa que indica o 
princípio que fundamenta a lição da doutrina de que a prova não pertence à parte que a produziu, 
mas ao processo. 
a) Princípio do livre convencimento motivado. 
b) Princípio do contraditório. 
c) Princípio da oralidade da prova. 
d) Princípio da publicidade da prova. 
e) Princípio da aquisição ou comunhão da prova.COMENTÁRIOS 
O princípio que fundamenta a ideia de que a prova não pertence à parte que a produziu, mas ao 
processo é o princípio da aquisição ou comunhão da prova. Segundo tal princípio, uma vez 
produzida a prova, ela pode ser utilizada pelo Juiz em qualquer sentido, inclusive para prejudicar 
a própria parte que a produziu. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
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31. (FGV – 2010 – OAB – EXAME UNIFICADO) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com 
uma faca, causando- lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia 
contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou 
duas testemunhas que presenciaram o fato. 
A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na 
audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma 
de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. 
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima 
defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo 
agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia 
fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
a) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
b) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
c) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em 
dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
d) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A 
lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, 
sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
COMENTÁRIOS 
Questão interessante. O ônus da prova incumbe a quem alega, nos termos do art. 156 do CPP. 
Assim, a acusação se desincumbiu de seu ônus, pois alegou a agressão e esta restou provada. A 
defesa, por sua vez, alegou a legítima defesa, não tendo conseguido fazer prova disso. 
Contudo, como o Juiz ficou em DÚVIDA acerca da existência ou não da legítima defesa, isso 
significa que o Juiz NÃO TEM CERTEZA sobre a culpa do agente, de forma que, pelo princípio do 
in dubio pro reo, o Juiz deve absolvê-lo. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
32. (FGV – 2008 – SENADO FEDERAL – ADVOGADO) Relativamente ao princípio de vedação 
de auto-incriminação, analise as afirmativas a seguir: 
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I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante 
de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática 
de crime ao declarante. 
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela 
autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime 
de desobediência. 
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o 
silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao 
réu. 
IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a 
pena do condenado utilizando como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. 
Assinale: 
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
COMENTÁRIOS 
I - CORRETO: O direito ao silêncio, corolário do princípio da vedação da auto-incriminação, é 
aplicável em qualquer seara, desde que a resposta à indagação possa prejudicar o silenciante; 
II - ERRADO: O indiciado não pode ser compelido a fornecer estes padrões vocais, pois não está 
obrigado a produzir prova contra si mesmo, tal como ocorre no direito ao silêncio; 
III - ERRADO: O silêncio não pode ser considerado como confissão nem poderá ser valorado de 
forma negativa ao réu, nos termos do art. 186, § único do CPP; 
IV - CORRETO: O réu tem o direito de se defender em Juízo, utilizando-se, dentre outras, da 
autodefesa, o que inclui o direito de mentir, que não pode ser utilizado como causa de aumento 
da pena-base. Este é o entendimento do STF. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
33. (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA FASE) A respeito da 
prova no processo penal, assinale a alternativa correta. 
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46 
a) A prova objetiva demonstra a existência/inexistência de um determinado fato ou a 
veracidade/falsidade de uma determinada alegação. Todos os fatos, em sede de processo penal, 
devem ser provados. 
b) São consideradas provas ilícitas aquelas obtidas com a violação do direito processual. Por outro 
lado, são consideradas provas ilegítimas as obtidas com a violação das regras de direito material. 
c) As leis em geral e os costumes não precisam ser comprovados. 
d) A lei processual pátria prevê expressamente a inadmissibilidade da prova ilícita por derivação, 
perfilhando-se à “teoria dos frutos da árvore envenenada” (“fruits of poisonous tree”). 
COMENTÁRIOS 
A) ERRADA: Item errado, pois existem fatos que não dependem de prova, como os fatos inúteis, 
os axiomáticos, os notórios, etc. 
B) ERRADA: Item errado, pois inverte o conceito de provas ilícitas e ilegítimas. 
C) ERRADA: Os costumes são nada mais que fatos sociais, e precisam ser provados quando não 
forem notórios. As leis, em regra, não precisam ser provadas, salvo em casos excepcionais (Direito 
estrangeiro, etc.). 
D) CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão do art. 157, §1º do CPP: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
34. (FGV - 2008 - TJ-MS – JUIZ - ADAPTADA) O princípio da vedação de provas ilícitas não é 
absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja utilizada quando é a única disponível para a 
acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 
COMENTÁRIOS 
Item errado. A Doutrina só vem admitindo a possibilidade de utilização de tais provas quando for 
a única forma disponível para que acusado demonstre cabalmente sua inocência. Não é cabível a 
prova ilícita em favor da acusação. 
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
35. (FGV - 2008 - TJ-PA – JUIZ - ADAPTADA) Em regra vigora o sistema da íntima convicção, 
pelo qual o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova, estando dispensado de 
motivá-la. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois no processo penal brasileiro vigora, COMO REGRA, o princípio do livre 
convencimento regrado (ou motivado, fundamentado ou baseado em provas), segundo o qual o 
Juiz é livre para apreciar e dar valor a cada prova, devendo, porém, fundamentar sua decisão. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
36. (FGV - 2008 - TJ-PA – JUIZ - ADAPTADA) São inadmissíveis no processo as provas 
produzidas por meios ilícitos, salvo quando servirem para esclarecer dúvida sobre ponto 
relevante. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois não existe essa ressalva (“salvo quando servirem para esclarecer dúvida sobre 
ponto relevante.”) em relação à inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
37. (FGV – 2008 – TJ/RJ – OFICIAL DE CARTÓRIO 6ª CLASSE - PROVA 1 - ADAPTADA) São 
consideradas ilícitas as provas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais, devendo 
ser desentranhadas do processo, mas a ilegalidade não se estende às provas derivadas daquelas, 
qualquer que seja a hipótese. 
COMENTÁRIOS 
Item errado, pois a ilegalidade de uma prova obtida por meio ilícito se estende àquelas provas 
que dela derivarem, salvo se estas puderem ser obtidas por fonte independente ou quando não 
houver nexo de causalidade entre umas e outras, nos termos do art. 157, §1º do CPP. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
38. (FGV – 2008 – TJ/RJ – OFICIAL DE CARTÓRIO 6ª CLASSE - PROVA 1 - ADAPTADA) O juiz 
formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não 
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
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COMENTÁRIOS 
Item correto, pois é a exata previsão do art. 155 do CPP: 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
39. (FGV – 2012 – PC/MA – DELEGADO DE POLÍCIA - ADAPTADA) Conferindo efetividade ao 
princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si e ao direito ao silêncio, o Superior 
Tribunal de Justiça decidiu que o condutor de veículo automotor não é obrigado a se submeter 
ao teste do bafômetro e que tal recusa não pode implicar consequências penais. 
COMENTÁRIOS 
Item correto, pois este é o entendimento do STJ e do STF, que entendem que o direito à não 
auto-incriminação pressupõe a impossibilidade de se obrigar o acusado a realizar o teste do 
bafômetro, já que isso constituiria obrigação de produção de prova contra si próprio (Ver, por 
todos, REsp 1.111.566 – STJ). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
40. (FGV – 2014 – MPE-RJ – ESTÁGIO FORENSE) Sobre a prova penal, analise as afirmativas a 
seguir. 
I – São princípios que informam a prova penal: verdade material, vedação da prova ilícita, aquisição 
ou comunhão da prova, audiência contraditória, concentração e imediação, auto- 
responsabilidade das partes, identidade física do juiz, publicidade e livre convencimento 
motivado. 
II – Como formas de avaliação da prova no direito processual penal brasileiro são admitidos os 
seguintes sistemas: tarifada ou legal, íntima convicção e persuasão racional. 
III – A confissão do réu no processo penal é de valor relativo e deve ser cotejada com as demais 
provas. Se reconhecida na sentença não poderá levar a pena abaixo do mínimo cominado. 
IV – A prova ilícita é inadmissível no direito processual penal brasileiro, exceto aquela a favor do 
réu e para proteger o seu estado de liberdade. As provas ilícitas por derivação, extraídas da 
“Teoria dos frutos da árvore envenenada”, chegam ao processo por meio de informação obtida 
por prova ilicitamente colhida. O Código de Processo Penal hoje mitiga a vedação das provas 
ilícitas por derivação, no caso da fonte independente e da descoberta inevitável. 
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Está correto o que se afirma em: 
a) somente I, II e III; 
b) somente I e IV; 
c) somente II e IV; 
d) somente III; 
e) I, II, III e IV. 
COMENTÁRIOS 
I – CORRETA: Todos estes princípios se aplicam ao sistema probatório no direito processual penal 
brasileiro, havendo apenas uma ressalva em relação ao princípio da identidade física do Juiz, que 
não é propriamente um princípio relacionado à prova em si, mas guarda relação com o sistema 
probatório (Tal princípio prega que o Juiz que presidiu a audiência de instrução e julgamento 
deverá proferir a sentença). 
II – CORRETA: O sistema da persuasão racional (mais um sinônimo de livre convencimento 
motivado) é o sistema adotado como regra, nos termos do art. 155 do CPP. O sistema da íntima 
convicção (que independe de fundamentação) só vigora, atualmente, no procedimento do Júri, 
em que os jurados não precisam fundamentar sua decisão. Por fim, o sistema da prova tarifada é, 
também, excepcional, mas admitido em certos casos, como na hipótese de prova sobre o estado 
das pessoas (nascimento, óbito...), em que só se admite a prova pelos meios estabelecidos 
expressamente na lei civil (não se pode provar por outros meios). 
III – CORRETA: De fato, a confissão tem valor relativo. Na verdade, ela é uma prova como outra 
qualquer, e deve ser analisada tendo em conta as demais provas existentes, conforme se extrai 
dos arts. 197 e 200 do CPP. Com relação ao reconhecimento da confissão, ela representa uma 
atenuante genérica e, segundo o STJ, o reconhecimento de atenuantes genéricas não autoriza a 
redução da pena-base aplicada a um patamar inferior ao mínimo legal. 
IV – CORRETA: O CPP regulamenta a inadmissibilidade da prova ilícita por derivação em seu art. 
157, §1º: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
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Com relação à admissibilidade pro reo, ela é doutrinariamente aceita desde que seja a única forma 
para que o réu possa provar sua inocência. 
Assim, todas as afirmativas estão corretas. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 
 
01. (FCC – 2018 – CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – PROCURADOR 
LEGISLATIVO - adaptada) O Código de Processo Penal adotou como regra o sistema de valoração 
das provas denominado “prova legal ou tarifada”. 
02. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) A proibição das provas 
ilícitas é absoluta em nosso ordenamento processual penal. 
03. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) Vige como regra em nosso 
ordenamento processual penal o sistema de valoração de provas denominado “prova legal outarifada”. 
04. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) O juiz formará sua convicção 
pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo em nenhuma 
hipótese fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação. 
05. (FCC – 2018 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) O juiz não poderá ordenar, 
de ofício, a produção antecipada de provas, sob pena de comprometer sua imparcialidade e atuar 
como investigador. 
06. (FCC – 2009 – DPE/MA – DEFENSOR PÚBLICO) Para prolação de sentença condenatória 
o juiz formará sua convicção, de acordo com o teor de nova regra processual penal trazida pela 
Lei no 11.719, de 20/06/2008, segundo 
a) livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial onde se garanta a ampla defesa 
do acusado. 
b) apreciação controlada da prova produzida em contraditório judicial com desprezo ao teor de 
eventual confissão prestada no inquérito policial. 
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c) livre apreciação da prova produzida, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação. 
d) apreciação discricionária da prova produzida em contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. 
e) livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua 
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as 
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
07. (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale 
a alternativa correta em relação ao assunto indicado. 
Disciplina da prova no processo penal. 
a) Considerando a repartição do ônus da prova, para que se alcance uma absolvição, à defesa 
incumbe a prova da alegação de ter agido o réu em situação que exclua a ilicitude da conduta. 
b) Desistindo o Ministério Público das testemunhas arroladas porque estas não foram localizadas 
na fase judicial, o magistrado poderá condenar o acusado com base nos depoimentos de inquérito 
porque a prova colhida na investigação se tornou irrepetível. 
c) O juiz que recebeu a denúncia com base em prova posteriormente declarada ilícita não pode 
ser o mesmo a prolatar a sentença, sob pena de nulidade. 
d) A reforma parcial do código de processo penal permitiu que a prova ilícita por derivação seja 
considerada válida para a condenação quando obtida através de fonte independente ou quando, 
por raciocínio hipotético, sua descoberta teria sido inevitável. 
e) No processo penal, é inadmissível uma condenação quando a prova da autoria é feita 
exclusivamente por indícios. 
08. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) No tocante à atividade probatória no processo 
penal, de acordo com o Código de Processo Penal, 
a) as provas ilícitas, obtidas em violação a normas legais, são inadmissíveis, sendo facultado seu 
desentranhamento dos autos do processo. 
b) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
sendo-lhe vedado utilizar os elementos informativos colhidos na investigação para fundamentar a 
sua decisão, mesmo tratando-se de provas cautelares. 
c) é possível provar o estado das pessoas por qualquer meio de prova admissível no processo 
penal, independentemente das restrições estabelecidas na lei civil. 
d) a prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz, de ofício, 
determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para 
dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
e) quando a infração deixar vestígio, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, salvo se já houver confissão do acusado. 
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09. (FCC – 2011 – MPE-CE – PROMOTOR DE JUSTIÇA) A circunstância conhecida e provada, 
que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras 
circunstâncias, no âmbito do processo penal, 
a) serve como elemento formador de convicção do Promotor de Justiça em matéria de Tribunal 
do Júri. 
b) tem expressa disposição no Título II do Código de Processo Penal que trata do inquérito policial 
e a prevê como consideração à autoridade policial no âmbito meramente investigativo. 
c) não tem qualquer valor legal por vedar a Constituição Federal qualquer espécie de presunção 
por ofensa ao princípio do contraditório. 
d) considera-se indício e é um dos meios de prova. 
e) é expressão legal do princípio acusatório no processo penal. 
10. (FCC – 2011 – DPE-RS – DEFENSOR PÚBLICO) Sobre provas ilícitas, é INCORRETO afirmar: 
a) A vedação da utilização de provas ilícitas pode ser excepcionalmente afastada em favor do 
acusado. 
b) A doutrina processual penal faz uma distinção conceitual entre a prova ilícita e a prova ilegítima, 
sendo aquela a obtida com violação ao direito substantivo e esta a obtida com violação ao direito 
adjetivo. 
c) As provas derivadas das ilícitas não se considerarão contaminadas quando puderem ser obtidas 
de uma fonte independente destas, ou quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas 
e outras, segundo o disposto na norma processual penal. 
d) Consoante previsto no Código de Processo Penal, preclusa a decisão de desentranhamento da 
prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial. 
e) Contra a decisão interlocutória que não reconhece a ilicitude de prova cabe recurso em sentido 
estrito. 
11. (FCC – 2010 – TJ-PI – ASSESSPR JURÍDICO) Em relação às provas ilícitas, é correto afirmar 
que 
a) não precisam, necessariamente, ser desentranhadas dos autos. 
b) não se permite a presença das partes no incidente de inutilização, por se tratar de ato sigiloso. 
c) são aquelas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
d) são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo, apenas e tão somente, quando 
as derivadas puderem ser obtidas por fonte independente das primeiras. 
e) considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo trâmites atípicos, da 
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
12. (FCC – 2009 – TJ-GO – JUIZ) Em relação às provas ilícitas, é possível assegurar que 
a) não se faculta a presença das partes no incidente de inutilização. 
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b) são inadmissíveis, mas não precisam ser desentranhadas do processo. 
c) se considera fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites normais da 
investigação ou da instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
d) a inadmissibilidade também atinge as provas derivadas das ilícitas, salvo tão-somente quando 
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras. 
e) são aquelas obtidas apenas em violação a normas constitucionais. 
13. (FCC – 2009 – TJ-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO) No processo penal, a prova 
a) deverá ser produzida pelas partes, vedado ao juiz determinar, de ofício, a produção de qualquer 
outra prova. 
b) quanto ao estado das pessoas, assim como todas as provas no processo penal, observarão as 
restrições estabelecidas na lei civil. 
c) da alegação incumbirá a quem a fizer. 
d) ilícita deve ser analisada em conjunto com as lícitas, podendo servir de base para a condenação 
se estiver em consonância com estas. 
e) pericial consistente no exame de corpo de delito e outras perícias,será realizada por perito 
oficial, portador de curso superior, ou, na sua falta, por três pessoas idôneas, portadoras de curso 
médio completo. 
14. (FCC – 2009 – TJ-PI – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Segundo a doutrina, independem de prova 
os fatos 
a) induvidosos e inúteis. 
b) admitidos ou aceitos e incontroversos. 
c) ilegítimos e ilícitos. 
d) intuitivos, notórios e inúteis. 
e) reconhecidos pelo acusado e legítimos. 
15. (FCC – 2009 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) O direito ao silêncio do acusado e o valor 
da confissão harmonizam-se, segundo a sistemática atual do Código de Processo Penal, com 
fundamento nas seguintes regras: 
a) o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e 
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, estabelecendo 
escala de preponderância para as provas periciais e verificando se entre ela e estas existe 
compatibilidade ou concordância, sendo que o silêncio do acusado não importará confissão e nem 
poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. 
b) o silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa, 
sendo ao juiz vedada qualquer alusão ao silêncio do acusado na sentença que venha a proferir. 
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c) o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e 
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando 
se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância, sendo que o silêncio do acusado não 
importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. 
d) o valor da confissão deverá ser compatibilizado exclusivamente com a prova colhida sob 
princípio do contraditório, sendo vedada qualquer alusão a eventual silêncio do réu na sentença 
condenatória. 
e) o princípio constitucional da presunção de inocência impede que o juiz faça qualquer 
consideração na sentença a interrogatório e/ou confissão extrajudicial, não podendo nem mesmo 
tal circunstância interferir na sua livre apreciação das provas. 
16. (ESAF – 2008 – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE) Analise os itens a seguir 
e marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente. 
( ) Não se admite prova emprestada quando transplantada de inquérito policial. 
( ) A prova emprestada, no momento em que é transportada para o novo processo, passa a 
constituir mera prova documental, embora originariamente possa ser testemunhal. 
( ) A Constituição da República atribui ao Ministério Público, com exclusividade, a propositura da 
ação penal pública, seja ela incondicionada ou condicionada, não prevendo exceção. 
( ) Nos termos do Código de Processo Penal, depois de oferecida a denúncia a representação 
pode ser retratável. 
a) V, F, F, V 
b) F, V, V, V 
c) F, V, F, V 
d) F, F, V, F 
e) V, V, F, F 
17. (CESPE – 2009 – BCB – PROCURADOR) Com relação à prova, assinale a opção correta. 
a) O direito processual regula os meios de prova, que são os instrumentos que trazem os 
elementos de convicção aos autos. A finalidade da prova é o convencimento do juiz, que é seu 
destinatário. 
b) A materialidade da prova pode ser direta ou indireta, sendo a primeira colhida na flagrância da 
conduta delituosa, enquanto a última deriva do testemunho e da perícia. 
c) Na instrução processual, todos os fatos relevantes devem ser submetidos à atividade probatória. 
d) O direito também é objeto de prova, pois os juízes estaduais não são obrigados a conhecer o 
direito federal em caráter absoluto. 
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e) A prova do direito estrangeiro só pode ser aceita quando submetida à apreciação do Tribunal 
Penal Internacional. 
18. (VUNESP – 2016 – TJM-SP – JUIZ – ADAPTADA) O catálogo de produção de provas no 
processo penal é taxativo, não se admitindo as provas atípicas. 
19. (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ) A formação da convicção do magistrado no processo penal 
tem por base inúmeros elementos. Assinale a alternativa que contenha elementos que vão ao 
encontro da sistemática do Código de Processo Penal como um todo. 
a) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade formal. 
b) Livre convencimento e verdade material. 
c) Livre convencimento e motivação da decisão. 
d) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos constatados nos autos. 
20. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) Determina o art. 156 do CPP que a prova da 
alegação incumbirá a quem a fizer. Tal norma 
a) é relativizada, pois o juiz pode ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção 
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes. 
b) é corolário do Estado Democrático de Direito, pois apenas ao acusado, tecnicamente assistido 
por advogado, é franqueado o direito de provar o que entende relevante para o sucesso de seus 
argumentos. 
c) consagra o princípio da imparcialidade da jurisdição, pois ao Estado-Juiz é defeso realizar 
diligências de ofício no curso do processo. 
d) consagra o princípio do in dubio pro reo, pois o juiz não pode determinar de ofício a produção 
de prova que aproveite a tese da parte autora. 
e) consagra o princípio da inércia judicial, pois o julgador não poderá determinar a produção de 
provas no curso da ação penal. 
21. (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – JUIZ) Assinale a alternativa correta a respeito das provas 
processuais penais. 
a) A regulamentação dos meios de prova feita pelo Código de Processo Penal é taxativa, não 
sendo admitidas provas atípicas ou inominadas. 
b) O Código de Processo Penal não admite, nem mesmo excepcionalmente, a “prova tarifada” 
como sistema de apreciação da prova. 
c) A teoria dos “frutos da árvore envenenada” está positivada em nossa legislação 
infraconstitucional. 
d) Fatos axiomáticos são os que dependem de prova. 
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22. (VUNESP – 2013 – PC-SP – ESCRIVÃO) Determina o art. 155 do CPP que o juiz formará sua 
convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, 
a) ressalvadas as provas cautelares e não repetíveis, apenas. 
b) sem qualquer exceção. 
c) ressalvadas as provas cautelares e antecipadas, apenas. 
d) ressalvadas as provas não repetíveis e antecipadas, apenas. 
e) ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
23. (VUNESP – 2011 – TJ-SP – JUIZ) A respeito da prova no processo penal, analise as 
proposições seguintes. 
I. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em juízo, mas também 
pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação. 
II. As provas cautelares antecipadas podem ser consideradas pelo juiz na formação da sua 
convicção, ainda que não reproduzidas perante o contraditório. 
III. O ônus da prova cabe a quem fizer a alegação, sendo vedado ao juiz determinar a produção 
de provas de ofício, diante do princípio da inércia da jurisdição. 
IV. As provas ilícitas e as delas derivadas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, salvo quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das 
primeiras. 
V. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.Estão corretas somente as proposições 
a) I, III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) III, IV e V. 
d) I, II e III. 
e) I, II e V. 
24. (VUNESP – 2013 – MPE-ES – PROMOTOR DE JUSTIÇA) X, funcionário público, foi 
denunciado por prevaricação. Durante o curso da instrução processual, recebe uma carta 
confidencial de Y, suposta vítima do crime, que comprova sua inocência. X junta aos autos o 
referido documento, que deverá ser considerado: 
a) prova ilícita, tendo em vista que o sigilo de correspondência é inviolável nos termos da 
Constituição Federal. 
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==c471a==
 
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b) prova ilícita, porque fere o princípio do contraditório. 
c) prova lícita, apesar de violar o princípio do contraditório. 
d) prova lícita, tendo em vista que não viola normas constitucionais ou legais. 
e) prova ilícita porque sua utilização fere o princípio constitucional que garante privacidade à vida 
privada da vítima do crime de prevaricação 
25. (VUNESP – 2014 – PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A estrita disciplina do art. 157 do CPP, 
no que concerne às provas ilícitas, determina que elas são: 
a) aceitas de acordo com critérios de razoabilidade e proporcionalidade. 
b) inadmissíveis para condenação, mas podem motivar eventual absolvição. 
c) consideradas inadmissíveis se ofenderem disposições constitucionais, e admissíveis se 
ofenderem meras disposições legais 
d) inadmissíveis, mas devem permanecer no processo para fins de análise e eventual validação 
pelo segundo grau de jurisdição. 
e) inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo. 
26. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) São sistemas de apreciação de prova 
vigentes na legislação brasileira: 
a) Íntima convicção e Livre convencimento. 
b) Livre convencimento e Verdade legal ou formal. 
c) Verdade legal ou formal e Étnico. 
d) Íntima convicção e Verdade legal ou formal. 
27. (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA) No processo penal, a prova produzida 
durante o inquérito policial 
a) pode ser utilizada por qualquer das partes, bem como pelo juiz. 
b) tem o mesmo valor que a prova produzida judicialmente. 
c) pode ser utilizada somente pelo juiz. 
d) não tem valor legal. 
e) deverá ser sempre ratificada judicialmente para ter valor legal. 
28. (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL) Chega ao conhecimento do Ministério 
Público e da Polícia Civil que na casa de Tício estava escondido um facão que seria instrumento 
de crime de homicídio ocorrido no dia anterior, ainda sujo com sangue do autor e da vítima. O 
Ministério Público entra com pedido de busca e apreensão domiciliar, sendo deferido pelo juiz. 
Com base nisso, monta operação com a Chefia da Polícia Civil para cumprimento do mandado. 
Lá chegando, porém, deparam-se com policiais militares, que, sem mandado, aproveitaram que 
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a residência estava vazia e encontraram o facão, que estava em cima da mesa da sala. A Polícia 
Civil formaliza o cumprimento do mandado e a apreensão do instrumento, oferecendo o 
Ministério Público denúncia em face de Tício. Em defesa prévia, o acusado alega a ilicitude da 
prova no que tange ao facão. No caso, é correto afirmar que: 
a) deve ser reconhecida a ilicitude da prova, já que os policiais ingressaram sem mandado na 
residência do réu, de modo que deve ser desentranhada dos autos; 
b) a prova é válida, tendo em vista que havia flagrante delito quando os policiais ingressaram na 
residência de Tício; 
c) deve ser reconhecida a ilicitude da prova, em razão da aplicação da teoria do “Fruto da Árvore 
Envenenada”; 
d) deve a prova ser mantida nos autos, pois a legislação apenas proíbe que constem dos autos a 
prova ilícita, mas não a ilegítima; 
e) a prova é válida, aplicando-se a ideia da descoberta inevitável e fonte independente. 
29. (FGV – 2015 – TJ-BA – ANALISTA – DIREITO) Durante a instrução de caso penal versando 
sobre crime doloso contra a vida, em desfavor de Bruno, além da prova oral e pericial, foram 
juntados aos autos, por meio de compartilhamento de provas judicialmente autorizado, áudios e 
transcrições de interceptação telefônica implementada em processo distinto, que investigava 
tráfico de drogas, e que indiciavam a conduta criminosa do réu. A decisão interlocutória de 
pronúncia foi fundamentada nos indícios oriundos dessa interceptação telefônica, deferida por 
Juiz de Direito diverso daquele competente para o crime doloso contra a vida. Nessa situação, a 
decisão de pronúncia: 
a) deve ser anulada por usar elementos de prova coligidos fora da instrução processual própria; 
b) pode ser fundamentada em indícios de autoria surgidos, de forma fortuita, durante a 
investigação de outros crimes; 
c) deve ser anulada pela violação do princípio da imediação processual penal; 
d) pode ser fundamentada em indícios de autoria surgidos durante investigação de outros crimes, 
se corroborada pela prova plena do processo principal; 
e) deve ser anulada pela violação do princípio da identidade física do juiz na colheita da prova da 
interceptação. 
30. (FGV – 2013 – AL-MA – TÉCNICO: ADVOGADO) Assinale a alternativa que indica o 
princípio que fundamenta a lição da doutrina de que a prova não pertence à parte que a produziu, 
mas ao processo. 
a) Princípio do livre convencimento motivado. 
b) Princípio do contraditório. 
c) Princípio da oralidade da prova. 
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d) Princípio da publicidade da prova. 
e) Princípio da aquisição ou comunhão da prova. 
31. (FGV – 2010 – OAB – EXAME UNIFICADO) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com 
uma faca, causando- lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia 
contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou 
duas testemunhas que presenciaram o fato. 
A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na 
audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma 
de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. 
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima 
defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo 
agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia 
fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
a) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
b) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
c) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em 
dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
d) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A 
lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, 
sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
32. (FGV – 2008 – SENADO FEDERAL – ADVOGADO) Relativamente ao princípio de vedação 
de auto-incriminação,analise as afirmativas a seguir: 
I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante 
de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática 
de crime ao declarante. 
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela 
autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime 
de desobediência. 
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o 
silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao 
réu. 
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IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a 
pena do condenado utilizando como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. 
Assinale: 
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
33. (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA FASE) A respeito da 
prova no processo penal, assinale a alternativa correta. 
a) A prova objetiva demonstra a existência/inexistência de um determinado fato ou a 
veracidade/falsidade de uma determinada alegação. Todos os fatos, em sede de processo penal, 
devem ser provados. 
b) São consideradas provas ilícitas aquelas obtidas com a violação do direito processual. Por outro 
lado, são consideradas provas ilegítimas as obtidas com a violação das regras de direito material. 
c) As leis em geral e os costumes não precisam ser comprovados. 
d) A lei processual pátria prevê expressamente a inadmissibilidade da prova ilícita por derivação, 
perfilhando-se à “teoria dos frutos da árvore envenenada” (“fruits of poisonous tree”). 
34. (FGV - 2008 - TJ-MS – JUIZ - ADAPTADA) O princípio da vedação de provas ilícitas não é 
absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja utilizada quando é a única disponível para a 
acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 
35. (FGV - 2008 - TJ-PA – JUIZ - ADAPTADA) Em regra vigora o sistema da íntima convicção, 
pelo qual o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova, estando dispensado de 
motivá-la. 
36. (FGV - 2008 - TJ-PA – JUIZ - ADAPTADA) São inadmissíveis no processo as provas 
produzidas por meios ilícitos, salvo quando servirem para esclarecer dúvida sobre ponto 
relevante. 
37. (FGV – 2008 – TJ/RJ – OFICIAL DE CARTÓRIO 6ª CLASSE - PROVA 1 - ADAPTADA) São 
consideradas ilícitas as provas obtidas em violação a normas constitucionais ou legais, devendo 
ser desentranhadas do processo, mas a ilegalidade não se estende às provas derivadas daquelas, 
qualquer que seja a hipótese. 
38. (FGV – 2008 – TJ/RJ – OFICIAL DE CARTÓRIO 6ª CLASSE - PROVA 1 - ADAPTADA) O juiz 
formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não 
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podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
39. (FGV – 2012 – PC/MA – DELEGADO DE POLÍCIA - ADAPTADA) Conferindo efetividade ao 
princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si e ao direito ao silêncio, o Superior 
Tribunal de Justiça decidiu que o condutor de veículo automotor não é obrigado a se submeter 
ao teste do bafômetro e que tal recusa não pode implicar consequências penais. 
40. (FGV – 2014 – MPE-RJ – ESTÁGIO FORENSE) Sobre a prova penal, analise as afirmativas a 
seguir. 
I – São princípios que informam a prova penal: verdade material, vedação da prova ilícita, aquisição 
ou comunhão da prova, audiência contraditória, concentração e imediação, auto- 
responsabilidade das partes, identidade física do juiz, publicidade e livre convencimento 
motivado. 
II – Como formas de avaliação da prova no direito processual penal brasileiro são admitidos os 
seguintes sistemas: tarifada ou legal, íntima convicção e persuasão racional. 
III – A confissão do réu no processo penal é de valor relativo e deve ser cotejada com as demais 
provas. Se reconhecida na sentença não poderá levar a pena abaixo do mínimo cominado. 
IV – A prova ilícita é inadmissível no direito processual penal brasileiro, exceto aquela a favor do 
réu e para proteger o seu estado de liberdade. As provas ilícitas por derivação, extraídas da 
“Teoria dos frutos da árvore envenenada”, chegam ao processo por meio de informação obtida 
por prova ilicitamente colhida. O Código de Processo Penal hoje mitiga a vedação das provas 
ilícitas por derivação, no caso da fonte independente e da descoberta inevitável. 
Está correto o que se afirma em: 
a) somente I, II e III; 
b) somente I e IV; 
c) somente II e IV; 
d) somente III; 
e) I, II, III e IV. 
 GABARITO 
	
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1. ERRADA 
2. ERRADA 
3. ERRADA 
4. ERRADA 
5. ERRADA 
6. ALTERNATIVA E 
7. ALTERNATIVA D 
8. ALTERNATIVA D 
9. ALTERNATIVA D 
10. ALTERNATIVA E 
11. ALTERNATIVA C 
12. ALTERNATIVA C 
13. ALTERNATIVA C 
14. ALTERNATIVA D 
15. ALTERNATIVA C 
16. ALTERNATIVA E 
17. ALTERNATIVA A 
18. ERRADA 
19. ALTERNATIVA C 
20. ALTERNATIVA A 
21. ALTERNATIVA C 
22. ALTERNATIVA E 
23. ALTERNATIVA B 
24. ALTERNATIVA D 
25. ALTERNATIVA E 
26. ALTERNATIVA A 
27. ALTERNATIVA A 
28. ALTERNATIVA E 
29. ALTERNATIVA B 
30. ALTERNATIVA E 
31. ALTERNATIVA C 
32. ALTERNATIVA C 
33. ALTERNATIVA D 
34. ERRADA 
35. ERRADA 
36. ERRADA 
37. ERRADA 
38. CORRETA 
39. CORRETA 
40. ALTERNATIVA E 
 
 
 
 
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