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Profa. Fernanda H. Lyra de Assis
Relações Parasitas e 
Hospedeiros
Governador Valadares
2024
UNIDADE 3: Enteroparasitoses
SEÇÃO 3.1: Amebíase; SEÇÃO 3.2: Giardíase
• Agente etiológico: Entamoeba histolytica e Entamoeba coli;
• Ciclo Biológico: Monóxeno.
• Trata-se de um grave problema de saúde pública, levando a óbito
cerca de 100.000 pessoas/ano (Neves et.al., 2005).
• Forma cística com 8 núcleos→ E. coli.
• Forma cística com 4 núcleos→E. histolytica
Amebíase
Taxonomia 
•Reino : Protista
•Sub-reino: Protozoa
•Filo: Sarcomastigophora
•Sub-filos: Mastigophora
•Classe: Lobosea
•Família: Endamoebidae
•Gênero: Entamoeba
Epidemiologia 
➢ Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50% 
pessoas infectadas
Região Infecção Doença Mortes
África 85 milhões 10 milhões 10-30 mil
Ásia 300
milhões
20-30
milhões
25-50 mil
Europa 20 milhões 100 mil Mínima
Américas 95 milhões 10 milhões 10-30 mil
Totais 650
milhões
40-50
milhões
40-110 mil
Formas parasitárias
• Cistos e trofozoítos
• Encontrados nas fezes.
• Ingestão de cistos maduros (águas sem tratamento
ou maltratadas, alimentos contaminados seja por
falta de higienização, seja por veiculação por moscas
e baratas);
• Através de portadores assintomáticos que
manipulam alimentos para venda.
Amebíase – transmissão 
Amebíase – infecção 
• Fígado
• Pulmão
• Pele
• Cérebro 
- Cistos maduros chegam ao 
intestino delgado, 
transformam-se em 
metacistos, eclodindo de uma 
fenda da parede cística. 
- Este se divide originando oito 
trofozoítos metacísticos que 
migram para o intestino grosso, 
se aderem à mucosa, e vivem 
em comensalismo.
- Por motivos desconhecidos, 
os trofozoítos se desprendem 
da mucosa chegam ao cólon se 
transformam em pré-cistos e 
cistos tetranucleados, sendo 
eliminados em fezes 
consistentes e formadas. 
metacisto
Trofozoítos 
metacísticos
Amebíase – infecção 
• Caso cesse o equilíbrio comensal, trofozoítos
invadem a submucosa intestinal causando ulcerações
e podem, pela circulação, atingir outros órgãos,
como fígado, pulmão, rins, cérebro, pele (amebíase
extra-intestinal)
Amebíase – infecção 
Amebíase – infecção 
Amebíase – infecção 
Amebíase – infecção 
Amebíase – infecção 
• Maioria dos casos são assintomáticos e associados ao gênero
entamoeba (90%);
• Amebíase intestinal:
- Colites não desentéricas → 2 a 4 evacuações por dia com
fezes moles pastosas, desconforto abdominal e cólicas.
- Forma disentérica → colites amebianas → 8 a 10 evacuações
por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarreia
mucosanguinolenta, febre moderada e dor abdominal.
- Complicações → perfurações e peritonite, hemorragias,
colites pós-disentéricas, apendicite amebiana e amebomas
(massa de tecido granulomatoso).
Amebíase – sintomas 
• Maioria dos casos são
assintomáticos e associados ao
gênero entamoeba (90%);
• Amebíase extra-intestinal:
- Amebíase hepática → dor, febre e
hepatomegalia. Anorexia, perda
de peso e fraqueza geral.
- Amebíase cutânea→ região
perianal.
- Amebíase em outros órgãos →
pulmão, cérebro, baço, rim...
Amebíase – sintomas 
• Baseia-se no encontro dos parasitos nas fezes;
• Em caso de invasão de outros órgãos ou abcessos hepáticos,
os exames de raios X, cintilografia, ultrassonografia e
tomografia computadorizada mostram a infecção;
• Um fator importante durante o diagnóstico é avaliar a
consistência das fezes e a presença de muco e sangue.
Amebíase – diagnóstico 
• Em fezes diarreicas, logo após a emissão entre 20 e 30
minutos, busca-se encontrar as formas parasitológicas
trofozoítos;
• Em fezes formadas ou normais, o diagnóstico laboratorial
objetiva o encontro das formas parasitárias císticas (os cistos);
Amebíase – diagnóstico 
• Técnicas mais utilizadas: o exame a fresco (direto), Faust e
Hoffman.
• Outros métodos de diagnósticos: imunológicos (ELISA), com o
objetivo de buscar coproantígenos.
Amebíase – diagnóstico 
• Medicamento amebicida que agem na luz intestinal,
nos tecidos ou em ambos (metronidazol).
Amebíase – tratamento 
• Educação sanitária;
• Os alimentos crus, frutas, legumes e verduras devem ser deixados de
molho em agente sanitizante para que os cistos morram e após o tempo
necessário lavar em água corrente;
• Preocupação com os portadores “assintomáticos” que manipulam
alimentos para venda à população, esses devem ser tratados para não se
tornarem fonte de infecção e receber um treinamento com medidas
educacionais.
Amebíase – profilaxia 
Giardíase
• Agente etiológico: Giárdia lamblia
• Ciclo biológico: Monóxeno.
• Frequência mundial, com maior prevalência em países
tropicais e em desenvolvimento;
• Atinge em sua grande maioria crianças;
• Locais onde há grande circulação de pessoas como creches,
igrejas, escolas, shoppings entre outros, aumentam as
chances de contaminação e disseminação da giardíase;
• Espécies de importância para os seres humanos: Giardia
intestinalis, Giardia duodenalis ou Giardia lamblia.
Formas parasitárias
• Cistos e trofozoítos
• Encontrados nas fezes.
Giardíase – transmissão
• Ingestão de cistos maduros (águas sem tratamento
ou maltratadas, alimentos contaminados seja por
falta de higienização, seja por veiculação por moscas
e baratas (carregam a forma cística);
• De pessoa a pessoa, pelo contato direto (entre
familiares, quando há alguém infectado), por meio
das mãos contaminadas e relações sexuais.
• Pelo contato com animais domésticos infectados com
o parasito de morfologia semelhante à humana
(discutível).
Giardíase – infecção 
• Ao ser ingerido o cisto maduro chega ao 
estômago, inicia-se o desencistamento e 
esse processo é completo no duodeno e 
jejuno, transformando-se em trofozoítos;
• No intestino delgado os trofozoítos se 
multiplicam por divisão binária. 
• O ciclo desse parasito se completa 
quando ocorre o encistamento e 
consequentemente a eliminação para o 
meio exterior (ovos);
• O encistamento é provocado pela 
alteração do pH intestinal, estímulo de 
sais biliares e destacamento do trofozoíto 
da mucosa
Giardíase – infecção 
Giardíase – infecção 
Giardíase
• Cistos são resistente e podem sobreviver em condições
adversas (exemplo: aquecimento e desidratação) por um
período, e quando em condições favoráveis de temperatura e
umidade, sobrevivem, pelo menos, dois meses em meio
ambiente;
• Trofozoítos são encontradas nas fezes apenas quando o
trânsito intestinal é intenso, mas são as formas císticas as
responsáveis pela transmissão;
Giardíase – sintomas 
• Podem surgir de forma súbita ou aos poucos;
• Mais frequentemente observa-se a síndrome diarreica
(diarreia de evolução crônica, contínua ou com surtos de
duração variável) acompanhada por náuseas intermitentes,
cólicas abdominais, flatulências, e constipação intestinal.
• As fezes se apresentam na maioria dos casos na forma
pastosa, são abundantes, com odor fétido e predomínio de
muco;
Giardíase – sintomas 
• Alguns pacientes são assintomáticos.
• Uma manifestação clínica pouco frequente que é considerada
um agravo da doença é a síndrome de má absorção
intestinal, que irá acarretar aos poucos o emagrecimento,
anorexia, distensão abdominal, flatulência, desnutrição
(deficiência de vitaminas como A, D, E, K e B12), raquitismo, a
presença de gordura em excesso nas fezes e anemia (por
deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico e ferro);
• Além desses, as pessoas podem apresentar azia, náuseas e
vômitos.
• Pode haver ainda o comprometimento da laringe com
eventual aspiração de alimentos e líquidos para os pulmões
ou das cordas vocais, acarretando rouquidão.
Giardíase – diagnóstico
• Encontro de trofozoítos ou cistos nas fezes, ou ainda os
antígenos do parasito em amostras de fezes ou fluído
duodenal;
• Os métodos parasitológicos que podem ser utilizados são o de
Faust ou o de Hoffman, Pons e Janer, porém é importante
ressaltar que há uma diferença no padrão de excreção dos
cistos nos indivíduos e ocorrem períodos sem eliminação dos
cistos, devidoa isso pode ocorrer um “falso-negativo”;
• Em casos de “falso-negativo” em amostras de fezes o
diagnóstico deve partir do fluido duodenal e em alguns é feita
a biópsia jejunal.
Giardíase - diagnóstico
• Os trofozoítos são encontrados em fezes líquidas, que devem
ser coletadas no local de análise ou ser adicionados
conservantes para posterior análise, visto que o trofozoíto
sobrevive em torno de quinze minutos em meio externo.
Giardíase - tratamento
• Medicação antiprotozoários e giardicidas,
como a furazolidona (Giarlam), metronidazol
(Flagil), tinidazol (Fasigyn), omidazol (Tiberal)
e secnidazol (Secnidazol).
Giardíase – profilaxia
• Além do tratamento medicamentoso deve-se
observar as condições de higiene, educação
sanitária e alimentação.
OBRIGADA!
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	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4: Taxonomia 
	Slide 5: Epidemiologia 
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	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22: Giardíase
	Slide 23
	Slide 24: Giardíase – transmissão
	Slide 25: Giardíase – infecção 
	Slide 26: Giardíase – infecção 
	Slide 27: Giardíase – infecção 
	Slide 28: Giardíase
	Slide 29: Giardíase – sintomas 
	Slide 30: Giardíase – sintomas 
	Slide 31: Giardíase – diagnóstico
	Slide 32: Giardíase - diagnóstico
	Slide 33: Giardíase - tratamento
	Slide 34: Giardíase – profilaxia
	Slide 35

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