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1
UNIDADE 1 — 
NUTRIÇÃO NO EXERCÍCIO FÍSICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender as nuances que envolvem o exercício físico, desde as 
adaptações fisiológicas aos sistemas de produção de energia;
• conhecer as diferentes formas de avaliação da composição corporal dos 
praticantes de exercícios físicos e atletas;
• calcular as necessidades nutricionais de acordo com o gasto energético 
de cada modalidade realizada, adaptando o planejamento alimentar de 
acordo com a individualidade de cada praticante;
• identificar a importância da hidratação e repositores hidroeletrolíticos, 
verificando como prescrever antes, durante e após a prática;
• verificar a necessidade de inserção de suplementos alimentares e 
fitoterápicos no planejamento alimentar dos atletas, identificando os 
protocolos que podem ser utilizados frente à realidade do indivíduo.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – NUTRIÇÃO ESPORTIVA: UMA VISÃO PRÁTICA
TÓPICO 2 – FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
TÓPICO 3 – SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA
2
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
NUTRIÇÃO ESPORTIVA: UMA VISÃO PRÁTICA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Nesta primeira unidade, nós veremos uma breve 
introdução de nutrição no exercício e no esporte. Revisaremos a história da 
nutrição na área esportiva, assim como a importância do planejamento da 
alimentação no rendimento dos desportistas. Em seguida, discutiremos a 
fisiologia do exercício, como ocorrem as adaptações biológicas no organismo de 
um indivíduo em resposta ao treinamento e a importância dessas adaptações 
relacionadas ao mecanismo de aproveitamento dos nutrientes, assunto que nos 
direciona para o terceiro tema abordado nesta unidade, os sistemas de produção 
de energia, os quais são relacionados à bioquímica dos macronutrientes, assim, 
poderemos compreender os melhores momentos de consumir cada um deles 
(carboidrato, proteína, lipídio), para que possam ser bem absorvidos e, com isso, 
beneficiar as respostas esperadas no desempenho dos atletas.
Vamos lá? Você sabe quando a nutrição esportiva teve seu “start” no 
Brasil?
O grande interesse pela nutrição esportiva ocorreu na Copa do Mundo de 
1994, isso mesmo, há pouco menos de 30 anos, quando a então nutricionista da 
seleção brasileira de futebol e uma das pioneiras do trabalho nessa área no Brasil, 
Patrícia Bertolucci, abandonou a equipe após ter vetado, e não ter tido sua deci-
são respeitada, feijoada durante a estadia do time dos Estados Unidos, situação 
noticiada pela mídia da época demonstrou a desvalorização do profissional nutri-
cionista por parte dos atletas, equipe técnica e pelos dirigentes (RANGEL, 2006). 
Após muito empenho por parte dos nutricionistas, hoje, não só os atletas, 
mas também os esportistas, apresentam grande interesse pela nutrição esportiva. 
A consciência da necessidade de uma alimentação balanceada para o desempenho 
físico é cada vez maior, assim como a oferta de suplementos e bebidas para 
esportistas no mercado não para de crescer (HIRSCHBRUCH, 2003).
Nesse sentido, muitos profissionais vêm estudando e se especializando 
nessa área, todavia, quem está na linha de frente orientando os atletas e 
esportistas, raramente é responsável pela produção do conhecimento científico, 
já que os pesquisadores dificilmente são nutricionistas que atuam na área, sendo, 
em geral, pesquisadores vinculados a universidades, os demais profissionais 
acabam por trabalhar de forma bastante pulverizada, não sistemática e, muitas 
vezes, solitária.
UNIDADE 1 — NUTRIÇÃO NO EXERCÍCIO FÍSICO
4
Antes de introduzir a atuação do profissional da nutrição na área espor-
tiva, vamos rever algumas definições importantes. Você já parou para pensar se 
existe diferença entre os termos exercício físico e atividade física? Então, eles pos-
suem conceitos diferentes, vejamos a seguir:
A atividade física conceitua-se por qualquer movimento produzido pela 
musculatura esquelética que gere um gasto energético maior que o basal. Por 
sua vez, o exercício físico, caracteriza-se por qualquer atividade física planejada, 
estruturada e repetida, que tem o objetivo de manutenção ou de melhora da 
aptidão física (HIRSCHBRUCH, 2016).
Ainda há uma definição específica para esporte, a qual trata de uma 
prática corporal que envolve competição regulamentada e que tem base na 
superação de competidores ou de resultados já estabelecidos. De acordo com 
o tipo das atividades físicas realizadas diariamente, os praticantes podem ser 
classificados como fisicamente ativos, insuficientemente ativos ou sedentários. 
Seguem conceitos:
• O indivíduo fisicamente ativo é aquele que inclui no seu dia a dia 
atividades com gasto energético moderado a intenso e, portanto, 
segue as recomendações de intensidade e frequência da pratica de 
atividades físicas diárias, seja no lazer, em atividades domésticas, 
no trabalho ou na locomoção; 
• O indivíduo insuficientemente ativo pratica atividades com gas-
to energético de leve a moderado, não cumprindo as diretrizes 
de saúde publicada para os níveis diários recomendados de ati-
vidade física. 
• Já o indivíduo sedentário é caracterizado pela ausência de 
atividades que elevem de forma significante o gasto energético 
basal, com predominância de atividades que sejam realizadas em 
repouso (sentado em atividades de lazer, como assistindo à TV ou 
usando o computador, ou ainda atividades em repouso no trabalho 
ou na escola) (SIMINO, 2018, p. 11).
2 O QUE É UM NUTRICIONISTA ESPORTIVO?
De maneira geral, a rotina do nutricionista que atua na área esportiva 
não é diferente das áreas tradicionais da nutrição: atendimento nutricional 
individualizado, orientação nutricional a grupos, planejamento de compras, 
planejamento de cardápios entre outras demandas.
“Atuar com nutrição e exercício físico pode ser um desafio, especialmente 
quando se procuram definições e protocolos. Por ser uma área abrangente, os 
estudos já existentes acabam servindo a todas às situações” (HIRSCHBRUCH, 
2016, p. 4). Com isso, merece destaque o quesito da diferença entre as alterações 
do metabolismo causadas pelo exercício intenso e as alterações metabólicas 
induzidas por exercício leve e moderado, fator que já determina uma abordagem 
diferente pelo profissional nutricionista. 
TÓPICO 1 — NUTRIÇÃO ESPORTIVA: UMA VISÃO PRÁTICA
5
Além disso, a própria definição de praticantes de exercícios físico, por 
vezes, é contraditória entre referências e pouco clara, sendo que a maioria dos 
estudos é realizada com atletas, representando um problema, já que esportistas 
recreacionais podem acabar seguindo as recomendações dietéticas direcionadas 
a atletas (PEREIRA; LAJOLO; HIRSCHBRUCH, 2003). 
Dentro disso, cabe caracterizar que os praticantes de exercícios físicos 
englobam desde as crianças em idade escolar a adultos de todas as idades, de 
competidores de elite a esportistas de final de semana. Apesar de se considerarem 
atletas, seus interesses, habilidades e necessidades de treinamento são variados. 
Ou seja, nesse grupo não se encaixam os atletas que possuem treinamentos 
mais intensos e comprometimento com a modalidade praticada, considerando 
que possuem o esporte como profissão, sendo remunerados/premiados. Nesse 
interim, destaca-se que a área da nutrição esportiva engloba tanto atletas como não 
atletas e a maior parte dos estudos e recomendações é direcionada aos atletas de 
elite (olímpicos ou de competição) não sendo presente muitos na literatura dados 
que se referem aos chamados “atletas recreacionais” esportistas, desportistas 
ou praticantes de exercício físico, dificultando a atuação do profissional 
(HIRSCHBRUCH, 2016).
Seguindo esse conceito,o nutricionista acaba por utilizar das 
recomendações que não são específicas aos esportistas, já que nos locais onde 
atuam, em sua maioria, atendem a praticantes de exercícios físicos que visam lazer, 
melhora da forma física e saúde, sem objetivos competitivos e de desempenho 
(HIRSCHBRUCH, 2016). Demonstram com isso, que um dos maiores desafios 
acaba se tornando a adaptação das recomendações e os protocolos às modalidades 
específicas e à própria intensidade de treinamento do atleta. 
Caro acadêmico, nesse interim, surge uma pergunta. Será que a nutrição 
está preparada para atuar corretamente no esporte? Para Hirschbruch (2016, p. 5):
O nutricionista que deseja seguir a área esportiva precisa se preparar 
para algumas competências técnicas inerentes, que vão além do 
conhecimento básico de bioquímica e fisiologia geral e do exercício, 
devendo se dedicar às seguintes disciplinas: – avaliação nutricional: 
com conhecimentos em antropometria, composição corporal e biótipo 
ou somatotipia (somatotipo) ideal para diferentes tipos de esportes, 
bem como análise dietética, avaliação bioquímica e sinais clínicos 
importantes à conduta alimentar; – educação alimentar e nutricional: 
conhecer os mitos da alimentação, as necessidades nutricionais do 
esportista, as demandas necessárias em função da carga da prática 
físico-esportiva; – nutrição clínica: detectar possíveis riscos de 
transtornos alimentares, consequências das interações entre fármacos 
e nutrientes e entre nutrientes, conhecer as condutas para distúrbios 
alimentares, amenorreia, anemia, osteoporose e gravidez. Conhecer 
suplementos alimentares e compostos ergogênicos, bem como políticas 
de regularização dos suplementos e critérios específicos. Conhecer 
as características pertinentes das diversas modalidades esportivas 
(frequência, carga de treinamento, periodização do treinamento em 
função do calendário) estratégias de hidratação, estratégias de melhor 
recuperação após o exercício.

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