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A Quarta Semana do Desenvolvimento Embrionário
Ao �nal da terceira semana do desenvolvimento embrionário, tem-se um embrião trilaminar, isto é, já 
com três camadas germinativas embrionárias diferenciadas. Essas três camadas germinativas –
endoderma, ectoderma e mesoderma – são as precursoras de todos os tecidos embrionários e a sua 
diferenciação representa o início da morfogênese.
Imagem 1 – Corte transversal de embrião evidenciando o formato achatado do disco embrionário
trilaminar. Fonte: Adaptado de Embriologia Médica – Langman.
Durante o desenvolvimento, o embrião humano passa por uma sequência de transformações que,
apesar de estarem interrelacionadas, podem ser agrupadas em três grandes fases. A primeira delas é
a fase de crescimento, na qual há intensa divisão celular e elaboração de produtos celulares.
A segunda é chamada de morfogênese, ou seja, é a fase de formação dos órgãos, os quais ganham
forma e tamanho. Trata-se de um processo molecular complexo, controlado pela expressão e
regulação de genes especí�cos em uma sequência ordenada.
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
A Quarta Semana do Desenvolvimento 
Embrionário
https://sanarmed.com/
Por �m, tem-se a fase de diferenciação dos tecidos, na qual ocorre a maturação dos processos 
�siológicos. Isso signi�ca dizer que as células se organizam em padrões precisos de tecidos e 
órgãos, sendo assim capazes de executar funções especializadas.
O período que se estende da terceira à oitava semana do desenvolvimento é chamado de período 
embrionário ou de organogênese. Diz respeito a origem de vários tecidos e órgãos especí�cos, a 
partir de cada um dos folhetos embrionários. Ao �nal dele, por volta do �nal do segundo mês de 
gestação, os principais sistemas de órgãos já iniciaram seu desenvolvimento, o que faz com que o 
embrião assuma uma aparência humana.
 SE LIGA! É importante lembrar que no período embrionário os tecidos e órgãos estão se 
diferenciando rapidamente. Isso signi�ca que a exposição do embrião a agentes teratogênicos, 
como drogas e vírus, por exemplo, em especial nessa época do desenvolvimento, pode causar 
grandes anomalias congênitas.
É durante a quarta semana do desenvolvimento embrionário que os folhetos germinativos 
estabelecidos na terceira semana se diferenciam de modo a formar o primórdio dos grandes 
sistemas de órgãos do corpo. Ao mesmo tempo, o disco embrionário trilaminar sofre um processo 
de dobramento. É através desse processo que o embrião de formato laminar, plano e achado, 
assume uma forma cilíndrica e mais parecida com a forma corporal a qual estamos habituados.
Imagem 2 – Microscopia
eletrônica de varredura de
embrião humano, mostrando a
forma característica da quarta
semana, logo após a dobra do
corpo. Fonte: Embriologia
Humana – Larsen.
Dobramento do Embrião
Como dito, o dobramento do embrião é um evento muito importante no estabelecimento da forma
corporal. O dobramento ocorre como resultado de um crescimento rápido e diferencial das diversas
regiões do embrião.
Esse crescimento diferencial faz com que o embrião sofra dois dobramentos em sentidos distintos,
isto é, há um dobramento no plano mediano e um dobramento no plano horizontal. Isso ocorre
porque a velocidade de crescimento das laterais do disco embrionário não acompanha o ritmo de
crescimento do eixo maior do embrião, que, por sua vez, aumenta rapidamente o seu comprimento.
O dobramento no crânio e nas regiões laterais do embrião começa a partir do 22º dia, enquanto, na
região caudal, começa no 23º dia. A partir de então, o dobramento das extremidades cranial e caudal
e o dobramento lateral do embrião ocorrem simultaneamente. Além disso, concomitantemente
também há uma constrição relativa na junção do embrião com a vesícula umbilical.
Imagem 3 – Linha do tempo da quarta semana do desenvolvimento. Fonte: Embriologia Humana –
Larsen
Dessa forma, o disco embrionário cresce vigorosamente durante a quarta semana, porém o
crescimento do saco vitelínico �ca estagnado. Os dobramentos fazem com que as regiões cranial e
caudal se movam ventralmente, conforme o embrião se alonga.
Os dobramentos mediano e horizontal serão descritos detalhadamente a seguir. Entretanto, antes de
tratarmos sobre cada um deles especi�camente, é preciso entender o porquê de o crescimento
celular levar à movimentação das estruturas para a região ventral do embrião, e não somente levar à
um aumento de tamanho com o mesmo formato laminar original.
Isso é devido ao fato de a notocorda, o tubo neural e os somitos em desenvolvimento enrijecerem o
eixo dorsal do embrião. Dessa forma, os dobramentos são concentrados nas bordas externas e
�exíveis do disco. É por isso que as bordas craniana, caudal e laterais do disco se dobram sob as
estruturas axiais dorsais, dando origem a superfície ventral do corpo.
Por �m, vale lembrar que, apesar de possuírem nomes diferentes, todas as dobras acabam por
tornarem-se contínuas na posição do que virá a ser o umbigo, formado como um anel de tecidos.
Dobramento do embrião no plano mediano

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