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Profª Emília Delesderrier Franco Email: EMILIA.DFRANCO@professores.estacio.br NUTRIÇÃO CLÍNICA E DIETOTERAPIA PARA O SIST. DIGEST. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Plano de Ensino Unidade I: Avaliação do estado nutricional do paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial. 1.1 Triagem nutricional e avaliação do estado nutricional do paciente 1.2 Cálculo das necessidades nutricionais do paciente 1.3 Modificação da dieta Unidade II: Terapia de nutrição enteral e parenteral. 2.1 Descrição da terapia nutricional enteral 2.2 Descrição da terapia nutricional parenteral Unidade III: Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: desnutrição e obesidade. 3.1 Tipos de desnutrição e suas alterações fisiológicas e metabólicas 3.2 Ferramentas para diagnóstico da desnutrição e conduta dietoterápica 3.3 Identificação da obesidade como doença crônica e suas complicações Plano de Ensino Unidade IV: Nutrição nos transtornos alimentares: anorexia e bulimia nervosa. 4.1 Identificação dos transtornos 4.2 Classificação do estado nutricional do paciente para planejamento da dieta de acordo com suas necessidades 4.3 A integração da equipe multidisciplinar no tratamento clínico Unidade V: Alergias e intolerâncias. 5.1 Identificação das alergias 5.2 Alimentos alergênicos e exames diagnósticos 5.3 Reconhecimento das intolerâncias alimentares 5.4 Planejamento da conduta nutricional do paciente de acordo com a alergia/intolerância Unidade VI: Sistema digestório e manifestações clínicas. 6.1 Trato gastrointestinal - breve panorama dos processos digestivos/absortivos 6.2 Identificação dos principais sinais e sintomas 6.3 Conduta nutricional e imunomoduladores Unidade VII: Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. 7.1 Revisão anátomo-funcional 7.2 Patologias e repercussões clínicas 7.3 Complicações 7.4 Tratamentos e conduta nutricional Disciplina NUTRIÇÃO CLÍN. E DIETOTERAPIA PARA O SIST. DIGEST (ARA 0975) Campus NOVA IGUAÇU Semestre 2023.2 Curso: Nutrição Professor (a): Emília Delesderrier Franco Datas Aulas Conteúdo Teórico 07/AGO AULA 1 Apresentação da disciplina + Avaliação do estado nutricional do paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial 14/AGO AULA 2 Necessidades energéticas e modificações físicas e químicas da dieta para atendimento ao paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial 21/AGO AULA 3 Necessidades energéticas e modificações físicas e químicas da dieta para atendimento ao paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial 28/AGO AULA 4 Terapia de nutrição enteral 04/SET AULA 5 Terapia de nutrição enteral 11/SET AULA 6 Terapia de nutrição enteral 18/SET AULA 7 Terapia de nutrição parenteral 25/SET AVALIANDO APRENDIZADO 1 (2 pontos) 02/OUT AULA 8 Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: desnutrição 09/OUT AULA 9 Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: obesidade 16/OUT AULA 10 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: Esôfago e estômago 23/OUT AULA 11 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: intestino delgado 30/OUT AULA 12 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: intestino grosso 06/NOV AVALIAÇÃO (AV) (10 pontos) 13/NOV VISTA DA AV 20/NOV NOVA CHANCE AV (10 pontos) 🡪 ALUNO <6 NA AV OU FALTARAM AV 27/NOV AVALIAÇÃO SUBSTITUTIVA (AVS) (10 pontos) 04/DEZ FIM DE SEMESTRE Cronograma sujeito à alterações Cronograma da disciplina Estudar pela Sala de Aula virtual! • Nutrição nos transtornos alimentares: anorexia e bulimia nervosa • Alergias e intolerâncias • Sistema digestório e manifestações clínicas Avaliação da disciplina ⚫ Avaliando aprendizado 1 (em sala de aula) – vale 2 pontos ⚫ Avaliando aprendizado 2 (BDQ) – vale 2 pontos ⚫ Avaliação (AV) – vale 10 pontos (+maior nota do avaliando aprendizado) ⚫ Nova chance AV – vale 10 pontos (para quem tirou menos que 6 na AV) ⚫ Avaliação substitutiva (AVS) – vale 10 pontos (para quem faltou AV ou quer aumentar a nota) Média 6 para aprovação Presença de pelo menos 75% Bibliografia da disciplina Bibliografia complementar Profª Emília Delesderrier Franco Email: emilia.delesderrier@professores.estacio.br AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE HOSPITALIZADO E EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL Caso clínico Paciente L.M.N de 68 anos, interna na unidade de internação com diagnóstico clínico de câncer de pulmão, com queixa principal de dispnéia aos pequenos esforços, não conseguindo realizar suas atividades diárias. Anamnese alimentar: Paciente apresentando baixa ingestão alimentar há 7 dias, apresentando hiporexia. Relata realizar 2 refeições/dia na consistência semilíquida. Queixa-se de náuseas e vômitos. Função intestinal: tendendo à constipação. Avaliação Antropométrica: Peso atual: 65Kg Peso habitual: 85Kg há 3meses Estatura: 1,70m Circunferência da panturrilha: 27cm Ao exame físico: Lúcido, orientado, apresentando abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola gordurosa de bichard depletada. A) REALIZE A TRIAGEM NUTRICIONAL DO PACIENTE. B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL? C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE? Triagem Nutricional ⚫ Também conhecida como rastreamento nutricional. O QUE É? Consiste na utilização de um questionário que pode ser aplicado ao paciente ou seus familiares. QUEM APLICA? Equipe de saúde que realiza a admissão hospitalar – principalmente nutricionista Triagem Nutricional ⚫ Ao comparar os diferentes instrumentos de triagem nutricional, é importante considerar: a) Nº profissionais que podem aplicar b) Tempo necessário para sua aplicação c) Viabilidade de recursos (equipamentos) d) Sensibilidade e especificidade OBJETIVO Detectar, por meio de variáveis objetivas/subjetivas, a presença de risco de desnutrição Verificar se avaliação nutricional adicional é necessária Instrumentos de Triagem Nutricional ⚫ Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) ⚫ Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002) ⚫ Mini Avaliação Nutricional (MNA) ⚫ Mini Avaliação Nutricional versão reduzida ou short form (MNA) ⚫ Avaliação Subjetiva Global (ASG) Instrumentos de Triagem Nutricional Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) ⚫ Desenvolvido em 2003; ⚫ Pode ser utilizado por diferentes profissionais de saúde; ⚫ Identifica adultos que estejam em risco de desnutrição ou obesidade; ⚫ Não considera dados laboratoriais e de composição corporal; ⚫ Não leva em consideração condições hospitalares: estresse metabólico associado à doença, tipo de tratamento (clínico ou cirúrgico) Vantagens Desvantagens Baixo custo Baixa sensibilidade Não invasivo Baixa especificidade Válido Valorização do IMC Reprodutível Instrumentos de Triagem Nutricional Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) Instrumentos de Triagem Nutricional Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002) ⚫ Técnica mais indicada para ambiente hospitalar; ⚫ Utiliza fatores retrospectivos: ❑ Peso e ingestão alimentar; ❑ Características antropométricas; ❑ Gravidade da doença. Importante vantagem: não limita sua aplicação à populações específicas, podendo ser utilizado em pacientes clínicos, cirúrgicos e oncológicos, entre outros. Instrumentos de Triagem Nutricional Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002) Instrumentos de Triagem Nutricional Mini Avaliação Nutricional (MNA) ⚫ Projetada e validada para avaliação do estado nutricional de pacientes idosos (instituição de longa permanência ou hospitlizados ou clinicas ambulatoriais); ⚫ Compreende 18 itens: a) Antropometria – peso, altura, perda de peso, circunferência do braço, circunferência da panturrilha; b) Cuidados gerais – estilo de vida, medicações, mobilidade; c) Avaliação dietética – nº refeições, ingestão de alimentos e líquidos; d) Autoavaliação – percepção de saúde e estado nutricional Instrumentos de Triagem Nutricional Miniavaliação Nutricional (MNA) Instrumentosde Triagem Nutricional Mini Avaliação Nutricional (MNA) ⚫ É considerada um método de triagem nutricional com alta sensibilidade e especificidade; ⚫ Indica o prognóstico de desnutrição; ⚫ Limitações: a) Extenso e complexo; b) Requer profissional capacitado – ex: antropometria requer treinamento A partir dessas considerações, foi desenvolvida a Miniavaliação Nutricional reduzida (MNA-SF) Instrumentos de Triagem Nutricional Mini Avaliação Nutricional versão reduzida (MNA-SF) ⚫ Objetivo: preservar as qualidades da MNA original, minimizando o tempo e treinamento necessário para aplicação. ⚫ A versão reformulada é composta apenas pela primeira das três etapas da MNA – intitulada triagem nutricional ⚫ Constituída de apenas 6 questões: Alteração da ingestão alimentar Perda de peso Mobilidade Estresse psicológico Problemas neurológicos IMC Instrumentos de Triagem Nutricional Miniavaliação Nutricional versão reduzida (MNA-SF) Pode sub ou superestimar a prevalência de risco nutricional, pois é o único método antropométrico utilizado. Instrumentos de Triagem Nutricional Avaliação Subjetiva Global (ASG) ⚫ Método alternativo que tem como base a história clínica e o exame físico. ⚫ Método diferencial: avalia alterações de composição corporal e alterações funcionais do paciente. ⚫ Características: ✔ Simples ✔ Rápido ✔ Baixo custo ✔ Fácil execução ✔ Aplicável no ambiente hospitalar e domiciliar ✔ Pode ser realizado por qualquer membro da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico) 🡪 desde que seja treinado Instrumentos de Triagem Nutricional Avaliação Subjetiva Global (ASG) ⚫ Limitações: ✔ Dificuldade de monitorar a evolução do paciente por ausência de dados quantitativos; ✔ Não detecta desnutrição protéica de grau leve; ✔ Não verifica pré-obesidade e obesidade – a finalidade é acusar desnutrição. ⚫ Dividida em 3 partes: 1) História clínica 2) Exame físico 3) Resultado Versões para pacientes oncológicos, nefropatas e hepatopatas Instrumentos de Triagem Nutricional Avaliação Subjetiva Global (ASG) Instrumentos de Triagem Nutricional Avaliação Subjetiva Global (ASG) ASG A - Bem Nutrido ASG B – Moderadamente desnutrido ou suspeita de desnutrição ASG C – Desnutrição grave Sem alterações significativas na história clínica e no exame físico ou apresenta alteração recente, mas vem demonstrando melhora da ingestão alimentar e dos sintomas digestivos -Perda de peso 5-10% nos últimos 6 meses, sem estabilização ou recuperação do peso nas últimas 2 semanas. -Diminuição leve da ingestão alimentar. -Perda moderada de tecido adiposo subcutâneo -Sinais óbvios de desnutrição com perda de tecido adiposo subcutâneo e presenca de edema -Evidências claras de perda de peso significativa (>10% do peso habitual) -Referência de roupa larga - Modificações na capacidade funcional -Diminuição das atividades físicas cotidianas Caso clínico Paciente L.M.N de 68 anos, interna na unidade de internação com diagnóstico clínico de câncer de pulmão, com queixa principal de dispnéia aos pequenos esforços, não conseguindo realizar suas atividades diárias. Atualmente em quimioterapia. Anamnese alimentar: Paciente apresentando baixa ingestão alimentar há 7 dias, apresentando hiporexia. Relata realizar 2 refeições/dia na consistência semilíquida. Queixa-se de náuseas e vômitos. Função intestinal: tendendo à constipação. Avaliação Antropométrica: Peso atual: 65Kg Peso habitual: 85Kg há 3meses Estatura: 1,70m Circunferência da panturrilha: 27cm Ao exame físico: Lúcido, orientado, apresentando abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola gordurosa de bichard depletada. A) REALIZE A TRIAGEM NUTRICIONAL DO PACIENTE. B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL? C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE? Resolução do caso clínico IMC: 22,49kg/m² 🡪 baixo peso % Perda de peso: (peso habitual – peso atual/phabitual)x100 = 23,5% em 3 meses = PERDA DE PESO GRAVE Circunferência panturrilha: <31cm – indicativo de desnutrição em idosos IMC (kg/m²) Classificação ≤23 Baixo peso >23 - < 28 Adequado ≥ 28 - < 30 Excesso de peso/sobrepeso ≥ 30 Obesidade IMC - Idosos Tempo Perda de peso importante Perda de peso grave 1 semana 1-2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6 meses 10 >10 Percentual de perda de peso Exame físico: abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola gordurosa de bichard depletada 🡪 indica depleção muscular e adiposa -Não consegue realizar suas atividades diárias -Baixa ingestão alimentar, involução de consistência da dieta -Sintomas GI: constipação, náuseas e vômitos 0 + 2 + 2 = 4 ESCORE 4 = ALTO RISCO NUTRICIONAL Resolução do caso clínico 0 0 1 0 2 2 5 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 4 8 MNA – 8 pontos MNA SF – 5 pontos Ambas indicam que o paciente em questão apresenta desnutrição Não Sim Sim Sim Se responder 1 sim, vai para a parte de baixo Escore 4 Indicativo de risco nutricional Adicionar 1 ponto quando for idoso >70 anos X x x x xx x x x CANCER 2 3 SEM EDEMA 3 ASG C – Desnutrição grave -Sinais óbvios de desnutrição com perda de tecido adiposo subcutâneo e presenca de edema -Evidências claras de perda de peso significativa (>10% do peso habitual) -Referência de roupa larga - Modificações na capacidade funcional -Diminuição das atividades físicas cotidianas Resolução do caso clínico B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL? Resposta: o paciente apresenta risco nutricional, segundo os instrumentos de triagem nutricional aplicados (MUST, NRS2002, MNA e ASG) C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE? Resposta: - Prosseguir com uma avaliação nutricional completa a fim de avaliar o estado nutricional (avaliação antropométrica, laboratorial, exame físico) a fim de realizar o diagnóstico nutricional do paciente. - Posteriormente, iniciar um plano de cuidado nutricional para este paciente, prever nova dieta, suporte nutricional, afim de melhorar e aumentar a ingestão nutricional. - Monitorar e rever o plano de cuidado nutricional semanalmente (7 em 7 dias). Após a triagem nutricional... Precisamos realizar a avaliação nutricional!!! Importância da avaliação nutricional do paciente hospitalizado Identificação precoce da desnutrição, por meio de ferramentas validadas: - possibilita estabelecer conduta nutricional mais apropriada - evitar a piora do quadro clínico - recuperar o estado nutricional Avaliação nutricional: conjunto de métodos utilizados para aferir o estado nutricional do paciente Métodos de avaliação nutricional ⚫ Métodos objetivos – estudo dietético, antropometria, composição corporal e dados laboratoriais ⚫ Métodos subjetivos – exame físico e avaliação subjetiva global Deve-se utilizar o maior número possível de parâmetros Anamnese Clínica ⚫ Queixa Principal ⚫ Diagnóstico clínico ⚫ História de doença atual ⚫ História patológica pregressa ⚫ História familiar e social Anamnese ou história alimentar Entrevista para obtenção de informações sobre os hábitos alimentares e informações complementares ⚫ Saúde oral e dentição ⚫ Apetite, presença de sintomas gastrointestinais, funcionamento do intestino ⚫ Queixas urinárias ⚫ Mudanças recentes do peso corporal (perda de peso intencional ou não) ⚫ Uso de medicações e suplementos nutricionais (interação droga x nutriente) ⚫ Prática de atividade física e atividades diárias ❖ Disfagia ❖ Odinofagia ❖ Pirose ou azia ❖ Flatulência ❖ Hematêmese ❖ Melena ❖ Enterorragia ❖ Hematoquezia ❖ Poliúria ❖ Disúria – dificuldade para urinar acompanhada de dor ❖ Hematúria ❖ Incontinência urinária – perda involuntária da urina Anamnese ou história alimentar ⚫ História dietética- coleta informações similares ao Recordatório 24 horas e questionário de frequência alimentar a) Investigação sobre consistência da alimentação, nº de refeições realizadas, grupos dealimentos consumidos, quantidade b) Investigação de alergias, intolerâncias e/ou aversões alimentares c) Influência de fatores étnicos e culturais sobre a alimentação d) Condições socioeconômicas (renda familiar e parcela destinada a compras dos alimentos) Exame Físico – cabeça e pescoço 1) Cabelos: perda do brilho natural, quebradiço, fácil de arrancar sem dor 2) Musculatura temporal e musculatura supra e infraclavicular 3) Bola gordurosa de Bichart Exame Físico – cabeça e pescoço 4) Olhos: coloração normal – róseo avermelhada. Avaliar presença de icterícia, palidez da mucosa 5) Boca: observar coloração e umidade, presença de nódulos, ulcerações e rachaduras no canto da boca 6) Gengivas e dentes: coloração da gengiva (rosada), dentição preservada (mastigação) Exame Físico – cabeça e pescoço 7) Língua – deve estar rosada, ligeiramente áspera, úmida, sem cortes e fissuras Língua lisa, inflamada, magenta, dolorosa – deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, B12, B6, ferro Salivação: xerostomia ou sialorréia (medicações) Exame Físico - Pele Hidratação - turgor da pele Cianose Petéquias Retorno venoso Icterícia Exame Físico - Unhas Unha paroníquia inflamação das pregas ungueais, edemaciadas Unha coloníquia Unha em formato de colher – deficiência de ferro Unha de Terry Grandes e esbranquiçadas, ocorre em doenças crônicas ICC, DM, cirrose hepática Linhas de Beau Depressões transversas, associadas a doenças agudas graves Exame físico – abdome 1) Inspeção – avaliar presença de cicatrizes, estrias, veias dilatas, circulação colateral 2) Contorno abdominal plano (normal) globoso (obesidade) avental (ob. Mórbida) escavad o ascític o Exame físico – abdome 3) Abdome flácido ou distendido? 4) Ausculta – avaliar motilidade intestinal -ruídos 5) Percussão – avaliar a intensidade e distribuição dos gases, investigar timpanismo (TIMPÂNICO OU ATIMPÂNICO) 6) Palpação – massas abdominais Exame Físico – membros superiores e inferiores 1) Presença de edema – comparar membros, formação de cacifo 2) Avaliação do compartimento protéico somático (musculo esquelético) Atrofia da musculatura interóssea da mão Atrofia da musculatura da coxa e panturrilha MMSS Edema em MMII (3+/4+)cacifo Sinais físicos indicativos de desnutrição e carências nutricionais CUPPARI, 2019. Exame físico – sistema digestório ⚫ Disfagia – dificuldade para deglutir. Pode ocorrer disfagia para sólidos, líquidos. Verificar problemas associados. ⚫ Odinofagia – Deglutição dolorosa. Pode acompanhar a disfagia, mas ambos os sintomas podem ocorrer isoladamente. ⚫ Pirose ou azia – Sensação de queimação sentida na região retroesternal e com irradiação do epigástrico para o pescoço. ⚫ Regurgitação – Consiste no retorno do conteúdo esofágico ou gástrico para a boca sem que seja precedido de ânsia de vômito ou náuseas. Exame físico – sistema digestório ⚫ Flatulência – manifesta-se por eructação, distensão abdominal, plenitude abdominal. Indagar sobre alimentos específicos que parecem produzir o sintoma. ⚫ Hematêmese – vômito (êmese) com sangue vivo ou em “borra de café”. Proveniente do esôfago, estômago ou duodeno. ⚫ Melena – eliminação de fezes negras de consistência pastosa e odor característico. Indica sangramento nas posições altas do sistema digestório. 🡪 teste catalase + ⚫ Enterorragia – eliminação de sangue vivo pelo ânus. ⚫ Hematoquezia – eliminação retal de fezes misturadas com sangue vivo proveniente do ID ou IG. Avaliação antropométrica ⚫ Peso Corporal – reflete o equilíbrio protéico energético do indivíduo. Mensurar pela manhã a) Peso atual b) Peso usual/habitual – referência em caso de impossibilidade de medir peso atual c) Peso ajustado – é o peso ideal corrigido para determinar necessidades nutricionais Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual d) Peso ideal ou teórico – calculado a partir do IMC médio: Peso teórico = IMC médio x estatura ² Valores médios de IMC segundo sexo IMC (KG/M²) Sexo masculino Sexo feminino Médio 22,0 20,8 Faixa de normalidade 20,1 – 25,0 18,7 – 23,8 Obeso 30,0 28,6 Avaliação antropométrica e) Peso corrigido – utilizar em casos de edema e ascite Peso a ser descontado na correção de edema e ascite, conforme grau de retenção de líquido Grau de retenção de líquido Edema periférico (kg) Ascite (Kg) Leve 1,0 2,2 Moderado 5,0 6,0 Grave 10,0 14,9 Peso a ser descontado, conforme a localização do edema Edema Excesso de peso Tornozelo (+) 1kg Panturrilha (++) 1 a 3kg Joelho (+++) 3 a 4Kg Raiz da coxa (++++) 4 a 6kg Anasarca 7 a 12kg Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa do peso corporal – pacientes acamados Onde: CP= circunferência da panturrilha AJ = altura do joelho CB = circunferência do braço PCSE= prega cutânea subescapular Equações de Chumlea (1985): Homens = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulheres = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa do peso corporal – pacientes acamados Avaliação antropométrica • Peso ideal para amputados Membro amputado Proporção de peso Mão 0,8 Antebraço 2,3 Braço até o ombro 6,6 Pé 1,7 Perna abaixo do joelho 7,0 Perna acima do joelho 11,0 Perna inteira 18,6 Avaliação antropométrica • Percentual de perda de peso %PP = ( Peso usual – peso atual / Peso usual ) x 100 = valor percentual Tempo Perda de peso importante (%) Perda de peso grave (%) 1 semana 1-2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6 meses 10 >10 Avaliação antropométrica ⚫ Estatura – estadiômetro Etapas: 1) Posicionar o indivíduo no centro do equipamento; 2) Mantê-lo com a cabeça erguida e com os braços estendidos ao longo do corpo; 3) Ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna dos joelhos; 4) A medida deverá ser realizada quando a cabeça, ombro, nádega, panturrilha e calcanhares encostarem na parede; 5) Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça; 6) Realizar a leitura sem soltar a parte móvel. Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa da estatura – pacientes acamados a) Altura do joelho: paciente em posição supina ou sentado o mais próximo da extremidade da cadeira, com joelho flexionado a 90º. Fórmulas para estimativa da estatura a partir da altura do joelho, de acordo com sexo Homem Mulher 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho) 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho) Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa da estatura – pacientes acamados Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa da estatura b) Extensão dos braços: - Braços estendidos formando ângulo de 90º com o corpo. - Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos, utilizando fita métrica flexível. O valor obtido corresponde à estatura estimada. Avaliação antropométrica ⚫ Estimativa da estatura c) Estatura recumbente: paciente em posição supina e com o leito horizontal completo. Deve-se marcar no lençol os pontos referentes ao topo da cabeça e base do pé. Posteriormente, deve-se medir a distância entre esses pontos com fita graduada. Avaliação antropométrica • IMC (ou índice de Quetelet) – indicador de estado nutricional, porém não discrimina as reservas adiposas e protéicas. Classificação IMC (kg/m²) Magreza grau III (grave) <16 Magreza grau II (moderada) 16 – 16,99 Magreza grau I (leve) 17 – 18 Normal 18,5 –24,99 Sobrepeso ≥ 25 Obesidade grau I 30 – 34,99 Obesidade grau II 35 – 39,99 Obesidade grau III ≥ 40 Cálculo do IMC: Peso (Kg) estatura² IMC (kg/m²) Classificação ≤23 Baixo peso >23 - < 28 Adequado ≥ 28 - < 30 Excesso de peso/sobrepeso ≥ 30 Obesidade Adultos - OMS Idosos - OPAS/OMS Avaliação antropométrica ⚫ IMC (ou índice de Quetelet) – indicador de estado nutricional, porém não discrimina as reservas adiposas e protéicas. Classificação idosos Classificação adultos Sobrepeso Avaliação antropométrica Dobras cutâneas Dobra cutânea bicipitalDobra cutânea subescapular Dobra cutânea supra-ilíaca Dobra cutânea triciptal Dobras cutâneas ⚫ Refletem a quantidade de tecido adiposo subcutâneo (diretamente ligado com o volume de gordura total do organismo). ⚫ A mensuração é realizada por adipômetros especializados. Avaliação antropométrica ⚫ Dobra cutânea tricipital – a mais utilizada na prática clínica para monitoramento do estado nutricional (COMPARTIMENTO ADIPOSO). Método: Ponto médio entre o acrômio e o olécrano com o braço flexionado junto ao corpo, formando ângulo de 90º, e posteriormente pinçar a dobra e posicionar o adipômetro. Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência Frisancho, a fim de estabelecer o estado nutricional do compartimento adiposo: Adequação da DCT(%): DCT obtida (mm) x 100 DCT percentil 50 Classificação do estado nutricional de adultos segundo o percentual de adequação da dobra cutânea tricipital Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade DCT <70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% <120% Atenção: obesidade e edema em membro superior Percentis - Dobra cutânea triciptal (DCT) Avaliação antropométrica ⚫ Circunferências – medidas que podem indicar o estado nutricional e o padrão de gordura. Limitações – afetados pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo. a) Circunferência do braço e CMB b) Circunferência da panturrilha c) Circunferência da cintura d) Circunferência do quadril e) Relação cintura-quadril Refletem distribuição de gordura corpórea Refletem massa magra Avaliação antropométrica ⚫ Circunferência do Braço (CB) – Ponto médio entre acrômio e olécrano, com braço relaxado ao longo do corpo, com a mão voltada para a coxa. Representa soma das áreas do tecido ósseo, muscular e gorduroso do braço. Importante para aplicação de fórmulas para cálculo da circunferência muscular do braço Avaliação antropométrica Circunferência muscular do braço (CMB): reflete compartimento protéico somático (musculo esquelético). CMB (cm) = CB (cm) – π x [DCT (mm) ÷ 10] Classificação do estado nutricional de adultos segundo o percentual de adequação da CMB Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB <70% 70 a 80% 80 a 90% 90% Circunferência muscular do braço (CMB) Avaliação antropométrica Área muscular do braço (AMB) ⚫ Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. Esta reflete mais adequadamente a verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular do que a CMB. ⚫ É obtida de acordo com o sexo por meio das fórmulas. Área muscular do braço (AMB) Avaliação antropométrica ⚫ Circunferência da panturrilha: medida sensível para avaliação da massa muscular em idosos. Ideal: ≥ 31 cm Avaliação antropométrica Circunferência da cintura – indicador do risco de complicações da obesidade Gênero Risco aumentado Risco muito aumentado Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm Circunferência do quadril – utilizada em conjunto com a relação cintura quadril (RCQ) RCQ = circunferência da cintura (cm) circunferência do quadril (cm) Indicativo de obesidade andróide e risco aumentado de doenças relacionadas com a obesidade: Homens: > 1 Mulheres: > 0,85 Avaliação bioquímica do estado nutricional ⚫ Permite diagnosticar possíveis deficiências nutricionais ainda na fase subclínica (ainda não há presença de sinais clínicos). ⚫ Não devem ser utilizados de forma isolada para estabelecimento do diagnóstico nutricional. Avaliação do compartimento protéico visceral Proteínas plasmáticas - Albumina (vida média de 18-20 dias) - Transferrina (vida média de 7-8 dias) - Pré-albumina (vida média de 2-3 dias) - Proteína ligadora de retinol (10-12 horas) Classificação [albumina] sérica (mg/dL) Estado nutricional adequado >3,5 Desnutrição leve 3,0 – 3,5 Desnutrição moderada 2,4 a 2,9 Desnutrição grave <2,4 Podem ser influenciados de acordo com o estado de hidratação, hepatopatias, aumento do catabolismo, infecção e inflamação Quanto menor a vida média, mais sensível às alterações de estado nutricional Albumina e Pré-albumina são protéinas de fase aguda negativa. Ou seja, em situações inflamatórias o organismo deixa de produzi-las, para produzir proteínas de fase aguda positiva (ex.: proteina C reativa – PCR). Então o indiduo inflamado não necessariamente está com desnutrição. Avaliação bioquímica do estado nutricional Avaliação do compartimento protéico somático 1) Índice creatinina-altura (ICA): parâmetro para avaliar perda de massa muscular 2) Balanço nitrogenado(BN) - Excreção de nitrogênio urinário - Monitoramento da terapia nutricional – adequar reposição protéica BN = [proteína ingerida 24h (g) ÷ 6,25] – [uréia urinária 24h (g) ÷ 2,14] + 4g Valor Classificação do estado nutricional segundo balanço nitrogenado = 0 Equilíbrio >0 ou positivo Anabolismo <0 ou negativo Catabolismo % adequação do ICA Classificação >80% Normal 60 a 80% Depleção protéica moderada <60% Depleção protéica grave ICA (%): creatinina urinária do indivíduo nas 24h (mg) x 100 creatinina urinária ideal (mg) 🡪 sexo, estatura, idade Limitação: insuficiência renal, fase aguda pós traumática Limitação: pacientes renais, diarréia, fístulas GI (perdas anormais de nitrogênio) Métodos de avaliação dietética ⚫ Para avaliação do consumo alimentar: são utilizados os inquéritos dietéticos ⚫ São métodos investigativos, a partir dos quais são obtidas informações qualitativas e/ou quantitativas sobre o consumo alimentar do indivíduo. ⚫ Classificação dos inquéritos alimentares: a) Métodos retrospectivos – recordatório de 24, questionário de frequência alimentar b) Métodos prospectivos: registro alimentar estimado, registro alimentar pesado, análise duplicada das refeições Métodos retrospectivos ⚫ Recordatório de 24 horas - Consistem em anotar e quantificar todos os alimentos e bebidas ingeridos durante um período de 24h. - Esse período pode ser o dia anterior, da primeira à última refeição do dia, ou as últimas 24h precedentes à entrevista. - Caracteriza o consumo atual. Métodos retrospectivos ⚫ Recordatório de 24 horas Vantagem Desvantagem Baixo custo A quantidade de alimentos ingerida pode sofrer variações - final de semana Aplicação rápida e fácil administração – entrevistado não precisa ser alfabetizado Dificuldade para estimar as porções (tendência a super ou subestimar) Confiabilidade entre entrevistadores Sazonalidade Não interfere no comportamento alimentar do paciente Incapacidade do entrevistado de fornecer dados precisos. Idosos: dificuldade para memorizar Exige pouco esforço do entrevistado – requer memória passado próximo Métodos retrospectivos ⚫ Recordatório de 24 horas Café com leite desnatado (50/50%) Adoçado com adoçante X 1 xícara (100 ml) IMPORTANTE QUE HAJA DETALHAMENTO DAS INFORMAÇÕES!!! Métodos retrospectivos ⚫ Questionário de frequência alimentar – QFA - Mais prático e informativo para avaliação da ingestão dietética – estudos epidemiológicos (dieta x DCNT) - Avalia a dieta habitual – fornece uma idéia de consumo alimentar por um longo período - Constituído por lista de alimentos e bebidas mais frequentemente consumidos em determinada região - Tempo: 1 a 7 dias na semana, nunca, diariamente, semanalmente, mensalmente e raramente. Métodos retrospectivos ⚫ Questionário de frequência alimentar – QFA - Existem 3 modalidades de QFA: a) QFA qualitativa – apenas avaliado se o grupo alimentar é consumido (não avalia a quantidade); b) QFA quantitativa – o próprio entrevistado relata a porção e a freqüência do consumo dos alimentos; c) QFA semiquantitativo – questionário contendo lista de alimentos e porções preeestabelecidas + categorias de consumo – diário, mensal, nunca + modo de preparo. Métodos retrospectivos ⚫ Modelo de QFA Métodos prospectivos ⚫ Registro alimentar – também chamado de diário alimentar -Próprio indivíduo ou responsável anota todos os alimentos e bebidas consumidos ao longo de um ou mais dias. - Também é anotado as porções, tipo de preparo. - Aplicado por 3, 5 ou 7 dias – abrangendo final de semana. Métodos prospectivos ⚫ Registro alimentar – 2 modelos: a) Registro alimentar estimado: registro por meio de medidas caseiras b) Registro alimentar pesado – por meio da pesagem e posterior registro dos alimentos – definir o real consumo alimentar Métodos prospectivos ⚫ Registro alimentar Desvantagem Entrevistado precisa ser alfabetizado Requer conhecimento das porções A ingestão pode ser modificada e influenciada no período da execução Omissão de certos alimentos Requer anotações durante vários dias Caso Clínico ⚫ RTOM, sexo masculino, 43 anos, diagnóstico de carcinoma de esôfago. Interna com dificuldade para alimentação. ⚫ Ao exame físico: apresenta olhos e conjuntivas hipocoradas, depleção da bola gordurosa de Bichart e musculatura temporal, dentição incompleta, fossas supra e infraclaviculares proeminentes, unhas coiloníquias, abdome escavado e doloroso à palpação. ⚫ Na anamnese alimentar: Relata alimentação na consistência semilíquida, fracionada em 2 refeições/dia. Relata constipação intestinal, disfagia e odinofagia. Peso atual = 51,6 kg Peso usual = 72 kg Estatura = 1,64 m Perda de peso = 28,3% (grave – 3 meses) DCT = 5,6 mm (%ADEQ) = COMP ADIPOSO CMB = 21,7 cm (%ADEQ) = COMP PROTEICO SOMÁTICO (MUSC ESQUELETICO) Alterações bioquímicas: hemoglobina (↓), hematócrito (↓), albumina (↓). a) Qual o diagnóstico nutricional do paciente? - Interpretação do exame físico - Interpretação dos dados da antropometria - Interpretação da anamense alimentar - Interpretar exame bioquimico Resolução do caso clínico ⚫ Qual o diagnóstico nutricional do paciente? ⚫ Paciente apresentando diagnóstico de nutricional de eutrofia, segundo IMC (19,18kg/m²) para adultos. Apresenta perda de peso grave nos últimos 3 meses (28,3%), e depleção do compartimento protéico somático (segundo %adequação da CMB e depleção das musculaturas no exame físico) e depleção do compartimento adiposo (depleção bola gord Birchart e %adequação da DCT). No exame físico apresenta unha coloníqueas, indicando deficiência de ferro. Paciente apresentando baixa ingestão alimentar e com consistência da dieta semiliquida. Na avaliação bioquímica o exame sugere quadro de anemia e depleção do compartimento protéico visceral (albumina). Referências Bibliográficas ⚫ Cuppari, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto – São Paulo: Manole, 4ª Ed. 2014. ⚫ Rosa et al. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado – uma abordagem teórico-prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. ⚫ Reis & Calixto-Lima. Nutrição Clínica: bases para prescrição – Rio de Janeiro: Rubio, 1ª Ed, 2015. ⚫ ROSS, A.C; CABALLERO, B.; COUSINS, R.J.; TUCKER, K.L.; ZIEGLER, T.R. Nutrição moderna de Shils - na saúde e na doença. 11a edição. São Paulo: Manole, 2016.