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Profª Emília Delesderrier Franco
Email: EMILIA.DFRANCO@professores.estacio.br
NUTRIÇÃO CLÍNICA E DIETOTERAPIA PARA O SIST. DIGEST. 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Plano de Ensino
Unidade I: Avaliação do estado nutricional do paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial.
1.1 Triagem nutricional e avaliação do estado nutricional do paciente
1.2 Cálculo das necessidades nutricionais do paciente
1.3 Modificação da dieta 
Unidade II: Terapia de nutrição enteral e parenteral.
2.1 Descrição da terapia nutricional enteral
2.2 Descrição da terapia nutricional parenteral
Unidade III: Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: desnutrição e obesidade.
3.1 Tipos de desnutrição e suas alterações fisiológicas e metabólicas
3.2 Ferramentas para diagnóstico da desnutrição e conduta dietoterápica
3.3 Identificação da obesidade como doença crônica e suas complicações
Plano de Ensino
Unidade IV: Nutrição nos transtornos alimentares: anorexia e 
bulimia nervosa.
4.1 Identificação dos transtornos 
4.2 Classificação do estado nutricional do paciente para 
planejamento da dieta de acordo com suas necessidades
4.3 A integração da equipe multidisciplinar no tratamento clínico
Unidade V: Alergias e intolerâncias.
5.1 Identificação das alergias 
5.2 Alimentos alergênicos e exames diagnósticos 
5.3 Reconhecimento das intolerâncias alimentares
5.4 Planejamento da conduta nutricional do paciente de acordo com 
a alergia/intolerância
Unidade VI: Sistema digestório e manifestações clínicas.
6.1 Trato gastrointestinal - breve panorama dos processos 
digestivos/absortivos
6.2 Identificação dos principais sinais e sintomas
6.3 Conduta nutricional e imunomoduladores 
Unidade VII: Dietoterapia para as doenças do sistema 
gastrointestinal: esôfago, estômago, intestino delgado e 
intestino grosso.
7.1 Revisão anátomo-funcional
7.2 Patologias e repercussões clínicas
7.3 Complicações
7.4 Tratamentos e conduta nutricional
Disciplina
NUTRIÇÃO CLÍN. E DIETOTERAPIA PARA O SIST. DIGEST (ARA 0975)
Campus
NOVA IGUAÇU
Semestre
2023.2
Curso: Nutrição
Professor (a): Emília Delesderrier Franco
Datas Aulas Conteúdo Teórico
07/AGO AULA 1 Apresentação da disciplina + Avaliação do estado nutricional do paciente hospitalizado e em 
atendimento ambulatorial 
14/AGO AULA 2 Necessidades energéticas e modificações físicas e químicas da dieta para atendimento ao 
paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial
21/AGO AULA 3 Necessidades energéticas e modificações físicas e químicas da dieta para atendimento 
ao paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial
28/AGO AULA 4 Terapia de nutrição enteral
04/SET AULA 5 Terapia de nutrição enteral
11/SET AULA 6 Terapia de nutrição enteral
18/SET AULA 7 Terapia de nutrição parenteral
25/SET AVALIANDO APRENDIZADO 1 (2 pontos)
02/OUT AULA 8 Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: desnutrição
09/OUT AULA 9 Dietoterapia nas alterações do estado nutricional: obesidade
16/OUT AULA 10 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: Esôfago e estômago
23/OUT AULA 11 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: intestino delgado 
30/OUT AULA 12 Dietoterapia para as doenças do sistema gastrointestinal: intestino grosso
06/NOV AVALIAÇÃO (AV) (10 pontos)
13/NOV VISTA DA AV
20/NOV NOVA CHANCE AV (10 pontos) 🡪 ALUNO <6 NA AV OU FALTARAM AV
27/NOV AVALIAÇÃO SUBSTITUTIVA (AVS) (10 pontos)
04/DEZ FIM DE SEMESTRE
Cronograma sujeito à alterações
Cronograma 
da disciplina
Estudar pela Sala de Aula 
virtual!
• Nutrição nos transtornos 
alimentares: anorexia e 
bulimia nervosa 
• Alergias e intolerâncias 
• Sistema digestório e 
manifestações clínicas
Avaliação da disciplina
⚫ Avaliando aprendizado 1 (em sala de aula) – vale 2 pontos
⚫ Avaliando aprendizado 2 (BDQ) – vale 2 pontos 
⚫ Avaliação (AV) – vale 10 pontos (+maior nota do avaliando aprendizado)
⚫ Nova chance AV – vale 10 pontos (para quem tirou menos que 6 na AV)
⚫ Avaliação substitutiva (AVS) – vale 10 pontos (para quem faltou AV ou quer 
aumentar a nota)
Média 6 para aprovação
Presença de pelo menos 75%
Bibliografia da disciplina
Bibliografia complementar
Profª Emília Delesderrier Franco
Email: emilia.delesderrier@professores.estacio.br
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
HOSPITALIZADO E EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL
Caso clínico
Paciente L.M.N de 68 anos, interna na unidade de internação com diagnóstico clínico de câncer de pulmão, com queixa principal 
de dispnéia aos pequenos esforços, não conseguindo realizar suas atividades diárias. 
Anamnese alimentar: Paciente apresentando baixa ingestão alimentar há 7 dias, apresentando hiporexia. Relata realizar 2 
refeições/dia na consistência semilíquida. Queixa-se de náuseas e vômitos. Função intestinal: tendendo à constipação. 
Avaliação Antropométrica:
Peso atual: 65Kg
Peso habitual: 85Kg há 3meses
Estatura: 1,70m
Circunferência da panturrilha: 27cm
Ao exame físico: Lúcido, orientado, apresentando abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola 
gordurosa de bichard depletada. 
A) REALIZE A TRIAGEM NUTRICIONAL DO PACIENTE. 
B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL?
C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE?
Triagem Nutricional
⚫ Também conhecida como rastreamento nutricional.
O QUE É? 
Consiste na utilização de um 
questionário que pode ser 
aplicado ao paciente ou seus 
familiares.
QUEM 
APLICA? 
Equipe de saúde que realiza a 
admissão hospitalar – 
principalmente nutricionista
Triagem Nutricional
⚫ Ao comparar os diferentes instrumentos de triagem nutricional, é importante considerar:
a) Nº profissionais que podem aplicar
b) Tempo necessário para sua aplicação
c) Viabilidade de recursos (equipamentos)
d) Sensibilidade e especificidade
OBJETIVO 
Detectar, por meio de 
variáveis 
objetivas/subjetivas, a 
presença de risco de 
desnutrição
Verificar se avaliação 
nutricional adicional é 
necessária
Instrumentos de Triagem Nutricional
⚫ Malnutrition Universal Screening Tool (MUST)
⚫ Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002)
⚫ Mini Avaliação Nutricional (MNA)
⚫ Mini Avaliação Nutricional versão reduzida ou short form (MNA)
⚫ Avaliação Subjetiva Global (ASG)
Instrumentos de Triagem Nutricional
Malnutrition Universal Screening Tool (MUST)
⚫ Desenvolvido em 2003;
⚫ Pode ser utilizado por diferentes profissionais de saúde;
⚫ Identifica adultos que estejam em risco de desnutrição ou obesidade;
⚫ Não considera dados laboratoriais e de composição corporal;
⚫ Não leva em consideração condições hospitalares: estresse metabólico associado à 
doença, tipo de tratamento (clínico ou cirúrgico)
Vantagens Desvantagens
Baixo custo Baixa sensibilidade
Não invasivo Baixa especificidade
Válido Valorização do IMC
Reprodutível
Instrumentos de Triagem Nutricional
Malnutrition Universal Screening Tool (MUST)
Instrumentos de Triagem Nutricional
Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002)
⚫ Técnica mais indicada para ambiente hospitalar;
⚫ Utiliza fatores retrospectivos:
❑ Peso e ingestão alimentar;
❑ Características antropométricas;
❑ Gravidade da doença.
Importante vantagem: não limita sua aplicação à populações específicas, podendo 
ser utilizado em pacientes clínicos, cirúrgicos e oncológicos, entre outros. 
Instrumentos de Triagem Nutricional
Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002)
Instrumentos de Triagem Nutricional
Mini Avaliação Nutricional (MNA)
⚫ Projetada e validada para avaliação do estado nutricional de pacientes idosos (instituição de 
longa permanência ou hospitlizados ou clinicas ambulatoriais);
⚫ Compreende 18 itens:
a) Antropometria – peso, altura, perda de peso, circunferência do braço, circunferência da 
panturrilha;
b) Cuidados gerais – estilo de vida, medicações, mobilidade;
c) Avaliação dietética – nº refeições, ingestão de alimentos e líquidos;
d) Autoavaliação – percepção de saúde e estado nutricional
Instrumentos de 
Triagem Nutricional
Miniavaliação 
Nutricional (MNA)
Instrumentosde Triagem Nutricional
Mini Avaliação Nutricional (MNA)
⚫ É considerada um método de triagem nutricional com alta sensibilidade e 
especificidade;
⚫ Indica o prognóstico de desnutrição;
⚫ Limitações: 
a) Extenso e complexo;
b) Requer profissional capacitado – ex: antropometria requer treinamento
A partir dessas considerações, foi desenvolvida a Miniavaliação Nutricional reduzida (MNA-SF)
Instrumentos de Triagem Nutricional
Mini Avaliação Nutricional versão reduzida (MNA-SF)
⚫ Objetivo: preservar as qualidades da MNA original, minimizando o tempo e 
treinamento necessário para aplicação. 
⚫ A versão reformulada é composta apenas pela primeira das três etapas da MNA – 
intitulada triagem nutricional 
⚫ Constituída de apenas 6 questões: 
Alteração da ingestão alimentar
Perda de peso
Mobilidade
Estresse psicológico 
Problemas neurológicos
IMC
Instrumentos de 
Triagem Nutricional
Miniavaliação 
Nutricional versão 
reduzida (MNA-SF)
Pode sub ou superestimar a prevalência de
 risco nutricional, pois é o único método 
antropométrico utilizado. 
Instrumentos de Triagem Nutricional
Avaliação Subjetiva Global (ASG)
⚫ Método alternativo que tem como base a história clínica e o exame físico. 
⚫ Método diferencial: avalia alterações de composição corporal e alterações funcionais do paciente. 
⚫ Características:
✔ Simples
✔ Rápido
✔ Baixo custo
✔ Fácil execução
✔ Aplicável no ambiente hospitalar e domiciliar
✔ Pode ser realizado por qualquer membro da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (médico, nutricionista, 
enfermeiro, farmacêutico) 🡪 desde que seja treinado
Instrumentos de Triagem Nutricional
Avaliação Subjetiva Global (ASG)
⚫ Limitações: 
✔ Dificuldade de monitorar a evolução do paciente por ausência de dados quantitativos;
✔ Não detecta desnutrição protéica de grau leve;
✔ Não verifica pré-obesidade e obesidade – a finalidade é acusar desnutrição.
⚫ Dividida em 3 partes:
1) História clínica
2) Exame físico
3) Resultado
Versões para pacientes 
oncológicos, nefropatas e 
hepatopatas
Instrumentos de 
Triagem Nutricional
Avaliação Subjetiva 
Global (ASG)
Instrumentos de Triagem Nutricional
Avaliação Subjetiva Global (ASG)
ASG A - Bem Nutrido
ASG B – Moderadamente 
desnutrido ou suspeita de 
desnutrição
ASG C – Desnutrição grave
Sem alterações significativas na 
história clínica e no exame físico ou 
apresenta alteração recente, mas 
vem demonstrando melhora da 
ingestão alimentar e dos sintomas 
digestivos
-Perda de peso 5-10% nos últimos 6 
meses, sem estabilização ou 
recuperação do peso nas últimas 2 
semanas.
-Diminuição leve da ingestão 
alimentar.
-Perda moderada de tecido adiposo 
subcutâneo
-Sinais óbvios de desnutrição com 
perda de tecido adiposo subcutâneo 
e presenca de edema
-Evidências claras de perda de peso 
significativa (>10% do peso habitual)
-Referência de roupa larga
- Modificações na capacidade 
funcional
-Diminuição das atividades físicas 
cotidianas
Caso clínico
Paciente L.M.N de 68 anos, interna na unidade de internação com diagnóstico clínico de câncer de pulmão, com queixa principal 
de dispnéia aos pequenos esforços, não conseguindo realizar suas atividades diárias. Atualmente em quimioterapia. 
Anamnese alimentar: Paciente apresentando baixa ingestão alimentar há 7 dias, apresentando hiporexia. Relata realizar 2 
refeições/dia na consistência semilíquida. Queixa-se de náuseas e vômitos. Função intestinal: tendendo à constipação. 
Avaliação Antropométrica:
Peso atual: 65Kg
Peso habitual: 85Kg há 3meses
Estatura: 1,70m
Circunferência da panturrilha: 27cm
Ao exame físico: Lúcido, orientado, apresentando abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola 
gordurosa de bichard depletada. 
A) REALIZE A TRIAGEM NUTRICIONAL DO PACIENTE. 
B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL?
C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE?
Resolução do caso clínico
IMC: 22,49kg/m² 🡪 baixo peso
% Perda de peso: (peso habitual – peso atual/phabitual)x100 = 23,5% em 3 meses = PERDA DE PESO GRAVE
Circunferência panturrilha: <31cm – indicativo de desnutrição em idosos 
IMC (kg/m²) Classificação
≤23 Baixo peso
>23 - < 28 Adequado
≥ 28 - < 30 Excesso de peso/sobrepeso
≥ 30 Obesidade
IMC - Idosos 
Tempo Perda de peso 
importante
Perda de peso 
grave
1 semana 1-2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
Percentual de perda de peso
Exame físico: abdome escavado, musculatura supra e infraclavicular depletada, bola gordurosa de bichard depletada 🡪 
indica depleção muscular e adiposa
-Não consegue realizar suas atividades diárias 
-Baixa ingestão alimentar, involução de consistência da dieta
-Sintomas GI: constipação, náuseas e vômitos
0 + 2 + 2 = 4
ESCORE 4 = ALTO RISCO NUTRICIONAL
Resolução do caso clínico
0
0
1
0
2
2
5
0
0
1
1
0
0
0
1
1
0
-
0
4
8
MNA – 8 pontos
MNA SF – 5 pontos
Ambas indicam que o paciente em
 questão apresenta desnutrição
Não
Sim
Sim
Sim
Se responder 1 sim, 
vai para a parte de baixo
Escore 4
Indicativo de risco nutricional
Adicionar 1 ponto quando 
for idoso >70 anos
X
x
x
x
xx
x
x
x
CANCER
2
3
SEM EDEMA
3
ASG C – Desnutrição grave
-Sinais óbvios de desnutrição com perda de 
tecido adiposo subcutâneo e presenca de 
edema
-Evidências claras de perda de peso 
significativa (>10% do peso habitual)
-Referência de roupa larga
- Modificações na capacidade funcional
-Diminuição das atividades físicas cotidianas
Resolução do caso clínico
B) QUAL O RESULTADO DA TRIAGEM NUTRICIONAL?
Resposta: o paciente apresenta risco nutricional, segundo os instrumentos de triagem nutricional aplicados 
(MUST, NRS2002, MNA e ASG)
C) QUAL SERIA O PRÓXIMO PASSO NA AVALIAÇÃO DESTE PACIENTE?
Resposta: 
- Prosseguir com uma avaliação nutricional completa a fim de avaliar o estado nutricional (avaliação 
antropométrica, laboratorial, exame físico) a fim de realizar o diagnóstico nutricional do paciente. 
- Posteriormente, iniciar um plano de cuidado nutricional para este paciente, prever nova dieta, suporte 
nutricional, afim de melhorar e aumentar a ingestão nutricional. 
- Monitorar e rever o plano de cuidado nutricional semanalmente (7 em 7 dias). 
Após a triagem nutricional...
Precisamos realizar a avaliação nutricional!!!
Importância da avaliação nutricional do paciente 
hospitalizado
Identificação precoce da desnutrição, por meio de ferramentas validadas:
- possibilita estabelecer conduta nutricional mais apropriada
- evitar a piora do quadro clínico
- recuperar o estado nutricional
Avaliação nutricional: conjunto de métodos utilizados para aferir o estado 
nutricional do paciente
Métodos de avaliação nutricional
⚫ Métodos objetivos – estudo dietético, antropometria, 
composição corporal e dados laboratoriais
⚫ Métodos subjetivos – exame físico e avaliação 
subjetiva global
Deve-se utilizar o maior 
número possível de 
parâmetros
Anamnese Clínica
⚫ Queixa Principal
⚫ Diagnóstico clínico
⚫ História de doença atual 
⚫ História patológica pregressa
⚫ História familiar e social
Anamnese ou história alimentar 
Entrevista para obtenção de informações sobre os hábitos alimentares e informações complementares
⚫ Saúde oral e dentição
⚫ Apetite, presença de sintomas gastrointestinais, funcionamento do intestino
⚫ Queixas urinárias
⚫ Mudanças recentes do peso corporal (perda de peso intencional ou não)
⚫ Uso de medicações e suplementos nutricionais (interação droga x nutriente)
⚫ Prática de atividade física e atividades diárias
❖ Disfagia
❖ Odinofagia
❖ Pirose ou azia
❖ Flatulência
❖ Hematêmese
❖ Melena
❖ Enterorragia
❖ Hematoquezia
❖ Poliúria
❖ Disúria – dificuldade para urinar acompanhada de dor
❖ Hematúria
❖ Incontinência urinária – perda involuntária da urina
Anamnese ou história alimentar 
⚫ História dietética- coleta informações similares ao Recordatório 24 horas e questionário de 
frequência alimentar
a) Investigação sobre consistência da alimentação, nº de refeições realizadas, grupos dealimentos consumidos, quantidade
b) Investigação de alergias, intolerâncias e/ou aversões alimentares
c) Influência de fatores étnicos e culturais sobre a alimentação
d) Condições socioeconômicas (renda familiar e parcela destinada a compras dos alimentos)
Exame Físico – cabeça e pescoço 
1) Cabelos: perda do brilho natural, quebradiço, fácil de arrancar sem dor
2) Musculatura temporal e musculatura supra e infraclavicular
3) Bola gordurosa de Bichart
Exame Físico – cabeça e pescoço 
4) Olhos: coloração normal – róseo avermelhada. Avaliar presença de icterícia, palidez da mucosa 
5) Boca: observar coloração e umidade, presença de nódulos, ulcerações e rachaduras no canto da 
boca
6) Gengivas e dentes: coloração da gengiva (rosada), dentição preservada (mastigação)
Exame Físico – cabeça e pescoço 
7) Língua – deve estar rosada, ligeiramente áspera, úmida, sem cortes e fissuras
Língua lisa, inflamada, magenta, dolorosa – deficiência de riboflavina, niacina, ácido 
fólico, B12, B6, ferro
Salivação: xerostomia ou sialorréia (medicações)
Exame Físico - Pele
Hidratação - turgor da pele
Cianose
Petéquias
Retorno venoso
Icterícia
Exame Físico - Unhas
Unha paroníquia
 inflamação das pregas ungueais, edemaciadas
Unha coloníquia 
Unha em formato de colher – deficiência de ferro
Unha de Terry 
Grandes e esbranquiçadas, ocorre em doenças crônicas
ICC, DM, cirrose hepática
Linhas de Beau
Depressões transversas, associadas a 
doenças agudas graves
Exame físico – abdome 
1) Inspeção – avaliar presença de cicatrizes, estrias, veias dilatas, circulação 
colateral
2) Contorno abdominal 
plano 
(normal) globoso (obesidade)
avental (ob. Mórbida)
escavad
o ascític
o
Exame físico – abdome 
3) Abdome flácido ou distendido?
4) Ausculta – avaliar motilidade intestinal -ruídos
5) Percussão – avaliar a intensidade e distribuição dos gases, investigar timpanismo (TIMPÂNICO 
OU ATIMPÂNICO)
6) Palpação – massas abdominais
Exame Físico – membros superiores e inferiores
1) Presença de edema – comparar membros, formação de cacifo
2) Avaliação do compartimento protéico somático (musculo esquelético)
Atrofia da musculatura interóssea da mão Atrofia da musculatura da coxa e panturrilha
MMSS
Edema em MMII (3+/4+)cacifo
Sinais físicos indicativos de desnutrição e carências nutricionais
CUPPARI, 2019.
Exame físico – sistema digestório 
⚫ Disfagia – dificuldade para deglutir. Pode ocorrer disfagia para sólidos, líquidos. 
Verificar problemas associados.
⚫ Odinofagia – Deglutição dolorosa. Pode acompanhar a disfagia, mas ambos os 
sintomas podem ocorrer isoladamente.
⚫ Pirose ou azia – Sensação de queimação sentida na região retroesternal e com 
irradiação do epigástrico para o pescoço.
⚫ Regurgitação – Consiste no retorno do conteúdo esofágico ou gástrico para a boca 
sem que seja precedido de ânsia de vômito ou náuseas.
Exame físico – sistema digestório 
⚫ Flatulência – manifesta-se por eructação, distensão abdominal, plenitude 
abdominal. Indagar sobre alimentos específicos que parecem produzir o sintoma.
⚫ Hematêmese – vômito (êmese) com sangue vivo ou em “borra de café”. 
Proveniente do esôfago, estômago ou duodeno.
⚫ Melena – eliminação de fezes negras de consistência pastosa e odor característico. 
Indica sangramento nas posições altas do sistema digestório. 🡪 teste catalase +
⚫ Enterorragia – eliminação de sangue vivo pelo ânus.
⚫ Hematoquezia – eliminação retal de fezes misturadas com sangue vivo proveniente 
do ID ou IG. 
Avaliação antropométrica
⚫ Peso Corporal – reflete o equilíbrio protéico energético do indivíduo. Mensurar pela manhã
a) Peso atual
b) Peso usual/habitual – referência em caso de impossibilidade de medir peso atual
c) Peso ajustado – é o peso ideal corrigido para determinar necessidades nutricionais
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual
d) Peso ideal ou teórico – calculado a partir do IMC médio:
Peso teórico = IMC médio x estatura ²
Valores médios de IMC segundo sexo
IMC (KG/M²) Sexo masculino Sexo feminino
Médio 22,0 20,8
Faixa de normalidade 20,1 – 25,0 18,7 – 23,8
Obeso 30,0 28,6
Avaliação antropométrica
e) Peso corrigido – utilizar em casos de edema e ascite
Peso a ser descontado na correção de edema e ascite, 
conforme grau de retenção de líquido
Grau de retenção de 
líquido
Edema periférico 
(kg)
Ascite (Kg)
Leve 1,0 2,2
Moderado 5,0 6,0
Grave 10,0 14,9
Peso a ser descontado, conforme a localização do edema
Edema Excesso de peso
Tornozelo (+) 1kg
Panturrilha (++) 1 a 3kg
Joelho (+++) 3 a 4Kg 
Raiz da coxa (++++) 4 a 6kg
Anasarca 7 a 12kg
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa do peso corporal – pacientes acamados
Onde: 
CP= circunferência da panturrilha
AJ = altura do joelho
CB = circunferência do braço
PCSE= prega cutânea subescapular
Equações de Chumlea (1985):
Homens = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69]
Mulheres = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35]
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa do peso corporal – pacientes acamados
Avaliação antropométrica
• Peso ideal para amputados 
Membro amputado Proporção de peso
Mão 0,8
Antebraço 2,3
Braço até o ombro 6,6
Pé 1,7
Perna abaixo do joelho 7,0
Perna acima do joelho 11,0
Perna inteira 18,6
Avaliação antropométrica
• Percentual de perda de peso
 %PP = ( Peso usual – peso atual / Peso usual ) x 100 = valor percentual
Tempo Perda de peso 
importante (%)
Perda de peso grave 
(%)
1 semana 1-2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
Avaliação antropométrica
⚫ Estatura – estadiômetro
Etapas:
1) Posicionar o indivíduo no centro do equipamento;
2) Mantê-lo com a cabeça erguida e com os braços estendidos ao longo do 
corpo;
3) Ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna 
dos joelhos;
4) A medida deverá ser realizada quando a cabeça, ombro, nádega, panturrilha 
e calcanhares encostarem na parede;
5) Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça;
6) Realizar a leitura sem soltar a parte móvel. 
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa da estatura – pacientes acamados
a) Altura do joelho: paciente em posição supina ou sentado o mais próximo da 
extremidade da cadeira, com joelho flexionado a 90º. 
Fórmulas para estimativa da estatura a partir da altura do joelho, de acordo com sexo
Homem Mulher
64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho) 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho)
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa da estatura – pacientes acamados
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa da estatura
b) Extensão dos braços: 
- Braços estendidos formando ângulo de 90º com o corpo. 
- Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos, utilizando fita métrica flexível. O 
valor obtido corresponde à estatura estimada. 
Avaliação antropométrica
⚫ Estimativa da estatura
c) Estatura recumbente: paciente em posição supina e com o leito horizontal 
completo. Deve-se marcar no lençol os pontos referentes ao topo da cabeça 
e base do pé. Posteriormente, deve-se medir a distância entre esses 
pontos com fita graduada.
Avaliação antropométrica
• IMC (ou índice de Quetelet) – indicador de estado nutricional, porém não discrimina 
as reservas adiposas e protéicas. 
Classificação IMC (kg/m²)
Magreza grau III (grave) <16
Magreza grau II (moderada) 16 – 16,99
Magreza grau I (leve) 17 – 18
Normal 18,5 –24,99
Sobrepeso ≥ 25
Obesidade grau I 30 – 34,99
Obesidade grau II 35 – 39,99
Obesidade grau III ≥ 40 
Cálculo do IMC: Peso (Kg)
 estatura²
IMC (kg/m²) Classificação
≤23 Baixo peso
>23 - < 28 Adequado
≥ 28 - < 30 Excesso de peso/sobrepeso
≥ 30 Obesidade
Adultos - OMS 
Idosos - OPAS/OMS
Avaliação antropométrica
⚫ IMC (ou índice de Quetelet) – indicador de estado nutricional, porém não 
discrimina as reservas adiposas e protéicas. 
Classificação idosos
Classificação adultos
Sobrepeso
Avaliação antropométrica
Dobras cutâneas
Dobra cutânea bicipitalDobra cutânea
 subescapular
Dobra cutânea 
supra-ilíaca
Dobra cutânea triciptal
Dobras cutâneas
⚫ Refletem a quantidade de tecido 
adiposo subcutâneo (diretamente 
ligado com o volume de gordura 
total do organismo).
⚫ A mensuração é realizada por 
adipômetros especializados.
Avaliação antropométrica
⚫ Dobra cutânea tricipital – a mais utilizada na prática clínica para 
monitoramento do estado nutricional (COMPARTIMENTO ADIPOSO). 
Método: Ponto médio entre o acrômio e o olécrano com o braço flexionado 
junto ao corpo, formando ângulo de 90º, e posteriormente pinçar a dobra e 
posicionar o adipômetro.
Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência Frisancho, a fim de 
estabelecer o estado nutricional do compartimento adiposo: 
Adequação da DCT(%): DCT obtida (mm) x 100
 DCT percentil 50
Classificação do estado nutricional de adultos segundo o percentual de adequação da dobra cutânea tricipital
Desnutrição 
grave
Desnutrição 
moderada
Desnutrição 
leve
Eutrofia Sobrepeso Obesidade
DCT <70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% <120%
Atenção: 
obesidade e 
edema em 
membro superior
Percentis - Dobra cutânea triciptal (DCT)
Avaliação antropométrica
⚫ Circunferências – medidas que podem indicar o estado nutricional e o 
padrão de gordura. 
Limitações – afetados pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo.
a) Circunferência do braço e CMB
b) Circunferência da panturrilha 
c) Circunferência da cintura
d) Circunferência do quadril 
e) Relação cintura-quadril 
Refletem distribuição de gordura 
corpórea
Refletem massa 
magra
Avaliação antropométrica
⚫ Circunferência do Braço (CB) – Ponto médio entre acrômio e olécrano, com braço 
relaxado ao longo do corpo, com a mão voltada para a coxa. Representa soma das 
áreas do tecido ósseo, muscular e gorduroso do braço. 
Importante para aplicação de fórmulas para cálculo da circunferência muscular do 
braço 
Avaliação antropométrica
Circunferência muscular do braço (CMB): reflete compartimento protéico somático 
(musculo esquelético). 
CMB (cm) = CB (cm) – π x [DCT (mm) ÷ 10]
Classificação do estado nutricional de adultos segundo o
 percentual de adequação da CMB
Desnutrição 
grave
Desnutrição 
moderada
Desnutrição 
leve
Eutrofia 
CMB <70% 70 a 80% 80 a 90% 90%
Circunferência muscular do braço (CMB)
Avaliação antropométrica
Área muscular do braço (AMB)
⚫ Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. 
Esta reflete mais adequadamente a verdadeira magnitude das 
mudanças do tecido muscular do que a CMB. 
⚫ É obtida de acordo com o sexo por meio das fórmulas.
Área muscular do braço (AMB)
Avaliação antropométrica
⚫ Circunferência da panturrilha: medida 
sensível para avaliação da massa muscular 
em idosos. 
Ideal: ≥ 31 cm 
Avaliação antropométrica
Circunferência da cintura – indicador do risco de complicações da obesidade 
Gênero Risco aumentado Risco muito aumentado
Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm
Circunferência do quadril – utilizada em conjunto com a relação cintura quadril (RCQ) 
RCQ = circunferência da cintura (cm) 
 circunferência do quadril (cm)
Indicativo de obesidade andróide e risco aumentado de 
doenças relacionadas com a obesidade:
Homens: > 1 
Mulheres: > 0,85
Avaliação bioquímica do estado nutricional
⚫ Permite diagnosticar possíveis deficiências nutricionais ainda na fase subclínica (ainda não há 
presença de sinais clínicos).
⚫ Não devem ser utilizados de forma isolada para estabelecimento do diagnóstico nutricional. 
Avaliação do compartimento protéico visceral
Proteínas plasmáticas
- Albumina (vida média de 18-20 dias)
- Transferrina (vida média de 7-8 dias)
- Pré-albumina (vida média de 2-3 dias)
- Proteína ligadora de retinol (10-12 horas)
Classificação [albumina] sérica (mg/dL)
Estado nutricional adequado >3,5
Desnutrição leve 3,0 – 3,5
Desnutrição moderada 2,4 a 2,9
Desnutrição grave <2,4
Podem ser influenciados de 
acordo com o estado de 
hidratação, hepatopatias, 
aumento do catabolismo, 
infecção e inflamação 
Quanto menor a vida média, mais 
sensível às alterações de estado 
nutricional
Albumina e Pré-albumina são 
protéinas de fase aguda 
negativa. Ou seja, em situações 
inflamatórias o organismo 
deixa de produzi-las, para 
produzir proteínas de fase 
aguda positiva (ex.: proteina C 
reativa – PCR). Então o indiduo 
inflamado não necessariamente 
está com desnutrição. 
Avaliação bioquímica do estado nutricional
Avaliação do compartimento protéico somático
1) Índice creatinina-altura (ICA): parâmetro para avaliar perda de massa muscular
2) Balanço nitrogenado(BN)
- Excreção de nitrogênio urinário
- Monitoramento da terapia nutricional – adequar reposição protéica
BN = [proteína ingerida 24h (g) ÷ 6,25] – [uréia urinária 24h (g) ÷ 2,14] + 4g 
Valor Classificação do estado nutricional segundo 
balanço nitrogenado
= 0 Equilíbrio 
>0 ou positivo Anabolismo
<0 ou negativo Catabolismo
% adequação 
do ICA
Classificação
>80% Normal
60 a 80% Depleção protéica moderada
<60% Depleção protéica grave
ICA (%): creatinina urinária do indivíduo nas 24h (mg) x 100
creatinina urinária ideal (mg)
🡪 sexo, estatura, idade
Limitação: insuficiência renal, 
fase aguda pós traumática
Limitação: pacientes renais, 
diarréia, fístulas GI (perdas 
anormais de nitrogênio)
Métodos de avaliação dietética
⚫ Para avaliação do consumo alimentar: são utilizados os inquéritos dietéticos
⚫ São métodos investigativos, a partir dos quais são obtidas informações 
qualitativas e/ou quantitativas sobre o consumo alimentar do indivíduo.
⚫ Classificação dos inquéritos alimentares:
a) Métodos retrospectivos – recordatório de 24, questionário de frequência 
alimentar
b) Métodos prospectivos: registro alimentar estimado, registro alimentar 
pesado, análise duplicada das refeições 
Métodos retrospectivos
⚫ Recordatório de 24 horas 
- Consistem em anotar e quantificar todos os alimentos e bebidas ingeridos 
durante um período de 24h.
- Esse período pode ser o dia anterior, da primeira à última refeição do dia, ou 
as últimas 24h precedentes à entrevista.
- Caracteriza o consumo atual. 
Métodos retrospectivos
⚫ Recordatório de 24 horas 
Vantagem Desvantagem
Baixo custo A quantidade de alimentos ingerida pode 
sofrer variações - final de semana
Aplicação rápida e fácil administração – 
entrevistado não precisa ser alfabetizado
Dificuldade para estimar as porções 
(tendência a super ou subestimar)
Confiabilidade entre entrevistadores Sazonalidade 
Não interfere no comportamento alimentar 
do paciente
Incapacidade do entrevistado de fornecer 
dados precisos. Idosos: dificuldade para 
memorizar
Exige pouco esforço do entrevistado – 
requer memória passado próximo
Métodos retrospectivos
⚫ Recordatório de 24 horas
Café com leite desnatado (50/50%)
Adoçado com adoçante X 1 xícara (100 ml)
IMPORTANTE QUE HAJA DETALHAMENTO DAS INFORMAÇÕES!!!
Métodos retrospectivos
⚫ Questionário de frequência alimentar – QFA
- Mais prático e informativo para avaliação da ingestão dietética – estudos 
epidemiológicos (dieta x DCNT)
- Avalia a dieta habitual – fornece uma idéia de consumo alimentar por um longo 
período
- Constituído por lista de alimentos e bebidas mais frequentemente consumidos em 
determinada região
- Tempo: 1 a 7 dias na semana, nunca, diariamente, semanalmente, mensalmente e 
raramente. 
Métodos retrospectivos
⚫ Questionário de frequência alimentar – QFA
- Existem 3 modalidades de QFA:
a) QFA qualitativa – apenas avaliado se o grupo alimentar é consumido (não 
avalia a quantidade);
b) QFA quantitativa – o próprio entrevistado relata a porção e a freqüência 
do consumo dos alimentos;
c) QFA semiquantitativo – questionário contendo lista de alimentos e 
porções preeestabelecidas + categorias de consumo – diário, mensal, 
nunca + modo de preparo. 
Métodos 
retrospectivos
⚫ Modelo de QFA
Métodos prospectivos
⚫ Registro alimentar – também chamado de diário alimentar
-Próprio indivíduo ou responsável anota todos os alimentos e bebidas 
consumidos ao longo de um ou mais dias. 
- Também é anotado as porções, tipo de preparo.
- Aplicado por 3, 5 ou 7 dias – abrangendo final de semana.
Métodos prospectivos
⚫ Registro alimentar – 2 modelos:
a) Registro alimentar estimado: registro por meio de 
medidas caseiras
b) Registro alimentar pesado – por meio da pesagem 
e posterior registro dos alimentos – definir o real 
consumo alimentar
Métodos prospectivos
⚫ Registro alimentar
Desvantagem
Entrevistado 
precisa ser 
alfabetizado
Requer 
conhecimento das 
porções
A ingestão pode 
ser modificada e 
influenciada no 
período da 
execução
Omissão de certos 
alimentos
Requer anotações 
durante vários dias
Caso Clínico
⚫ RTOM, sexo masculino, 43 anos, diagnóstico de carcinoma de esôfago. Interna com dificuldade para alimentação. 
⚫ Ao exame físico: apresenta olhos e conjuntivas hipocoradas, depleção da bola gordurosa de Bichart e musculatura temporal, dentição 
incompleta, fossas supra e infraclaviculares proeminentes, unhas coiloníquias, abdome escavado e doloroso à palpação. 
⚫ Na anamnese alimentar: Relata alimentação na consistência semilíquida, fracionada em 2 refeições/dia. Relata constipação intestinal, 
disfagia e odinofagia. 
Peso atual = 51,6 kg Peso usual = 72 kg
Estatura = 1,64 m Perda de peso = 28,3% (grave – 3 meses)
DCT = 5,6 mm (%ADEQ) = COMP ADIPOSO CMB = 21,7 cm (%ADEQ) = COMP PROTEICO SOMÁTICO (MUSC 
ESQUELETICO)
Alterações bioquímicas: 
hemoglobina (↓), hematócrito (↓), albumina (↓).
a) Qual o diagnóstico nutricional do paciente? 
- Interpretação do exame físico
- Interpretação dos dados da antropometria
- Interpretação da anamense alimentar
- Interpretar exame bioquimico
Resolução do caso clínico
⚫ Qual o diagnóstico nutricional do paciente?
⚫ Paciente apresentando diagnóstico de nutricional de eutrofia, segundo 
IMC (19,18kg/m²) para adultos. Apresenta perda de peso grave nos 
últimos 3 meses (28,3%), e depleção do compartimento protéico 
somático (segundo %adequação da CMB e depleção das 
musculaturas no exame físico) e depleção do compartimento adiposo 
(depleção bola gord Birchart e %adequação da DCT). No exame físico 
apresenta unha coloníqueas, indicando deficiência de ferro. Paciente 
apresentando baixa ingestão alimentar e com consistência da dieta 
semiliquida. Na avaliação bioquímica o exame sugere quadro de 
anemia e depleção do compartimento protéico visceral (albumina). 
Referências Bibliográficas
⚫ Cuppari, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto – São Paulo: Manole, 4ª Ed. 2014. 
⚫ Rosa et al. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado – uma abordagem teórico-prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
⚫ Reis & Calixto-Lima. Nutrição Clínica: bases para prescrição – Rio de Janeiro: Rubio, 1ª Ed, 2015. 
⚫ ROSS, A.C; CABALLERO, B.; COUSINS, R.J.; TUCKER, K.L.; ZIEGLER, T.R. Nutrição moderna de Shils - na saúde e na doença. 11a edição. São Paulo: Manole, 
2016.

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