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SUMÁRIO Procedimento Estético Injetável para Microvasos (PEIM) Capítulo I – Introdução ....................................................................................................................3 Capítulo II – Epidemiologia..............................................................................................................4 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................5 Capítulo III – Anatomia ...................................................................................................................6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................7 Capítulo IV – Etiologia e Classificação ...........................................................................................8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................11 Capítulo V – Procedimento estético PEIM ....................................................................................11 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 14 PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS (PEIM) CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO O procedimento estético injetável para microvasos é um procedimento simples e barato cada vez mais procurado nas clínicas estéticas, principalmente em períodos de maior exposição das regiões afetadas ao sol. Uma das principais queixas estéticas das mulheres são os microvasos aparentes, principalmente nos membros inferiores, em diferentes formatos. A aplicação de agentes esclerosantes já é prática antiga e tem ganhado popularidade e o procedimento pode ser realizados por diferentes profissionais, desde que devidamente habilitados e o procedimento incluído no rol de procedimentos permitidos pelos conselhos de classe e órgãos reguladores. Existem diferentes resoluções, entre elas da Biomedicina e Farmácia que regulam a realização do procedimento nessas duas áreas de atuação: Biomedicina – PEIM: Normativa N°003/2015 Art. 1º - Definir que o procedimento estético injetável para microvasos com o uso, exclusivamente, da Glicose 50% e 75%, na quantidade máxima de 10 ml por sessão, poderá ser realizado por Biomédicos estetas habilitados. Art. 2º - Os procedimentos injetáveis para microvasos com finalidade estética podem ser realizados por Biomédicos habilitados no exercício da Biomedicina Estética no limite desta NORMATIVA. Art. 3º - Fica vedado ao Biomédico o procedimento de varizes que se enquadram no tipo II, III e IV de acordo com a Classificação de Francischelli, considerando, ainda, que é dever de todo profissional da saúde a integração multidisciplinar, em que se deve encaminhar o paciente para o médico. Art. 4º - O procedimento descrito nesta normativa deve ser realizado por biomédico esteta em estabelecimento que possua Alvará de Licença Sanitária. Farmácia – PEIM: Resolução 645 / 27.07.2017 "Art. 3°- Em função da habilitação o profissional farmacêutico,é o responsável técnico para compra e utilização das substâncias e equipamentos necessários para os procedimentos estéticos em consonância com a sua capacitação profissional. I - O profissional farmacêutico, legalmente habilitado em estética poderá fazer a escolha autônoma para uso de substâncias em conformidade com a tabela abaixo: TABELA DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS POR FARMACÊUTICOS HABILITADOS: ... Solução hipertônica de glicose 50% e 75% (uso exclusivo em procedimentos para telangiectasias); É importante salientar que profissionais não médicos habilitados a realizar esse tipo de procedimento devem atentar-se as resoluções normativas de seus conselhos e trabalhar em paridade com médicos quando necessário encaminhar pacientes com queixas estéticas relacionadas a microvasos de calibres fora da atuação. CAPÍTULO II – EPIDEMIOLOGIA As varizes constituem uma das doenças mais antigas de que se tem relato e, atualmente, estão presentes, em média, em torno de 30 a 40% da população brasileira. Alguns fatores de riscos são considerados, tais como ocupação, gravidez, dieta, obesidade, hereditariedade e etnia, sendo as mulheres as mais afetadas, numa razão de 4:1. Acredita-se que 70% das mulheres com idade acima de 40 anos apresentem veias varicosas. Nos Estados Unidos, cerca de sete milhões de norte americanos são acometidos pela Insuficiência Venosa Crônica (IVC), o que corresponde de 70 a 90% de todas as úlceras de membros inferiores, na população. No Brasil, a IVC ocupa a 14ª posição, no que se refere ao afastamento laboral, podendo levar, até mesmo, à aposentadoria precoce. Dados epidemiológicos apontam a prevalência de IVC em 35,5% da população, sendo que 1,5% é afetada pela úlcera venosa; • Mundial: em mulheres 73% e em homens 56% (Lins EM, et al.,2012). • Brasil: em mulheres 41,25 – 62,79% e em homens 13,97 – 37,9% (Lins EM, et al.,2012). Segundo pesquisas e estudos não há uma etiologia exata para o agravamento das telangiectasias, costumeiramente, diz-se que a má drenagem capilar da pele favorece o seu surgimento. Neves (2006) aponta que as doenças venosas são doenças hereditárias que está associadas a fatores desencadeantes como gestações, obesidade, sedentarismo e profissões que implicam em tempo prolongado em posição ereta (barbeiros, balconistas, porteiros) ou que exigem grandes esforços (estivadores, halterofilistas), favorecem o surgimento de varizes. De acordo com Pierdoná (2015) desde a antiguidade encontra-se relatos em relação a varizes dos membros inferiores documentados conforme papiro de Amenophis (1550 a.C). Na Grécia Antiga existem réplicas oferecidas aos Deuses com varizes em membros inferiores no intuito do alívio dos sintomas. Também há muito se escreve sobre o tratamento cirúrgico de varizes. Existem relatos de que Hipócrates (460-377 a.C.) cauterizava varizes com ferro em brasa. Ele foi o primeiro a notar a associação entre as veias varicosas e as úlceras na perna. Hipócrates ainda cita em suas obras, várias vezes, as doenças venosas dos Membros Inferiores. Papiro do antigo Egito Hipócrates (Ilha de Cós) Em ~1500 A.C., nos papiros antigos, citavam “dilatações serpentiformes nos membros inferiores, enroladas e endurecidas, com nódulos como cheios de ar” e utilizava-se compressas frias para minimização de dores. E em meados de 1840, Charles Gabriel Pravaz na França inicia-se a escleroterapia realizando injeções de percloreto de ferro (agente esclerosante) com o advento da seringa e agulha realizando o tratamento de aneurisma arterial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEEBE-DIMMER, J. L., PFEIFER, J. R., ENGLE, J. S., et al. The epidemiology of chronic venous insufficiency and varicose veins. Ann. Epidemiol., V. 15, P. 175-84, 2005. SADICK, N. S. Predisposing factors of varicose and telangiectatic leg veins. J. Dermatol. Surg. Oncol., v.18, p. 883-6, 1992. CABRAL, A. 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O sistema vascular é composto pelo coração (órgão bombeador de sangue), artérias (vasos com sangue rico em nutrientes e oxigênio – sentido coração para órgâos), veias (vasos com sangue pobre em nutrientes e oxigênio – sentido órgãos para o coração) e capilares (vasos sanguíneos delgados onde ocorre a maior parte das trocas gasosas e onde o PEIM atua. Dentro do sistema vascular temos o sistema venoso profundo, comunicante e superficial. O sistema venoso profundo é mais interno e entre tecido muscular com 90% do retorno venoso. Exemplo veias femurais e poplíteas. O sistema venoso comunicante é a comunicação entre o profundo e o superficial com a presença de vasos penetrantes ou perfurantes tendo papel relevante no surgimento dos microvasos e varizes. O sistema venoso superficial são vasos de menor calibre e aparentes envoltos por tecido gorduroso, com pouco retorno venoso tendo como exemplo veia safena. As válvulas são estruturas anatômicas que permitem que o sangue vá das pernas para o coração, mesmo contra a ação da gravidade, permitem o sangue ir da veia superficial para a profunda através da veia comunicante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUYTON, C. A., HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 14 ed. Elsevier, 2021. AIRES, M.M. - Fisiologia. Ed. Guanabara Koogan. 4ª edição, Rio de Janeiro, 2017. -BARRETT, BARMAN, BOITANO, BROOKS – Fisiologia Médica de Ganong. 24a ed. 2014. BERNE e LEVY – Fisiologia - Tradução da 7ª Edição. Editores Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018. PORTH C.M., MATFIN G. Fisiopatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. CAPÍTULO IV – ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO A etiologia das varizes é multifatorial, sendo fatores genéticos (predisposição genética), fatores hormonais (gestação, terapia hormonal) e fatores ambientais (permanência na mesma posição, sobrepeso) envolvidos no seu surgimento. O problema nas válvulas leva a dilatação dos microvasos sendo um dos fatores envolvidos na patogênese dessa disfunção venosa. A estrutura das veias normais tem o funcionamento adequado das válvulas mantendo o fluxo de sangue normal na abertura e fechamento, impedindo o retorno de sangue quando fechadas. As veias com válvulas não funcionantes ou insuficientes levam ao refluxo de sangue formando veias varicosas com dilatação, inflamação e paredes finas enfraquecidas pelo processo de dilatação. Dentro dos principais sintomas estão dor, edema, prurido, pigmentação, hipoderrmoesclerose e úlceras, sendo considerada uma doença progressiva. Quando avaliamos os tipos de vasos envolvidos nesse processo temos as telagiectasias que são veias dilatadas de fino calibre (de 0,1 a 1 mm) sendo considerado apenas uma alteração estética, microvasos ou microvarizes que são veias dilatadas de fino calibre (de 1 a 4 mm) sendo considerado uma alteração estética e as varizes que são veias dilatadas e tortuosas de calibre diverso (acima de 4 mm), perceptiveis ao toque e consideradas alteração estética e patológica. Para facilitar a clínica, existem diferentes classificações propostas na literatura entre elas a Classificação de Franscichelli e o CEAP. A classificação estética ou de Franscichelli é a mais utilizada na prática clínica e classifica as insuficiencias venosas de tipos I a IV. Tipo 1 – IVIPE – Insuficiência Venosa de Importância Predominantemente Estética Caracterizado pela presença de telangiectasias e microvarizes. Podemos caracterizar a telangiectasia de acordo com o seu formato: linear, arborizada, aracniforme e papular. • Telangiectasia capilar: O calibre menor, elas são vermelho brilhante não tendem a protuberância na superfície da pele (que são mais resistentes ao tratamento). • Telangiectasia venoso: alto calibre, são de cor azul escuro ou violeta e tendem a protuberância na pele (respondem melhor ao tratamento). • Presença de varizes pequenas que são as telangiectasias (vasinhos) e veias reticulares (microvarizes) Estas veias estão frequentemente ligadas as telangiectasias. • É muito frequente a associação de telangiectasias da face lateral da coxa, com estas veias reticulares que se estendem para a região lateral do joelho e atinge até a perna. • Embora não seja um problema de saúde no curto prazo, ainda é uma doença a longo prazo, porque alguns raros problemas podem acontecer, como sangramentos. • As telangiectasias (vasinhos) são as pequenas veias da pele, da espessura de um fio de cabelo, avermelhadas ou um pouco maiores, azuladas, mas que estão na intimidade da pele. • Apresentam vários formatos, desde pequenos riscos, até grandes arborizações. Podem estar presentes em todos os locais dos membros, atingindo, a coxa, a perna, o glúteo e em alguns casos até a região das costas. • As veias reticulares (microvarizes), são maiores, e se apresentam como trajetos longos, azulados, e estão sob a pele, mas a ela intimamente relacionadas Tipo 2 – IVIFE – Insuficiência Venosa Funcional e Estética com Presença de Veias de Médio e Grande Calibre Já é uma doença que envolve alguns riscos e problemas para o paciente, e por isso deve ser tratada por um médico vascular. É importante reconhecer estas duas condições: a doença (funcional) e a aparência (a estética). Ambas podem ser tratadas. Tipo 3 – IVFA – Insuficiência Venosa Funcional Assintomática Neste caso a doença está presente, mas sem sintomas acentuados. Em alguns casos, as varizes podem atingir grandes dimensões antes de apresentar complicações. Tipo 4 – IVFS – Insuficiência Venosa Funcional Sintomática Todas as situações onde se apresentem varizes com a presença de complicações (tromboflebites, úlceras de perna, hiperpigmentação, eczema venoso, hemorragias, fibrose, dermatite, infecções, dor e embolia pulmonar). Geralmente em pacientes onde o problema está presente há longo tempo sem tratamento e que apresentam complicações. Outra classificação possível de ser utilizada é o CEAP (Clinical manifestations, Etiologic factors, Anatomic distribution of disease, Pathophysiologic findings). Esse sistema foi definido por um comitê internacional no Fórum Venoso Americano em 1994 classificando de C0 a C6 conforme tabela abaixo: Primárias • Que aparecem influenciadas pela tendência hereditária; • Responsáveis pelas antiestéticas linhas vermelhas e azuis de diversos tamanhos e pelas varizes de maior calibre; • Ardor plantar e incômodo ao ficar muito tempo em pé; • Sintomas desaparecem quando o paciente deita ou caminha. Secundárias • Que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e são de tratamento mais difícil; • Dor, cansaço, peso nas pernas quando o paciente fica em pé, edema venoso; • Causa de sérios problemas, como: sangramentos, úlceras, infecções, vermelhidão, manchas e espessamento da pele. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MERLO, I., OLIVEIRA, J. C. P., KIKUCHI, R. Varizes e telangiectasias III – flebologia estética na prática clínica. 1 ed. Di Livros Editora, 2020. ALDINGTON, S.; PRITCHARD, A.; PERRIN, K.; JAMES, K.; WIJESINGHE, M.; BEASLEY, R. Prolonged seated immobility at work is a commom risk factor for venousthromboembolism leading to hospital admission. Internal Medicine Journal, v.38, n.2, p.133-135, 2008. ALLAERT, F. A.; CAZAUBON, M.; CAUSSE, C.; LECOMTE, Y.; URBINELLI, R. Venous disease and ergonomics of female employment. International Angiology, v.24, n.3, p.265-271, 2005. AMSLER, F.; BLATTLER, W. Compression therapy for occupational leg symptoms and chronic venous disorders - a meta-analysis of randomised controlled trials. European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, v.35, n.3, p.366-372, 2008. SILVERTHORN, DEE U. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 7ª edição. Ed.Artmed, 2017. BEEBE, H. G., BERGAN, J. J., BERGGVIST, D., et al. Classification and grading of chronic venous disease in the lower limbs. Aconsensus statement. Eur. J. Vasc. Endovasc. Surg. V. 12, p. 491-2, 1996. KISTNER, R. L., EKLOF, B., MASUDA, E. M. Diagnosis of chronic venous disease of the lower extremities: the “CEAP” classification. Mayo Clin Proc., v. 71, p. 338-45, 1996. CAPÍTULO V – PROCEDIMENTO ESTÉTICO PEIM O tratamento das microvarizes é dependente do quadro clínico. Tratamos em clínica apenas a classificação do Tipo I de Frasncischelli. Lembrando que demais classificações o paciente deve ser encaminhado para um médico especialista. O PEIM é baseado na aplicação de produtos esclerosantes. O esclerosante é toda substância química que, introduzida em concentrações adequadasna luz vascular, deve ser capaz de desencadear um processo que leva à obstrução da veia. Ação limitada regionalmente e controlada; Quimicamente estável; Fácil uso; Fluido; Ativo eficaz; Atóxico; Hipoalergênico. O mecanismo dos agentes esclerosantes pode ser por detergentes (polidocanol, oleato de etanolamina), químicos (glicerina cromada) e osmóticos (glicose hipertônica 50 ou 75%). Dentro das possibilidades utiliza-se para o Peim, como agente esclerosante, a glicose hipertônica, demais produtos não são utilizados. O volume máximo por sessão é de 10 ml de agente. O princípio do procedimento, utilizando glicose hipertônica, consiste na aplicação da glicose hipertônica diretamente dentro do microvaso. A solução injetada desencadeará a fribrose do vaso pela irritação do endotélio devido a desidratação, obstrução do fluxo sanguíneo (colabamento do microvaso), reorganização e desaparecimento do microvaso. Com o fechamento desse vaso, o sangue será conduzido por outro vaso mais saudável e melhorará o aspecto estético do membro inferior. A ação é lenta e gradual (30 minutos a 5 dias). O Sangue não entrará mais no microvaso evitando a formação de telangiectasias no mesmo vaso. Pode haver necessidade de reaplicação de uma a seis vezes para o desaparecimento de cerca de 80 a 90% das lesões. E, o produto possui poucos efeitos alérgicos. As terminações nervosas da parede adventicial e músculos subjacentes, se estimulados pela injeção e atuação do líquido, desencadeiam dor, ardência local e cãibras que normalmente são minimizados depois de 5 minutos. A glicose hipertônica é mais lentas na destruição e consideradas mais leves e menos capazes de produzir grandes descamações endoteliais e inflamações, quando comparadas aos agentes detergentes. Possui eficácia de 54% e tendem a depositar menos hemácias no endotélio, reduzindo incidência da pigmentação tecidual. O material necessário para realização do procedimento: • Algodão; • Álcool 70% ou Clorexidina 0,2%; • Máscara; • Luva; • Micropore (opcional); • Descarpack • Agulha 30G e 18G • Seringa de 1, 3, 5 ou 10 ml • Glicose hipertônica de 50% ou 75% • Soro fisiológico (opcional) Anamnese: • Quando surgiram as primeiras varizes? • Qual é a sua profissão? • Você fica muito tempo sentado ou em pé? • Sente dor ou cansaço nas pernas? • Sente muito frio nas mãos ou nos pés? • Questionar sobre a realização de exames de sangue após o procedimento • Reposição Hormonal / Anticoncepcionais • Gravidez • Antibióticos (risco de hiperpigmentação) Minociclina - Degradação da hemossiderinaDistúrbios no metabolismo de Ferro - Degradação da hemossiderina • Distúrbios de coagulação • Vasculite – inflamação nas paredes dos vasos • Diabetes • Exames prévios (ecodoppler) Contraindicações: • Longo período acamado • Trombose ou antecedentes de trombose venosa profunda • Insuficiência cardíaca e/ou renal descompensadas • Gestantes e lactantes • Estados infecciosos • Patologia oncológica ativa • DIABETES (estudos demonstram elevação significativa da glicemia pós escleroterapia) Procedimento: • O produto deve ser injetado na luz do vaso sem que haja a formação de pápulas • Bisel voltado para cima • Plano de aplicação de 20° a 30° • Leves sangramentos após a aplicação são normais • Local de realização: Consultório • Repouso: Não há • Tempo para procedimento: 10 a 30 minutos • Retorno para atividades domesticas: Imediato • Retorno para atividades profissionais: Imediato • Compressão?? • Retorno para atividade física: 24 horas • Hiperpigmentação: Ácido Tioglicólico, Ácido Glicólico, Hidroquinona Orientações pós-procedimento: • Evitar ingerir bebidas alcoólicas antes do procedimento • Evitar realizar qualquer tipo de depilação até 4 dias antes do procedimento • Evitar banhos demasiadamente quentes imediatamente antes do procedimento • Trazer a meia de compressão?? Depende da literatura utilizada • Retorno à Atividades Normais – Imediato • Retorno à Atividades Físicas – 48 horas • Cuidado Com o Sol – 30 dias • Em caso de hematoma: Hirudoid, trombofob, venalot • Meia de Compressão – uso de, no mínimo, 3 dias após procedimento (caso for indicado) • Evitar realizar procedimentos depilatórios por 7 dias após o procedimento Complicações: • Hipercromias (~45%) • Recidivas • Não desaparecimento • Flebite • Trombose venosa profunda • Injeção de volume excessivo do esclerosante • Injeção fora do microvaso (pápulas) • Pressão exagerada na punção (inflamação perivascular extensa) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNGHETUM, U. L. G. Escleroterapia de varizes de membros inferiores por retropunção usando oleato de ethanolamina diluída em glicose hipertônica - análise de 12.560 casos. Anais do XII Congresso Internacional de Medicina Estética; 2003. PINTO-RIBEIRO, A. Varizes dos membros inferiores - 38 E. Escleroterapia de varizes. In: Maffei FH. 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