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Acessibilidade Cultural
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Suellen Leal
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Protagonismo de Pessoas com Deficiência 
nos Campos da Arte e Cultura 
• Introdução;
• Protagonismo e Ações Afirmativas;
• Ações Artísticas, Projetos e Criadores: Abertura 
de Caminhos e Novas Perspectivas;
• Considerações Finais.
• Apresentar trabalhos de artistas, grupos e coletivos que criam Possibilidades poéticas a 
partir de contextos culturais específi cos, tradicionalmente distantes dos meios de produ-
ção artística e cultural;
• Compreender de que modo essas ações se inserem no contexto cultural, suas reverbera-
ções e implicações.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Protagonismo de Pessoas com 
Defi ciêncianos Campos da Arte e Cultura 
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
Introdução
Chegamos a última Unidade da Disciplina de Acessibilidade Cultural. Ao longo 
desse estudo, partimos das origens da constituição dos Direitos Humanos para che-
gar aos atuais dispositivos de regulamentação dos direitos da pessoa com deficiência. 
Reconhecemos de que modo, em diferentes momentos da história, transfor-
mações foram impulsionadas na conquista de maiores garantias sociais e de que 
modo essas mudanças nos conduziram aos conceitos e às políticas vigentes para a 
diversidade e a diferença.
Estudamos, também, a história da pessoa com deficiência, a evolução dos parâ-
metros e classificações e conhecemos as tecnologias e os recursos de acessibilidade 
disponíveis para transpor as barreiras de acesso. 
No intuito de interseccionar os campos da acessibilidade e cultura, analisamos o 
desenvolvimento das políticas culturais no Brasil e a relação intrínseca entre direitos 
culturais e acessibilidade cultural.
Nesta última Unidade, dedicaremos nosso olhar à importância do protagonismo 
da pessoa com deficiência. 
Para isso, iremos conhecer profissionais que, com seus trabalhos, desbravam 
caminhos para atuação das pessoas com deficiência na Sociedade, ampliando ho-
rizontes e atuando na mudança de paradigmas. 
Protagonismo e Ações Afirmativas
A deficiência não precisa ser um obstáculo para o sucesso. Durante pra-
ticamente toda a minha vida adulta sofri da doença do neurônio motor. 
Mesmo assim, isso não me impediu de ter uma destacada carreira como as-
trofísico e uma vida familiar feliz. Stephen W Hawking. (OMS, 2011, p. 9) 
Um dos maiores astrofísicos da história, o cientista Stephen Hawking conviveu, 
ao longo de maior parte de sua vida, com um quadro degenerativo que, como con-
sequência, causou-lhe deficiências múltiplas. 
Por sua expressão no meio científico, ele teve condições particulares de adap-
tação cotidiana, conforto e dignidade para a continuação de seu trabalho como 
cientista, professor, palestrante e escritor.
Por possuir uma doença evolutiva, Hawking foi perdendo habilidades motoras sucessi-
vamente, primeiramente pernas, braços, mãos e, em determinado momento, a fala. 
Contudo, mesmo com um quadro severo, tecnologias assistivas possibilitaram 
que até o fim de sua vida ele pudesse realizar palestras e se comunicar verbalmente 
em diferentes contextos.
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Importante!
Como estudamos em Unidades anteriores, uma deficiência pode ter diferentes origens e 
estar ou não associada a um quadro de saúde. 
De acordo a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens 
(CIF), da Organização Mundial da Saúde (OMS), a avaliação da deficiência de ser realizada 
a partir do modelo biopsicossocial que leva em consideração fatores biológicos, sociais 
e psicológicos. 
Trocando ideias...
Stephen teve uma trajetória de destaque no campo da Ciência, recebeu inúme-
ros prêmios, foi professor, publicou livros. Na vida pessoal, teve dois casamentos 
e três filhos. Sua trajetória de vida e sucesso acadêmico possibilitaram a Hawking 
condições específicas de projeção pessoal, de expressão e realização profissional. 
Ao longo de toda sua vida e do desenvolvimento de sua doença, Hawking foi 
visto como uma mente brilhante e a ele foram oferecidas todas as tecnologias assis-
tivas e as condições de acessibilidade para que continuasse seu trabalho científico.
Stephen não foi tratado a partir de sua deficiência ou da doença que o tornou 
uma pessoa com deficiência, mas, como um dos mais importantes cientistas do 
mundo contemporâneo, protagonizando uma história de destaque no campo na 
Ciência mundial.
Contudo, as oportunidades que possibilitaram a Hawking a manutenção de seu 
trabalho não são compatíveis com a realidade da maioria das pessoas com deficiência. 
A marca da exclusão histórica que, por muito tempo, delimitou a participação da 
pessoa com deficiência em Sociedade, por vezes, ainda restringe as possibilidades de 
expressão, trabalho, autonomia e equiparação de oportunidades a muitas pessoas.
Historicamente, as pessoas com deficiência foram determinadas socialmente a 
partir de sua deficiência, sem que pudessem tomar decisões próprias ou participar 
das decisões sobre suas vidas: “Até a década de 60, as pessoas com deficiência 
eram tratadas como objetos de caridade, não podiam opinar e tinham de obedecer 
às decisões que os especialistas e os pais tomavam por elas, em tudo o que se refe-
ria à vida delas” (SASSAKI, 2007, on-line).
As modificações ocorridas nos modelos estruturais para o tratamento da pessoa 
com deficiência foram criando novas possibilidades à vida das pessoas com deficiência. 
Reivindicações e lutas pelo reconhecimento da autonomia, da individualidade e 
da necessidade de criação de espaços e condições para a participação das pessoas 
com deficiência mobilizaram um campo de mudanças e criaram condições para 
que a inclusão se estabelecesse como modelo.
9
UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
Os Movimentos Pró Direitos da Pessoa com Deficiência foram fundamentais nas 
mudanças ocorridas. A partir deles, há atuação direta de pessoas com deficiência 
na reivindicação de seus direitos.
Em 1962, o ativista americano Ed Roberts foi o primeiro cadeirante a ingressar 
na Universidade de Berkeley,nos Estados Unidos. Aos 14 anos, Roberts teve polio-
mielite e, em consequência paralisia do pescoço para baixo, necessitava do auxílio 
de aparelhos para a manutenção de suas funções respiratórias. 
Pioneiro no Movimento pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, nos Estados 
Unidos, Ed Roberts é ícone na luta pelos direitos civis e pela independência da 
pessoa com deficiência. 
Os prognósticos e pensamentos de sua época afirmavam que, depois da parali-
sia, Roberts não poderia ir à Universidade, trabalhar e, ter filhos. 
Sua vida estaria restrita e condicionada pela paralisia de seu corpo e a necessida-
de do aparelho respiratório. Porém, além de todas as expectativas e determinações 
externas, ele ingressou na Universidade de Berkeley e se tornou uma das vozes 
mais importantes de seu tempo na luta pelos direitos e pela autonomia da pessoa 
com deficiência.
Sua atuação foi fundamental para o crescimento dos “Centros de Vida Indepen-
dente” (Center for Independent Living), dedicados ao atendimento e à criação de 
condições para a pessoa com deficiência para a vida em comunidade. 
Em 1976, Ed Roberts foi nomeado Diretor do Departamento de Reabilitação do 
Estado da Califórnia, onde trabalhou por 7 anos. 
Ele realizou tudo que haviam imaginado impossível para ele: estudou, trabalhou, 
casou, teve um filho... Seus pensamentos, ações e atitude criaram um campo de 
discussões, de engajamento político e de possibilidade de mudança que reverberam 
ainda hoje. 
Atualmente, seu nome designa um centro que é modelo sobre acessibilidade e 
design universal, o “Ed Roberts Campus”. 
Criado em 2011, em homenagem ao trabalho e à vida de Roberts, o Projeto abriga 
diferentes Instituições voltadas à pessoa com deficiência, buscando oferecer todos os 
serviços e orientações necessários a uma vida plena. Dentre os serviços oferecidos, 
estão: treinamento vocacional, acesso a tecnologias, educação, assistência com bene-
fícios e apoio à saúde.
Roberts foi o primeiro cadeirante a ingressar em Berkeley, mas depois dele vie-
ram muitos outros e, atualmente, a Universidade de Berkeley é considerada uma das 
mais acessíveis do mundo e o estado da Califórnia é referência internacional para a 
acessibilidade urbana. 
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O protagonismo de Ed Roberts possibilitou a concretização de uma vida diferente 
da que lhe foi prevista. Com seu desejo de mudança, ele promoveu a abertura de espa-
ços e deixou um legado de transformação e possibilidades da pessoa com deficiência. 
Ed Roberts Campus – Programa Especial: https://youtu.be/YmQd37bziOA
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Preconceito e Capacitismo
A história de Ed Roberts nos possibilita refletir sobre os limites socialmente im-
postos pela ausência da acessibilidade e, como consequência, sobre a negação de 
possibilidades de vida plena.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Muitas mudanças ocorreram nas últimas décadas, conceitos, lógicas e Legislações 
ampliaram direitos e possibilidades à vida das pessoas com deficiência. Contudo, 
ainda há muito a ser feito e transformado para que as Leis e os direitos garantam 
efetivamente condições igualitárias.
Dentre as inúmeras barreiras enfrentadas cotidianamente, a associação entre 
incapacidade e deficiência é um dos fatores limitantes ao pleno exercício das liber-
dades fundamentais e dos direitos das pessoas com deficiência. 
Entende-se por capacitismo a lógica de que pessoas com deficiência são incapa-
zes de realizar escolhas, de trabalhar, promover realizações, expressar opiniões, ter 
vida privada e independente, entre tantos outros preconceitos correntes e historica-
mente associados à pessoa com deficiência.
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
Preconceito e capacitismo ainda permanecem presentes na cultura de tratamen-
to à pessoa com deficiência e podem ser expressos de diferentes maneiras, ainda 
quando não percebidos como forma de discriminação ou exclusão. 
Como exemplo, quando nos surpreendemos com a capacidade de trabalho ou 
inteligência de uma pessoa com deficiência, quando a vemos como “um exemplo 
de superação”, ou como “alguém especial”, estamos agindo de acordo com padrões 
discriminatórios e preconceituosos, que enxergam a pessoa com deficiência a partir 
de uma lógica de inferioridade. 
O capacitismo ainda está presente em ditos populares ou expressões que vulga-
rizam ou distorcem a realidade sobre a vida da pessoa com deficiência. 
Quantas vezes não ouvimos em nosso cotidiano expressões como: “você parece 
um débil mental” (sic), utilizada para dizer que alguém é inábil ou está fazendo algo 
errado. Trata-se de uma associação entre incapacidade e deficiência intelectual.
O mesmo ocorre em “Abstrai e finge demência” e poderíamos citar muitas ou-
tras como: “Dar uma de João sem braço”, “Fazer-se de cego para não ver”, entre 
outras expressões comumente utilizadas. 
Essas expressões criam sempre uma relação de rebaixamento, tratam a defici-
ência de forma pejorativa e negativa, reforçando imagens imprecisas e preconcei-
tuosas. Esse tipo de atitude, acaba por se refletir em formas de tratamento, nas 
relações sociais e nas oportunidades para a pessoa com deficiência.
Disso decorrem exclusões e até tratamentos penalizantes, destinando a pessoa 
com deficiência aos papéis de vítima, coitada, infeliz, “especial”, destituindo-a de 
suas capacidades e habilidades, poder de decisão e Direitos Fundamentais, como a 
liberdade, a igualdade e a educação.
A conscientização sobre o capacitismo é de fundamental importância para a in-
clusão e para a transposição das barreiras atitudinais, impeditivas às transformações 
necessárias para que as pessoas com deficiência possam ter seus direitos garantidos.
Vejamos o vídeo em que a Mariana Torquato, do canal “Vai uma Mãozinha aí?”, 
fez sobre este assunto. 
Capacitismo: https://youtu.be/iTLBZkzqtpk
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Ações Artísticas, Projetos e Criadores: 
Abertura de Caminhos e Novas Perspectivas
A expressão simbólica é inerente ao homem e está presente na história da Hu-
manidade desde seus primórdios. Pinturas rupestres, construções, objetos, obras de 
arte, guardam em si registros de aspectos da vida, dos hábitos e das crenças de deter-
minado período ou contexto sociocultural. 
A Arte como expressão simbólica pode ser um campo de afirmação, autorre-
presentação e representatividade, além de favorecer debates, a ascensão a novos 
valores e promover o protagonismo.
Nesta Unidade da Disciplina de Acessibilidade Cultural, vamos conhecer o tra-
balho de alguns artistas e criadores que, em seus processos e obras, abrem novas 
perspectivas sobre o universo das pessoas com deficiência e, como consequência, 
suscitam reflexões sobre acessibilidade e inclusão.
Giradança 
Considerando que a deficiência significa a antítese cultural do corpo saudável e 
apto, o que acontece quando uma pessoa com deficiência se apresenta no papel de 
dançarino? É preciso aqui ressaltar que é esse papel que vem sendo historicamente 
reservado para a glorificação de um corpo ideal (FREIRE, 2001, on-line).
Tradicionalmente, alguns meios são marcados por padrões corporais determinados, 
difundidos como “aptos”, adequados ou ideais. A moda, o esporte e a dança são exem-
plos de carreiras que exigem, em geral, padrões específicos e, por vezes, excludentes. 
No campo da dança especificamente, a imagem do(a) bailarino(a) de feições e 
corpo “perfeitos”, com gestos e movimentos rigorosos, é algo fortemente presente 
no imaginário da maioria das pessoas. 
A dança, em seus códigos e diferentes escolas, esteve, durante muito tempo, 
ligada a um padrão de corpo e de possibilidades de movimento específicos em que 
corpos diferentes ou fora do padrão não eram entendidos como corpos dançantes. 
A partir da década de 1960, a dança contemporânea surge com novas possibili-
dades para se pensar o corpo na dança e as possibilidades de criação e movimento. 
Em um processo de ruptura com padrões clássicos, a Dança Contemporânea 
abre um campo de experimentação,desconstrução e inovação.
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
(...) os trabalhos na dança contemporânea que estão revendo o paradig-
ma tradicional, perguntando-se que tipo de movimento pode constituir 
a dança e que tipo de corpo pode constituir um dançarino. E é nesse 
contexto que o corpo diferente tem-se apresentado e novas propostas 
de trabalho vêm sendo elaboradas de modo a explorar e respeitar cada 
corpo. (FREIRE, 2001, on-line)
Com o objetivo da criação em dança e da pesquisa de movimento por “corpos 
diferenciados”, nasceu, em 2005, no Rio Grande do Norte, a Companhia Giradança 
que, ao longo de sua trajetória, tornou-se uma das das mais importantes Companhias 
de Dança Contemporânea no país. 
A Giradança propõe, a partir de suas coreografias e pesquisas, explorar e dis-
cutir sobre os limites do corpo humano, explorar e descobrir as possibilidades de 
expressão desses “corpos diferenciados” e, a partir de sua poesia, romper os pre-
conceitos e as limitações externas para expressividade por meio da dança. 
Trata-se de uma subversão à lógica capacitista, criando, por meio da pesquisa 
em dança, possibilidades de expressão para cada corpo em sua natureza. 
A Companhia conta com uma diversidade de artistas-bailarinos que atuam em 
suas criações e espetáculos.
Entrevista Giradança: https://youtu.be/XIlWgxUJJo4
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Com um repertório de espetáculos premiados, a Companhia circula pelo Brasil 
e pelo exterior desenvolvendo parcerias com coreógrafos e outros artistas da dan-
ça, como os coreógrafos Ângelo Madeira e Ana Catarina Vieira, com quem criaram 
o espetáculo Sem Conservantes, e a Companhia alemã Toula Limnaios, com que 
criaram o espetáculo die einen, die anderen.
Precursora em seu trabalho, a Companhia se destaca por levar ao palco espe-
táculos que não condicionam ou rotulam seus artistas, mas criam um campo de 
protagonismo, voz e expressão para artista em sua diversidade. 
Marcos Abranches
Sou livre para o silêncio das formas, das cores na riqueza de pintar uma 
obra, As cores são vida. Podemos ser mais coloridos na forma de pensar. 
O mundo ainda está muito escuro pelo lado negativo do pensamento de 
cada um, todos nós podemos colorir a maneira de pensar e, ser mais 
felizes, pois somos a própria arte. Nossa sociedade, por falta de conheci-
mento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse 
tipo de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu 
espaço, não há sofrimento. (ABRANCHES, 2014, on-line)
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Cia Vidança de Marcos Abranches : http://bit.ly/2Rivimt
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Foi também na dança contemporânea que o artista Marcos Abranches encontrou 
seu meio de expressão e voz. Sua trajetória começou em 2003, quando Marcos conhe-
ceu e começou a trabalhar com o bailarino e coreógrafo Sandro Borelli. 
Com Sandro Borelli e Sônia Soares, Marcos dançou nos espetáculos: Senhor 
dos Anjos, Jardim de Tântalo e Metamorfose. 
Também trabalhou com outros profissionais da dança como: Marta Soares, Jorge 
Garcia, Alito Alessi (EUA) e Phillipe Gemet (Alemanha). 
Em 2007, Marcos iniciou uma carreira solo em que desenvolveu espetáculos 
como D...Equilíbrio, baseado no livro O Bicho de Sete Cabeças e Corpo sobre 
Tela, inspirado no artista Francis Bacon.
O meu foco é destruir o belo, a normalidade. O que é normal e o que é não 
normal? Francis Bacon e eu também focamos na figura para o figurativo. 
A transformação da amplitude de uma dança é uma linguagem que meu 
corpo abraçou. A minha pesquisa na dança é justamente isso, é provar que 
não tem um corpo como todo mundo fala: deficiente. Meu corpo não é 
deficiente. Meu corpo é artístico. (ZANATTA, 2018, on-line)
Em seu trabalho, Marcos reúne dança e performance em uma pesquisa corporal 
e artística, que coloca em questões padrões as relações entre igualdade e diferença 
e, sobretudo, a ausência de limites para a arte.
Marcos Abranches em Corpo sobre Tela: https://youtu.be/8lZpVfweOis
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Teatro Cego
O teatro, tradicionalmente, está ligado à visão: as pessoas vão ao teatro para assistir 
a um espetáculo, ver os atores em cena, mas isso não é o que ocorre no Teatro Cego, 
que propõe uma experiência diferenciada de teatro, no escuro.
Nos espetáculos do Teatro Cego, a comunicação e a compreensão do espetácu-
lo se dão por meio da audição e dos demais sentidos: olfato, tato e paladar. 
Esse formato inovador propõe ao público entrar no universo das pessoas cegas, 
sensibilizando e ampliando a compreensão sobre este modo de existir e perceber 
o mundo ao redor.
No vídeo a seguir, é possível vivenciar uma experiência similar à que o Teatro 
Cego proporciona em suas apresentações:
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
Experiência 3D: Teatro Cego: https://youtu.be/_Gw7J5Gw2b8
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Atualmente, o Teatro Cego tem três espetáculos O Grande Viúvo, Acorda, Amor! 
e Clarear – Somos Todos Diferentes. 
Nesses trabalhos, artistas cegos e público se encontram nas mesmas condições 
para essa experiência teatral. Um exercício de alteridade, de expansão das per-
cepções e de sensibilidade e conhecimento sobre as possibilidades de apreensão e 
comunicação para além do que é visual.
CorpoSinalizante
Nascido em 2008 do encontro entre os participantes do projeto Aprender para 
Ensinar, do MAM-SP, o CorpoSinalizante reúne artistas e educadores surdos e 
ouvintes como espaço de experimentação, trocas, criação, realização de pesquisas 
e difusão de conhecimento.
As atividades do CorpoSinalizante se iniciaram com a criação de um blog na 
internet e tinham como objetivo quebrar as barreiras existentes na comunicação e 
na relação com os surdos em Sociedade, enfatizando a Língua Brasileira de Sinais 
como a língua oficial da comunidade surda e os direitos dos surdos. Para saber 
mais, acesse o link abaixo:
CorpoSinalizante: http://bit.ly/38e4kmN
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Como exemplo, o grupo foi responsável pela ação “Queremos legendas nos 
filmes nacionais” e pelo filme-manifesto Atrás do Mundo, além da realização de 
performances e intervenções artísticas.
Das atividades e encontros do CorpoSinalizante nasceu o Slam do Corpo, ação 
que projetou o grupo e a Língua Brasileira de Sinais na cena cultural da cidade de 
São Paulo.
Slam do Corpo
Nascido nos Estados Unidos no final da década de 1980, o Slam é, originalmen-
te, uma competição de poesia falada, na qual os poetas apresentam seus textos e 
são avaliados pelo público. 
A competição é realizada em etapas, nas quais os vencedores de cada batalha 
são conduzidos à etapa seguinte.
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O Slam se propagou pelo mundo e se difundiu no Brasil, em especial, a partir 
de 2008, com as atividades do ZAP! Zona Autônoma da Palavra, realizado pelo 
grupo teatral Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.
O Slam do Corpo é o primeiro Slam em Língua Brasileira de Sinais e Portu-
guês, realizado por surdos e ouvintes. A poesia é apresentada por uma dupla de 
poetas sempre nas duas línguas, colocando em relação os universos poéticos de 
surdos e ouvintes.
Os Slams são um espaço potente de investigação, experimentação e reflexão 
acerca da criação poética em língua de sinais: Como criar poesia com o corpo? 
Como se expressam os elementos poéticos como a rima, o ritmo, a metáfora na 
Língua de Sinais? 
Trata-se de espaço de quebra de barreiras, de expressão poética, de afirmação e 
reconhecimento da Cultura Surda e da Língua Brasileira de Sinais. 
O Silêncio e a Fúria – Poetas do Corpo: http://bit.ly/3ajg2OH
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Daniel Gonçalves
O cineasta Daniel Gonçalves colocou sua história pessoal e a busca pela desco-
berta de sua deficiência em seu primeiro longa Meu Nome é Daniel. 
Daniel nasceu com uma deficiência não identificada pelos médicos, condição que 
lhe causou limitações motoras que o acompanham desde a infância. No documentá-
rio, o cineasta reúne registros familiares que antecedem seu nascimento, vídeos de sua 
infância e registros da busca atual por um diagnósticopreciso.
Daniel expõe sua história de vida e experiência particular como autorretrato 
poético e objetivo, ao mesmo tempo. Daniel, como personagem e autor do filme, 
expõe diretamente seus pontos de vista sobre deficiência, eliminando qualquer pos-
sibilidade de uma abordagem cristalizada da pessoa com deficiência. 
Antes de tudo, “Meu Nome é Daniel” retrata a busca de um homem por desven-
dar e contar sua própria história, a partir de sua visão e percepções. 
O filme teve sua primeira exibição pública no Festival Internacional de Curitiba 
(7º Olhar de Cinema). Desde então, já participou do Festival do Rio, da 42ª Mostra 
Internacional de Cinema de São Paulo, da Semana de Cinema, da 22ª Mostra de 
Cinema de Tiradentes, onde o longa venceu o Troféu Barroco de Melhor Filme 
eleito pelo Júri Popular. 
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
No exterior, o documentário foi selecionado para o Festival de Cinema de Sidney, 
participou do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã e ganhou o prê-
mio “Documental Calificado Oscar”, do Festival Internacional de Cine de Cartagena, o 
que o qualifica para a disputa ao Oscar 2020, na categoria de Melhor Documentário. 
Trailer Meu Nome é Daniel: https://youtu.be/ejfKiX0H9Zc
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Luciano Mallman
O ator gaúcho Luciano Mallman residia e trabalhava no Rio de Janeiro, quando 
um acidente em um treinamento de circo o deixou tetraplégico. Uma queda na rea-
lização de acrobacias aéreas resultou em uma fratura na região cervical que causou 
a paralisia corporal do pescoço para baixo.
Figura 2
Fonte: Fernanda Chemale | Divulgação
Após o acidente, Luciano passou por um longo período de adaptação, que en-
volveu o redirecionamento profissional, com a retomada de sua primeira formação 
– a publicidade, o retorno à cidade natal, Porto Alegre – para estar mais próximo 
da família, e o afastamento dos palcos. 
O tempo passou e depois de um convite para uma participação na televisão, 
Luciano percebeu novas possibilidades para sua atuação artística. A partir de sua 
história e da história de outros cadeirantes, Luciano criou o espetáculo Ícaro, diri-
gido por Liane Venturella.
Em Ícaro, o palco se torna uma plataforma para as histórias, as inquietações e 
as dificuldades de seis diferentes personagens, todos interpretados pelo ator, que 
também é o autor do texto.
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A partir do teatro e da relação entre realidade e ficção, são presentificados, em 
cena, aspectos da vida cotidiana dos cadeirantes, suas paixões, frustrações e o pre-
conceito vivenciado.
Ícaro recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Dramaturgia, Prêmio Aplauso 
Brasil 2019 de Melhor Dramaturgia e Melhor Produção Independente (1º Semestre) 
e indicação ao prêmio de Melhor Ator, também pelo Prêmio Aplauso Brasil.
Página Projeto Ícaro: http://bit.ly/371Tss7
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Considerações Finais
Nesta última Unidade da Disciplina de Acessibilidade Cultural, buscamos refletir 
sobre o papel do protagonismo das pessoas com deficiência. Assim, conhecemos 
pessoas e trabalhos que assinalam um processo de ruptura com determinações pré-
-estabelecidas que limitam os direitos das pessoas com deficiência.
A abertura de espaços para o protagonismo das pessoas com deficiência e a 
conscientização das possibilidades de sua atuação revelam que os obstáculos exter-
nos podem ser transpostos quando há acessibilidade e inclusão. 
Ao contrário, a falta de credibilidade, de condições de acesso e acessibilidade, da 
consideração e da inclusão nos mais diferentes contextos e ambientes, por vezes, 
cria dificuldades e subestimam as potencialidades individuais.
A criação artística, nesse contexto, é um veículo de ideias, de expressão simbó-
lica e subjetiva, que possibilita a revisão de ideias cristalizadas sobre a deficiência, 
vez que fornecem novos caminhos, outros modos de ver e dialogar.
Trouxemos, para nosso estudo, alguns artistas e trabalhos selecionados, buscan-
do contemplar diferentes áreas de criação: Cinema, Teatro, Dança, Poesia. Trata-se 
de um pequeno recorte de um universo muito maior que não seria possível contem-
plar em um único texto.
Por meio dos trabalhos aqui mencionados, podemos verificar de que modo a 
assumpção do discurso, a autorrepresentação e a tomada de posições de visibilida-
de e protagonismo na Arte, são propulsores para o estabelecimento de uma nova 
cultura, da disseminação e da inclusão de novos pontos de vista sobre a vida e as 
possibilidades da pessoa com deficiência.
Essa atuação e liderança também se expressa em outros campos, como a Po-
lítica, nas Ciências, na Comunicação, e implica que a acessibilidade se estenda 
para locais em que muitas vezes ela não é pensada, como o palco, o púlpito e a 
bancada jornalística. 
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
No Brasil, profissionais como a senadora Mara Gabrilli, a médica Izabel Maior e 
o jornalista Jairo Marques se destacam em suas áreas de atuação e mobilizam, com 
seus trabalhos, como o fez Ed Roberts, novas perspectivas para as pessoas com 
deficiência em Sociedade.
Considerar que a pessoa com deficiência pode ocupar diferentes postos em 
Sociedade. Significa dispor da acessibilidade em todos os locais, na plateia, mas 
também no palco, para àqueles que recebem um serviço, mas também para que 
aqueles que trabalharão oferecendo esse serviço. 
No campo da Acessibilidade Cultural, devemos ter consciência de que a acessibi-
lidade deve beneficiar a todos, incluindo artistas, técnicos, trabalhadores em geral, 
para que possam desenvolver e realizar os seus trabalhos de forma plena e digna.
Existem princípios e normas que regem a acessibilidade – como estudamos am-
plamente, mas a informação e o diálogo serão sempre instrumentos potentes. 
Sempre que necessário, consulte Instituições e especialistas, dialogue com as pessoas 
com deficiência, faça avaliações do serviço e da efetividade das medidas de acessibilidade. 
O diálogo, a troca de experiências e a busca de soluções conjuntas são o melhor 
caminho para a realização de ações efetivas.
Aqui, chegamos ao fim de nossos estudos.
Espero que tenha sido uma boa jornada de descobertas, aprendizagem e pre-
paração para uma atuação profissional consciente, responsável e comprometida. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Conheça a história do coreógrafo e dançarino Marcos Abranches
https://glo.bo/2RlChuQ
Beijo de mundos e línguas – Corposinalizante
http://bit.ly/2FYdl7y
Luciano Mallmann leva para o teatro a vivência dos cadeirantes
http://bit.ly/2ts8hFA
 Vídeos
O que é Normal? 
https://youtu.be/vyBIUjS25HA
Conheça Zona Roberts, mãe do Ativista Ed Roberts
https://youtu.be/PIIVOTM6iGQ
TV PUC-Rio: “Meu Nome é Daniel” Conquista Menção Honrosa
https://youtu.be/F66JOaDsV7o
Ator conta em peça de teatro de como superou paraplegia
https://youtu.be/wihKxdxaQ9E
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UNIDADE Protagonismo de Pessoas com Deficiência nos 
Campos da Arte e Cultura
Referências
CIA. VIDANÇA DE MARCOS ABRANCHES. Blog Oficial. Disponível em: 
<http://marcosabranches-vidanca.blogspot.com>. Acesso em: ago. 2019.
FREIRE, I. M. Dança-Educação: o corpo e o movimento no espaço do conhecimen-
to. Cad. CEDES [on-line], Campinas. v. 21, n. 53, p. 31-55, 2001. Disponível em: 
<http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622001000100003>. Acesso em: ago. /2019.
LEYTON, D. (org.). Educação e acessibilidade: experiências do Museu de Arte 
Moderna de São Paulo. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018. 
Disponível em: <https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educação-e-
-Acessibilidade_experiências-do-MAM-QRcode.pdf>. Acesso em: ago. /2019. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Relatório Mundial sobre a De-
ficiência (World Report on Disability). The World Bank. Tradução: Secreta-
ria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Governo do Estado de São Paulo, 
2011. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/do-cuments/RELATORIO_MUNDIAL_COMPLETO.pdf>. Acesso em: ago. 2019.
SASSAKI, R. K. Nada sobre nós, sem nós: Da integração à inclusão. Revista 
Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano X, n. 57, jul./ago. 2007. Disponível em: 
<http://www.bengalalegal.com/nada-sobre-nos>. Acesso em: ago. /2019.
ZANATTA, I. Corpo sobre Tela. O paradigma de Marcos Abranches sobre arte 
e Dança. Abr./2018. Site Desenvolvimento Artístico. Disponível em: <https://
www.desenvolvimentoartistico.com/single-post/2018/04/09/Corpo-sobre-Tela-O-
-paradigma-de-Marcos-Abranches-sobre-arte-e-Dança>. Acesso em: ago. 2019.
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