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Apostila IFPA 2021

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Silvia Sena

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Apostila Concurso IFPA 2021 
ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO 
1 
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Sumário 
LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................................................ 4 
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e 
gêneros textuais. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia. Polissemia 
(denotação e conotação). ..................................................................................................... 5 
Domínio da Ortografia Oficial ............................................................................................. 48 
Emprego da Acentuação Gráfica ......................................................................................... 55 
Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, 
substituição e repetição, de conectores e outros elementos de sequenciação textual. ...... 61 
Emprego/correlação de tempos e modos verbais. .............................................................. 65 
Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República): 
aspectos gerais da redação oficial; finalidade dos expedientes oficiais; adequação da 
linguagem ao tipo de documento; adequação do formato do texto ao gênero. ................. 75 
Concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acento indicativo de crase .... 99 
Classes de palavras e seu funcionamento no texto; Processos de formação de palavra ... 119 
Pontuação e Acentuação gráfica...................................................................................... 208 
Sintaxe de concordância e regência. ................................................................................. 220 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ................................................................................... 251 
Código de ética do Servidor Público (Decreto Federal nº 1.171, de 22 de junho de 1194)..
 .......................................................................................................................................... 251 
Regime Jurídico Único (Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990) .................................... 257 
Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei n° 9.784, de 29 
de janeiro de 1999). .......................................................................................................... 337 
Questões ........................................................................................................................... 354 
Lei n° 11.892, de 29 de dezembro de 2008: 1. Seção II - Das Finalidades e Características dos 
Institutos Federais; 2. Seção III - Dos Objetivos dos Institutos Federais; 3. Seção IV - Da 
Estrutura Organizacional dos Institutos Federais.............................................................. 356 
Estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (Lei nº 
11.091, de 12 de janeiro de 2005). .................................................................................... 361 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 371 
Raciocínio Lógico: Estruturas lógicas básicas: Proposições e Conectivos; Implicão e 
equivalência lógicas; Regras de dedução. ......................................................................... 372 
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Aritmética básica e relação de ordem nos inteiros ........................................................... 410 
Noções básicas de conjuntos ............................................................................................. 416 
Análise combinatória ........................................................................................................ 425 
Noçõees de Informática: Conhecimentos básicos de informática (Hardware e software) 440 
Sistema operacional de computadores (Windows) ........................................................... 455 
Linux .................................................................................................................................. 482 
Software livre e proprietários. .......................................................................................... 491 
Organização e gerenciamento de informações, arquivos e pastas ................................... 493 
Editores de texto ............................................................................................................... 496 
Planilhas eletrônicas ......................................................................................................... 541 
Editor de apresentação eletrônica de slide ....................................................................... 574 
Gerenciador de banco de dados ........................................................................................ 582 
Internet e intranet ............................................................................................................. 591 
E-mail ................................................................................................................................ 601 
Conhecimentos básicos de segurança da informação ....................................................... 610 
Dispositivos de armazenamento ....................................................................................... 623 
Noções de Administração: Administração: Conceito, Objetivo, Princípios Básicos e Funções
 .......................................................................................................................................... 625 
Tipos de organização. Teoria Geral dos Sistemas ............................................................. 629 
Gestão de Pessoas ............................................................................................................. 634 
Noções de Planejamento estratégico; Administração da Qualidade ................................ 649 
Noções de Arquivo ............................................................................................................ 653 
Ética e Responsabilidade Social. ....................................................................................... 695 
Noções Básicas de Legislação: Normas Constitucionais sobre Administração Pública e 
servidores públicos (Constituição Federal/88, com suas alterações) ................................ 697 
Licitações e Contratos (Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas alterações) ............. 711 
Noções de Direito Administrativo: Princípios .................................................................... 735 
Atos Administrativos ......................................................................................................... 739 
Servidores públicos............................................................................................................ 749 
Administração Pública; Ética no serviço público. .............................................................. 769 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
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Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e 
gêneros textuais. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia. Polissemia 
(denotação e conotação). 
 
Texto, Contexto e Elementos Paratextuais 
Você já se perguntou o que é, de fato, um texto? Geralmente, entendemos o texto como um conjunto 
de frases, ou seja, algo que foi feito para ser lido. Mas a definição de texto não é tão simples quanto 
parece. 
Imagine, por exemplo, que você está lendo um livro e, de repente, encontra em uma página qualquer 
um papel com a palavra “madeira”. Ora, certamente você ficará intrigado ou simplesmente não daráimportância a isso. 
Agora, vamos imaginar outra situação: você está no meio de uma floresta e ouve alguém gritar: 
“Madeira!”. Bem, se você pretende preservar sua vida, sua reação imediata é sair correndo. Isso 
acontece porque a situação em que você se encontra levou-o a interpretar o grito como um sinal de 
alerta. 
A partir desses exemplos simples, podemos chegar a algumas conclusões importantes: 
1º - os textos não são apenas escritos, eles também podem ser orais; 
2º - os textos não são simples amontoados de palavras ou frases, ou seja, eles precisam fazer sentido. 
Na segunda situação, uma única palavra foi capaz de transmitir uma mensagem de sentido completo, 
por isso ela pode ser considerada um texto. Mas o que leva um texto a fazer sentido? 
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para que se 
possa compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural, estético, 
político) no qual ele está inserido. 
O contexto pode ser explícito, quando é expresso por palavras (o texto em que se encontra a frase ou 
a frase em que se encontra a palavra), ou implícito, quando está embutido na situação em que o texto 
é produzido. Logo, a simples mudança de contexto faz com que a palavra “madeira” seja interpretada 
de maneiras diferentes. Na primeira situação, embora a palavra esteja dentro de um livro, ela está 
totalmente fora decontexto, por isso não produz sentido algum. 
Para deixar ainda mais claro, numa frase o que seria o contexto e qual importância dele. Observe o 
seguinte enunciado: 
“Que belo dia!” 
Sem se levar em conta o contexto, não se pode explicar o sentido desta frase. Poderia se imaginar que 
ela poderia se referir a um dia agradável, que a rotina flui sem imprevistos, ou poderia ter sido dita por 
alguém que ganhou na loteria. Não se sabe a que contexto se refere, se a um dia de sol após um 
período chuvoso ou se é um dia de chuva após meses de sol escaldante. Como não foi apresentada a 
situação em que esse enunciado foi proferido, há várias possibilidades de sentido nesta frase. 
Observe o texto abaixo retirado de um site de notícias: 
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Por Bernardo Caram,G1, Brasília 11/12/2016 
“Delator da Odebrecht cita doações não declaradas a mais de 30 políticos 
Em informações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) para a assinatura de acordo de delação 
premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho apresentou valores 
repassados a políticos com a finalidade de obter vantagens para a empreiteira. 
O depoimento, que veio a público na sextafeira (9), traz nomes, valores, circunstâncias e motivação dos 
repasses. Parte dos recursos foi paga por meio de doações eleitorais oficiais, mas também há registro 
de propina e de caixa 2. 
Em alguns casos, como o dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), o 
dinheiro era entregue a uma pessoa, mas serviria para abastecer um grupo dentro do partido. Em 
outros casos, não é possível identificar se a doação foi oficial. 
Cláudio atuava na relação da Odebrecht com o Congresso Nacional. Segundo ele, alguns pagamentos 
eram feitos para garantir aaprovação de projetos de interesse da empreiteira. ” 
Para compreendermos melhor sobre a informação retratada no texto é necessário que estejamos 
atentos a situação política do nosso país. 
Conhecimento de mundo 
Ao longo de sua vida, o leitor adquire conhecimentos utilizados durante a leitura dos extos. O leitor 
constrói o sentido do texto quando articula diferentes níveis de conhecimento, entre eles o 
conhecimento de mundo. Esse tipo de conhecimento costuma ser adquirido informalmente, através 
de nossas experiências pessoais e convívio em sociedade. Ativar seu conhecimento de mundo no 
momento certo pode ser útil tanto para salvar sua vida no meio da floresta ou para resolver questões 
de concursos. 
Agora observe a seguinte imagem: 
 
O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A 
propaganda utiliza recursos “verbais” e “não verbais”. Os recursos verbais referem-se à palavra 
“açúcar”, escrita no saco, e ao slogan “mude sua embalagem”. O conteúdo verbal da propaganda é 
reforçado pela parte não verbal, ou seja, a imagem do saco de açúcar semelhante a uma barriga gorda, 
que contrasta com a imagem do adoçante no canto inferior, bem fininho. 
 
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Textos verbais e visuais 
Até aqui, vimos que os textos podem ser orais ou escritos. Mas essa noção precisa ser ampliada, pois 
há textos que não contam com o auxílio da palavra, seja ela escrita ou oral. É o caso, por exemplo, da 
fotografia e da pintura. Dizemos, então, que há textos verbais e visuais. Há ainda textos que utilizam 
os dois recursos, como no exemplo anterior, assim também como os filmes, que usam imagens, 
diálogos e legendas. 
Então, chegamos a conceito de texto mais ampliado e consistente: todo enunciado que faz sentido 
para um determinado grupo em uma determinada situação. No concurso, essa noção mais moderna 
de texto é a que vale. 
Em resumo temos que: 
Texto: Tomando como definição de texto a de Costa Val (1999:3), para quem “texto é uma ocorrência 
linguística, falada ou escrita, de qualquer extensão, dotado de unidades sócio comunicativa semântica 
e formal”. 
Contexto: O contexto situacional é formado por informações que estão fora do texto, sejam elas 
históricas, geográficas, sociológicas, literárias. Ele é essencial para uma leitura mais eficaz, 
aproximando o interlocutor/leitor do sentido que o locutor/escritor quis imprimir ao texto. 
Além do texto e do contexto temos ainda os elementos paratextuais. A sabedoria popular diz que não 
devemos “julgar um livro pela capa”. Isso acontece porque muitas vezes a capa de um livro acaba 
despertando ou não nosso interesse pelo texto. Porém, quando abrimos um livro, podemos nos 
deparar com outros elementos, como contracapa, biografia do autor, prefácio, dedicatória, índice, 
notas de rodapé, citações, posfácio e ilustrações. Esses elementos que margeiam o texto são chamados 
de elementos paratextuais. 
Portanto, paratextos são elementos que estão para além do texto, ou seja, informações que 
acompanham uma obra. Como podem motivar a aquisição e a leitura livros, os elementos paratextuais 
são muito privilegiados pela indústria editorial. 
De todos os elementos paratextuais, o mais importante é o título, pois funciona como uma espécie de 
“slogan” do texto, ou seja, algo que faça com que o leitor “compre” suas ideias. Alguns especialistas já 
chegaram a sugerir que o título não é relevante para a leitura de um texto, mas não é bem assim. Um 
título adequado pode direcionar a compreensão do texto, ajudando o leitor a criar expectativas de 
leitura. 
Em alguns casos, o título fornece pistas importantes para que o leitor levante hipóteses sobre o que 
vai ler. Por exemplo, diante de um título como “Conheça as angiospermas”, o leitor espera ler um texto 
que trará explicações sobre as angiospermas, seus tipos e exemplares na natureza. Com a ajuda de 
outros elementos paratextuais, como a ilustração de uma flor, o leitor poderá imaginar que se trata 
de plantas. 
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A partir do título desses livros é possível especular qual será o enredo da história. Sobre o título “A 
culpa é das estrelas” de John Green, é possível imaginar que se trata de uma história romântica já que 
o título parece fazer alusão a expressão “escrito nas estrelas”, já o segundo título “ Para todos os 
amores errados” de Clarissa Corrêa, podemos interpretar que a história apesar de uma história 
romântica vai tratar mais especificamente de desilusões amorosas. Todos esses apontamentos sãoapenas suposições feitas a partir do título. 
Definições e concepções de leitura: as essências 
O tema Leitura 
Segundo Orlandi (2000:7), o termo leitura é polissêmico, isto é, permiti distinguir vários sentidos. 
Podemos 8ubst.8-lo, em sua acepção mais ampla, como atribuição de sentidos, tanto em relação à 
linguagem escrita como em relação à linguagem oral. 
Qualquer expressão linguística, de qualquer natureza, permite uma leitura. 
Leitura também pode significar concepção, e é nesse sentido que o termo é usado quando falamos em 
leitura de mundo, isto é, quando usamos a palavra leitura para refletir o conhecimento de cada leitor, 
considerando-se ou não sua escolaridade. 
No sentido acadêmico – mais restrito -, leitura pode significar a construção das bases teóricas 
metodológicas que permitem chegar a um texto: são várias as leituras de Rubem Alves, ou de um texto 
de Paulo Freire. 
Em um sentido ainda mais específico, o termo leitura pode ser entendido como estrita aprendizagem 
formal, quando se vincula leitura e alfabetização. 
Uma reflexão mais aprofundada sobre leitura nos permite concluir que o leitor precisa recorrer a 
estratégias que lhe permitam alcançar o sentido do texto. Além disso, devemos lembrar que há 
diferentes modos de leitura, em relação direta com a vida intelectual do leitor, isto é, com sua maneira 
de estabelecer os sentidos daquilo que lê. 
 
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Leitura e sentido 
As palavras significam o que o grupo social convencionou que elas devem significar, mas a 
comunicação exige muito mais que apenas usar e aceitar passivamente significados preestabelecidos. 
Ler, então, é mais que decifrar: ler é ser capaz de atribuir um significado ao texto, partindo do próprio 
texto, de modo que cada leitor consiga relacioná-lo a todos outros textos significativos, seja capaz de 
reconhecer o tipo de leitura que o autor pretendia, e possa, depois, dono da própria vontade, entregar-
se à leitura ou rejeitá-la. 
Para que tudo isso aconteça, é preciso que autor e leitor interajam ao longo de um texto. Ao autor 
cabe delinear o caminho percorrido durante a produção do texto, direcionando o efeito de sentido 
desejado e a intenção comunicativa pretendida; ao leitor compete ler, reler, analisar, comparar, fazer 
inferências, ativar conhecimentos. 
Todo leitor, ao ler um texto, deve participar da produção de leitura desse texto. Para isso, deve 
construir, através do que passaremos a chamar de pistas textuais que o próprio texto fornece, um 
sentido para ele (o texto) – mas somente o sentido que o próprio texto autorizar. Procurar essas pistas 
faz parte do processo de leitura, porque é a partir delas que o autor formula e reformula hipóteses, 
aceita ou rejeita conclusões. 
Agora, pedimos que você coloque em ordem, numerando de 1 a 4, as diferentes etapas de participação 
do leitor na produção de leitura de um texto. 
( ) construção de sentido autorizado pelo texto 
( ) identificação de pistas textuais 
( ) aceitação ou rejeição de conclusões 
( ) formulação e reformulação de hipóteses 
Esperamos que Você tenha respondido que o leitor procura, em primeiro lugar, pistas textuais; em 
seguida, constrói, por meio dessas peitas, um sentido autorizado pelo próprio texto; depois, de posse 
dessas pistas, formula e reformula hipóteses, para, finalmente, aceitar ou rejeitar conclusões. 
Informações implícitas 
Muitos candidatos se perguntam como melhorar sua capacidade de interpretação dos textos. 
Primeiramente, é preciso ter em mente que um texto é formado por informações explícitas e 
implícitas. As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As 
informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas. 
Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas 
entrelinhas. 
A partir de elementos presentes no texto, é possível ao leitor recuperar as informações implícitas, para 
que possa, efetivamente, chegar a produção de sentido. Por isso, o leitor precisa estabelecer relações 
dos mais diversos tipos do texto e o contexto, de forma a interpretar adequadamente o enunciado. 
Por exemplo, observe este enunciado: - Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é 
“Patrícia parou de tomar refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava refrigerante antes”. 
Agora, veja este outro exemplo: -Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação 
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explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem uma 
opinião positiva sobre o fato – essa é a informação implícita. Com esses exemplos, mostramos como 
podemos inferir informações a partir de um texto. Fazer uma inferência significa concluir alguma coisa 
a partir de outra já conhecida. Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade fundamental para 
a interpretação adequada dos textos e dos enunciados. A seguir, veremos dois tipos de informações 
que podem ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas. 
Pressupostos. 
Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer sentido. 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só 
faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos temporariamente – essa é a 
informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que torna o 
enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões presentes 
no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado “Patrícia ainda não 
voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como certa pelo 
falante. 
Subentendidos Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são 
marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como 
insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois não quer 
se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade do 
receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por exemplo, 
parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a piada é um gênero textual 
cuja interpretação depende a quebra de subentendidos. 
Observemos como isso é verdadeiro e deve acontecer em todos os atos de leitura, dos mais simples 
aos mais complexos. Considere a manchete do Caderno de Esporte do jornal O Liberal, de 24.08.2003: 
“PAPÃO PROCURA O CAMINHO DA VITÓRIA” 
Essa manchete esportiva, uma simples e curta frase declarativa, interpretada adequadamente, 
desencadeia uma série de relações entre ela e o leitor, a partir de uma informação explícita de que 
alguém, no caso, um clube de futebol, procura uma forma de vencer. 
Estabelecidas essas relações, o leitor encontra outros sentidos além do que foi explicitado. 
A primeira dessas relações, que se estabelece entre texto e contexto, leva à compreensão de que, para 
vencer, é preciso uma tática de jogo, uma estratégia, sentido latente na metáfora caminho da vitória. 
A segunda, linguística por natureza, requer que o leitor reconheça o valor do artigo definido o: ele 
permite entender que o caminho existe, que é um preciso e determinado caminho, que só ele 
conduzirá à vitória. 
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A segunda, linguística por natureza, requer que o leitor reconheça o valor do artigo definido o: ele 
permite entender que o caminho existe, que é umpreciso e determinado caminho, que só ele 
conduzirá à vitória. 
A terceira, ainda no âmbito da linguagem, está centrada no significado de procura. Quem procura é 
porque perdeu ou porque nunca teve. No caso do clube paraense ele conhecia bem o caminho da 
vitória, porém, no dia em que a manchete foi produzida, não conhecia mais. 
A quarta novamente uma relação entre texto e contexto, cumplicidade entre autor e leitor,indica que 
o clube já não vencia há algum tempo. 
Finalmente a quinta relação por meio da qual o autor também busca a adesão do leitor, descortina a 
crítica ao clube que vinha vencendo seguidamente, enchia a sua torcida de orgulho e parara de vencer. 
Uma sutil ironia sem dúvida. 
Um ouvinte/leitor eficiente precisa captar não apenas as informações explícitas (postas, dadas, 
expressas), como também as que estão implícitas, pois, se ele não tiver essa habilidade, passará por 
cima de significados importantes, ou – o que é mais grave – concordará com ideias ou ponto de vista 
que talvez rejeitasse se os percebesse. 
Por que utilizamos sentidos implícitos? 
Em todo grupo social, há um conjunto de tabu linguísticos. Isso não significa apenas a existência de 
palavras que, em certas circunstancias, não podem ou não devem ser pronunciadas (os palavrões, por 
exemplo), mas também a de temas proibidos e protegidos por uma espécie de “lei do silêncio”. Um 
ditado popular traduz plenamente essa restrição: “não se fala em corda em casa de enforcado”. 
Esses tabus linguísticos também se fazem presente em relação a determinada informações que uma 
pessoa não pode ou não deve dar, não porque elas sejam proibidas, mas porque o ato de expressá-las 
constituiria uma atitude repreensível ou comprometedora. 
Além dos tabus linguísticos um outro motivo para o uso de sentidos implícitos é que toda declaração 
explícita pode tornar-se temas de discussões. O que é dito pode ser contradito, de modo que não se 
poderia anunciar uma opinião ou um desejo sem, ao mesmo tempo, expô-lo às eventuais objeções dos 
interlocutores. 
Julgue você mesmo: no dia 01.02.2003, um deputado federal reeleito em resposta ao repórter do 
Jornal Nacional, que referia aos erros desse parlamentar no mandato anterior, respondeu: “a gente 
não comete os mesmos erros, porque há tantos erros novos para serem cometidos...”. Como Você 
observou o parlamentar admite que continuará errando apenas não pretende repetir erros já 
cometidos, o que é muito grave, porque o repórter se referia a erros prejudiciais ao povo que o elegeu. 
Quando se lê, considera-se não apenas o que está dito, mas também o que está implícito, isto é, aquilo 
que não está dito, mas que também significando. E o que não está dito pode ser de várias naturezas: 
a) O que não está dito, mas que de certa forma, sustenta o que está dito; 
b) O que está suposto para que se entenda o que está dito; 
c) O sentido que se opõe àquilo que está dito; 
d) Outras maneiras de se dizer o que se disse. 
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Em época de forte repressão, a livre manifestação do pensamento, o direto de contestar e de se 
denunciar se materializam por meio de sentidos implícitos. Foi o que aconteceu no período da ditadura 
militar no Brasil. 
Atento a isso, leia o excerto abaixo, do poemacanção de Chico Buarque, datado de 1984, para 
aprofundar seu conhecimento sobre sentidos implícitos. 
(...) Num tempo 
Página triste da nossa história 
Passagem desbotada na 
memória 
Das nossas novas gerações 
Dormia 
A nossa pátria-mãe tão 
distraída 
Sem perceber que era 
subtraída 
Em tenebrosas transações. 
(...) 
Esperamos que você tenha percebido que os quatro primeiros versos significam o período da ditadura 
militar, entre 1964 e o limiar da década de 80 do século XX, e que os quatro últimos denunciam a 
intensa corrupção ocorrida no referido período. 
Por isso, tem sido cada vez mais frequente o cuidado de “medirmos as palavras”, para evitarmos os 
perigos que advêm dos sentidos literais ou explícitos da língua. O recurso que se tem mostrado mais 
frequente e eficaz parece ser simplesmente o uso dos sentidos implícitos, que conseguem expressar 
aquilo que queremos dizer, mas sem que corramos o risco de ser responsabilizados por aquilo que 
dizemos. 
Não é por acaso que, muitas vezes, pessoas de destaque no grupo social, ao falarem, o fazem de forma 
tão opaca e incompreensível que seu discurso acarreta lacunas no entendimento de seus 
interlocutores. 
Condições De Textualidade 
Para que uma sequência de enunciados seja reconhecida como texto, é preciso que ela forme um todo 
significativo, nas circunstancias de uso em que os enunciados ocorrem. É sobre as condições de 
textualidade, ou seja, aquelas que permitem que você avalie a qualidade do que lê e do que escreve. 
A primeira dessas condições é alcançada com a coerência, isto é, o fator responsável pela unidade de 
sentido; a segunda é a coesão,que permite a harmoniosa articulação entre os diferentes constituintes 
do texto. 
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Textualidade 
Chama-se textualidade ou tecitura ao conjunto de propriedades que qualquer manifestação 
linguística deve possuir para que não seja apenas uma simples sequência de palavras ou frases. 
Contemplamos dois, dentre os fatores responsável pela textualidade de qualquer discurso, juntamente 
os que envolvem os componentes conceitual e linguístico. 
Componentes conceitual e linguístico 
Um texto deve apresentar um conjunto de propriedades decorrentes da relação entre as partes que o 
compõem, de tal modo que, ao final, essa relação resulte em uma unidade de sentido e estabeleça 
uma ligação – nem sempre aparente – entre essas partes. No primeiro caso, manifesta-se a coerência; 
no segundo a coesão. 
Coerência 
A coerência ou conectividade conceitual é a interdependência semântica entre os elementos 
constituintes de um texto, isto é, a relação entre as partes desse texto e que resulta em unidade de 
sentido. A coerência decorre da continuidade do sentido, do compromisso entre as partes que formam 
a macroestrutura (estrutura semântica global do texto) e está ligada à compreensão, possibilidade de 
Interpretação do que dizemos, escrevemos, ouvimos ou lemos. 
Para que a coerência se realize, há três propriedades fundamentais – continuidade ou repetição, não-
contradição e progressão – que serão desenvolvidas a seguir. 
A relação entre o texto e o contexto, entendido este como a unidade maior em que a unidade menor 
está inserida, é relevante para a depressão das relações do sentido que compõem a globalidade do 
texto. Elas devem obedecer a condições cognitivas gerais, satisfazendo às relações lógico-semânticas 
entre estados e coisas, como por exemplo, relações de ordenação temporal, relações de casualidade 
– entre outras. Essas relações podem se manifestar pelo vocabulário, pela combinação dos tempos 
verbais, pela ordem de apresentação de conteúdo, pela adequação dos campos semânticos. 
No texto abaixo, queremos mostrar-lhe como se constrói o sentido de um texto a partir de uma ideia-
chave. Acompanhe com atenção e, ao final, você constatará que, num texto, tudo significa. 
Dentro do planalto: Fome de reforma 
“João Pedro Stédile está afinado com o governo petista. Na semana passada, o líder do MST andou 
pelos corredores do Planalto como se fosse um velho conhecido do austero prédio. Jotapê tenta 
convencer o governo de que R$ 1 bilhão, previsto no Orçamento para o Incra, é pouco para tocar a 
reforma agrária. 
Quer abocanhar parte do capital internacional destinado ao projeto Fome Zero. Reforma agrária, diz, 
é a maneira mais eficaz de combate à fome.” ( Época – 03.02.2003 – p.8). 
Observe que, nesse texto, há uma idéia-chave: João Pedro Stédile. Essa idéiachave, embora não esteja 
expressa no título nem no subtítulo, é uma espéciede “primeiro ponto” para o ato de “tecer o texto”. 
Ela se repete, quer representar por vocábulos diferentes (João Pedro Stédile / o líder do MST / um 
velho conhecido / jotapê), quer representada pelo apagamento do vocábulo que a poderia expressar. 
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Essa mesma ideia-chave é responsável pelas formas verbais em 3ª pessoa do singular (está afinado/ 
andou/ fosse/ tentar convencer/ quer/ diz). Além disso, o seu conhecimento prévio permite que você 
identifique a relação de afinidade entre João Pedro Stédile e governo petista, assim como entre João 
Pedro Stédile / governo petista e entre corredores do Planalto / austero prédio / o governo / fome 
zero /combate à fome. 
A coerência conceitual – macroestrutura ou estrutura semântica – é um dos requisitos fundamentais 
para construção de qualquer texto, quer ele seja literário, jornalístico, científico, jurídico, acadêmico, 
quer seja uma conversão espontânea. 
Coesão 
A coesão pode ser entendida como o modo pelo qual frases ou partes delas se combinam para 
assegurar o desenvolvimento textual, ou seja, é o modo como as palavras estão ligadas entre si, dentro 
de uma sequência, a fim de criar uma relação semântica entre um elemento do texto e outro elemento 
que é fundamental para sua interpretação. 
A coesão – isto é, a articulação – será eficaz quando estabelecer não apenas a ligação de uma ideia a 
outra, mas também que tipo de relação específica se institui a partir desse recurso. A coesão é marcada 
linguisticamente quando, para isso, empregamos nomes, conjunções, pronomes relativos, 
preposições, advérbios, locuções adverbiais, elementos de transição adequados. 
Não há dúvida de que a coesão marcada por elementos linguísticos contribui para conferir coerência 
ao texto. Tais elementos, no entanto, não são nem suficientes nem imprescindíveis para garantila. É 
perfeitamente possível haver textos coerentes que não apresentam elementos coesivos, como no 
parágrafo a seguir, extraído de uma reportagem sobre Di Cavalcanti. 
“Nas vacas magras, ia de cerveja a cachaça. Nunca bêbado. Tinha um poder enorme sobre o copo. 
Bebia, depois deitava, lia, relaxava..” (Veja – julho/1997). 
As quatro orações do período estão separadas por ponto. Embora não haja conectores gramaticais 
explícitos, é fácil perceber de que modo essas orações se combinam para formar uma sequência, pois 
é fácil recuperar os elementos coesivos que não foram expressos. Nada impediria que o autor da 
matéria tivesse escrito o texto assim: 
Nas vacas magras, ia de cerveja a cachaça, porém nunca ficava bêbado, pois tinha um poder enorme 
sobre o corpo, isto é, bebia, depois deitava, lia e relaxava… 
A coesão pode ser estabelecida por elementos que fazem o texto progredir a partir da conexão por 
eles operacionalizada. Esses conectores estabelecem uma relação semântica de acordo com o sentido 
que expressam. 
É pela coesão que se estabelece o nexo entre as partes de um texto. As relações coesivas realizam-se 
por meio de um léxico da língua e suas marcas são fixadas principalmente por elementos da natureza 
gramatical (pronomes, conjunções, preposições, formas verbais), elementos da natureza lexical 
(sinônimos, antônimos, repetições) e por mecanismos sintáticos (subordinação, coordenação, 
ordenação dos vocábulos, das orações). A coesão, como elemento responsável pela textualidade, diz 
respeito a todos os processos de referenciarão ou segmentação que asseguram ou tornam recuperável 
uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual. 
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Intertextualidade 
Assunto comum em provas de concursos, a intertextualidade acontece quando um texto retoma uma 
parte ou a totalidade de outro texto – o texto fonte. Geralmente, os textos fontes são aqueles 
considerados fundamentais em uma determinada cultura. No exemplo dado, compositores brasileiros 
contemporâneos retomam um dos textos mais reverenciados da literatura portuguesa. 
Nos anos 90, Pedro Luis e Fernanda Abreu lançaram a canção “Tudo vale a pena”, cujo refrão diz o 
seguinte: “Tudo vale a pena, sua alma não é pequena”. O mote, na verdade, faz referência ao famoso 
poema “Mar português” (1934), do poeta Fernando Pessoa: 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
Como podemos ver, temos dois textos que, apesar de distantes no tempo e no espaço, dialogam entre 
si. A intertextualidade é exatamente essa relação, uma forma de diálogo entre dois ou mais textos. 
É importante considerar que a intertextualidade pode ocorrer entre textos de mesma natureza ou de 
naturezas diferentes. Como é um conceito amplo e passível de classificações, a intertextualidade pode 
ser classificada em dois tipos principais: intertextualidade explícita e intertextualidade implícita. 
Na intertextualidade explícita ocorre a citação da fonte do intertexto, encontrada principalmente nas 
citações, nos resumos, resenhas e traduções, além de estar presente também em diversos anúncios 
publicitários. Nesse caso, dizemos que a intertextualidade se localiza na superfície do texto, pois alguns 
elementos nos são fornecidos para que identifiquemos o texto fonte. Observe um exemplo: 
 
A intertextualidade, quando explícita, fornece ao leitor diversos elementos que o remetem ao texto 
fonte. 
No anúncio publicitário utilizado no exemplo, há uma forte referência ao texto fonte, facilmente 
identificada pelo leitor através dos elementos fornecidos pela linguagem verbal e pela linguagem não 
verbal. A composição do anúncio nos transporta imediatamente para o filme “Tropa de Elite”, do 
cineasta José Padilha, e isso só é possível em razão do forte apelo popular da produção, que ganhou 
grande projeção em nossa sociedade. 
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Já a intertextualidade implícita ocorre de maneira diferente, pois não há citação expressa da fonte, 
fazendo com que o leitor busque na memória os sentidos do texto. Geralmente está inserida nos textos 
do tipo paródia ou do tipo paráfrase, ganhando espaço também na publicidade. Observe o exemplo: 
 
No anúncio há um elemento verbal que permite a retomada do texto fonte, mas essa inferência 
depende de um conhecimento prévio do leitor: se ele não souber que há uma referência à música 
“Mania de você”, da cantora Rita Lee, provavelmente o texto não será compreendido em sua 
totalidade. 
Portanto, a intertextualidade é um elemento muito importante para a constituição de sentidos do 
texto, colaborando em muito para a coerência textual ao reforçar a ideia de que a competência 
linguística não depende apenas do conhecimento do código linguístico, mas também do conhecimento 
das relações intertextuais. 
A seguir, veremos vários exemplos de intertextualidade, seja em forma de citação, paródia ou 
paráfrase. 
Citação 
 
Esse procedimento intertextual acontece quando um texto reproduz outro texto ou parte dele. Para 
sinalizar que houve a reprodução de outro texto, são utilizados alguns marcadores, como as aspas. 
Dessa forma, o texto deixa claro que o trecho ou o texto citado foi tirado de outra fonte, como no 
exemplo. 
A compreensão adequada de um intertexto depende, naturalmente, do conhecimento do texto fonte. 
Vejamos o outro exemplo abaixo. 
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No exemplo dado, a propaganda buscou inspiração no texto bíblico “Do pó vieste e ao pó voltarás”, 
marcando sua reprodução por meio de aspas. 
Paródia 
A paródia consiste em uma subversão ao texto fonte, recriando-o de maneira satírica ou crítica. 
Dizendo de outra maneira,a paródia ironiza o texto original e inverte seu sentido. “Canção do exílio” 
(1847) é um dos textos mais parodiados da cultura brasileira, exercendo sua influência por várias 
gerações. 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Agora, leia parte da paródia composta pelo humorista e apresentador Jô Soares: 
 
Minha Dinda tem cascatas 
Onde canta o curió 
Não permita Deus que eu tenha 
De voltar pra Maceió. 
Minha Dinda tem coqueiros 
Da Ilha de Marajó 
As aves, aqui, gorjeiam 
Não fazem cocoricó. 
No poema de Gonçalves Dias, do final do século XIX, o eu lírico deseja cantar a saudade que sente de 
sua terra natal, o Brasil, enfatizando seus encantos e belezas naturais. 
O texto de Jô Soares, do final do século XX, desconstrói o sentido do texto original, já que o eu lírico 
quer distância da terra natal, pois prefere as mordomias da Casa da Dinda, como ficou conhecida a 
residência oficial do Presidente da República na época, Fernando Collor de Mello. 
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Através da paródia, Jô Soares faz uma crítica aos escândalos de corrupção do governo, que culminaram 
no processo de “impeachment” do presidente. 
Paráfrase 
Fazer uma paráfrase significa reproduzir as ideias de um texto, só que utilizando outras palavras, 
dentro de uma nova montagem. É o recurso intertextual que se faz presente, por exemplo, em 
resumos, atas e relatórios, que fazem parte do nosso cotidiano Veja um exemplo de paráfrase da tão 
parodiada “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias: 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a “Canção do Exílio”. 
Como era mesmo a “Canção do Exílio”? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que palmeiras 
onde canta o sabiá 
Perceba que o poema “Europa, França e Bahia”, de Carlos Drummond de Andrade, estabelece um 
diálogo com o texto de Gonçalves Dias, mas não tem uma intenção satírica – é uma paráfrase. 
Citação do discurso (direto, indireto, modalização em discurso segundo, ilha textual). 
Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de outrem, pode 
recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como a modalização em discurso segundo, o discurso 
direto, o discurso indireto e a ilha textual. 
MODALIZAÇÃO EM DISCURSO SEGUNDO 
É o modo mais simples e mais direto para o enunciador mostrar que não é responsável por um 
determinado discurso: apenas indica que está se apoiando em um texto alheio. Para tanto, o 
enunciador utiliza-se de determinadas marcas linguísticas, como as apresentadas em destaque nos 
exemplos abaixo. Ex.: Para a antropóloga americana Margaret Mead, a monogamia é o mais difícil dos 
arranjos maritais. Ex.: Uma dieta rica em vegetais, segundo dizem, reduz a chance de se ter vários tipos 
de câncer. Ex.: O que falta aos governos latino-americanos é profissionalismo e inteligência política, 
conforme Caetano Veloso. Ex.: A adolescência, de acordo com fontes bem informadas, começa cada 
vez mais cedo e termina cada vez mais tarde. 
DISCURSO DIRETO 
Nesse tipo de citação, o enunciador se exime de qualquer responsabilidade, por isso, ele reproduz 
literalmente as falas citadas, ou seja, o discurso apresenta-se às vezes como a exata reprodução das 
palavras do enunciador citado. 
Ex.: “Um indivíduo faminto tende a salivar muito mais diante de um prato de comida do que alguém 
com menos fome”, afirma a fisiologista Sara Shammah Lagnado, da Universidade de São Paulo (USP). 
Marcas do discurso direto 
a) O discurso direto vem introduzido por um verbo que anuncia a fala citada. Tais verbos são 
denominados de dizer (dizer, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser colocados 
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antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou no final do discurso 
direto. 
Ex.: O professor esclarece: “Os jovens levam a sério o mundo dos super-heróis, mas não 
completamente”. 
Ex.: – Farei uma farra daquelas – disse o candidato – quando eu passar no vestibular. 
Ex.: – Por que o senhor bebe? – perguntou a repórter. – Eu bebo porque é líquido. Se fosse sólido, eu 
comeria – respondeu malcriado o alcoólatra. 
b) A fala citada aparece nitidamente separada por elementos tipográficos como as aspas, travessões, 
dois-pontos e itálico. 
Ex.: A mulher perguntou ao marido: – Você bebeu? Ex.: A mulher perguntou ao marido: “Você bebeu?” 
Ex.: A mulher perguntou ao marido: Você bebeu? 
A opção pelo discurso direto geralmente está ligada ao gênero do discurso ou às estratégias do 
enunciador de cada texto. Ao escolher esse modo de citação, o enunciador, pode estar, 
particularmente, querendo: 
• Criar imagem de autenticidade do que reproduziu, indicando que as palavras relatadas são 
realmente proferidas; 
• distanciar-se: seja porque o enunciador quer explicitar, por intermédio do discurso direto, sua 
adesão respeitosa ao dito, fazendo ver o desnível entre palavras prestigiosas, irretocáveis e as 
suas próprias palavras (citação de autoridade); seja porque não adere ao que é dito;  
• mostra-se objetivo;  caracterizar a fala relatada, imprimindo-lhe marcas de oralidade 
espontânea, de regionalismos ou até de cacoetes linguísticos (recurso muito utilizado em 
gêneros literários). 3. DISCURSO INDIRETO É o modo de citação do discurso alheio em que o 
enunciador tem uma diversidade de maneiras para traduzir as falas citadas, uma vez que ele 
se utiliza de suas próprias palavras para reproduzir a fala do outro. Ex.: O carnavalesco disse 
que os traficantes não mandam no samba. Marcas do discurso indireto  da mesma forma do 
discurso direto, vem também introduzido por um verbo de dizer;  ao contrário do discurso 
direto, a fala citada é introduzida por meio de uma partícula introdutória: que ou se. A escolha 
do discurso indireto está também ligada ao gênero textual e às estratégias do enunciador em 
cada texto. A imprensa popular, por exemplo, prefere o discurso direto ao indireto. Para um 
público leitor popular, o jornalista privilegia a citação direta. É como se o leitor estivesse 
presente na situação. Para um leitor mais instruído, o jornalista constrói um enunciado que 
fale à inteligência desse público e atrás desse enunciado ele (o jornalista) se apaga. Por isso, 
nesse caso, haverá mais recorrência ao discurso indireto, às ilhas textuais e á modalização em 
discurso segundo. 
ILHA TEXTUAL 
Ilha textual ou ilha enunciativa é uma forma híbrida de citação. Considere os exemplos seguintes: Ex.: 
Vera disse aos prantos que tinha flagrado o marido “papando a empregada”. Ex.: O ladrão confessou 
que tinha roubado para “19ubs as fome dos bruguelo”. Ex.: Segundo o Presidente da República, “é 
necessário que cada posto de gasolina seje fiscalizado”. O enunciador de cada um dos grupos acima 
isolou em itálico e entre aspas um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utiliza e menciona, emprega 
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e cita. Apesar de o fragmento possuir a estrutura do discurso indireto ou da modalização em discurso 
segundo, há neles algumas palavras que são atribuídas aos enunciadores citados. Aqui a ilha é indicada 
pelas aspas e pelo itálico. É o procedimento mais frequente na imprensa. Pode-se também encontrar 
somente as aspas ou somente o itálico. Nesse tipo de citação, as marcas tipográficas permitem verificar 
que essa parte do texto não é assumida pelo enunciador. 
Tipologia Textual: Tipos e Gêneros 
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde com 
“Gêneros Textuais” (gêneros discursivos). 
Querem dizer a mesma coisa? Não. 
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na 
formaoral ou escrita. 
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem regras 
gramaticais, algo mais formal. 
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração a 
finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os gêneros 
textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário, 
palestras, etc 
O que é tipologia textual? 
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras 
gramaticais, dependendo de suas características. 
São as classificações mais clássicas de um texto: 
A narração, a descrição, a dissertação (expositiva e argumentativa), a injunção, a predição e a 
conversacional. 
Narração 
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há 
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos 
cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo 
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 
Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A 
classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa 
abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de 
anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma 
descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se 
agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros 
como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
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Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do 
objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 
Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre 
assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe 
ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos 
científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 
Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, 
além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se 
pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: 
sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. 
Injunção / Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do 
presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para 
montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de 
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que 
existe também o tipo predição. 
Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por 
ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada mais 
é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve personagens, um 
momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo (assunto 
da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa. 
Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante 
nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
Gêneros textuais 
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. 
Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com 
características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em 
situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em 
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nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo 
então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: 
Carta 
Quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao leitor”, tende a ser do tipo dissertativoargumentativo 
com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. 
Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem 
pessoal é mais comum. No caso da “carta denúncia”, em que há o relato de um fato que o autor sente 
necessidade de o expor ao seu público, os tipos narrativos e dissertativoexpositivo são mais utilizados. 
Observe o exemplo de uma carta ao leitor logo abaixo: 
Carta ao leitor 
Nunca te vi, mas sempre te amei 
Por: Martha San Juan França (Diretora de redação) 
De todas as tarefas que fazem parte da rotina de redação de Galileu, a mais prazerosa certamente é 
ler as cartas dos leitores. Os fãs da revista são de fato especiais e suas cartas traduzem isso. São 
criativos, curiosos, observadores e não deixam passar nada. Fazem perguntas tão difíceis quanto 
imprevisíveis. Querem saber de tudo: do monstro do Lago Ness ao Projeto Genoma Humano. E não se 
contentam com respostas pela metade. Ler as dúvidas que aparecem nas cartas, os comentários sobre 
as reportagens passadas e as sugestões de futuras é gratificante para qualquer jornalista. Ainda mais 
para nós, jornalistas de Galileu, que adoramos um bom desafio. 
Felizmente, a revista conta com uma arma secreta para satisfazer tantas pessoas exigentes. Vou 
22ubst.2222s-la agora: Luiz Francisco Senne, nosso secretário de produção, professor de português, 
roqueiro, colecionador de discos de vinil e livros usados, e responsável pelo atendimento aos leitores. 
Kiko, como é muito mais conhecido, sabe também driblar as angústias dos nossos jovens amigos em 
apuros. 
Muitos pedem ajuda a Galileu quando recebem dos professores uma tarefa complicada e não sabem a 
quem recorrer. Kiko responde delicada, mas firmemente: não dá para fazer o trabalho escolar no lugar 
do aluno (é festa agora?). Mas simpatiza com o drama de leitores como este cuja mensagem é 
reproduzida acima: “Vocês não poderiam dar uma dica de como ir bem numa prova de física porque o 
meu cérebro está cansado?” Atendendo ao apelo levado aos repórteres por Kiko, Galileu oferece a seus 
leitores a matéria “Os cientistas alertam: não deveríamos existir”, do editor Marcelo Ferroni. Ela mostra 
que a física pode ser criativa em vez de uma aula chata. Quer ver? 
Propaganda 
É um gênero textual dissertativo expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, 
buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que 
despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Observe na imagem abaixo: 
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www.apostilasmetodo.com.brBula de remédio 
Trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo expositivo e injuntivo que tem por obrigação 
fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento, como no exemplo a seguir. 
 
Receita 
É um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal 
comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado 
o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Observe na imagem a seguir: 
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Reportagem 
É um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, 
informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. 
“Mercado Central de Macapá poderá reabrir em março, prevê prefeitura” 
Lojistas reclamam de transtornos durante demora nas obras de reformas. Prefeitura informou que 
ponto turístico é ampliado e revitalizado. 
Em obras desde novembro de 2015, o Mercado Central de Macapá deverá reabrir em março, prevê a 
prefeitura. O local é um dos principais pontos turísticos da capital e reúne diversos pontos de vendas 
de comidas típicas e artesanatos. 
Essa é a terceira data reabertura. A primeira foi anunciada para maio de 2016 e a segunda para 
setembro do mesmo ano. A obra foi orçada em aproximadamente R$ 2 milhões. 
O investimento é financiado pelo Programa Calha Norte, do Governo Federal, por meio de emenda 
parlamentar, e terá espaços com acessibilidade para pessoas com deficiência, segundo a prefeitura. 
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou além da pintura, consertos na rede elétrica e 
hidráulica e substituição do telhado, novos espaços serão implantados no local, como a ampliação da 
área para lanchonetes, banheiros e a montagem de um palco para atrações culturais. A última reforma 
aconteceu em 2013, quando o prédio completou 60 anos de criação. ” 
História em quadrinhos 
É um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos 
diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Observe o exemplo abaixo: 
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Charge 
É um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, 
com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua 
grande maioria. 
 
Poema 
Trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. 
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo 
de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema 
figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes 
neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o conteúdo capaz de 
transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode ser 
considerado como poético. Assim, quando se aplica a poesia ao gênero poema, resulta-se em um 
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poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um 
filme podem ser assim considerados). 
Veja o exemplo de um poema poético, em Poema da purificação de Carlos Drummond De Andrade: 
Poema da purificação 
Depois de tantos combates 
o anjo bom matou o anjo mau 
e jogou seu corpo no rio 
As água ficaram tintas 
de um sangue que não descorava 
e os peixes todos morreram. 
Mas uma luz que ninguém soube 
dizer de onde tinha vindo 
apareceu para clarear o mundo, 
e outro anjo pensou a ferida 
do anjo batalhador. 
Veja o exemplo de uma prosa poética, em um trecho da obra Iracema de José de Alencar: “O guerreiro 
sem a esposa é como a árvore sem 26ubst. nem 26ubst.: nunca ela verá o fruto; o guerreiro sem amigo 
é como a árvore solitária que o vento açouta no meio do campo: o fruto dela nunca amadurece”. 
Funções da Linguagem 
Para que serve a linguagem? 
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O 
ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o 
que quer, o que faz. 
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona? 
O estudo das funções da linguagem depende de seus fatores principais. Destacamos cada um deles em 
particular: 
Emissor – quem fala ou transmite uma mensagem a alguém 
Receptor – (ou interlocutor) – quem recebe a mensagem 
Mensagem – a informação ou o texto transmitido pelo emissor 
Código – o sistema de sinais que permite acompreensão da mensagem 
Referente – o contexto ou o assunto da mensagem 
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Partindo desses elementos, o linguista russo Roman Jakobson elaborou seus estudos acerca das 
funções da linguagem para a análise e produção de textos. Em todo processo de comunicação, a 
linguagem é expressa de acord com a função que se deseja enfatizar. A multiplicidade da linguagem 
pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir: 
Função emotiva ou expressiva Na função emotiva (ou expressiva), 27ubst.2727sse a linguagem do 
emissor que expressa sentimentos, emoções, avaliações centradas no ”eu” do seu mundo interior. 
Predomina nas cartas pessoais, na poesia confessional, nas resenhas críticas ou nas canções 
sentimentais, assim prevalece o uso da 1ª pessoa. Como no poema a seguir: 
Carlos Drummond de Andrade: Sentimento do mundo 
Tenho apenas duas mãos 
e o sentimento do mundo, 
mas estou cheio de escravos, 
minhas lembranças escorrem 
e o corpo transige 
na confluência do amor. 
 
Quando me levantar, o céu 
estará morto e saqueado, 
eu mesmo estarei morto, 
morto meu desejo, morto 
o pântano sem acordes. 
 
Os camaradas não disseram 
que havia uma guerra 
e era necessário 
trazer fogo e alimento. 
Sinto-me disperso, 
anterior a fronteiras, 
humildemente vos peço 
que me perdoeis. 
Quando os corpos passarem, 
eu ficarei sozinho 
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desfiando a recordação 
do sineiro, da viúva e do microscopista 
que habitavam a barraca 
e não foram encontrados 
ao amanhecer 
esse amanhecer 
mais noite que a noite. 
O poema que você acabou de ler é de autoria de um de nossos maiores poetas, Carlos Drummond de 
Andrade, e ilustra bem a função da linguagem sobre a qual falaremos neste artigo. No poema, que 
integra o livro “Sentimento do mundo”, Drummond posiciona-se em relação ao tema que está 
abordando, expressando seus sentimentos e impressões pessoais. Essas características são próprias 
da função emotiva da linguagem. 
Função Apelativa ou Conativa 
O objetivo da transmissão da mensagem é persuadir ou convencer o receptor. Os textos publicitários 
apresentam essa finalidade: influenciar o comportamento do leitor, 28ubst.28-lo com uma mensagem 
persuasiva. Normalmente, empregam-se verbos no Modo Imperativo, como pronomes e verbos na 2ª 
ou 3ª pessoas. 
 
A publicidade dialoga com seu público-alvo através da linguagem empregada, variando de acordo com 
o tipo de público que pretende atingir. 
Função Poética 
Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, 
jogos de imagem ou de ideias. Desenvolve o sentido conotativo das palavras. Predomina na poesia, 
mas pode ser encontrada em determinadas formas jornalísticas. Por exemplo: 
Serenata sintética – Cassiano Ricardo 
Rua torta 
Lua morta 
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29 
www.apostilasmetodo.com.brTua porta. 
Função Fática 
A intenção é iniciar um contato através de cumprimentos com uma abordagem coloquial – objetiva e 
rápida. Em textos escritos, têm muita importância os recursos gráficos. A função fática tem o objetivo 
de fazer a manutenção do canal de comunicação. Como exemplo: 
 
Função Metalinguística 
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o 
próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro 
texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo: 
Vitória 
Substantivo feminino 1. Ato ou efeito de sair-se vencedor, de triunfar sobre um inimigo, competidor 
ou antagonista; triunfo. 2. Êxito, triunfo, sucesso alcançado. 
Função Referencial 
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e 
circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer 
exposição deconceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se 
refere. 
Observe a notícia publicada pelo G1-Amapá: 
“Protesto contra estrutura precária de escola do Amapá viraliza na internet” 
Estudantes publicaram fotos nas redes sociais em pontos críticos do prédio. Escola estadual Tiradentes 
foi selecionada para modelo de ensino integral 
Uniformizados, estudantes da escola estadual Tiradentes publicaram fotos nas redes sociais em pontos 
críticos do prédio, que se encontra em situação precária, segundo eles. O protesto é para chamar a 
atenção sobre a implantação, diante dos problemas, do modelo de ensino em tempo integral, 
confirmado para 2017 no Amapá. 
A Secretaria de Estado da Educação (SEED) destacou que uma equipe de implantação do programa de 
Educação em Tempo Integral (ETI) realizou uma série de visitas às escolas que terão a nova modalidade 
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de ensino e devem receber reformas. A SEED ressaltou que está aberta ao diálogo com a comunidade 
escolar. 
As fotos foram publicadas na página do grêmio estudantil da escola e alcançaram até o momento mais 
de 2 mil compartilhamentos. Nas imagens, os alunos seguram cartazes com dizeres sobre a situação 
do espaço, na visão de cada aluno, e alertas sobre perigos. ” 
Figuras da Linguagem 
Figuras de Linguagem são recursos especiais usados para dar maior ênfase à comunicação. 
Elas são classificadas em: 
Figuras de Palavras 
Figuras de Pensamento 
Figuras de Sintaxe 
Figuras de Som 
Figuras de Palavras 
As Figuras de Palavras são recursos utilizados para produzir maior expressividade à comunicação. Elas 
consistem na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por 
uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação, uma comparação, uma 
similaridade. 
Metáfora 
A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma 
relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre 
elas certas semelhanças. 
Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não 
aparece. Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. 
Metonímia 
A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita 
afinidade ou relação de sentido. 
Observe os exemplos abaixo: 
a) Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 
b) Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (Não te afastes da religião.) 
Catacrese 
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer 
quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, tomase outro “emprestado”. 
Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. 
Exemplos: 
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“asa da xícara” “batata da perna” 
“maçã do rosto” “pé da mesa” 
“braço da cadeira” “coroa do abacaxi” 
Perífrase 
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, 
ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo: 
A Cidade Maravilhosa ( Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. 
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. 
Exemplos: 
a) O Divino Mestre (Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. 
b) O Poeta dos Escravos (Castro Alves) morreu muito jovem. 
c) Poeta da Vila (Noel Rosa) compôs lindas canções. 
Sinestesia 
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do 
sentido. 
Exemplos: 
a) Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (Grito = auditivo; áspero = tátil) 
b) No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (Silêncio = auditivo; negro = visual) 
Figuras de Pensamento 
As figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias, pensamentos. Dentre as figuras de 
pensamento, as mais comuns são: 
Antítese 
Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de 
palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, 
para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos 
mesmos. Observe os exemplos: 
a) “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa) 
b) O corpo é grande e a alma é pequena. 
c) “Quando um muro separa, uma ponte une.” 
d) “Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores.” (Castro Alves) e) 
Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma. 
 
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Paradoxo 
Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias. Veja 
o exemplo: a) Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem 
dificuldades econômicas. 
Eufemismo 
Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar 
alguma coisa áspera, desagradável ou chocante. 
Exemplos: a) Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (Morreu) 
b) O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (Roubou) 
c) Fernando faltou com a verdade. (Mentiu) 
Ironia 
Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento 
com a intenção de ridicularizá- lo, ou ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve 
ser muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia 
exatamente oposta à desejada pelo emissor. Veja os exemplos abaixo: 
a) Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima! 
b) Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto. 
Hipérbole 
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos: 
a) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. 
b) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac) 
Prosopopeia ou Personificação 
Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características 
humanas a seres não humanos. Observe os exemplos: 
a) As pedras andam vagarosamente. B) O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse. 
Apóstrofe 
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do 
discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da 
mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento 
do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência 
com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos: 
a) Moça, que fazes aí parada? 
b) “PaiNosso, que estais no céu...” c) 
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“Liberdade, Liberdade, 
Abre as asas sobre nós, 
Das lutas, na tempestade, 
Dá que ouçamos tua voz...” (Osório Duque Estrada) 
Gradação 
Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou 
decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. 
Observe este exemplo: 
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões... 
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele 
se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. Nota-se que o pensamento foi 
expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos: 
a) “Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor”. (Olavo Bilac) 
b) “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira). 
Figuras de Sintaxe 
As Figuras de Sintaxe ou Figuras de Construção são utilizadas para modificar um período, ou seja, 
interferem na estrutura gramatical da frase, com o intuito de oferecer maior expressividade ao texto. 
Assim, as figuras de sintaxe operam de diversas maneiras na frase, seja na inversão, repetição ou na 
omissão dos termos. 
Elipse 
Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, 
tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. Exemplos: 
a) Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o 
trabalho, pois estava atrasada.) 
b) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto.) 
Zeugma 
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado 
anteriormente. Exemplos: 
a) Ele gosta de geografia; eu, de português. B) Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só 
móveis modernos. 
Silepse 
Na silepse há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em: 
Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino); 
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Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural; 
Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o 
verbo, que surge na primeira pessoa do plural. 
Exemplos: São Paulo é suja. (silepse de gênero) 
Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número) 
Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse 
de pessoa). 
Hipérbato ou Inversão 
O hipérbato é caraterizado pela inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a construção 
sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento). 
Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que 
na construção sintática usual seria: Manuela estava triste). 
Assíndeto 
Síndeto corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações 
coordenadas. Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência 
de conjunções. Exemplo: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco. 
Polissíndeto 
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa 
(conectivo). Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e falava. 
Anáfora 
A anáfora é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção 
dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia. Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. 
(A repetição do termo “se” enfatiza a condicionalidade que o emissor do discurso quer propor). 
Anacoluto 
O anacoluto altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso. 
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses 
políticos de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje.) 
 
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Pleonasmo 
Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser 
utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento 
das normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem. Exemplo: A noite 
escura da Amazônia. (Note que a noite já pressupõe escuridão.) 
Figuras de Som 
As Figuras de Som ou de Harmonia correspondem a uma categoria das figuras de linguagem associadas 
à sonoridade. Elas valorizam a expressividade do texto, por meio da sonoridade, ou seja, da repetição 
de sons. 
Aliteração 
Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro 
significativo. Exemplos: a) Três pratos de trigo para três tigres tristes. 
b) O rato roeu a roupa do rei de Roma. 
Assonância 
Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. Exemplos: “Sou um mulato nato no 
sentido lato mulato democrático do litoral.” 
Onomatopeia 
Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: 
a) Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. 
b) Miau, miau. (Som emitido pelo gato). 
Variação Linguística 
É um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio das variações 
históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas 
alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e imutável, a língua portuguesa 
ganha diferentes nuances. O português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente do 
português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une, mas as variações podem ser 
consideráveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta. Observe a imagem a 
seguir: 
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As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é 
compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. 
Os diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando tratamos as 
variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua ao 
status. 
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido 
a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: 
Fatores regionais 
É possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região 
sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do 
Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na 
capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado. 
Fatores culturais 
O grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram 
para os diferentes usos da língua. 
Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à 
escola. 
Fatores contextuais 
Nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos 
com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma 
solenidade de formatura. 
Fatores profissionais 
O exercício de algumas atividades requer odomínio de certas formas de língua chamadas línguas 
técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao 
intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, 
biólogos,médicos, linguistas e outros especialistas. 
 
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Fatores naturais 
O uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não 
utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem 
adulta. 
As diferentes variações linguísticas 
De acordo com esses fatores podemos classificar as variações da seguinte forma: 
Variações diafásicas 
São as variações que se dão em função do contexto comunicativo, isto é, a ocasião determina o modo 
como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal. 
Variações históricas 
A língua é dinâmica e sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo de variação histórica é a 
questão da ortografia: a palavra “farmácia” já foi escrita com “ph” (pharmácia). A palavra “você”, que 
tem origem etimológica na expressão de tratamento de deferência “vossa mercê” e que 
setransformou sucessivamente em “vossemecê”,“vosmecê”, “vancê”, até chegar na que utilizamos 
hoje que é, muitas vezes (principalmente na Internet), abreviado para “vc”. 
Variações diatópicas 
Representam as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações regionais, 
denominados dialetos, são as variações referentes a diferentes regiões geográficas, de acordo com a 
cultura local. Um exemplo deste tipo de variação é a palavra “mandioca” que, em certos lugares, 
recebe outras denominações, como “macaxeira” e “aipim”. Nesta modalidade também estão os 
sotaques, ligados às marcas orais da linguagem. 
Variações diastráticas 
São as variações ocorridas em razão da convivência entre os grupos sociais. As gírias, os jargões e o 
linguajar caipira são exemplos desta modalidade de variação linguística. É uma variação social e 
pertence a um grupo específico de pessoas. As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos 
grupos, como os policiais, cantores de rap, surfistas, estudantes, jornalistas, entre outros. 
Já os jargões estão relacionados com as áreas profissionais, caracterizando um linguajar técnico. 
Como exemplo, podemos citar os profissionais da Medicina, os advogados, os profissionais da 
Informática, dentre outros. 
Reescrita de frases: substituição, deslocamento e paralelismo 
Para fazer uma reescrita de frases e parágrafos de um texto, nós devemos ter muita atenção 
na gramática, ou seja, nos erros de pontuação, concordância verbal e nominal, regência verbal 
e nominal, o uso da crase e a colocação pronominal. 
Uma troca de posição da vírgula, por exemplo, pode alterar o sentido da frase. 
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/06/04/pontuacao/
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/07/11/concordancia-verbal-e-nominal/
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/08/21/regencia-verbal-e-nominal/
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/08/21/regencia-verbal-e-nominal/
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/06/06/emprego-do-sinal-indicativo-de-crase/
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/06/25/colocacao-pronominal/
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As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando vocabulários e 
expressões do texto original e a ordem das palavras para que o texto mantenha seu sentido. 
Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras para que o texto não mude de sentido. 
Devemos também prestar atenção no tempo verbal 
A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de trechos de 
textos utilizando: 
Sinônimos, antônimos, locução verbal, verbos por substantivos e vice-versa, voz verbal, 
conectivos de mesmo valor semântico: 
Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes 
Ex.: 
Aquele carro está com problema 
Aquele automóvel está com defeito. 
Antônimos: palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos 
Ex.: 
O homem estava bravo 
O sujeito não estava tranquilo 
 Locução verbal: É a união de verbos com a função de apenas um. 
Ex.: 
Vou ler este livro para meu filho 
Lerei este livro para meu filho 
Verbo por substantivo e vice-versa: Você transforma uma oração verbal em oração nominal 
ou vice-versa. 
Caminhar = caminho 
Resolver = resolução 
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Trabalhar = trabalho 
Estudar = estudos 
Beijar = beijo 
Ex.: 
O trabalho é essencial para a vida 
Trabalhar é essencial para a vida 
 Voz verbal: A voz assumida pelo verbo indica se o sujeito é agente ou paciente da ação. 
Ex.: 
Eu vi a mulher no supermercado 
A mulher foi vista por mim no supermercado 
 Conectivos com mesmo valor semântico 
Os conectivos como conjunção, preposição e advérbio ajudam a dar sentido às orações. 
 Conectivos de adição: Além disso, ainda mais, também, e… 
Conectivos de certeza: Por certo, certamente, com certeza… 
Conectivos de condição: Caso, eventualmente, se. 
Conectivos de conclusão: Em suma, em conclusão, enfim… 
Conectivos de tempo: Enfim, logo, então, logo depois, logo após… 
Dentre outros conectivos. 
Ex.: 
Por certo, eu vencerei esta partida. 
Certamente, eu vencerei esta partida. 
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QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
01. (Fuvest – Primeira Fase) 
 
A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não foi percebido 
antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da tecnologia e da 
capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a 
tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o 
capitalismo monopolista de sua terceira fase. 
 
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado” (que não 
é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma 
carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e 
apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias externas, que 
abrangem quase todo o “resto do mundo”. 
1: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga. 
O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela 
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição; 
II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento; 
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor. 
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto: 
A. “pós-moderna” (L. 1); 
B. “mau uso” (L. 2); 
C. “livre jogo do mercado” (L.6); 
D. “livre” (L. 7); 
E. “resto do mundo” (L. 9). 
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se, respectivamente, em 
a) A, C e E 
b) B, C e D 
c) C, D e E 
d) A, B e E 
e) B, D e A 
 
 
02. (Enem – Segundo Dia) 
 
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que 
colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar 
(1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. 
 
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi 
também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até 
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ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, 
parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.° 99, 2011. 
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, 
depreende-se que 
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possamcompreender seus romances. 
 
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária 
com temática atemporal. 
 
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância 
para a história do Brasil Imperial. 
 
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória 
linguística e da identidade nacional. 
 
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. 
 
03. (Enem – Segundo Dia) 
 
A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um 
dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em 
relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. 
 
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter 
existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos 
quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, 
não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial 
com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. 
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. 
Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir 
o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante 
de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? 
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UF F, n.° 36, 2008. Disponível em: 
www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado). 
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que: 
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica. 
 
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua. 
 
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma. 
 
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos. 
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística. 
http://www.uff/
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04. (UERJ) 
 
“Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.” 
Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a 
conclusões falsas ou improcedentes. 
O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que 
todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde. 
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento: 
a) enumeração incorreta 
b) generalização invertida 
c) representação imprecisa 
d) exemplificação inconsistente 
 
 
05. (ETEC ) 
“Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das 
Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade internacional 
com a promoção da paz e da segurança. 
Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como instrumento 
para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes 
em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como 
forma de intervenção armada.” Acesso em: 26.08.2016. Adaptado. 
Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi criada pelo 
Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). 
De acordo com o texto, essa missão foi criada para: 
a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de 
turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI. 
 
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra infantil nas 
minas onde esse minério é encontrado. 
 
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía drogas 
para todos os países da América Latina. 
 
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal responsável 
pela poluição ambiental no Caribe. 
 
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de obra nas 
plantações de soja e trigo. 
 
 
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06 (Fatec – 1º Semestre – Prova) Leia o texto para responder às questões. 
 
O labirinto dos manuais 
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era 
capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. 
Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, 
tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava 
prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! 
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não 
achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme 
de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. 
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso. 
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não 
consigo botar a campainha de volta! 
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na 
capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada 
instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando 
cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! 
Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*? 
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, 
que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o 
fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. 
O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, 
a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde 
o início do ano! 
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? 
Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho 
realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! 
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado) 
1) Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e centenas de personagens, é 
considerada uma das maiores obras da história da literatura. 
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que 
a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais produtiva do que utilizar celulares e 
computadores. 
 
b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática são 
improdutivos. 
 
c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das qualidades 
prometidas pelo aparelho. 
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d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa assumida 
nos dizeresimpressos na capa. 
 
e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, dessa forma, estes últimos 
entenderiam as funções básicas do equipamento. 
 
2) Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta. 
a) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode ser 
substituído, corretamente, por Fazem. 
 
b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em destaque 
expressa a ideia de exclusão. 
 
c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, 
indicando confusão, incompreensibilidade. 
 
d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído, 
corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada. 
 
e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a ideia de 
comparação. 
 
 
07. (Fuvest – Primeira Fase) 
A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado 
ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são 
solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública 
esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos 
existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências 
sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, 
a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos. 
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.) 
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor 
a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade. 
 
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências. 
 
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”. 
 
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. 
 
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. 
 
 
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08. (Unesp – 1ª fase) 
 
Texto 1 
Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma 
existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma 
mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há 
sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, 
a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram 
todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos 
ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros 
juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos 
outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer 
pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e 
Homero? 
(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.) 
Texto 2 
Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. 
Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro 
funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o 
carro com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral 
Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a 
pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, 
dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares 
acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de 
conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral 
Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro. 
(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.) 
Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que: 
a) embora os dois textos transmitam concepções divergentes acerca da morte, eles tratam de visões 
concernentes à mesma época, a saber, a sociedade atual. 
 
b) sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas entre uma e outra concepção sobre a 
morte. 
 
c) os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes com uma filosofia de forte valorização 
do corpo em detrimento da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível. 
 
d) o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto que o segundo é politeísta. 
 
e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no segundo sugere-se a 
conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo. 
 
 
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09. (Enem) 
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos 
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no 
aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, 
observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 
no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além 
de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão. 
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como 
marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não 
praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento 
emocional das voluntárias. 
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. 
“E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista 
da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos 
os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na 
velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, 
exemplifica Claudia. 
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado). 
Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as 
informações apresentadas no texto indicam que 
a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem 
fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes. 
 
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo 
de alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes. 
 
c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente 
tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico. 
 
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de 
alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes. 
 
e) a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população 
adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica. 
 
 
http://saude/
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10. (UERJ) 
 
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento 
fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que estejasendo acusado. 
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: 
a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo 
b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados 
c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados 
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos 
 
GABARITO 
1. Alternativa A: (A, C e E.) 
2. Alternativa D: a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação 
da memória linguística e da identidade nacional. 
3. Alternativa E: os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição 
linguística. 
4 Alternativa B: generalização invertida. 
5 Alternativa A: restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos 
episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI. 
6 Alternativa B: os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr 
em prática são improdutivos. Alternativa c: Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em 
destaque foi empregado em sentido figurado, indcando confusão, incompreensibilidade. 
7 Alternativa E: utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. 
8 Alternativa E: enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no 
segundo sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo. 
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9 Alternativa A: a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente 
desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os 
adolescentes. 
10 Alternativa C: emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados. 
 
Domínio da Ortografia Oficial 
 
Ortografia 
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. É ela quem ordena 
qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo 
acordos ortográficos. 
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender ortografia é realizar muitos exercícios, 
ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não 
basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de 
etimologia (origem da palavra). 
 Regras ortográficas 
O fonema s 
S e não C/Ç 
palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: 
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / 
aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir 
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / 
consentir – consensual 
SS e não C e Ç 
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos 
terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / 
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - 
opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão. 
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: 
a + simétrico - assimé- trico / re + surgir – ressurgir. 
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse. 
C ou Ç e não S e SS 
• vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. 
• vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju- çara, caçula, cachaça, cacique. 
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• sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, 
empalidecer, carniça, caniço,esperança, carapuça, dentuço. 
• nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / 
reter – retenção. 
• após ditongos: foice, coice, traição. 
• palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): 
• marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção. 
O fonema z 
S e não Z 
• sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos 
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa. 
• sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose. 
• formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. 
• nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir - 
decisão / empreender - empresa / difundir – difusão. 
• diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – 
lapisinho. 
• após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. 
• verbos derivados de nomes cujo radical termina com“s”: anális(e) + ar - analisar / 
pesquis(a) + ar – pesquisar. 
Z e não S 
• sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza 
/ belo – beleza. 
• sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final - 
finalizar / concreto – concretizar. 
• consoante de ligação se o radical não terminar com “s”: 
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal 
Exceção: lápis + inho – lapisinho. 
O fonema j 
G e não J 
• palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. 
• estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. 
• terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem, 
penugem, bege, foge.Exceção: pajem. 
• terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio. 
• verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir. 
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• depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir. 
• depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente. 
J e não G 
• palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. 
• palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,manjerona. 
• palavras terminadas com aje: ultraje. 
O fonema ch 
X e não CH 
• palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro. 
• palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa. 
• depois de ditongo: frouxo, feixe. 
• depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. 
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) 
CH e não X 
• palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, 
• mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. 
As letras “e” e “i” 
• Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra. 
• Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, perdoe, 
tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, 
possui, contribui. 
* Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia 
“i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à 
tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). 
* Dica: 
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de uma palavra, há a possibilidade 
de consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela 
Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de 
dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na Internet, o 
endereço é www.academia.org.br. 
Informações importantes 
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer, 
relampejar/relampear/relampar/relampadar. 
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- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s” 
para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h.Exceção para litro (L): 2 L, 150 L. 
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o 
símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro 
segundos). 
- O símbolo do real antecede o número sem espaço: 
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($) 
Hífen 
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras 
compostas (como ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos 
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no 
fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). 
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica: 
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos 
termos que se unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-
brasileiro, tenente-coronel, segunda- -feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-
ministro, azul-escuro. 
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-
me-quer, abóbora- menina, erva-doce, feijão-verde. 
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-
número, recém-casado. 
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem 
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-demeia, água-de-
colônia, queima-roupa, deus-dará. 
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte RioNiterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto 
e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc. 
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo 
que é iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. 
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-
prefeito. 
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-
graduação, etc. 
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9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, 
etc. 
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por “h”: 
sub-hepático, geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem. 
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a mesma vogal do 
segundo elemento: micro -ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. 
** O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano, 
lobisomem, reabilitar. 
Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso a última palavra a 
ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-
inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-inflamatório” 
(hífen em ambas as linhas). 
Não se emprega o hífen: 
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-
se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, 
contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. 
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo 
inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, 
autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. 
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu 
o “h” inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc. 
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”: 
cooperação, coobriga- ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. 
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol, 
paraquedas, paraquedista, etc. 
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc. - Os 
prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o 
elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado, 
pressuposto, propor. 
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque, 
semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar. 
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma, 
minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda, 
autoelogio, autoestima, radiotáxi. 
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Questões 
 
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com a nova ortografia, 
assinale o item em que todas as palavras estão corretas: 
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. 
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. 
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. 
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. 
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. 
 
1-) Correção: 
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta 
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo 
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom 
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto 
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura 
RESPOSTA: “A”. 
2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS) De acordo com a nova ortografia, assinale 
o item em que todas as palavras estão corretas: 
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. 
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. 
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. 
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. 
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. 
 
2-) Correção: 
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta 
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo 
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C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom 
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto 
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura 
RESPOSTA: “A”. 
 
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/2014) 
 
Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe perfeitamente empregar os 
parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases 
abaixo, 
I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral. 
II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto policial. 
III. O condutor do automóvel __________ a lei seca. 
IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro. 
V. O policial anunciou o __________ delito. 
Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamente as lacunas das frases. 
A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante. 
B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. 
C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante. 
D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante. 
E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. 
 
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3-) Correção: Questão que envolve ortografia. 
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor) 
II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto policial. (= aproximadamente) 
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione com infrator) 
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro. (de grande vulto, volumoso) 
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com “pego no flagra”) 
Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante 
RESPOSTA: “D”. 
Emprego da Acentuação Gráfica 
 
Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm acento gráfico e outrasnão; na 
pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às 
regras! 
Regras básicas – Acentuação tônica 
A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que são pronunciadas as sílabas das 
palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As 
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – 
Belém – atum – caju – papel 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – 
táxi – leque – sapato – passível 
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – 
câmara – tímpano – médico – ônibus. 
Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com 
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos. 
Os acentos 
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que 
estas letras representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras 
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos). 
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, 
timbre fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs . 
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acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes: à – às – àquelas 
– àqueles 
trema ( ̈ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: 
é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller) 
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã 
Regras fundamentais 
Palavras oxítonas: 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do 
plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém. 
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: 
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há 
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, 
recebê-lo, compô-lo 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is: táxi – lápis – júri 
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos 
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa – 
memória 
** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que esta palavra apresenta as 
terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, 
ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! 
 
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Regras especiais: 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados, 
perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras 
paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba 
(céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu. 
 
Acento Diferencial 
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentuação, não se justificariam, mas 
são utilizados para diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos 
verbais. Por exemplo: 
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo do verbo “poder”) X 
pode (presente do Indicativo do mesmo verbo). 
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: terminada em “o” seguida de “r” não 
deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que 
saibamos se se trata de um verbo ou preposição. 
Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados: para (verbo), para (preposição), 
pelo (substantivo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramaticais são definidos 
pelo contexto. 
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, preposição 
(com relação de finalidade). 
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, estaremos trabalhando com 
um verbo, portanto: 
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. / Posso pôr (colocar) meus 
livros aqui? 
 
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Regra do Hiato: 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado 
ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís. 
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, 
n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-
nha, ven-to-i-nha. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, 
pa-ra-cu-u-ba. 
Observação importante: 
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de 
ditongo (nas paroxítonas): 
 
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que 
não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. 
Repare: 
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. 
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! 
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garotos deem o recado! 
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 
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Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde! 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou 
“q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas: 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele 
vem – eles vêm (verbo vir) 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles 
contêm, ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm 
Questões 
 
1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO) 
Assinale a alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra. 
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”. 
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”. 
(C) “Índice” e “dólares”. 
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”. 
(E) “Atribuídos” e “índice”. 
 
Comentários: 
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona 
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona 
(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona 
(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato 
(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona 
RESPOSTA: “B”. 
 
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2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUNDATEC) 
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. 
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo 
palavras da língua portuguesa. 
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma. 
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. 
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de 
número. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I e III. 
B) Apenas II e IV. 
C) Apenas I, II e IV. 
D) Apenas II, III e IV. 
E) I, II, III e IV. 
Comentários: 
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo 
palavras da língua portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) 
II. A regra que explica a acentuaçãodas palavras ‘vá- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é 
paroxítona terminada em ditongo; país é a regra do hiato (correta) 
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, por isso a acentuação (da - í) = 
incorreta. 
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de 
número = “vêm” é utilizado para a terceira pessoa do plural (correta) 
RESPOSTA: “C”. 
 
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Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, 
substituição e repetição, de conectores e outros elementos de sequenciação textual. 
 
Mecanismos de coesão textual 
Dentro de um texto são usadas palavras que se relacionam para dar sentido a ele. Esta relação 
entre as palavras que é feita através de preposições, conjunções, pronomes, advérbios e 
locuções verbais é chamado de coesão textual. 
A coesão textual trata a articulação entre as partes do texto. É a articulação entre as palavras, 
períodos e parágrafos. 
Falar em coesão é falar em endófora e exófora. 
Endófora: Expressão que faz referência a algo que está dentro do texto. 
Ex.: Eu vi o João hoje. Ele estava sentado lá na praça. 
Ele é uma expressão endófora porque está se referindo a outra parte do texto. 
Exófora: Expressão que faz referência a algo que está fora do texto, ou seja, não está no 
mesmo texto. 
Ex.: Você vai se arrepender de ter feito aquilo. Aquilo é uma expressão exófora, por que está 
se referindo a algo que está fora do texto. 
Existem vários elementos (coesão) que ajudam para ter uma coesão textual. 
Tipos de coesão 
Coesão referencial (referenciação/referência) 
É quando um termo é substituído, referindo-se a um outro elemento do texto 
Muitas vezes no decorrer de um texto repetimos várias vezes uma palavra, deixando o texto 
sem coesão. 
Os elementos de referenciação tem como objetivo evitar esta repetição de termos que já 
foram ditos no texto. 
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A referenciação ocorre quando acontece o fenômeno endófora, que é dividida por meio de 
dois movimentos, anáfora (retrospectivo) e catáfora (progressivo) 
Anáfora: expressão que retoma uma ideia anteriormente expressa (retrospectivo). É quando 
um termo que já foi dito é recuperado. 
Ex.: João não quis jogar ontem. Criticá-lo agora, só piora a situação. O “lo” retoma “João” 
A indústria automobilística não cresceu em 2019. Mas apesar disso, ela está otimista para 
2020. 
“Ela” retoma “indústria automobilística”. 
Catáfora: expressão que faz referência a um termo que será citado posteriormente no texto, 
ou sejam antecipa uma expressão posterior do texto. 
Exs.: Só desejamos isto: aumento salarial! “Isto” só é recuperado depois de verificar a 
expressão “aumento salarial” que aparece posteriormente no texto. 
Coesão por substituição 
Baseia-se na substituição de um nome (pessoa, objeto e etc…), verbo ou partes do texto por 
palavras ou expressão que tenha sentido aproximado, evitando a repetição. A coesão por 
substituição emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora. 
Ex.: O Papa Francisco visitou o Brasil em 2013. Sua santidade acenou aos fiéis na praia de 
Copacabana. 
“Papa Francisco” foi substituído por “Sua santidade” 
Outro exemplo é substituir Rio de Janeiro por capital carioca. 
Na substituição também pode ser usadas palavras que retomam outras já faladas, mas dando 
uma nova definição a ela sem que exista uma relação total com esta palavra. 
Ex.: Minha mãe pediu uma pizza de calabresa e eu pedi uma de salaminho. 
Coesão por Conjunção 
Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções. 
Ele estava fraco porque não se alimentou direito. (causa) 
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Ele estava fraco, mas, mesmo assim, terminou a partida (adversidades) 
Coesão por elipse 
Ocorre quando elemento do texto é omitido (retirado) em algum dos contextos em que 
deveria ocorrer, sem comprometer a clareza das ideias e assim evitando a repetição. 
Ex.: 
– João vai comprar a bicicleta? 
– Sim! 
Omitiu o sujeito João, mas o texto continuou com clareza. 
Cristina está fazendo o café e, ao mesmo tempo, assiste ao filme 
Se não tivesse omitido Cristina na segunda expressão ficaria assim: 
Cristina está fazendo café e, ao mesmo tempo, Cristina assiste ao filme. 
Coesão Lexical: 
Coesão lexical por repetição (reiteração) 
Emprega palavras repetidas com o objetivo de realçar ou reforçar uma ideia. Pode ser usado 
a mesma palavra, sinônimos, antônimos, hiperônimos ou expressões nominais definidas 
Ex.: Questionar não é duvidar, questionar é querer saber mais! 
Paris, a cidade-luz, continua linda. 
Coesão lexical por substituição: Substitui termos por outro sem perder o sentido. Pode ser 
usado sinônimo, antônimo ou hiperônimo. 
Ex.: O seu cavalo é muito bonito. Onde você comprou este equino? 
Coesão sequencial 
Para a coesão sequencial, são usados conjunções, conectivos e expressões que dão 
continuidade aos assuntos e ligam as orações para que possam ser articuladas e relacionadas. 
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A coesão textual usa expressões que são responsáveis pela coesão sequencial nos textos. 
Adição/inclusão: Além disso, também, até; é certo que… 
Oposição: Todavia, mas, porém… 
Afirmação/igualdade: Na verdade, realmente… 
Exclusão: Senão, apenas, exceto… 
Enumeração: A princípio, em… 
Explicação: Como vimos, portanto, isto é, por exemplo… 
Conclusão: Por fim, finalmente, em última análise… 
Continuação: No geral, por sua vez… 
Coesão textual: Conectores principais 
 
 
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Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 
 
Emprego de tempos verbais: 
Seria o tempo verbal, ou seja, se o verbo indica algo que já realizou, está realizando ou se 
ainda realizará. 
Temos três tempos verbais: 
Passado ou pretérito, presente e futuro. 
Pretérito ou passado: Aconteceu antes do instante que se fala. 
Ex.: Ontem fui à academia mais cedo. 
Presente: Acontece no instante da fala 
Ex.: Eu treino nesta academia 
Futuro: Acontecerá depois do instante da fala. 
Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas 
 
O pretérito pode ser: 
Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente 
Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã. 
 
Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente. 
Ex.: Ele conversava muito durante a aula. 
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Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também passado e 
terminado. 
Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído 
 
O futuro pode ser: 
 
Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de 
outro fato futuro. 
Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela. 
 
Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato passado. 
Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias. 
 
Emprego de modos verbais: 
 
Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato. 
Ex.: Eu gosto de feijoada. 
Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato 
Ex.: Talvez eu viaje no final de semana. 
Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação 
Ex.: Não jogue bola agora. 
 
NÃO PERCA!! APOSTILA IBAMA 2021 
https://www.novaconcursos.com.br/apostila/ibama-pdf-tecnico-ambiental?acc=e17fd08cb4fe1270d4e0495766131f05
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APOSTILA CONCURSO PM-AL 2021 IMPERDÍVEL 
APOSTILA OPÇÃO IBAMA 2021 
Formas nominais do verbo: 
O verbo pode terfunções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio. 
 
Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e vago. 
Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc.. 
Ex.: É preciso amar 
Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar 
determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação 
for correspondente. 
Eu pedi para as crianças lerem mais. 
1ª pessoa do singular: sem desinências (eu) 
estudar (1ª conjugação) 
aprender (2ª conjugação) 
partir (3ª conjugação) 
2ª pessoa do singular: Radical + ES (tu) 
estudar + es 
aprenderes 
partires 
3ª pessoa do singular: sem desinências (eles) 
estudar 
aprender 
https://www.apostilasopcao.com.br/apostila/pm-am-pdf-soldado-policia-militar-masculino-feminino?afiliado=13148
https://www.apostilasopcao.com.br/apostila/ibama-pdf-tecnico-ambiental?afiliado=13148
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partir 
1ª pessoa do plural: Radical + MOS (nós) 
estudar + mos 
aprendermos 
partirmos 
2ª pessoa do plural: Radical + DES (vós) 
estudar + des 
aprenderdes 
partirdes 
3ª pessoa do plural: Radical + EM (eles) 
estudar + em 
aprenderem 
partirem 
 
Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que 
se fala. 
Ex.: eu estou falando com você 
Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo) 
Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio). 
 
Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e 
grau. È usado na formação dos tempos compostos. 
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O João tem dormido cedo nas últimas semanas. 
 
 
Pontuação 
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual, 
além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto escrito adquire diferentes 
significados quando pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação depende, em certos 
momentos, da intenção do autor do discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente 
relacionados ao contexto e ao interlocutor. 
Principais funções dos sinais de pontuação 
Ponto (.) 
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encerrando o período. 
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Companhia). Se a palavra abreviada aparecer em final 
de período, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca, também, o fim 
de período. Exemplo: 
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não “etc..”) 
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do ponto, assim como após o nome do autor de uma 
citação: 
Haverá eleições em outubro 
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) 
4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto nem devem ter espaço a separá-los, bem 
como os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 
Ponto e Vírgula ( ; ) 
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; 
os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito 
dão pelo pão a alma...” (VIEIRA). 
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; 
outros, montanhas, frio e cobertor. 
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc. 
Ir ao supermercado; 
Pegar as crianças na escola; 
Caminhada na praia; 
Reunião com amigos. 
Dois pontos (:) 
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1- Antes de uma citação 
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: 
2- Antes de um aposto 
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento 
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre. 
4- Em frases de estilo direto 
Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão? 
Ponto de Exclamação (!) 
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. Sim! Claro que eu quero me 
casar com você! 
2- Depois de interjeições ou vocativos 
Ai! Que susto! 
João! Há quanto tempo! 
Ponto de Interrogação (?) 
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. 
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) 
Reticências (...) 
1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis, canetas, cadernos... 
2- Indica interrupção violenta da frase. 
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” 
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: 
Este mal... pega doutor? 
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa, depois, o coração falar... 
Vírgula (,) 
Não se usa vírgula: 
* separando termos que, do ponto de vista sintático, 
ligam-se diretamente entre si: 
 
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Usa-se a vírgula: 
- Para marcar intercalação: 
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. 
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de 
alimentos. 
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, 
isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. 
- Para marcar inversão: 
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): 
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. 
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: 
Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. 
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. 
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): 
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. 
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: 
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. 
- Para isolar: 
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. 
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. 
Observações: 
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão latina et cetera, que significa “e outras 
coisas”, seria dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo ortográfico em vigor no 
Brasil exige que empreguemos etc. Precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. 
- As perguntas que denotam surpresa podem ter combinados o ponto de interrogação e o de 
exclamação: Você falou isso para ela?! 
- Temos, ainda, sinais distintivos: 
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1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separação de siglas (IOF/UPC); 
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira 
opção aos parênteses, principalmente na matemática; 
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma nota de rodapé ou no fim do livro, para 
substituir um nome que não se quer mencionar. 
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Questões 
 
1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) 
 
 
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em: 
A) Hagar disse, que não iria. 
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e lagostas, aos vizinhos. 
C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Hagar e Helga 
D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à Helga. 
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas. 
 
Comentários: 
A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto)B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre 
verbo e seu complemento (objeto) 
C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar e Helga. 
D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Helga. 
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas. 
RESPOSTA: “E”. 
 
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2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE) 
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em 
todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1), 
predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações. Exemplos: 
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! 
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 
RESPOSTA: “CERTO”. 
 
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB) Em apenas uma das opções a vírgula foi corretamente 
empregada. Assinale-a. 
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. 
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. 
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas. 
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental. 
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. 
Comentários: 
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta 
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se 
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). 
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas = não se separa sujeito do predicado. 
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental = não se separa sujeito do predicado. 
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. = não se separa sujeito 
do predicado 
RESPOSTA: “A” 
 
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Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República): 
aspectos gerais da redação oficial; finalidade dos expedientes oficiais; adequação da 
linguagem ao tipo de documento; adequação do formato do texto ao gênero. 
 
Conceito 
Entende-se por Redação Oficial o conjunto de normas e práticas que devem reger a emissão 
dos atos normativos e comunicações do poder público, entre seus diversos organismos ou nas 
relações dos órgãos públicos com as entidades e os cidadãos. 
A Redação Oficial inscreve‑se na confluência de dois universos distintos: a forma rege‑se pelas 
ciências da linguagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o conteúdo submete‑se 
aos princípios jurídico‑administrativos impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas 
esferas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação Oficial deve ter as qualidades e 
características exigidas do texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, clara, 
correta e eficaz. 
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder público, essa modalidade de redação ou 
de texto subordina‑se aos princípios constitucionais e administrativos aplicáveis a todos os 
atos da administração pública, conforme estabelece o artigo 37 da Constituição Federal: 
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eifciência ( ... )”. 
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem convergir na produção dos textos dessa 
natureza, razão pela qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. Indicam‑se, a 
seguir, alguns pressupostos de como devem ser redigidos os textos oficiais. 
 
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Padrão culto do idioma 
A redação oficial deve observar o padrão culto do idioma quanto ao léxico (seleção vocabular), 
à sintaxe (estrutura gramatical das orações) e à morfologia (ortografa, acentuação gráfica 
etc.). 
Por padrão culto do idioma deve‑se entender a língua referendada pelos bons gramáticos e 
pelo uso nas situações formais de comunicação. Devem‑se excluir da Redação Oficial a 
erudição minuciosa e os preciosismos vocabulares que criam entraves inúteis à compreensão 
do significado. Não faz sentido usar “perfunctório” em lugar de “superficial” ou “doesto” em 
vez de “acusação” ou “calúnia”. São descabidos também as citações em língua estrangeira e 
os latinismos, tão ao gosto da linguagem forense. Os manuais de Redação Oficial, que vários 
órgãos têm feito publicar, são unânimes em desaconselhar a utilização de certas formas 
sacramentais, protocolares e de anacronismos que ainda se leem em documentos oficiais, 
como: “No dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”, que 
permanecem nos registros cartorários antigos. 
Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialismos, neologismos, regionalismos, bordões 
da fala e da linguagem oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas comuns na 
comunicação eletrônica. 
Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jornalísticos ou artísticos, a Redação Oficial 
não visa ao efeito estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe uniformidade, 
sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de se obter a maior compreensão possível com 
o mínimo de recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob forma poética, 
sentenças e despachos escritos em versos rimados pertencem ao “folclore” 
jurídico‑administrativo e são prática inaceitáveis nos textos oficiais. São também inaceitáveis 
nos textos oficiais os vícios de linguagem, provocados por descuido ou ignorância, que 
constituem desvios das normas da língua‑padrão. Enumeram‑se, a seguir, alguns desses 
vícios: 
 
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- Barbarismos: São desvios: 
‑ da ortografa: “advinhar” em vez de adivinhar; “excessão” em vez de exceção. 
‑ da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica. 
‑ da morfologia: “interviu” em vez de interveio. 
‑ da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez de despercebido (não percebido, sem 
ser notado). 
‑ pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do francês): “mise‑en‑scène” em vez de 
encenação; anglicismo (do inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio. 
- Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões ana‑ crônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em 
vez de ligeira, de pressa. 
- Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma das de acordo com o sistema morfológico 
da língua, ainda não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez de imóvel, que 
não se pode mexer; “talqualmente” em vez 
de igualmente. 
- Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser: 
‑ de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de sobraram. 
‑ de regência: os comerciantes visam apenas “o lucro” em vez de ao lucro. 
‑ de colocação: “não tratava‑se” de um problema sério em vez de não se tratava. 
- Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O desconhecido falou‑me de sua mãe. 
(Mãe de quem? Do desconhecido? Do interlocutor?) 
- Cacófato: Som desagradável, resultante da junção de duas ou mais palavras da cadeia da 
frase. Ex.: Darei um prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada e porcada). 
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente redundante. Exemplos: As pessoas pobres, que 
não têm dinheiro, vivem na miséria; os moralistas, que se preocupam com a moral, vivem 
vigiando as outras pessoas. 
A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador linguístico dotado de um repertório 
vocabular e de uma articulação verbal minimamente compatíveis com o registro médio da 
linguagem.Nesse sentido, deve ser um texto neutro, sem facilitações que intentem suprir as 
deficiências cognitivas de leitores precariamente alfabetizados. 
Como exceção, citam‑se as campanhas e comunicados destinados a públicos específicos, que 
fazem uma aproximação com o registro linguístico do público‑alvo. Mas esse é um campo que 
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refoge aos objetivos deste material, para se inserir nos domínios e técnicas da propaganda e 
da persuasão. 
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao nível de compreensão de leitores 
precariamente equipados quanto à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabetização e a 
capacidade de apreensão de enunciados são condições inerentes à cidadania. Ninguém é 
verdadeiramente cidadão se não consegue ler e compreender o que leu. O domínio do idioma 
é equipamento indispensável à vida em sociedade. 
Impessoalidade e Objetividade 
Ainda que possam ser subscritos por um ente público (funcionário, servidor etc.), os textos 
oficiais são expressão do poder público e é em nome dele que o emissor se comunica, sempre 
nos termos da lei e sobre atos nela fundamentados. 
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do “eu” enunciador, de suas impressões 
subjetivas, sentimentos ou opiniões. Mesmo quando o agente público manifesta‑se em 
primeira pessoa, em formas verbais comuns como: declaro, resolvo, determino, nomeio, 
exonero etc., é nos termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que exerce que se 
identifica e se manifesta. 
O que interessa é aquilo que se comunica, é o conteúdo, o objeto da informação. A 
impessoalidade contribui para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade da 
linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria suscetível de inúmeras interpretações. 
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O adjetivo, ao qualificar, exprime opinião 
e evidencia um juízo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a pontuação 
expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que 
funcionam como índices do envolvimento emocional do redator com aquilo que está 
escrevendo. 
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o estilo individual é estimulado e serve 
como diferencial das qualidades autorais, a função pública impõe a despersonalização do 
sujeito, do agente público que emite a comunicação. São inadmissíveis, portanto, as marcas 
individualizadoras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a elíptica e alusiva. A 
Redação Oficial prima pela denotação, pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda 
que essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática” ao discurso. Reafirma‑se que 
a intermediação entre o emissor e o receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, 
dentro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”, referendada pelas gramáticas, 
dicionários e pelo uso em situações formais, acima das diferenças individuais, regionais, de 
classes sociais e de níveis de escolaridade. 
Formalidade e Padronização 
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As comunicações oficiais impõem um tratamento polido e respeitoso. Na tradição 
ibero‑americana, afeita a títulos e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua 
posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de tratamento sacramentais. 
“Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”, “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em 
algumas instâncias do poder, tornaram‑se inevitáveis. Entenda‑se que essa solenidade tem 
por consideração o cargo, a função pública, e não a pessoa de seu exercente. 
Vale lembrar que os pronomes de tratamento são obrigatoriamente regidos pela terceira 
pessoa. São erros muito comuns construções como “Vossa Excelência sois bondoso(a)”; o 
correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”. 
A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com que os textos oficiais procuravam 
revestir‑se de um tom solene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrônica e 
pedante, salvo em algumas peças oratórias envolvendo tribunais ou juízes, herdeiras, no 
Brasil, da tradição retórica de Rui Barbosa e seus seguidores. 
Outro aspecto das formalidades requeridas na Redação Oficial é a necessidade prática de 
padronização dos expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação, espaçamento, 
caracteres tipográfcos etc., os modelos inevitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso 
e outros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o andamento burocrático, os 
despachos e o arquivamento. 
É também por essa razão que quase todos os órgãos públicos editam manuais com os modelos 
dos expedientes que integram sua rotina burocrática. A Presidência da República, a Câmara 
dos Deputados, o Senado, os Tribunais Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos e documentos que lhes são 
pertinentes. 
Concisão e Clareza 
Houve um tempo em que escrever bem era escrever “difícil”. Períodos longos, subordinações 
sucessivas, vocábulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enumerações, 
gradações, repetições enfáticas já foram considerados virtudes estilísticas. Atualmente, a 
velocidade que se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao ler, tornou esses 
recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, 
ou seja, a eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação Oficial, mas da própria 
literatura. Basta observar o estilo “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carlos Drummond de 
Andrade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan, mestres da linguagem altamente 
concentrada. 
Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e “exórdios” que se repetiam como 
ladainhas nos textos oficiais, como o exemplo risível e caricato que segue: 
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“Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se faz que nos valhamos do ensejo para 
congratularmo‑nos com Vossa Excelência pela oportunidade da medida proposta à apreciação 
de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde servidor público, para abordar questões de 
tamanha complexidade, a respeito das quais divergem os hermeneutas e exegetas. 
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das causas primeiras, que fundamentaram 
a proposição tempestivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispensável se faz uma 
abordagem preliminar dos antecedentes imediatos, posto que estes antecedentes 
necessariamente antecedem os consequentes”. 
Observe que absolutamente nada foi dito ou informado. 
As Comunicações Oficiais. 
A redação das comunicações oficiais obedece a preceitos de objetividade, concisão, clareza, 
impessoalidade, formalidade, padronização e correção gramatical. 
Além dessas, há outras características comuns à comunicação oficial, como o emprego de 
pronomes de tratamento, o tipo de fecho (encerramento) de uma correspondência e a forma 
de identificação do signatário, conforme define o Manual de Redação da Presidência da 
República. Outros órgãos e instituições do poder público também possuem manual de 
redação próprio, como a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações 
Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciário etc. 
Pronomes de Tratamento 
A regra diz que toda comunicação oficial deve ser formal e polida, isto é, ajustada não apenas 
às normas gramaticais, como também às normas de educação e corte‑ sia. Para isso, é 
fundamental o emprego de pronomes de tratamento, que devem ser utilizados de forma 
correta, de acordo com o destinatário e as regras gramaticais. 
Embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa 
Senhoria), a concordância é feita em terceira pessoa.Apostila Concurso IFPA 2021 
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Concordância verbal: 
Vossa Senhoria falou muito bem. 
Vossa Excelência vai esclarecer o tema. 
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião. 
Concordância pronominal: 
Pronomes de tratamento concordam com pronomes possessivos na terceira pessoa. 
Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vosso...”) 
Concordância nominal: 
Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a que se refere o pronome de 
tratamento. 
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem) 
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher) 
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem) 
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher) 
Sua Excelência ‑ de quem se fala (ele/ela). 
Vossa Excelência ‑ com quem se fala (você) 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação da Presidência da República. 
Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as seguintes autoridades: 
‑ Do Poder Executivo - Presidente da República; Vice‑presidente da República; Ministros de 
Estado; Governadores e vice‑governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais generais 
das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários‑executivos de Ministérios e demais 
ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais. 
‑ Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da 
União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
‑ Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; 
Auditores da Justiça Militar. 
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Vocativos 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de poder é Excelentíssimo 
Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente 
do Supremo Tribunal Federal. 
As demais autoridades devem ser tratadas com o vocativo Senhor ou Senhora, seguido do 
respectivo cargo: 
Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora Juíza; Senhor Ministro / Senhora 
Ministra; Senhor Governador / Senhora Governadora. 
Endereçamento 
De acordo com o Manual de Redação da Presidência, no envelope, o endereçamento das 
comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter a seguinte 
forma: 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado da Justiça 
70064‑900 ‑ Brasília. DF 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Senador Fulano de Tal 
Senado Federal 
70165‑900 ‑ Brasília. DF 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível 
Rua ABC, nº 123 
01010‑000 ‑ São Paulo. SP 
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Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em comunicações oficiais, está abolido o uso 
do tratamento digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignidade é pressuposto 
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação”. 
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado para as demais autoridades e para 
particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal. 
No envelope, deve constar do endereçamento: 
Ao Senhor 
Fulano de Tal 
Rua ABC, nº 123 
70123‑000 – Curitiba.PR 
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em comunicações oficiais “fica dispensado o 
emprego do superlativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa 
Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. O Manual 
também esclarece que “doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico”. Por isso, 
recomenda‑se empregá‑lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham 
concluído curso de doutorado. No entanto, ressalva‑se que “é costume designar por doutor 
os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina”. 
Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigido a reitores de universidade. 
Corresponde‑lhe o vocativo: Magnífico Reitor. 
Vossa Santidade: É o pronome de tratamento empregado em comunicações dirigidas ao Papa. 
O vocativo cor‑ respondente é: Santíssimo Padre. 
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: São os pronomes empregados em 
comunicações dirigidas a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentíssimo Senhor 
Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal. 
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades eclesiásticas são usados: Vossa 
Excelência Reverendíssima (para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vossa 
Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos e superiores religiosos); Vossa 
Reverência (para sacerdotes, clérigos e demais religiosos). 
Fechos para Comunicações 
De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das comunicações oficiais “possui, além da 
finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o fecho é a maneira 
de quem expede a comunicação despedir‑se de seu destinatário. 
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Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do atual Manual de Redação da Presidência 
da República, havia 15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual simplificou a 
lista e reduziu‑os a apenas dois para todas as modalidades de comunicação oficial. São eles: 
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive o presidente da República. 
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 
“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que 
atenderem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do 
Ministério das Relações Exteriores”, diz o Manual de Redação da Presidência da República. 
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atenciosamente” é recomendada para os 
mesmos casos pelo Manual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros manuais 
oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou informais ficam a critério do remetente, 
com preferência para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a correspondência de forma 
polida e sucinta. 
Identificação do Signatário 
Conforme o Manual de Redação da Presidência do República, com exceção das comunicações 
assinadas pelo presidente da República, em todas as comunicações oficiais devem constar o 
nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo de sua assinatura. A forma da 
identificação deve ser a seguinte: 
(espaço para assinatura) 
Nome 
Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República 
(espaço para assinatura) 
Nome 
Ministro de Estado da Justiça 
“Para evitar equívocos, recomenda‑se não deixar a assinatura em página isolada do 
expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”, alerta o 
Manual. 
Padrões e Modelos 
O Padrão Ofício 
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O Manual de Redação da Presidência da República lista três tipos de expediente que, embora 
tenham finalidades diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e Memorando. A 
diagramação proposta para esses expedientes é denominada padrão ofício. 
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as seguintes partes: 
- Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. Exemplos: 
Of. 123/2002‑MME 
Aviso 123/2002‑SG 
Mem. 123/2002‑MF 
- Local e data. Devem vir por extenso com alinhamento à direita. Exemplo: 
Brasília, 20 de maio de 2011 
- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos: 
Assunto: Produtividade do órgão em 2010. 
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. 
-Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do 
ofício, deve ser incluído também o endereço. 
- Texto. Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente 
deve conter a seguinte estrutura: 
Introdução: que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto 
que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, 
“Cumpre‑me informar que”, empregue a forma direta; 
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre 
o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à 
exposição; 
Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada 
sobre o assunto. 
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam 
organizados em itens ou títulos e subtítulos. 
Quando se tratar de mero encaminhamento de documentos, a estrutura deve ser a seguinte: 
Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a 
remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da 
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comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento 
encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual 
está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula: 
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 2011, encaminho, anexa, cópia do Ofício 
nº 34, de 3 de abril de 2010, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição 
do servidor Fulano de Tal.” 
ou 
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama nº 112, de 11 de 
fevereiro de 2011, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de 
projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.” 
Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do 
documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso 
contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero 
encaminhamento. 
‑ Fecho. 
‑ Assinatura. 
‑ Identificação do Signatário 
Forma de Diagramação 
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação: 
‑ deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas 
citações, e 10 nas notas de rodapé; 
‑ para símbolos não existentes na fonte Times New Roman, poder‑se‑ão utilizar as fontes 
symbol e Wíngdings; 
‑ é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; 
‑ os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. 
Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares 
(“margem espelho”); 
‑ o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda; 
‑ o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo 3,0 cm de largura; 
‑ o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 
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‑ deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, 
ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; 
‑ não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, 
sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a 
sobriedade do documento; 
‑ a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida 
deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; 
‑ todos os tipos de documento do padrão ofício devem ser impressos em papel de tamanho 
A‑4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; 
‑ deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de 
texto; 
‑ dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto 
preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; 
‑ para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: 
tipo do documento + número do documento + palavras‑chave do conteúdo. Exemplo: 
“Of. 123 ‑ relatório produtividade ano 2010” 
Aviso e Ofício (Comunicação Externa) 
São modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles 
é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma 
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm 
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública 
entre si e, no caso do ofício, também com particulares. 
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do 
vocativo, que invoca o 
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Senhora Ministra, 
Senhor Chefe de Gabinete, 
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: 
‑ nome do órgão ou setor; 
‑ endereço postal; 
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‑ telefone e endereço de correio eletrônico. 
Obs: Modelo no final da matéria. 
Memorando ou Comunicação Interna 
O Memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo 
órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata‑se, 
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. 
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, 
ideias, diretrizes etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público. 
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão 
deve pautar‑se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. 
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao 
memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha 
de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, 
assegurando maior transparência a tomada de decisões, e permitindo que se historie o 
andamento da matéria tratada no memorando. 
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que 
seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos. 
Obs: Modelo no final da matéria. 
Exposição de Motivos 
É o expediente dirigido ao presidente da República ou ao vice‑presidente para: 
‑ informá‑lo de determinado assunto; 
‑ propor alguma medida; ou 
‑ submeter a sua consideração projeto de ato normativo. 
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de 
Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de 
motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, 
chamada de interministerial. 
Formalmente a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício. De acordo com 
sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha 
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caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta 
projeto de ato normativo. 
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao 
conhecimento do Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para 
o padrão ofício. 
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente da República a sugestão 
de alguma medida a ser adotada ou a que lhe apresente projetode ato normativo, embora 
sigam também a estrutura do padrão ofício, além de outros comentários julgados pertinentes 
por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar: 
‑ na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medida ou do ato normativo 
proposto; 
‑ no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para 
se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes para equacioná‑lo; 
‑ na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser 
editado para solucionar o problema. 
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos, devidamente 
preenchido, de acordo com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº 4.1760, de 
28 de março de 2010. 
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão equivalente) nº 
______, de ____ de ______________ de 201_. 
‑ Síntese do problema ou da situação que reclama providências; 
‑ Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta; 
‑ Alternativas existentes às medidas propostas. Mencionar: 
‑ se há outro projeto do Executivo sobre a matéria; 
‑ se há projetos sobre a matéria no Legislativo; 
‑ outras possibilidades de resolução do problema. 
‑ Custos. Mencionar: 
‑ se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não, quais as 
alternativas para custeá‑la; 
‑ se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não, quais as 
alternativas para custeá‑la; 
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‑ valor a ser despendido em moeda corrente; 
‑ Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for medida 
provisória ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência). Mencionar: 
‑ se o problema configura calamidade pública; 
‑ por que é indispensável a vigência imediata; 
‑ se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos; 
‑ se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista. 
‑ Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato ou medida proposta possa vir a tê‑lo) 
‑ Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto; 
‑ Síntese do parecer do órgão jurídico. 
Com base em avaliação do ato normativo ou da medida proposta à luz das questões 
levantadas no item 10.4.3. 
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode acarretar, a critério da Subchefe para 
Assuntos Jurídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que se 
complete o exame ou se reformule a proposta. 
O preenchimento obrigatório do anexo para as exposições de motivos que proponham a 
adoção de alguma medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade: 
‑ permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca resolver; 
‑ ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do problema e dos defeitos que pode 
ter a adoção da medida ou a edição do ato, em consonância com as questões que devem ser 
analisadas na elaboração de proposições normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) 
‑ conferir perfeita transparência aos atos propostos. 
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas na elaboração de atos 
normativos no âmbito do Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo 
complementam‑se e formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação profunda 
e direta de toda a situação que está a reclamar a adoção de certa providência ou a edição de 
um ato normativo; o problema a ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus 
efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de motivos fica, assim, 
reservado à demonstração da necessidade da providência proposta: por que deve ser adotada 
e como resolverá o problema. 
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Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal (nomeação, promoção, ascenção, 
transferência, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução, remoção, 
exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, aposentadoria), não é necessário o 
encaminhamento do formulário de anexo à exposição de motivos. 
Ressalte‑se que: 
‑ a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico não dispensa o encaminhamento 
do parecer completo; 
‑ o tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos pode ser alterado de acordo com 
a maior ou menor extensão dos comentários a serem alí incluídos. 
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que a atenção aos requisitos básicos 
da Redação Oficial (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do 
padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é a principal 
modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos Ministros. 
Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder 
Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte. 
Mensagem 
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente 
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar 
sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de 
sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação 
de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja 
de interesse dos poderes públicos e da Nação. 
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da República, a 
cujas assessorias caberá a redação final. 
Telegrama 
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a 
receber o título de telegrama toda comunicação ofcial expedida por meio de telegrafa, telex 
etc. Por se tratar de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e 
tecnologicamente superada, deve restringir‑se o uso do telegrama apenas àquelas situações 
que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua 
utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve 
pautar‑se pela concisão. 
Não há padrão rígido, devendo‑se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas 
agências dos Correios e em seu sítio na Internet. 
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Obs: Modelo no final da matéria. 
Fax 
O fax (forma abreviada já consagrada de fac‑símile) é uma forma de comunicação que está 
sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de 
mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há 
premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando 
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe. 
Se necessário o arquivamento, deve‑se fazê‑lo com cópia xerox do fax e não com o próprio 
fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente. 
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É 
conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, isto é, de 
pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada. 
Correio Eletrônico 
O correio eletrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou‑se na principal 
forma de comunicação para transmissão de documentos. 
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não 
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso de 
linguagem incompatível com uma comunicação oficial. 
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de 
modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich 
Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu 
conteúdo. 
Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja 
disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento. 
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor 
documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir 
certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. 
Apostila 
É o aditamento que se faz a um documento com o objetivo de retificação, atualização, 
esclarecimento ou fixar vantagens, evitando‑se assim a expedição de um novo título ou 
documento. Estrutura: 
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‑ Título: APOSTILA, centralizado. 
‑ Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimento, atualização ou fixação da vantagem, 
com a menção, se for o caso, onde o documento foi publicado. 
‑ Local e data. 
‑ Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade que 
constatou a necessidade de efetuar a apostila. 
Não deve receber numeração, sendo que, em caso de documento arquivado, a apostila deve 
ser feita abaixo dos textos ou no verso do documento. 
Em caso de publicação do ato administrativo originário, a apostila deve ser publicada com a 
menção expressa do ato, número, dia, página e no mesmo meio de comunicação oficial no 
qual o ato administrativo foi originalmente publicado, a fim de que se preserve a data de 
validade. 
Ata 
É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos fatos e deliberações ocorridos em uma 
reunião, sessão ou assembleia. Estrutura: 
‑ Título ‑ ATA. Em se tratando de atas elaboradas sequencialmente, indicar o respectivo 
número da reunião ou sessão, em caixa‑alta. 
‑ Texto, incluindo: Preâmbulo ‑ registro da situação espacial e temporal e participantes; 
Registro dos assuntos abordados e de suas decisões, com indicação das personalidades 
envolvidas, se for o caso; Fecho ‑ termo de encerramento com indicação, se necessário, do 
redator, do horário de encerramento, de convocação de nova reunião etc. 
A ATA será assinada e/ou rubricada por todos os presentes à reunião ou apenas pelo 
presidente e relator, dependendo das exigências regimentais do órgão. 
A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve‑se, em caso de erro, utilizar o termo 
“digo”, seguido da informação correta a ser registrada. No caso de omissão de informações 
ou de erros constatados após a redação, usa‑se a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com 
o registro das informações corretas. 
Carta 
É a forma de correspondência emitida por particular, ou autoridade com objetivo particular, 
não se confundindo com o memorando (correspondência interna) ou o ofício 
(correspondência externa), nos quais a autoridade que assina expressa uma opinião ou dá 
uma informação não sua, mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos 
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da correspondência enviada por deputados, deve‑se usar a carta, não o memorando ou ofício, 
por estar o parlamentar emitindo parecer, opinião ou informação de sua responsabilidade, e 
não especificamente da Câmara dos Deputados. O parlamentar deverá assinar memorando 
ou ofício apenas como titular de função oficial específica (presidente de comissão ou membro 
da Mesa, por exemplo). Estrutura: 
‑ Local e data. 
‑ Endereçamento, com forma de tratamento, destinatário, cargo e endereço. 
‑ Vocativo. 
‑ Texto. 
‑ Fecho. 
‑ Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo. 
Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá numerá‑las. Nesse caso, a numeração 
poderá apoiar‑se no padrão básico de diagramação. 
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da correspondência oficial, mas outros fechos 
podem ser usados, a exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar relação de 
proximidade ou igualdade de posição entre os correspondentes. 
Declaração 
É o documento em que se informa, sob responsabilidade, algo sobre pessoa ou 
acontecimento. Estrutura: 
‑ Título: DECLARAÇÃO, centralizado. 
‑ Texto: exposição do fato ou situação declarada, com finalidade, nome do interessado em 
destaque (em maiúsculas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais. 
‑ Local e data. 
‑ Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de autoridade, função ou cargo. 
A declaração documenta uma informação prestada por autoridade ou particular. No caso de 
autoridade, a comprovação do fato ou o conhecimento da situação declarada deve serem 
razão do cargo que ocupa ou da função que exerce. 
Declarações que possuam características específicas podem receber uma qualificação, a 
exemplo da “declaração funcional”. 
 
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Despacho 
É o pronunciamento de autoridade administrativa em petição que lhe é dirigida, ou ato 
relativo ao andamento do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente. 
Estrutura: 
‑ Nome do órgão principal e secundário. 
‑ Número do processo. 
‑ Data. 
‑ Texto. 
‑ Assinatura e função ou cargo da autoridade. 
O despacho pode constituir‑se de uma palavra, de uma expressão ou de um texto mais longo. 
Ordem de Serviço 
É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ ou pontuais para a execução de 
serviços por órgãos subordinados da Administração. Estrutura: 
‑ Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data. 
‑ Preâmbulo e fundamentação: denominação da autoridade que expede o ato (em maiúsculas) 
e citação da legislação pertinente ou por força das prerrogativas do cargo, seguida da palavra 
“resolve”. 
‑ Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser dividido em itens, incisos, alíneas etc. 
‑ Assinatura: nome da autoridade competente e indicação da função. 
A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém possui caráter mais específico e 
detalhista. Objetiva, essencialmente, a otimização e a racionalização de serviços. 
Parecer 
É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou de órgão administrativo, sobre tema 
que lhe haja sido submetido para análise e competente pronunciamento. 
Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura: 
‑ Número de ordem (quando necessário). 
‑ Número do processo de origem. 
‑ Ementa (resumo do assunto). 
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‑ Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (introdução); Parecer (desenvolvimento com 
razões e justificativas); Fecho opinativo (conclusão). 
‑ Local e data. 
‑ Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista. 
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, existe o Parecer Legislativo, que é uma 
proposição, e, como tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tantos itens (e estes intitulados) quantos 
bastem ao parecerista para o fim de melhor organizar o assunto, imprimindo‑lhe clareza e 
didatismo. 
Portaria 
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabelece regras, baixa instruções para 
aplicação de leis ou trata da organização e do funcionamento de serviços dentro de sua esfera 
de competência. Estrutura: 
‑ Título: PORTARIA, numeração e data. 
‑ Ementa: síntese do assunto. 
‑ Preâmbulo e fundamentação: denominação da autoridade que expede o ato e citação da 
legislação pertinente, seguida da palavra “resolve”. 
‑ Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser dividido em artigos, parágrafos, incisos, 
alíneas e itens. 
‑ Assinatura: nome da autoridade competente e indicação do cargo. 
Certas portarias contêm considerandos, com as razões que justificam o ato. Neste caso, a 
palavra “resolve”vem depois deles. 
A ementa justifica-se em portarias de natureza normativa. 
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de nomeação e exoneração, por exemplo, 
suprime‑se a ementa. 
Relatório 
É o relato expositivo, detalhado ou não, do funcionamento de uma instituição, do exercício de 
atividades ou acerca do desenvolvimento de serviços específicos num 
determinado período. Estrutura: 
‑ Título ‑ RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE... 
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‑ Texto ‑ registro em tópicos das principais atividades desenvolvidas, podendo ser indicados 
os resultados parciais e totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos positivos e 
negativos do período abrangido. O cronograma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros, 
os dados estatísticos e as tabelas poderão ser apresentados como anexos. 
‑ Local e data. 
‑ Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) relator(es). 
No caso de Relatório de Viagem, aconselha‑se registrar uma descrição sucinta da participação 
do servidor no evento (seminário, curso, missão oficial e outras), indicando o período e o 
trecho compreendido. Sempre que possível, o Relatório de Viagem deverá ser elaborado com 
vistas ao aproveitamento efetivo das informações tratadas no evento para os trabalhos 
legislativos e administrativos da Casa. 
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, deve‑se atentar para os seguintes 
procedimentos: 
‑ abster‑se de transcrever a competência formal das unidades administrativas já descritas nas 
normas internas; 
‑ relatar apenas as principais atividades do órgão; 
‑ evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas pelas unidades administrativas que 
lhe são subordinadas; 
‑ priorizar a apresentação de dados agregados, grandes metas realizadas e problemas 
abrangentes que foram solucionados; 
‑ destacar propostas que não puderam ser concretizadas, identificando as causas e indicando 
as prioridades para os próximos anos; 
‑ gerar um relatório final consolidado, limitado, se possível, ao máximo de dez páginas para o 
conjunto da Diretoria, Departamento ou unidade equivalente. 
Requerimento (Petição) 
É o instrumento por meio do qual o interessado requer a uma autoridade administrativa um 
direito do qual se julga detentor. Estrutura: 
‑ Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou seja, da autoridade competente. 
‑ Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do requerente (grafado em letras maiúsculas) 
e respectiva qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documento de identidade, 
idade (se maior de 60 anos, para fins de preferência na tramitação do processo, segundo a Lei 
10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da Câmara dos Deputados, 
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precedendo à qualificação civil deve ser colocado o número do registro funcional e a lotação); 
Exposição do pedido, de preferência indicando os fundamentos legais do requerimento e os 
elementos probatórios de natureza fática. 
‑ Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”. 
‑ Local e data. 
‑ Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo. 
Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, rei‑ vindicação ou manifestação, o 
documento utilizado será um abaixo‑assinado, com estrutura semelhante à do requerimento, 
devendo haver identificação das assinaturas. 
A Constituição Federal assegura a todos, independentemente do pagamento de taxas, o 
direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso 
de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que o exercício desse direito se instrumentaliza por meio 
de requerimento. No que concerne especificamente aos servi‑ 
dores públicos, a lei que institui o Regime único estabelece que o requerimento deve ser 
dirigido à autoridade competente para decidi‑lo e encaminhado por intermédio daquela a que 
estiver imediatamente subordinado o requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105). 
Protocolo 
O registro de protocolo (ou simplesmente “o protocolo“) é o livro (ou, mais atualmente, o 
suporte informático) em que são transcritos progressivamente os documentos e os atos em 
entrada e em saída de um sujeito ou entidade (público ou privado). Este registro, se 
obedecerem a normas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em casos de 
controvérsia jurídica. 
O termo protocolo tem um significado bastante amplo, identificando-se diretamente com o 
próprio procedimento. Por extensão de sentido, “protocolo” significa também um trâmite a 
ser seguido para alcançar determinado objetivo (“seguir o protocolo”). 
A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma repartição determinada, que recebe o 
material documentário do sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota num registro 
(atualmente em programas informáticos), atribuindo-lhes um número e também uma posição 
de arquivo de acordo com suas características. 
O registro tem quatro elementos necessários e obrigatórios: 
‑ Número progressivo. 
‑ Data de recebimento ou de saída. 
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‑ Remetente ou destinatário. 
‑ Registro, ou seja, breve resumo do conteúdo da correspondência 
Concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acento 
indicativo de crase 
 
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (regência 
verbal) ou um nome (regência nominal) e seus complementos. 
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO 
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os 
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). 
Há verbos que admitem mais de uma regência, o que corresponde à diversidade de 
significados que estesverbos podem adquirir dependendo do contexto em que forem 
empregados. 
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, contentar. 
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agrado ou prazer”, satisfazer. 
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”. 
Saiba que: 
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do 
estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar 
completamente o sentido daquilo que está sendo dito. 
Cheguei ao metrô. 
Cheguei no metrô. 
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por 
mim utilizado. 
A voluntária distribuía leite às crianças. 
A voluntária distribuía leite com as crianças. 
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado como transitivo direto (objeto direto: 
leite) e indireto (objeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto (objeto 
direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). 
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. Esta, 
porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases 
distintas. 
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1-) Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns 
detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. 
- Chegar, Ir 
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as 
preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
 
- Comparecer 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
2-) Verbos Transitivos Diretos 
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não 
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, 
lembre-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuamcomo objetos diretos. Esses 
pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s 
ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e 
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. 
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, 
acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, 
condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, 
prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses 
verbos funcionam exatamente como o verbo amar: 
Amo aquele rapaz. / Amo-o. 
Amo aquela moça. / Amo-a. 
Amam aquele rapaz. / Amam-no. 
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. 
Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em 
que atuam como adjuntos adnominais): 
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) 
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) 
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Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) 
3-) Verbos Transitivos Indiretos 
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que 
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os 
pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos 
indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, 
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não 
representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em 
lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. 
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: 
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”: A modernidade verdadeira 
consiste em direitos iguais para todos. 
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”: 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
- Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto 
indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde. 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
Observação: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se 
responde, admite voz passiva analítica: 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”. 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada. 
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. 
Merecem destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos que apresentam 
objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
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- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado: 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes 
Informar 
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou 
vice-versa. 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) 
Observação: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, 
notificar, cientificar, prevenir. 
Comparar 
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para 
introduzir o complemento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma 
criança. 
Pedir 
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente naforma de oração subordinada 
substantiva) e indireto de pessoa. 
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Saiba que: 
- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito 
limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver 
subentendida. 
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração subordinada adverbial 
final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 
Preferir 
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”: 
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. 
Prefiro trem a ônibus. 
Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensificadores, 
tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo 
existente no próprio verbo (pre). 
Mudança de Transitividade - Mudança de Significado 
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de 
significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico 
muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, 
oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: 
AGRADAR 
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar, fazer as vontades de. 
Sempre agrada o filho quando. 
Aquele comerciante agrada os clientes. 
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege 
complemento introduzido pela preposição “a”. 
O cantor não agradou aos presentes. 
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O cantor não lhes agradou. 
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: 
O cantor desagradou à plateia. 
ASPIRAR 
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. 
(Aspirava-o) 
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição: Aspirávamos a um 
emprego melhor. (Aspirávamos a ele) 
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, as formas pronominais átonas “lhe” 
e “lhes” não são utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. 
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) 
ASSISTIR 
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar. 
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. 
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. 
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. 
Assistimos ao documentário. 
Não assisti às últimas sessões. 
Essa lei assiste ao inquilino. 
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de 
adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturbada 
cidade. 
CHAMAR 
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de. 
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá chamá-la. 
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. 
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual 
se refere predicativo preposicionado ou não. 
A torcida chamou o jogador mercenário. 
A torcida chamou ao jogador mercenário. 
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105 
www.apostilasmetodo.com.brA torcida chamou o jogador de mercenário. 
A torcida chamou ao jogador de mercenário. 
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: 
Como você se chama? Eu me chamo José. 
 
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CUSTAR 
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de 
adjunto adverbial: 
Frutas e verduras não deveriam custar muito. 
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou transitivo indireto, tendo como 
sujeito uma oração reduzida de infinitivo. 
 
*A Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo “custar” um sujeito 
representado por pessoa: 
Custei para entender o problema. = Forma correta: Custou-me entender o problema. 
IMPLICAR 
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: 
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes implicavam um firme propósito. 
b) ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar: Uma ação implica 
reação. 
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver: Implicaram aquele 
jornalista em questões econômicas. 
* No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição “com”: 
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. 
NAMORAR 
- Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois anos. 
OBEDECER - DESOBEDECER 
- Sempre transitivo indireto: 
Todos obedeceram às regras. 
Ninguém desobedece às leis. 
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*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem “lhes”: As leis são essas, mas todos 
desobedecem a elas. 
PROCEDER 
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou 
comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial 
de modo. 
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. 
Você procede muito mal. 
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição “de”) e fazer, executar (rege 
complemento introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto. 
O avião procede de Maceió. 
Procedeu-se aos exames. 
O delegado procederá ao inquérito. 
QUERER 
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter 
vontade de, cobiçar. 
Querem melhor atendimento. 
Queremos um país melhor. 
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar: Quero muito aos meus 
amigos. 
VISAR 
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. 
O homem visou o alvo. 
O gerente não quis visar o cheque. 
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a 
preposição “a”. 
O ensino deve sempre visar ao progresso social. 
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público. 
ESQUECER – LEMBRAR 
- Lembrar algo – esquecer algo 
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- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) 
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: 
Ele esqueceu o livro. 
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a 
preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos: 
- Ele se esqueceu do caderno. 
- Eu me esqueci da chave. 
- Eles se esqueceram da prova. 
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu. 
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e 
o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua 
contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como 
portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes. 
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) 
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança) 
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=momentos é sujeito) 
SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR 
- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”: 
Não simpatizei com os jurados. 
Simpatizei com os alunos. 
Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento 
sejam usados com a preposição “a”: 
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel. 
Cláudia desceu ao segundo andar. 
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua. 
Regência Nominal 
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos 
regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. 
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam 
exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo 
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo 
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obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela 
preposição a. Veja: 
Obedecer a algo/ a alguém. 
Obediente a algo/ a alguém. 
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento 
nominal, ela será completiva nominal (subordinada substantiva). 
 
Questões 
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a 
frase segue a norma culta da 
língua quanto à regência verbal. 
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. 
B) Eu esqueci do seu nome. 
C) Você assistiu à cena toda? 
D) Ele chegou na oficina pela manhã. 
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. 
Comentários: 
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar de ônibus a dirigir 
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nome 
C) Você assistiu à cena toda? = correta 
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à oficina pela manhã 
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obedeço às leis de trânsito 
RESPOSTA: “C”. 
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2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - 
adaptada) 
Leia o seguinte trecho para responder à questão. A pesquisa encontrou um dado curioso: 
homens com baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imunológica melhor a essa 
medida, similar _______________ . 
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: 
(A) das mulheres 
(B) às mulheres 
(C) com das mulheres 
(D) à das mulheres 
(E) ao das mulheres 
Comentários: Similar significa igual; sua regência equivale à da 
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: resposta imunológica) 
das mulheres. 
RESPOSTA: “D”. 
Concordância Verbal e Nominal 
Concordância verbal consiste na harmonia estabelecida entre o sujeito (considerando 
número e pessoa) e o verbo empregado. Exemplos: 
Eu amo quando as folhas caem no outono. 
Elas amam quando as folhas caem no outono. 
Lúcia e Rodrigo entraram na livraria. 
Concordância nominal: acontece quando existe a harmonia em gênero (feminino ou 
masculino) e número (singular ou plural) entre o substantivo e o adjetivo atribuído a ele. 
Exemplos: 
O menino estudioso passou na prova. 
Os meninos estudiosos passaram na prova. 
A menina estudiosa passou na prova. 
As meninas estudiosas passaram na prova. 
A regra de ouro com relação à concordância nominal é a de que, um adjetivo, quando 
caracteriza apenas um substantivo, concorda em gênero e número com esse substantivo. 
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Ainda que a regra acima seja predominante, também é possível que ocorra a concordância 
nominal entre um pronome ou numeral substantivo assim como outros termos da oração que 
possuem relação com ele, tais como particípios, artigos, numerais adjetivos e pronomes 
adjetivos. 
Dúvidas específicas sobre concordância verbal 
Ainda que o conteúdo de concordânciaverbal e nominal pareça um assunto simples, são 
várias as ocasiões em que surgem dúvidas e é sobre elas que vamos falar a seguir. 
 
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Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes. 
O verbo vai para o plural e deve concordar com a pessoa, conforme ordem de prioridade. 
Exemplo: 
Maurício e eu conseguimos comprar um carro. 
Neste caso, a primeira pessoa do singular tem prioridade. Passando para o plural, ela equivale 
a nós (nós conseguimos comprar um carro). 
Sujeitos ligados por ou. 
Os verbos que são ligados por “ou” devem ir para o plural nos casos em que a ação fizer 
referência a todos os elementos do sujeito. Exemplos: 
Balas ou chocolates desagradam a menina. Quando o “ou” é usado com a finalidade de 
retificação, o verbo deve concordar com o último elemento. 
Maria ou Ana ganhará mais tempo. Já quando o verbo é aplicado a somente um dos 
elementos, ele deve ficar no singular. 
Indicações de datas. 
Há duas variações, sendo que em uma delas o verbo deve concordar com a palavra “dia”. 
Exemplos: 
Hoje são 2 de novembro. 
Hoje é dia 2 de novembro. 
Sujeitos formados por sinônimos 
Nessa situação, o verbo pode ir para o plural ou também ficar no singular, concordando com 
o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos: 
Eficácia e agilidade destacaram aquela empresa. 
Eficácia e agilidade destacou aquela empresa. 
Verbos impessoais: O verbo sempre deve ser conjugado na terceira pessoa do singular. 
Exemplos: 
Havia muitos pratos naquela mesa. 
Houve dois anos sem mudanças. 
Sujeitos ligados por com: O verbo vai para o plural quando é semelhante à ligação “e”. 
Exemplo: 
A atriz com seus convidados chegaram às 7 horas. 
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Entretanto, quando o com representa a ideia de “em companhia de”, o verbo deve concordar 
com o antecedente e o segmento “com” é grafado entre vírgulas: Exemplo: 
A pintora, com todas as ajudantes, decidiu mudar a data do evento. 
Sujeito formado por palavras em enumeração e graduação: o verbo pode flexionar para o 
plural e também concordar com o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos: 
Um mês, um ano, uma vida de poder não supriu a saúde. 
Um mês, um ano, uma vida de poder não supriram a saúde. 
Pronome relativo quem: o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular como 
também pode concordar com o antecedente do pronome quem. Exemplos: 
Fui eu quem falou. 
Fui eu quem falei. 
Sujeito seguido por tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um 
Em todos esses casos o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
João, Bruna, Henrique, ninguém o convenceu de mudar a atitude. 
Pronome relativo que 
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome que. 
Exemplos: 
Fui eu que levou. 
Foi ele que levou. 
 
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Sujeitos ligados por nem. 
O verbo deve ir para o plural. 
Exemplo: 
Nem frio nem chuva são bem recebidos na cidade. 
Locuções é muito, é pouco, é mais de, é menos de. 
No caso dessas locuções que se referem a peso, preço e quantidade, o verbo deve ficar sempre 
no singular. 
Exemplo: 
Cinco vezes é muito. 
Partícula “se.” 
Quando a palavra se indica indeterminação do sujeito, o verbo é conjugado na terceira pessoa 
do singular. 
Exemplo: 
Respeita-se a todos. 
Já quando a palavra se é utilizada na voz passiva, o verbo é conjugado com o sujeito da oração. 
Exemplos: 
Construiu-se uma empresa. 
Construíram-se novas empresas. 
Expressões mais de, menos de, cerca de. 
De forma geral, o verbo concorda com o numeral. 
Exemplos: 
Mais de uma senhora quis trocar os produtos. 
Mais de três pessoas chegaram. 
Quando a expressão mais de é repetida indicando reciprocidade, o verbo deve ir para o plural. 
Exemplo: 
Mais de uma aluna se abraçaram. 
 Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como.” 
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 O verbo pode ir para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. 
 Exemplos: 
Tanto Pedro como Rebeca participaram da exposição. 
Tanto Pedro como Rebeca participou da exposição. 
 Sujeito coletivo. 
Geralmente o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
A multidão ultrapassou o cercado. 
Nos casos em que o coletivo estiver especificado, é possível que o verbo seja conjugado no 
singular ou no plural. 
Exemplos: 
A multidão de pessoas ultrapassou o cercado. 
A multidão de pessoas ultrapassaram o cercado. 
Verbos dar, soar, bater + hora(s) 
O verbo sempre concorda com o sujeito. 
Exemplos: 
Soaram três horas. 
Deu uma hora que espero. 
 Expressão “um dos que.” 
 O verbo pode ser conjugado no singular e também no plural. 
 Exemplos: 
Ele foi um dos que mais contribuiu. 
Ele foi um dos que mais contribuíram. 
 Sujeitos ligados por como, assim como, bem como 
 O verbo é conjugado no plural. 
 Exemplo: 
 O talento, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher valente. 
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 Coletivos partitivos (“grande número de”, “a maioria de”, “a maior parte de”.) 
O verbo pode ser conjugado no singular ou no plural 
Exemplos: 
Grande número dos participantes se retirou. 
Grande número dos participantes se retiraram. 
Dúvidas específicas sobre concordância nominal: 
Substantivos e um adjetivo 
 Quando há mais de um substantivo e somente um adjetivo, há duas maneiras de fazer a 
concordância: 
A – Nas situações em que o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo precisa concordar 
com o substantivo que está mais próximo. 
Exemplo: 
Linda menina e bebê. 
B – Quando o adjetivo vem após os substantivos, o adjetivo precisa concordar com o 
substantivo que está mais próximo ou com todos os substantivos, neste caso, prevalece o 
masculino. 
Exemplos: 
Vocabulário e pronúncia perfeita. 
Pronúncia e vocabulário perfeito. 
Vocabulário e pronúncia perfeitos. 
Pronúncia e vocabulário perfeitos. 
Adjetivos e um substantivo 
Nos casos em que existe mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos precisam 
concordar com gênero e número com o substantivo. 
Exemplo: 
Amava comida gordurosa e temperada. 
 
QUESTÕES 
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1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas. 
a) fazem, havia, existe 
b) fazem, havia, existe 
c) fazem, haviam, existem 
d) faz, havia, existem 
e) faz, havia, existe 
Gabarito: alternativa d. 
Comentários: 
O verbo fazer impessoal (que indica tempo) sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular: 
Faz anos. 
O mesmo acontece com o verbo haver impessoal (que indica tempo ou que tem o sentido 
de "existir"): Havia (existia) neste local árvores e flores. 
O verbo existir, por sua vez, não é impessoal. Por esse motivo, ele deve concordar com o 
sujeito: Só existem ervas daninhas. 
2. (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma 
verbal está errada: 
a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem. 
b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT. 
c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos. 
d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados. 
e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado. 
GABARITO Alternativa c: 
Correção: Falta aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os 
agrotóxicos. 
O verbo deve concordar com o sujeito. É mais fácil semudarmos a ordem da oração: Falta 
uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos aos países subdesenvolvidos. 
Mude a ordem das orações restantes: 
a) Existem diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem na atualidade . 
b) Os defensivos agrícolas à base de DDT podem provocar sérias lesões hepáticas. 
d) Os efeitos nocivos dos inseticidas clorados persistem por muito tempo no meio ambiente. 
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e) Os defensivos do tipo fosforado possuem elevado grau de toxidade . 
3. (Fatec) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases. 
___ , entre analistas políticos, que, se o governo ___ essa política salarial e se o empresariado 
não ___ as perdas salariais ___ sérios problemas estruturais a serem resolvidos, e, quando os 
sindicatos ___ , estará instalado o caos total. 
a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem. 
b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem. 
c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem. 
d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem. 
e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem. 
Gabarito: Alternativa d: 
A partícula "se" é índice de indeterminação do sujeito. Neste caso, o verbo deve ficar na 3.º 
pessoa do singular: Comenta-se. 
O verbo manter está na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo, cuja forma é 
mantiver: Se o governo mantiver. 
O mesmo acontece com o verbo repor, que na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo 
fica repuser. Se o empresariado não repuser. 
O verbo verbo haver impessoal (neste caso, com o sentido de "existir") sempre é conjugado 
na 3.ª pessoa do singular: Haverá sérios problemas. 
O verbo intervir está na 3.ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo, cuja forma é 
intervierem: Quando os sindicatos intervierem. 
4. (FCC) A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre 
homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes. 
a) leva, existe, torna 
b) levam, existe, tornam 
c) levam, existem, tornam 
d) levam, existem, torna 
e) leva, existem, tornam 
GABARITO: Alternativa a: 
O verbo está concordando com o sujeito: A ocorrência leva. 
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O verbo existir também deve concordar com o sujeito: Uma relação profunda existe. 
O mesmo acontece com o verbo "tornar", concorda com o sujeito: Uma relação que torna 
homens e mulheres ... 
5. (FGV) Nas questões abaixo, ocorrem espaços vazios. Para preenchê-los, escolha um dos 
seguintes verbos: fazer, transpor, deter, ir. Utilize a forma verbal mais adequada. 
a) Se ___ dias frios no inverno, talvez as coisas fossem diferentes. 
b) Quando o cavalo ___ todos os obstáculos, a corrida terminará. 
c) Se o cavalo ___ mais facilmente os obstáculos, alcançaria com mais folga a linha de chegada. 
d) Se a equipe econômica não se ___ nos aspectos regionais e considerar os aspectos globais, 
a possibilidade de solução será maior. 
e) Caso ela ___ ao jogo amanhã, deverá pagar antecipadamente o ingresso. 
6. (CESGRANRIO) Há concordância nominal inadequada em: 
a) clima e terras desconhecidas; 
b) clima e terra desconhecidos; 
c) terras e clima desconhecidas; 
d) terras e clima desconhecido; 
e) terras e clima desconhecidos. 
GABARITO: Letra C: Na frase 'terras e clima desconhecidas', o adjetivo 'desconhecidas' está 
concordando com o sujeito feminino plural 'terras' apenas. De acordo com a regra, quando o 
sujeito é composto, o adjetivo deve concordar com o substantivo masculino, se houver. 
Classes de palavras e seu funcionamento no texto; Processos de 
formação de palavra 
 
Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das 
palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente 
e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez 
classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, 
Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. 
Estrutura e formação das palavras 
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, 
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo: 
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A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades 
menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra 
"cachorrinhas": 
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: 
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. 
inh - indica que a palavra é um diminutivo 
a - indica que a palavra é feminina 
s - indica que a palavra se encontra no plural 
Morfemas são unidades mínimas de caráter significativo. 
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, 
sol, lua, etc. 
São elementos mórficos: 
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da 
significação dos primeiros 
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos. 
 
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Raiz 
Raiz é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, 
consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras 
da mesma família etimológica. 
Observe o exemplo: 
Raiz: noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se 
prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, 
etc. 
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: 
at-o 
at-or 
at-ivo 
aç-ão 
ac-ionar 
Radical 
Observe o seguinte grupo de palavras: 
livr- o 
livr- inho 
livr- eiro 
livr- eco 
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr 
serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). 
Radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto 
gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando 
houver) da palavra. 
Por exemplo: 
cert-o 
cert-eza 
in-cert-eza 
Afixos 
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Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um 
radical ou tema para formar palavras derivadas. 
Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir 
de "certo": certamente, advérbio de modo. 
De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo 
acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical 
na palavra a que são anexados. 
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome 
de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. 
Veja os exemplos: 
 
Desinências 
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. 
Existem dois tipos de desinências: nominais e verbais. 
Desinências Nominais 
Indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos 
nomes. Exemplos: 
alun-o aluno-s 
alun-a aluna-s 
Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras 
que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, 
telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus 
não temos desinência nominal de número.Desinências Verbais 
Indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos: 
compr-o 
compra-s 
compra-mos 
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compra-is 
compra-m 
compra-va 
compra-va-s 
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o 
verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: 
caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. 
Vogal Temática 
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. 
Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: A, E e I. 
Vogal A 
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc. 
Vogal E 
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc. 
Vogal I 
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc. 
Tema 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas 
são: 
busca-, rompe-, proibi- 
 
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Vogais e Consoantes de Ligação 
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, 
para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. 
Exemplo: parisiense 
paris = radical 
ense = sufixo 
vogal de ligação = i 
Outros exemplos: 
gas-ô-metro 
alv-i-negro 
tecn-o-cracia 
pau-l-ada 
cafe-t-eira 
cha-l-eira 
inset-i-cida 
pe-z-inho 
pobre-t-ão 
Formação das Palavras 
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. 
A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos 
sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de 
um radical. 
Derivação 
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de 
outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: 
 
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Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao 
contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou 
prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. 
Tipos de Derivação 
Derivação Prefixal ou Prefixação 
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja 
os exemplos: 
crer- descrer 
ler- reler 
capaz- incapaz 
Derivação Sufixal ou Sufixação 
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado 
ou mudança de classe gramatical. Por exemplo: alfabetização 
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua 
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. 
A derivação sufixal pode ser: 
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo: 
papel - papelaria 
riso - risonho 
b) Verbal, formando verbos. Por exemplo: 
atual - atualizar 
c) Adverbial, formando advérbios de modo. 
Por exemplo: 
feliz - felizmente 
Derivação Prefixal e Sufixal 
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à 
palavra primitiva. 
Exemplos: 
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Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, 
pois em nossa língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e "infeliz", "felizmente". 
Derivação Parassintética ou Parassíntese 
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à 
palavra primitiva. 
Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer 
pela junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas 
um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não 
existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos: 
 
Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta 
retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra 
que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será 
derivação parassintética. 
Derivação Regressiva 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por 
redução. Exemplos: 
comprar (verbo) 
compra (substantivo) 
beijar (verbo) 
beijo (substantivo) 
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Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, 
recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes 
os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: 
o portuga (de português) 
o boteco (de botequim) 
o comuna (de comunista) 
Ou ainda: 
agito (de agitar) 
amasso (de amassar) 
chego (de chegar) 
Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, 
a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. 
Derivação Imprópria 
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou 
supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 
1) Os adjetivos passam a substantivos. Por exemplo: 
Os bons serão contemplados. 
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos. Por exemplo: 
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 
3) Os infinitivos passam a substantivos. Por exemplo: 
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O andar de Roberta era fascinante. 
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 
4) Os substantivos passam a adjetivos. Por exemplo: 
O funcionário fantasma foi despedido. 
O menino prodígio resolveu o problema. 
5) Os adjetivos passam a advérbios. Por exemplo: 
Falei baixo para que ninguém escutasse. 
6) Palavras invariáveis passam a substantivos. Por exemplo: 
Não entendo o porquê disso tudo. 
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por exemplo: 
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) 
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia 
porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida 
basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por 
essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria". 
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais 
radicais. Existem dois tipos, apresentados a seguir. 
Composição por Justaposição 
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: 
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. 
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para 
manter inalterada a sonoridade da palavra. 
Composição por Aglutinação 
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus 
elementos fonéticos. Exemplos: 
embora (em boa hora) 
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) 
hidrelétrico (hidro + elétrico) 
planalto (plano alto) 
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Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último 
componente. 
Redução 
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: 
auto - por automóvel 
cine - por cinema 
micro - por microcomputador 
Zé - por José 
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podemser citadas também as siglas, 
muito frequentes na comunicação atual. 
Hibridismo 
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por 
exemplo: auto (grego) + móvel (latim) 
Onomatopeia 
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar 
as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem 
aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, 
chocalhar, cocoricar, etc. 
Prefixos 
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais, basicamente a fim de modificar-
lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. 
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em 
que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. 
Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram 
grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos: 
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti- 
Prefixos de Origem Grega 
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. 
Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico 
ana-: Inversão, mudança, repetição. 
Exemplos: analogia, análise, anagrama, anacrônico 
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anfi-: Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. anfiteatro, anfíbio, anfibologia 
anti-: Oposição, ação contrária. antídoto, antipatia, antagonista, antítese 
apo-: Afastamento, separação. apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia 
arqui-, arce-: Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque, arquétipo, 
arcebispo, arquimilionário 
cata-: Movimento de cima para baixo. cataplasma, catálogo, catarata 
di-: Duplicidade. dissílabo, ditongo, dilema 
dia- : Movimento através de, afastamento. diálogo, diagonal, diafragma, diagrama 
dis-: Dificuldade, privação. dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia 
ec-, ex-, exo-, ecto-: Movimento para fora. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo 
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo 
endo-: Movimento para dentro. endovenoso, endocarpo, endosmose 
epi-: Posição superior, movimento para. epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio 
eu-: Excelência, perfeição, bondade. eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia 
hemi-: Metade, meio. hemisfério, hemistíquio, hemiplégico 
hiper-: Posição superior, excesso. hipertensão, hipérbole, hipertrofia 
hipo-: Posição inferior, escassez. hipocrisia, hipótese, hipodérmico 
meta-: Mudança, sucessão. metamorfose, metáfora, metacarpo 
para-: Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, 
paradigma 
peri- : Movimento ou posição em torno de. periferia, peripécia, período, periscópio 
pro-: Posição em frente, anterioridade. prólogo, prognóstico, profeta, programa 
pros-: Adjunção, em adição a. prosélito, prosódia 
proto-: Início, começo, anterioridade. proto-história, protótipo, protomártir 
poli-: Multiplicidade. polissílabo, polissíndeto, politeísmo 
sin-, sim-: Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse 
tele-: Distância, afastamento. televisão, telepatia, telégrafo 
Prefixos de origem latina 
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a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração 
a-, ad-: Aproximação, movimento para junto. Exemplos: adjunto,advogado, advir, aposto 
ante-: Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço, antessala, anteontem, antever 
ambi-: Duplicidade. ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente 
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos: benefício, bendito 
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito 
circu(m)-: Movimento em torno. circunferência, circunscrito, circulação 
cis-: Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino 
co-, con-, com-: Companhia, concomitância. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor 
contra-: Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer 
de-: Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor 
de(s)-, di(s)-: Negação, ação contrária, separação. Exemplos: desventura, discórdia, discussão 
e-, es-, ex-: Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir 
en-, em-, in-: Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. 
imergir, enterrar, embeber, injetar, importar 
extra-: Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar 
i-, in-, im-: Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo 
inter-, entre-: Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário 
intra-: Posição interior. intramuscular, intravenoso, intraverbal 
intro-: Movimento para dentro. introduzir, introvertido, introspectivo 
justa-: Posição ao lado. justapor, justalinear 
ob-, o-: Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo 
per-: Movimento através. percorrer, perplexo, perfurar, perverter 
pos-: Posterioridade. pospor, posterior, pós-graduado 
pre-: Anterioridade . prefácio, prever, prefixo, preliminar 
pro-: Movimento para frente. progresso, promover, prosseguir, projeção 
re-: Repetição, reciprocidade. rever, reduzir, rebater, reatar 
retro-: Movimento para trás. retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado 
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so-, sob-, sub-, su-: Movimento de baixo para cima, inferioridade. soterrar, sobpor, subestimar 
super-, supra-, sobre-: Posição superior, excesso. Exemplos: supercílio, supérfluo 
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr 
trans-, tras-, tres-, tra-: Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico, 
tresnoitar, tradição 
ultra-: Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, 
ultraleve, ultravioleta 
vice-, vis-: Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-almirante 
 
 
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Sufixos 
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, 
formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que 
geralmente opera. 
Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar 
um substantivo, por exemplo. 
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam 
as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos 
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de 
ação e os que formam nomes de agente. 
 
Sufixos que formam nomes de agente 
-ário(a) - secretário 
-eiro(a) - ferreiro 
-ista - manobrista 
-or - lutador 
-nte - feirante 
Além dos sufixos acima, tem-se: 
-aria - churrascaria 
-ário - herbanário 
-eiro - açucareiro 
-il - covil 
-or - corredor 
-tério - cemitério 
-tório - dormitório 
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Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção 
-aço - ricaço 
-ada - papelada 
-agem - folhagem 
-al - capinzal 
-ame - gentame 
-ario(a) - casario, infantaria 
-edo - arvoredo 
-eria - correria 
-io - mulherio 
-ume - negrume 
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência 
 
Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos 
-ismo 
budismo 
kantismo 
comunismo 
Radicais Gregos 
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exatacompreensão 
e fácil memorização de inúmeras palavras. 
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Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos 
formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa 
aqueles que costumam surgir na parte final. 
 
Radicais que atuam como primeiro elemento 
 
 
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Radicais que atuam como segundo elemento 
 
Radicais Latinos 
Apresentamos a seguir duas relações de radicais latinos. 
A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos 
compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. 
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Morfologia (4.1-Estrutura e Formação de Palavras; 4.2-Classes de Palavras) 
Substantivo 
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras 
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os 
substantivos também nomeiam: 
- lugares: Alemanha, Porto Alegre... 
- sentimentos: raiva, amor... 
- estados: alegria, tristeza... 
- qualidades: honestidade, sinceridade... 
- ações: corrida, pescaria... 
Morfossintaxe do substantivo 
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente 
relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto 
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do 
complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou 
como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos 
adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos 
de palavras. 
Classificação dos Substantivos 
Substantivos Comuns e Próprios 
Observe a definição: 
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no 
Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos 
bairros). 
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e 
avenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. 
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. 
Veja agora este outro exemplo: 
Estamos voando para Barcelona. 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. 
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Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma 
particular. 
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
Substantivos Concretos e Abstratos 
Exemplos: LÂMPADA, MALA. 
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são 
independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos. 
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros 
seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. 
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. 
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. 
Observe agora: 
Beleza exposta 
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. 
O substantivo beleza designa uma qualidade. 
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar 
ou existir. 
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a 
beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. 
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. 
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos 
quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), 
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). 
Substantivos Coletivos 
Observe os exemplos: 
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma 
abelha, outra abelha, mais outra abelha... 
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No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. 
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um 
conjunto de seres da mesma espécie (abelhas). 
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. 
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um 
conjunto de seres da mesma espécie. 
Lista de substantivos coletivos 
abelha - enxame, cortiço, colmeia; 
abutre - bando; 
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; 
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; 
aluno - classe; 
amigo - (quando em assembleia) tertúlia; 
bala - saraiva, saraivada; 
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; 
bêbado - corja, súcia, farândola; 
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança; 
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; 
cabra - fato, malhada, rebanho; 
Formação dos Substantivos 
Substantivos Simples e Compostos 
Observe a definição: 
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. 
Substantivo Simples é aquele formado por um único elemento. 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. 
Veja agora: 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo 
é composto. 
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Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais elementos. 
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 
Substantivos Primitivos e Derivados 
Veja: 
Meu limão meu limoeiro, 
meu pé de jacarandá... 
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua 
portuguesa. 
Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua 
portuguesa. 
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. 
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra palavra. 
Flexão dos Substantivos 
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A 
palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: 
Plural: meninos 
Feminino: menina 
Aumentativo: meninão 
Diminutivo: menininho 
Flexão de Gênero 
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na 
língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. 
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, 
um, uns. Veja estes títulos de filmes: 
O velho e o mar 
Um Natal inesquecível 
Os reis da praia 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, 
uma, umas: 
A história sem fim 
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Uma cidade sem passado 
As tartarugas ninjas 
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes 
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o 
gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma 
para o masculino e outra para o feminino. 
Observe: 
gato- gata 
homem - mulher 
poeta - poetisa 
prefeito - prefeita 
Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para 
o masculino quanto para o feminino. 
Classificam-se em: 
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo: 
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. 
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo: 
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. 
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o 
colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. 
Saiba que: 
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma são masculinos. 
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. 
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. 
Por exemplo: 
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) 
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) 
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes 
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo: 
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aluno - aluna 
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: 
freguês - freguesa 
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: 
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo: 
patrão - patroa 
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo: 
campeão - campeã 
-troca-se -ão por ona. Por exemplo: 
solteirão - solteirona 
Exceções: 
barão - baronesa 
ladrão- ladra 
sultão – sultana 
d) Substantivos terminados em -or: 
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: 
doutor - doutora 
- troca-se -or por -triz: 
imperador - imperatriz 
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: 
 
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: 
elefante - elefanta 
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: 
bode - cabra 
boi - vaca 
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h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma 
das regras anteriores: 
czar - czarina 
réu – ré 
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes 
Epicenos 
Observe: 
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. 
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré 
tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. 
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses 
substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade 
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. 
Por exemplo: a cobra 
A cobra macho picou o marinheiro. 
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. 
Sobrecomuns 
Entregue as crianças à natureza. 
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. 
Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a 
que se refere a palavra. Veja: 
A criança chorona chamava-se João. 
A criança chorona chamava-se Maria. 
Outros substantivos sobrecomuns: 
a criatura 
João é uma boa criatura. 
Maria é uma boa criatura. 
o cônjuge 
O cônjuge de João faleceu. 
O cônjuge de Marcela faleceu. 
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Comuns de Dois Gêneros: 
Observe a manchete: 
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. 
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? 
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um 
substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem. 
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando 
acompanharem o substantivo. Exemplos: 
o colega - a colega 
o imigrante - a imigrante 
um jovem - uma jovem 
artista famoso - artista famosa 
repórter francês - repórter francesa 
Flexão de Número do Substantivo 
Em português, há dois números gramaticais: 
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; 
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. 
 A característica do plural é o s final. 
Plural dos Substantivos Simples 
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. 
Por exemplo: 
pai - pais 
ímã - ímãs 
hífen - hifens (sem acento, no plural). 
Exceção: cânon - cânones. 
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo: 
homem - homens. 
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo: 
revólver - revólveres 
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raiz - raízes 
Atenção: O plural de caráter é caracteres. 
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por 
exemplo: 
quintal - quintais 
caracol - caracóis 
hotel - hotéis 
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. 
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: 
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo: 
canil - canis 
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: 
míssil - mísseis. 
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: 
répteis ou reptis (pouco usada). 
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo: 
ás - ases 
retrós - retroses 
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo: 
o lápis - os lápis 
o ônibus - os ônibus. 
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras. 
- substituindo o -ão por -ões: 
Por exemplo: 
ação - ações 
- substituindo o -ão por -ães: 
Por exemplo: 
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cão - cães 
- substituindo o -ão por -ãos: 
Por exemplo: 
grão - grãos 
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. 
Por exemplo: 
o látex - os látex 
Plural dos Substantivos Compostos 
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do 
tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que 
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as 
orientações a seguir: 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro 
elemento ou ambos no plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
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palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
f) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vie os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém 
Flexão de Grau do Substantivo 
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. 
Classifica-se em: 
Grau Normal 
Indica um ser de tamanho considerado normal Por exemplo: casa. 
Grau Aumentativo 
Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: 
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. 
Por exemplo: casa grande. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. 
Por exemplo: casarão. 
Grau Diminutivo 
Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: 
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa 
pequena. 
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Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: 
casinha. 
Artigo 
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de 
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o 
número dos substantivos. 
Classificação dos Artigos 
Artigos Definidos 
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu comprei o carro. 
Artigos Indefinidos 
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: 
Eu comprei um carro. 
Combinação dos Artigos 
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este 
quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: 
 
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais 
idênticas é conhecida por crase. 
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, 
equivalente a por. 
Adjetivo 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" 
diretamente ao lado de um substantivo. 
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma 
qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem 
bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. 
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Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz 
sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é 
adjetivo, mas substantivo. 
Morfossintaxe do Adjetivo: 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto 
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
Classificação do Adjetivo 
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria. 
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura. 
Formação do Adjetivo 
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: 
Adjetivo simples: Formado por um só radical. 
 Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico. 
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical. 
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. 
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos. 
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro. 
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro 
adjetivo. 
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo. 
Adjetivo Pátrio 
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. 
Observe alguns deles. 
Estados e cidades do Brasil 
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Adjetivo Pátrio Composto 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, 
normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: 
 
Locução Adjetiva 
Locução = reunião de palavras. 
Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. 
Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução 
Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.) 
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe 
outros exemplos: 
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Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo 
significado. Por exemplo: 
Vi as alunas da 5ª série. 
O muro de tijolos caiu. 
Flexão dos adjetivos 
O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
Gênero dos Adjetivos 
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma 
semelhante aos substantivos, classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por 
exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por 
exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. 
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. 
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: 
homem feliz e mulher feliz. 
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito 
político-social e desavença político-social. 
Número dos Adjetivos 
Plural dos adjetivos simples 
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Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a 
flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: 
mau e maus 
feliz e felizes 
ruim e ruins 
boa e boas 
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, 
ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, 
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, 
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então 
invariável. 
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. 
Veja outros exemplos: 
Motos vinho (mas: motos verdes) 
Paredes musgo (mas: paredes brancas). 
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 
Adjetivo Composto 
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses 
elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que 
se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. 
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, 
todo o adjetivo composto ficará invariável. 
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando 
um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um 
adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará 
invariável. Por exemplo: 
Camisas rosa-claro. 
Ternos rosa-claro. 
Olhos verde-claros. 
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. 
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. 
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Obs.: 
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... 
são sempre invariáveis. 
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados. 
Grau do Adjetivo 
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os 
graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. 
Comparativo 
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou 
mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de 
superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade 
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavrascomo, quanto ou quão. 
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico 
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem 
qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou 
"mais...que". 
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético 
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas 
do latim. São eles: 
bom-melhor pequeno-menor 
mau-pior alto-superior 
grande-maior baixo-inferior 
Adjetivos comparativos 
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno 
e mais mau, respectivamente. 
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, 
em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as 
formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo: 
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Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. 
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade 
 Sou menos passivo (do) que tolerante. 
Superlativo 
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau 
superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: 
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com 
outros seres. Apresenta-se nas formas: 
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade 
(advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente. 
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: 
O secretário é inteligentíssimo. 
Observe alguns superlativos sintéticos: 
benéfico beneficentíssimo 
bom boníssimo ou ótimo 
célebre celebérrimo 
comum comuníssimo 
cruel crudelíssimo 
difícil dificílimo 
doce dulcíssimo 
fácil facílimo 
fiel fidelíssimo 
frágil fragílimo 
frio friíssimo ou frigidíssimo 
humilde humílimo 
jovem juveníssimo 
livre libérrimo 
magnífico magnificentíssimo 
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magro macérrimo ou magríssimo 
manso mansuetíssimo 
mau péssimo 
nobre nobilíssimo 
pequeno mínimo 
pobre paupérrimo ou pobríssimo 
preguiçoso pigérrimo 
próspero prospérrimo 
sábio sapientíssimo 
sagrado sacratíssimo 
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um 
conjunto de seres. Essa relação pode ser: 
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. 
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. 
Note bem: 
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, 
excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo. 
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem 
latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do 
adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, 
paupérrimo. 
A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, 
agilíssimo. 
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na 
linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato 
i-í. 
Numeral 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade 
aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: 
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. 
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 
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Eu quero café duplo, e você? 
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! 
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos 
seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de 
numerais, mas sim de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem 
mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou 
ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. 
Classificação dos Numerais 
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, 
etc. 
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, 
centésimo, etc. 
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, 
terço, dois quintos, etc. 
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a 
quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. 
Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem 
esse conjunto. Por exemplo: dezena, dúzia, milheiro, etc. 
Leitura dos Numerais 
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em 
forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-
se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo: 
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. 
Flexão dos numerais 
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam 
centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, 
etc. 
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Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. 
Os demais cardinais são invariáveis. 
Os numerais ordinais variam em gênero e número: 
primeiro segundo milésimo 
primeira segunda milésima 
primeiros segundos milésimos 
primeiras segundas milésimas 
Numerais multiplicativos 
 Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas. Por 
exemplo: 
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. 
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número. Por 
exemplo: 
Teve de tomar doses triplas do medicamento. 
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: 
um terço/dois terços 
uma terça parte 
duas terças partes 
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: 
uma dúzia 
um milheiro 
duas dúzias 
dois milheiros 
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou 
especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: 
Me empresta duzentinho... 
É artigo de primeiríssima qualidade! 
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) 
Emprego dos Numerais 
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Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-
se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do 
substantivo: 
Ordinais Cardinais 
João Paulo II (segundo) 
D. Pedro II (segundo) 
Ato II (segundo) 
Século VIII (oitavo) 
Canto IX (nono) 
Tomo XV (quinze) 
Luís XVI (dezesseis) 
Capítulo XX (vinte) 
Século XX (vinte) 
João XXIII (vinte e três) 
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em 
diante: 
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) 
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "umae 
outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se 
fez referência. Por exemplo: 
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora 
participam das atividades comunitárias de seu bairro. 
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, 
artificialismo. 
Pronome 
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que 
acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. 
Exemplos: 
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! 
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[substituição do nome] 
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! 
[referência ao nome] 
Essa moça morava nos meus sonhos! 
[qualificação do nome] 
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem 
significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo 
que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. 
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função 
principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua 
situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam 
uma forma específica para cada pessoa do discurso. 
Exemplos: 
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. 
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? 
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. 
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] 
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou 
feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do 
pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o 
seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. 
Exemplos: 
[Fala-se de Roberta] 
Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. 
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada] 
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada] 
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada] 
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos 
e interrogativos. 
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Pronomes Pessoais 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. 
Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês 
para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às 
pessoas de quem fala. 
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo 
ser do caso reto ou do caso oblíquo. 
Pronome Reto 
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou 
predicativo do sujeito. Por exemplo: 
Nós lhe ofertamos flores. 
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, 
sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o 
quadro dos pronomes retos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-
padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", 
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na 
língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", 
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". 
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se 
dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do 
verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo: 
Fizemos boa viagem. (Nós) 
Pronome Oblíquo 
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento 
verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo: 
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Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) 
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. 
Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca 
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração. 
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, 
podendo ser átonos ou tônicos. 
Pronome Oblíquo Átono 
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. 
Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo: 
Ele me deu um presente. 
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular (eu): me 
- 2ª pessoa do singular (tu): te 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes 
Observações: 
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve 
a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma 
preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração. 
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. 
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. 
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Pronome Oblíquo Tônico 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as 
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de 
objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. 
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 
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- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela 
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco 
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas 
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e 
segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca 
pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os 
pronomes costumam ser usados desta forma: 
Não há mais nada entre mim e ti. 
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 
Não há nenhuma acusação contra mim. 
Não vá sem mim. 
 
- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, 
contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente 
exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo: 
Ele carregava o documento consigo. 
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os 
pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos 
ou algum numeral. Por exemplo: 
Você terá de viajar com nós todos. 
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. 
Ele disse que iria com nós três. 
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Pronome Reflexivo 
Sãopronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, 
referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo 
verbo. 
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo: 
Eu não me vanglorio disso. 
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. 
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo: 
Assim tu teprejudicas. 
Conhece a ti mesmo. 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por exemplo: 
Guilherme já se preparou. 
Ela deu a si um presente. 
Antônio conversou consigo mesmo. 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo: 
Lavamo-nos no rio. 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo: 
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. 
Por exemplo: 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo: 
Eles se conheceram. 
Elas deram a si um dia de folga 
A Segunda Pessoa Indireta 
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar 
de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira 
pessoa. 
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro 
seguinte: 
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Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a 
senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento 
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas 
regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós 
tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. 
Observações: 
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)" 
são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo: 
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. 
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo: 
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, 
agiu com propriedade. 
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos 
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos 
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo 
que ocupa. 
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância 
deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes 
oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: 
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem 
reconhecidos. 
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é 
permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, 
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por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". 
O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo: 
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) 
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) 
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) 
Pronomes Possessivos 
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de 
posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: 
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) 
Observe o quadro: 
 
Note que: 
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número 
concordam com o objeto possuído.Por exemplo: 
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil. 
Observações: 
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. 
Por exemplo: 
Muito obrigado, seu José. 
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: 
a) indicar afetividade. Por exemplo: 
Não faça isso, minha filha. 
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo: 
Ele já deve ter seus 40 anos. 
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: 
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Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa. 
Por exemplo: 
Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por 
exemplo: 
Trouxe-me seus livros e anotações. 
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de 
possessivo. Por exemplo: 
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) 
Pronomes Demonstrativos 
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em 
relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou 
discurso. 
No espaço: 
Compro este carro (aqui). 
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. 
Compro esse carro (aí). 
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa 
que fala. 
Compro aquele carro (lá). 
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. 
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que 
é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o 
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. 
Trocá-los pode causar ambiguidade. 
Exemplos: 
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso 
vestibular. (trata-se da universidade destinatária). 
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. 
(trata-se da universidade que envia a mensagem). 
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No tempo: 
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente. 
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo. 
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante. 
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: 
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). 
Invariáveis: isto, isso, aquilo. 
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: 
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), 
aquela(s), aquilo. Por exemplo: 
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) 
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) 
mesmo (s), mesma (s): 
Por exemplo: 
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. 
próprio (s), própria (s): 
Por exemplo: 
Os próprios alunos resolveram o problema. 
semelhante (s): 
Por exemplo: 
Não compre semelhante livro. 
tal, tais: 
Por exemplo: Tal era a solução para o problema. 
Note que: 
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com 
finalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo: 
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. 
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! 
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b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma 
oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. 
Por exemplo: 
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. 
c)Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em 
tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de). 
Por exemplo: 
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. 
Diz-se corretamente: 
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer. 
Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.) 
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à 
mencionada em primeiro lugar. Por exemplo: 
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou 
então: este solteiro, aquele casado.] 
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo: 
A menina foi a tal que ameaçou o professor? 
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele, 
àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo: 
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) 
Pronomes Indefinidos 
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) 
ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo: 
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas. 
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, 
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que 
seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. 
Classificam-se em: 
Pronomes Indefinidos Substantivos 
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. 
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São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por 
exemplo: 
Algo o incomoda? 
Quem avisa amigo é. 
Pronomes Indefinidos Adjetivos 
Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada. 
São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo: 
Cada povo tem seus costumes. 
Certas pessoas exercem várias profissões. 
Note que: 
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos: 
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), 
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, 
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, 
uma(s), vários, várias. 
Por exemplo: 
Poucos vieram para o passeio. 
Poucos alunos vieram para o passeio. 
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro: 
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São locuções pronominais indefinidas: 
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja 
qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou 
outra, etc. Por exemplo: 
Cada um escolheu o vinho desejado. 
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Pronomes Relativos 
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e 
com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: 
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. 
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). 
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. 
Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que". 
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos 
"o", "a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)", 
"aquilo".). Por exemplo: 
Não sei o que você está querendo dizer. 
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo: 
Quem casa, quer casa. 
Observe o quadro abaixo: 
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Note que: 
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo 
universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu 
antecedente for um substantivo. Por exemplo: 
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) 
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são 
utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem 
ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à 
pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Por exemplo: 
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de 
"que" neste caso geraria ambiguidade.) 
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar "que" 
depois de "sobre".) 
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. Por 
exemplo: 
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. 
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência 
verbal dos verbos da oração. Por exemplo: 
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com) 
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de) 
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale 
a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". Por exemplo 
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e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto 
(ou variações) e tudo: Por exemplo: 
 
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por 
exemplo: 
 
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na 
indicação de lugar. Por exemplo: 
A casa onde morava foi assaltada. 
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". Por exemplo: 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: 
- como (= pelo qual) 
Por exemplo: 
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. 
- quando (= em que) 
Por exemplo: 
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. 
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo: 
O futebol é um esporte. 
O povo gosta muito deste esporte. 
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. 
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k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". Por 
exemplo: 
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 
Pronomes Interrogativos 
 São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os 
pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. 
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). 
Por exemplo: 
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. 
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes. 
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram. 
 
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Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos 
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por 
exemplo: 
Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)Aquilo me deixou alegre. 
Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas 
as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito 
inanimado - marca de situação no espaço). 
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, 
juntando-lhe uma característica. Por exemplo: 
Este moço é meu irmão. 
Alguma coisa me deixou alegre. 
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua 
classificação específica. Por exemplo: 
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido). 
Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome 
substantivo possessivo) 
Conjunção 
Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como 
elemento de ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavra de mesma 
função em uma oração: 
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. 
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. 
Morfossintaxe da Conjunção 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: 
são conectivos. 
 
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Classificação da Conjunção 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em 
coordenativas e subordinativas. 
No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse 
isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos 
elementos possui. 
Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do 
outro. Veja: 
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. 
Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. 
Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas) 
coordenativa – “mas”. 
Já em: Espero que eu seja aprovada no concurso! 
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda “completa” o sentido da 
primeira (da oração principal): 
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva 
objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal). 
Conjunções Coordenativas 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que 
têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, 
nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Não só dança, mas também canta. 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou 
compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, 
indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... 
quer, seja... seja, talvez... talvez. 
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
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4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou 
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, 
assim. 
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela 
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. 
Não demore, que o filme já vai começar. 
Falei muito, pois não gosto do silêncio! 
Conjunções Subordinativas 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração 
dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração 
subordinada. Veja o exemplo: 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) 
ela chegou: oração subordinada 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o 
sentido da principal. 
Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas 
substantivas. São elas: que, se. 
Quero que você volte. (Quero sua volta) 
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da 
principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: 
porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, 
já que, desde que, etc. 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no 
entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, 
mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. 
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Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência 
da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, 
sem que, etc. 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção condicional “se” também é conjunção 
integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima, ela nos 
dá a ideia da condição para que recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração: 
Não sei se farei o concurso... 
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração principal (sei) pede 
complemento (objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto, a oração em 
destaque exerce a função de objeto direto da oração principal, sendo classificada como oração 
subordinada substantiva objetiva direta. 
d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com 
outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza 
a oração principal. 
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado 
proporcionalmente à ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção 
que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto 
menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
* Observação: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na 
medida em que. 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato 
expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, 
todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. 
A briga começou assim que saímos da festa. 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência 
à oração principal. 
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São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do 
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais),etc. 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: 
de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como 
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser 
classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. 
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de 
suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com 
palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases 
e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções 
fazem parte daquilo a que se pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjunto das 
relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende 
do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem 
semanticamente no enunciado. 
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na 
produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de 
circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade, 
causa e consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou 
argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de 
contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas. 
Verbo 
 Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode 
indicar, entre outros processos: 
ação (correr); 
estado (ficar); 
fenômeno (chover); 
ocorrência (nascer); 
desejo (querer). 
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe 
que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns 
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verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que 
esses verbos possuem. 
Estrutura das Formas Verbais 
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: 
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo: 
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. 
Por exemplo: 
fala-r 
São três as conjugações: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) 
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 
3ª - Vogal Temática - I - (partir) 
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por 
exemplo: 
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) 
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) 
e o número (singular ou plural). Por exemplo: 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 
falavam(indica a 3ª pessoa do plural.) 
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem 
à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver 
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de 
acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico 
cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o 
acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, 
nutriríamos. 
Classificação dos Verbos 
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Classificam-se em: 
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão 
não provoca alterações no radical. Por exemplo: 
canto 
cantei 
cantarei 
cantava 
cantasse 
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por 
exemplo: 
faço 
fiz 
farei 
fizesse 
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em 
impessoais, unipessoais e pessoais. 
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa 
do singular. Os principais verbos impessoais são: 
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). 
Por exemplo: 
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) 
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) 
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) 
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo: 
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. 
Era primavera quando a conheci. 
Estava frio naquele dia. 
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, 
gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-
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humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, 
empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo: 
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) 
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) 
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) 
d) São impessoais, ainda: 
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis. 
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de 
tolices. Chega de blasfêmias. 
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, 
Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, 
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo: 
Não deu para chegar mais cedo. 
Dá para me arrumar uns trocados? 
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas do 
singular e do plural. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais, 
como: 
bramar (tigre) 
bramir (crocodilo) 
cacarejar (galinha) 
coaxar (sapo) 
cricrilar (grilo) 
Os principais verbos unipessoais são: 
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.). 
Observe os exemplos: 
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante) 
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover) 
É preciso que chova. (Sujeito: que chova) 
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2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Observe os 
exemplos: 
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar) 
Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia) 
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. 
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. 
Por exemplo: verbo falir 
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo 
falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos. 
Por exemplo: verbo computar 
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - 
formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões 
muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbaisrepudiadas por alguns gramáticos: 
exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da 
informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas. 
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. 
Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas 
regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio 
irregular). Observe: 
 
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: 
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- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções 
verbais. O verbo principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando 
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio 
ou particípio. 
 
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver. 
Conjugação dos Verbos Auxiliares 
SER - Modo Indicativo 
 
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g) Pronominais 
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, 
se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou 
apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: 
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, 
vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. 
Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. 
Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. 
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) 
que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o 
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre 
é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva 
expressa pelo radical do próprio verbo. 
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes): 
Eu me arrependo 
Tu te arrependes 
Ele se arrepende 
Nós nos arrependemos 
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem 
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai 
sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o 
sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou 
transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, 
formando o que se chama voz reflexiva. 
Por exemplo: Maria se penteava. 
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A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra 
pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me. 
Observações: 
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos 
pronominais não possuem função sintática. 
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são 
essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, 
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. 
Por exemplo: Eu me feri. --- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular 
me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular 
Modos Verbais 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em 
português, existem três modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo. 
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã. 
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino. 
Formas Nominais 
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de 
nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. 
Observe: 
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo 
ter valor e função de substantivo. Por exemplo: 
Viver é lutar. (= vida é luta) 
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma 
composta). Por exemplo: 
É preciso ler este livro. 
Era preciso ter lido este livro. 
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas 
do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, 
flexiona-se da seguinte maneira: 
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2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres (tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) 
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) 
Por exemplo: 
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. 
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) 
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) 
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação 
concluída. Por exemplo: 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. 
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. 
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio 
indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e 
grau. Por exemplo: 
Terminados os exames, os candidatos saíram. 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume 
verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: 
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. 
Tempos Verbais 
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode 
ocorrer em diversos tempos. Veja: 
1. Tempos do Indicativo 
Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: 
Eu estudo neste colégio. 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que 
não foi completamente terminado. Por exemplo: 
Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
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Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e 
que foi totalmente terminado. Por exemplo: 
Ele estudou as lições ontem à noite. 
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se 
prolongar até o momento atual. Por exemplo: 
Tenho estudado muito para os exames. 
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. 
Por exemplo: 
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) 
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com 
relação ao momento atual. Por exemplo: 
Ele estudará as lições amanhã. 
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um 
momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: 
Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. 
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um 
determinado fato passado. Por exemplo: 
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
Futuro do Pretérito (composto)- Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a 
um determinado fato passado. Por exemplo: 
Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias. 
Tempos do Subjuntivo 
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo: 
É conveniente que estudes para o exame. 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Por 
exemplo: 
Eu esperava que ele vencesse o jogo. 
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de 
condição ou desejo. Por exemplo: 
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
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Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento 
passado. Por exemplo: 
Embora tenha estudado bastante, não passou no teste. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já 
terminado. Por exemplo: 
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames. 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em 
relação ao atual. Por exemplo: 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. 
Por exemplo: 
Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já 
terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: 
Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. 
Formação dos Tempos Simples 
Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados. 
Primitivos: 
Presente do indicativo 
Pretérito perfeito do indicativo 
Infinitivo impessoal 
 
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Derivados do Presente do Indicativo: 
Presente do subjuntivo 
Imperativo afirmativo 
Imperativo negativo 
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
Pretérito imperfeito do subjuntivo 
Futuro do subjuntivo 
Derivados do Infinitivo Impessoal: 
Futuro do presente do indicativo 
Futuro do pretérito do indicativo 
Imperfeito do indicativo 
Gerúndio 
Particípio 
Tempos Primitivos 
 
Pretérito Perfeito do Indicativo 
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal. 
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Infinitivo Impessoal 
 
Tempos Derivados do Presente do Indicativo 
Presente do Subjuntivo 
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do 
singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela 
desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). 
 
 
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Imperativo 
Imperativo Afirmativo ou Positivo 
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do 
singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas 
vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: 
 
Imperativo Negativo 
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do 
subjuntivo. 
 
Observações: 
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, 
pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. 
Por essa razão, utiliza-se você/vocês. 
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós). 
Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 
 
 
 
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Pretérito mais-que-perfeito 
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª 
pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -
RA mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do plural do 
pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final e 
acréscimo da desinência de número e pessoa. 
Ou simplesmente: 
tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
Observe o quadro: 
 
Futuro do Subjuntivo 
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a 
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito 
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimo da desinência 
de número e pessoa. 
Ou simplesmente: 
tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
Observe o quadro: 
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Atenção: 
Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nos-á 
verificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o 
infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre 
sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer, 
fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer, 
fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do 
pretérito perfeito do indicativo. 
Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal 
Futuro do Presente do Indicativo 
Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) } 
Veja: 
 
Futuro do Pretérito do Indicativo 
Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
Veja: 
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Infinitivo Pessoal 
Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª 
pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
 
Questões sobre Verbo 
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à 
conjugação verbal é: A) Houveram eleições em outros países este ano. 
B) Se eu vir você por aí, acabou. 
C) Tinha chego atrasado vinte minutos. 
D) Fazem três anos que não tiro férias. 
E) Esse homem possue muitos bens. 
Comentários: 
A) Houveram eleições em outros países este ano = houve 
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado 
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos 
E) Esse homem possue muitos bens = possui 
RESPOSTA: “B”. 
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2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Complete as lacunas com os 
verbos, tempos e modos indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância. 
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque surgiram fatos novos de ontem para 
hoje. (intervir - preté- rito perfeito do indicativo) 
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos postados no facebook. (entreter - 
pretérito imperfeito do indicativo) 
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na composição da chapa quando se 
_________ de criticar a atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
A-) interveio - entretinham - abstiverem 
B-) interviu - entretiveram - absterem 
C-) intervém - entreteram - abstêm 
D-) interviera - entretêm - abstiverem 
E-) intervirá - entretenham – abstiveram 
Comentários: O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, no pretérito 
perfeitodo Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não 
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma 
opção, chegamos à resposta rapidamente! 
RESPOSTA: “A”. 
 
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3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Considere o trecho a 
seguir. 
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones 
estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para associar 
alguns comportamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e _________ 
alertado os pais 
para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser 
preenchidas, correta e respectivamente, com: 
(A) faz … haver … têm 
(B) fazem … haver … tem 
(C) faz … haverem … têm 
(D) fazem … haverem … têm 
(E) faz … haverem … tem 
Comentários: Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que estudos a respeito 
da utilização abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam 
HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamentos dos 
adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o termo “os 
especialistas”) alertado os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus 
filhos. Temos: faz, haver, têm. 
RESPOSTA: “A”. 
Locuções Verbais 
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as 
locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. 
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo 
único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas 
formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. 
Observe os exemplos: 
Estou lendo o jornal. 
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. 
Ninguém poderá sair antes do término da sessão. 
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir 
por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é 
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usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são 
auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se 
realize ou não. Veja: 
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo: 
Quero ver você hoje. 
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, 
pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal. 
Vozes do Verbo 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente 
ou paciente da ação. 
São três as vozes verbais: 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: 
 
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: 
 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a 
ação. Por exemplo: 
O menino feriu-se. 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
Formação da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. 
1- Voz Passiva Analítica 
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: 
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A escola será pintada. 
O trabalho é feito por ele. 
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer 
a construção com a preposição de. Por exemplo: 
A casa ficou cercada de soldados. 
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo: 
A exposição será aberta amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. 
Observe a transformação das frases seguintes: 
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) 
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo 
principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: 
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem 
eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo: 
A moça ficou marcada pela doença. 
2- Voz Passiva Sintética 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do 
pronome apassivador SE. Por exemplo: 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio da escola. 
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética. 
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
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Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por 
exemplo: 
 
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da 
passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. 
Observe mais exemplos: 
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. 
Eu o acompanharei. 
Ele será acompanhado por mim. 
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na 
passiva. Por exemplo: 
Prejudicaram-me. 
Fui prejudicado. 
Saiba que: 
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por 
exemplo: 
O vinho é bom. 
Aqui chove muito. 
2) Há formas passivas com sentido ativo. Por exemplo: 
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) 
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo. Por exemplo: 
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) 
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Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são 
considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo: 
Chamo-me Luís. 
Batizei-me na Igreja do Carmo. 
Operou-se de hérnia. 
Vacinaram-se contra a gripe. 
QUESTÕES 
 
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/- adaptada) A frase “que foi 
trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a: 
(A) que o instituto Endeavor traz; 
(B) que o instituto Endeavor trouxe; 
(C) trazida pelo instituto Endeavor; 
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor; 
(E) que traz o instituto Endeavor. 
 
Comentários: Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que o instituto 
Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – assim como na passiva). 
RESPOSTA: “B”. 
 
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/- adaptada) Ao passarmos a frase “...e É 
CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, 
encontramos a seguinte forma verbal: 
A) consideravam. 
B) consideram. 
C) considerem. 
D) considerarão. 
E) considerariam. 
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Comentários - É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos = dois 
verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior maratonista 
de todos os tempos. 
RESPOSTA: “B”. 
 
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) 
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar uma observação de Machado de Assis”, 
a forma verbal resultante deverá ser 
(A) terei glosado 
(B) seria glosada 
(C) haverá de ser glosada 
(D) será glosada 
(E) terá sido glosada 
 
Comentários: “vou glosar uma observação de Machado de Assis” – “vou glosar” expressa 
“glosarei”, então teremos na passiva: uma observação de Machado de Assis será glosada por 
mim. 
RESPOSTA: “D”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pontuação e Acentuação gráfica 
 
Pontuação 
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a 
coerência textual, além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto 
escrito adquire diferentes significados quando pontuado de formas diversificadas. O uso da 
pontuação depende, em certos momentos, da intenção do autor do discurso. Assim, os sinais 
de pontuação estão diretamente relacionados ao contexto e ao interlocutor. 
Principais funções dos sinais de pontuação 
Ponto (.) 
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encerrando o período. 
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Companhia). Se a palavra abreviada aparecer 
em final de período, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca, 
também, o fim de período. Exemplo: 
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não “etc..”) 
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do ponto, assim como após o nome do autor 
de uma citação: 
Haverá eleições em outubro 
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) 
4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto nem devem ter espaço a separá-los, 
bem como os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 
Ponto e Vírgula ( ; ) 
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância: “Os pobres dão pelo pão 
o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os 
de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA). 
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e 
calor; outros, montanhas, frio e cobertor. 
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc. 
Ir ao supermercado; 
Pegar as crianças na escola; 
Caminhada na praia; 
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Reunião com amigos. 
Dois pontos (:) 
1- Antes de uma citação 
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: 
2- Antes de um aposto 
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento 
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre. 
4- Em frases de estilo direto 
Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão? 
Ponto de Exclamação (!) 
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. 
Sim! Claro que eu quero me casar com você! 
2- Depois de interjeições ou vocativos 
Ai! Que susto! 
João! Há quanto tempo! 
Ponto de Interrogação (?) 
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. 
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) 
Reticências (...) 
1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis, canetas, cadernos... 
2- Indica interrupção violenta da frase. 
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” 
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: 
Este mal... pega doutor? 
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa, depois, o coração falar... 
Vírgula (,) 
Não se usa vírgula: 
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* separando termos que, do ponto de vista sintático, 
ligam-se diretamente entre si: 
 
 
Usa-se a vírgula: 
- Para marcar intercalação: 
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. 
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades 
de alimentos. 
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas 
vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. 
- Para marcar inversão: 
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): 
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. 
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: 
Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. 
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. 
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): 
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. 
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: 
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. 
- Para isolar: 
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. 
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. 
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Observações: 
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão latina et cetera, que significa “e 
outras coisas”, seria dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo ortográfico 
em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. Precedido de vírgula: Falamos de política, 
futebol, lazer, etc. 
- As perguntas que denotam surpresa podem ter combinados o ponto de interrogação e o de 
exclamação: Você falou isso para ela?! 
- Temos, ainda, sinais distintivos: 
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separação de siglas (IOF/UPC); 
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como 
primeira opção aos parênteses, principalmente na matemática; 
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma nota de rodapé ou no fim do livro, 
para substituir um nome que não se quer mencionar. 
Questões 
 
1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) 
 
 
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em: 
A) Hagar disse, que não iria. 
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e lagostas, aos vizinhos. 
C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Hagar e Helga 
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D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à Helga. 
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e 
lagostas. 
 
Comentários: 
A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto) 
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e lagostas aos vizinhos. = não há 
vírgula entre verbo e seu complemento (objeto) 
C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar e Helga. 
D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Helga. 
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e 
lagostas. 
RESPOSTA: “E”. 
 
2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE) 
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais 
comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra 
“vinhos”. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1), 
predicativo do sujeito (2),ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações. 
Exemplos: 
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! 
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 
RESPOSTA: “CERTO”. 
 
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB) Em apenas uma das opções a vírgula foi 
corretamente empregada. Assinale-a. 
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. 
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B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. 
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas. 
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental. 
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. 
Comentários: 
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta 
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se 
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). 
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas = não se separa sujeito do 
predicado. 
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental = não se separa sujeito do 
predicado. 
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. = não se separa 
sujeito do predicado 
RESPOSTA: “A” 
Acentuação gráfica 
Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm acento gráfico e outras não; na 
pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às 
regras! 
Regras básicas – Acentuação tônica 
A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que são pronunciadas as sílabas das 
palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As 
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – 
Belém – atum – caju – papel 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – 
táxi – leque – sapato – passível 
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – 
câmara – tímpano – médico – ônibus. 
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Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com 
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos. 
Os acentos 
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que 
estas letras representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras 
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos). 
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, 
timbre fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs . 
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes: à – às – àquelas 
– àqueles 
trema ( ̈ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: 
é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller) 
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã 
Regras fundamentais 
Palavras oxítonas: 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do 
plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém. 
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: 
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há 
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, 
recebê-lo, compô-lo 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is: táxi – lápis – júri 
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos 
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa – 
memória 
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** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que esta palavra apresenta as 
terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, 
ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! 
 
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Regras especiais: 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados, 
perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras 
paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba 
(céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu. 
 
Acento Diferencial 
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentuação, não se justificariam, mas 
são utilizados para diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos 
verbais. Por exemplo: 
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo do verbo “poder”) X 
pode (presente do Indicativo do mesmo verbo). 
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: terminada em “o” seguida de “r” não 
deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que 
saibamos se se trata de um verbo ou preposição. 
Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados: para (verbo), para (preposição), 
pelo (substantivo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramaticais são definidos 
pelo contexto. 
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, preposição 
(com relação de finalidade). 
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, estaremos trabalhando com 
um verbo, portanto: 
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. / Posso pôr (colocar) meus 
livros aqui? 
 
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Regra do Hiato: 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado 
ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís. 
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, 
n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-
nha, ven-to-i-nha. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, 
pa-ra-cu-u-ba. 
Observação importante: 
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de 
ditongo (nas paroxítonas): 
 
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que 
não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. 
Repare: 
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. 
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! 
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garotos deem o recado! 
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 
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Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde! 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou 
“q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas: 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele 
vem – eles vêm (verbo vir) 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles 
contêm, ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm 
Questões 
 
1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO) 
Assinale a alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra. 
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”. 
(B) “Inacreditáveis”e “repórter”. 
(C) “Índice” e “dólares”. 
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”. 
(E) “Atribuídos” e “índice”. 
 
Comentários: 
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona 
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona 
(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona 
(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato 
(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona 
RESPOSTA: “B”. 
 
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2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUNDATEC) 
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. 
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo 
palavras da língua portuguesa. 
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma. 
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. 
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de 
número. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I e III. 
B) Apenas II e IV. 
C) Apenas I, II e IV. 
D) Apenas II, III e IV. 
E) I, II, III e IV. 
Comentários: 
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo 
palavras da língua portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) 
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é 
paroxítona terminada em ditongo; país é a regra do hiato (correta) 
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, por isso a acentuação (da - í) = 
incorreta. 
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de 
número = “vêm” é utilizado para a terceira pessoa do plural (correta) 
RESPOSTA: “C”. 
 
 
Sintaxe de concordância e regência. 
 
Colocação Pronominal 
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. 
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* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função de complemento verbal (objeto). Por isso, 
memorize: 
OBlíquo = OBjeto! 
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas 
normas devem ser observadas na linguagem escrita. 
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.: Não se desespere! 
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem tudo! 
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se esforçou. 
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportunidade. 
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem lhe disse isso? 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto se ofendem! 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas): Que Deus o ajude. 
5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome reto ou sujeito expresso: 
Eu lhe entregarei o material amanhã. 
Tu sabes cantar? 
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada: 
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não 
estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos: 
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. 
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração 
alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja: 
Não se realizará... 
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
(Com presença de palavra que justifique o uso de pró- clise: Não fossem os meus compromissos, EU te 
acompanharia nessa viagem). 
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise 
não forem possíveis: 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
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2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não era minha intenção machucá-la. 
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se inicia período com pronome oblíquo). 
Vou-me embora agora mesmo. 
Levanto-me às 6h. 
4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo no concurso, mudo-me hoje mesmo! 
5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
- após verbo no particípio = pronome depois do verbo auxiliar (e não depois do particípio): 
Tenho me deliciado com a leitura! 
Eu tenho me deliciado com a leitura! 
Eu me tenho deliciado com a leitura! 
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas locuções verbais: 
Vamos nos unir! 
Iremos nos manifestar. 
- quando há um fator para próclise nos tempos compostos ou locuções verbais: opção pelo uso do 
pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos 
preocupar”). 
Observações importantes: 
Emprego de o, a, os, as 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para 
no, na, nos, nas. 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
* Dica: 
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Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa “antes”! Pronome antes do verbo! 
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome depois 
do verbo! 
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo 
Pronome Oblíquo – função de objeto 
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração 
alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja: 
Não se realizará... 
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
(Com presença de palavra que justifique o uso de pró- clise: Não fossem os meus compromissos, EU te 
acompanharia nessa viagem). 
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise 
não forem possíveis: 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não era minha intenção machucá-la. 
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se inicia período com pronome oblíquo). 
Vou-me embora agora mesmo. 
Levanto-me às 6h. 
4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo no concurso, mudo-me hoje mesmo! 
5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
- após verbo no particípio = pronome depois do verbo auxiliar (e não depois do particípio): 
Tenho me deliciado com a leitura! 
Eu tenho me deliciado com a leitura! 
Eu me tenho deliciado com a leitura! 
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas locuções verbais: 
Vamos nos unir! 
Iremos nos manifestar. 
- quando há um fator para próclise nos tempos compostos ou locuções verbais: opção pelo uso do 
pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos 
preocupar”). 
Observações importantes: 
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Emprego de o, a, os, as 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, ospronomes: o, a, os, as não se alteram. 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para 
no, na, nos, nas. 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
* Dica: 
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa “antes”! Pronome antes do verbo! 
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome depois 
do verbo! 
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo 
Pronome Oblíquo – função de objeto 
Questões 
 
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que 
reconhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de acordo com a 
norma-padrão da língua, o trecho assume a formulação apresentada em: 
A) Há políticas que a reconhecem. 
B) Há políticas que reconhecem-a. 
C) Há políticas que reconhecem-na. 
D) Há políticas que reconhecem ela. 
E) Há políticas que lhe reconhecem. 
Comentários: Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indireto. Reconhece o quê? 
Resposta: a informalidade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos 
“lhe” – que é para objeto indireto. 
Como temos a presença do “que” – independente de sua função no período (pronome relativo, no 
caso!) – a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a reconhecem. 
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RESPOSTA: “A”. 
 
2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome 
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: 
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu 
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os 
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la 
(D) que desviava a água = que lhe desviava 
(E) supriam a necessidade = supriam-na 
 
Comentários: 
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta 
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta 
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta 
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava 
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta 
RESPOSTA: “D”. 
 
3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) “cruzando os desertos do oeste da China − que 
contornam a Índia − adotam complexas providências Fazendo-se as alterações necessárias, os 
segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em: 
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 
 
Comentários: Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao objeto indireto (verbo “cruzar” pede 
objeto direto: cruzar o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B” e “D”. Ao iniciarmos um 
parágrafo (já que no enunciado temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando-os); na 
segunda oração temos um pronome relativo (dá para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a 
usar a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto (adotam quem ou o quê?), chegando à 
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resposta: adotamnas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pronome oblíquo direto, 
lembre-se do alfabeto: jklM – N!). 
RESPOSTA: “D”. 
Concordância nominal e verbal; Regência nominal e verbal 
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou 
um nome (regência nominal) e seus complementos. 
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO 
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os 
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Há verbos 
que admitem mais de uma regência, o que corresponde à diversidade de significados que estesverbos 
podem adquirir dependendo do contexto em que forem empregados. 
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, contentar. 
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agrado ou prazer”, satisfazer. 
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”. 
Saiba que: 
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da 
regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o 
sentido daquilo que está sendo dito. 
Cheguei ao metrô. 
Cheguei no metrô. 
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim 
utilizado. 
A voluntária distribuía leite às crianças. 
A voluntária distribuía leite com as crianças. 
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado como transitivo direto (objeto direto: leite) e 
indireto (objeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto (objeto direto: crianças; com 
as crianças: adjunto adverbial). 
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. Esta, 
porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas. 
1-) Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns 
detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. 
- Chegar, Ir 
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Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições 
usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
 
- Comparecer 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
2-) Verbos Transitivos Diretos 
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem 
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, lembre-se de 
que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir 
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após 
formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, 
objetos indiretos. 
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, 
acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, 
conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, 
respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o 
verbo amar: 
Amo aquele rapaz. / Amo-o. 
Amo aquela moça. / Amo-a. 
Amam aquele rapaz. / Amam-no. 
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. 
Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que 
atuam como adjuntos adnominais): 
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) 
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) 
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) 
3-) Verbos Transitivos Indiretos 
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses 
verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais 
do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para 
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos 
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indiretos. Com os objetosindiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos 
tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. 
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: 
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”: A modernidade verdadeira 
consiste em direitos iguais para todos. 
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”: 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
- Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto 
para indicar “a quem” ou “ao que” se responde. 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
Observação: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se 
responde, admite voz passiva analítica: 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”. 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada. 
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. 
Merecem destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos que apresentam objeto 
direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
 
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado: 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
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Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes 
Informar 
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) 
Observação: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, 
notificar, cientificar, prevenir. 
Comparar 
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para introduzir o 
complemento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. 
Pedir 
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente naforma de oração subordinada substantiva) e 
indireto de pessoa. 
 
Saiba que: 
- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado 
na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida. 
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração subordinada adverbial final 
reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 
Preferir 
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”: 
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Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. 
Prefiro trem a ônibus. 
Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: 
muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio 
verbo (pre). 
Mudança de Transitividade - Mudança de Significado 
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O 
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois 
além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a 
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: 
AGRADAR 
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar, fazer as vontades de. 
Sempre agrada o filho quando. 
Aquele comerciante agrada os clientes. 
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege 
complemento introduzido pela preposição “a”. 
O cantor não agradou aos presentes. 
O cantor não lhes agradou. 
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: 
O cantor desagradou à plateia. 
ASPIRAR 
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. 
(Aspirava-o) 
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição: Aspirávamos a um emprego 
melhor. (Aspirávamos a ele) 
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” 
não são utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. 
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) 
ASSISTIR 
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar. 
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. 
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. 
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. 
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Assistimos ao documentário. 
Não assisti às últimas sessões. 
Essa lei assiste ao inquilino. 
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto 
adverbial de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturbada cidade. 
CHAMAR 
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de. 
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá chamá-la. 
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. 
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere 
predicativo preposicionado ou não. 
A torcida chamou o jogador mercenário. 
A torcida chamou ao jogador mercenário. 
A torcida chamou o jogador de mercenário. 
A torcida chamou ao jogador de mercenário. 
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: 
Como você se chama? Eu me chamo José. 
CUSTAR 
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto 
adverbial: 
Frutas e verduras não deveriam custar muito. 
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma 
oração reduzida de infinitivo. 
 
*A Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo “custar” um sujeito 
representado por pessoa: 
Custei para entender o problema. = Forma correta: Custou-me entender o problema. 
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IMPLICAR 
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: 
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes implicavam um firme propósito. 
b) ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar: Uma ação implica reação. 
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver: Implicaram aquele jornalista em 
questões econômicas. 
* No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição “com”: 
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. 
NAMORAR 
- Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois anos. 
OBEDECER - DESOBEDECER 
- Sempre transitivo indireto: 
Todos obedeceram às regras. 
Ninguém desobedece às leis. 
*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem “lhes”: As leis são essas, mas todos 
desobedecem a elas. 
 
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PROCEDER 
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento,ter fundamento ou comportar-se, 
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. 
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. 
Você procede muito mal. 
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição “de”) e fazer, executar (rege complemento 
introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto. 
O avião procede de Maceió. 
Procedeu-se aos exames. 
O delegado procederá ao inquérito. 
QUERER 
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter 
vontade de, cobiçar. 
Querem melhor atendimento. 
Queremos um país melhor. 
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. 
VISAR 
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. 
O homem visou o alvo. 
O gerente não quis visar o cheque. 
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a preposição 
“a”. 
O ensino deve sempre visar ao progresso social. 
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público. 
ESQUECER – LEMBRAR 
- Lembrar algo – esquecer algo 
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) 
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele 
esqueceu o livro. 
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. 
São, portanto, transitivos indiretos: 
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- Ele se esqueceu do caderno. 
- Eu me esqueci da chave. 
- Eles se esqueceram da prova. 
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu. 
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo 
sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil 
encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, 
fez uso dessa construção várias vezes. Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) 
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança) 
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=momentos é sujeito) 
SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR 
- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”: 
Não simpatizei com os jurados. 
Simpatizei com os alunos. 
Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam 
usados com a preposição “a”: 
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel. 
Cláudia desceu ao segundo andar. 
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua. 
Regência Nominal 
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos 
por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. 
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente 
o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, 
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes 
correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja: 
Obedecer a algo/ a alguém. 
Obediente a algo/ a alguém. 
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, 
ela será completiva nominal (subordinada substantiva). 
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Questões 
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase 
segue a norma culta da 
língua quanto à regência verbal. 
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. 
B) Eu esqueci do seu nome. 
C) Você assistiu à cena toda? 
D) Ele chegou na oficina pela manhã. 
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. 
Comentários: 
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar de ônibus a dirigir 
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nome 
C) Você assistiu à cena toda? = correta 
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à oficina pela manhã 
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obedeço às leis de trânsito 
RESPOSTA: “C”. 
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) 
Leia o seguinte trecho para responder à questão. A pesquisa encontrou um dado curioso: homens 
com baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imunológica melhor a essa medida, similar 
_______________ . 
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: 
(A) das mulheres 
(B) às mulheres 
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(C) com das mulheres 
(D) à das mulheres 
(E) ao das mulheres 
Comentários: Similar significa igual; sua regência equivale à da 
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: resposta imunológica) das 
mulheres. 
RESPOSTA: “D”. 
Concordância Verbal e Nominal 
Concordância verbal consiste na harmonia estabelecida entre o sujeito (considerando número e 
pessoa) e o verbo empregado. Exemplos: 
Eu amo quando as folhas caem no outono. 
Elas amam quando as folhas caem no outono. 
Lúcia e Rodrigo entraram na livraria. 
Concordância nominal: acontece quando existe a harmonia em gênero (feminino ou masculino) e 
número (singular ou plural) entre o substantivo e o adjetivo atribuído a ele. Exemplos: 
O menino estudioso passou na prova. 
Os meninos estudiosos passaram na prova. 
A menina estudiosa passou na prova. 
As meninas estudiosas passaram na prova. 
A regra de ouro com relação à concordância nominal é a de que, um adjetivo, quando caracteriza 
apenas um substantivo, concorda em gênero e número com esse substantivo. Ainda que a regra acima 
seja predominante, também é possível que ocorra a concordância nominal entre um pronome ou 
numeral substantivo assim como outros termos da oração que possuem relação com ele, tais como 
particípios, artigos, numerais adjetivos e pronomes adjetivos. 
Dúvidas específicas sobre concordância verbal 
Ainda que o conteúdo de concordância verbal e nominal pareça um assunto simples, são várias as 
ocasiões em que surgem dúvidas e é sobre elas que vamos falar a seguir. 
 
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Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes. 
O verbo vai para o plural e deve concordar com a pessoa, conforme ordem de prioridade. Exemplo: 
Maurício e eu conseguimos comprar um carro. 
Neste caso, a primeira pessoa do singular tem prioridade. Passando para o plural, ela equivale a nós 
(nós conseguimos comprar um carro). 
Sujeitos ligados por ou. 
Os verbos que são ligados por “ou” devem ir para o plural nos casos em que a ação fizer referência a 
todos os elementos do sujeito. Exemplos: 
Balas ou chocolates desagradam a menina. Quando o “ou” é usado com a finalidade de retificação, o 
verbo deve concordar com o último elemento. 
Maria ou Ana ganhará mais tempo. Já quando o verbo é aplicado a somente um dos elementos, ele 
deve ficar no singular. 
Indicações de datas. 
Há duas variações, sendo que em uma delas o verbo deve concordar com a palavra “dia”. Exemplos: 
Hoje são 2 de novembro. 
Hoje é dia 2 de novembro. 
Sujeitos formados por sinônimos 
Nessa situação, o verbo pode ir para o plural ou também ficar no singular, concordando com o núcleo 
que estiver mais próximo. Exemplos: 
Eficácia e agilidade destacaram aquela empresa. 
Eficácia e agilidade destacou aquela empresa. 
Verbos impessoais: O verbo sempre deve ser conjugado na terceira pessoa do singular. Exemplos: 
Havia muitos pratos naquela mesa. 
Houve dois anos sem mudanças. 
Sujeitos ligados por com: O verbo vai para o plural quando é semelhante à ligação “e”. Exemplo: 
A atriz com seus convidados chegaram às 7 horas. 
Entretanto, quando o com representa a ideia de “em companhia de”, o verbo deve concordar com o 
antecedente e o segmento “com” é grafado entrevírgulas: Exemplo: 
A pintora, com todas as ajudantes, decidiu mudar a data do evento. 
Sujeito formado por palavras em enumeração e graduação: o verbo pode flexionar para o plural e 
também concordar com o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos: 
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Um mês, um ano, uma vida de poder não supriu a saúde. 
Um mês, um ano, uma vida de poder não supriram a saúde. 
Pronome relativo quem: o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular como também 
pode concordar com o antecedente do pronome quem. Exemplos: 
Fui eu quem falou. 
Fui eu quem falei. 
Sujeito seguido por tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um 
Em todos esses casos o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
João, Bruna, Henrique, ninguém o convenceu de mudar a atitude. 
Pronome relativo que 
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome que. 
Exemplos: 
Fui eu que levou. 
Foi ele que levou. 
Sujeitos ligados por nem. 
O verbo deve ir para o plural. 
Exemplo: 
Nem frio nem chuva são bem recebidos na cidade. 
Locuções é muito, é pouco, é mais de, é menos de. 
No caso dessas locuções que se referem a peso, preço e quantidade, o verbo deve ficar sempre no 
singular. 
Exemplo: 
Cinco vezes é muito. 
Partícula “se.” 
Quando a palavra se indica indeterminação do sujeito, o verbo é conjugado na terceira pessoa do 
singular. 
Exemplo: 
Respeita-se a todos. 
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Já quando a palavra se é utilizada na voz passiva, o verbo é conjugado com o sujeito da oração. 
Exemplos: 
Construiu-se uma empresa. 
Construíram-se novas empresas. 
Expressões mais de, menos de, cerca de. 
De forma geral, o verbo concorda com o numeral. 
Exemplos: 
Mais de uma senhora quis trocar os produtos. 
Mais de três pessoas chegaram. 
Quando a expressão mais de é repetida indicando reciprocidade, o verbo deve ir para o plural. 
Exemplo: 
Mais de uma aluna se abraçaram. 
 Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como.” 
 O verbo pode ir para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. 
 Exemplos: 
Tanto Pedro como Rebeca participaram da exposição. 
Tanto Pedro como Rebeca participou da exposição. 
 Sujeito coletivo. 
Geralmente o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
A multidão ultrapassou o cercado. 
Nos casos em que o coletivo estiver especificado, é possível que o verbo seja conjugado no singular 
ou no plural. 
Exemplos: 
A multidão de pessoas ultrapassou o cercado. 
A multidão de pessoas ultrapassaram o cercado. 
Verbos dar, soar, bater + hora(s) 
O verbo sempre concorda com o sujeito. 
Exemplos: 
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Soaram três horas. 
Deu uma hora que espero. 
 Expressão “um dos que.” 
 O verbo pode ser conjugado no singular e também no plural. 
 Exemplos: 
Ele foi um dos que mais contribuiu. 
Ele foi um dos que mais contribuíram. 
 Sujeitos ligados por como, assim como, bem como 
 O verbo é conjugado no plural. 
 Exemplo: 
 O talento, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher valente. 
 Coletivos partitivos (“grande número de”, “a maioria de”, “a maior parte de”.) 
O verbo pode ser conjugado no singular ou no plural 
Exemplos: 
Grande número dos participantes se retirou. 
Grande número dos participantes se retiraram. 
Dúvidas específicas sobre concordância nominal: 
Substantivos e um adjetivo 
 Quando há mais de um substantivo e somente um adjetivo, há duas maneiras de fazer a 
concordância: 
A – Nas situações em que o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo precisa concordar com o 
substantivo que está mais próximo. 
Exemplo: 
Linda menina e bebê. 
B – Quando o adjetivo vem após os substantivos, o adjetivo precisa concordar com o substantivo que 
está mais próximo ou com todos os substantivos, neste caso, prevalece o masculino. 
Exemplos: 
Vocabulário e pronúncia perfeita. 
Pronúncia e vocabulário perfeito. 
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Vocabulário e pronúncia perfeitos. 
Pronúncia e vocabulário perfeitos. 
Adjetivos e um substantivo 
Nos casos em que existe mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos precisam 
concordar com gênero e número com o substantivo. 
Exemplo: 
Amava comida gordurosa e temperada. 
 
QUESTÕES 
1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas. 
a) fazem, havia, existe 
b) fazem, havia, existe 
c) fazem, haviam, existem 
d) faz, havia, existem 
e) faz, havia, existe 
Gabarito: alternativa d. 
Comentários: 
O verbo fazer impessoal (que indica tempo) sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular: Faz 
anos. 
O mesmo acontece com o verbo haver impessoal (que indica tempo ou que tem o sentido de 
"existir"): Havia (existia) neste local árvores e flores. 
O verbo existir, por sua vez, não é impessoal. Por esse motivo, ele deve concordar com o sujeito: 
Só existem ervas daninhas. 
2. (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma verbal está 
errada: 
a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem. 
b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT. 
c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos. 
d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados. 
e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado. 
GABARITO Alternativa c: 
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Correção: Falta aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos. 
O verbo deve concordar com o sujeito. É mais fácil se mudarmos a ordem da oração: Falta uma 
legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos aos países subdesenvolvidos. 
Mude a ordem das orações restantes: 
a) Existem diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem na atualidade . 
b) Os defensivos agrícolas à base de DDT podem provocar sérias lesões hepáticas. 
d) Os efeitos nocivos dos inseticidas clorados persistem por muito tempo no meio ambiente. 
e) Os defensivos do tipo fosforado possuem elevado grau de toxidade . 
3. (Fatec) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases. 
___ , entre analistas políticos, que, se o governo ___ essa política salarial e se o empresariado não ___ 
as perdas salariais ___ sérios problemas estruturais a serem resolvidos, e, quando os sindicatos ___ , 
estará instalado o caos total. 
a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem. 
b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem. 
c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem. 
d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem. 
e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem. 
Gabarito: Alternativa d: 
A partícula "se" é índice de indeterminação do sujeito. Neste caso, o verbo deve ficar na 3.º pessoa 
do singular: Comenta-se. 
O verbo manter está na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo, cuja forma é mantiver: Se 
o governo mantiver. 
O mesmo acontece com o verbo repor, que na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo fica 
repuser. Se o empresariado não repuser. 
O verbo verbo haver impessoal (neste caso, com o sentido de "existir") sempre é conjugado na 3.ª 
pessoa do singular: Haverá sérios problemas. 
O verbo intervir está na 3.ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo, cuja forma é intervierem: 
Quando os sindicatos intervierem. 
4. (FCC) A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre 
homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.

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