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HABILIDADES MÉDICAS II UNIFIMES – Campus Mineiros Curso de Medicina 2024 Professor Gabriel Alvarenga Objetivo da aula ■ Sistema Torácico → Respiratório – Revisão sobre Anatomia e Fisiologia – Sinais e sintomas Sistema Respiratório Anatomia e Fisiologia ■ Vias aéreas superiores: – Fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe ■ Vias aéreas inferiores: – Traqueias, brônquios, bronquíolos, pulmões, pleura ■ Diafragma e músculos intercostais; ■ Caixa torácica; ■ Função: absorção de oxigênio e liberação de gás carbônico. Pulmão direito: 3 lobos Pulmão esquerdo: 2 lobos Pleuras visceral e parietal HematoseBrônquios e ramificações ■ Sintomas ■ Dor torácica ■ Tosse ■ Expectoração ■ Vômica ■ Hemoptise ■ Dispneia (falar sobre as diferentes localidades que podem causar) ■ Ortopneia, platipneia, trepopneia ■ Sibilância ■ Rouquidão ou disfonia ■ Cornagem ou estridor Anamnese do Sistema Respiratório Dor torácica Anamnese do Sistema Respiratório ■ Características da dor: – Localização: hemitórax direito, esquerdo, precordial; – Irradiação: membro superior esquerdo, cervical, abdominal, dorso; – Caráter: aperto, peso, abafamento, pontada, queimação, contínua; – Intensidade: leve, moderada, forte; – Duração: segundos, minutos, horas; – Frequência: súbito ou recorrente, diariamente, semanalmente; – Fatores desencadeantes ou agravantes: esforço, estresse, palpação; – Fatores atenuantes: repouso, uso de medicações; – Sintomas concomitantes: náuseas, vômitos, tremores, sudorese; Anamnese do Sistema Respiratório ■ Dor pleurítica: – Em pontada, fincada; – Bem localizada e sem irradiações; – Pode ser acompanhada de tosse seca e dispneia; – Sem relação com posicionamento; – Pode ser seguida de derrame pleural; – As dores causadas pelas Pneumonias e Infartos Pulmonares são pleuríticas; Dispneia Anamnese do Sistema Respiratório ■ Dispneia: – Relatada como ‘cansaço/canseira’, ‘falta de fôlego’ ou ‘fôlego curto’, ‘fadiga’, ‘o ar não entra’ – Pode ser um sintoma: quando o paciente relata – Pode ser um sinal: quando percebe-se aumento da frequência respiratória (taquipneia), uso de musculatura acessória torácica, esforço respiratório; – Sempre questionar: ■ Relação com esforços e qual grau de esforço necessário para gerar o sintoma; ■ Presença de demais sinais/sintomas associados, como tosse, chiado dor precordial, palpitações, etc; ■ Há quanto tempo o paciente relata o sintoma ■ O caráter de progressão: súbito, insidioso, intermitente; Anamnese do Sistema Respiratório ■ Dispneia: Anamnese do Sistema Respiratório ■ Dispneia: – Dispneia de repouso ou aos esforços; – Dispneia de decúbito dorsal = Ortopneia ■ Lembrar dos derrames pleurais; – Dispneia paroxística noturna – Dispneia de decúbito lateral = Trepopneia ■ Lembrar dos derrames pleurais – Dispneia ao se levantar/sentar = platipneia ■ contrário da ortopneia ■ malformação arteriovenosa pulmonar, síndrome hepatopulmonar, forame oval patente ou um defeito no septo atrial. Anamnese do Sistema Respiratório – Eupneia: respiração normal – Taquipneia: respiração rápida e superficial – Bradipneia: respiração lenta e superficial – Apneia: ausência de respiração – Hiperpneia: respiração rápida e profunda – Kussmaul: inspirações e expirações profundas e vigorosas – Cheyne-Stokes: alternância de apneias/hipopneias com hiperpneias – Biot: alternância entre apneia e respirações anárquicas Tosse Anamnese do Sistema Respiratório ■ Tosse: – Ato reflexo composto por: inspiração profunda → fechamento da glote → retenção de ar nos pulmões → contração brusca da musculatura respiratória → eliminação de ar e à vezes secreções; – Trata-se de um mecanismo de defesa; – Pode ser produtiva ou seca; – Pelo aumento da pressão intracraniana, pode gerar hemorragias conjuntivais; Anamnese do Sistema Respiratório Causas de tosse: Expectoração Anamnese do Sistema Respiratório ■ Hemoptise ou escarro hemoptoico: – Expectoração ou eliminação de sangue pelas vias respiratórias, procedente da traqueia, dos brônquios ou pulmões; – Diferente de hematêmese = vômito com sangue; – Diferente de epistaxe = hemorragias nasais; – Causas: – Infecções, Pneumonias, Embolia Pulmonar, Lesões de traqueia, Traumas, Neoplasias, Doença cardíaca, etc Anamnese do Sistema Respiratório ■ Escarro seroso: – Hialino, claro; – Fisiológico; ■ Escarro mucoide: – Claro, porém mais consistente; – Pode decorrer de infecções de vias aéreas superiores (principalmente virais e alérgicas); ■ Escarro purulento: – Amarelo-esverdeado; – Rico em piócitos; Anamnese do Sistema Respiratório ■ Vômica: – Eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza; – Proveniente do tórax ou do abdome; – Abscessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para os brônquios; Sibilância Anamnese do Sistema Respiratório ■ Sibilância, Chiado ou “chieira“ – Um ruído que até o paciente pode perceber, – Predominantemente na fase expiratória da respiração, – Quase sempre acompanhado de dispneia. – “miado de um gato” – As principais causas brônquicas e pulmonares são: asma, bronquite aguda e crônica, infiltrados eosinofílicos, tuberculose brônquica, neoplasias malignas e benignas, embolias pulmonares, fármacos colinérgicos, bloqueadores beta- adrenérgicos, inalantes químicos, vegetais e animais. Rouquidão e Cornagem Anamnese do Sistema Respiratório ■ Rouquidão – mudança do timbre da voz traduz alteração na dinâmica das cordas vocais – Alterações das cordas vocais – Causas: tuberculose, a paracoccidioidomicose, os pólipos e as neoplasias benignas e malignas ■ Cornagem: – Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) e tiragem; – O paciente desloca a cabeça para trás, em extensão forçada; – Causas mais comuns são: laringite, difteria, edema da glote e corpos estranhos; Bom fim de semana! HABILIDADES MÉDICAS II UNIFIMES – Campus Mineiros Curso de Medicina 2024 Professor Gabriel Alvarenga Objetivo da aula ■ Sistema Torácico → Respiratório – Antecedentes – Exame físico ■ Sintomas ■ Dor torácica ■ Tosse ■ Expectoração ■ Vômica ■ Hemoptise ■ Dispneia (falar sobre as diferentes localidades que podem causar) ■ Ortopneia, platipneia, trepopneia ■ Sibilância ■ Rouquidão ou disfonia ■ Cornagem ou estridor Anamnese do Sistema Respiratório Semiologia do Sistema Respiratório Antecedentes pessoais: •Diagnósticos prévios: Doenças pulmonares prévias (asma, bronquite), infecções (pneumonias, tuberculose, Covid), neoplasias; •Cirurgias prévias; •Uso de medicações (Ex.: amiodarona) •Histórico de alergias; •Histórico de vacinas; •Histórico de traumas torácicos; Hábitos de vida: •Tabagismo, incluindo cigarro eletrônico, etilismo, uso de drogas ilícitas, prática regular de atividade física •Alimentação e ingesta hídrica; •Condições socioeconômicas: acesso à água tratada, saneamento básico, condições de moradia; •Profissões atuais ou antigas: minas, pedreiras, confecção ou transporte de telhas (asbeto); garimpo/escavações (silicose); carvoarias; trabalho com aves e/ou cavernas (histoplasmoses); Antecedentes familiares: •História de pneumopatias; •Neoplasias; Exame físico ■ Inspeção – Estática – Dinâmica ■ Palpação ■ Percussão ■ Ausculta Exame físico torácico Inspeção estática ■ Paciente sentado e deitado ■ Avaliar: – Presença de lesões de pele: nódulos, placas, vesículas; – Coloração da pele: cianose, palidez, hiper/hipocromias; – Formato das mamas, presença de tumorações, posição dos mamilos; – Pulsações; – Presença de circulação colateral; – Alterações musculares; – Formato do tórax: ■ Diâmetros, abaulamentos, tortuosidades, Exame físico torácico Inspeção estática A. Tórax normalB. Em tonel (enfisema/DPOC) C. Infundibuliforme (pectus excavatum) D. Cariniforme (pectus carinatum) E. Escoliose F. Hipercifose G. Gibosidade Exame físico torácico Inspeção estática ■ Presença de baqueteamento ou hipocratismo digital Exame físico torácico Inspeção dinâmica Fazer avaliações comparativas entre ambos os hemitórax: ■ Movimentos respiratórios: ■ Simetria: – Os hemitórax geralmente se expandem simetricamente; ■ Expansibilidade: – Normal ou reduzida – também será avaliada na palpação ■ Alterações na musculatura: – Retrações ou abaulamentos musculares (Sinal de Lemos Torres) → – Tiragem: retração exagerada da musculatura – Uso de musculatura acessória e/ou abdominal ■ Frequência respiratória: – Normal: 12 a 20 incursões respiratórias por minuto (irpm) – adulto ■ Tempo de inspiração e expiração: – Exemplo: pacientes enfisematosos ou em broncoespasmo podem ter o tempo expiratório aumentado Abaulamento dos espaços intercostais durante a inspiração: Derrame pleural Exame físico torácico Inspeção dinâmica – Eupneia: respiração normal – Taquipneia: respiração rápida e superficial – Bradipneia: respiração lenta e superficial – Apneia: ausência de respiração – Hiperpneia: respiração rápida e profunda – Kussmaul: inspirações e expirações profundas e vigorosas, com pequenas pausas – Cheyne-Stokes: alternância de apneias/hipopneias com hiperpneias – Biot: alternância entre apneia e respirações anárquicas Exame físico torácico Palpação ■ Palpação de lesões cutâneas; ■ Palpação de proeminências e abaulamentos, se presentes; ■ Avaliação de sensibilidade e dor; ■ Temperatura: – Usar o dorso das mãos e avaliar simetria contralateral ■ Avaliação de edema e crepitações → enfisema subcutâneo ■ Palpação de linfonodos; Exame físico torácico Palpação ■ Expansibilidade pulmonar: – Coloca-se atrás do paciente, com as mãos em ambos os hemitórax, de maneira simétrica e pede que o paciente faça uma inspiração, com avaliação tanto nos ápices quanto nas bases da expansão – aumento da distância entre os dedos; Exame físico torácico Palpação ■ Frêmito toracovocal (FTV): – São vibrações geradas pelas cordas vocais transmitidas à parede torácica – As vibrações são mais perceptíveis com vozes graves, com palavras ricas em consoantes ou com a entonação; ■ Ex: “trinta e três”; “ooooooooo”; – Alterações no parênquima pulmonar podem modificar a transmissão das vibrações: ■ Derrames pleurais líquidos ou gasosos (pneumotórax) → afastam o pulmão da parede e reduzem a transmissão das vibrações → redução ou mesmo abolição do FTV; ■ Condensações/consolidações pulmonares (pneumonias) → facilita a transmissão das vibrações → aumentam o FTV; Exame físico torácico Palpação ■ Frêmito toracovocal (FTV): – Apoia-se a mão espalmada sobre cada região, “fugindo” das escápulas no dorso, solicita a cada palpação que o paciente repira “trinta e três” e faz comparações com o lado contralateral. Também fazer avaliação nos ápices pulmonares na porção anterior. Exame físico torácico Percussão ■ Semiotécnica: – apoia-se o dedo da mão não dominante sobre a região a ser avaliada e com a(s) ponta(s) do(s) dedo(s) da outra mão percute-se a região interfalangiana (mais rígida) do dedo que está apoiado. O som vai se propagar e refletir nas estruturas, produzindo sons variados de acordo com o material encontrado no caminho. Exame físico torácico Percussão ■ Iniciar pela face posterior, de cima para baixo, separadamente cada hemitórax; ■ Em seguida, faz-se a percussão comparativa e simetricamente entre as várias regiões. ■ Sons obtidos naturalmente: – Som claro pulmonar ou sonoridade pulmonar; – Som timpânico no espaço de Traube; – Som maciço na região inferior do esterno (macicez hepática) e região inframamária direita (macicez hepática); – Som submaciço na região precordial Espaço compreendido entre a sexta costela, linha axilar anterior esquerda e rebordo costal esquerdo que muda o seu som para maciço em casos de esplenomegalia Exame físico torácico Percussão ■ Quando há variações no conteúdo das áreas avaliadas, pode-se percutir sons diferentes: – Esplenomegalia: Traube ocupado → som maciço; – Derrame pleural: som claropulmonar → som maciço; – Pneumotórax: som claropulmonar → som timpânico; – Tumores ou consolidações: som claropulmonar → som maciço; – Hepatomegalia: som claropulmonar finaliza em porções mais superiores; – DPOC: som claropulmonar finaliza em porções mais inferiores; Exame físico torácico Ausculta ■ Paciente sentado, com tórax descoberto; ■ Ambiente silencioso; ■ Paciente faz ventilações mais pausadas e profundas, inicialmente com inspirações e expirações pela boca; – Pode-se solicitar que o paciente inspire pelo nariz e expire pela boca se dúvidas na presença de determinados ruídos; ■ Deve-se auscultar todos os campos, com espaço de ‘um diafragma’ entre cada campo auscultado, sempre com comparações ipsilaterais e contralaterais; – Fazer um ‘zigue zague’, fugindo das partes ósseas; ■ Sons respiratórios normais x Sons respiratórios anormais Exame físico torácico Ausculta ■ Sons respiratórios normais: Exame físico torácico Ausculta Sons respiratórios normais: – Murmúrio vesicular: ■ Produzido pela passagem do ar de maneira turbulenta em contato com as estruturas de toda a via aérea; ■ Mais forte na parte anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares. ■ Pode ter as seguintes descrições: – Fisiológico ou preservado → normal – Reduzido difusamente ou em determinado campo → doenças do parênquima, pneumotórax, derrame pleural; – Abolido ou ausente → doenças do parênquima, pneumotórax, derrame pleural; ■ Ex.: murmúrio vesicular reduzido em base pulmonar direita; Exame físico torácico Ausculta Sons respiratórios anormais: ■ Descontínuos: – Estertores finos ou crepitantes: produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas. ■ Ocorrem no final da inspiração ■ Têm frequência alta, ■ Curta duração. ■ Não se modificam com a tosse. ■ Lembram o ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto à orelha ou ao som percebido ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro. – Estertores grossos ou bolhosos: parecem ter origem na abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas ■ Audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração ■ Têm frequência menor que os finos; ■ Maior duração que os finos; ■ Sofrem nítida alteração com a tosse Exame físico torácico Ausculta Sons respiratórios anormais: ■ Contínuos: – Roncos e Sibilos: originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos, seja por espasmo ou edema da parede ou achado de secreção aderida a ela; ■ Roncos são graves (baixa frequência) x Sibilos são agudos (alta frequência); ■ Aparecem tanto na inspiração como na expiração, mas predominam nesta última; ■ São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo; ■ São múltiplos e disseminados por todo o tórax; – Estridor: produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia; ■ Com a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar provoca significativa intensificação deste som. Exame físico torácico Ausculta Sons respiratórios anormais: – Sopro ou som tubário (‘som metálico’): ■ sopro brando, mais longo na expiração que na inspiração; ■ Quando o pulmão perde sua textura normal, nas grandes cavernas (brônquio de drenagem permeável) e no pneumotórax hipertensivo; – Atrito pleural: ruído irregular causado pelo deslizamento das pleuras em condições alteradas(inflamações – pleurites) ■ Lembra ranger de couro atritado, ■ descontínuo, mais intenso na inspiração, ■ Pode produzir vibração palpável – grande diferença para os estertores. ■ Mais comum são as regiões axilares inferiores, onde os pulmões realizam movimentação mais ampla. ■ O aumento da pressão do receptor do estetoscópio sobre a parede torácica pode torna- lo mais intenso. Exame físico torácico Ausculta ■ Sons vocais: ausculta da voz pronunciada e a voz cochichada → Ressonância vocal ■ O paciente vai pronunciando as palavras “trinta e três” enquanto o examinador percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões homólogas, tal como fez no exame do FTV; ■ Em condições normais: – Ressonância vocal normal: Tanto na voz falada como na cochichada, os sons incompreensíveis, não se distinguem as sílabas que formam as palavras. ■ Em condições alteradas: analogia com o FTV – Ressonância vocal aumentada: Consolidações (pneumonia, infarto pulmonar, tumores): → o tecido mais denso facilita a transmissão. ■ Broncofonia: Quando se ouve a voz aumentada, porém sem nitidez; ■ Pectorilóquia fônica: Quando se ouve com nitidez a voz falada; ■ Pectorilóquia afônica: Quando se ouve com nitidez a voz cochichada, – Ressonância vocal diminuída: Atelectasia, no espessamento pleural e nos derrames Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na síndrome brônquica: – Sintomas: Dispneia e tosse. Podem estar ausentes. – Inspeção: Taquipneia, redução da expansibilidade e tiragem. – Palpação: Frêmito toracovocal normal ou diminuído. – Percussão. Som claro pulmonar ou hipersonoridade. – Ausculta. Diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos predominantemente expiratórios em ambos os campos pulmonares. Pode haver roncos e estertores grossos. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na consolidação pulmonar: – Sintomas: Tosse produtiva, dispneia e dor torácica. – Inspeção: Taquipneia e expansibilidade diminuída do lado acometido. – Palpação: Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado. – Percussão: Submacicez ou macicez. – Ausculta: Presença de estertores finos. Pode haver som brônquico ou broncovesicular, substituindo o murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia, egofonia ou pectorilóquia. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico no enfisema pulmonar: – Sintomas. Dispneia. – Inspeção. Expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos avançados. – Palpação. Expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído. – Percussão. Som claro pulmonar no início e hipersonoridade à medida que a enfermidade se agrava. – Ausculta. Murmúrio vesicular diminuído. Fase expiratória prolongada. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na síndrome de derrame pleural: – Sintomas: Dispneia, tosse seca e dor torácica. – Inspeção: Expansibilidade diminuída, sinal de Lemos Torres nos derrames de grande volume. – Palpação: Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal reduzido ou abolido na área do derrame. – Percussão: Macicez ou submacicez. – Ausculta: Murmúrio vesicular reduzido ou abolido na área do derrame. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na síndrome pleural respiratória ou pneumotórax: – Sintomas: Dispneia aguda, dor torácica. – Inspeção: Sem alterações ou abaulamento dos espaços intercostais quando de grande volume. – Palpação: Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido. – Percussão: Hipersonoridade ou som timpânico (hidropneumotórax). – Ausculta: Murmúrio vesicular diminuído ou abolido. Ressonância vocal diminuída. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na congestão passiva dos pulmões: – Sintomas. Dispneia de decúbito e paroxística noturna, tosse seca ou com expectoração rósea, na congestão aguda. – Inspeção. Expansibilidade normal ou diminuída. – Palpação. Expansibilidade normal ou diminuída e frêmito toracovocal normal ou aumentado. – Percussão. Submacicez nas bases pulmonares. – Ausculta. Estertores finos nas bases dos pulmões. Ressonância vocal normal Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na atelectasia: – Sintomas. Dispneia, tosse seca. – Inspeção. Retração do hemitórax e tiragem. – Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido. – Percussão. Submacicez ou macicez. – Ausculta. Redução do murmúrio vesicular, ressonância vocal diminuída. Pode haver som brônquico ou broncovesicular substituindo o murmúrio vesicular. Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na escavação ou caverna pulmonar: – Sintomas. Tosse seca ou com expectoração purulenta ou hemóptica. – Inspeção. Expansibilidade diminuída na região afetada. – Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado (se houver muita secreção). – Percussão. Som claro pulmonar, hipersonoridade ou som timpânico (quando ocorrer nível hidroaéreo). Sistema torácico / respiratório ■ Sintomas e exame físico na síndrome pleurítica: – Sintomas: Dor torácica ventilatória dependente. – Inspeção: Expansibilidade diminuída. – Palpação: Expansibilidade e frêmito toracovocal normais ou diminuídos. – Percussão: Som claro pulmonar ou submacicez. – Ausculta: Atrito pleural. Sistema torácico / respiratório ■ Sons pulmonares: – Murmúrio vesicular fisiológico: – Som brônquico: https://www.youtube.com/watch?v=XIs7hvXyCQQ Som brônquico – 4:46 Murmúrio vesicular – 6:09 ■ Sons anormais – Estertores finos ou crepitantes: – Estertores grossos ou bolhosos: – Sibilos: – Roncos: – Estridor: – Atrito pleural: – Ressonância vocal: https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4 Estridor - 1:14 Ronco - 2:18 Sibilo - 2:41 Estertores finos - 4:38 Estertores grossos - 5:27 Atrito Pleural - 7:07 https://www.youtube.com/watch?v=XIs7hvXyCQQ https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4 https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=74s https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=138s https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=161s https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=278s https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=327s https://www.youtube.com/watch?v=OA9jzo_fDV4&t=427s Slide 1: Habilidades médicas II Slide 2: Objetivo da aula Slide 3: Sistema Respiratório Anatomia e Fisiologia Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 9: Dor torácica Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 14: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 15: Dispneia Slide 16: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 17: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 18: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 19: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 20: Tosse Slide 21: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 22: Anamnese do Sistema Respiratório Causas de tosse: Slide 23: Expectoração Slide 24: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 25: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 26: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 27: Sibilância Slide 28: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 29: Rouquidão e Cornagem Slide 30: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 31: Bom fim de semana! Slide 1: Habilidades médicas II Slide 2: Objetivo da aula Slide 3: Anamnese do Sistema Respiratório Slide 4: Semiologia do Sistema Respiratório Slide 5: Exame físico Slide 6: Exame físico torácico Inspeção estática Slide 7: Exame físico torácico Inspeção estática Slide 8: Exame físico torácico Inspeção estática Slide 9: Exame físico torácico Inspeção dinâmica Slide 10: Exame físico torácico Inspeção dinâmica Slide 11: Exame físico torácico Palpação Slide 12: Exame físico torácico Palpação Slide 13: Exame físico torácico Palpação Slide 14: Exame físico torácico Palpação Slide 15: Exame físico torácico Percussão Slide 16: Exame físico torácico Percussão Slide 17: Exame físico torácico PercussãoSlide 18: Exame físico torácico Ausculta Slide 19: Exame físico torácico Ausculta Slide 20: Exame físico torácico Ausculta Slide 21: Exame físico torácico Ausculta Slide 22: Exame físico torácico Ausculta Slide 23: Exame físico torácico Ausculta Slide 24: Exame físico torácico Ausculta Slide 25: Sistema torácico / respiratório Slide 26: Sistema torácico / respiratório Slide 27: Sistema torácico / respiratório Slide 28: Sistema torácico / respiratório Slide 29: Sistema torácico / respiratório Slide 30: Sistema torácico / respiratório Slide 31: Sistema torácico / respiratório Slide 32: Sistema torácico / respiratório Slide 33: Sistema torácico / respiratório Slide 34: Sistema torácico / respiratório