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Resistência dos Materiais Rosembergue Brasileiro da Rocha Freire Junior ENGENHARIA CIVIL Aula 01 Sumário da Aula 1. Apresentação do Professor 2. Objetivos 3. Ementa 4. Conteúdos da disciplina 5. Bibliografia Recomendada 6. Metodologia de Avaliação Apresentação do Professor Objetivos Objetivos ➢Os objetivos da disciplina de Resistência dos Materiais são: ➢ Com a conclusão do curso de mecânica dos sólidos e resistência dos materiais o estudante deverá ser capaz de realizar o projeto de estruturas e seleção de materiais, considerando as tensões internas desenvolvidas a partir de carregamentos externos, compreendendo a aplicação dos conceitos avançados de resistência dos materiais em projetos de construção civil. Ementa do curso Ementa ➢ A ementa da disciplina de Resistência dos Materiais é: ➢ Equilíbrio ➢ Centro de gravidade e cálculo das propriedades de inércia ➢ Treliças ➢ mecânica vetorial no plano ➢ tensão e deformação axial ➢ equação das vigas ➢ Diagramas ➢ flexão pura ➢ cisalhamento e torção ➢ estado de tensão plano ➢ equação da linha elástica ➢ flexão composta e oblíqua ➢ circulo de Mohr ➢ energia de deformação ➢ critérios de resistência ➢ cálculo de deslocamentos por Castigliano ➢ introdução a hiperestática ➢ flambagem. Conteúdos da disciplina Bibliografia Recomendada Bibliografia ➢ Os livros recomendados para acompanhamento desta disciplina são: ➢ Kraige, L. G. Mecânica para engenharia: estática. LTC, 2009. ➢ HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. 7. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2015. Metodologia de Avaliação Avaliações ➢ Teremos 2 avaliações, sendo 2 registros por avaliação ➢ Para aprovação o estudante deve ter média igual ou maior a 6,0 e frequência igual ou maior que 75%. ➢ A segunda chamada substitui apenas 1 registro ao longo do semestre. ➢ Para ser qualificado para AV3 o estudante deve ter média igual ou superior a 4,0 e inferior a 6,0. Data Prova Registro Peso 28/09/2022 AV1 A definir 60% 28/09/2022 AV1 Avaliação individual Qstione 40% 23/11/2022 AV2 Avaliação individual Qstione 40% 30/11/2022 AV2 Apresentação do Projeto – Ponte de Macarrão 60% 07/12/2022 Segunda Chamada Segunda chamada para estudantes que tenham perdido algum registro - 14/12/2022 AV3 Avaliação substitutiva para estudantes que não tenham obtido média para aprovação e não tenham sido reprovados por falta - Sumário da Aula Introdução Corpos rígidos Considerações sobre o corpo material Sistemas Internacional de Unidades (SI) Forças e Leis de Newton Algarismos significativos. Exercícios Introdução Introdução O que é Mecânica dos Sólidos? Mecânica Mecânica dos Sólidos Mecânica dos Fluidos Fluidos Incompressíveis (Líquidos) Fluidos Compressíveis (Gases) Estática Dinâmica Cinemática Resistência dos Materiais ➢Um dos ramos da Mecânica Aplicada que estuda o comportamento dos sólidos quando estão sujeitos a diferentes tipos de carregamento (Timoshenko/Gere); ➢Mecânica: Ramo da física que estuda e analisa o movimento e repouso dos corpos, sua evolução no tempo, seus deslocamentos sob ação de forças e demais efeitos. Introdução O que é a Resistência dos Materiais? ➢Ramo da mecânica que estuda as relações entre cargas externas aplicadas a um corpo e a intensidade das forças internas que agem no interior deste corpo (Hibbeler). ➢No projeto de qualquer estrutura ou máquina, ao considerarmos o tamanho dos elementos, sua deflexão ou estabilidade, devemos avaliar além dos requisitos dimensionais, as cargas internas atuantes e o tipo de material empregado. ➢Muitas fórmulas e regras de projetos definidas em códigos de engenharia e normas utilizadas na prática, são baseadas nos fundamentos da resistência dos materiais, e por essa razão é muito importante compreender os princípios básicos desta matéria. Corpos Rígidos Corpos rígidos O que é um Corpo Rígido? ➢O corpo rígido é um elemento material, em que a distância entre dois de seus pontos pode ser considerada desprezível; ➢O estudo de estática considera os carregamentos externos que agem sobre pontos do corpo, porém, sua análise considera que o corpo em questão e indeformável; ➢Corpos rígidos são considerados contínuos, homogêneos e isotrópicos para os estudos de resistência dos materiais. Considerações sobre o corpo material Corpo Material ➢Corpo Homogêneo A consideração de corpo homogêneo prevê que todas as partículas que compõem o corpo estão totalmente conectadas, não havendo vazios ou poros que possam vir a ser pontos de concentração de tensões. Esta consideração permite que os cálculos realizados sejam considerados para todo o corpo material. Corpo Material ➢Corpo Prismático Em resistência dos materiais e em análise de estruturas de barras, considera-se que o corpo material possui seção transversal constante ao longo de todo o seu comprimento. O cálculo de estruturas não prismáticas é complicado, pois as tensões internas irão variar conforme a seção transversal do corpo for alterada. Corpo Material ➢Material Isotrópico A consideração de material isotrópico prevê que o comportamento mecânico do material será igual em qualquer direção em que a carga seja aplicada. A consideração é válida para os cálculos gerais, porém casos específicos de anisotropia devem ser considerados pois a resistência do material pode ser muito menor em uma determinada direção, como por exemplo no caso de chapas laminadas. Sistema Internacional de Unidades Sistema Internacional de Unidades O que é o Sistema Internacional de Unidades (SI)? ➢ É o sistema oficial de unidades de todos os países do mundo, com exceção de Estados Unidos, Birmânia e Libéria, é a forma moderna do sistema métrico, evoluído do sistema MKS ➢ Possui a base do sistema MKS, com a adição de mais unidades fundamentais ➢ Hoje o Sistema Internacional possui sete unidades fundamentais Sistema Internacional de Unidades O que é o Sistema Internacional de Unidades (SI)? ➢ Metro - Unidade fundamental de comprimento, o metro (m) é definido de acordo com a 17.ª CGPM (1983) como: “O metro é o comprimento percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1 299.792.458 de segundo” ➢ Kilograma - Unidade fundamental de massa, o quilograma (Kg), foi definida em 1901, pela 3.ª CGPM como: “O quilograma é a unidade de massa; é igual a massa de prototipo internacional do quilograma.” Sistema Internacional de Unidades O que é o Sistema Internacional de Unidades (SI)? ➢ Segundo - O segundo (s), unidade básica de tempo, foi definido na 13.ª CGPM (1968) como: “O segundo é a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente a transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do césio 133” ➢ Ampère - A unidade fundamental de corrente elétrica é o ampère (A), e foi definida na 9ª CGPM (1948) como: “O ampère é a corrente constante que, se mantida em dois condutores de seção reta desprezível, e colocados a um metro de distância uma da outra no vácuo, produz uma força de 2 x 10-7 newton por metro” Sistema Internacional de Unidades O que é o Sistema Internacional de Unidades (SI)? ➢ Kelvin - O kelvin (K) é a unidade básica de temperatura, definida em 1968, na 13ª CGPM, como: “O kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é 1 273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água.” ➢ Candela - A unidade fundamental de intensidade luminosa é a candela (cd), definida na 16.ª CGPM (1979), como: “A candela é a intensidade luminosa, numa dada direção, de uma fonte que emite uma radiação monocromática de frequência 540 x 1012 hertz e que tem uma intensidade radiante nessa direção de 1 638 watt por esferorradiano” Sistema Internacional de Unidades O que é o Sistema Internacional de Unidades (SI)? ➢ Mol - A unidade básica de quantidade de matéria, o mol (mol), foi definida em 1971 (na 14.ª CGPM), como: “O mol é quantidade de matéria de um sistema que contenha tantas entidades elementares quantoos átomos existentes em 0,012 quilogramas de carbono 12; Quando o mol é utilizado, as entidades elementares devem ser especificadas, e devem ser átomos, moléculas, íons, elétrons, outras partículas ou grupos específicos de tais partículas.” Sistema Internacional de Unidades Algumas relações de unidades no S.I.” ➢Unidade de Massa: kg (kilograma) ➢Unidade de comprimento: m (metro) ➢Unidade de tempo: s (segundo) ➢Unidade de Força (massa*aceleração): N (Newton) 𝑁 = 𝑘𝑔 𝑚 𝑠2 ➢Unidade de Pressão/Tensão (Força/Área): Pa (Pascal) Pa = N/m2=kg/ms2 Sistema Internacional de Unidades Prefixos de unidades no Sistema Internacional ➢m (mili) = 10-3 ➢c (centi) = 10-2 ➢d (deci) = 10-1 ➢k (kilo) = 103 ➢M (mega) = 106 ➢G (giga) = 109 Sistema Internacional de Unidades Correlação de unidades e prefixos no Sistema Internacional ➢ 1 kg = 1.000 g ; ➢ 1 m = 10 dm = 100 cm = 1.000 mm ; ➢ 1 m2 = 100 dm2 = 10.000 cm2 = 1.000.000 mm2 ➢ 1 m3 = 1.000 dm3 = 1.000.000 cm3 = 1.000.000.000 mm3 ➢ 1 MPa = 1000 kPa = 1 x 106 Pa Demonstração da Equivalência de (MPa) para (N/mm2) ➢ 1 MPa = 1 x 106 Pa = 1 x 106 (N/m2) = [(1 x 106) / 106] (N/mm2) = 1 (N/mm2) (Portanto 1 MPa = 1 N/mm2) Forças e Leis de Newton Forças e Leis de Newton ➢Força: Grandeza vetorial (depende da intensidade, direção e sentido), que representa a ação de um corpo sobre outro. ➢Leis de Newton: Governam o movimento de uma partícula e definem conceitualmente relações básicas envolvendo forças. ▪1ª Lei: Princípio da Inércia. ▪2ª Lei: Princípio da Dinâmica (F = m.a). ▪3ª Lei: Princípio da Ação e reação. Forças e Leis de Newton ➢Leis de Newton 3ª Lei: Para toda força de ação existe uma força de reação de mesma intensidade e mesma direção, mas de sentido oposto. 2ª Lei: A aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à força que atua sobre ele, e tem a mesma direção e o mesmo sentido desta força 1ª Lei: Tendência dos corpos, quando nenhuma força é exercida sobre eles, de permanecer em seu estado natural (repouso ou MRU). Forças e Leis de Newton • Cargas externas e internas: ➢Cargas externas - Força de Superfície ou Força de Corpo: ▪ Forças de Superfície: Causadas por contato direto entre superfícies de corpos. Pode ser idealizada como uma carga concentrada ou carga distribuída. Exemplo: Força aplicada para mover livro sobre a mesa. ▪ Força de Corpo: Desenvolvida sem contato físico entre corpos. Exemplo: Gravidade (peso); eletromagnetismo (atração /repulsão entre ímãs). Forças e Leis de Newton • Exemplo: 2/1 – Página 22 – Livro Estática – Meriam & Kraige Forças e Leis de Newton • Cargas externas e internas: ➢Cargas internas: Forças e momentos resultantes que agem no interior de um corpo e que são necessários para manter sua integridade quando o corpo é submetido à cargas externas. Podem ser divididas em: ▪ Força normal; ▪ Força de cisalhamento; ▪ Momento torsor; ▪ Momento fletor. Forças e Leis de Newton • Cargas externas e internas: ➢ Cargas internas: ▪ Força normal: Age perpendicular à área, e se desenvolve quando as cargas externas tendem a empurrar ou puxar 2 segmentos do corpo. ▪ Força de cisalhamento: Encontra-se no plano da área e é desenvolvida quando as cargas externas tendem a provocar o deslizamento de um dos segmentos do corpo sobre o outro. ▪ Momento torsor: Efeito desenvolvido quando as cargas externas tendem a torcer um segmento do corpo. ▪ Momento fletor: Causado pelas cargas externas que tendem a fletir o corpo em torno de um eixo que se encontra no plano da área. Forças e Leis de Newton • Forças concentradas x Forças distribuidas: ➢ Força Concentrada: Representa o efeito de uma carga que supostamente age em um ponto do corpo. Uma carga pode ser representada como uma força concentrada desde que a área de contato entre as superfícies seja pequena em relação ao tamanho total do corpo. ➢ Força Distribuida: Se a carga de superfície for aplicada ao longo de uma área estreita, ela pode ser idealizada como uma carga distribuida q(x). A força resultante é o produto da carga distribuida pelo comprimento total em que esta carga é aplicada. Forças e Leis de Newton • Distribuição linear, ao longo de uma área e volumétrica: ➢ Distribuição Linear: Quando uma força está distribuida ao longo de uma linha, a intensidade do carregamento q(x) é dada como força por unidade de comprimento [N/m]. ➢ Distribuição ao Longo de uma Área: Quando uma força está distribuida sobre uma área, como a pressão hidráulica da água contra a superfície em um mecanismo cilindro-pistão, sua intensidade é dada como força por unidade de área [N/m2], conhecida como Pascal [Pa]. ➢ Distribuição Volumétrica: Uma força que está distribuida sobre o volume de um corpo é chamada de força de corpo. A força de corpo mais comum é a de atração gravitacional, que atua em todos os elementos de massa em um corpo. No S.I. a unidade é [N/m3]. Forças e Leis de Newton • Redução de um carregamento distribuido simples: ➢ Intensidade da força resultante: Os efeitos externos causados por um carregamento distribuido podem ser representados por uma única força resultante. Essa resultante é equivalente à soma de todas as forças que atuam ao longo do sistema, sendo representada pela área sob o diagrama de carregamento. Usando a integração para avaliar tal área, temos: ➢ Exemplos: Forças e Leis de Newton • Redução de um carregamento distribuido simples: ➢ Posição da força resultante: A força resultante tem uma linha de ação que passa pelo centroide C (centro geométrico) da área sob o diagrama de carregamento. ➢ Existem algumas técnicas de integração para se determinar a posição do centroide, mas em muitos casos o diagrama de carregamento distribuido está na forma de um retângulo, triângulo, ou outra forma geométrica simples, podendo ser determinado analiticamente ou por tabelas. Forças e Leis de Newton • Carregamento distribuido em vigas: Forças e Leis de Newton • Carregamento distribuido em vigas: • Livro Estática – Meriam & Kraige Forças e Leis de Newton • Carregamento distribuido em vigas: • Livro Estática – Meriam & Kraige Fim Dúvidas?