Como os close-ups da lua de Marte Deimos são um divisor de águas para os Emirados Árabes Unidos

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Como os close-ups da lua de Marte Deimos são um divisor
de águas para os Emirados Árabes Unidos
“As pessoas nos Emirados pensam de forma diferente agora, os alunos sonham em ir ao espaço, de ser
um cientista. Esse é o verdadeiro objetivo.”
O orbitador de Marte dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Hope, capturou uma incrível imagem de
close-up da lua marciana, Deimos. A imagem espetacular mostra a lua marciana em detalhes
impressionantes com o Planeta Vermelho no fundo.
Além de seu valor estético, no entanto, o close-up de Deimos é cientificamente importante, pois mostra
que a lua parece ser feita do mesmo material que compõe a superfície de seu planeta pai. Isso pode
sugerir uma origem diferente, o que implica que o Deimos de 12,4 quilômetros de largura foi criado em
algum momento da história antiga de Marte, quando uma enorme rocha espacial colidiu com o Planeta
Vermelho.
“A partir de nossas observações iniciais, como mencionei, a composição de Deimos não é a de um
asteroide do tipo D, como foi postulado anteriormente, mas parece mais consistente com a composição
de Phobos e, de fato, do próprio Marte”, disse Hessa Al Matroushi, líder da missão científica Hope. “Isso
apoiaria uma origem marciana para Deimos, mas definir o mecanismo responsável pela formação
dessas luas requer um estudo mais aprofundado. Como de costume, quando você responde a uma
pergunta, você acaba com mais perguntas – quando essas luas foram criadas e que mecanismo levou à
sua criação?
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As observações detalhadas do punho
As imagens de Deimos foram capturadas quando Hope, anteriormente conhecida como a Missão dos
Emirados a Marte (EMM), realizou o primeiro de muitos voos de Deimos em 10 de março de 2023. Os
instrumentos do orbitador observaram a lua em múltiplos comprimentos de onda da luz, do infravermelho
ao ultravioleta extremo, revelando sua composição em detalhes. Os resultados foram revelados na
reunião da União Europeia de Geociências em Viena, em 24 de abril.
“Esperávamos algumas imagens iniciais agradáveis após uma série de passagens de calibração, mas
quando vimos os resultados do sobrevoo de 100 quilômetros de março, foi realmente um belo
momento”, continuou Al Matroushi. “É uma sensação estranha, saber algo está lá, mas ser os primeiros
humanos a realmente seevê-lo. Há uma sensação de admiração infantil em tudo e de alguma forma
parece irreal.
A pequena lua marciana está presa ao Planeta Vermelho, o que significa que um lado de Deimos está
perpetuamente em Marte (assim como a nossa própria Lua). Como resultado, Al Matroushi explicou que
observações anteriores de Deimos foram feitas de baixo da Lua, com espaçonaves ao redor de Marte
seguindo órbitas mais baixas. A esperança, no entanto, tem uma órbita alta e elíptica de Marte que Al
Matroushi disse que suporta observações de Deimos de disco total ao longo de cada período orbital de
nove dias.
“Estamos passando Deimos consistentemente mais perto do que qualquer outra espaçonave e temos
tantas oportunidades de fazer observações junto com a natureza avançada e a alta resolução dos
instrumentos de Hope, podemos capturar pontos de vista totalmente novos da Lua e investigar
completamente suas origens”, continuou ela.
Isso significava que Hope era capaz de fotografar Deimos de cima e foi capaz de capturar o lado da lua
pela primeira vez. Essa conquista é ainda mais impressionante ao considerar que Hope, que foi lançada
em julho de 2020 e chegou a Marte em fevereiro de 2021, inicialmente não se destinava a observar
Deimos como sua missão principal. O principal objetivo da sonda era estudar a dinâmica atmosférica e a
física em torno de Marte.
“Uma vez que atingimos nosso objetivo científico primário de observar completamente a dinâmica
atmosférica de Marte ao longo de um ano marciano, uma ligeira mudança nessa órbita para fazer
sobrevoos próximos de Deimos foi um alvo perfeito para a nossa missão estendida”, disse Al Matroushi.
“E continuamos a fazer observações da atmosfera e auroras de Marte de acordo com nossos objetivos
científicos originais, por isso é realmente uma vitória para todos.”
Promover a ciência em casa
Al Matroushi explicou que a Hope tem outra missão importante muito mais perto de casa: promover a
ciência nos Emirados Árabes Unidos. “A missão da Emirates Mars foi concebida para acelerar os
sistemas espaciais dos Emirados Árabes Unidos, pesquisa, inovação e ecossistemas educacionais e
orientar o desenvolvimento das capacidades espaciais do país, bem como seu foco na educação
STEM”, disse Al Matroushi.
https://www.nature.com/immersive/d41586-020-01862-z/index.html
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“Tem sido um enorme sucesso a esse respeito e não foi apenas transformador para esses setores, mas
levou a uma mudança fundamental na atitude das pessoas em relação ao risco e à riqueza e diversidade
de seu potencial futuro. As pessoas nos Emirados pensam diferente agora”, continuou ela. “Os alunos
de escolas aqui nos Emirados agora sonham em ir para o espaço, de ser um cientista. Esse é o
verdadeiro objetivo.”
Al Matroushi explicou que a missão Hope agora fará mais observações de Deimos de um ponto de vista
mais próximo do que nunca. A espaçonave deve, portanto, fornecer observações de definição mais alta
em novos comprimentos de onda e, de uma perspectiva diferente, o que contribuirá para uma cobertura
completa destalecido da lua marciana, aumentando assim nossa compreensão do sistema marciano.
“As observações Deimos são a primeira de um número que se espera que seja feita em nossa
campanha de sobrevoos ao longo de 2023”, concluiu. “Depois disso, em 2024, temos a opção de ampliar
ainda mais a missão, mas, enquanto isso, ainda estamos examinando a atmosfera de Marte, sistemas
de nuvens, tempestades de poeira e auroras e construindo essa imagem da dinâmica em constante
mudança dos sistemas climáticos do planeta e as interações entre a atmosfera de Marte e o vento solar.”
Crédito da imagem: Emirates Mars Mission
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