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PROJETO INTEGRADOR PROFESSOR: ANDRÉ PONTAROLLI I - Da descrição. Aos 23 dias do mês de maio do ano de 2024, sob orientação do professor André Pontarolli, nós, alunos do terceiro período do curso de direito do Centro Universitário Uniopet, fomos acompanhar de perto o trabalho dos desembargadores da primeira Câmara Criminal do Tribuna de Justiça do Estado do Paraná. O TJPR é um órgão do Poder Judiciário do Paraná, sediado em Curitiba, com jurisdição por todo estado, criado após a Proclamação da República através da L.E n° 03 de 12 de junho de 1891. Inicialmente era denominado Tribunal de Apelação, passou a ser chamado de Tribunal de Justiça, somente com a Constituição de 1946. À primeira impressão, um lugar muito bem-organizado, onde todos trabalham em sintonia e harmonia, presando pela profissionalidade, conservado higienicamente, pessoas não passam da porta sem ser identificados e levando consigo um crachá à mostra, também é levado em consideração as vestes adequadas de cada visitante naquele local. II - Dos Fatos Trata-se de uma apelação criminal, o caso de uma abordagem feita por três policiais militares, onde Robson, supostamente vítima, que teria uma vasta ficha criminal, e seu companheiro Gilvan, levavam consigo mercadorias contrabandeadas, quais foram apreendidas e levadas para receita federal. Os policiais tiveram que pedir embalagens a vizinhos, para levar essas mercadorias até a receita, já que a polícia rodoviária não dispõe desses itens para que seja feita essa apreensão. III – Da sustentação oral. Realizada sustentação oral pelo advogado Giuliano Henrique Wandler de Mello, onde o seu constituinte, o militar Silvano Fabio de Souza, no caso na vara da auditoria da polícia militar houve a absolvição que foi imposta pela ausência de provas para condenação, e faz o apelo no sentido de alteração da capitulação dessa absolvição, pois a capitulação por ausência de provas influência de sobremaneira na ficha funcional de um funcionário público, mais em especial um agente de segurança publica membro da policia militar. Pede que seja diferenciado todos os envolvidos no presente caso, Robson que seria a suposta vítima, seria uma pessoa que pratica descaminho comummente. Quando foi questionado senhor Gilvan, ele ressalta. Robson diferencia os dois policiais, que supostamente realizaram a abordagem, “o policial mais magro e alto”, que seria Silvano, “e o policial gordinho”. Gilvan e Robson escalarem que enquanto um policial realizou a abordagem, outro permaneceu na pista, que o “o policial gordinho” fez a abordagem e o “alto de pele clara” ficou na pista perto de uma arvore, segundo o advogado essa arvore e a pista de rodagem fica bastante longe do posto e onde foi realizado a abordagem. Num outro quesito foi questionado a Robson se os outros policiais sabiam de um pedido de um suposto cafezinho, o mesmo informou que não sabe dizer. Neste caso a vítima imputa ao polícia “mais gordinho” a prática do pedido de um suposto cafezinho para poder liberar as ALUNO(A): JOSÉ ARI NUNES JUNIOR TURMA: 3º PERÍODO DATA: 29/05/2024 CURSO: DIREITO 2° BIMESTRE mercadorias, porém não comprovou o suposto pedido de propina, tampouco, a entrega de dinheiro. Porém, o fato é que a própria vítima esclarece que o soldado Silvano não participou da abordagem, e que esteve a todo momento distante na pista de rodagem, portanto, seria impossível, e é neste ponto a tese defensiva para alteração da capitulação, tendo em vista que o apelante, ainda que exista uma prática delitiva na ideia da suposição, o apelante não teria concorrido para a mesma, e é por conta disso que requer a total procedência do apelo e a capitulação da absolvição. IV – Do julgamento O eminente relator desembargador Sergio Patitucci diz que analisou o caso e não conseguiu verificar a total isenção do réu, que foi absolvido porque não havia provas suficientes para condenação, mas não significa que ele não concorreu para a infração penal, e entende que a aplicação pelo conselho da auditoria militar foi o mais correto, pois não existe provas para condenação, mas que ele não participou desse fato em si, entende que não, que olhou provas e ouviu as testemunhas e que formou seu convencimento nesse sentido, e vota por negar provimento ao recurso. O desembargador Adalberto Xisto Pereira diz que é revisor do caso e está de pleno acordo com o voto do eminente relator. O desembargador Telmo Cherem acompanha o voto do eminente relator e do eminente revisor. A Câmara anuncia o resultado, portanto, por unanimidade negou o provimento à apelação criminal, é o resultado. V – Da percepção pessoal Falando de experiencia pessoal, essa visita agregou bastante na vida pessoal e profissional pois não tínhamos noção nenhuma de como era o trabalho dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, e com certeza isso vai agregar muito na vida profissional de cada aluno que participou desse importante evento promovido pela universidade em parceria com o professor. Quanto a atuação do judiciário é de extrema importância naquela casa, para que seja exposta a real, ou não ocorrência em cada caso, porém cabe aos desembargadores analisar e estar apar de cada caso ali discutido para que não acabem se corrompendo, por falas proferidas pelos advogados de defesa ou algo do tipo, analisando cada caso de maneira distinta e entendendo o que realmente aconteceu em cada situação. A experiencia na votação é fundamental para que haja uma decisão coerente e sem dúvidas quanto aquele julgamento. Tomando como exemplo o julgamento em pauta que é o caso desses policiais, a câmara decidiu muito bem em não prover a apelação, considerando que por todo país, temos uma ampla gama de policiais corruptos, não generalizando, porém por conhecimento próprio, podendo afirmar com certeza, que isso existe com muita frequência. É nesses casos que essa experiencia pesa bastante, pois cada caso deve ser analisado a fundo pelos responsáveis para que não sejam corrompidos, ou deixados levar por opiniões de “fora” que em casos podem ser pelos advogados que ali estão sustentando teses de defesa de seus respectivos clientes.