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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ALUNO: RAVEL SAMPAIO RU. 663694 TURMA 2011/05
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
TEXTO FINAL
ARROIO DO TIGRE
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ALUNO: RAVEL SAMPAIO SAMPAIO RU. 663694 TURMA 2011/05
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
TEXTO FINAL
Texto final do TCC Pedagogia 
Tutor Local: Aline Ferreira Sott
Centro Associado 
Arroio do Tigre-RS
 
ARROIO DO TIGRE
2014
RESUMO
O trabalho feito dentro da Banda dos Tigres serviu de incentivo para darmos alguns passos para que o ensino da música, saia do papel conforme previsto na lei n°11.769, de 18 de agosto de 2008, assim sendo executada na pratica. Podemos possibilitar caminhos para trabalhar a música com alunos dos vários níveis de ensino contribuindo para a iniciação musical dentro de nossas instituições de educação.A carência do trabalho com música nas escolas foi apontado neste projeto, justificando esta causa onde foi traçado alguns objetivos para a melhoria deste aspecto preponderante dentro do campo da educação. Com o objetivo de ensinar música em um projeto de banda escolar, foi usado o esclarecimento e a tomada de gosto por parte dos alunos que participaram deste projeto musical, e dentro da metodologia usada para a aplicação do ensino da música no desenvolvimento do trabalho, foi feito um resgate de culturas e valores musicais apropriados para que os alunos desencadeassem o gosto por tocar um instrumento e uma fundamentação teórica aplicada com o objetivo de que ao mesmo tempo em que fizeram arte na prática isto é, executando melodias, os alunos aprenderam também um pouco de teoria para o melhor manuseio de seu instrumento, concluindo que a participação dos alunos de uma escola em bandas escolares, marcial ou musical, só contribuirá para sua formação como cidadão e que damos um grande passo neste aprendizado com a perspectiva de futuros investimentos por parte do governo para o ensino da música através das bandas escolares.
1. INTRODUÇÃO
Ao iniciar este trabalho de conclusão de curso, foi procurado analisar o que seria necessário, para aproximar o ensino da música dentro da escola e de uma maneira geral atingir os alunos com esta questão e contribuir para o seu conhecimento musical. Dentro desta demanda, foi encontrada uma alternativa para aproximá-lo do ensino da música proporcionando a estes alunos, uma forma interessante deste convívio com a música em uma mescla de teoria e prática empregadas simultaneamente e de rápido resultado que foi através de sua participação em bandas ou fanfarras escolares. Partindo desta necessidade, o tema do projeto, foi o ensino da música através das bandas escolares, pois dentro da banda escolar da Escola Estadual de Ensino Médio Arroio do Tigre, o professor de música e instrutor de bando, ensinou aos alunos uma iniciação da teoria musical e ao mesmo tempo o contato imediato com algum tipo de instrumento quer seja de percussão como tambores ou instrumentos de melodias como instrumentos de sopro, que com a finalidade da banda da escola abrilhantar eventos cívicos dentro de sua comunidade os alunos tiveram a oportunidade de aprender de uma forma prática e rápida o ensino da música dentro de uma coletividade nos ensaios e nas apresentações da banda escolar.
Na procura de um problema para o tema, constatou-se que são raras as escolas que se propõem a realizar um trabalho bem orientado, metodologicamente estruturado para o ensino da música e não menos rara é a presença do professor especializado para efetivar um trabalho dinâmico, de qualidade e de acordo com a legislação vigente e na procura para a resolução parcial deste problema foi perguntado no projeto à seguinte questão: 
Seria as bandas escolares, uma alternativa para aproximar o aluno da música, levando-o a gostar de ouvir, apreciar, compreender e fazer, preenchendo a falta do ensino da mesma no cotidiano escolar?
Diante desta necessidade, foi procurado atender os objetivos de Investigar a possibilidade das bandas escolares proporcionarem condições necessárias para efetivar o ensino da música na escola e analisar as possibilidades e perspectivas do ensino de música através das bandas escolares, na Banda dos Tigres da Escola Estadual de Ensino Médio Arroio do Tigre onde os alunos vivenciaram uma experiência positiva sobre o ensino de música numa banda escolar; onde foi verificada a prática pedagógica desenvolvida para o ensino de música na Banda dos Tigres da Escola Estadual de Ensino Médio Arroio do Tigre. 
Soube-se que o ensino da música em diferentes níveis e modalidades de ensino, trouxe marcas e enfrentamentos de inúmeros desafios. 
O potencial da música no processo de integração social e de construção da identidade vem ganhando corpo na sociedade, e as bandas escolares tem sido um dos agentes desse processo.
O desafio de levar o ensino da música para uma banda escolar: a Banda dos Tigres da Escola Estadual de Ensino Médio Arroio do Tigre e a possibilidade de experimentar formas de apreensão da linguagem musical, mesclando estilos e procedimentos, proporcionaram aos alunos maior abertura para o diálogo e o fazer musical, justificaram os motivos para a realização desta experiência.
2. O ENSINO DA MÚSICA ATRAVÉS DAS BANDAS ESCOLARES
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 Não é de hoje a carência de professores de musica em nossas escolas, para não dizer uma quase que completa ausência.
O ensino de musica nas escolas está previsto na lei n° 11769 de 18 de agosto de 2008,onde presidente Lula sancionou a lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica, que é de grande importância para o cultivo desta disciplina em nossas escolas, porém,não é colocado em pratica, em virtude da falta do professor de musica, as escolas, o município, o estado e o governo federal vêm discutindo a respeito do assunto, mas, na pratica não esta sendo executado. Talvez pela falta de iniciativa da própria comunidade escolar ou dos governantes.
Se o professor tem graduação, não existe a vaga, se não tem graduação, mas tem a pratica ou algum curso técnico ou até mesmo a carteira de musico profissional registrado, na OMB (Ordem dos Músicos do Brasil), este profissional não está habilitado por não ter a licenciatura ou o bacharelado em musica, portanto não pode ser contratado. Além do mais, músicos com bacharel em alto nível ou com mestrado acabam migrando para outros projetos onde viabilizam um maior rendimento financeiro como orquestras sinfônicas ou filarmônicas ou em trabalhos de estúdios ou como músicos de apoio de artistas renomados.
Conforme CAMPOS O aspecto pedagógico das bandas e fanfarras escolares: o aprendizado musical e outros aprendizados 
Sobre a educação musical desenvolvida pelas bandas e fanfarras, constata-se que o conhecimento dos elementos musicais, a criatividade e a percepção auditiva não são devidamente exploradas.
Apesar de a execução instrumental constituir atividade principal, a urgência no domínio de um repertório específico redunda em uma falta de sistematização de ensino musical, ocasionando em um envolvimento quase exclusivo com as apresentações públicas. Parece mesmo que os objetivos e as funções das corporações se direcionam, predominantemente, na execução instrumental, fazendo com que os ensaios girem em torno da preparação do repertório – o que acarreta em grandes lacunas no que se refere a uma educação musical mais ampla e a um aprendizado instrumental mais adequado. (REVISTA ABEM numero 19, março 2008)
O ato de ouvir musica é uma atividade do nosso cotidiano. A música esta presente em todos os lugares e em vários momentos do nosso dia-a-dia: nos rádios, na televisão, no cantar dos pássaros, nos ruídos das zonas mais urbanas aos quais podem ser tratados como musicalidade ou não. É obvio que temos a opção de ouvir aquilo que nos de prazer ao cérebro, que nos tranquiliza ou nos da energia em determinadosmomentos. Em fim, realizamos nossas escolhas sonoras de acordo com nossos gostos pessoais.
 A falta de musica nas escolas nos deixa sem muitas opções a não ser aquelas que nos é proporcionada através dos meios de comunicação, portanto se temos aulas de musicas com seus fundamentos a sua historias, seus gêneros, e seus grandes compositores, acabamos por criar uma bagagem cultural musical já existente na maioria dos alunos e da população dos países da América do Norte ou da Europa. Quanto mais fechados formos para o aprendizado e para a diversidade, menores serão nossas escolhas quanto ao nosso gosto musical.
Como nos diz o Panorama do Ensino Musical. Kássia Cáricol
Em 18 de agosto de 2008, Luiz Inácio Lula da Silva, então Presidente da República decreta, por meio da Lei Federal nº 11.769, que a música deverá ser conteúdo obrigatório do componente curricular da Educação Básica, tendo as escolas, públicas ou particulares, três anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas.
Desde então, deu-se início a uma série de discussões que envolvem desde profissionais da música e da educação até integrantes da sociedade civil, atentos aos rumos que tal decisão acarretaria.
Para entender melhor as conseqüências dessa resolução, é necessária uma compreensão mais abrangente do ensino de música no Brasil. Apesar de não termos uma tradição como a dos modelos educacionais europeus e norte americano, nos quais a educação musical sempre esteve ligada à educação formal, esta lei não foi à primeira ação nesse sentido no País.
O Brasil possui registros que mostram que já nos tempos da colonização, os jesuítas ensinavam música às crianças e jovens. Não somente em caráter catequizador, essa prática sedava também como ferramenta de auxílio ao ensino da leitura e da matemática. Além disso, eles ensinavam a utilização de instrumentos de corda e sopro. Ao que parece, desde sempre, a música foi considerada um instrumento de educação em diferentes situações no País.
Isso se deu da melhor maneira? Existem controvérsias. O decreto aprovado pelo Presidente Lula será a solução para uma educação musical de qualidade? Só o futuro dirá. O que é consenso absoluto entre todos os que acreditam que a música pode ser uma importante ferramenta para a educação é que estamos diante de um momento Histórico, em que o assunto se tornarão centro das discussões e abrirá caminhos para a construção de uma política pública, que tenha a música como instrumento de desenvolvimento humano. (PANORAMA DO ENSINO MUSICAL. KÁSSIA CÁRICOL)
Com a finalidade de alcançar objetivos que nos proporcionem atender, pelo menos em parte esta carência da falta de professores e do ensino de musica nas escolas, vistos nos pressupostos acima, procuramos ver, ouvir e pesquisar, o que é feito nas bandas escolares para atender esta carência.
È prática comum nas escolas, principalmente nas séries iniciais, ouvir música na entrada ou na saída do período escolar, no recreio, e ainda bastante acentuada, nos momentos de festividades que obedecem a um calendário com datas a serem comemoradas pela comunidade escolar. Porém, embora a música esteja presente no cotidiano da escola, questões precisam ser esclarecidas para entendermos o porquê da ausência do ensino sistemático da música e do lugar que ela vem ocupando no cenário educacional brasileiro.
Com o avanço da tecnologia e com a rapidez da informação, é possível conviver com diferentes formas de expressões artísticas, seja através da mídia ou pela participação ao vivo, em eventos culturais que ocupem os espaços continuamente em nossas vidas.
Importa frisar que os fatos e as informações não param de acontecer, porém vem tirando de nossas crianças e jovens o tempo necessário para sua assimilação ou rejeição por via da crítica ou da reflexão. Da mesma maneira que as informações são aceitas e assimiladas, elas são rejeitadas ou passam despercebidas, pois estão à mercê do momento, das circunstâncias e de modismos. Loureiro (2003 pág. 13 e 14)
A pesquisa e o trabalho foram feitos na Banda dos Tigres da Escola Estadual de Ensino Médio de Arroio do Tigre da cidade de Arroio do Tigre que nos proporcionou vislumbrar alguns caminhos interessantes e pertinentes ao ensino de musica nas escolas.
 A intenção da existência da banda na escola seria no princípio de organizar um grupo de alunos para tocar alguns instrumentos musicais, conduzindo a escola ao seu desfile cívico de semana da pátria. Entretanto quando se desenvolveu este projeto na banda dos tigres, pretendemos alcançar os objetivos específicos de uma forma mais avançada. Ao trabalharmos com o aprendizado de instrumentos musicais de melodia e harmonia como instrumentos de sopro (trompetes, trombones, saxofones, bombardinos, tuba e escaletas) e instrumentos de percussão (bumbo, tambor, caixa clara e pratos), foi oferecida aos alunos a oportunidade de aprenderem música com maior amplitude e aprofundamento dos conhecimentos teóricos, onde aprenderam a serem mais técnicos e virtuosos na execução de obras e canções, pois tiveram acesso a um instrumento que de uma forma prática desenvolveram habilidades musicais produzindo melodias e ritmo. Por se tratar de uma banda escolar foi de grande importância o ensaio tanto coletivo como individual para a execução desta prática e seu melhor aprendizado. Além disso, introduzir a teoria musical básica, quando aprenderam a ler partituras para a execução mais aprimorada do instrumento, técnicas de embocadura de instrumentos de sopro e manuseio de baquetas e noções rítmicas para os instrumentos percussivos onde aprimoraram sua melhor execução em seu respectivo instrumento. O contato com as notas musicais e o conhecimento dos tons, semitons e alterações gerando uma percepção auditiva através da teoria colocada em prática que puderam exercer uma melhor apreciação da música e dos sons nela existentes e na natureza de uma forma geral.
Os alunos matriculados e com frequência na escola, estudando no ensino fundamental ll ou no ensino médio, turmas estas que estudavam no mesmo turno, foram convidados automaticamente a participar do projeto da banda da escola que realizava suas atividades de ensaio e de aula de música, no turno inverso ao turno que eles estavam em sala de aula.
 Após o manifesto do interesse dos alunos em participar da banda, ocorreu-se uma seleção onde o professor e instrutor de música da escola que é bom salientar, eram e continuam sendo contratados através de um convênio entre estado e prefeitura e que a banda é mantida pelo esforço do CPM (Círculo de Pais e Mestre) e da direção da escola. Este professor fez uma série de teste para descobrir aptidões de forma que pode suprir as necessidades de vaga da banda e ao mesmo tempo selecionar alunos que demonstraram interesse em participar do projeto, e aprender música.
 No caso das crianças do ensino fundamental l, ou seja, dos anos iniciais, também foi oferecido uma estrutura com instrumentos menos complexos como somente escaletas, flautas, surdos, pratos e tarol, por que crianças de até dez ou onze anos podiam acarretar problemas dentários por forçar o lábio a aprender algum tipo de instrumento de sopro ou no caso de instrumentos muito pesado em algum dano na coluna e trabalhariam e aprenderiam música também no turno inverso ao qual estava em sala de aula, isto é: os alunos maiores estudam no turno da manhã e participaram das atividades da banda à tarde, e os alunos menores estudam à tarde e participaram das atividades com música pela parte da manhã.
Ainda dentro das técnicas adotadas para o ensino e a compreensão da música por parte destes alunos de menor idade, foi preciso fazê-los entender o funcionamento da música e o trabalho com a percepção auditiva através dos sons geradores dentro do meio onde estavam ou até mesmo os sons ouvidos na natureza para uma melhor interpretação para depois explorá-los conforme sua imaginação.
Consideramos fazer musical como o contato entre a realização acústica de um enunciado musical e seu receptor, seja este alguém que cante, componha, danceou simplesmente ouça.
A produção musical ocorre por meio de dois eixos – a criação e a reprodução – que garantem três possibilidades de ação: a interpretação, a improvisação e a composição. Brito (2003, p.58)
O trabalho foi feito de forma organizada, onde o profissional músico atendeu aos alunos conforme suas carências e necessidades. O ensino da música com crianças e jovens desta faixa etária é um processo lento de aprendizagem, pois se trata de algo novo em sua vida e de ser uma forma diferente de lidar com música a que elas estão acostumadas, somente o hábito de ouvir música em casa ou em festas para se divertir ou acompanhar cantando por gostarem da letra da composição por se tratar de algo que está em evidência e que todos conhecem ou até mesmo dançando em festas. Diferente de tudo isto a música lhes proporcionou o ato de executar uma obra de algum compositor famoso, inclusive de outras épocas, terem a noção pelo menos superficial da existência de Mozart ou de Beethoven, por exemplo, ou a obra de Pitágoras, da relação da música com a matemática aonde na ocasião, chegou à conclusão da divisão dos valores musicais seria exatamente uma operação matemática. Foi oferecido aos alunos o conhecimento da existência da contribuição destes grandes nomes da história da musica para a música contemporânea. Souberam da trajetória de bandas como Beatles ou cantores como Frank Sinatra e Elvis Presley que compuseram canções e melodias que atravessaram épocas e gerações, mas que não deixaram de ser tocadas e ouvidas e que até mesmo estes próprios alunos envolvidos no projeto de música na escola através das bandas escolares, já tiveram a oportunidade de ouvir, mas não sabiam de sua origem e nem que a compôs, mas que com o trabalho que foi feito vieram a adquirir uma cultura musical mais ampla destas e composições e de seus compositores eternizados através de suas obras.
Os alunos da Banda dos Tigres tornaram ensaio da banda, em uma forma de atividade cultural tornando o aprender prazeroso e satisfatório e que no final da cada jornada da aprendizagem dentro da referida banda escolar o aluno membro e músico do projeto tiveram naquele trabalho não apenas o ato de tocar uma melodia, mas também o de saber que sua bagagem cultural e musical ficou com um repertório de conhecimentos mais ampliados em nosso meio social.
É óbvio que toda música nasce em um contexto social e que ela acontece ao longo e intercalando-se com outras atividades culturais, talvez com um grupo de pais atuando como agentes ou talvez assegurando-nos da continuidade e do valor de nossa herança cultural qualquer que seja ou ainda proporcionando um pouco de ânimo num jogo de bola. Quero argumentar que, embora escolhamos usar a música em ocasiões diferentes, para as pessoas envolvidas com educação a música tem de ser vista como uma forma de discurso com vários níveis metafóricos. Nós, portanto, podemos ver a música além de suas relações com origens locais e limitações de função social. A música é uma forma de pensamento e de conhecimento. Como uma forma simbólica ela cria um espaço onde novos insights tornam-se possíveis. SWANWICK (2003 pág.38)
Depois que o professor teve os alunos à disposição através dos testes de aptidões e a descoberta de talentos, o instrutor professor apresentou a eles um novo sentido de ouvir e apreciar música, porém antes de continuarmos com o relato deste trabalho quero ressaltar que por meio de pesquisa de entrevista com o professor de música da Banda dos Tigres durante esta pesquisa, ele colocou o argumento de que não são apenas os alunos ou as pessoas de um modo geral mais talentoso ou com privilégios genéticos vindos de gerações anteriores de sua família na área da música que podem desenvolver aptidões musicais, mas sim todo indivíduo e toda criança em fase de crescimento ou na escola pode aprender música e que, portanto o mais importante no aprendizado de música não é talento ou nível elevado do intelectual e muito menos pela classe social da criança, mas sim a oportunidade dada a ela e principalmente pela sua persistência em aprender a tocar um instrumento e que com este relato, foi percebido que muitos alunos que a primeira vista sem vocações, também foram aproveitados no bando e até mesmo no caso de dois alunos especiais participaram a continuam participando e que os seus rendimentos dentro da sala de aula evoluíram depois que foram para banda principalmente no que diz respeito à disciplina, pois ficaram mais calmos dentro da sala de aula depois que passaram a frequentar os ensaios e as atividades da banda.
Foram ensinados os fundamentos da música, a geração dos sons e suas vibrações, onde neste caso trabalharam a percepção auditiva do aluno e a sua sensibilidade em captar certos sons como graves agudos, médios para poder se capacitar e se identificar com um instrumento específico de sopro ou de percussão.
O som como objeto de estudo e a tarefa é sugerir aos professores caminhos que possam auxiliar seus alunos a ouvir de maneira mais eficaz, ouvir é importante em todas as experiências educacionais, sempre que mensagens verbais ou auditivas sejam intercambiáveis. A escuta se dá em um processo contínuo, queiramos ou não, mas o fato de termos ouvidos não garante sua competência. MURRAY (2009 pág. 13)
Após cada aluno estar ciente de qual instrumento se adaptou e qual mais lhe agradou e demonstrou no início dos testes alguma facilidade e aptidão por um determinado instrumento, foi iniciado o processo de aprendizagem e a partir deste momento exploraram o universo da música.
Os alunos começaram suas atividades por naipes de instrumentos em horários diferentes. Portanto o primeiro foi destinado para os alunos que se propuseram a tocar os instrumentos de sopro como trompete, trombone, saxofone entre outros disponibilizados na banda escolar. Suas primeiras lições foram a de aprender a tirar som dos instrumentos pelo fato de que os instrumentos musicais de sopro, diferente de outros instrumentos mais populares como violão, guitarra, teclados que tem som próprio, os instrumentos de sopro ou metais como também podem ser chamados eles não possuem som pronto, o aluno deve aprender de forma técnica nos lábios e com exercícios de respiração a executar os sons destes instrumentos através da aquisição da técnica de embocadura, e consequentemente aprenderam as primeiras notas musicais e juntamente com esta sonoridade adquirida, puderam executar as primeiras melodias.
A metodologia tradicional de ensino de instrumentos de sopro é geralmente dividida em quatro fases consecutivas: aula coletiva de teoria e divisão musical; aula individual de divisão musical; aula individual de instrumento e prática em conjunto. As duas primeiras fases duram cerca de um ano e somente depois os alunos têm contato com o instrumento musical. (BARBOSA, 1996).
 No segundo horário da aula, foi destinado aos alunos dispostos a aprender tocar escaletas e flautas. Estes instrumentos sim já possuem som próprio, bastou somente aprender sua nomenclatura e o treinamento para sua execução.
Através de dois alemães — Max Seiffert e Peter Harlan — as flautas Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha onde se tornaram muito populares. A dupla comprou uma quantidade destes instrumentos, com a intenção de copiá-los na Alemanha, entretanto, não haviam aprendido os dedilhados corretos. (HUNT, 1997 p.130)
No terceiro período oportunizou-se a vez de trabalhar com a bateria. Neste momento os alunos aprenderam noções rítmicas para a execução do movimento das musicas, é nesta parte, isto é, que ocorreu o reconhecimento do gênero que foi trabalhado, além do mais foi mostrado aos alunos através dos tempos as origens dos ritmos desde as tribos africanas e asiáticas, o seu processo evolutivo e a sua fusão com outros ritmos em processos estilizados até a música contemporânea. Os alunos aprenderam percepções como a timbragem dos instrumentos e quais os instrumentos percussivos eram pertinentes a um determinado gênero de musica.
O professor conscientizou os alunos quea historia do ritmo e os instrumentos de percussão, vem desde a pré-história, pois desde o inicio a historia do homem é ressaltada com um som especifico isto é: o homem e a percussão nasceram juntos conforme ouviam a necessidade de imitar os sons dos fenômenos da natureza.
As necessidades de comunicação impulsionaram o homem a produzir sons, sejam para imitá-la os sons da natureza (trovão, chuva), as batidas do coração, seja para reverenciar o desconhecido, através de rituais, dando à música um sentido religioso e ritualístico, associado também à dança. Batendo as mãos e os pés, eles buscavam também celebrar fatos de sua realidade: vitórias na guerra, descobertas surpreendentes. Mais tarde, em vez de usar só as mãos e os pés, passaram a ritmar suas danças com pancadas na madeira, primeiro de maneira simples e depois trabalhadas, para soarem de formas diferentes. Surgia assim, o instrumento de percussão. ( CLAUDIO OLIVEIRA UOL) 
Depois de certo período de ensaio de naipes individuais, onde os alunos ficaram mais adaptados e de uma forma superficial com algum domínio do instrumento, superficial por que o professor falou que um músico para ter o domínio completo do instrumento, requer muitos anos de estudo e por muitas horas por dia de ensaio e dedicação, mas que com alunos dedicados uma boa estrutura na banda já se pode fazer algo proveitoso e de grande valor pedagógico neste projeto de música na escola, partimos então para a fase complementar do processo de aprendizado de musica nas bandas escolares. A partir deste momento iniciaram-se os ensaios coletivos, ao qual o professor definiu uma obra a ser arranjada e elaborada, adaptando-a ao material humano disponível em sua banda. A ideia colocada em prática foi de apresentar uma canção que tinha sido importante na sua época e que tenha passado os tempos isto é, uma musica que tenha bagagem cultural, pois ao mesmo tempo em que cada aluno desenvolvia seu instrumento, também executava a sua parte no arranjo elaborado da obra em evidência.
Depois que se formou um grupo solidificado de músicos veio à questão da parte de relações publicas. A banda estava em condições de se apresentar em eventos culturais, desfiles públicos e apresentação para a própria comunidade escolar. 
O ato de se apresentar em publico e a satisfação do dever cumprido com o afloramento de sua sensibilidade musical e artística, fez com que os alunos agora músicos se sentissem mais valorizados e satisfeitos consigo mesmo por ter tido a oportunidade de aprender e desenvolver amo ato de tocar um instrumento musical.
Uma banda marcial (em INUMA banda marcial (em inglês: marchingband) é um grupo de músicos instrumentais que geralmente apresentam-se ao ar livre e incorporam movimentos corporais - geralmente algum tipo de marcha - à sua apresentação musical. Esses grupos geralmente utilizam duas classes de instrumentos musicais: os metais e a percussão. Sua música geralmente tem um ritmo forte, adequado à marcha. Além dos desfiles tradicionais, muitas bandas também apresentam Field shows (do inglês,"apresentação em campo") em eventos especiais (como jogos de futebol americano) ou em competições de bandas marciais. As bandas marciais são geralmente categorizadas de acordo com a função e o estilo de field show que apresentam. Crescentemente as bandas marciais têm se apresentado em ambientes cobertos, com novos tipos de música e performances, aplicando-se então a não apenas bandas de marcha mas bandas de show. Atualmente o número de bandas marciais é crescente e as apresentações desses tipos de banda ocorrem cada vez mais sendo muito comuns os festivais e encontros de banda e apresentações em estádios esportivos principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido. No Brasil, existem várias bandas divididas em várias categorias, algumas delas são: Banda Show, que um tipo de marcial que trabalha com um tema e movimentações em suas apresentações; Marcial Tradicional, que são as bandas que fazem suas apresentações sem movimentação.( WIKIPEDIA.ORG/WIKI/BANDA_MARCIAL)
O trabalho de musica na Banda dos Tigres teve uma atenção especial no que diz respeito aos gêneros musicais e ao gosto em particular de uma forma geral da população, na tendência de prevalecer o mesmo estilo de musica, pelo fato de ser descendente da etnia alemã, por isso o trabalho de demonstrar aos alunos a existência de outros ritmos e gêneros somente tiveram o êxito em expandir seus conhecimentos musicais.
Agora que finalizamos este desenvolvimento e concluímos este projeto de música nas escolas através da Banda dos Tigres da Escola Arroio do Tigre, podemos alcançar os objetivos específicos a que nos propomos para resolver em parte o problema da falta do ensino de musica nas escolas, através das bandas escolares.
METODOLOGIA
A metodologia deste projeto foi aplicada em uma banda escolar com a finalidade de apresentar aos alunos uma forma dinâmica e evolutiva de aprender musica de um modo satisfatório e que puderam ter e continuam tendo a oportunidade de participação deste projeto cultural e pedagógico, onde tiveram o resultado obtido com êxito ao colocarem em pratica os métodos e as técnicas disponibilizados e aprendidos na aula de teoria musical e nos ensaios de naipe e coletivos da banda escolar.
Esta fundamentação metodológica passou pelo conhecimento de causa, a prática vivenciada e a oportunidade de participar de uma banda escolar e a interação com demais bandas com a troca de ideias de professores e seu modo de ensinar musica.
 “O Método deriva da Metodologia e trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma determinada realidade (.)” que “nos leva a identificar a forma pela qual alcançamos determinado fim ou objetivo.” Contudo, o mesmo autor apresenta como métodos a indução, dedução, cartesiano, fenomenológico, teratológico, dialético e outros, configurando uma indistinção entre o que se entende por método enquanto teoria (método interpretativo) e enquanto validação do argumento raciocínio lógico). (OLIVEIRA 1997, P.57)
Os procedimentos adotados para que este trabalho pudesse ser feito com plena satisfação e um resultado positivo a ser atingido, nos levou a crer que o trabalho de educação musical tanto pratica quanto teórico nas bandas escolares tem um longo caminho a percorrer porem queremos crer que, se levado a sério podemos ter resultados plenamente satisfatórios e surpreendentes no campo da educação.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A convivência do homem com o próprio meio onde vive, é algo que observamos desde o início de nossa própria existência, a percepção dos sons vindos da natureza e a necessidade da própria adaptação de forma evolutiva e na luta pela sobrevivência, nos fez com o passar do tempo, perceber e apreciar estes sons no momento em que ouvidos sucessivamente, ao ponto de formar melodias captadas pela audição, ou no movimento destes sons regulados por sua maior ou menor duração, foi nos dando noções rítmicas ou até mesmo no agrupamento destes sons ouvidos simultaneamente nas diversas formas de harmonias, e ao ponto que fomos desenvolvendo esta capacidade de ouvir para depois imitar e apreciar, foi nos colocando de forma natural dentro de um contexto musical. Como afirma o ator Robin Willians no filme O Som do Coração.
A música está em todos os lugares, basta pararmos, ouvirmos e apreciarmos que os sons da natureza chegam aos nossos ouvidos e vem até nossa mente em formas diferentes de melodias. É ligação harmônica entre todos os seres, até nas estrelas, um lembrete de Deus de que não estamos sozinhos no universo. 
Com este pensamento, foram aplicadas no desenvolvimento deste projeto, todas as metas traçadas pela metodologia desde o conhecimento do aluno e seu contato com a música e com os instrumentos até o momento em que na prática foi colhido o resultado positivo de ver estes alunos somando dentro das apresentações da banda ou lendo uma partitura na estante de ensaio. A convivência com os colegas e a certeza de que algo importante, estavam produzindo, fez com que chegássemos nestemomento e concluirmos que o trabalho de ensino de música através das bandas escolares, pode ser um dos pontos de partida para contribuir com o ensino da música nas escolas.
O fato de a música mexer com nossas emoções, fez com que fluísse dentro dos alunos, certa sensibilidade em aflorar gostos musicais que eles jamais imaginavam existir, emoções estas de poder produzir mais também em outras disciplinas, ou até mesmo alguns momentos de vaidade por saberem que em algumas circunstâncias, seus pais estavam os assistindo cheios de orgulho e com isso acarretando em resultados altamente positivos dentro desta metodologia de ensino, pois a partir do momento em que estamos sendo apreciados, e que o resultado desta apreciação é positivo, nos esforçamos ainda mais dentro do que estamos nos propondo em fazer. Este esforço não acontece somente nas artes ou na música, mas também em nossa casa, nosso trabalho nos esportes ou em qualquer outra situação que esperamos algum tipo de resultado.
Por fim, o trabalho com música nas bandas escolares, é muito interessante e positivo, pois abre alguns caminhos para o ensino da mesma dentro da escola, porém ainda temos muitos outros aspectos para discutirmos e buscarmos para o aprimoramento do ensino da música dentro das escolas. Precisamos que a lei seja cumprida e que o ensino da música que já é obrigatório nas escolas e aprovado no congresso, seja posto em prática. Que nossos governantes cheguem à conclusão de que somente um povo com boa educação e cultura, favorecerá para uma nação solidamente desenvolvida.
REFERENCIAS
BRITO Teca Alencar (São Paulo SP, Peirópolis 2003).
LOUREIRO Alicia Maria Almeida (Campinas SP, Papirus 2003).
SCHAFER R. Murray(São Paulo SP, Melhoramentos 2009)
SWANWICK Keith (São Paulo SP, Moderna 2003)
ZAMPAULO Jamil Rodrigues Considerações introdutórias sobre o conceito de metodologia em seu significado acadêmico, disponível em http://fgh.escoladenegocios.info/revistaalumni/artigos/Artigo_Jamil.pdf
WIKIPÉDIA, Banda Marcial publicado em fevereiro 2013, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_marcial
BARBOSA Jose Luís. Considerando a Viabilidade de Inserir Musica-Instrumental no Ensino de Primeiro Grau , Revista Abem, número 3 publicada em Junho 1996, disponível em http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista3/revista3_artigo3.pdf
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O SOM do Coração; direção por Kirsten Sheridan e escrito por Nick Castle, James V. Hart, Kirsten Sheridan e Paul Castro, e produzido por Richard Barton Lewis. Interpretes: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers,Robin Williams,Terrence Howard, Willian Sandler,Alex O'Loughlin, Aaron Staton.Roteiro: Nick Castle.© EuropaCorp Distribution, 2007. 1 DVD( 100 MIN). Color, Produzido Warner Bros. Pictures.

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