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UNINASSAU TRIANON
PEDAGOGIA
JOELMA MARIA DE MOURA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA CRIANÇA COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Recife
2024
JOELMA MARIA DE MOURA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA CRIANÇA COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para conclusão do curso de PEDAGOGIA da
UNINASSAU TRIANON
Recife
2024
Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL
M929e
Moura, Joelma Maria de. 
 Educação Inclusiva da Criança Com Autismo na
Educação Infantil / Joelma Maria de Moura. - UNINASSAU:
Recife - 2024
 15 f.
 Artigo Científico (Curso de Pedagogia) - Uninassau
Trianon - Orientador(es): Lic Felipe Anilton Gomes Barbosa,
M.sc. Juliana Celia de Lima, Dr(a) Heytor de Queiroz
Marques, M.sc. Madson Francisco da Silva, M.sc.
Washington Lopes da Silva, M.sc. Yuri Ravell Nobre Costa,
Dr(a) Camila Gallindo Cornelio, Dr(a) Kmila Pricilla Pereira,
M.sc. Neilton Limeira Florentino de Lima
 1. Autismo. 2. Educação. 3. Educação Infantil. 4. Escola.
5. Inclusão. 6. Autism. 7. Early Childhood Education. 8.
Education. 9. Inclusion. 10. School. 
I.Título 
II.Lic Felipe Anilton Gomes Barbosa, M.sc. Juliana Celia de
Lima, Dr(a) Heytor de Queiroz Marques, M.sc. Madson
Francisco da Silva, M.sc. Washington Lopes da Silva, M.sc.
Yuri Ravell Nobre Costa, Dr(a) Camila Gallindo Cornelio,
Dr(a) Kmila Pricilla Pereira, M.sc. Neilton Limeira Florentino
de Lima
UNINASSAU - REC CDU - 37.015
EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA CRIANÇA COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Joelma Maria de Moura
RESUMO
O presente trabalho versa sobre o autismo: desafios do docente com a criança
autista. Este profissional pode encontrar problemas como a falta de recursos e estratégias,
assim como o desconhecimento das características do autismo. Neste trabalho buscamos
através das pesquisas compreender melhor como lidar com uma criança com autismo na
educação infantil’, e para desenvolver os conteúdos didáticos e cognitivos para que a
criança em questão tenha um bom desenvolvimento de acordo com sua capacidade. Nossa
fundamentação teórica é composta por autores como Lourenceti (2015), Silva; Mulick
(2009), Schmidt (2013), SOUZA; RUELA, (2022), et al.. Sendo assim foram utilizados os
conceitos de Gil (2008) que mostra a relevância de três categorias de pesquisa em relação
aos seus objetivos: exploratória, descritiva e explicativa. Como resultado, encontramos um
recorte onde alguns professores possuem uma formação inicial fragilizada e ausência de
especializações que o ajudem no dia a dia com o aluno autista. Sendo assim, cabe ao
professor ter sensibilidade e uma capacitação adequada para orientar o aluno, conseguir
observar suas dificuldades e trabalhá-las no decorrer do tempo dividido com ele. Além de
mitigar o caminho árduo que muitas vezes, pode ser, percorrer a socialização repleta de
piadas de cunho pejorativo oriundas da falta de conhecimento sobre o autismo. Um dos
desafios encontrados pelo professor é trazer conhecimento sobre o autismo para sociedade,
seja para destruir preconceitos, seja para a esfera familiar ter consciência do que é autismo,
visto que algumas pessoas não aceitam o fato do filho ser autista, e algumas crianças
ingressão na escola sem um laudo médico e um tratamento específico em prol do
desenvolvimento delas. O educador capacitado é capaz de atentar para as especificidades
de cada aluno com autismo, e traçar rotas para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem, pois cada autista tem uma forma de reagir ao mundo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Autismo. Inclusão. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho versa sobre o autismo: desafios do docente com a
criança autista. Este profissional pode encontrar desafios como a falta de recursos e
estratégias, assim como o desconhecimento das características do autismo. 
Aliás, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente, conhecido como
autismo pode ser definido por várias características que afetam âmbitos sociais do
indivíduo, comportamento (o campo de interesse estreito, e repetitivo) a
comunicação social (linguagem verbal e não-verbal).
Autores como (SCHMIDT, 2013, p. 13) dissertam: “[...] o TEA é definido como
um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental”. 
Além de que outros relatam como crianças autistas possuem fixação por
alguns estímulos visuais, como luzes piscando e reflexos de espelho, assim como
aversões/preferências especificas por gostos, cheiros e texturas. (SILVA; MULICK,
2009, p.120).
Uma pessoa com uma série de condições caracterizados por algum grau de
comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por
uma gama estreita de interesses e atividades que são únicos para o indivíduo e
realizadas de forma repetitiva. 
A pergunta norteadora do nosso trabalho é: Quais os desafios dos
professores com a criança autista na Educação Infantil? Neste trabalho buscamos
através das pesquisas compreender melhor como lidar com uma criança com
autismo, e para desenvolver os conteúdos didáticos e cognitivos para que a criança
em questão tenha um bom desenvolvimento de acordo com sua capacidade. 
Desejamos causar reflexão com nosso tema ocasionando na produção de
artigos, com a finalidade de serem empregados como material de consulta em
trabalhos da área de educação, e subsídios no processo de ensino-aprendizagem
de discentes com autismo.
Ademais, almejamos constatar a importância da inclusão do aluno com TEA 
(Transtorno do Espectro Autista). Para isto, vamos elencar os desafios encontrados 
pelo professor com a criança autista; relatar como a escola está incluindo o aluno 
autista em sua dinâmica; conhecer práticas que ajudem no desenvolvimento do 
aluno com autismo.
Nossa fundamentação teórica é composta por autores como Lourenceti (2015),
Silva; Mulick (2009), Schmidt (2013), SOUZA; RUELA, (2022), et al..
 Sendo assim, nortear o tipo de pesquisa utilizada neste, foram utilizados os
conceitos de Gil (2008) que mostra a relevância de três categorias de pesquisa em relação
aos seus objetivos: exploratória, descritiva e explicativa. Dentre elas, escolhemos a
exploratória, levantamento bibliográfico. 
 Sendo assim, cabe ao professor ter sensibilidade e uma capacitação adequada
para orientar o aluno, conseguir observar suas dificuldades e trabalhá-las no
decorrer do tempo dividido com ele. Além de mitigar o caminho árduo que muitas
vezes, pode ser, percorrer a socialização repleta de piadas de cunho pejorativo
oriundas da falta de conhecimento sobre o autismo. 
 Um dos desafios encontrados pelo professor é trazer conhecimento sobre o
autismo para sociedade, seja para destruir preconceitos, seja para a esfera familiar
ter consciência do que é autismo, visto que algumas pessoas não aceitam o fato do
filho ser autista, e algumas crianças ingressão na escola sem um laudo médico e um
tratamento específico em prol do desenvolvimento delas.
 O educador capacitado é capaz de atentar para as especificidades de cada
aluno com autismo, e traçar rotas para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem, ajudando cada educando com sua particularidade, pois cada autista
tem uma forma de reagir ao mundo. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente, conhecido como
autismo pode ser definido por várias características que afetam âmbitos sociais do
indivíduo, comportamento (o campo de interesse estreito, e repetitivo) a
comunicação social (linguagem verbal e não-verbal).
 Pode ser definido como um transtorno complexo que compromete o processo
do neurodesenvolvimento infantil, caracterizadopor comprometimento qualitativo da
iteração social; comprometimento da comunicação; e padrões restritos e repetitivos
de comportamentos, interesses e atividades. (FONSECA; MEG, 2015).
Autores como (SCHMIDT, 2013, p. 13) dissertam: “[...] o TEA é definido como
um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental”. 
Além de que outros relatam como crianças autistas possuem fixação por
alguns estímulos visuais, como luzes piscando e reflexos de espelho, assim como
aversões/preferências especificas por gostos, cheiros e texturas. (SILVA; MULICK,
2009, p.120).
Uma pessoa com uma série de condições caracterizados por algum grau de
comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por
uma gama estreita de interesses e atividades que são únicos para o indivíduo e
realizadas de forma repetitiva. 
Partindo para uma linha histórica:
É importante ressaltar que diversos médicos, professores, historiadores e
estudiosos da área do autismo (Lourenceti, 2015; Gomes; Mendes, 2010)
relataram na história da evolução os estudos do Dr. Léo Kanner realizados a
partir de 1943, nos quais ele reuniu e analisou onze crianças com idades
entre dois a oito anos apresentando sintomas de dificuldade em estabelecer
relações sociais, linguagens comunicativas, excelente memória e acentuada
fixação por objetos, rotinas, estereotipias. Em 1944, um ano da publicação
do Dr. Léo Kanner, o Dr. Hans Asperger publicou a sua tese sobre a análise
e identificação de sintomas idênticos ao autismo, mas com graus mais leves
e poucas diferenças, sendo definido como a síndrome de Asperger.
(SOUZA; RUELA, 2022)
Com o tempo o conceito de autismo foi sendo mais especifico. Criando assim
menos confusões e mais qualidade e ajuda com portadoras dele. 
De acordo com Lourenceti (2015), o autismo foi estudado pela primeira vez
em 1801 pelo médico Jean Marc Itard, sendo relacionado a campos da
esquizofrenia, analisado no caso de uma criança resgatada que apresentou
sintomas de isolamento social, dificuldade de comunicação e relações sociais. 
Nessa época os portadores do autismo eram assimilados a esquizofrênicos,
em grande parte dos casos, eram levados a hospícios juntos aos demais doentes
mentais.
Diante disso, é preciso compreender que há graus de autismo, e cada sujeito
tem suas particularidades. Aliás, é necessário buscar informações sobre o autismo,
para ajudar no desenvolvimento do portador dele, assim como romper com a
ignorância e preconceitos sobre o autismo.
Nesse contexto, alguns desafios que os professores podem encontrar quando
se fala da inclusão do aluno autista na educação infantil são:
falta de recursos e estratégias, assim como o desconhecimento das características
do TEA. 
Afinal, o docente é uma peça fundamental na inclusão do aluno com autismo
na escola. É necessário aquele manter-se sempre em formação, especialização,
reciclando seus saberes, pois pode estar despreparado para receber um aluno
autista e não saber interagir com ele, ou fazer parte do seu desenvolvimento da
melhor forma possível.
Nos artigos 58 e 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
nº 9.394/96) promovem que o aluno que apresenta necessidades especiais e/ou
com deficiência tenha acesso ao ensino regular 
O artigo 205 da Constituição versa que a educação é um direito de todos.
Enquanto no artigo 206, Inciso I: “igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola.”. Então, é preciso respeitar os direitos a educação do aluno
com autismo, além de proporcionar igualdade no processo de aprendizagem e
presença no âmbito escolar. 
Sendo assim, cabe à escola proporcionar acesso e uma permanência
adequada ao aluno com autismo. O professor está sintonizado com formações para
ajudar em sua prática pedagógica. 
2.1 Quais os desafios dos professores com a criança autista na Educação
Infantil?
A inclusão é um imperativo educacional. No entanto, a ausência de uma
formação adequada do docente para adição do aluno com autismo no âmbito da
escola para desenvolver sua sociabilidade e cognição corrobora em um cenário
onde a prática pedagógica é ineficaz. Para ter êxito na integração do autista na
Educação Infantil é necessário conhecimento especializado visto que a formação
inicial, por vezes, é insuficiente. 
O ideário da reforma do sistema educacional atribui ao professor papel de
agente de mudança. Delega a este, não só a responsabilidade em potencial
pelas mazelas do ensino escolar, como também o poder de superá-las. Em
resposta a essa expectativa, são sugeridas mudanças substanciais no
processo de formação de tais profissionais. Na atualidade, tal processo é
julgado como ineficaz, e, portanto, precisa ser repensado (OLIVEIRA, 2003).
Sabe-se o poder transformador que o professor possui dentro do âmbito
escolar. Mas, para surtir efeito positivo é preciso valorizar esse agente da mudança,
melhorar a formação inicial e incentivar todos os profissionais do ensino a buscar
especializações que complementem o conhecimento já existente em cada um. 
 A comunicação entre o educador e o aluno autista na educação infantil, por
vezes, é limitada, pois a criança com autismo tem o desenvolvimento da fala
afetada. Além do ambiente ser diferente do habitual para ela causando desordem. O
professor tem papel de subsidiar o aprendiz a desenvolver e organizar suas
potencialidades. Segundo Silva (2012, p. 126):
 
Não podemos perder de vista as reais potencialidades e limites da criança.
Por isso é preciso sempre elaborar um programa educacional específico para
cada uma delas. Procure trocar ideias, pergunte como pode ajuda-la,
certifique-se de que ela compreendeu o que você quis dizer e repita quantas
vezes forem necessárias, de forma tranquila e afetuosa. Além disso, para que
o aprendizado seja eficaz, é fundamental que haja palavras de incentivo e
elogios sempre, bem como premiações quando ela conseguir realizar
avanços, mesmo que pequenos. 
 Sendo assim, cabe ao professor ter sensibilidade e uma capacitação adequada
para orientar o aluno, conseguir observar suas dificuldades e trabalhá-las no
decorrer do tempo dividido com ele. Além de mitigar o caminho árduo que muitas
vezes, pode ser, percorrer a socialização repleta de piadas de cunho pejorativo
oriundas da falta de conhecimento sobre o autismo. 
 Um dos desafios encontrados pelo professor é trazer conhecimento sobre o
autismo para sociedade, seja para destruir preconceitos, seja para a esfera familiar
ter consciência do que é autismo, visto que algumas pessoas não aceitam o fato do
filho ser autista, e algumas crianças ingressão na escola sem um laudo médico e um
tratamento específico em prol do desenvolvimento delas.
 O educador capacitado é capaz de atentar para as especificidades de cada
aluno com autismo, e traçar rotas para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem, ajudando cada educando com sua particularidade, pois cada autista
tem uma forma de reagir ao mundo. 
A educação das pessoas com autismo e outros transtornos profundos
provavelmente exige mais recursos do que são necessários em qualquer
outra alteração ou atraso evolutivo. Às vezes embora ocorram aquisições
funcionais e um abrandamento dos traços autistas, os progressos são muito
lentos. Aparentemente, podem ser mínimos quando comparados ao quadro
de desenvolvimento normal. (RIVIÉRE, 2004, p.254)
O trabalho com autistas, às vezes, demanda tempo para se ver uma
progressão em seu desenvolvimento. No entanto, se faz relevante ter um
profissional capacitado para ajudar da melhor forma o aluno autista. Sendo assim,várias leis foram implementadas ao longo do tempo à favor da inclusão do aluno
com autismo na escola regular.
[...] todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais
especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de
aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem
e, portanto, possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto
durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais
crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens
severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com
necessidades educacionais especiais devam ser incluídos em arranjos
educacionais feitos para a maioria das crianças. (Declaração de Salamanca,
1994, p. 3)
 
Dessa forma, faz-se necessário quebrar o molde educacional padrão, e
trabalhar dentro das especificidades de cada aprendente. Tendo como resultado um
ensino mais humano, e voltado para o desenvolvimento do discente.
2.2 Educação Inclusiva
Para haver inclusão escolar, de fato, que a escola se adapte ao aluno e não o
contrário. Desde o espaço físico adaptado para o locomoção dele, até as atividades
em sala de aula em busca de promover seu desenvolvimento, respeitando as
diferenças.
De acordo com Pacheco (2007, p.15): 
A educação inclusiva tem sido discutida em termos de justiça social,
pedagogia, reforma escolar e melhorias nos programas. No que tange a
justiça social, ela se relaciona aos valores de igualdade e aceitação. As
práticas pedagógicas numa escola inclusiva precisam refletir uma abordagem
mais diversificada, flexível e colaborativa do que numa escola tradicional. A
inclusão pressupõe que a escola se ajuste a todas as crianças que desejam
matricular-se em sua localidade, em vez de esperar que determinada criança
com necessidades especiais se ajuste à escola (integração)
Várias leis asseguram o direito de indivíduos com necessidades educacionais
à educação. A Constituição brasileira fala em seu artigo 208, inciso I: “Educação
básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso
na idade própria;”.
Assim como o Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei 13.146/2015, em seu
Art. 1º disserta:
É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.
E, desta forma, com a pessoa com deficiência tem direito à uma educação
pautada em igualdade e em sua inclusão. Mas, tal educação necessita ser
construída com qualidade, envolvendo os educadores com formações continuadas
para melhor atender seu público, bem como uma escola adaptada para receber e
permitir que o aluno com deficiência possa desenvolve-se como pessoa, e poder ter
sua aprendizagem em constante evolução. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no 9.394/96, No
capítulo III, art. 4º, Inciso III, nos mostra que o Estado tem o dever de ofertar: 
atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; 
Além de que alunos superdotados precisam também de atenção em seu
aprendizado. Muito se falou em conferências, como a de Salamanca, para dar
atenção e o apoio propício para o desenvolvimento.
 As crianças com necessidades especiais precisam de um olhar apurado e
sensível do professor para suas particularidades e tem direito ao ensino regular
atestado por leis.
[...] todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais
especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de
aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem
e, portanto, possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto
durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais
crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens
severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com
necessidades educacionais especiais devam ser incluídos em arranjos
educacionais feitos para a maioria das crianças. (Declaração de Salamanca,
1994, p. 3)
Sendo assim, em prol do desenvolvimento holístico do indivíduo se faz
necessária uma educação voltada para ele, onde possa tirar proveito, de forma
positiva, das experiências ofertadas pela instituição de ensino.
Sabe-se o poder transformador que o professor possui dentro do
âmbito escolar. Mas, para surtir efeito positivo é preciso valorizar esse agente da
mudança, melhorar a formação inicial e incentivar todos os profissionais do ensino a
buscar especializações que complementem o conhecimento já existente em cada
um. 
O ideário da reforma do sistema educacional atribui ao professor papel de
agente de mudança. Delega a este, não só a responsabilidade em potencial
pelas mazelas do ensino escolar, como também o poder de superá-las. Em
resposta a essa expectativa, são sugeridas mudanças substanciais no
processo de formação de tais profissionais. Na atualidade, tal processo é
julgado como ineficaz, e, portanto, precisa ser repensado (OLIVEIRA, 2003).
Atribuem ao educador um papel transformador da realidade no âmbito
educacional. No entanto, se faz necessário dar condições para o professor realizar
isto, saindo do campo da idealização. Oferecendo formações e um espaço
educacional com qualidade, e valorização desse profissional tão importante para
sociedade. 
 Apesar das condições de trabalho do educador, reiteramos que o professor
tem papel de subsidiar o aprendiz a desenvolver e organizar suas potencialidades.
Segundo Silva (2012, p. 126):
 
Não podemos perder de vista as reais potencialidades e limites da criança.
Por isso é preciso sempre elaborar um programa educacional específico para
cada uma delas. Procure trocar ideias, pergunte como pode ajudá-la,
certifique-se de que ela compreendeu o que você quis dizer e repita quantas
vezes forem necessárias, de forma tranquila e afetuosa. Além disso, para que
o aprendizado seja eficaz, é fundamental que haja palavras de incentivo e
elogios sempre, bem como premiações quando ela conseguir realizar
avanços, mesmo que pequenos. 
Planejar como trabalhar para desenvolver as potencialidades da criança é
necessária, para assim abrandar suas dificuldades de aprendizagem, além de dar
sempre palavras de apoio, incentivo, elogios de forma a motivar o aluno a prosseguir
em sua jornada de aprendizagem.
Pensando assim, para ajudar na progressão das habilidades dos
aprendentes, surge o Plano Educacional Individualizado (PEI), sendo inserido em
um planejamento especifico para determinado aluno, acontece uma avaliação
sazonal, analizando os aspectos de conhecimentos, desenvolvimento e habilidades,
levando em consideração a faixa etária e o nível de escolarização. (Glat, Redig e
Vianna, 2012, p.84). 
Dessa forma, ajudando de forma mais potencializada o desenvolvimento do
aluno, a conseguir desenvolver suas habilidades e chegar ou ultrapassar nos
conteúdos organizados para determinado ano escolar. 
,
3 METODOLOGIA
Introduza aqui, de maneira breve, o percurso metodológico adotado no seu
trabalho. Dividimos em subtópicos que você deve elaborar de acordo com sua
proposta (tema/problema/objetivos).
3.1 Caracterização do estudo
Para nortear o tipo de pesquisa utilizada neste trabalho, foram utilizadosos
conceitos de Gil (2008) que mostra a relevância de três categorias de pesquisa em
relação aos seus objetivos: exploratória, descritiva e explicativa. Dentre elas
escolhemos a exploratória, levantamento bibliográfico. Nossa abordagem é
qualitativa.
Sendo assim, Gil (2008, p. 45) acrescenta: “[...] A principal vantagem da
pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma
gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisa
diretamente. [...]”. Baseamos nossa pesquisa em livros, e refletimos sobre o autismo.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Diante do que foi supracitado, esperamos ter elucidado o que é autismo.
Apesar de suas características especificas, há também particularidades únicas em
cada portador dele. Sendo assim, se faz necessário que o educador levá-las em
consideração para ajuda-lo o processo de ensino-aprendizagem.
Além de convidar educadores a refletir sobre sua prática pedagógica, com o
intuito de lapidá-la e subsidiar de forma adequada alunos com autismo no dia a dia. 
Aliás, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente, conhecido como
autismo pode ser definido por várias características que afetam âmbitos sociais do
indivíduo, comportamento (o campo de interesse estreito, e repetitivo) a
comunicação social (linguagem verbal e não-verbal).
Autores como (SCHMIDT, 2013, p. 13) dissertam: “[...] o TEA é definido como
um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental”. 
Além de que outros relatam como crianças autistas possuem fixação por
alguns estímulos visuais, como luzes piscando e reflexos de espelho, assim como
aversões/preferências especificas por gostos, cheiros e texturas. (SILVA; MULICK,
2009, p.120).
Uma pessoa com uma série de condições caracterizados por algum grau de
comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por
uma gama estreita de interesses e atividades que são únicos para o indivíduo e
realizadas de forma repetitiva. 
Nos artigos 58 e 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
nº 9.394/96) alunos com necessidades especiais têm direito ao ensino regular.
Diante disso, não é válido eles estarem apenas na escola. É preciso ter atenção
para trabalhar as singularidades de cada um. 
Programas de conscientização sobre o autismo devem ser criados para a
sociedade saber o que é e como ajudar o portador dele. Educadores devem buscar
especializações para aprimorar seus conhecimentos sobre ele.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho versou sobre o autismo: desafios do docente com a
criança autista. Este profissional pode encontrar problemas como a falta de recursos
e estratégias, assim como o desconhecimento das características do autismo. 
Neste trabalho buscamos através das pesquisas compreender melhor como
lidar com uma criança com autismo, e para desenvolver os conteúdos didáticos e
cognitivos para que a criança em questão tenha um bom desenvolvimento de acordo
com sua capacidade.
Constatamos que vários profissionais da educação não possuem uma
educação inicial e até uma especialização adequada para trabalhar com alunos
autistas. Elas têm a sua aprendizagem sucateada, além de sofrer com palavras
pejorativas fruto da ignorância alheia.
Diante da revisão literária encontramos diversos autores falando sobre o que
é autismo, sobre sua origem não se tem certeza se é por causas genéticas ou por
causa do ambiente poluído. 
É necessário para dizer que a educação é inclusiva quando a escola se
adapta ao aluno e não o contrário. Fazer com que o aluno tenha alegria em estar na
escola, e tenha oportunidades de desenvolver suas potencialidades em meio as
suas dificuldades que podem ser ultrapassadas, desde que o professor tenha uma
bagagem intelectual para isto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016].
BRASIL. (1994). Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas 
na Área das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca, Espanha. Disponível 
em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96). Brasília: 1996.
FONSECA, Maria Elisa Granchi. O diagnóstico dos transtornos do espectro do
autismo (TEA). 2015.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
GLAT, Rosana; VIANNA, Márcia Marin; REDIG, Annie Gomes. Plano Educacional
Individualizado: uma estratégia a ser construída no processo de formação docente.
Ciências Humanas e Sociais em Revista, RJ, EDUR, v. 34, n. 12, p. 79-100, 2012.
LOURENCETI, Maria Dalva. Transtorno do espectro autista. 2015. Disponível em:
http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2015/02/Autismo.pdf.
OLIVEIRA, Zilma Moraes Ramos de. Diretrizes para a formação de professores
de educação infantil. Pátio educação infantil, Porto Alegre, v. 1, n 2, p. 6-9,
ago/nov. 2003.
PACHECO, J. et al. Caminhos para a inclusão: um guia para o aprimoramento da
equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2007.
RIVIÉRE, Ángel. Desenvolvimento psicológico e educação. In: COLL, César. Et
al. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SCHMIDT, Carlo. Autismo, educação e transdisciplinaridade. In: SCHMIDT, C (org)
Autismo, educação e transdisciplinaridade. Campinas, SP: Papirus, 2013.
SILVA, Micheline. MULICK, James A. Diagnosticando o Transtorno Autista:
Aspectos Fundamentais e Considerações Práticas. Psicologia ciência e profissão,
2009.
SILVA, Ana Beatriz B. et al. Mundo Singular: Entenda o Autismo/ Rio de Janeiro:
Objetiva, 2012.
SOUZA, Antônia Gonçalves de; RUELA, Guilherme de Andrade. O autismo infantil
e a inclusão social na educação: revisão histórica e sistêmica atual. Revista
Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 19, 24 de maio de 2022. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/19/o-autismo-infantil-e-a-inclusao-
social-na-educacao-revisao-historica-e-sistemica-atual.

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