Traumatologia - Projéteis de Arma de Fogo

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Traumatologia - Projéteis de Arma de Fogo
MEDICINA LEGAL
TRAUMATOLOGIA - PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO
Sumário
1. Armas de fogo comuns.
2. Espingardas.
3. Fuzis (projéteis de alta energia).
BALÍSTICA
Balística é o estudo do movimento dos projéteis.
A balística que ocorre dentro da arma é chamada de interna, já o movimento do projétil 
no ar é a balística externa.
O objeto de estudo da balística externa é chamado de trajetória e o caminho percorrido 
dentro do alvo é chamado trajeto.
ATENÇÃO
Não confundir trajetória com trajeto. 
Os efeitos que são produzidos no alvo são chamados de terminal.
Munição comum
A munição é diferente do projétil. Ela é composta de quatro partes:
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• Projétil é o que de fato irá causar o dano;
• O estojo envolve o projétil e une todos elementos;
• Propelente é a pólvora. A pólvora é o elemento que entra em combustão;
• A espoleta é uma cápsula que contém uma mistura iniciadora que irá gerar a combustão.
A combustão é uma reação química com a substância da pólvora que vai liberar energia 
em forma de calor e uma grande quantidade de gases. Uma pressão é gerada devido a esta 
grande quantidade de gases que acaba expelindo o projétil pelo cano da arma.
Não é somente o projétil que sai do cano da arma, pois também são liberados outros 
elementos:
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• a pólvora combusta, fuligem;
• os grãos de pólvora incombusta;
• os gases superaquecidos. .
Orifício de entrada x saída
O projétil pode entrar no corpo e sair, ou seja, tem um trajeto transfixante com um orifício 
de entrada e saída.
O projétil de arma de fogo a princípio é contundente, mas por possuir muita energia ciné-
tica adquire características perfurantes. Sendo assim, ao atingir o alvo (entrada) ainda estará 
com muita energia cinética, tendo o predomínio das características perfurantes. Ao atraves-
sar o alvo ele vai dispersando a sua energia cinética na medida que encontra resistência.
Caso ele saia terá um predomínio das características contundentes, ou seja, de 
rasgar a pele.
Orifício de entrada Orifício de saída
Redondo(perfura) ou elíptico
Obs.: redondo é o que tem incidência perpen-
dicular e elíptico é o que tem incidência oblí-
qua.
Irregular.
Bordas invertidas
• para dentro.
Bordas evertidas
• para fora.
Diâmetro menor. . Diâmetro maior.
Pouco sangrante. Muito sangrante.
Orlas/halos
• de contusão;
• de escoriação;
• de enxugo.
Efeitos secundários
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Exemplos 
Efeitos secundários do disparo
O efeito primário é tudo aquilo que é feito pelo projétil.
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Os efeitos secundários são aqueles causados por outros elementos que não o projétil e 
que causam efeitos no corpo também: .
• Gases aquecidos: geram a zona de queimadura.
• Fuligem: a pólvora deposita–se sobre a pele causando ao redor do orifício a zona de 
esfumaçamento.
• Pólvora incombusta: os grãos são mais densos e conseguem penetrar na pele gerando 
a zona de tatuagem.
Todos esses elementos possibilitam deduzir que o tiro foi disparado a curta distância. Não 
há uma distância definida, pois depende do tipo de munição e depende da arma.
ATENÇÃO
Curta distância é sinônimo de queima roupa, porém é diferente de tiro encostado.
Exemplo
 
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Obs.: no caso de anteparos ( roupas, travesseiro etc.), os efeitos secundários do disparo 
podem ficar no anteparo.
ATENÇÃO
Zona é característica de entrada a curta distância.
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Francisco Helmer Almeida Santos. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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