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Prof.ª: Vanessa M. Malakoski O politraumatismo é o comprometimento simultâneo grave de várias funções e sistemas do corpo humano em decorrência de alterações bruscas no correto funcionamento de suas atividades A mortalidade é distribuída em três momentos após o trauma morte imediata – ocorre nos 30 minutos subsequentes à agressão. Causada por extensas lesões no cérebro, secção medular alta, lesões cardíacas ou de vaso calibroso. morte precoce – correspondente à que ocorre nas primeiras duas horas após o trauma em consequência de choque hemorrágico. morte tardia – refere-se à morte após a primeira semana. As causas nesse período são as infecções e a disfunção de múltiplos órgãos. TCE TRM FACE TÓRAX ABDOME PELVE EXTREMIDADES Dramáticos pela sua aparência; Podem apresentar risco de vida; Pode apresentar obstrução de VA; Lesões intracranianas; Lesões de coluna cervical. Fratura de mandíbula, maxilar, nariz podem causar obstrução de VA; Epistaxe de difícil controle (fratura nariz); Ferimentos diversos em face; Tratamento: ABC, Exame cuidadoso, palpar cuidadosamente, cuidado com VA, controle hemorragia, bandagens, auxílio médico nos casos obstrução VA (Intubação) . Nunca pressionar o globo ocular Perda do conteúdo. Diagnóstico Exame externo Fraturas Perda líquidos; Acuidade visual; Mobilidade ocular; Reação pupilar = reflexos fotomotores (TCE). Queimaduras dos olhos Químicas Agir + rápido possível (evitar cegueira); Tratamento Lavagem imediata com água estéril ou de torneira / enxaguar 15-30 min inclusive durante transporte. Lesões ouvido externo contusões / lacerações. Lesões ouvido médio / interno explosões / fraturas base crânio (saída líquor e sangue) / muito dolorosas. Atendimento Lacerações e abrasões externas Curativos compressivos + controle sangramento. Lesões internas Não tentar limpar conduto auditivo curativo frouxo. São muito comuns Epistaxes / edema / fraturas. Epistaxes: Podem ser severas. Fratura ossos nariz: Sangramento + dor + edema + deformidade mobilidade ossos nasais + equimoses face. Atendimento Epistaxe observar se há líquor com o sangue (nas fraturas base crânio); Decúbito lateral se possível (drenar); Não tentar interromper sangramento. Feridas corto contusas Na cavidade bucal (língua / bochechas / gengiva) Sangramento importante aspirar o sangue e secreções e evitar obstrução das vias aéreas; Se necessário compressão com gaze. Fraturas do alvéolo dentário Com avulsão do dente Recuperar o dente se possível e levá-lo ao hospital; Aspirar sangue; *Procurar corpos estranhos obstruindo vias aéreas sempre. http://www.trauma.org/index.php/main/image/636/C11 http://www.trauma.org/index.php/main/image/112/C11 http://www.trauma.org/index.php/main/image/105/C11 http://www.trauma.org/index.php/main/image/688/C11 Responsável por 25% das mortes por trauma; 85 a 90% dos traumatismos torácicos contusos são tratados por medidas simples (drenagem torácica e intubação); 15 a 30% dos ferimentos penetrantes de tórax necessitam de cirurgia (toracotomia). Principais causas acidentes automobilísticos quedas de altura agressões lesões esportivas Impacto direto sobre o tórax fraturas de costelas, tórax instável, contusões pulmonares e cardíacas Impacto direto sobre o pescoço hiperextendido lesões laringo-traqueais Impacto direto sobre tórax com a glote fechada ruptura brônquica Desaceleração rápida ruptura aórtica ou brônquica Desaceleração vertical (queda) Ruptura aórtica Flexão espinhal ruptura do ducto torácico Aumento súbito da pressão intra-abdominal ruptura diafragmática Sobrevida depende do tipo de arma, local da lesão e o pronto reconhecimento de lesões graves e encaminhamento aos centros de trauma; Mais freqüente que perfurações abdominais; Se a perfuração atinge a pleura parietal, 90% terá lesão pulmonar e 50-60% terá hemopneumotórax; A princípio não se deve explorar o ferimento. História clínica ABC do trauma Priorizar correção de danos que causem morte imediata Documentar danos menos sérios para correção posterior Acidentes automobilísticos - tempo entre o trauma e a chegada ao hospital - tipo de impacto - local do paciente dentro do veículo - velocidade aproximada - ejeção do veículo - morte de ocupante do veículo - uso de cinto de segurança Quedas - altura - superfície onde o paciente caiu Trauma Aberto ▪ Penetrante; ▪ Não penetrante. Trauma de Tórax http://www.trauma.org/imagebank/chest/images/chest0017.html Trauma Fechado Trauma de Tórax Trauma Fechado Compressão Diafragma Válvula Aórtica Desaceleração Trauma de Tórax ÁREA AVALIADA SINAIS CLÍNICOS POSSÍVEIS LESÕES Via aérea Taquipnéia, estridor Obstrução ou ruptura via aérea, corpo estranho Respiração Movimentos torá- cicos anormais, ausência de MV Tórax instável, contusão pulmonar, hemo ou pneumotórax Circulação Hipotensão, taquicardia Hemorragia intratorácica Coluna cervical Dor na nuca Fratura-luxação SNC Imobilidade ou alte- ração consciência TCE Múltiplas fraturas consecutivas de costelas (pelo menos quatro arcos costais fraturados em dois locais distintos); Ocorre em 5% dos traumatismos torácicos e em 10 a 15% das lesões contusas graves; Aumenta incidência com a idade; Indicação: pacientes que chegam com ferimento torácico penetrante e sem pulso, porém com atividade elétrica miocárdica (ou apresentam parada cardíaca logo após a chegada) Os resultados são variáveis: - sobrevida de 1% em trabalhos sem critérios específicos em hospitais gerais; - sobrevida de até 30% para pacientes vítimas de ferimentos por arma branca em centros de trauma com equipes experientes. Alta mortalidade; Se sobrevive = lesão incompleta + hematoma mediastinal (geralmente a hipotensão tem outra causa; Não há sinais ou sintomas específicos = a suspeita é iniciada pelo mecanismo do trauma e pelo radiograma de tórax; RUPTURA DA AORTA Desaceleração/quedas de grande altura; Alargamento do mediastino; Choque. Trauma de Tórax http://www.trauma.org/imagebank/chest/images/chest0006.html http://www.trauma.org/imagebank/vascular/images/vasc0003.html O abdome é frequentemente lesado tanto após traumatismos fechados como abertos, 25% das vítimas vão necessitar de exploração abdominal. Trauma aberto: Tem solução de continuidade da pele, secundários a arma de fogo ou arma branca. Penetrante: - Com lesão interna - Sem lesão interna Não penetrante: - Não atinge o peritônio Trauma fechado : Mecanismo indireto de lesão, são secundários a acidentes com veículos automotores, motocicletas, quedas, agressões, e atropelamento Lesão pode ser de víscera oca, maciça, isolada, múltiplas, e de outras estruturas como vasos sangüíneos, nervos, músculos, e ossos. Trauma abdominal fechado (contusão do abdome) ▪ Agressão; ▪ Acidentes de Trânsito; ▪ Queda sobre objetos; ▪ Acidentes Infantis. Trauma abdominal aberto (penetrante) ▪ Empalamento; ▪ Evisceração; ▪ FAB (lesões limitadas ao trajeto da lâmina); ▪ FAF(lesões dependentes do trajeto do projétil = indefinidas, do calibre e velocidade do projétil). FECHADO ABERTO Passam despercebidos Dificuldade de detectar lesões em pacientes com sensório alterado (TCE, abuso de álcool e drogas ou lesões raquimedulares); Risco de morte na fase inicial; Lesões de vísceras ocas não identificadas e tratadas a tempo levam a infecção e à morte. Órgãos sólidos ▪ Fígado; ▪ Baço; ▪ Pâncreas; ▪ Rins. Vísceras ocas ▪ Estômago; ▪ Intestinos (delgado e grosso); ▪ Vesícula biliar; ▪ Bexiga. http://www.trauma.org/imagebank/abdo/liver/images/liver0002.htmlVasos ▪ Aorta; ▪ Veia cava; ▪ Artérias e veias ilíacas; ▪ Veia Porta; ▪ Vasos Mesentéricos; ▪ Renais; Diafragma; Pelve. Dor abdominal (localizada ou difusa); Rigidez da parede; Sinais de Choque; Distensão do abdome; Vômitos com ou sem sangue; Sangramento pelo reto; Sangramento pela vagina, uretra; Equimose de bolsa escrotal. A prioridade é identificar o choque Transporte rápido; Centro de trauma = controle da hemorragia; Aguardar o médico = retarda o controle da hemorragia. Medidas a serem tomadas pelo socorrista ▪ Desobstruir a VA; ▪ Oxigênio; ▪ Ventilação adequada ; ▪ Elevar os membros inferiores; ▪ Aquecer a vítima; ▪ Remover vestes sujas e molhadas; ▪ Rápido controle da hemorragia externa; ▪ Contato com a central e acionar o médico sem retardar o transporte. 3% do total de fraturas do esqueleto. 10% de mortalidade hemorragias. A maioria são fraturas estáveis tratamento conservador. O prognóstico depende da biomecânica do trauma, do tipo de fratura, do tempo decorrido entre o trauma e o tratamento, e da presença de lesões associadas. Rotação interna (compressão lateral) Rotação externa (compressão ântero- posterior) Forças de cisalhamento Outras complicações principais de fraturas pélvicas incluem o comprometimento de nervos pélvicos e a embolia pulmonar. São necessários frequentemente a fisioterapia prolongada e a reabilitação. Conter hemorragias para evitar o choque hipovolêmico Transfusão sanguínea Monitorização hemodinâmica Um hematoma pélvico pode ser a origem da sepse e pode necessitar de uma drenagem percutânea ou cirúrgica. FIXADOR EXTERNO Traumatismos ▪ Invalidez Esmagamento, fraturas expostas ▪ Potencialmente fatais Lesões ▪ Risco de vida Envolvem Vários elementos teciduais: -Pele -Músculos -Nervos -Vasos -Ossos Exame primário ▪ Hemorragia profusa ▪ Perfusão ▪ Avaliar estado da perfusão ▪ Identificar feridas abertas, deformidades, fraturas, instabilidade ▪ Avaliar neurovascular ▪ Identificar movimentos articulares anormais ▪ Imobilizar com talas e/ou tração ▪ Restaurar alinhamento do membros ▪ Tratar as feridas ▪ Restaurar a perfusão História 1. Mecanismo 2. Fatores ambientais 3. Condições preexistentes 4. Achados no local 5. cuidados pré-hospitalares ▪ Localização do assento ▪ Onde paciente foi encontrado ▪ Danos nos veículos ▪ Cinto de segurança ▪ Estimar a quantidade de energia absorvida ▪ Exposição ▪ Temperaturas extremas ▪ Fumaça e agentes tóxicos ▪ Contaminação ▪ Fezes de animais ▪ Água doce ▪ Água salgada ▪ Posição que foi encontrado ▪ Volume de sangue ▪ Exposição óssea ▪ Deformidades ▪ Presença ou ausência de mobilidade voluntária Devem ser informados e documentados ▪ Alterações neurovasculares ▪ Redução de uma fratura ou luxação ▪ Fragmentos ósseos que se perderam ▪ Aplicação de curativos e talas ▪ Procedimentos de liberação ferragens ▪ Sinais ▪ Hemorragia externa ativa ▪ Hematoma em expansão ▪ Pulsos anormais ▪ Veias vazias ▪ Diminuição do enchimentos capilar ▪ Extremidade mais fria que contra lateral ▪ Sinais ▪ Trauma próximo ao trajeto de artéria importante ▪ Diminuição de sensibilidade ▪ Fraqueza articular ▪ Aumento progressivo da dor após imobilização de uma extremidade ▪ Volumoso: curativo compressivo ▪ Antibioticoterapia e profilaxia do tétano ▪ Considerar reimplante: o segmento deve estar envolto por uma compressa com sol. Salina, dentro de uma bolsa plástica, esteril, transportado em recipiente termo-isolante com gelo e água ▪ Tempo é o fator primordial Cobrir com compressa estéril Informar ao Socorrista na ligação Iniciar ATB, Profilaxia tétano Rx Tratamento Cirúrgico Slide 1: POLITRAUMATISMO Slide 2: DEFINIÇÃO Slide 3: MORTALIDADE Slide 4: MORTALIDADE Slide 5: TRAUMATISMOS Slide 6: TRAUMATISMO DE FACE Slide 7: TRAUMA DE FACE Slide 8: Traumas de Face Slide 9: Traumas de Face Slide 10: Traumas de Face Trauma nos olhos Slide 11: Traumas de Face Slide 12: Traumas de Face Trauma nos ouvidos Slide 13: Traumas de Face Trauma no nariz Slide 14: Traumas de Face Trauma na boca Slide 15: TRAUMA DE TÓRAX Slide 16: O QUE FAZER? Slide 17: ASPECTOS GERAIS DO TRAUMA TORÁCICO Slide 18: TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: MECANISMOS E FISIOPATOLOGIA Slide 19: TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: MECANISMOS E FISIOPATOLOGIA Slide 20: TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE Slide 21: AVALIAÇÃO DO TRAUMA DE TÓRAX Slide 22: HISTÓRIA CLÍNICA Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26: EXAME FÍSICO (ABC) Slide 27: TRATAMENTO INICIAL Slide 28: TRATAMENTO DEFINITIVO Slide 29: TÓRAX INSTÁVEL Slide 30: TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA Slide 31: TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO Slide 32: DRENAGEM TORÁCICA Slide 33: RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTA Slide 34 Slide 35: TRAUMA DE ABDOME Slide 36: Introdução Slide 37: Introdução Slide 38: Trauma Abdome Classificação Slide 39: TRAUMA DE ABDOME Slide 40: TRAUMA DE ABDOME Slide 41: Trauma Abdominal Fechado Slide 42: Trauma abdome Slide 43: Trauma abdome Slide 44: Trauma abdome Slide 45: Trauma Abdome Sinais e Sintomas Slide 46: Trauma Abdome Tratamento Slide 47: Trauma Abdome Slide 48: TRAUMA DE PELVE Slide 49: Anatomia da Pelve: Slide 50: Introdução Slide 51: Causas de acidentes Slide 52: Biomecânica Slide 53: Complicações Slide 54: Tratamento Slide 55: TRATAMENTO CIRÚRGICO Slide 56: TRAUMA DE EXTREMIDADES Slide 57: Trauma de extremidades Slide 58: Trauma de extremidades Slide 59: Trauma de extremidades Slide 60: Exame secundário Slide 61: Atendimento inicial das lesões de extremidades Slide 62: Avaliação das extremidades Slide 63: 1) Mecanismo da lesão Slide 64 Slide 65: Fatores ambientais Slide 66: Achados no local Slide 67: Cuidados Pré-Hospitalares Slide 68: Lesões Vasculares Slide 69: Lesões Vasculares Slide 70 Slide 71: Amputação Traumática Slide 72: Fraturas Expostas