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Universidade Estácio de Sá
Santa Cruz- RJ
Curso de Psicologia 
Projeto de Extensão - ‘Ética e Direitos Humanos na Construção da Autonomia’ 
Nome dos discentes:
Abigail Nascimento Pinho - 201904070388
Bruna Aparecida P. A. Da Silva - 201901118771
Lidiane de Abreu dos Santos - 201908540486
Lindéia Lemes R. M. - 201903306507
Luiza Teixeira Braz e Silva - 202001565736
Monique G. Jacob de Oliveira - 201903556074
Roberta Matos Simas - 201903335329
Silvana Castro de Matos - 201808021339
Vinícius Henrique V. Lins e Castro - 201909138193
Professora orientadora: Kelly Conceição Cardoso- CRP: 05/47620 
Rio de Janeiro/RJ
2024
DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO 
1. Identificação das partes envolvidas e parceiros 
O projeto de extensão acadêmica abrange a Instituição Doce Morada, localizada na Avenida Antares, número 2.918, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro- RJ. Trata-se de uma instituição de acolhimento à meninas adolescentes, na faixa etária de 12 à 17 anos. O abrigo comporta a capacidade máxima de 20 meninas, contendo atualmente 16 meninas. Elas são inseridas a essa instituição por demanda judicial juntamente com o Conselho Tutelar, decorrente de vulnerabilidade social e outras questões de ordem familiar que envolvem o bem-estar e segurança dessas adolescentes. 
A instituição é composta por uma equipe técnica onde atuam: 01 (uma) Psicóloga; 01 (uma) Assistente Social; 06 (seis) Educadores Sociais; 01 (uma) Cozinheira; 01 (um) Diretor e 01 (um) Vice Diretor. Convém ressaltar que a instituição acolhedora possui convênio com a Prefeitura do Rio de Janeiro e parcerias com voluntários que viabilizam uma prática dinâmica de atividades como: oficinas e outros que corroboram para o aprendizado, aperfeiçoamento e desenvolvimento socio- afetivo. Há também o engajamento em projetos fora da instituição, como por exemplo, o ‘Jovem Aprendiz’, além da inclusão na rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Com relação à saúde das adolescentes, há o acesso aos serviços da Clínica da Família próxima da instituição, onde elas realizam acompanhamento.
Este projeto de extensão universitário realizado no campus Santa Cruz-RJ pela Universidade Estácio De Sá conta com a participação de 09 discentes do curso de Psicologia, sob a orientação da disciplina extensionista: ‘Psicologia, Ética e Direitos Humanos’, ministrada pela professora Kelly Conceição Cardoso, onde torna a experiência acadêmica dinâmica e enriquecedora, na medida em que viabiliza a interação teórica e prática, ampliando a visão acadêmica e favorecendo o processo ensino–aprendizagem, contribuindo assim para a futura atuação profissional e intervindo juntamente à Instituição de forma ética e positiva, impactando os indivíduos alcançados por este projeto.
 2. Demandas e ou situações-problema identificados 
A psicóloga do abrigo institucional destacou pontos relevantes relacionados às questões de: identidade, autoestima, autoafirmação e orientação sexual. Este dilema em relação aos temas citados acima se evidencia na rotina das adolescentes, à medida em que apresentam dificuldade em tratar o assunto, verbalizar sobre o mesmo, gerando um impasse significativo que interfere na constituição enquanto indivíduo.
Temos como consequência relevante o impacto nas interações sociais, uma vez que o indivíduo ainda em formação, pode sofrer influências e ter seu comportamento afetado, pois a relação do ser com a sua identidade e autoestima contribui significativamente na forma como reagirá às circunstâncias da vida, abrangendo sua vivência na instituição e nos demais territórios de atuação deste como cidadão, visto que este precisará se reconhecer como tal, sua subjetividade, singularidade, sua identidade.
O esforço conjunto entre as partes envolvidas busca promover um ambiente conscientizado na formação da identidade deste público-alvo pertencente a esta instituição e incluso neste projeto, visando sua participação efetiva e autêntica no que tange à autonomia.
Considerando a ética que rege não apenas este projeto, mas toda a nossa conduta enquanto universitário e indivíduo, nos cabe possibilitar uma prática/teórica dinâmica, e não diretiva, intervindo junto à instituição, por meio de estratégias envolvendo o público participante, o qual tem a responsabilidade e autonomia em sua história de vida, bem como possíveis mudanças/ intervenções.
 3. Demanda sociocomunitária e motivação acadêmica
 	A demanda levantada no grupo de adolescentes se faz importante à intervenção a ser realizada por nosso grupo acadêmico pois de acordo com a mesma buscaremos então desenvolver ações necessárias para alcançar o objetivo deste nosso projeto, que é a aprendizagem e a aplicação de nossos conhecimentos acadêmicos em prol da resolução desta demanda real a ser trabalhada.
A realidade do adolescente em situação de risco e vulnerabilidade é ainda um desafio a ser enfrentado pela sociedade. Exploração infantil; maus-tratos; negligência; abandono e agressão sexual são fatores nocivos ao bem-estar e à integridade física e psicológica quando se trata de pessoas que estão em fase de infância e adolescência. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu capítulo III, afirma que toda criança ou adolescente tem o direito de criar-se e educar-se no âmbito familiar e, excepcionalmente, em família substituta, quando a família biológica não oferecer condições dignas que assegure um desenvolvimento adequado, com acesso a moradia, afeto, educação, lazer e alimentação.
Estigmatizar é atribuir características particulares à pessoas ou grupos sociais que não seguem um padrão cultural ou social considerado como referência, o que provoca, dentre outros fatores, a exclusão, a estereotipação, os preconceitos, além de rótulos e marcas sociais atribuídos para diferenciar o ‘normal’ do que não é normal e o ‘aceitável’ do que não é aceitável .A pessoa que carrega um determinado estigma, além de conviver com as características que lhes são atribuídas, ainda lhe é demandado que se manifeste no mundo dentro desta identidade. Os indivíduos estigmatizados não são vistos como completamente humanos, fazendo parte de uma classe inferior, inacessível aos ditos ‘normais’. Com isso, pessoas estigmatizadas são rotuladas a partir do momento em que sua história é revelada e, consequentemente, passam a ser excluídas, marginalizadas ou tratadas com preconceito.
 	A visita do nosso grupo busca evidenciar as contribuições dos estigmas atribuídos ao adolescente em instituição. E ressaltar que o acolhimento institucional promove condição que envolve fatores sociais, psicológicos e jurídicos. Dessa forma, observa-se que, no abrigo, são construídos os vínculos, as referências, as subjetividades e os diálogos, além de serem elaborados significados para os sofrimentos e perdas que esses adolescentes apresentam. A partir do processo de abrigamento, percebe-se mudanças no comportamento dos adolescentes que passam por transformações significativas em suas vidas, fazendo de seus dias abrigados uma superação para cada obstáculo vencido. 
Em nossas visitas, o grupo acadêmico pode constatar que referente às temáticas do abrigamento, convivência e destituição do poder familiar, nos mostram que, dentre os estigmas atribuídos às adolescentes que vivem em abrigos, estão déficits, como problemas de atenção, dificuldade de aprendizagem, carência afetiva, excesso de agressividade, dificuldade de expressão e dificuldade na formação de novos laços afetivos, inclusive no próprio espaço do abrigo. O objetivo acadêmico é trabalhar e desenvolver autoconscientização no que diz respeito à própria identidade psicossocial, tornando-as mais fortes, tendo em vista a superação de seus conflitos. Nesse sentido, nosso trabalho observa e extrai da sociocomunidade os elementos necessários para elaboração de um bom plano de intervenção, visando à integração das adolescentes com o meio social.
É no âmbito familiar que a criança e o adolescente encontram referências para a construção da sua personalidade e buscam apoio para os desafiosoferecidos pela vida. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é direito da criança e do adolescente a garantia de um convívio familiar e em comunidade, assegurado por bem-estar e condições dignas de vida. 
4. Objetivos/resultados/efeitos a serem alcançados
O objetivo do nosso grupo acadêmico ao realizar este projeto de intervenção é alcançar as seguintes metas/propostas:
1- Identificar a demanda real do nosso público-alvo (as adolescentes abrigadas);
2- Instrumentalizar a nossa forma de ação para alcançarmos os resultados esperados;
3- Discutir/debater com o nosso público-alvo quais as soluções poderemos buscar para sanar as fragilidades encontradas.
5. Referencial teórico: 
Este presente projeto tem como marco teórico, o Desenvolvimento Humano na adolescência feminina, sobre o questionamento de: autoconfiança; autoestima; autoconhecimento e sexualidade. Essa teoria é desenvolvida a partir de uma visita à Instituição Doce Morada. Com relatos de funcionários e adolescentes de 12 a 17 anos. A adolescência é compreendida na sociedade a partir da circulação de discursos que abordam este fenômeno como um período atravessado por crises de identidade; crise familiar; nos relacionamentos afetivos; etc. Sendo designado, no uso do senso comum, como o período da “aborrescência”. Não se contesta a possibilidade da presença destas características entre adolescentes, porém, pode-se dizer que todo processo de constituição do sujeito acarreta transformações biológicas, psíquicas e sociais, gerando conflitos e dúvidas, que são, importantes no nosso desenvolvimento.
Nesse sentido, a adolescência corresponde a um período de descoberta de si, curiosidades por novas experiências, caracterizada pela necessidade de integração social, pela busca da independência individual, do desenvolvimento da personalidade e definição sexual (Erikson, 1976), sendo esses períodos marcados por mudanças significativas.
A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência, o passo crucial da transformação. E partindo do princípio de que o autoconhecimento é fundamental para nosso bem-estar e felicidade, isso significa que precisamos nos esforçar. Nos esforçar para termos autoconhecimento e para retomarmos o controle da nossa vida. Poucos se dão conta de benefícios simples, mas muito importantes, que o autoconhecimento pode proporcionar à nossa vida. Já a falta do autoconhecimento pode nos trazer graves consequências, tais como: envolvimento em relações abusivas, prejuízo ao nosso crescimento pessoal e profissional, desenvolvimento de fobias, entre outros.
Ao buscar compreender a adolescência com base nas explicações teóricas que orientam suas concepções ao longo do tempo, espera-se contribuir para uma discussão atualizada, que não se restrinja às fronteiras e características do adolescente, mas que considere as inter-relações dos recursos individuais e contextuais que promovem as trajetórias de desenvolvimento positivo.
As teorias do desenvolvimento têm um papel bastante importante na história da Psicologia do adolescente. Ao longo do tempo, teóricos dessa área se preocupavam com a sistemática do comportamento enfocando a descrição dessas mudanças em um outro aspecto particular (ex.: cognição e emoção) ou nas relações entre esses aspectos.
As teorias baseadas nos pressupostos da Psicanálise de Sigmund Freud (1850-1939) não identificaram a adolescência como fase distinta no desenvolvimento, apesar de considerá-la crucial. Esta perspectiva preconizou a pessoa como dotada de um reservatório de impulsos biológicos básicos, identificando a emergência de determinado aspecto da sexualidade humana a cada fase distinta do ciclo vital. Assim, na adolescência, ocorre a reativação, na forma madura e genital, de vários impulsos sexuais e agressivos experimentados pela criança na fase inicial do seu desenvolvimento. A intelectualização é o mecanismo de defesa adotado pelo adolescente para lidar com sua revolta emocional conduzindo-o a mudar seus interesses das questões concretas do corpo para as questões mais abstratas, isentas de emoções. Logo, os conflitos da puberdade são considerados normais e até necessários ao seu funcionamento ‘adaptativo’ na sua busca por um novo sentido de personalidade e papel social. 
Jean Piaget afirma que os comportamentos adolescentes, que geram preocupações nos adultos têm suas origens nas mudanças na sua forma de pensar, características do início dessa fase. Com o desenvolvimento do pensamento formal, por meio de assimilação e acomodação de novas estruturas, o adolescente revela uma maneira própria de compreender a sua realidade e constrói sistemas filosóficos, éticos e políticos como tentativa de se adaptar e mudar o mundo. Ao perceber que as soluções baseadas no raciocínio não são possíveis, o adolescente adentra a idade adulta por meio da inserção na sociedade. 
Apesar das teorias clássicas descreverem as várias mudanças durante a adolescência tendo como foco diferentes aspectos do indivíduo (sentimentos, cognições e interações), elas não foram suficientes para explicar o desenvolvimento nesta etapa do curso de vida. A perspectiva de curso de vida é uma orientação teórica que propõe a identificação dos estágios de vida (infância, adolescência, fase adulta e velhice).
Construir uma identidade para Erikson (1972), implica definir quem a pessoa é, e quais são os seus valores e quais direções deseja seguir pela vida. Ele entende que a identidade é uma concepção bem-organizada do ego, com a qual o indivíduo está solidamente comprometido.
Apesar dos avanços na compreensão da adolescência, ainda pode-se identificar uma tendência a caracterizar esse período apenas como um momento no curso de vida, repleta de dificuldades, conflitos, alterações constantes de humor e comportamento de risco. Grande parte dos estudos enfatiza situações de conflitos, tipicamente associadas à fase da descoberta da identidade.
PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 
 1. Identificação do público participante 
O público-alvo a ser trabalhado por nosso grupo acadêmico trata-se de meninas da faixa etária de 12 a 17 anos, abrigadas na Instituição Doce Morada em Santa Cruz- RJ, através de demanda judicial juntamente com o conselho tutelar, devido a situações de vulnerabilidades de ordem familiar e outras questões que requerem sigilo. Essas meninas estudam na rede pública de ensino, participam de projetos sociais, entre eles o ‘Jovem aprendiz’ e também têm acesso à Clínica da Família, para cuidados com a saúde. Devido à problemas com seus familiares, poucas recebem visitas, embora haja essa possibilidade e também têm momentos de lazer como: passeios aos finais de semanas; visitas à igreja; entre outras opções que as possibilitam ter uma vida social mais saudável.
 
 2. Elaboração do plano de trabalho 
 3. Descrição da forma de envolvimento do público participante 
O nosso objetivo é que o nosso público-alvo atue de forma totalmente participativa no nosso projeto. Para que isso ocorra, iremos inseri-lo em todas as etapas que compõem este projeto, isto é, as adolescentes serão participantes fundamentais no planejamento; desenvolvimento e avaliação do trabalho em questão a ser desenvolvido. De forma mais singularizada citaremos aqui como se dará essa participação que contará essencialmente com a análise e a orientação da professora Kelly nos relatos dos nossos encontros com o nosso público-alvo (as adolescentes).
Na etapa do ‘planejamento’ as adolescentes nos ajudarão a criar o ‘norte’ do nosso projeto, ou seja, nessa etapa a participação delas será crucial para montarmos o foco (o objetivo) do nosso trabalho. A viabilidade da identificação das demandas levantadas por elas é a base fundamental desta etapa, isto é, para o ‘planejamento’ em si. O rapport e o bom acolhimento por parte do nosso grupo acadêmico serão integrantes essenciais neste processo.
Na etapa do ‘desenvolvimento’, as adolescentes atuarão de forma primordial, a fim de tornarem executáveis todas as nossasações, ou seja, elas participarão ativamente das atividades propostas na nossa tabela de ‘plano de trabalho’ que conta com: ‘rodas de conversa’; ‘palestras’; ‘debates’; ‘oficinas de arte’, ‘dinâmicas’, etc. Procuraremos usar estratégias que as motivem a participar prontamente desta etapa, como por exemplo: lanches e lembrancinhas. Essas ações (o ‘plano de trabalho’) têm o objetivo de fazê-las despertarem para o real significado do que é ‘ética e direitos humanos’ na construção da autonomia. Na etapa da ‘avaliação’ as participantes (as adolescentes) servirão como ‘peças-chave’ para a conclusão deste trabalho, pois será através da análise delas que poderemos identificar se alcançamos, de fato, o objetivo pretendido e as metas aqui propostas. Essa avaliação por parte delas se dará de maneira interativa, ou seja, elas nos apontarão, através de conversa (debate), quais os resultados observados (obtidos) bem como a (possível) perspectiva de um novo olhar para as suas vidas hoje no que se refere à busca de autonomia. 
 4. Cronograma 
	Ética e Direitos Humanos na Construção da Autonomia
Inicio: 08/04/2024 –Término: 03/06/2024
	Etapas
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Construção da equipe de trabalho
	X
	
	
	
	Escolha da Instituição
	X
	
	
	
	Elaboração da carta de apresentação
	X
	
	
	
	Primeira visita a instituição 
	X
	
	
	
	Elaboração da carta de autorização
	
	X
	
	
	Reunião do grupo e divisão do projeto
	
	X
	
	
	Elaboração da primeira parte do projeto
	
	X
	
	
	Elaboração dos temas da roda de conversa
	
	X
	
	
	Roda de conversa efetuada na instituição
	
	X
	
	
	Apresentação em sala de aula 
	
	
	X
	
	Entrega do Projeto Impresso
	
	
	
	X
	Entrega do projeto no SAVA
	
	
	
	X
5. Descrição da atuação da equipe de trabalho
Para a realização do projeto a equipe de trabalho foi composta por nove discentes do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá em Santa Cruz, estando sob orientação da professora Kelly Conceição Cardoso, cada membro da equipe contribuirá de maneira única e colaborativa para alcançar os objetivos do projeto. Todos em igual comprometimento e empenhados na realização bem-sucedida do projeto, contribuindo com suas habilidades e conhecimentos específicos para alcançar os objetivos propostos. A equipe trabalhará de forma integrada e colaborativa onde, embora para efeitos de organização temos as descrições das responsabilidades principais de cada um, seguiremos ajudando um ao outro e garantindo que todas as etapas do projeto sejam realizadas de maneira eficaz e assegurando que no dia do evento o foco seja contribuir para o crescimento e desenvolvimento, assim como esclarecimento das meninas residentes na Instituição.
Abigail Nascimento: Liderará a equipe, garantindo a execução das atividades, dirigindo a roda de conversa e demais atividades no dia do evento. 
Monique Guilherme: Encarregada de auxiliar na coordenação e divisão de tarefas do projeto, bem como auxílio e revisão geral do projeto.
Bruna Aparecida: Encarregada de auxiliar no direcionamento da roda de conversa e auxiliando na comunicação interna do grupo 
Luiza Teixeira: Registro fotográfico e monitoramento avaliativo do projeto.
Lidiane de Abreu: Supervisionará a coleta de dados e avaliará o progresso do projeto, identificando indicadores de sucesso. 
Silvana Castro: Planejará e executará atividades culturais e dinâmicas no intuito de envolver as participantes no projeto
Roberta Matos: Responsável pela documentação do projeto, preparação de relatórios e registros para prestação de contas. 
Vinícius Henrique: Encarregado pela estruturação dos slides de apresentação, auxílio na comunicação e elaboração do projeto. 
Lindéia Lemes: Cuidará dos recursos materiais utilizados no dia do evento além da pesquisa e análise teórica do projeto.
6. Metas, critérios ou indicadores de avaliação do projeto 
A psicóloga do abrigo institucional destacou questões críticas relacionadas à identidade, autoestima, autoafirmação e orientação sexual das adolescentes abrigadas. Esses aspectos são essenciais para o desenvolvimento saudável, mas são frequentemente negligenciados ou mal compreendidos, resultando em dificuldades significativas na vida dessas jovens. Essas dificuldades se manifestam na incapacidade de discutir abertamente suas preocupações e sentimentos, o que afeta negativamente sua formação indenitária e suas interações sociais. Uma identidade fragilizada pode levar a comportamentos influenciados por fatores externos negativos, comprometendo o desenvolvimento integral das adolescentes.
Meta 1: Fortalecer a Autoestima das Adolescentes
Critério: Implementação de grupos de apoio para discutir autoestima e autoimagem.
Indicadores: Frequência e regularidade das participantes nos grupos de apoio. Escalas de autoestima aplicadas regularmente indicam aumento médio positivo nos escores ao longo do tempo.
Meta 2: Incentivar a Autoafirmação e a Expressão das Adolescentes
Critério: Desenvolvimento de atividades que incentivem a expressão pessoal, como: escrita criativa; arte e teatro; e criação de um ambiente seguro para discussões abertas sobre sentimentos e experiências.
Indicadores: Quantidade de produções criativas geradas e nível de engajamento nas atividades. Feedback qualitativo positivo das adolescentes sobre a segurança e abertura do ambiente.
Meta 3: Oferecer Orientação Sexual Adequada e Suporte
Critério: Condução de palestras educativas sobre orientação sexual e saúde reprodutiva e disponibilização de aconselhamento individual com profissionais qualificados.
Indicadores: Participação nas palestras e nível de compreensão dos temas abordados, conforme medido por questionários pós-palestra. Número de sessões de aconselhamento realizadas e a satisfação das adolescentes com o suporte recebido.
6.2 Metodologia 
Diagnóstico Inicial:
Durante a fase inicial do projeto, foram realizadas entrevistas em grupos focais para identificar as necessidades específicas das adolescentes. Utilizamos questionários estruturados e semiestruturados, além de técnicas de observação participante. A análise dos dados foi realizada por meio de métodos qualitativos e quantitativos, permitindo uma compreensão detalhada das dificuldades enfrentadas pelas jovens.
Intervenção:
A intervenção foi composta por diversas atividades planejadas de acordo com os objetivos estabelecidos:
1. Atividades de Expressão Pessoal: Desenvolvemos atividades de escrita criativa, arte e teatro para incentivar a expressão pessoal das adolescentes. Essas atividades permitiram que as jovens explorassem e expressassem suas emoções de maneira construtiva.
2. Palestras Educativas: Conduzimos palestras sobre orientação sexual e saúde reprodutiva, abordando temas como contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e direitos sexuais. Profissionais qualificados estiveram disponíveis para aconselhamento individual, oferecendo suporte personalizado às adolescentes.
Avaliação:
A avaliação do impacto das intervenções foi realizada por meio de questionários pós-intervenção e entrevista. Utilizamos escalas de autoestima, questionários de percepção de identidade e satisfação, além de relatórios qualitativos para medir a eficácia das ações implementadas. A comparação dos dados pré e pós-intervenção permitiu identificar melhorias significativas nas áreas trabalhadas.
A análise contínua dos dados coletados foi essencial para ajustar e refinar as intervenções, garantindo que o projeto atingisse seus objetivos de maneira eficaz. Assim, promovemos um desenvolvimento saudável e integral das adolescentes, impactando positivamente suas interações sociais e sua constituição enquanto indivíduos.
 7. Recursos previstos 
Os recursos previstos para a elaboração deste projeto contaram com os seguintes materiais:
· 3 folhas de papel 40 quilos- utilizadas para a confecção dos cartazes apresentados no abrigo;
· 2 folhas de papel EVA- utilizadas na confecção dos cartazes apresentados no abrigo;
· 10 folhas de papel A4- utilizadas na realização da dinâmica com as adolescentes;· 1 pacote de bexigas (bolas) - utilizado na realização da dinâmica com as adolescentes;
· 1 pacote de bala- utilizado para ser servido junto ao lanche oferecido às adolescentes;
· Bolos e refrigerantes- Utilizados para serem servidos nos lanches oferecidos às adolescentes;
· 1 datashow- para uso da apresentação do trabalho em sala de aula;
· 1 notebook- para uso da apresentação dos slides do trabalho em sala de aula;
· 1 sala de aula- utilizada para a apresentação do projeto.
· Kits de higiene bucal - distribuídos para as meninas do abrigo.
Obs: os kits de higiene bucal foram adquiridos através de doação.
 
 Relatório coletivo 
Com a finalidade de dar início ao presente projeto de extensão, estabelecemos o primeiro contato com a equipe gestora da instituição Doce Morada (abrigo para adolescentes), onde fomos recebidos pela Psicóloga, que nos colocou a par das demandas do público-alvo, sendo estas concernentes à construção da identidade e outras questões intrínsecas a esse processo de desenvolvimento.
Foram realizados diálogos entre o grupo acadêmico com intuito de conhecer a realidade da Instituição, bem como o público participante, para traçar metas, objetivos e estratégias do projeto. Após debate e pesquisas sobre o tema, organizamos uma palestra com o tema ‘Construção da Identidade’, enfatizando a fase da adolescência e sua relevância no desenvolvimento humano e na construção da identidade. Posteriormente realizamos uma apresentação coletiva e uma dinâmica quebra-gelo com bexigas e palavras que estimulam a reflexão sobre o tema abordado; questões que envolvem a singularidade das adolescentes e também suas relações interpessoais que as constituem enquanto indivíduos.
Obtivemos êxito ao realizar a roda de conversa, pois encontramos abertura e disponibilidade em participar da atividade proposta, o público-alvo mostrou-se ávido a falar, contribuindo até mesmo com expressões corporais, envolvidas no processo de autoconhecimento e compartilhamento de vivências. Não foi possível ampliar este projeto de extensão, devido a demandas logísticas que perpassam os trâmites da Instituição (a maioria das adolescentes retornaram para seus lares de origem ou foram inseridas em um lar adotivo), o que não deixa de ser um fator positivo neste processo, no qual tivemos o privilégio de contribuir de alguma forma.
Evidências:
Primeira visita a instituição
Atividades realizadas na instituição
Feedback
Apresentação em sala
Referências:
AYRES, L. S. M.; COUTINHO, A. P. C.; SÁ, D. A.; ALBERNAY, S. Abrigos e abrigados: construções e desconstruções de estigmas. Estudos e pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, ago. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812010000200009. Acesso em: 14/05/ 2024. 
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em: 14/05/2024.
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica1.pdf. Acesso em 14/05/2024
PAPALIA, D. E. e FELDMAN, R. D. (2013). Desenvolvimento Humano. Porto Alegre, Artmed, 12ª ed.
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