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Capítulo VII - O mundo urbano e industrial
5
Desenvolvendo competências
Tente identificar as características da máquina da página anterior e os fatores que a
tornavam pouco eficiente.
Não foi difícil, não é? Em primeiro lugar, a
enorme caldeira de vapor que o carro carregava o
tornava muito pesado. Além disso, era muito
difícil dirigi-lo com todo esse peso à frente.
Conseqüentemente, era um veículo lento e pouco
atrativo comercialmente. Por isso, como tantos
outros, ele foi descartado e mecânicos e
inventores trataram de seguir outro caminho para
melhorar a máquina.
É importante você saber que foram esses homens
práticos, observando o funcionamento das
máquinas no dia-a-dia, que fizeram boa parte
dessas adaptações. Assim, o desenvolvimento do
conhecimento técnico sobre elas e o uso da energia
surgiram, nessa época, vinculados às necessidades
práticas. De maneira geral, os inventos,
transformações, melhoramentos e adaptações não
eram pensadas e antecipadas por cientistas em
laboratórios, como ocorre hoje em dia. Após
diversas tentativas e alternativas práticas mal
sucedidas é que uma boa experiência dava
resultado e depois era implantada. As necessidades
e as observações do dia-a-dia é que determinavam
essas experiências e mudanças. E como você já
observou, foram elas que descartaram o uso e a
fabricação da carruagem acima.
Pois bem, o início deste importante processo de
mecanização industrial, que envolveu mudanças
técnicas, nas fontes de energia, na divisão do
trabalho e na sociedade, ocorreu em um tempo e
espaço determinados. E para que a gente possa
identificá-lo e reconhecê-lo, ele ganhou um nome
que de certa forma sintetiza todas essas
profundas mudanças: Revolução Industrial.
Essas mudanças se manifestaram pela primeira
vez na Inglaterra no final do século XVIII (1701-
1800) e depois foi foram se espalhando para o
restante do continente europeu. Foi esse país
europeu que reuniu nessa época condições gerais
(transformações no campo, condições políticas e
comerciais, fontes de energia e matéria-prima etc.)
para seu desenvolvimento. Já no início do século
XIX o mundo industrial expandiu-se para outras
poucas regiões da Europa ocidental.
Figura 5
Fonte: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 31. ed. São Paulo: Ática, 2002. p.41.
Londres
Paris
146
Ciências Humanas e suas Tecnologias Ensino Médio
Se alguma forma de máquina existiu antes desse
período, como as máquinas de guerra, os moinhos
de vento, as moendas ou os teares manuais, foi
somente a partir dessa época – fim do século
XVIII e início do XIX – que elas se tornaram um
fenômeno geral e começaram a ter papel central e
determinante, revolucionando a vida das pessoas e
da sociedade.
6
Desenvolvendo competências
Quando usamos a expressão Revolução Industrial, isso significa que tentamos nomear e
sintetizar um conjunto de transformações, ocorridas no final do século XVIII, caracterizado
principalmente pela substituição da:
a) Energia mecânica pela dos animais; da máquina pela ferramenta; da fábrica pela oficina
manufatureira; e da grande produção pela pequena produção local.
b) Energia dos animais pela mecânica; da ferramenta pela máquina; da oficina manufatureira
pela fábrica; e da pequena produção local pela grande produção.
c) Energia mecânica pela dos animais; da ferramenta pela máquina rudimentar; da oficina
manufatureira pela fábrica; e da pequena produção local pela grande produção.
d) Energia física pela elétrica; da maquinofatura pela máquina; da oficina manufatureira
pela fábrica; e da produção continental pela produção global.
AS MUDANÇAS NA VIDA DAS
PESSOAS E DA SOCIEDADE
É importante você saber que estas transformações
não se limitaram aos aspectos técnicos e ligados
ao mundo do trabalho, como estudamos até
agora. Bem mais importantes foram as mudanças
que ocorreram de maneira geral na sociedade e
no modo de vida das pessoas. Na realidade, sem
elas as transformações técnicas não teriam ido
tão longe. A sociedade, por exemplo, sofreu
alterações significativas e você conseguirá
reconhecer algumas delas sem dificuldades. Veja
só, a forma de trabalho conjunto e em série, que
se desenvolveu nas fábricas e sobre a qual já
conversamos bastante, originou um tipo de
trabalhador que até aquela época não existia, mas
que hoje em dia conhecemos muito bem: o
operário fabril (lembre-se de que a fábrica
também surgiu nessa época). Para lutar contra as
distorções e exploração das novas relações de
trabalho, outra mudança ocorreu: ao se
organizarem coletivamente, esses novos setores
sociais acabaram originando os movimentos
operários e o sindical, que se desenvolveram
bastante nos séculos XIX e XX. Em condição
social diferente, os proprietários das fábricas,
estabelecimentos comerciais e financeiros,
conhecidos genericamente como burguesia,
também ampliaram sua presença na sociedade,
ocupando lentamente o lugar político e
econômico da antiga nobreza.
Mas não foi só isso. Talvez uma das mudanças
mais visíveis e determinantes para a história dos
homens foi o rápido crescimento urbano, iniciado
na Inglaterra, e que depois se expandiu para boa
parte da Europa ocidental. As cidades começaram
a crescer, tornando-se núcleo e símbolo do
desenvolvimento industrial e do progresso. Entre
o final do século XVIII e início do XIX houve um
sensível crescimento da população européia. Ao
mesmo tempo, lentamente, boa parte das pessoas

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