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GAGUEIRA – ORIENTAÇÃO FAMILIAR 
Disfluências Tipo 1: 
A cacacasa é grande. (repete a sílaba ca) ............................................................................... ( ) 
/P (prende o som do p) are com isso! ....................................................................................... ( ) 
Amo minha f_ (estica o som do f) amília .................................................................................. ( )
Eeeeeeu quero comer. (repete o som do e) .............................................................................. ( ) 
Identificando o problema 
Para entender um pouco sobre a gagueira é importante conhecer alguns conceitos: 
Fluência: é a característica da fala espontânea e natural, produzida com facilidade. 
Disfluência: são quebras, bloqueios, prolongamentos ou repetições dos sons durante a fala. 
Observe os diferentes tipos de quebras na fala (disfluências) e faça um X naquelas que a sua
criança apresenta: 
Disfluências Tipo 2: 
Eu queria ééé passear (hesita, fazendo ééé, annn entre as palavras)...................................... ( )
Eu ia, eu fui pra escola (reformula as frases)............................................................................ ( )
Mãe, mãe eu quero! (repete palavras)....................................................................................... ( ) 
Você é muito chata, muito chata! (repete frases ou parte das frases)...................................... ( ) 
 Você deve ter notado que existem diferentes tipos de disfluências. As disfluências do tipo 1
são mais características da gagueira. As disfluências do tipo 2 são consideradas comuns e fazem
parte do discurso de todo falante. 
 Se a sua criança repete uma ou duas vezes as palavras, faz revisões ou hesita antes de falar,
como se estivesse buscando dentro da cabecinha a palavra certa para usar, é sinal de que ela está
aprendendo novas formas de utilizar a linguagem (novas palavras, novos conceitos, regras de
gramática) e isso é absolutamente normal. 
 Se, em alguns momentos, ela apresenta disfluências do tipo 1 e repete sons e sílabas mais
de duas vezes (pa pa pa pato) ou apresenta prolongamentos (duração exagerada dos sons) e certa
tensão associada à fala, como se estivesse fazendo força ou faltando ar na hora de falar, fique
atento! Essas disfluências também podem ocorrer no período de desenvolvimento de fala e
linguagem, mas devem desaparecer em, no máximo, 6 meses. 
 Se as disfluências do tipo 1 ocorrem sempre, em quase todas as situações comunicativas,
com muitos bloqueios (demora para conseguir falar ou solta um som de repente como se ele
estivesse preso) e, além disso, há tensão e movimentos faciais (piscar olhos, tremer a boca, etc.)
Sandy Morais Vidigal - CRFa 6-11166
Fga. Especialista Análise do Comportamento Aplicada MBA Executivo em Saúde 
Telefone: (31) 99703-3692 - E-mail: sandymvidigal@gmail.com 
Sandy Vidigal
Fonoaudióloga CRFa 6-11166
e/ou corporais (mãos, pernas, cabeça, etc.) associados à fala, muito provavelmente esta criança
apresenta gagueira. Nesses casos, é comum que algumas crianças aparentem ter medo de falar e
evitem situações comunicativas. 
 Na dúvida, é sempre importante buscar ajuda especializada e o profissional habilitado para
avaliar e tratar os casos de gagueira é o Fonoaudiólogo. Ao passar por uma avaliação com um
profissional, será possível determinar se há necessidade de intervenção imediata ou não e, nos
casos em que há necessidade, quanto antes intervir maiores são as chances de alcançar bons
resultados. 
Como ajudar uma criança que apresenta disfluências na fala? 
 Cada criança é uma criança e cada família é uma família, portanto, não existem receitas
prontas de “como fazer”. Entretanto, algumas atitudes familiares podem auxiliar na diminuição da
ocorrência das disfluências e promover mais fluência e interação comunicativa, tais como: 
1) Prestar mais atenção ao conteúdo do que a criança está falando do que à forma: é muito comum
alguns pais se incomodarem com as disfluências e corrigirem a fala da criança o tempo todo, sem
dar atenção ao conteúdo. Por exemplo: 
A criança diz: 
- Hoje eu ganhei um ppppprêmio na escola! 
E a resposta que ela recebe é: 
- Vamos falar direitinho? Não é ppppprêmio, é prêmio! Repete para mim: PRÊMIO! 
O ideal, seria oferecer um modelo adequado de fala (corrigindo indiretamente), mas dando atenção
ao que a criança quer contar. Neste caso, a resposta mais adequada seria: 
- Então você ganhou um PRÊMIO? Que legal, parabéns! E que PRÊMIO foi esse? 
Dessa forma você repetiu corretamente a palavra gaguejada sem apontar a gagueira e incentivou 
continuidade na interação comunicativa. 
2) Ouvir com paciência: espere a criança terminar de falar antes de responder. Observe se você
não está apressando a criança para terminar de falar logo. Não tente adivinhar o que ela vai dizer
completar a frase antes que ela termine. Fale COM a criança e não POR ela. 
3) Manter o contato visual, olhos nos olhos, enquanto estiver falando: o contato visual é
extremamente importante na comunicação, pois conecta as pessoas e transmite verdade. Com as
crianças, o contato visual é especialmente necessário por causar um sentimento positivo de
acolhimento e segurança. 
Sandy Vidigal
Fonoaudióloga CRFa 6-11166
Sandy Morais Vidigal - CRFa 6-11166
Fga. Especialista Análise do Comportamento Aplicada MBA Executivo em Saúde 
Telefone: (31) 99703-3692 - E-mail: sandymvidigal@gmail.com 
 4) Ajudar a criança a falar mais devagar: para muitas crianças, determinadas mudanças nos pais
e/ou outros membros da família são a melhor forma de estimular a fluência. Por isso, você deve
tentar moldar a sua própria fala, estabelecendo um padrão mais lento e relaxado quando for
conversar com a criança. Não é necessário reduzir de forma artificial a velocidade de fala, mas criar
uma atmosfera na qual a fala rápida não seja necessária. Pausas breves entre as palavras e frases
são muito eficientes. Observe o estilo de vida das pessoas que convivem com a criança.
Frequentemente a criança reflete o estilo de vida da família e, se esse estilo for acelerado, ela não
conseguirá falar mais devagar. Para que ela consiga, será necessária uma mudança na postura da
família, pois se todos falarem mais devagar ela também o fará; é uma reação natural! 
5) Esperar um segundo ou mais antes de responder: essa atitude reduz a pressão do tempo na 
comunicação, e fará com que a criança se sinta mais relaxada para processar o que quer dizer
antes de começar a fala também. 
6) Usar palavras simples, frases curtas e fazer uma pergunta de cada vez. 
7) Reservar um tempo, diariamente, para dar atenção exclusiva à criança: a fala mais lenta e
relaxada pode ser mais eficaz quando a criança tiver algum tempo de atenção dos pais só para ela,
sem distrações e sem ter que competir com outras pessoas. 
8) Se a criança for consciente da gagueira, encorajá-la a falar sobre o assunto com você: mostre
paciência e aceitação ao conversarem. A gagueira não deve ser um assunto evitado ou proibido.
Superar a gagueira é mais uma questão de perder o medo de gaguejar do que de se esforçar para
falar melhor. Lembre a criança de que as disfluências são naturais à fala de qualquer pessoa e que
é normal que, às vezes, apareçam rupturas na fala. Frequentemente, a gagueira pode ocorrer sem
incomodar o ouvinte e a criança não deve se sentir intimidada ao falar. 
9) Usar comunicação não verbal: procure expressar sentimentos positivos não verbais, olhe para
a criança e sorria, dê carinho, mostre que você tem orgulho dela. 
10) Ler ou contar histórias: ler em voz alta ou contar histórias também enfatizam o prazer da fala.
Quando você estiver lendo uma história repetida que a criança goste, deixe que ela termine
algumas frases ou as reconte com as próprias palavras, se ela quiser. 
Sandy Vidigal
FonoaudiólogaCRFa 6-11166
Sandy Morais Vidigal - CRFa 6-11166
Fga. Especialista Análise do Comportamento Aplicada MBA Executivo em Saúde 
Telefone: (31) 99703-3692 - E-mail: sandymvidigal@gmail.com 
Atitudes que prejudicam a fluência – o que NÃO fazer: 
1) Dizer à criança “pare, pense, respire antes de falar”: evite dar instruções e dicas de como ela
tem que fazer para não gaguejar. Todos esses conselhos geram ressentimento e insegurança e não
ajudam a falar de forma mais relaxada, pelo contrário. Com o tempo, isso fará com que a criança
evite falar com medo de ser corrigida. 
2) Criticar ou corrigir a fala da criança: isso pode frustrá-la e fazê-la se sentir incapaz de expor
seus pontos de vista. 
3) Completar a fala da criança ou interrompê-la enquanto está tentando falar: a pressão
externa prejudica a fluência. 
4) Apressar a criança enquanto ela estiver tentando falar: agindo assim você aumentará a
ansiedade da criança e dificultará sua expressão de fala. 
5) Usar palavras e expressões difíceis: estas dificultam a compreensão da mensagem e podem
gerar medo e ansiedade de não conseguir responder. Utilize vocabulário adequado à faixa etária e
compreensão por parte da criança. 
6) Gritar com a criança quando ela gaguejar: o grito pode ser interpretado como uma punição à
gagueira (que é involuntária) e causar consequências emocionais negativas. 
7) Comparar à fala da criança com a de outras crianças: isso a fará se sentir envergonhada ou
diminuída.
8) Forçar a criança a falar ou ler em público: recitar poemas ou contar algo em público pode ser
uma experiência traumatizante para a criança que tem dificuldade para falar. Se ela o fizer
espontaneamente, tudo bem, não há razões para sentir vergonha, todos nós temos limitações. 
Sandy Vidigal
Fonoaudióloga CRFa 6-11166
Sandy Morais Vidigal - CRFa 6-11166
Fga. Especialista Análise do Comportamento Aplicada MBA Executivo em Saúde 
Telefone: (31) 99703-3692 - E-mail: sandymvidigal@gmail.com 
9) Superproteger a criança: não faça tudo pela criança ou arranje a vida de modo que ela não
precise falar. A superproteção poderá aumentar seu medo de falar, se expor e lutar pelo que deseja. 
10) Exigir demais da criança: exigir da criança um nível de perfeição muito elevado pode prejudicar
sua autoestima e, consequentemente, dificultar interações comunicativas. 
 A família, isoladamente, quer por trazer traços genéticos da gagueira, quer por suas atitudes
ambientais, não é capaz de provocar o distúrbio. A gagueira é muito complexa e sua causa ainda não
é totalmente conhecida. 
 Os pais são, na verdade, os maiores aliados (e não inimigos) na luta para promover a fluência
da criança. Entenda que seu filho é absolutamente igual a todas as outras crianças, só que sua fala
não sai com a suavidade e eficiência comuns. Seja tolerante porque a criança que gagueja necessita
de um tempo mais longo que o normal para maturar a produção de fala, e esse processo é
automático, ninguém pensa em cada palavra que vai falar. 
 Eduque seu ouvido para separar a fala gaga (que é o jeito de falar) da produção de fala (o que
a criança deseja falar). O que importa é o conteúdo e não a forma da mensagem. 
 E lembre-se: gagueira tem tratamento! Busque um profissional qualificado para atender seu
filho. De preferência um Fonoaudiólogo com experiência na atuação com distúrbios da fluência. 
 O tratamento da gagueira requer colaboração, participação. O sucesso do tratamento
depende do equilíbrio entre: adequação do tratamento escolhido, mudanças ambientais quanto à
demanda de comunicação e resposta pessoal (particular e única da criança) pois cada criança de
desenvolve à sua maneira. 
Sandy Vidigal
Fonoaudióloga CRFa 6-11166
Sandy Morais Vidigal - CRFa 6-11166
Fga. Especialista Análise do Comportamento Aplicada MBA Executivo em Saúde 
Telefone: (31) 99703-3692 - E-mail: sandymvidigal@gmail.com 
Referências utilizadas para elaboração deste material:
1 - Oliveira CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EN. Orientação Familiar e seus efeitos
na gagueira infantil. Rev SocBras Fonoaudiol. 2010;15(1):115-24.
2 - Andrade CR. Gagueira infantil: risco, diagnóstico e programas terapêuticos. Barueri: Pró Fono;
2006.

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