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Introdução a História da 
Educação Física
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2 MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA
3MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Nome e sobrenome do professor.
Nome da Disciplina / Sobrenome, Nome do professor -. - 
Multivix, 2020.
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4 MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 Figura 1: Pintura pré-histórica encontrada na Argélia 12
 Figura 2: Conquista da postura bípede 13
 Figura 3: Perspectiva integrada do desenvolvimento humano 14
 Figura 4: Representação de luta greco-romana 16
 Figura 5: Soldado espartano 19
 Figura 6: Guerreiro grego 21
 Figura 7: Coliseu romano 23
 Figura 8: Estátua de um corredor olímpico do período clássico 24
 Figura 9: Confronto entre dois cavaleiros 26
 Figura 1: Corpo e ciência 30
 Figura 2: Integração entre corpo e pensamento 31
 Figura 3: Relação entre Ciência e Educação Física 32
 Figura 4: Interseções entre a Ciência e a Filosofia no movimento 32
 Figura 5: Relação entre movimento e a área médica 34
 Figura 6: Militares conduziam treinamentos físicos para civis 35
 Figura 7: Imagem: Modelo anatomofisiológicos 36
 Figura 8: Novos olhares para Educação Física 37
 Figura 9: Esporte com regras passa a ocupar o lugar dos passatempos 39
 Figura 10: Urbanização crescente 40
 Figura 11: Função social da esportivização 41
 Figura 12: Educação Física e pedagogia 42
 Figura 13: Educação Física escolar 44
 Figura 14: Educação Física e múltiplos saberes 45
 Figura 15: Ginástica Científica Europeia 47
 Figura 16: Jogos olímpicos surgem de uma proposta de paz e
de união dos povos 49
 Figura 1: Esgrima 54
 Figura 2: Equipe feminina de Remo nos anos 1940 55
 Figura 3: Atleta de alto nível 56
 Figura 4: Atletas de Natação no ano de 1936 57
 Figura 5: Exército Imperial Brasileiro 58
5MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 6: Dança do folclore brasileiro - Lundu 60
 Figura 7: Rui Barbosa 61
 Figura 8: Turma de professores civis formados na Escola
de Educação Física do Exercito 63
 Figura 9: Desembarque de Pedro Alvarez Cabral 64
 Figura 10: Capoeira 65
 Figura 11: Luiz Pereira de Couto Ferraz, o Barão do Bom Retiro 66
 Figura 1: Atividades intelectuais eram consideradas
mais importantes do que as físicas 74
 Figura 2: Inclusão de atividades físicas nos
currículos escolares oficiais 75
 Figura 3: Alunos passam a ter aulas de Educação Física
como conteúdo formal 76
 Figura 4: Valorização de aspectos anatômicos e fisiológicos 78
 Figura 5: Biologicismo e saúde 79
 Figura 6: Influência médica na Educação Física 80
 Figura 7: Elementos fundamentais da Educação Física
na tendência higienista 81
 Figura 8: Educação Física e nacionalismo 82
 Figura 9: Abordagem militarista na Educação Física 83
 Figura 10: Conteúdos relacionados à prática de Educação
Física na abordagem militarista 84
 Figura 11: Inclusão das mulheres para garantir boa gestação 84
 Figura 12: Os esportes, como o futebol, desviavam a atenção
dos debates políticos 85
 Figura 13: Estrutura das práticas na tendência esportivista 86
 Figura 14: Abordagem recreacionista 88
 Figura 15: Na abordagem recreacionista, os alunos
decidem o que querem fazer 89
 Figura 1: Psicomotricidade 94
 Figura 2: Reeducação psicomotora 96
 Figura 3: Exemplo de atividade ligada à psicomotricidade 97
 Figura 4: Educação Física na abordagem desenvolvimentista 99
6 MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 5: Formação das aulas de Educação Física na
abordagem desenvolvimentista 100
 Figura 6: Estrutura da abordagem construtivista 101
 Figura 7: Educação Física com uso de elementos lúdicos 102
 Figura 8: A abordagem crítico-superadora e a abordagem crítico-
emancipatória pressupõem processos reflexivos atrelados às práticas 104
 Figura 9: Prática de exercícios como promotoras de saúde e bem-estar 107
 Figura 10: Estrutura da saúde renovada 107
 Figura 11: Os Referenciais e Parâmetros Curriculares Nacionais (RCNs e
PCNs) fornecem subsídios para as práticas educativas em todo o país 109
 Figura 12: Ensino Médio também tem diretrizes nacionais 110
 Figura 1: Sancionado 114
 Figura 2: Lei 9.969 no Diário oficial da União 116
 Figura 3: Corpo humano 118
 Figura 4: Métodos ginásticos 118
 Figura 5: Maria Lenk, no centro, com o presidente Getúlio Vargas 119
 Figura 6: Vida profissional 124
 Figura 7: Atividade recreativa 126
 Figura 8: Esporte adaptado 127
 Figura 9: Arbitragem 128
7MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
1 ORIGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA À IDADE 
MÉDIA 11
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 11
1.1	 O	MOVIMENTO	HUMANO	NA	PRÉ-HISTÓRIA	E	NOS	POVOS	
ANCESTRAIS 11
1.2 TRADIÇÕES DE MOVIMENTO DOS POVOS ASIÁTICOS 15
1.3 GRÉCIA ANTIGA: MILITARISMO ESPARTANO E A FORMAÇÃO 
INTEGRAL HUMANA ATENIENSE 17
1.4 O LUDUS ROMANO: CIRCO, ESPORTES E LUTAS 21
1.5 CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NA 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA 24
1.6 EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MÉDIA: JOGOS PÚBLICOS, 
INFLUÊNCIAS DA CAVALARIA, OS TORNEIOS E AS JUSTAS 25
CONCLUSÃO 26
2	 IDADE	MODERNA:	BASES	SÓCIO-HISTÓRICAS	DA	EDUCAÇÃO	FÍSICA	 29
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 29
2.1 CONCEPÇÕES DE CORPO: INTERFACES DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA COM A FILOSOFIA E A CIÊNCIA 29
2.2 HIGIENISMO 33
2.3 EUGENISMO 38
2.4	 RENASCIMENTO	E	AS	BASES	PEDAGÓGICAS	DA	
EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL 42
2.5 MÉTODOS GINÁSTICOS EUROPEUS 46
2.6 OS JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA 48
CONCLUSÃO 50
3 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 53
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 53
3.1	 O	QUE	É	ESTUDAR	HISTÓRIA	DA	EDUCAÇÃO	FÍSICA?	 53
3.2	 UMA	HISTÓRIA	OU	VÁRIAS	HISTÓRIAS?	 57
3.3	 OS	PIONEIROS	NOS	ESTUDOS	DA	HISTÓRIA	DA	EDUCAÇÃO	
FÍSICA NO BRASIL: RUI BARBOSA E FERNANDO DE AZEVEDO 61
3.4	 EDUCAÇÃO	FÍSICA	NO	BRASIL	COLÔNIA	(1500-1822)	 63
3.5	 EDUCAÇÃO	FÍSICA	NO	BRASIL	IMPÉRIO	(1822	A	1889)	 66
3.6	 EDUCAÇÃO	FÍSICA	NO	BRASIL	REPÚBLICA	(1890	A	1946)	 67
CONCLUSÃO 71
1UNIDADE
3UNIDADE
2UNIDADE
8 MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA 73
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 73
4.1 EDUCAÇÃO FÍSICA COMODISCIPLINA ESCOLAR: 
REFORMAS COUTO FERRAZ E RUI BARBOSA 73
4.2	 ABORDAGENS	BIOLÓGICAS	DA	EDUCAÇÃO	FÍSICA	 77
4.3 MEDICALIZAÇÃO E HIGIENISMO 80
4.4 ABORDAGEM MILITARISTA 83
4.5 ABORDAGEM ESPORTIVISTA 85
4.6 ABORDAGEM RECREACIONISTA 88
CONCLUSÃO 91
5 TENDÊNCIAS RENOVADORAS PARA O ENSINO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA 93
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 93
5.1 PSICOMOTRICIDADE 93
5.2 ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA 99
5.3	 ABORDAGEM	CONSTRUTIVISTA/INTERACIONISTA	 101
5.4	 ABORDAGEM	CRÍTICO-SUPERADORA	E	A	ABORDAGEM	 
CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA	 103
5.5 SAÚDE RENOVADA 106
5.6 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E BASE 
NACIONAL COMUM CURRICULAR 108
CONCLUSÃO 111
6	 EDUCAÇÃO	FÍSICA:	PROFISSÃO	E	FORMAÇÃO	ACADÊMICO-
PROFISSIONAL 113
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 113
6.1 REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 113
6.2 CARACTERIZAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA 117
6.3 FORMAÇÃO PROFISSIONAL: LICENCIATURA E BACHARELADO 120
6.4 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS 
SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS 123
6.5 CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 125
6.6 ÉTICA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL 129
CONCLUSÃO 133
REFERÊNCIAS 134
4UNIDADE
6UNIDADE
5UNIDADE
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
UNIDADE 1
> reconhecer a 
Educação Física 
como um campo de 
saber multicultural 
formado a partir de 
influências plurais;
> identificar 
fundamentos 
filosóficos e 
epistemológicos da 
Educação Física;
> utilizar a história 
da Educação Física 
como elemento de 
compreensão do 
presente.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
10 MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
11MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
1 ORIGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: 
DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA À 
IDADE MÉDIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Quando refletimos sobre as origens da Educação Física e buscamos (re)cons-
truir a sua história, somos levados a um passado fascinante, mas que é, tam-
bém, bastante remoto, sobre o qual não temos certezas e que somente conse-
-guimos conhecer por meio de informações fragmentadas e de correntes de 
interpre-tação que podem ser, até mesmo, opostas.
Nos dias atuais, podemos compreender a Educação Física de várias maneiras. 
Conforme Darido e Rangel (2011, p. 25) afirmam,
a Educação Física pode ser compreendida de três maneiras diferentes: co-
mo um componente do currículo das escolas, como uma profissão caracte-
rizada por uma prática pedagógica no interior das escolas ou fora delas, e 
como uma área em que são realizados estudos científicos.
Mas, se contrastarmos as concepções atuais de Educação Física com as práti-
cas corporais de tempos remotos, deduziremos, rapidamente, que nenhuma 
das definições apresentadas por Darido e Rangel será adequada para definir as 
práticas de movimento dos povos e das sociedades de outrora.
Sendo assim, pensaremos, aqui, a Educação Física em termos de cultura cor-
poral de movimento. Ao mesmo tempo, enfatizaremos que conhecer necessi-
dades e possibilidades de movimento existentes em um passado distante nos 
ajudará a explicar o mundo de movimento que temos hoje.
1.1 O MOVIMENTO HUMANO NA PRÉ-HISTÓRIA 
E NOS POVOS ANCESTRAIS
No contexto da cultura corporal de movimento, os estudiosos da área afirmam, 
repetidamente, que a Educação Física é tão antiga quanto o próprio ser hu-
mano. De acordo com Antunes (2012), chamamos de Pré-História um período 
12
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
da trajetória da humanidade que data de aproximadamente 4000 a.C. em 
que não havia escrita. Por isso, todas as informações que recuperamos desse 
tempo chegam até nós por meio de registros não escritos, como os achados 
arqueológicos sob a forma de resquícios de armas, de utensílios, de pinturas, 
de desenhos.
FIGURA 1: PINTURA PRÉ-HISTÓRICA ENCONTRADA NA ARGÉLIA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Na Pré-História, foi identificado o aparecimento do gênero Homo, ao qual per-
tencemos. De todas as espécies vivas naquela época, os integrantes do gênero 
Homo eram os únicos seres que possuíam polegar. Essa característica anatô-
mica pode ter lhes dado uma vantagem, visto que, ao contrário dos demais 
seres, eram capazes de arremessar e de lançar objetos (OLIVEIRA, 2017).
Naquele período, o modo de vida e as necessidades de sobrevivência das mu-
lheres e dos homens os obrigavam a realizar uma ampla gama de movimentos 
naturais. No início da vida humana na terra, toda a sobrevivência dependia do 
movimento. O alimento era obtido da coleta e da caça, o que determinava um 
modo de vida nômade. Os trajetos em busca de provisões eram realizados, en-
tão, sem auxílio de animais e de veículos.
13MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Em um tempo em que não existiam nem animais domesticados nem máqui-
nas para apoiar a realização das tarefas cotidianas; e em que algumas ferra-
mentas e implementos rudimentares eram desenvolvidos muito lentamente, 
a vida pedia que os seres humanos corressem, saltassem, lançassem e realizas-
sem toda a sorte de movimentos para caçar, para pescar, para coletar e para 
protegerem-se de predadores. 
Durante a Pré-História, ocorreram transformações importantes nas possibilida-
des de movimento humano, as quais marcaram a nossa espécie e, também, a 
nossa história. Alguns autores, como Antunes (2012), argumentam que a con-
quista da postura bípede foi um dos marcos mais importantes para o desen-
volvimento do movimento humano.
FIGURA 2: CONQUISTA DA POSTURA BÍPEDE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Conforme expõe Fonseca (2019), para os nossos ancestrais hominídeos, o do-
mínio da postura vertical bípede permitiu a liberação das mãos para outros 
usos que não o apoio do corpo, ao passo que o desenvolvimento da coordena-
ção motora fina resultou em diversas consequências morfofuncionais e cogni-
tivas. A pesquisa realizada pelo autor é extensa, e, para que você possa conhe-
cê-la em linhas gerais, apresentamos o infográfico a seguir.
14
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 3: PERSPECTIVA INTEGRADA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
HOMINIZAÇÃO 
DO CORPO
HOMINIZAÇÃO 
DO ESPÍRITO
HOMINIZAÇÃO 
SOMÁTICA
REDUÇÃO E 
CONTINUIDADE 
DA DENTADURA
ALTERAÇÕES 
CRANIANAS
CEFALIZAÇÃOPOSTURA 
BÍPEDE
• PÉ DE SUSTENTAÇÃO
• LIBERTAÇÃO DA MÃO
• ALARGAMENTO DA BACIA
• ACHATAMENTO DO TORAX
• MODIFICAÇÕES ESQUELÉTICAS 
DOS MEMBROS
• EXPANSÃO FRONTO-PARIETO-
CEREBRAL
• PROGNATISMO DESVANECE-SE
• DOMÍNIO DA NUTRIÇÃO
• CORTICALIZAÇÃO
• HIPERTROFIA CEREBRAL
• EXPANSÃO DAS ÁREAS 
ASSOCIATIVAS
• REFLEXÃO DA AÇÃO
• REPRESENTAÇÃO SENSORIAL 
DO REAL
• PENSAMENTO SEQUENCIAL 
E LÓGICO
• GENERALIZAÇÃO
• HERANÇA SOCIAL
• APRENDIZAGEM
• FABRICAÇÃO
• TRABALHO
Da ação à consciência
Do biológico ao social
LINGUAGEM 
ARTICULADA
LIBERTAÇÃO DA MÃO 
PARA O TRABALHO
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
HOMINIZAÇÃO 
CULTURAL
Fonte: Adaptada de Fonseca (2019, p. 86).
15MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Existem muitas hipóteses acerca da passagem da postura quadrúpede para a 
bípede, das suas causas e das suas consequências. Mas, independentemente 
de qual teoria seja a correta, esse foi um fato determinante para que o de-
senvolvimento da motricidade humana tenha atingido o estágio em que se 
encontra hoje.
Além disso, com as mudanças cognitivas que se deramparalelamente à evo-
lução motora, a linguagem e a cultura se desenvolveram. Com elas, surgiram 
as formas de movimento criadas, conservadas e compartilhadas, como as dan-
ças, as lutas e os jogos, e, também, as formas pré-esportivas de movimento.
Conforme Oliveira (2017), as danças lúdicas ou ritualísticas eram atividades am-
plamente praticadas pelos povos pré-históricos desde 60.000 a.C., no período 
Paleolítico superior.
1.2 TRADIÇÕES DE MOVIMENTO DOS POVOS 
ASIÁTICOS
Com o desenvolvimento da cognição e da linguagem, a humanidade sai da 
pré-história e desenvolve outro estilo de vida. O desenvolvimento da agricultu-
ra faz com que o nomadismo diminua, e os grupamentos humanos começam 
a se fixar à terra e a dar importância à defesa e à conquista de territórios consi-
derados ricos e estratégicos.
As culturas se desenvolvem, e, com elas, também surgiram diversas lingua-
gens de movimento bem definidas que estão relacionadas a grupos que ha-
bitam territórios geograficamente próximos. Isso possibilita que falemos de 
práticas de movimento características de povos e de lugares específicos, como 
o Oriente:
[e]ntre os povos primitivos existem alguns poucos que conseguem atingir 
um estágio civilizatório. Estes pioneiros, surgidos há 6 000 anos e cujo 
número andou em torno de vinte, ainda mantiveram muitas características 
dos primitivos. Sua cultura, porém, evoluíra o suficiente para que se 
considerasse iniciado um novo período da História: a Antiguidade Oriental 
(...) Nesse novo contexto, os exercícios físicos continuam merecendo 
o mesmo destaque alcançado na pré-história. (...) Podemos arriscar 
uma classificação onde identificaríamos finalidades de ordem guerreira, 
terapêutica, esportiva e educacional, aparecendo sempre à religião como 
pano de fundo. OLIVEIRA, 2017, p. 9-10).
16
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A História Antiga é fascinante, mas a das práticas de movimento é relativamente 
difícil de ser recuperada com precisão, pois é um trabalho realizado com regis-
tros fragmentados e, às vezes, contraditórios. Talvez você encontre essa informa-
ção com data diferente, mas há registros, de cerca de 2000 a.C., de que os chi-
neses já adotavam práticas sistemáticas de 
movimento, como o Kung Fu, descrito 
como uma ginástica de orientação médi-
co-terapêutica que proporcionava desen-
volvimento espiritual (OLIVEIRA, 2017).
Conforme estabelece Ramos (1983), se 
considerarmos a perspectiva histórica da 
Educação Física, as civilizações orientais 
ofereceram contribuições ricas para as 
ocidentais. Segundo esse autor, luta livre, 
boxe, esgrima com bastão, natação e remo 
eram atividades praticadas pelos egípcios. 
Algumas delas, como a luta livre, que se 
transformou em luta greco-romana, fo-
ram, depois, modificadas pelos romanos.
FIGURA 4: REPRESENTAÇÃO DE LUTA GRECO-ROMANA
Fonte: PixaBay (2015).
Os Chineses se destacaram 
entre as culturas orientais 
antigas: além de treinarem 
Kung fu e outras artes 
marciais, eram, também, 
exímios caçadores, lutadores, 
nadadores, praticantes de 
esgrima e de hipismo.
17MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Ramos (1983) também nos ensina que vários povos orientais, como os assírios e 
os babilônios, precisavam ter boa aptidão física, por conta dos desafios da vida 
diária; e que, por isso, praticavam as atividades físicas classificadas pelo autor 
de “utilitárias”. O mesmo acontecia com o povo hitita, que era reconhecido por 
sua habilidade como cavaleiro e pelas indicações de treinamento que deixa-
ram registradas em um manual.
Muitas das atividades físicas desenvolvidas pelas civilizações orientais estavam 
ligadas a aspectos importantes da vida social, como os princípios morais, as 
práticas rituais, as crenças espirituais e a preparação para a guerra.
Na Idade Antiga, a sobrevivência continuava bastante dependente de ativida-
des associadas a práticas motoras. Ramos (1983, p.18) apresenta reproduções 
de poesias chinesas que descrevem um jogo chamado tsuchu, bastante seme-
lhante ao futebol atual:
Redonda é a bola, quadrado, o campo.
Igual a imagem da Terra e o do Céu.
A pelota passa por nós com a Lua,
Quando duas equipes se encontram 
Foram nomeados os capitães, que dirigem o jogo(...)
Ainda assim, a vida na Antiguidade permitiu o aumento de espaços de tem-
po ociosos, possibilitando que surgisse uma orientação mais esportiva para as 
práticas corporais, de modo que atividades utilitárias, guerreiras ou ritualísticas 
fossem se transformando ou cedendo espaço para práticas orientadas à cria-
ção e à manutenção de ordens sociais e morais OLIVEIRA, 2017).
Segundo Oliveira (2017), a Índia foi o berço da ioga, outra importante prática 
ginástica relacionada ao desenvolvimento espiritual. Nas práticas de movimen-
to documentadas no Oriente antigo, também se destacaram as de orientação 
guerreira, com destaque para as criadas pelos egípcios, que eram seguidos de 
perto pelos sumérios, pelos caldeus, pelos babilônios e pelos assírios.
1.3 GRÉCIA ANTIGA: MILITARISMO ESPARTANO E 
A FORMAÇÃO INTEGRAL HUMANA ATENIENSE
Os gregos são os precursores da civilização ocidental, e as atividades físicas 
foram importantes na sua afirmação como cultura dominante. Na antiga Gré-
cia, as atividades físicas tinham papel importante nas práticas pedagógicas e, 
também, nos momentos de celebração.
18
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A civilização grega pode ser considerada o berço da Educação Física como a 
conhecemos hoje. Podemos até dizer que as concepções de Educação des-
sa cultura marcaram toda a Educação ocidental (NUNES, 2009). De cultura 
guerreira, os gregos tinham por hábito celebrar com jogos. Entre esses jogos, 
estavam os Olímpicos e outros que ocorriam durante o intervalo entre uma 
olimpíada e outra, como os ístmicos, os píticos, os nemeus e os fúnebres. (TU-
BINO, 1987)
Jogos fúnebres são algo muito distante da 
nossa realidade. Para que você não fique 
sem referência, temos o exemplo registrado 
pelo poeta Homero, que men-ciona os jogos 
fúnebres’‘ que Aquiles mandou celebrar em 
homenagem ao amigo Pátroclo, assassinado por 
Heitor. Os jogos englobavam oito provas: corrida 
de car-ros, pugilato, luta, corrida a pé, combate 
armado, arremesso de bola de ferro, arco e flecha 
e arremesso de lança. (DE OLIVEIRA, 2017)
Os Jogos Olímpicos, que foram resgatados na era Moderna e seguem sendo 
disputados até os dias atuais, eram uma celebração que acontecia a cada qua-
tro anos na cidade de Olímpia.
Os Jogos Olímpicos foram celebrados ao 
longo de doze séculos (entre 884 a.C. e 394 
d.C.) e entraram em declínio depois que a 
Grécia foi conquistada por Roma. Nessa 
época, eram abertos apenas aos homens.
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As Olimpíadas podem ser consideradas 
o primeiro evento esportivo de grande 
impacto social, porque, durante a sua 
realização, estabelecia-se uma trégua nas 
guerras da Grécia, gerando um efeito de 
unificação do Império.
Durante o período em que a civilização grega foi próspera, sucederam-se al-
guns períodos históricos. Esse processo começou em 800 a.C. e foi marcado 
pela organização de cidades-estados independentes, dentre as quais se desta-
caram as oponentes Esparta e Atenas.
Esparta foi uma cidade bastante desenvolvida. Contudo, sua orientação políti-
ca se opunha ao humanismo grego. Os espartanos eram dedicados ao Estado 
e submissos à vontade de seus governantes; e acreditavam que todos deviam 
servir ao exército, deixando as atividades culturais em segundo plano.
FIGURA 5: SOLDADO ESPARTANO 
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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As mulheres espartanas se diferenciavam das outras gregas. Eram mais fortes e 
podiam participar das atividades físicas, o que era totalmente impensável em 
outras cidades, como Athenas. Essa orientação estava fundamentada na cren-
ça de que os futuros guerreiros de Esparta só poderiam ser fortes se fossem 
nascidos de pai e de mãe igualmente fortes.
A disciplina e o estilo de vida dos espartanos 
os favoreciam no sentido de vencer a maioria 
das provas dos jogos Olímpicos. Na prova de 
corrida de velocidade, dos trinta e seis campeões 
conhecidos, vinte e um têm origem espartana 
(OLIVEIRA, 2017).
Você sabia que os gregos desenvolveram uma concepção educacional pró-
pria? Conheça-a a seguir.
A chamada de paideia era aplicada à educação 
dos meninos das famílias que gozavam de 
privilégios sociais e econômicos. 
De acordo com os princípios da paideia, 
os meninos aprendiam lutas corporais, 
equitação, natação, lutas, exercícios 
militares; e treinavam para os Jogos Olím-
picos (NUNES, 2009).
Na cidade de Atenas, o atletismo e a ginástica tinham lugares destacados, mas 
se voltavam mais à cultura do que à guerra. As atividades físicas eram valoriza-
das como indispensáveis à formação integral dos cidadãos, tanto que Solón, 
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legislador grego, acreditava que "[a]s crianças devem, antes de tudo, aprender 
a nadar e a ler” (BRANDÃO, 1989).
FIGURA 6: GUERREIRO GREGO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Os Atenienses contavam com locais específicos para a prática de atividades 
físicas, principalmente a ginástica, chamados de ginásios, de palestras e de 
estádios. Eram dirigidos por profissionais que ganhavam grande respeito da 
comunidade, como o ginasiarca, que dirigia os estádios, e o pedótriba, um 
profissional que atuava de modo semelhante ao professor de Educação Física 
(MARINHO, 1983).
1.4 O LUDUS ROMANO: CIRCO, ESPORTES E 
LUTAS
Os romanos não eram idealistas como os gregos. Suas práticas físicas eram 
marcadas pelo caráter utilitarista (OLIVEIRA, 2017). Desse modo, as práticas 
corporais não eram parte fundamental da formação moral ou física, mas eram 
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consideradas práticas complementares. Ainda assim, as práticas corporais 
ocupavam lugar na vida em sociedade e na educação dos jovens.
Houve um tempo em que os jovens romanos 
se reuniam no Campo de Marte para praticar 
atividades esportivas com a finalidade de se 
prepararem para as bata-lhas em que Roma 
pretendia expandir seu território.
As atividades praticadas no Campo de Marte 
eram equitação, corridas de velocidade e 
de resistência, natação, pugilato, luta, arco 
e flecha e esgrima, entre outras. 
Essas práticas eram fundamentadas na ideia do ludus romano, que estava 
muito mais orientado ao jogo e à prática do que aos resultados em competi-
ções. Em termos de instalações em que os ludi ocorriam, os romanos tinham 
os circos, os anfiteatros e as termas
Os circos surgiram, primeiramente, com a finalidade de abrigar corridas de 
carro, corridas a pé e lutas; e podiam reunir uma grande quantidade de pesso-
as. A capacidade do circo Máximo, por exemplo, beirava as 400 000 pessoas 
(OLIVEIRA, 2017).
As ruínas do Coliseu romano são, popularmente, 
conhecidas por pessoas de todo o mundo. 
Trata-se de uma instalação do tipo anfiteatro 
que foi destinada à prática de atividades 
físicas e que comportava até 100.000 pessoas 
(OLIVEIRA, 2017).
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FIGURA 7: COLISEU ROMANO
Fonte: PixaBay (2013).
No período imperial da história romana (iniciado em 27 a.C.), o espírito do ludus 
se perdeu, e as atividades eram espetacularizadas. 
O uso político e a espetacularização do esporte, 
que ficou muito marcada nesse período da 
história romana, ocorre até os dias atuais. Para 
compreender como a política de “pão e circo” 
foi se atualizando e está presente até os dias de 
hoje, clique sobre os artigos e leia-os.
• “A história do uso político do esporte”;
• “Políticas públicas de esporte e lazer & 
políticas públicas educacionais: promoção 
da educação física dentro e fora da escola ou 
dois pesos e duas me-didas?”
Os governos praticavam o “pão e circo” para manter a população distraída, cor-
data e ocupada. Os eventos eram violentos e envolviam sacrifícios de pessoas 
e de animais.
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/566/590
“Políticas públicas de esporte e lazer & políticas públicas educacionais: promoção da educação físic
“Políticas públicas de esporte e lazer & políticas públicas educacionais: promoção da educação físic
“Políticas públicas de esporte e lazer & políticas públicas educacionais: promoção da educação físic
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1.5 CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NA 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
O período entre 500 a.C. e 338 a.C. é um momento da história grega em que os 
filósofos ocidentais começam a se destacar. Na época clássica, observaremos 
o surgimento de uma pedagogia sistematizada e apoiada em fundamentos 
racionais. Com a ascensão da Filosofia, as atividades físicas perdem um pouco 
de destaque, mas a ginástica continua ocupando um papel importante.
A paideia grega estava baseada em um ideal educativo chamado arete, que 
considerava uma relação integrada entre corpo e alma, visando ao desenvolvi-
mento de virtudes morais.
Com o tempo, esses princípios dão lugar, progressivamente, ao pensamento, 
que privilegia as qualidades intelectuais, em detrimento das físicas e das es-
téticas. Após o período helênico, a Grécia perde o seu poder no Ocidente, que 
passa a ser dominado por Roma.
A paideia grega foi um modo de pensar 
abrangente e complexo que fundou a formação 
dos cidadãos, da cultura e da sociedade grega 
por um longo período de tempo. É considerada 
um dos principais fundamentos da Educação 
Física; por isso, recomendamos que você acesse 
cada um dos artigos a seguir e aprofunde seus 
estudos acerca da paideia:
• “O pedotriba e a educação física antiga”
• “Desporto, paideia e não dualidade”;
• Educare (Tê): o desporto como expressão de 
valores”.
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/download/8635557/3350
https://www.redalyc.org/pdf/1153/115319264012.pdf
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/10096/7766
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FIGURA 8: ESTÁTUA DE UM CORREDOR OLÍMPICO DO PERÍODO CLÁSSICO
Fonte: PixaBay (2020).
Os exercícios físicos que os gregos praticavam 
eram bem próximos dos movimentos naturais 
– como correr, saltar e lançar – e do que 
hoje conhecemos por atletismo. Ginástica 
significava, inclusive, a arte de exercitar o corpo 
nu, e a prática de atividades físicas costumava 
acontecer em estado de nudez.
1.6 EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MÉDIA: JOGOS 
PÚBLICOS, INFLUÊNCIAS DA CAVALARIA, OS 
TORNEIOS E AS JUSTAS
No ano de 393 d. C, o imperador Teodósio I proíbe os Jogos Olímpicos, com 
o objetivo de inibir as celebrações consideradas pagãs. Dois anos depois, divi-
de o Império Romano em um ato que marca o início da Idade Média. Nesse 
período de ascensão e de supremacia da Igreja Católica, as práticas corporais 
perdem espaço para as coisas da alma e do espirito.26
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Mesmo assim, algumas práticas corporais seguem sendo necessárias à vi-da. 
Uma delas é a preparação dos cavaleiros que lutarão nas várias batalhas que 
aconteciam. Essa preparação envolvia a prática de xadrez, de equitação, de es-
gri-ma, de caça, de tiro de lança e de arco e flecha. As habilidades dos cavalei-
ros eram exibidas em combates simulados, chamados de torneios, e nas justas.
FIGURA 9: CONFRONTO ENTRE DOIS CAVALEIROS
Fonte: Freepik (2020). 
A época medieval marcou uma mudança importante em relação à prática de 
atividades físicas. Em lugar dos esportes individuais praticados no atletismo 
greco-romano, as práticas coletivas ganharam espaço, principalmente os jogos 
com bola.
CONCLUSÃO
Os estudos desta unidade tiveram o propósito de apresentar a Educação Física 
como um campo de saber que vem se constituindo há muito tempo na inter-
face de múltiplas influências biológicas, culturais e sociais.
A partir dos conteúdos apresentados e das reflexões propostas, acreditamos 
que você é capaz de identificar aspectos históricos que deram base à cons-
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tituição da Educação Física como a conhecemos hoje; e de reconhecer a ori-
gem histórica de práticas pedagógicas e de eventos importantes, como são 
os Jogos Olímpicos.
Para que isso fosse possível, trouxemos alguns conhecimentos fragmentados 
de fatos que se deram em períodos remotos da história. Com as informações 
apresentadas, esperamos que tenha sido possível compreender que, no início 
da trajetória da espécie humana na terra, as demandas de sobrevivência, por si 
só, já eram um intenso programa de atividade. Porém, à medida que os modos 
de vida se modificam, a vida permite espaço para o ócio e para o sedentarismo, 
e novas formas de movimentar-se, também influenciadas pelo contexto sócio-
-histórico, surgem.
A partir dessas afirmações, você é, agora, capaz de reconhecer alguns proces-
sos por meio dos quais as práticas corporais se transformaram de movimentos 
naturais, caracterizados pela necessidade de luta pela sobrevivência, em práti-
cas corporais ligadas a questões religiosas e sociais – como os cultos ritualísticos 
e o culto à beleza – e, ainda, às finalidades guerreiras, educacionais e esportivas.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 2
> analisar 
transformações 
sócio-históricas da 
Educação Física na 
Modernidade;
> relacionar a 
Educação Física à 
industrialização 
e à urbanização 
das civilizações 
ocidentais;
> compreender as 
bases filosóficas da 
Educação Física na 
Idade Moderna;
> reconhecer a 
Educação Física 
como um campo de 
saber de influência 
multidisciplinar..
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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2	 IDADE	MODERNA:	BASES	SÓCIO-
HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Em nossa segunda unidade da disciplina “Introdução e História da Educação 
Física”, estudaremos as bases sócio-históricas e filosóficas da Educação Física, 
compreendendo quais acontecimentos modernos interferiram nos pressupos-
tos da formação do campo de saberes estudados.
Conheceremos a relação entre os processos de industrialização e de urbaniza-
ção e a educação do corpo, reconhecendo-a como um campo multirreferen-
ciado e multidisciplinar.
Desejamos a você bons estudos e que os conteúdos aqui estudados tragam 
importantes reflexões para sua formação.
2.1 CONCEPÇÕES DE CORPO: INTERFACES 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM A FILOSOFIA E A 
CIÊNCIA
A Educação Física, com o formato que conhecemos hoje, passou por muitos 
significados ao longo da história, surgindo pela necessidade de um homem 
mais forte, mais ágil, mais empreendedor. Relacionou-se aos cuidados do cor-
po, passando a ter um caráter higiênico, como banhar-se, escovar os dentes, 
lavar as mãos. Na perspectiva militar, teve como característica o preparo físico 
para tornar o indivíduo mais apto, aparecendo nas escolas vinculadas a esse 
rigor com as ginásticas e com a calistenia.
Calistenia: sistema de ginástica sueca que 
associa música ao ritmo dos exercícios, 
desenvolvidos à mão livre, usando o próprio 
corpo e pequenos acessórios (pesos, caneleiras 
etc.) para fins corretivos, fisiológicos e 
pedagógicos.
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FIGURA 1: CORPO E CIÊNCIA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
É sabida a relação entre a Educação Física e a produção cultural na socieda-
de, especialmente no tocante aos conhecimentos e às tradições de jogos, de 
ginástica e de esportes. É preciso perceber a importância de se ressignificar 
o olhar e o espaço da Educação Física, por muito tempo vista apenas em sua 
esfera prática – ou seja, com ênfase na dimensão procedimental, capacitando 
a saber fazer.
As esferas conceituais e atitudinais dos conteúdos formam de maneira integral 
e, portanto, devem ser incluídas nos programas, compondo o espaço com a 
prática e com a esfera procedimental dos conteúdos, contextualizando-os.
Assim, ao nos dedicarmos a compreender um pouco melhor as relações entre 
a Educação Física, a Filosofia e a Ciência, pontuando aproximações, percebe-
mos que olhar para motricidade humana, de forma estrutural e articulada, 
faz-nos perceber que existe uma cadeia de significados para a cultura e para a 
educação.
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FIGURA 2: INTEGRAÇÃO ENTRE CORPO E PENSAMENTO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A partir dos anos 1980, conceitos científicos passaram a nortear, de forma mais 
expandida, os conteúdos da Educação Física, que passou a aprofundar estudos 
sobre habilidades e sobre capacidades físicas, direcionando as práticas e repre-
sentando um importante salto de qualidade na área.
Outro aspecto de suma importância para o entendimento disso é o fato de a 
relação entre teoria e prática, na Educação Física, não se limitar às questões físi-
cas e técnico-cientificas. Ao contrário, temos uma importante fundamentação 
sobre o corpo e sobre seus desdobramentos na Filosofia, na Antropologia, na 
Sociologia, na Psicologia, entres outras áreas correlatas.
A Ciência passou a figurar nas bases dos conceitos diretamente relacionados à 
Educação Física, conforme podemos observar no esquema a seguir
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FIGURA 3: RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO FÍSICA
Biomecânica
Fisiologia
Aprendizagem 
motora
Bases 
científicas da 
Educação 
Física
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Assim, temos a interdisciplinaridade como ponto de partida para os estudos 
sobre concepções do corpo e sobre possíveis relações e interfaces. Ao pen-
sarmos na prática de atividades físicas, temos o movimento em si e, com ele, 
múltiplas possibilidades de análise pela Ciência. Ao mesmo tempo, temos a 
interpretação do movimento, que ocorre a partir do sentido que lhe for atribu-
ído, gerando múltiplos sentidos e fundamentando a prática conceitualmente. 
Vejamos o funcionamento dessa estrutura.
FIGURA 4: INTERSEÇÕES ENTRE A CIÊNCIA E A FILOSOFIA NO MOVIMENTO
corpo
sensação
pensamento movimento
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
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Dessa forma, vemos,claramente, a intersecção entre Ciência e Filosofia nos es-
tudos sobre motricidade. O corpo e o movimento se constituem como espaço 
de construção de sentidos e de identidade; como campo de construções e 
de entendimentos filosóficos e sociológicos; e como algo que pode ser visto e 
analisado fisiológica e anatomicamente:
[a] escola, o processo pedagógico, a formação da consciência sobre o corpo, 
a motricidade como expressão de si mesmo ainda é o templo da sustentação 
de um princípio legítimo da formação ser humano. Ali, repousa as interações 
de mais precisão no contexto da prática na sua total relevância. Na escola, 
vivencia espaços e tempos singulares, realiza-se, produz-se, transformam-
se realidades. Juntam-se grupos sociais na mescla categorizadas de 
elementos corporais e motores cujo significado exige a interação de si com 
si mesmo, com o outro e com o mundo. (FENSTERSEIFER et a.l, 2007, p. 25).
A Educação Física nos parece ser capaz de unir os campos de saberes, encon-
trando pontos de diálogo entre a ação física e o entendimento dessa ação, 
criando sentidos e significados, uma vez que, justamente na reflexão filosófica, 
aproximamos teoria e prática.
2.2 HIGIENISMO
Para entendermos as noções higienistas atreladas à Educação Física, reme-
teremos às influências militares e médicas. Perceberemos relações estreitas 
entre os conceitos deste tópico e do próximo, uma vez que as noções de higie-
nismo e de eugenia aparecem atreladas e vinculadas, tanto na teoria quanto 
na estruturação e na proposição das práticas.
No estudo sobre o corpo e sobre o movimento, temos o ideário higienista co-
locado em ação por duas vias: a médica e a militar. Vamos às definições.
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FIGURA 5: RELAÇÃO ENTRE MOVIMENTO E A ÁREA MÉDICA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
1. Higienismo 
considera a doença um fenômeno social e parte da ideia de controle 
dos corpos para manutenção da vida e da saúde.
2. Influência militar 
indica a ginástica como forma de sistematização dos conhecimentos 
práticos. Acreditava que, por meio da ginástica e do treinamento, o 
corpo poderia ser condicionado e controlado.
3. Influência médica 
pesquisas que preconizam a Educação Física como forma de 
melhoramento da saúde e de promoção do controle do corpo, de suas 
funções e de emoções. Pensava-se, ainda, que o modelo colaboraria 
com o controle de instintos destrutivos e sexuais, inclusive no tocante a 
vícios.
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Na Educação, podemos observar a ginástica na grade curricular de escolas ci-
vis, dada por militares, com a finalidade de cumprir os ideais apontados, com-
pondo o campo da cultura física no Brasil.
FIGURA 6: MILITARES CONDUZIAM TREINAMENTOS FÍSICOS PARA CIVIS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Um marco nesse processo é Arthur Higgins, 
que passa a praticar atividades físicas por 
recomendação médica, como tratamento 
complementar para o reestabelecimento de 
um quadro de tuberculose aos 23 anos. Tal 
fato ocorreu no final do século XIX e se envolve 
com a área, passando a ser treinador de 
ginástica e escrevendo uma importante obra de 
concepção higienista na área da Educação Física, 
denominada de Compêndio de Ginástica Escolar.
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As interferências da área militar na educação do corpo permanecem ativas 
por longos anos, até, aproximadamente, a terceira década do século XX, com a 
formação profissional dos instrutores de ginástica. Após essa data, os métodos 
militares adotados, de origem predominantemente alemã, são substituídos 
por métodos franceses.
Tais métodos franceses, também focados na ginástica, por sua vez, consoli-
dam-se a partir de estudos médicos e biomédicos, mantendo caracteres higie-
nistas, que intencionam explicitar os benefícios das práticas físicas por meio de 
modelos anatomofisiológicos.
FIGURA 7: IMAGEM: MODELO ANATOMOFISIOLÓGICOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O higienismo, juntamente ao pensamento eugênico, consolida-se a partir de 
um desejo da burguesia de melhoramento e de supremacia da raça branca.
“Afirmava ser necessário [...] restringir a proliferação de infra-homens, de 
semi-alienados e de dementes, pela higiene do corpo e do espírito [...] (além 
de) fazer com que as pessoas fortes, equilibradas, inteligentes e bonitas, 
tenham um maior número de filhos, para que o número médio destas 
pessoas [...] se eleve progressivamente”. (SOARES apud MAGALHÃES, 
2005, p. 93).
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Na área da Educação, podemos observar alguns defensores das práticas físicas 
pautadas nos treinamentos militares. Segundo Magalhães (2005), Fernando 
de Azevedo foi um dos que enviou professores para serem formados nos cur-
sos do Exército.
Até o início da década de 1940, ainda temos médicos e militares responsáveis 
pelo plano formativo dos profissionais que atuam na Educação Física, sendo 
seus professores apenas executores de um plano prescrito, sem fundamenta-
ção pedagógica.
Mudanças são observadas no curso da década de 1970, quando as disciplinas 
pedagógicas passam a compor a grade curricular das licenciaturas em Educa-
ção Física, marcando novos olhares e formatos e promovendo o protagonismo 
do professor dessa disciplina.
FIGURA 8: NOVOS OLHARES PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O fim do governo militar marca, definitivamente, uma nova perspectiva, rom-
pendo o paradigma higienista e inaugurando uma visão mais crítica e criativa 
na área da Educação Física, em que o movimento é entendido de forma múl-
tipla, capaz de contribuir com a formação para a cidadania.
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Para compreender melhor as relações entre os 
ideais eugenistas e higienistas, sugerimos que 
acesse este link e leia o artigo “Higienismo e 
eugenia: discursos que não envelhecem”.
2.3 EUGENISMO
Você sabe o que é eugenismo? Acreditamos que sim, mas iniciaremos este 
tópico com a definição do termo.
O eugenismo é o movimento que defende a eugenia, que acredita ser possí-
vel “melhorar” a população por meio do controle social e da seleção genética 
das pessoas. Parte da noção de seleção natural darwinista, entendendo que os 
mais fortes devem prevalecer e que os mais fracos devem ser eliminados.
O higienismo, tema do tópico anterior, é um dos principais mecanismos uti-
lizados pelos eugenistas, que passam a ganhar espaço de forma acentuada, 
com o crescimento da industrialização e da urbanização. Ao olharmos para o 
corpo e para o movimento, vemos a necessidade de ordenação e de controle, 
que podemos observar com a passagem do passatempo à esportivização, que 
conheceremos agora.
O esporte ou desporto foi, durante muito tempo, o termo utilizado para fazer 
referência a uma grande variedade de passatempos e de divertimentos, sem 
maiores critérios. Com o tempo, o desporto passou a ser utilizado para tipos de 
recreação, sendo que o desempenho físico e as regras para manter a disputa 
ocupavam boa parte do tempo livre, especialmente na Inglaterra e em todos 
os lugares para onde foram importados seus modelos de produção industrial.
A industrialização influenciava o modo de vida das pessoas, e não seria dife-
rente com as atividades de lazer, que, como vimos no tópico anterior, passam 
a assumir funções especificas no início do século XIX.
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-418250
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIGURA 9: ESPORTE COM REGRAS PASSA A OCUPAR O LUGAR DOS PASSATEMPOS
 
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Na Antiguidade Clássica, a expressão que se 
utilizava para significar o que se entende, hoje, 
como lazer era o otium (ócio). A Grécia considerava 
o trabalho pejorativo; em contrapartida, a 
contemplação era bastante valorizada. A partir 
da dominação romana, os valores mudaram. As 
guerras são um exemplo disso: o tempo de não 
trabalho (otium) não concorria com o tempo de 
trabalho (nec-otium, que originou nossa palavra 
“negócio”). Muito pelo contrário, o Império 
Romano entendia essas duas esferas como 
interrelacionadas.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
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FIGURA 10: URBANIZAÇÃO CRESCENTE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Para conseguirmos realizar uma análise da história do desporto e da transição 
dos passatempos para os esportes, é necessário compreender como aconte-
ceu o desenvolvimento da sociedade em aspectos globais, considerando di-
mensões sociais, políticas, econômicas e culturais.
O transcurso do século XVIII na Inglaterra é marcado pela busca de soluções 
não violentas para os conflitos, por meio de regras aceitas por todos, mediadas 
pelo Estado, de modo que grupos rivais deixassem de guerrear e encontras-
sem outras maneiras de expressão, de representação e de reivindicação.
Assim, percebemos que o processo de civilização e de desenvolvimento da es-
trutura político-social inglesa do final do século XVIII tem estreita relação com 
o movimento eugenista, que atua, também, por meio da desportivização dos 
passatempos.
Na medida em que os confrontos passam a ter características dos desportos, 
afastam-se dos confrontos violentos; e as disputas passam a ser mais comple-
xas, estando mais na esfera do jogo do que da violência. Se, antes, observáva-
mos atividades livres e de cunho recreativo, passamos a práticas com carac-
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
terísticas do desporto moderno, com regras escritas, com medidas punitivas, 
com fiscalizadores das normas e com aplicadores das punições intrajogo. As 
principais características do esporte moderno são
• igualdade de chances entre os jogadores;
• acontecimento em espaços próprios, como campos, estádios, velódromos, 
pistas, ginásios, entre outros;
• tempo regrado;
• calendário próprio;
• código de regras e práticas potencialmente universais;
• diminuição do nível de violência aceitável.
FIGURA 11: FUNÇÃO SOCIAL DA ESPORTIVIZAÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Com tais características, vemos que o esporte começa a ter um corpo próprio, 
com características que tendem a superar especificidades locais, noções de 
ética e a busca pelo prazer no jogo.
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MULTIVIX EAD
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Para conhecer um pouco da história da 
esportivização dos passatempos no Brasil, leia o 
livro O esporte na cidade, de Ricardo de Figueiredo 
Lucena, publicado, em 2001, pela Editora Autores 
Associados..
2.4 RENASCIMENTO E AS BASES PEDAGÓGICAS 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL
Como vimos nos tópicos anteriores, o fim do governo militar foi muito impor-
tante para que a Educação Física tivesse o formato que conhecemos hoje. Com 
a expansão das pesquisas na área, observamos mais autonomia e protagonis-
mo dos profissionais, que, inclusive, passam a articular seus saberes com outras 
áreas, especialmente da Educação.
FIGURA 12: EDUCAÇÃO FÍSICA E PEDAGOGIA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Nessa aproximação, as práticas pedagógicas em Educação Física começam a 
flertar com ideais contra-hegemônicos, com importantes críticas ao tecnicis-
mo, ao modelo biomédico, à hegemonia do esporte e à docilização dos corpos. 
(MAGALHÃES, 2005).
Assim, a Educação Física passa, aos poucos, a ser vista como prática social, po-
dendo estar manifesta em formatos e em categorias, de acordo com as seguin-
tes concepções.
1. Educação Física convencional
ainda com forte influência dos ideais eugenistas, faz parte da 
pedagogia tradicional, que valoriza o intelecto em detrimento do corpo. 
Essa dicotomia faz com que o trabalho com o corpo ocorra de maneira 
fragmentada, educando o físico com especial relevância de aspectos 
anátomos-fisiológicos ou motores.
2. Educação Física modernizadora
concebe a educação por meio do corpo físico, e não do treinamento 
do corpo físico. Além do biológico, preocupa-se com o psicológico, 
enfocando a educação no âmbito individual. Essa abordagem ainda é 
adotada por boa parte dos profissionais da área, já que apresenta uma 
visão mais abrangente em relação ao processo educativo e à realidade.
3. Educação Física revolucionária
concepção mais ampla, percebe o indivíduo em todas as suas 
dimensões, além das suas relações com o outro e com o mundo. O 
corpo é entendido de maneira integrada, sendo o homem, e não parte 
dele. Para os adeptos desse enfoque, os educadores são os verdadeiros 
agentes transformadores e renovadores da sociedade.
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FIGURA 13: EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Podemos observar esse olhar mais abrangente e renovado expresso na Lei do 
Desporto Brasileiro, publicada em 1993:
[...] capítulo III: Da conceituação e das finalidades do Desporto Art. 3º O 
desporto como atividade predominantemente física e intelectual pode ser 
reconhecido em qualquer das seguintes manifestações:
I – desporto educacional, através dos sistemas de ensino e 
formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a 
hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o 
desenvolvimento integral e a formação para a cidadania e o lazer;
II - desporto de participação, e modo voluntário, compreendendo as 
modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para 
a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da 
saúde e da educação e na preservação do meio ambiente;
III - desporto de rendimento, praticado segundo as normas internacionais, 
com a finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do 
País e estas com outras nações. (BRASIL, 1993, p. 6)
O esporte de rendimento não é responsabilidade da instituição escolar, que 
deve, sim, representar espaço de ensino e de expressão das múltiplas possi-
bilidades da cultura corporal, possibilitando a formação integral do sujeito. 
Portanto, a Educação Física é considerada a prática que melhor dá conta de 
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
ensinar aos indivíduos elementos da cultura corporal do movimento – ou seja, 
norteá-los quanto àquilo que os compõe, que os antecede e que os atravessa: 
aquilo que os faz humanos.
FIGURA 14: EDUCAÇÃO FÍSICA E MÚLTIPLOS SABERES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Essa cultura corporal do movimento é composta por um conjunto diversifi-
cado de saberes que norteia o sujeito quanto à realidade em que está inseri-
do para, posteriormente, ampliá-la, capacitando-o a desempenhar um papel 
transformador na sociedade.
É importante ressaltar a importância de se superar a Educação Física com prá-
ticas que se restrinjam à prática de esportes tradicionais, os quais se limitam ao 
saber fazer já citado, não fornecendo ao sujeito repertório da cultura corporal 
do movimento.
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Clique aqui e aprofunde seus conhecimentos 
sobre o conteúdo com o material disponibilizado 
pelo Governo Federal, com o qual podemos 
conhecer mais sobre as bases e sobre os 
pressupostos do esporte e da Educação Física 
no Brasil.
2.5 MÉTODOS GINÁSTICOS EUROPEUS
O Movimento Ginástico Europeu surge como resposta do Estado ao fascínio 
da população pelos artistas e pelas apresentações de rua. Considerados sub-
versivos e perigosos, os artistas circenses, acrobatas, estrangeiros, entre outros 
marginalizados, encantavam e movimentavam a cena com apresentações 
consideradas imorais e perigosas pelos governantes europeus, em meados do 
século XIX.
 “Nos meios urbanos, são diferentes manifestações 
lúdicas de caráter popular realizadas com base 
nas atividades circenses que se impõem [...]. 
Suas apresentações aproveitavam dias de festas, 
feiras, mantendo uma tradição de representar 
e de apresentar-se nos lugares onde houvesse 
concentração de pessoas do povo. Artistas, 
estrangeiros, errantes. Situados no limite da 
marginalidade fascinavam as pessoas fincadas 
em vidas metrificadas e fixas. Eram ao mesmo 
tempo elementos de barbárie e de civilização 
nos lugares por onde passavam”. (SOARES, 
2002, p. 24, 25).
Assim, o poder público cria, com intenção moralizadora, o movimento siste-
matizado de ginástica, também influenciado pela crescente industrialização e 
com ideal higienista. Veja como se dava seu funcionamento.
http://www.esporte.gov.br/arquivos/sndel/esporteLazer/cedes/livrocedesufjf.pdf
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIGURA 15: GINÁSTICA CIENTÍFICA EUROPEIA
moral
método
ordem disciplinaGinástica 
científica
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
A ginástica científica era pautada em métodos criados por médicos e por mi-
litares; e valorizava hábitos saudáveis e a prática de atividades físicas regulares, 
escondendo um projeto patriótico que visava a regular comportamentos e a 
docilizar corpos. Conheceremos, agora, as três principais escolas: a alemã, a 
sueca e a francesa.
1. Escola Alemã: 
pautada em preceitos nacionalistas, a ginástica é vista como preparação 
para guerra. Utiliza métodos essencialmente biológicos e militares; e 
indica prática diária, promovida pelo Estado, para todos os cidadãos. É 
organizada para alcançar objetivos físicos e morais.
2. Escola Sueca: 
a ginástica sueca nasce com o grande propósito de eliminar os vícios 
da sociedade, regenerando a população. De caráter não militar, tem 
prerrogativas sociais e pedagógicas, assegurando força, beleza e saúde 
aos praticantes. É conhecida como calistenia.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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3. Escola Francesa: 
baseada na proposta alemã, uniu, aos ideais militares, morais e 
patrióticos, preocupações com o desenvolvimento social. Intencionava 
a formação do homem em sua totalidade, desenvolvendo habilidades 
como força, destreza, agilidade e resistência.
Ao conhecermos as características das escolas de ginástica europeias, pode-
mos perceber que, guardadas suas peculiaridades, os métodos se relacionam 
e exercem influência uns sobre os outros, tendo, como pressuposto, o conteú-
do anatomofisiológico. Junto a esse “núcleo” biológico, temos, ainda, os conte-
údos moralizantes e a valorização da disciplina, da obediência, a formação de 
hábitos, entre outras características similares.
Além dessas escolas, temos outras, porém menos 
voltadas ao desenvolvimento da ginástica e que 
não obtiveram tanto destaque. Para conhecer 
com mais profundidade, acesse este link e leia 
o artigo “Século XIX e o Movimento Ginástico 
Europeu: o processo de sistematização da 
ginástica”, de autoria de Aline Menezes Dodô e 
de Lorena Nabanete dos Reis.
2.6 OS JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA
Após a interrupção dos Jogos Olímpicos em 392, temos, em 6 de abril de 1896, 
a inauguração dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. A primeira edição se deu 
em Atenas, na Grécia, promovida pelo francês Barão de Coubertin, que ficou 
conhecido como pai da Olimpíada Moderna. Com a intenção de utilizar o es-
porte como estratégia de propagação da paz e da união dos povos, o Barão 
dizia que “o importante é competir”, frase que ficou bastante conhecida por 
todo o mundo.
https://www.efdeportes.com/efd190/seculo-xix-e-o-movimento-ginastico-europeu.htm
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIGURA 16: JOGOS OLÍMPICOS SURGEM DE UMA PROPOSTA DE PAZ E DE UNIÃO DOS 
POVOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Em junho do mesmo ano, foi fundado o Comitê Olímpico Internacional, com-
posto, na época, por representantes de quinze países, em atividade até os dias 
de hoje.
A forma de abertura dos Jogos Olímpicos também é um elemento que se 
mantém, até hoje, de acordo com a estrutura proposta pelo Rei George 1º da 
Grécia, que disse "Declaro abertos os primeiros Jogos Olímpicos em Atenas", 
frase que se tornou marca registrada para todas as cerimônias de abertura se-
guintes.
As provas dessa edição foram atletismo, ciclismo, luta, esgrima, ginástica, hal-
terofilismo, natação e tênis. Disputaram 285 atletas do gênero masculino, de 
13 países diferentes.
Inspirados nos Jogos Olímpicos criados na Grécia em 2500 a.C., guardou o 
nome da cidade de origem, Olímpia, na Grécia antiga, quando os jogos acon-
teciam em homenagem a Zeus.
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Ainda que o Barão tenha criado os jogos como forma de união dos povos, assis-
timos, hoje, à espetacularização acentuada das Olimpíadas, que representam, 
atualmente, grandes gastos e um evento tão midiático quanto esportivo.
Para saber mais sobre os Jogos Olímpicos da Era 
Moderna, acesse este link e leia o artigo “Jogos 
Olímpicos da Era Moderna: uma proposta de 
periodização”, de Katia Rubio..
CONCLUSÃO
Nesta unidade de aprendizagem, seguimos com nossos estudos da disciplina 
“Introdução e História da Educação Física”, momento dedicado ao estudo da 
Idade Moderna, que representam as bases sócio-históricas da Educação Física 
como a conhecemos hoje. Aprendemos sobre as interfaces entre a Ciência e 
a Filosofia na concepção da Educação Física, de modo que entendemos que 
um movimento pode (e deve) ser visto para além de seus caracteres biológicos, 
uma vez que traz em si sentido e significado.
Conhecemos os movimentos eugenistas e higienistas, que influenciaram, de 
maneira acentuada, o campo do movimento e da educação do corpo durante 
o processo de crescimento da industrialização, especialmente por meio da gi-
nástica prescrita por médicos e por militares.
Por fim, conhecemos as escolas europeias de ginástica, suas origens e suas ca-
racterísticas, entendendo o quanto seus pressupostos influenciam os trabalhos 
do mundo todo, inclusive os brasileiros.
Esperamos ter contribuído para seu percurso formativo. Até a próxima!
https://www.scielo.br/pdf/rbefe/v24n1/v24n1a06.pdf
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
ANOTAÇÕES
UNIDADE 3
> Conhecer os 
processos sócio-
históricos da 
Educação Física no 
Brasil.
> Compreender as 
raízes europeias 
da Educação Física 
brasileira.
> Reconhecer a 
Educação Física 
como prática de 
intervenção social; e a 
história da Educação 
Física como um 
campo de múltiplas 
possibilidades.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
3 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Educação Física é uma prática social e, portanto, constrói-se no contexto 
histórico-cultural em que está inserida. Não existe por si só, mas toma forma 
na disputa e nas tensões entre as exigências e a condições da vida cotidiana, 
os momentos políticos, as questões de saúde pública e outros aspectos da vida 
em sociedade que se relacionem ao movimento humano.
Nesta unidade, estudaremos alguns aspectos associados à construção da Edu-
cação Física escolar brasileira, com a finalidade de que você aprenda os as-
pectos constitutivos da sua futura área de atuação profissional e compreenda 
como essas origens, que remontam há vários séculos, influenciam no momen-
to atual da disciplina.
Vamos juntos?
3.1 O QUE É ESTUDAR HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA?
Podemos iniciar este tópico e seu conteúdo com outras perguntas. É mesmo 
necessário estudar a história da Educação Física durante a formação inicial? 
Qual é a aplicabilidade desses conteúdos na atuação profissional? (MELO, 1997).
A resposta para esses questionamentos passa pela compreensão da função da 
formação inicial para a atuação profissional, que se dá durante a graduação. 
Entende-se que a função da formação inicial é prover conhecimentos técnicos 
aplicáveis, mas, também, proporcionar uma sólida formação teórica.
O conhecimento teórico é fundamental para que 
o futuro profissional possa interpretar o presente 
e desenvolver autonomia para construir e para 
reconstruir sua ação profissional, conforme novas 
demandas e novas conjunturas sociais surjam e 
se modifiquem.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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O conhecimento da História é um dos que proporciona compreensão da re-
alidade social. Devemos ter em conta que a realidade social se altera com o 
passar do tempo. Então, o que aprendemos hoje como passível de aplicação 
imediata pode ficar rapidamente obsoleto, como já ficaram práticas de movi-
mento que adotávamos no passado.
FIGURA 1: ESGRIMA
Fonte: Correio da Manhã (1936).
A perspectiva histórica nos dá possibilidades de olhar para trás e de seguir 
para o futuro. Conhecer a história da Educação Física nos dá a vantagem de 
não partir do zero para atuar na área. Isso quer dizer que, por meio da teoria, 
já conhecemos as relações em sociedade e no esporte que se deram ao longo 
dos tempos.
Uma imagem pode promover tanto um 
aprendizado quanto um conjunto de palavras 
bem articulado. Algumas situações são mais 
bem compreendidas pela imagem do que por 
uma descrição. Acesse este link e navegue pela 
galeria de fotos “Esportes”, do Arquivo Nacional, 
para desenvolver seus conhecimentos sobre a 
história da Educação Física no Brasil.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Esse conhecimento nos tornará mais capazes de realizar análises e escolhas 
profissionais acertadas. O passado nos ajuda a avaliar o que funcionou bem e o 
que poderia ter sido feito de modo diferente; e a manter o que consideramos 
positivo, buscando melhorar os pontos que precisam ser aperfeiçoados.
FIGURA 2: EQUIPE FEMININA DE REMO NOS ANOS 1940
Fonte: Correio da Manhã (1940).
Se soubermos que trabalhar a Educação Física escolar com foco na perfor-
mance esportiva se distancia dos objetivos educacionais da atualidade, não 
seguiremos com essa abordagem, certo? A performance esportiva depende 
de características biológicas que poucos possuem e é focada em desempenho, 
em ranqueamento. É uma necessidade do contexto do esporte de rendimen-
to, e sua adoção, como tendência pedagógica, teve a consequência de excluir 
muitos alunos, provocando frustração e desinteresse por desenvolver um estilo 
de vida ativo.
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FIGURA 3: ATLETA DE ALTO NÍVEL
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O conhecimento histórico nos permite uma prática profissional fundamenta-
da em ética e em escolhas conscientes. Algumas opções que foram feitas no 
passado tiveram usos políticos e consequências práticas na vida das pessoas, as 
quais podemos conhecer previamente à nossa experiência, de maneira a optar 
se queremos segui-las ou não; e se nos ajudam a cumprir nossos objetivos.
Além disso, o conhecimento histórico, mesmo que não tivesse aplicabilidade, 
é um direito nosso. Temos direito a conhecer, e isso vale para o que é aplicável 
e para o que não é aplicável. Conhecimento é patrimônio, e o conhecimento 
das tradições relacionadas à cultura corporal de movimento é um valor que 
deveríamos querer acessar.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIGURA 4: ATLETAS DE NATAÇÃO NO ANO DE 1936
Fonte: Correio da Manhã (1936).
3.2 UMA HISTÓRIA OU VÁRIAS HISTÓRIAS?
Conforme Melo (1997) afirma, o desenvolvimento dos estudos históricos da 
Educação Física no Brasil pode ser divididos em três fases.
Primeira fase: 
é uma fase inicial, em que foram realizados os primeiros estudos, ainda 
bem rudimentares.
Segunda fase: 
observam-se uma aproximação aos estudos históricos realizados 
em outras áreas e o levantamento de informações qualitativas e 
quantitativas.
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Terceira fase: 
apresenta-se marcada por uma mudança nas características dos 
estudos realizados na segunda fase, com abordagem crítica desses 
estudos.
Todas essas fases tiveram em comum a intenção de compreender como se 
constituiu a Educação Física e de oferecer argumentos para as necessidades 
de mudança que se observavam nesse campo de saber.
De acordo com Castelani Filho (1998), a produção teórica acerca da história da 
Educação Física no Brasil está marcada por uma espécie de senso comum e 
se orienta para o reporte à época imperial e aos primeiros anos da República, 
vinculando a Educação Física às instituições militares.
FIGURA 5: EXÉRCITO IMPERIAL BRASILEIRO
Fonte: Orléans (1885).
O autor Lino Castelani Filho atribui esse fato ao prestígio da obra deixada por 
Inezil Penna Marinho, que deu foco à relação entre Educação Física e institui-
ções militares. Como as publicações de Inezil foram, por muito tempo, uma 
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
das principais fontes de consulta para quem trata do tema, sua percepção ga-
nhou status de verdade dos fatos, mas, em suas elaborações teóricas, Castelani 
Filho e outros autores tomam outros caminhos para analisar a história da Edu-
cação Física.
Os trabalhos de Castelani Filho marcaram, 
de fato, a literatura sobre história da Educa-
ção Física no Brasil, tanto que, anos depois, 
Paiva (2004) defende que nossa produção 
acadêmica em história da Educação Física 
cresceu, a partir de 1989, em quantidade e 
em qualidade; e cita, como principais refe-
rências, os textos de Castellani Filho (1988) 
e de Ghiraldelli Júnior (1988).
Paiva (2004) ressalta a importância de se 
evitar produzir sensos comuns na história 
da Educação Física brasileira, mas, enten-
dendo que é preciso objetivar esse conhe-
cimento histórico, propõe a seguinte sín-
tese provisória.
Polissemia: 
Educação Física e História da Educação Física são expressões e campos 
do saber com múltiplos significados. não há consenso que permita 
uniformizá-los ou defini-los permanentemente.
Institucionalização: 
os anos 1930 e o Estado Novo são marcos da institucionalização da 
Educação Física em território brasileiro.
Higienismo: 
a tendência higienista,ainda que de modo tardio em relação à da 
Europa, ganha força em terras brasileiras nos anos 1930 e marca a 
Para ampliar seus 
conhecimentos sobre a 
produção acadêmico-
científica sobre a história da 
Educação Física no Brasil, 
você pode começar sua 
pesquisa neste link, com 
uma lista de textos publicada 
no site Efdeportes.com 
(GENOVEZ E MELO, 1998).
60
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
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história da Educação Física como campo de práticas e de saberes 
fortemente influenciado por instituições médicas, militares e 
pedagógicas; devido à medicalização das práticas de movimento, o 
higienismo dá à Educação Física uma perspectiva científica.
Esportivismo: 
entre o final do século XIX e o início do XX, o esportivismo se soma 
ao higienismo e, também, mostra-se como um forte integrante da 
construção da história da Educação Física no Brasil.
Formação profissional e renovação: 
entre os anos 1970 e 1980, a Educação Física se renova. Vários 
profissionais têm acesso à formação em nível de pós-graduação, 
inclusive fora do país, e a área se diversifica com o surgimento de várias 
tendências renovadoras.
FIGURA 6: DANÇA DO FOLCLORE BRASILEIRO - LUNDU
Fonte: Rugendas (1835).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Diante das breves reflexões e dos exemplos que expusemos, podemos enten-
der que fazer a história da Educação Física não significa nem listar a sucessão 
de fatos no tempo nem inventariar métodos e técnicas conforme foram crono-
logicamente criados, adotados e abandonados.
Fazer uma história da Educação Física é um ato atravessado por relações de 
poder que envolvem questões sociais, culturais, científicas e políticas (SOARES, 
2017). O conhecimento histórico não é nem único nem permanente; e não 
deve ser tomado como a verdade dos fatos. Trata-se mais de uma versão plau-
sível dos fatos que é produzida com o requerido rigor.
3.3 OS PIONEIROS NOS ESTUDOS DA HISTÓRIA 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: RUI BARBOSA 
E FERNANDO DE AZEVEDO
Nos anos 1930, órgãos governamentais do Estado Novo e políticos como Fer-
nando de Azevedo resgataram o ideário de algumas personalidades que pro-
duziram orientações marcantes para a Educação Física no Brasil na época do 
Império, como Rui Barbosa.
FIGURA 7: RUI BARBOSA
Fonte: Fitz Gerald (1919).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
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Esse movimento será explicado com mais detalhes no tópico que trata do iní-
cio do período republicano. Aqui, iremos nos concentrar em compreender o 
que esses dois políticos defendiam para a Educação Física que deixou seus 
nomes marcados na história; e como suas ideias reverberaram na sociedade 
da época.
No fim dos anos 1880, Rui Barbosa apresentou à Câmara dos Deputados dois 
pareceres que tratavam da Educação no Brasil nos quais contemplava, tam-
bém, a Educação Física.
O primeiro parecer foi apresentado no ano 
de 1882 e se chamava “Reforma do Ensino 
Secundário e Superior” (BARBOSA, 1942, v. IX, t. 
I). O segundo foi redigido no ano seguinte, com 
o título de “Reforma do Ensino Primário e Várias 
Instituições Complementares da Instrução 
Pública” (BARBOSA, 1947, v. X, t. I ao IV).
Nos documentos, ele propôs a inclusão da Educação Física como disciplina do 
Ensino Primário, em conjunto com Ciências e com Desenho, com a intenção 
de promover um avanço nos programas pedagógicos, que passariam do foco 
literário para o científico.
Rui Barbosa se baseou nas mudanças sociais 
que aconteciam na Europa, continente em que 
a Educação Física se tornava obrigatória nas 
escolas. Mas suas ideias não tiveram aderência 
ampla, pois havia empecilhos histórico-culturais 
que barravam a sua implementação, como 
veremos no tópico que trata do período imperial.
Mesmo assim, alguns movimentos de modificação, no campo da Educação Fí-
sica, continuaram acontecendo na sociedade. As aulas de Educação Física que 
existiam naquela época eram ministradas por militares, e sequer havia escolas 
de formação de professores civis.
Bem mais tarde, as ideias de Rui Barbosa são retomadas. Com a Reforma do 
Ensino do Distrito Federal realizada por Fernando de Azevedo em 1928, foi pro-
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
posta a criação de uma escola de formação de professores civis de Educação 
Física (MARINHO, 1941), e se iniciou um movimento que alguns veem como o 
início da desmilitarização da Educação Física no Brasil.
Alguns autores contestam que a iniciativa de Fernando Azevedo tenha tido 
êxito como estratégia de desmilitarização. A escola que propôs não foi criada, 
embora civis tenham sido aceitos como estudantes de escolas militares de for-
mação de instrutores de Educação Física.
FIGURA 8: TURMA DE PROFESSORES CIVIS FORMADOS NA ESCOLA 
DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXERCITO
Fonte: Revista de Educação Física (1933) apud (Corrêa, 2013, p. 195).
Mas a questão da influência militar sobre a Educação Física escolar brasileira 
permanece controversa. Há estudos que veem as propostas de Fernando de 
Azevedo como uma extensão do projeto de militarização da Educação Física 
que se implementou dos anos 1930 até os anos 1940.
3.4 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL COLÔNIA 
(1500-1822)
A Educação Física, no período colonial, fica marcada pela divisão entre o mun-
do de movimento dos colonizadores e o das tribos indígenas que habitavam 
o Brasil. Os indígenas tinham estilo de vida ativo e modos de vida integrados 
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à natureza, e suas necessidades de sobrevivência envolviam o esforço físico, a 
corrida, o nado, a caça e a pesca.
Além disso, contavam com uma rica e diversificada cultura, que era composta 
por danças e por jogos próprios. Essa cultura foi bastante destruída pelos colo-
nizadores, que se obstinaram em impor os valores cristãos e não aceitaram a 
influência indígena em seus hábitos de movimento.
FIGURA 9: DESEMBARQUE DE PEDRO ALVAREZ CABRAL
Fonte: Silva (1922).
Na famosa carta que Pero Vaz de Caminha escreveu quando descobriu o Bra-
sil, ele descreve um pouco da cultura de movimento dos indígenas que aqui 
encontrou.
“[D]epois de acabada a missa, assentados nós à pregação, levantaram-se 
muitos deles, tangeram corno ou buzina, e começaram a saltar e dançar um 
pedaço. E alguns deles se metiam em almadias -- duas ou três que aí tinham 
-- as quais não são feitas como as que eu já vi; somente são três traves, 
atadas entre si. E ali se metiam quatro ou cinco, ou esses que queriam não 
se afastando quase nada da terra, senão enquanto podiam tomar pé. (...) 
Além do rio, andavam muitos deles dançando e folgando, uns diante dos 
outros, sem se tomarem pelas mãos. E faziam-no bem. Passou-se então 
além do rio Diogo Dias, almoxarife que foi de Sacavém, que é homem 
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gracioso e de prazer; e levou consigo um gaiteiro nosso com sua gaita. E 
meteu-se com eles a dançar, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e 
riam, e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem, 
fez-lhes ali, andando no chão, muitas voltas ligeiras, e salto real, de que eles 
se espantavam e riam e folgavam muito. E conquanto com aquilo muito os 
segurou e afagou, tomavam logo uma esquiveza como de animais monteses, 
e foram-se para cima”. (CAMINHA, 2019).
O Brasil colônia foi uma sociedade escravagista, e a cultura africana deixou 
marcas fortes na cultura de movimento brasileira. Dos africanos, incorporamos 
vários movimentos dedança e, também, a capoeira, uma luta disfarçada de 
dança, criação dos negros que habitavam as terras brasileiras para combater 
sua condição de escravizados.
FIGURA 10: CAPOEIRA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Além da capoeira, há diferentes manifestações da cultura popular, modalida-
des de dança e, até mesmo, o carnaval que sofreram influência dos africanos 
trazidos para o Brasil durante a época do império. Algumas manifestações fol-
clóricas carregam, também, marcas das tradições indígenas.
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3.5 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL IMPÉRIO (1822 
A 1889)
As informações sobre as práticas corporais no Brasil Império são esparsas. Não 
havia muitas produções teóricas a respeito do tema, mas algumas fontes des-
se período se tornaram importantes e acabam por ser retomadas por vários 
autores que se propõem a contar uma história da Educação Física. É o caso do 
“Tratado de Educação Física e Moral dos meninos”, elaborado por Joaquim An-
tônio Serpa, em 1823, que colocava a Educação como responsável pela saúde 
do corpo e pela cultura do espírito. Também apresentava duas categorias de 
exercícios físicos, os que exercitavam o corpo e os que exercitavam a memória.
Outro período muito marcante da época do Império foi o da Reforma Couto 
Ferraz, que ocorreu no ano de 1851 e tornou obrigatória a Educação Física nas 
escolas do município da Corte. É considerado o início da Educação Física es-
colar no Brasil. Apesar da força de lei, a reforma Couto Ferraz não encontrou 
muita adesão. Seus postulados não foram bem recebidos pela sociedade, e 
acabou não sendo amplamente implementada.
FIGURA 11: LUIZ PEREIRA DE COUTO FERRAZ, O BARÃO DO BOM RETIRO
Fonte: Wikipédia (2019).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Lima (2012) relata que os pais ficaram contrariados em pensar que seus filhos 
usariam o tempo que passavam na escola para realizar atividades de caráter 
não intelectual. Isso era de se esperar, tendo em vista que a concepção racio-
nalista predominava na sociedade daquela época; e que o trabalho e o esforço 
físicos eram tidos como atividades que deveriam ser realizadas pelos estratos 
sociais considerados inferiores.
Além disso, a regra não valia, equivalentemente, para meninos e para meni-
nas. No caso destas, a prática era facultativa. Naquela época, havia um forte 
preconceito em relação à prática de atividades físicas por mulheres. Já para os 
meninos, era tolerada, excepcionalmente, no contexto do treinamento militar, 
que envolvia a prática de ginástica.
Outro ponto importante foi a ação de Rui Barbosa, em 1880, de emitir parecer 
sobre o projeto 224 – Reforma Leôncio de Carvalho, Decreto nº 7.247, de 19 de 
abril de 1879, da Instrução Pública –, defendendo a adoção da prática de gi-
nástica pelas escolas; e, também, que os professores de ginástica adquirissem 
status equivalente aos dos mestres das outras disciplinas, visto que, até aquele 
momento, a ginástica era ministrada, nas escolas, por militares de carreira.
Assim como ocorreu com a reforma Couto Ferraz, as mudanças propostas por 
Rui Barbosa não foram adotadas no território nacional e tiveram adesão ape-
nas nas escolas militares e em algumas escolas do Rio de Janeiro.
3.6 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL REPÚBLICA 
(1890 A 1946)
Conforme Castelani Filho (1998) sustenta, a prática sistemática de atividades 
de movimento ganhou contornos especiais com a urbanização e com a indus-
trialização. A partir do fim do século XIX e do início do século XX, começa a ser 
vista como uma necessidade dos grupamentos urbanos civilizados; e a enfren-
tar aspectos contraditórios das condições históricas e sociais.
Alguns autores dizem que, no período inicial do Brasil República, a Educação 
Física teve duas fases bem distintas. A primeira se estendeu de 1889 até a re-
volução de 1930. Durante esse período, por volta dos anos 1920, outros estados 
brasileiros seguem o exemplo do Rio de Janeiro e, aproveitando a realização 
de reformas educacionais, incluem a Educação Física nos currículos escolares 
com o nome de ginástica.
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• Com a invenção do cinema, foi possível fazer 
registros filmados das práticas corporais. Para ver 
como funcionava uma sessão de ginástica para 
mulheres de acordo com o método alemão, 
acesse este link.
• Para conhecer, em detalhes, os métodos 
ginásticos e suas interfaces com a Educação 
Física brasileira, você pode recorrer a uma 
pesquisa nas obras de Carmem Lúcia Soares. 
Clique sobre os títulos e inicie a leitura.
• Educação Física: raízes européias e Brasil e,
• Imagens a educação no corpo: um estudo a 
partir da ginástica francesa no século XIX
No período seguinte, a Educação Física passa a ser de interesse político e ga-
nha destaque nas preocupações do governo. Nos anos 1929, sob influência do 
movimento da Escola Nova, passa a ser considerada importante para a forma-
ção integral do ser humano.
Os escritos de Rui Barbosa são, novamente, evocados nas décadas de 1930 e 
de 1940, e personalidades como Gustavo Capanema e Fernando Azevedo os 
selecionam para tratar de reforma no ensino brasileiro.
Nessa época, um órgão instituído pelo Estado 
Novo, a Divisão de Educação Física, que era 
coordenado por um oficial militar, retoma 
os textos de Rui Barbosa; promove uma 
homenagem póstuma, em que o chama de um 
dos “pioneiros da Educação Física no Brasil”; e 
destaca a importância desses documentos para 
o desenvolvimento dos princípios higienistas e o 
caráter de formação moral que os orientava.
Isso aconteceu porque, tantos anos depois, a prática da ginástica como parte 
das atividades escolares permanecia em discussão, ainda que tivesse se tor-
nado obrigatória por ato da constituição de 1937. A seguir, veremos uma expli-
cação sintética dos métodos ginásticos que foram comparados por Fernando 
https://www.youtube.com/watch?v=zlf6t3vPLMo
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=370tDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&ots=4m_uWgDkmr&sig=jbYQE80bLWGVvXpSquCzAxWVVxU#v=onepage&q&f=false
http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/252314/1/Soares_CarmenLucia_D.pdf
http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/252314/1/Soares_CarmenLucia_D.pdf
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de Azevedo nos pareceres em que defendia a prática dessa modalidade de 
atividade física.
ESCOLA ALEMÃ
A ginástica é praticada com finalidades 
nacionalistas, ligada à consolidação da 
unidade nacional alemã que estava em 
andamento. A Alemanha desejava criar um 
senso de população constituída por homens 
e por mulheres saudáveis, de constituição 
forte e robusta. Tinha base científica, e Guts 
Muths e Ludvig Jahn foram precursores 
dos seus métodos, com base nas idéias 
dos pedagogos Rousseau, Pestalozzi e 
Basedow.
ESCOLA SUECA
Criada com finalidades nacionalistas, 
higienistas e morais, pretendia formar 
bons operários e bons soldados, indivíduos 
fortes e livres de vícios, principalmente o 
alcoolismo. Seu idealizador foi Pehr Enrich 
Ling, que concebeu um método pautado em 
ciência e com quatro possíveis aplicações: 
pedagógica, militar, médica ou ortopédica e 
estética. Rui Barbosa e Fernando de Azevedo 
foram personalidades que estimularam a 
prática da ginástica Sueca no Brasil.
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ESCOLA FRANCESA
O método francês foi proposto por Francisco 
de Amoros de Odeaño, com inspiração 
em ideias de pedagogos como Rousseau, 
Condorcet e Lepelletier. Na França, a 
ginástica era vistacomo necessária para 
a educação humana global. Tinha menos 
orientação militarista, mas, também, foi 
influenciada pelas ideias patrióticas e 
pela base científica do método alemão. 
Assim como Ling, criou subdivisões para a 
ginástica: civil e industrial, militar, médica 
e cênica ou funambulesca. O Brasil se 
interessou pela vertente civil, que chegou a 
se disseminar no território nacional.
Nesse período, a Educação Física era trabalhada com base nos métodos ginás-
ticos europeus e, nos anos 1930, sofreu forte influência das tendências euge-
nistas, que, rapidamente, cederam espaço às higienistas, com a finalidade de 
promover a saúde e de combater os males que se apresentavam como conse-
quências da urbanização.
Glossário
O eugenismo surge com base nas teorias 
de Charles Galton de que a capacidade 
intelectual é uma herança genética. A partir 
dela, vários países adotam estratégias para 
promover o desenvolvimento das nações 
com base na melhoria da raça, ou seja, na 
eliminação dos considerados mais débeis e de 
sua descendência.
A tendência higienista perdurou por mais tempo do que as outras e foi se 
renovando. Hoje, podemos considerar que é precursora das abordagens que 
relacionam a Educação Física à saúde.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
CONCLUSÃO
Nesta unidade, você conheceu alguns acontecimentos marcantes, alguns fatos 
importantes e algumas personalidades proeminentes na construção da Edu-
cação Física escolar brasileira.
O estudo da história da Educação Física e a compreensão de alguns processos 
pelos quais passou até ganhar os currículos escolares são fundamentais para a 
análise e para a compreensão do momento atual dessa disciplina.
Este estudo deve se dar a partir de fontes diversas e, de preferência, que tragam 
fatos, interpretações e abordagens diferentes do mesmo momento histórico. 
Visões contraditórias não devem nos levar a uma confusão, pois, na história, 
não há certo ou errado, mas interpretações possíveis com base em dados, em 
documentos e em fatos.
Desde o início da colonização pelos portugueses até meados do século XX, a 
Educação Física esteve fortemente ligada às instituições militares, e isso mar-
cou a formação profissional, as práticas pedagógicas e os usos políticos que 
foram feitos dela.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 4
> compreender 
as influências do 
militarismo, da 
medicalização e 
do esportivismo 
na Educação Física 
escolar brasileira;
> reconhecer a 
Educação Física 
como um campo de 
saber que tem objeto 
epistemológico 
próprio.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
4 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Em nossa quarta unidade da disciplina “Introdução e História da Educação 
Física”, conheceremos as principais abordagens teórico-práticas da Educação 
Física anteriores à década de 1980.
Ao estudarmos essas abordagens, conseguiremos visualizar, com maior facili-
dade, o encadeamento de acontecimentos históricos e os cenários sociocultu-
rais e políticos que contextualizaram a estrutura da Educação Física, influen-
ciando-a de acordo com desdobramentos e com os cenários no país.
Identificaremos, em cada um desses movimentos, quais elementos permane-
cem ativos nas práticas atuais e aqueles que foram suprimidos e substituídos, 
dando espaço para novas teorias e tendências.
Desejamos a você bons estudos e que os conteúdos aqui estudados tragam 
importantes reflexões para sua formação.
4.1 EDUCAÇÃO FÍSICA COMO DISCIPLINA 
ESCOLAR: REFORMAS COUTO FERRAZ E RUI 
BARBOSA
Passaremos, nesta unidade de estudos, a pensar na Educação Física em con-
texto escolar, atualmente voltada ao desenvolvimento de crianças e de adoles-
centes de forma obrigatória, com carga horária mínima destinada a esse fim 
e com regulamentações formalizadas de modo a garantir a aplicação de seus 
conteúdos em sintonia com as propostas pedagógicas vigentes (SHIGUNOV 
NETO, 2015).
Ao longo da história, os objetivos e o desenvolvimento da disciplina tiveram 
diversos momentos e características, como veremos a seguir.
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FIGURA 1: ATIVIDADES INTELECTUAIS ERAM CONSIDERADAS 
MAIS IMPORTANTES DO QUE AS FÍSICAS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
• Início do século 19 
inicialmente vinculada às classes médica e militar, a Educação Física 
assumia caráter higienista e tinha, como principal objetivo, a formação 
de hábitos saudáveis e a correção de hábitos não saudáveis, como parte 
de um projeto político-social maior.
• 1851 
a Reforma Couto Ferraz tornou obrigatória a disciplina em todas as 
escolas da Corte, fato que causou muito incômodo, especialmente nos 
pais de meninas, fazendo que muitos não permitissem a participação 
de suas filhas em tais aulas. As atividades físicas, vistas como menos 
importantes do que as intelectuais, foram consideradas, pela maioria 
das pessoas, desnecessárias no ambiente escolar.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
• 1879 
ano em que Rui Barbosa ficou conhecido por seu parecer sobre o 
Projeto 224 – Reforma Leôncio de Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de 
abril de 1879, da Instrução Pública.
Segundo Shigunov Neto (2015), a Reforma Leôncio de Carvalho altera, conside-
ravelmente, os pressupostos educacionais vigentes na época e inclui a ginás-
tica, de maneira obrigatória, em todos os currículos escolares, inclusive dando 
condição de igualdade aos seus professores em relação aos demais.
FIGURA 2: INCLUSÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS NOS 
CURRÍCULOS ESCOLARES OFICIAIS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Esse parecer elaborado por Rui Barbosa é 
o primeiro documento oficial da área da 
Educação que considera a Educação Física 
como parte importante do processo de ensino-
aprendizagem, citando, inclusive, a necessidade 
de se olhar para o desenvolvimento do corpo 
e destacando a importância de se manter 
um corpo saudável para garantir um bom 
desenvolvimento intelectual.
Assim, após a aprovação do projeto, a ginástica, sob o nome de “Educação Fí-
sica”, foi incluída nos currículos escolares dos estados da Bahia, do Ceará, do 
Distrito Federal, de Minas Gerais, de Pernambuco e de São Paulo.
FIGURA 3: ALUNOS PASSAM A TER AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
COMO CONTEÚDO FORMAL
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Para conhecer essa importante reforma, que 
alterou, de maneira considerável o cenário 
educacional da época, acesse este link e tenha 
acesso ao decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879 
– “Reforma do Ensino Primário e Secundário 
do Município da Corte e o Superior em todo 
o Império”, de autoria de Carlos Leôncio de 
Carvalho – na íntegra.
4.2 ABORDAGENS BIOLÓGICAS DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA
A concepção biologicista, na Educação Física, é representada pela valorização 
do corpo e de seus aspectos anatomofisiológicos em detrimento de questões 
socioculturais.
“Por meio dessa ginástica, assim caracterizada, 
devem adquirir-se, sobre o ponto de vista fisio-
anatômico: a beleza corporal e, sob o ponto 
de vista psicológico, a coragem, a iniciativa, 
a vontade perseverante, ou, em uma palavra, 
certas aptidões morais, além do equilíbrio 
funcional dos órgãos, que é a expressãoe o 
índice da saúde do corpo, e, por fim, a beleza na 
forma e no movimento”. (AZEVEDO, 1920, p. 70).
Por meio do discurso de valorização do corpo, desenvolvem-se estratégias de 
controle minucioso do corpo, orientadas pela aplicação de programas extenu-
antes de exercícios que visam à disciplina e à obediência.
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/34/doc01a_34.pdf
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FIGURA 4: VALORIZAÇÃO DE ASPECTOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Vamos conhecer sua estrutura?
1. Pressupostos 
a abordagem se pauta em conceitos da Biologia, da Anatomia e da 
Psicologia. Evidencia o corpo, suas características e suas habilidades.
2. Métodos 
treinamento de habilidades com intenção de melhoria de performance 
e de rendimento físico.
3. Objetivos 
beleza corporal, bons resultados na aprendizagem do movimento, 
saúde e habilidades emocionais, como coragem e resistência à 
adversidade.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Essa concepção biologicista referenciou a perspectiva médica e higienista na 
Educação Física, sendo, posteriormente, retomada como base da abordagem 
esportivista.
FIGURA 5: BIOLOGICISMO E SAÚDE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Silvio Lobo Filho, em sua pesquisa de mestrado, 
desenvolve um importante trabalho sobre a 
abordagem biologicista na Educação Física, 
sobre seus usos e sobre seus desdobramentos. 
Seu trabalho, datado de 2003 e intitulado “A 
concepção biologicista na Educação Física: o 
discurso do corpo e suas relações saber e poder” 
está disponível neste link.
4.3 MEDICALIZAÇÃO E HIGIENISMO
https://repositorio.ufms.br:8443/jspui/handle/123456789/842
80
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A Tendência Higienista influenciou a Educação Física, de forma preponderan-
te, até cerca de 1930. Depois desse período, continuou sendo bastante repre-
sentativa, mas se uniu a saberes de outras áreas, como veremos adiante.
Caracterizada pela forte influência da Medicina, seu foco principal estava na 
realização de exercícios físicos como forma de promoção da saúde e do desen-
volvimento físico. Porém, podemos observar que não era apenas ao corpo que 
se dedicava a prescrever, uma vez que as atividades faziam parte de um ideal 
da época, eugenista, de padronização e de “melhoria” dos indivíduos.
FIGURA 6: INFLUÊNCIA MÉDICA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Era incutida nas pessoas a necessidade de manter a “pureza”, evitando a mis-
tura entre brancos e negros por meio de projetos de educação moral e sexual 
vinculados à Educação Física.
Assim, junto às atividades físicas, geralmente expressas pela ginástica, existiam 
intenções políticas de normatização social, vistas por meio da formação ou da 
correção dos hábitos de higiene e da moralização dos comportamentos.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Nesse contexto, a Medicina era vista como ciência hipervalorizada, detentora 
dos saberes sobre o corpo e totalmente capaz e habilitada a atuar nos corpos 
dos cidadãos.
As práticas eram realizadas com orientação dos profissionais da saúde, mas 
sem contato direto. No início das aulas, eram inspecionadas a limpeza corporal 
(unhas, dentes, cabelos, entre outros) e o asseio pessoal (roupas limpas, unhas 
compridas, entre outros itens semelhantes). Alunos que não se apresentassem 
da maneira adequada ou apresentassem qualquer tipo de enfermidade eram 
eliminados das aulas, reorientados e, quando isso fosse necessário, medicados. 
A medicalização dos praticantes fazia parte do processo de forma intensa. Veja 
isso na figura a seguir.
FIGURA 7: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
NA TENDÊNCIA HIGIENISTA
T
e
n
d
e
n
ci
a 
H
ig
ie
n
is
ta
Saúde
Limpeza e asseio
Medicalização
Boa forma e boa aparência
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
A Educação Física representava muito 
mais do que um momento de praticar 
atividades corporais: era um estilo de vida 
vinculado e alinhado ao eugenismo, em que 
eram valorizados a repetição mecânica de 
exercícios; uma aparência física considerada 
“boa forma”; e um corpo e vestimentas que 
representassem asseio, geralmente de cores 
claras e impecavelmente limpas
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As características arroladas, como vimos, faziam parte de um ideal eugênico 
vigente no Brasil, que tinha a suposta intenção da formação de características 
tipicamente nacionais, com homens fortes que representavam a nação.
FIGURA 8: EDUCAÇÃO FÍSICA E NACIONALISMO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Ainda que, em 1930, possamos observar, na história da Educação Física, o en-
cerramento oficial desse ciclo em função da guerra, é fato que podemos per-
ceber ações e propostas que carregam em si características higienistas até os 
dias atuais.
As relações possíveis entre as abordagens em 
Educação Física e os conceitos da área médica 
podem ser conhecidas, a partir deste link, com 
a leitura do artigo “Tendências e abordagens 
pedagógicas da Educação Física escolar e suas 
interfaces com a saúde”.
https://www.efdeportes.com/efd182/tendencias-pedagogicas-da-educacao-fisica-escolar.htm
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4.4 ABORDAGEM MILITARISTA
A abordagem militarista surge com a implantação do Estado Novo, na década 
de 1930. Pautada em pressupostos biologicistas, entendia que os alunos pos-
suíam características similares, aplicando seus métodos de forma homogênea.
FIGURA 9: ABORDAGEM MILITARISTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Eram prioridades dos métodos militares técnicas pautadas na disciplina, na 
docilização dos corpos e na hierarquia. Aspectos educacionais não eram mais 
considerados de forma significativa. Baseada em valores de guerra, a Educação 
Física intencionava o treinamento e a preparação de jovens para o combate. 
Observe seus conteúdos.
Se, antes, observamos, nessas práticas, um caráter prescritivo, predominante 
na tendência higienista, passamos, aqui, a observar uma relação de recruta-
-sargento, pautada em ordens diretas, sem diálogo ou respeito com o outro. 
Valores extremos nacionalistas faziam parte do programa, que prezava a ex-
clusão dos considerados fracos ou imperfeitos, o racismo e o culto ao corpo 
perfeito (GHIRALDELLI JUNIOR, 1998).
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FIGURA 10: CONTEÚDOS RELACIONADOS À PRÁTICA DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA NA ABORDAGEM MILITARISTA
exercícios de 
repetição
instruções 
militares
Tendência 
militar
ginástica defesa 
pessoal
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
As mulheres passaram a ser incluídas nas práticas de Educação Física, de forma 
separada dos homens, com exercícios mais brandos, com a intenção de garantir 
que suas gestações fossem saudáveis e gerassem brasileiros puros e fortes. 
FIGURA 11: INCLUSÃO DAS MULHERES PARA GARANTIR BOA GESTAÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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A tendência militarista perdeu força por volta de 1945, quando termina a guer-
ra, com a vitória dos EUA, que passam a figurar como referência para os países 
do ocidente, inclusive para o Brasil (GHIRALDELLI JUNIOR, 1998).
4.5 ABORDAGEM ESPORTIVISTA
Neste tópico, entenderemos ospressupostos teóricos e práticos da aborda-
gem esportivista e, também, qual é o seu contexto sociopolítico no Brasil. Esse 
esclarecimento se faz essencial, uma vez que a abordagem tem início com o 
governo militar no país.
A tomada do poder pelos militares, em meados no ano de 1964, trouxe a ne-
cessidade de se desenvolver estratégias de contenção que colaborassem para 
sua manutenção. É sabido que esse período é marcado por forte repressão e 
por censura, o que trazia uma imagem ruim junto à população. Assim, o espor-
te foi utilizado como estratégia de desviar o foco dos atos autoritários e violen-
tos do governo.
FIGURA 12: OS ESPORTES, COMO O FUTEBOL, DESVIAVAM A ATENÇÃO 
DOS DEBATES POLÍTICOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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O futebol nacional estava em ascensão, marcado pela vitória da Copa do Mun-
do de Futebol de 1970, o que gerou comoção e comemoração em todos os 
cantos do país. Com todas as atenções nesse evento, as discussões políticas se 
amenizavam, fato que, ao ser identificado, foi alvo de fortes investimentos por 
parte dos militares.
Dessa forma, além dos grandes eventos, as práticas esportivas também eram 
fortemente incentivadas, especialmente em ambiente escolar. Assim, pode-
mos observar, na história da Educação Física, que esse período é marcado por 
um retorno ao biologicismo, com a preponderância de aspectos físicos, em 
detrimento dos aspectos sociais e culturais.
O rendimento e o desenvolvimento de habilidades esportivas ocupavam todo 
o espaço das aulas, que passaram a ser um momento de treino de esportes de 
competição. A relação professor-aluno passa a se aproximar da relação técni-
co-atleta, com foco fisiológico.
A tendência esportivista também é conhecida na literatura como tendência 
tecnicista ou mecanicista. Veja quais são seus fundamentos.
FIGURA 13: ESTRUTURA DAS PRÁTICAS NA TENDÊNCIA ESPORTIVISTA
Tendência 
esportivista
n
or
m
as
té
cn
ic
as
tá
ti
ca
s
p
er
fo
rm
an
ce
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Como podemos observar na figura anterior, a Educação Física, nessa aborda-
gem, volta seus métodos e seus conteúdos à prática de esportes de competi-
ção, visando a atingir boa performance e bons resultados.
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Terminado o período do governo militar, em meados da década de 1980, quan-
do o país iniciava o período de redemocratização, a Educação Física passa a 
incorporar outras características, fundamentando-se em outros objetivos. Cer-
tamente, ao observarmos e analisarmos as práticas contidas nas aulas de Edu-
cação Física hoje, perceberemos que essa tendência deixou marcas observá-
veis em seu formato, em sua estrutura e em seus pressupostos.
Quando falamos do esporte como con-
teúdo das aulas de Educação Física, per-
cebemos que a escolha por práticas de 
modalidades tradicionais, como futebol, 
voleibol, basquetebol e handebol, são 
muito comuns.
A presença de espaços escolares com 
quadras poliesportivas e bolas; a formação 
nos cursos de licenciatura com carga ho-
rária voltada às modalidades citadas; ou, 
ainda, a cultura do país, que hipervaloriza 
tais esportes, são algumas das explicações 
possíveis para esse fato. Porém, tal recor-
rência pedagógica acaba por limitar e por 
restringir os alunos, que, com isso, deixam 
de conhecer, de vivenciar e de praticar ou-
tras possibilidades de conteúdo.
É importante, também, diferenciar jogo de esporte. O esporte, apesar de ter 
em si características do jogo, extrapola-as, pois apresenta organização mais 
ampla e burocrática, com interesses que vão além dos dos participantes.
Para entender melhor de que maneira as mudanças ocorreram na área da 
Educação Física e como marcaram a concepção do professor e sua prática pe-
dagógica, fique atento à seguinte dica.
Se quiser se aprofundar nesse assunto e ler 
mais sobre o tema, acesse o artigo publicado na 
Revista Brasileira de Educação Física e Esporte 
sob o título “A Educação Física, o docente e a 
escola: concepções e práticas pedagógicas”, que 
está disponível neste link.
O esporte se preocupa 
com estratégias, com 
táticas, com estatísticas e 
com recordes; investe na 
especialização dos atletas; 
e tem uma codificação 
de regras universal. O 
jogo é representado pela 
flexibilização desses atributos, 
com expressões mais 
próximas do lazer ou da 
Educação.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-55092013000300013
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4.6 ABORDAGEM RECREACIONISTA
A Educação Física, tal como se estrutura a partir da abordagem recreacionista, 
surge da negação e de uma tentativa de superação da tendência esportivista 
das décadas de 1960 e de 1970.
FIGURA 14: ABORDAGEM RECREACIONISTA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O fim do governo militar e, consequentemente, da opressão, da violência e do 
controle trouxe às pessoas uma necessidade intensa de negar os pressupostos 
vigentes. Assim, essa abordagem surge da oposição ao controle e à imposição, 
com a proposta de protagonismo total do aluno. Vamos conhecer sua estrutura?
1. Pressupostos
surge das críticas ao modelo anterior, esportivizante, sem 
fundamentação teórica definida. Estrutura-se por oposição à 
diretividade e à competitividade.
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2. Métodos 
alunos atuam como protagonistas, escolhendo que atividades 
desejam realizar. Professores têm atuação superficial: apenas fornecem 
material, controlam o tempo da aula e se ocupam de outras atividades 
burocráticas, sem caráter diretivo na aula.
3. Objetivos 
visa ao lazer no ambiente escolar, sem vinculação ou estruturação 
pedagógica, por meio de atividades isoladas e desconexas, sem 
objetivos escolares definidos.
FIGURA 15: NA ABORDAGEM RECREACIONISTA, OS ALUNOS 
DECIDEM O QUE QUEREM FAZER
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Dessa forma, a abordagem não se perpetua na escola, apesar de também aca-
bar sendo observada, pontualmente, em alguns ambientes escolares. Entre-
tanto, sabe-se que o conteúdo formal deve ser trabalhado; e que atividades 
recreacionistas sem intenção ou sem fundamentação prejudicam a Educação 
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Física como disciplina curricular. Nesse sentido, é essencial diferenciar a abor-
dagem recreacionista da utilização do jogo como ferramenta pedagógica.
O jogo é definido como prática prazerosa, 
realizada de maneira voluntária, com regras 
previamente estabelecidas e consentidas, 
com tempo e lugar determinados. Assim, tem, 
como principais atributos, a noção de limite, 
de criatividade e de liberdade, sendo utilizado 
na escola como instrumento pedagógico 
facilitador e estimulador de solução de 
problemas, de absorção de regras, de resolução 
de conflitos.
Jogos e brincadeiras acontecem de maneira natural e espontânea, podendo, 
também, ser estabelecidos de forma sistematizada. Temos três tipos de jogos:
• jogos de exercício – práticas de repetição que não modificam as estruturas de 
pensamento;
• jogos simbólicos – trabalham no nível do pensamento, da imaginação, da 
fantasia;
• jogos de regras – praticados durante toda a vida, estão presentes no esporte, 
nos jogos de tabuleiros, nos jogos de equipe, por exemplo.
Em muitos momentos, a Educação Física faz uso do jogo como conteúdo, esti-
mulando, nos alunos, muitas habilidades pessoais, tanto em nível motor quan-
to em nível psicoemocional. Ligados às capacidades executivas, os jogos, em 
geral, fazem parte do cotidianoescolar, mas, se forem trabalhados em outras 
dimensões, podem constituir ferramentas valiosas para a formação integral 
dos alunos, preparando-os para um exercício de cidadania mais pleno e para 
lutar por uma vida mais digna e feliz.
Por meio do jogo, é possível debater valores, normas e atitudes, trazendo à 
tona questões como a inclusão social, as relações de gênero, as pluralidades 
cultural e étnica, entre outras.
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
O artigo chamado “Educação Física de F a Q”, 
escrito por Renato Sarti dos Santos e apresentado 
no X Encontro Fluminense de Educação Física 
Escolar, ajuda-nos a compreender melhor a 
abordagem recreacionista. Acesse este link e o 
confira.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, seguimos com nossos estudos da disciplina “Introdução e His-
tória da Educação Física”, momento dedicado ao estudo das tendências reno-
vadoras para o ensino da Educação Física.
Nesses estudos, aprendemos sobre práticas pedagógicas que superem o olhar 
fragmentado e mecânico, priorizando abordagens críticas, reflexivas e integra-
das. Quando falamos de projeto educacional que visa ao desenvolvimento in-
tegral do sujeito, é importante lembrar que é necessário engajamento de to-
dos os envolvidos, juntamente com a percepção da importância da disciplina.
Por fim, conhecemos os documentos educacionais que orientam e norteiam 
as práticas escolares no país, denominados Referenciais e Parâmetros Curricu-
lares Nacionais, as características de cada fase e as recomendações para que o 
ensino seja transformador.
Esperamos ter contribuído para seu percurso formativo. Até a próxima!
http://cev.org.br/biblioteca/educacao-fisica-f-q/
UNIDADE 5
> contrastar 
diferentes 
abordagens 
pedagógicas para o 
ensino da Educação 
Física;
> compreender o 
contexto sócio-
histórico de 
proposição de 
cada uma dessas 
tendências;
> analisar 
práticas corporais 
contemporâneas 
desde contextos 
sócio-históricos 
específicos.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
5 TENDÊNCIAS RENOVADORAS 
PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Em nossa quinta unidade da disciplina Introdução e História da Educação Fí-
sica, estudaremos as abordagens pedagógicas renovadoras para o ensino da 
Educação Física.
No final do século XIX, a Educação Física já não causava tanto estranhamento 
no ambiente escolar e, com a influência do movimento escolanovista, passou 
a ter sua importância reforçada no projeto de desenvolvimento integral.
Assim, iremos nos dedicar a conhecer a importância do ensino dos conteúdos 
da Educação Física na escola, que se justifica pela proposta de formação inte-
gral do sujeito, considerando corpo e mente e sua atuação articulada às outras 
disciplinas, por meio da identificação de pontos do conhecimento que podem 
ser trabalhados de maneira interdisciplinar.
Desejamos a você bons estudos e que os conteúdos aqui contidos tragam im-
portantes reflexões para sua formação.
5.1 PSICOMOTRICIDADE
A Associação Brasileira de Psicomotricidade remonta o termo psicomotrici-
dade ao jargão médico da neurologia. No século XIX, os especialistas da área 
começaram a aprofundar suas pesquisas sobre o cérebro, e, a partir daí, foi ne-
cessário denominar suas diferentes regiões, em especial aquelas situadas no 
córtex cerebral (ABP, 2014).
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O estudo da psicomotricidade remonta à Pré-
História, pois, no momento em que o homem 
fala, o seu corpo também o faz: a história da 
psicomotricidade é solidária à história do próprio 
corpo.
O desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia permitiram a identifi-
cação de diferentes disfunções graves sem que o cérebro estivesse lesionado 
ou sem que a lesão fosse localizada.
FIGURA 1: PSICOMOTRICIDADE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A necessidade médica de encontrar uma área que explicasse certos fenôme-
nos clínicos fez surgir o termo psicomotricidade no ano de 1870, e as primeiras 
pesquisas tiveram um cunho neurológico.
Em um primeiro momento, a prática psicomotora estabelecia uma correla-
ção entre a debilidade mental e a motora. Posteriormente, com a contribuição 
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
da psicanálise, foram introduzidos conceitos que marcaram uma mudança de 
paradigma da psicomotricidade, alterando as perspectivas clínico-teóricas do 
campo psicomotor.
Debilidade é uma redução na capacidade 
esperada de atuação – seja física, seja mental 
– em relação a parâmetros previamente 
estabelecidos..
A educação psicomotora é indispensável e abrange todas as aprendizagens da 
criança, individual ou coletivamente, pois permite melhor percepção do corpo, 
melhor domínio dos movimentos e melhor expressão corporal. A educação 
psicomotora facilitará o desenvolvimento de uma noção corporal e espacial 
bem precisa.
A educação psicomotora envolve exercícios de análise, lógica, relações entre 
números e pode se iniciar na escola maternal, de forma individual e/ou coleti-
va. Quando uma criança pede algum objeto, em vez de nos deslocarmos até 
o objeto, pegá-lo e entregá-lo na mão da criança, é importante ensinar-lhe 
como fazer isso sozinha. Essa tarefa deve ser primordialmente trabalhada em 
casa, pelos pais, os quais serão os primeiros educadores da criança. Depois, 
a escola assumirá, também, a tarefa de educá-la, com as professoras do ma-
ternal e das séries subsequentes, tarefa que será intensificada pelo professor 
de Educação Física, que disporá de recursos e de espaços para a educação 
psicomotora da criança.
Já a reeducação psicomotora, como o próprio nome revela, parte da retomada 
do aprendizado de alguma lacuna detectada no desenvolvimento psicomotor 
e deve ser iniciada o mais precocemente possível.
A reeducação evita que a criança assimile esquemas motores errados, visto 
que, se isso acontece, deverá reconstruí-los. Tem uma implicação significativa 
sobre os problemas afetivos: quanto mais o tempo passa, mais a criança se 
sente bloqueada, reiterando um tipo de reação.
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FIGURA 2: REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A reeducação motora deve começar o mais 
cedo possível, pois, assim, o processo será mais 
curto. Além disso, minimizam-se eventuais 
impactos afetivos, ajudando a criança a controlar 
sua angústia e a integrar-se no grupo de forma 
positiva.
A reeducação motora deve começar entre 18 e 24 meses para crianças com 
grandes atrasos ou déficits e/ou com bloqueios afetivos. Para aquelas com pro-
blemas de esquema corporal e de estruturação espacial, deve ser iniciada aos 
cinco anos.
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FIGURA 3: EXEMPLO DE ATIVIDADE LIGADA À PSICOMOTRICIDADE
Fonte: vidasustentavel.org.br (2019).
Algumas dificuldades motoras e alguns casos de instabilidade psicomotora 
podem já ser trabalhados aos quatro anos. Porém, de modo geral, a idade 
de seis anos é a mais comum para as reeducações, já que, nessa faixa etária, 
os professores conseguem identificar, com mais segurança, as deficiências da 
criança em relação à organização espacial ou temporal, à lentidão no trabalho, 
à falta de concentração, entre outros aspectos.
A qualidade da relaçãoentre a criança e o reeducador é fundamental para o 
desenvolvimento bem-sucedido de uma intervenção. Assim, durante as ses-
sões, destacam-se algumas características de organização.
1. Formato: 
devem ser, em sua maioria, individuais, em função da importância do 
relacionamento com o profissional. Com o passar do tempo, as sessões 
podem ser em grupos, para realizar exercícios que não seriam possíveis 
em trabalhos individuais.
http://vidasustentavel.org.br
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2. Estrutura: 
o local deve ser alegre, colorido e amplo, de modo a favorecer o 
movimento proposto pelos exercícios psicomotores. É importante 
destinar um lugar para exercícios sentados (mesas e cadeiras) e ter um 
tapete emborrachado para exercícios no chão.
3. Tempo: 
a duração de uma sessão será entre 30 e 45 minutos. A frequência ideal 
é de duas vezes por semana, para que a criança se mantenha ativa e 
relembre, com facilidade, o que foi trabalhado na sessão anterior.
4. Duração: 
o número de sessões varia de acordo com a criança e com a natureza 
da perturbação. Por exemplo, quando a criança tem dificuldades com a 
memória; ou quando o relacionamento interpessoal é difícil, o número 
de sessões deverá ser maior.
É importante ressaltar que a organização interna de uma sessão deve pressu-
por que o momento seja de felicidade e de liberdade para a criança. Os exer-
cícios motores necessitam ser variados, sem intervalos, alternados com exer-
cícios de concentração. A criança precisa escolher seu jogo ou seu material 
entre os separados pelo reeducador para aquela sessão. Se for o caso, deve-se 
alternar momentos de conversa com trabalho físico. É importante que toda 
sessão inicie e termine com exercícios já conhecidos, para garantir um resulta-
do positivo.
Conheça mais sobre a Sociedade Brasileira de 
Psicomotricidade neste link. 
http://www.psicomotricidade.com.br/icle/view/8659377/22286
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5.2 ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
A abordagem desenvolvimentista tem maior visibilidade a partir dos trabalhos 
de Tani, especialmente na segunda metade da década de 1980, quando escre-
ve, com alguns colaboradores, o livro chamado Educação Física escolar: fundamen-
tos de uma abordagem desenvolvimentista.
A obra foi publicada por um coletivo de autores e traz pressupostos teóricos 
para o desenvolvimento da disciplina de Educação Física em contexto esco-
lar, contendo a caracterização do desenvolvimento humano padrão, com su-
gestões de trabalho a partir de dados sobre crescimento físico, sobre apren-
dizagem motora e sobre os desenvolvimentos fisiológico, motor, cognitivo e 
afetivo-social.
Essa concepção preconiza o movimento como elemento central das aulas 
de Educação Física, sendo seu meio e seu fim, bem como os aspectos rela-
cionados à sua execução, inclusive na garantia de um bom desenvolvimento 
dos alunos.
FIGURA 4: EDUCAÇÃO FÍSICA NA ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
aprendizagem
crescimento
desenvolvimento movimento
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
100
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Nas palavras dos autores, encontramos as seguintes considerações.
“[E]m primeiro lugar, o estabelecimento de 
objetivos, conteúdos e métodos de ensino 
coerentes com as características de cada 
criança; em segundo lugar, a observação e a 
avaliação mais apropriada dos comportamentos 
de cada indivíduo, permitindo um melhor 
acompanhamento das mudanças que ocorrem 
e, finalmente, a interpretação do real significado 
do movimento dentro do ciclo de vida do ser 
humano”. (TANI et al., 1988, p. 2). 
Assim, nessa perspectiva, as aulas de Educação Física, em contexto escolar, co-
laboram com a aquisição das habilidades motoras básicas dos alunos, para que 
estejam preparados para, posteriormente, desenvolverem habilidades motoras 
mais complexas. O conhecimento sobre o desenvolvimento humano e sobre 
suas características pauta as escolhas metodológicas e a definição dos conteú-
dos que serão levados aos alunos.
Os objetivos, os métodos, os conteúdos e o tempo 
pedagógico são definidos a partir dos estudos 
das características dos alunos do grupo que será 
trabalhado. Caso essas características não sejam 
consideradas, as chances de condução de um 
ensino inapropriado se elevam, gerando baixa 
motivação, desinteresse e resultados ruins.
Sendo assim, podemos propor o seguinte esquema.
FIGURA 5: FORMAÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA 
ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
Estudo das 
caracteríticas do 
desenvolvimento
Aplicação do 
movimento
Educação Física
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Temos as aulas de Educação Física como situações que favorecem a aprendiza-
gem de movimentos, seguindo os padrões relacionados às fases determinadas 
biologicamente. Seus conteúdos de ensino devem ser pautados de acordo com 
as informações obtidas e analisadas a respeito dos processos de crescimento, 
de desenvolvimento e de aprendizagem motora dos sujeitos envolvidos, sendo 
avaliados por meio de observações diretas e do processo de aprendizagem 
motora em relação aos padrões fundamentais do movimento.
Para entender melhor como funciona a 
abordagem nas práticas escolares, leia o 
estudo chamado “A inserção da abordagem 
desenvolvimentista nas aulas de Educação 
Física em uma instituição pública”, disponível 
neste link.
5.3 ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA/
INTERACIONISTA
Conheçamos a abordagem construtivista. Observemos o esquema a seguir.
FIGURA 6: ESTRUTURA DA ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA
Abordagem construtivista
Época entre 1970 e 1980
Obra principal Educação de corpo inteiro: teoria e prática da 
Educação Física (FREIRE, 1989)
Teórico de referência Jean Piaget
Princípios parte do desenvolvimento cognitivo e da cultura, 
priorizando o lúdico e o simbólico
Críticas pauta-se nas críticas ao trabalho excessivo com o 
corpo e com o movimento
Estratégias pedagógicas o jogo é o principal meio de ensinar os conteúdos 
da área
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
https://www.efdeportes.com/efd192/abordagem-desenvolvimentista-de-educacao-fisica.htm
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
MULTIVIX EAD
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Assim, na abordagem construtivista,
 [...] é preciso entender que as habilidades motoras, desenvolvidas num 
contexto de jogo, de brinquedo, no universo da cultura infantil, de acordo 
com o conhecimento que a criança já possui, poderão se desenvolver 
sem a monotonia dos exercícios prescritos por alguns autores. Talvez não 
se tenha atentado para o fato de que jogos, como amarelinha, pegador, 
cantigas de roda, têm exercido, ao longo da história, importante papel 
no desenvolvimento das crianças [...]. Aprender a trabalhar com esses 
brinquedos poderia garantir um bom desenvolvimento das habilidades 
motoras sem precisar impor às crianças uma linguagem corporal que lhes é 
estranha [...]. (FREIRE, 1989, p. 24)
Dessa forma, temos a Educação Física voltada ao desenvolvimento das habili-
dades motoras de forma lúdica, com relação direta com o repertório cultural 
dos alunos, e de forma progressiva. Essa progressão pedagógica deve ser pro-
gramada para iniciar com as habilidades mais simples e básicas, seguindo para 
as mais complexas e específicas.
FIGURA 7: EDUCAÇÃO FÍSICA COM USO DE ELEMENTOS LÚDICOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O aluno deve ser visto em sua completude, não apenas como um corpo em 
desenvolvimento. Portanto, as avaliações devem contemplar múltiplos aspec-
103MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
tos de desenvolvimento e das habilidades, sem foco exclusivo no motor, priori-
zando aspectos qualitativos e relacionais, sempre que isso for possível.
5.4 ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA E A 
ABORDAGEM CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA
Neste tópico, conheceremos as abordagens crítico-superadora e crítico-eman-
cipatória, de acordo com Shigunov Neto (2015). Iniciaremos pela abordagem 
crítico-emancipatória.
ABORDAGEM CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA
1. Autor de referência: 
Elenor Kunz
2. Obras de referência da abordagem: Educação Física: 
ensino & mudanças e Transformação didático-pedagógica do esporte, 
publicadas na década de 1990. 
3. Base teórica: 
teoria sociológica da ação comunicativa (Habermas) e tendência 
educacional progressista crítica.
4. Pressupostos: 
resgate da linguagem do movimento humano como forma de 
expressão do mundo social.
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5. Métodos: 
utiliza a prática esportiva de forma articulada ao desenvolvimento de 
uma capacidade questionadora e argumentativa consciente do aluno 
sobre os assuntos abordados em aula.
6. Objetivos: 
reflexão crítica e emancipatória das crianças e dos jovens por meio das 
práticas esportivas.
Além dos aspectos destacados, Kunz (1994) sublinha que a prática esportiva e 
o movimento devem representar um diálogo entre o praticante e a realidade, 
gerando um processo crítico e reflexivo não apenas da própria prática, mas de 
todas as ações socioculturais no campo esportivo.
FIGURA 8: A ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA E A ABORDAGEM CRÍTICO-
EMANCIPATÓRIA PRESSUPÕEM PROCESSOS REFLEXIVOS ATRELADOS ÀS PRÁTICAS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Por meio das habilidades e das técnicas do esporte, deve-se desenvolver com-
petências como autonomia; interação solidária e social; competência objetiva; 
princípios de autodeterminação; e, por fim, a capacidade de se expressar como 
ser corporal no diálogo com o mundo.
Ao tratarmos da abordagem crítico-superadora, temos as seguintes carac-
terísticas.
ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA
1. Autores de referência: 
grupo de pesquisadores tradicionalmente denominados por coletivo 
de autores – Carmem Lúcia Soares, Celi Nelza Zülke Taffarel, Elizabeth 
Varjal, Lino Castellani Filho, Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht.
2. Obras de referência da abordagem: 
Metodologia do ensino de Educação Física, publicada em 1992.
3. Base teórica: 
pressupostos da pedagogia histórico-crítica (Demerval Saviani).
4. Pressupostos: 
concepção propositiva; afirma que práticas críticas devem compor a 
Educação Física, com a finalidade de analisar as estruturas de poder e 
de dominação que fundamentam a sociedade.
5. Métodos: 
apoia-se em conhecimentos que o homem produziu historicamente 
para expressar-se corporalmente, tais como “jogos, danças, lutas, 
exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica 
e outros, que podem ser identificados como formas de representação 
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simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e 
culturalmente desenvolvidas” (SOARES et al., 1992, p. 38).
6. Objetivos: 
inspirada nas teorias marxistas critica as desigualdades sociais, 
reconhecendo as questões de classe. O conhecimento da área da 
Educação Física é nomeado cultura corporal e visa à aprendizagem da 
expressão corporal como linguagem.
Assim, essa abordagem estabelece a cultura corporal e suas manifestações 
como principal objeto de estudos da Educação Física. Portanto, não são en-
tendidas como conteúdos da área, mas, sim, como construções históricas da 
humanidade (SHIGUNOV NETO, 2015).
O artigo “Abordagem pedagógica crítico-
emancipatória: uma busca pela autonomia 
e emancipação” colabora muito com o 
aprofundamento dos estudos do tópico. Acesse 
este link e o confira!
5.5 SAÚDE RENOVADA
A abordagem denominada Saúde Renovada diz respeito a um movimento ob-
servado após a década de 1970 por profissionais e por pesquisadores da área 
biológica que não estão dedicados a elaborar propostas para Educação Física 
em contexto escolar.
https://www.efdeportes.com/efd216/abordagem-pedagogica-critico-emancipatoria.htm
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FIGURA 9: PRÁTICA DE EXERCÍCIOS COMO PROMOTORAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Essas ações têm intenção de melhorar o desempenho de pessoas que buscam 
espaços, como academias de ginástica, para melhoria da saúde. Nesse mo-
mento, um ideário de saúde e de qualidade de vida volta a ocupar espaço na 
sociedade, fomentando movimentos nesse sentido. Considerando a Educação 
Física, o que podemos observar nessa concepção são práticas que visem às 
áreas funcionais.
FIGURA 10: ESTRUTURA DA SAÚDE RENOVADA
Promoção 
da saúde
SAÚDE R
ENOVADA
Qualidade 
de vida
Bem estar
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
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Temos, assim, treinos nas áreas cardiovascular, de flexibilidade, de resistência 
muscular e a composição corporal, com a intenção de compor um estilo de 
vida saudável, com melhor qualidade de vida.
Para saber mais sobre a abordagem Saúde 
Renovada nas práticas pedagógicas, leia o artigo 
“A abordagem pedagógica saúde renovada nas 
aulas de Educação Física escolar”, de Ana Paula 
Bandeira et al., disponível neste link.
5.6 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Não faz muito tempo que a Educação Física obteve seu amparo legal, inse-
rindo-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como uma disciplina 
formal com o devido reconhecimento. A Lei de Diretrizes e Bases, promulgada 
em 20 de dezembro de 1996, busca transformar o caráter que a Educação Fí-
sica assumiu nos últimos anos, ao explicitar, no art. 26, § 3º, que “A Educação 
Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da 
Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população 
escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (BRASIL, 1996, p. 22).
A atividade deve se adequar ao aluno, e não o 
aluno à atividade.
Embora a Educação Física já seja considerada uma área essencial e seja reco-
nhecida legalmente, algumas escolas ainda não conseguiram incorporar isso 
à sua prática. Percebe-se tal fato quando, por exemplo, a disciplina é a eleita 
para que seu horário seja “empurrado” para fora do período em que os alunos 
estão na escola ou é alocada em horários em função da conveniência de ou-
https://www.efdeportes.com/efd196/saude-renovada-nas-aulas-de-educacao-fisica-escolar.htm
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
tras áreas. É comum sobrar o horário de sol intenso para uma aula em quadra 
descoberta. Além disso, no momento de planejamento, de discussão e de ava-
liação do trabalho, dificilmente se integra a Educação Física nesses processos.
No entanto, essa disciplina propicia uma experiência de aprendizagem pecu-
liar ao integrar os aspectos afetivos, sociais, éticos e de sexualidade de forma 
intensa e explícita. Isso faz com que o professor de Educação Física adquira um 
conhecimento abrangente acerca de seus alunos – por isso, a integração com 
as demais disciplinas é fundamental.
Você verá, a seguir, como os Parâmetros Curriculares Nacionais estão contri-
buindo paraalterar o cenário em que se insere a Educação Física no Brasil. Os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são o padrão nacional de qualidade 
para a educação e estabelecem uma meta educacional para as ações políticas 
do Ministério da Educação e do Desporto, orientando e garantindo a coerência 
das ações na área educacional. 
FIGURA 11: OS REFERENCIAIS E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (RCNS E 
PCNS) FORNECEM SUBSÍDIOS PARA AS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM TODO O PAÍS
Fonte: MEC (2020).
Os PCNs ressaltam sua importância como balizador para escolas e para profes-
sores, disseminando discussões, pesquisas e recomendações tanto no Ensino 
Fundamental quanto no Ensino Médio. São estruturados em ciclos, evitando a 
segmentação produzida pelo regime seriado, e possibilitam maior integração 
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do conhecimento. Organizados dessa forma, permitem compensar a pressão 
do tempo – sempre curto – das escolas e tornam possível distribuir os conteú-
dos de forma mais adequada à natureza do processo de aprendizagem. Isso é 
operacionalizado ao se considerar que dois ou três anos de escolaridade per-
tencem a um único ciclo de ensino e de aprendizagem.
Dessa maneira, os PCNs estabelecem quais objetivos e caminhos para alcançá-
-los, com respeito às diferenças individuais.
Na Educação Infantil e nos quatro primeiros anos do Ensino Fundamental, os 
docentes estão habilitados a ministrarem aulas de todos os conteúdos curricu-
lares, sem exceção. Os cursos de formação inicial e continuada de professores 
devem incluir, entre seus temas de estudo e de prática de ensino, os diversos 
componentes curriculares, inclusive a Educação Física.
De acordo com o parecer CNE/CEB 16/2001, o professor de atuação multidisci-
plinar da Educação Infantil ou das séries iniciais do Ensino Fundamental pode 
ministrar o componente curricular de uma disciplina específica, embora seja 
preferível um profissional especializado para assumir tal função. Esse respaldo 
legal justifica a importância de se conhecer a metodologia e os fundamentos 
da Educação Física.
FIGURA 12: ENSINO MÉDIO TAMBÉM TEM DIRETRIZES NACIONAIS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Infantil tem suas diretrizes contempladas no Referencial Curricular 
Nacional elaborado para esse período, o qual promove a integração curricular 
com objetivos gerais e específicos nos diferentes eixos de trabalho, incluindo a 
Educação Física.
Para o Ensino Médio, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Mé-
dio (PCNEM) destacam que a Educação Física, nessa fase, tem características 
próprias e não deve repetir os conteúdos da fase anterior ou focar somente em 
jogos e esportes.
A intenção é superar a perspectiva da Educação Física como simples hora de 
lazer ou como mera prática esportiva; e fomentar um trabalho que tematiza a 
cultura corporal. Nesse contexto, a Educação Física é encarada como linguagem.
O vídeo “Ensino de Educação Física: dez anos 
depois dos PCNs”, apresentado no IX Encontro 
de pesquisa em Educação, em São Carlos/SP 
(2009), traz um panorama muito interessante 
sobre esse assunto. Assista-o aqui.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, seguimos com nossos estudos da disciplina “Introdução e His-
tória da Educação Física”, momento dedicado ao estudo das tendências reno-
vadoras para o ensino da Educação Física.
Nesses estudos, aprendemos sobre práticas pedagógicas que superem o olhar 
fragmentado e mecânico, priorizando abordagens críticas, reflexivas e integra-
das. Quando falamos de projeto educacional que visa ao desenvolvimento in-
tegral do sujeito, é importante lembrar que é necessário engajamento de to-
dos os envolvidos, juntamente com a percepção da importância da disciplina.
Por fim, conhecemos os documentos educacionais que orientam e norteiam 
as práticas escolares no país, denominados Referenciais e Parâmetros Curricu-
lares Nacionais, as características de cada fase e as recomendações para que o 
ensino seja transformador.
Esperamos ter contribuído para seu percurso formativo. Até a próxima!
http://www.youtube.com/watch?v=wcaY8WHF5NQ
UNIDADE 6
> compreender 
a formação 
acadêmica e a prática 
profissional à luz 
de fundamentos 
sócio históricos da 
Educação Física;
> integrar aspectos 
acadêmico-
científicos, sociais e 
éticos relacionados 
à intervenção 
profissional em 
Educação Física na 
atualidade.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
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6 EDUCAÇÃO FÍSICA: PROFISSÃO 
E FORMAÇÃO ACADÊMICO-
PROFISSIONAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Quem deu início ao curso superior de Educação Física neste século, escolheu 
uma profissão regulamentada, com um conselho nacional e com conselhos 
regionais, responsáveis por cuidar dos interesses de seus associados e de fis-
calizar a profissão. Os estudantes e os formados nas últimas duas décadas, 
provavelmente, não entendem muito bem como era ser um profissional de 
Educação Física antes da regulamentação e, possivelmente, reclamam, a cada 
ano, pelo valor que devem pagar para o conselho.
O Conselho de Educação Física é o órgão que garante que a profissão somente 
será exercida apenas por aqueles egressos de cursos superiores da área; e que 
fiscaliza que isso seja cumprido.
Nesta unidade, você verá como foi o processo de regulamentação da profissão 
de Educação Física e da fundação dos conselhos nacional e regionais. A partir 
da regulamentação de uma profissão, esta passa a ser regida por regras. Tais 
regras explicitam os direitos, os deveres e o código de ética profissional; e des-
tacam suas responsabilidades, que você também verá a seguir.
Finalmente, com as mudanças na sociedade, a Educação Física também mu-
dou, impactando os cursos de formação. Uma das principais mudanças foi a 
divisão da Educação Física entre licenciatura e bacharelado, o que será discu-
tido a adiante.
6.1 REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
NO BRASIL
O processo que culminou na regulamentação da Educação Física se iniciou 
décadas antes. O marco inicial foi a fundação da Federação Brasileira das As-
sociações e Professores de Educação Física, em 1946, a partir da união das as-
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sociações regionais dos estados do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de 
São Paulo.
FIGURA 1: SANCIONADO
Fonte: Plataforma Deduca 2020.
As primeiras discussões ocorreram na década de 1950, mas, somente na déca-
da de 1980, as primeiras ações para a regulamentação foram apresentadas. A 
partir de 1984, cerca de três décadas após as primeiras conversas, iniciou-se o 
trabalho para a regulamentação da profissão da Educação Física. O projeto de 
lei 4559/84, de autoria de deputado federal Darcy Pozza, foi a primeira tenta-
tiva de regulamentar a profissão de Educação Física. O projeto de lei chegou 
a ser aprovado pelo Congresso Nacional em 1989, mas foi vetado pelo então 
Presidente da República, José Sarney.
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O processo até a sanção de uma lei passa por 
pelo menos sete etapas.
1. A primeira etapa é a publicação do projeto, 
que é a sua proposta. 
2. A segunda etapa é o encaminhamento 
do projeto para análise de mérito por uma 
comissão temática, que pode alterar ou não 
a proposta.
3. A terceira etapa inclui a discussão de gastos e 
de financiamentos,analisados pela comissão 
de Finanças e Tributação; e a concordância 
com a constituição, pela comissão de 
Constituição e Justiça e de Cidadania.
4. A quarta etapa é a votação no plenário da 
Câmara dos Deputados.
5. A quinta etapa, opcional, é a votação de 
destaques, ou seja, a votação sobre algum 
trecho específico do projeto destacado por 
deputados.
6. A sexta etapa é a votação no plenário do 
Senado, em que pode ser aprovado ou, caso 
sejam incluídas alterações, voltar para nova 
votação na câmara. 
7. Finalmente, o sétimo e último passo é a 
sanção ou o veto do presidente. Quando for 
sancionado, o projeto se torna lei.
Você pode ver mais alguns detalhes sobre isso 
neste link.
Em 1994 ressurgiu a preocupação com a regulamentação da profissão de Edu-
cação Física. Nessa época, a procura por atividade física aumentava, orientada 
por profissionais informais ou, muitas vezes, por indivíduos sem formação na 
área. No ano de 1995, foi lançado o “Movimento nacional pela regulamentação 
do Profissional de Educação Física”.
Um novo projeto de lei foi proposto pelo deputado federal Eduardo Mascare-
nhas. Após revisões, o projeto foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura 
e Desporto em 1995. Em junho de 1998, tal projeto de lei foi debatido e aprova-
https://www.camara.leg.br/entenda-o-processo-legislativo/
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do na Câmara dos Deputados. Após aprovação no Senado em agosto de 1998, 
o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou, em 1º de setembro de 
1998, a lei 9696/98, disposta no Diário Oficial da União em 02 de setembro de 
1998. Então, pelo seu significado, 1º de setembro se tornou o dia do profissional 
de Educação Física (CONFEF, [S. d.]a).
FIGURA 2: LEI 9.969 NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Fonte: CONFEF (2020).
Com a regulamentação da profissão da Educação Física, o Conselho Nacio-
nal de Educação Física (CONFEF) e os Conselhos Regionais de Educação Física 
(CREFs) são estabelecidos. O CONFEF tem a missão "(...) garantir à sociedade 
que o direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas e es-
portivas seja exercido por profissionais de Educação Física" (CONFEF [S. d.]b).
No site do Conselho Federal de Educação Física, 
você pode saber mais sobre a profissão de 
Educação Física. 
https://www.confef.org.br/confef/
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De acordo com a Carta Brasileira de Educação Física, o CONFEF e os CREFs 
têm a responsabilidade de atuar no compromisso de uma Educação Física 
de qualidade, incluindo a qualificação e a valorização do profissional (TOJAL, 
2001).
6.2 CARACTERIZAÇÃO ACADÊMICA E 
PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física é, historicamente, referida como educação motora, educa-
ção corporal, cultura física, cultura corporal, ciência do movimento humano, 
ciência da motricidade, entre outras (BAPTISTA et al., 2015). A análise etimoló-
gica dos termos atuais auxilia na sua caracterização.
Educação pode ser entendida como “criar” e “instruir” a partir de um estímulo 
externo, mas, também, pode ser entendida como “levar para fora” e “mostrar o 
que existe dentro da pessoa”, sendo uma forma de “conduzir esse processo indi-
vidual”. O termo física é, na sua origem, associado à natureza. Na relação com o 
ser humano, a física diz respeito à constituição e à natureza do corpo humano.
A história do esporte no Brasil está relacionada à 
história da Educação Física. No Atlas do esporte, 
realizado por diversas instituições nacionais, o 
mapeamento do esporte também conta um 
pouco da nossa história. Acesse-o neste link.
Assim, a Educação Física considera as ações direcionadas à conservação e ao 
aprimoramento das estruturas do corpo humano. Isso é obtido por uma edu-
cação que visa à saúde, promovendo a conservação e o aprimoramento das 
estruturas do corpo, incluindo os hábitos e os modos de vida.
http://cev.org.br/biblioteca/atlas-esporte-brasil/
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FIGURA 3: CORPO HUMANO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A obrigatoriedade das aulas de atividade física em algumas escolas do Brasil 
data do final do século XIX, ainda por meio de métodos ginásticos (ARANTES, 
2008; MAGALHÃES, 2005) e se tornou nacional apenas nos anos 1930 (BOM-
BASSARO; VAZ, 2009). Os cursos superiores de Educação Física surgiram déca-
das depois.
FIGURA 4: MÉTODOS GINÁSTICOS
Fonte: Russel and Everett (1912).
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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
No início do século XX, escolas militares eram responsáveis pela formação dos 
professores de Educação Física. As primeiras escolas civis foram a Escola Supe-
rior de Educação Física do Estado de São Paulo e a Escola Nacional de Educa-
ção Física e Desportos, em 1934 e 1939 (BAPTISTA et al., 2015; DARIDO; RAN-
GEL, 2000, SOUZA NETO, 2004).
De acordo com Rosa e Leta (2011), os primeiros cursos de pós-graduação 
em Educação Física do Brasil são da década de 1980. O primeiro curso de 
mestrado foi criado em 1977; e o de doutorado, em 1987, na Universidade 
de São Paulo.
Os primeiros cursos superiores, apesar de formar professores para dar aulas 
em escolas, preparavam um profissional técnico. Entre as disciplinas do curso, 
destacavam-se as da área científica, ministradas por médicos, e as da área prá-
tica, ministradas por indivíduos com ligação com o esporte, como Maria Lenk. 
Somente no final dos anos 1960, matérias pedagógicas entram no currículo 
obrigatório (AZEVEDO; MALINA, 2004).
FIGURA 5: MARIA LENK, NO CENTRO, COM O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS
Fonte: Arquivo Nacional [S. d.].
A inclusão do bacharelado nos currículos de Educação foi oficializada na dé-
cada de 1980. O curso foi dividido entre disciplinas de caráter humanístico, 
120
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sobre o conhecimento do ser humano e da sociedade, e de cunho técnico, for-
mando a base do currículo; e em disciplinas de aprofundamento (AZEVEDO; 
MALINA, 2004). 
Em 1997, a Educação Física passou a ser considerada área da Saúde. No final 
do século XX, os egressos dos cursos superiores de Educação Física, muitas 
vezes, atuavam fora da escola, com foco na promoção da saúde. A inclusão do 
bacharelado qualifica os profissionais que trabalharão nessa área.
Atualmente, profissionais atuam em diferentes áreas, envolvendo prescrição 
de atividade física e manutenção da saúde. Trabalham em clubes, em acade-
mias, com idosos, com pessoas portadoras de necessidades especiais, com es-
porte de aventura e em outras áreas (BRUGNEROTTO; SIMÕES, 2009; MAGRIN; 
SIMÕES; MOREIRA, 2014).
6.3 FORMAÇÃO PROFISSIONAL: LICENCIATURA 
E BACHARELADO
A escolha entre licenciatura e bacharelado em Educação Física influencia 
a área de atuação profissional. De acordo com Steinhilber (2016), o profis-
sional formado em licenciatura poderá atuar como professor na Educação 
Básica, enquanto o profissional formado em bacharelado exclui a opção de 
atuar na escola.
As duas modalidades de formação são específicas. Apesar de haver alguns 
pontos em comum, apresentam aprendizagens, áreas de conhecimento e ha-
bilidades diferentes. Isso implica intervenções profissionais diversas (STEINHIL-
BER, 2006).
A divisão da Educação Física em bacharelado e 
em licenciatura é bastante discutida e alvo de 
diversas opiniões, há décadas, como você pode 
ver neste artigo de 1988, em que o professor 
Apolonio Abadio do Carmo discute tal divisão.
Em 2015, havia, no Brasil, quase 1500 cursos de Educação Física em pouco mais 
de 1000 instituições. Mais da metade dos cursosera de licenciatura, e cerca de 
https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/18793
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40%, de bacharelado. Os 5% restantes são cursos que também podem ser 
considerados da área. Entre os anos de 2004 e de 2015, houve um crescimento 
em mais de 60% no número de cursos de bacharelado em Educação Física no 
Brasil (BAPTISTA; LEITE; FALCÃO; FLAUSINO, 2015). Atualmente, há 2111 cursos 
de graduação de Educação Física no sistema eletrônico do MEC (BRASIL, [S. 
d.]), dos quais 1049 são de bacharelado; e 1062 são de licenciatura.
O artigo 3º da resolução n. 6 do Conselho Nacional da Educação e da Câmara 
de Educação Superior do Ministério da Educação, de 18 de dezembro de 2018, 
afirma que “a Educação Física é uma área de conhecimento e de intervenção 
profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação à motricidade ou 
movimento humano, a cultura do movimento corporal (...)”. Essa resolução de-
termina a existência de uma etapa comum e de etapas específicas para ba-
charelado e para licenciatura.
Segundo o Ministério da Educação, por meio do Capítulo II da resolução n. 6 
do Conselho Nacional da Educação e da Câmara de Educação Superior do Mi-
nistério da Educação (2018, p. 2), na etapa comum, devem ser contemplados 
os seguintes conhecimentos.
1. Conhecimentos biológicos, psicológicos e sociocul-
turais do ser humano (fisiológico, biomecânico, ana-
tômico-funcional, bioquímico, genético, psicológico, 
antropológico, histórico, social, cultural e outros), enfa-
tizando sua aplicação à Educação Física.
2. Conhecimentos das dimensões e das implicações 
biológicas, psicológicas e socioculturais da motricida-
de humana/movimento humano/cultura do movimento 
corporal/atividade física (fisiologia do exercício, biome-
cânica do esporte, aprendizagem e controle motor, psi-
cologia do esporte, entre outros).
3. Conhecimento instrumental e tecnológico (técnicas 
de estudo e de pesquisa – tipos de conhecimento, técni-
cas de planejamento e de desenvolvimento de trabalho 
acadêmico, técnicas de levantamento bibliográfico, téc-
nicas de leitura e de documentação; informática instru-
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mental – planilha de cálculo, banco de dados; técnicas 
de comunicação e de expressão leiga e científica, entre 
outros), enfatizando sua aplicação à Educação Física.
4. Conhecimentos procedimentais e éticos da interven-
ção profissional em Educação Física (código de ética, 
diagnóstico e avaliação, estratificação de risco, variá-
veis de prescrição do exercício, meio ambiente e sus-
tentabilidade, diversidade cultural, diferenças individu-
ais, entre outros).
A etapa específica da licenciatura deve contemplar conteúdos relacionados aos 
fundamentos da Educação e à formação nas áreas de Políticas Públicas e de 
Gestão da Educação para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e 
da sociedade. Além disso, está incluída a formação prática, contendo estágio 
supervisionado e atividades vinculadas a diferentes ambientes de aprendizado.
De acordo com o Capítulo III da resolução n. 6 do Conselho Nacional da Educa-
ção e da Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação (2018, p. 4), 
os seguintes conteúdos programáticos devem estar contemplados na forma-
ção profissional da licenciatura de Educação Física: Política e Organização do 
Ensino Básico; Introdução à Educação; Introdução à Educação Física escolar; 
Didática e Metodologia de Ensino da Educação Física escolar; Desenvolvimen-
to Curricular em Educação Física escolar; Educação Física na Educação Infantil; 
Educação Física no Ensino Fundamental; Educação Física no Ensino Médio; 
Educação Física escolar especial/inclusiva; Educação Física na Educação de Jo-
vens e Adultos; e Educação Física escolar em ambientes não urbanos e em 
comunidades e agrupamentos étnicos distintos.
Já o Capítulo IV do mesmo documento expõe que, na formação específica 
em bacharelado, o aluno deve ser qualificado para a intervenção profissional 
em treinamento esportivo; em orientação de atividades físicas; em preparação 
física; em recreação; em lazer; em cultura em atividades físicas; em avaliação 
física, postural e funcional; em gestão relacionada à área de Educação Física, 
entre outros campos relacionados às práticas de atividades físicas, recreativas 
e esportivas.
Segundo o art. 20 da resolução n. 6 do Conselho Nacional da Educação e da 
Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação (2018, p. 6), os se-
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guintes campos devem ser contemplados na formação do bacharel: saúde, 
esporte, cultura e lazer. Cada campo inclui os seguintes conteúdos.
1. Saúde: 
políticas e programas de saúde; atenção básica, secundária e terciária 
em saúde; saúde coletiva; Sistema Único de Saúde; dimensões 
e implicações biológicas, psicológicas, sociológicas, culturais e 
pedagógicas da saúde; integração ensino, serviço e comunidade; gestão 
em saúde; objetivos, conteúdos, métodos e avaliação de projetos e de 
programas de Educação Física na saúde.
2. Esporte: 
políticas e programas de esporte; treinamento esportivo; dimensões 
e implicações biológicas, psicológicas, sociológicas, culturais e 
pedagógicas do esporte; gestão do esporte; objetivos, conteúdos, 
métodos e avaliação de projetos e de programas de esporte.
3. Cultura e lazer: 
políticas e programas de cultura e de lazer; gestão; dimensões 
e implicações biológicas, psicológicas, sociológicas, culturais e 
pedagógicas do lazer; objetivos, conteúdos, métodos e avaliação de 
projetos e de programas de Educação Física na cultura e no lazer.
6.4 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA NAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS
A qualidade de vida é um problema atual da sociedade. Está associada à ali-
mentação, ao transporte, à segurança, ao urbanismo, entre outros aspectos. 
Um dos fatores associados à qualidade de vida é a atividade física (SANTOS; 
SIMÕES, 2012).
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FIGURA 6: VIDA PROFISSIONAL
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A qualidade de vida de um indivíduo é multifatorial. Os fatores incluem bem-
-estar físico; bem-estar material; bem-estar social, de desenvolvimento e de 
atividade; e bem-estar emocional. O bem-estar físico está relacionado às con-
dições de saúde do indivíduo (SANTOS; SIMÕES, 2012).
Uma revisão sobre a relação entre atividade 
física e qualidade de vida foi realizada no artigo 
“Associação entre atividade física e qualidade de 
vida em adultos”, que pode ser lido aqui.
Atividade física, incluindo exercícios físicos e práticas esportivas, é fundamental 
para a manutenção da saúde (ILHA; IVO, 2008). A carta brasileira de Educação 
Física fixa que o professor de Educação Física deve conduzir o desenvolvimento 
de estilo de vida ativo, contribuindo para a qualidade de vida (TOJAL, 2001).
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102012000100021&script=sci_arttext
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O trabalho físico feito pelo indivíduo reduziu significativamente nas últimas 
décadas. Em uma sociedade cada vez mais tecnológica, o baixo nível de ati-
vidade física influencia o desenvolvimento de patologias ligadas à baixa mo-
vimentação do corpo. O baixo nível de atividade física também está incluído 
entre fatores de risco de diversas doenças, especialmente de distúrbios cardio-
vasculares (OLIVEIRA, 2011).
A revolução tecnológica causou um grande 
impacto na sociedade. Por muitos séculos, o ser 
humanoproduziu o que necessitava, colhendo, 
caçando e tecendo. O transporte era limitado, e 
grandes jornadas eram feitas a pé. Há algumas 
décadas, elevadores eram raros; para mudar o 
canal, era preciso caminhar até a televisão; e o 
telefone não estava sempre ao lado. Mesmo 
ocioso, o ser humano era mais ativo.
As transformações da sociedade modificaram a profissão de Educação Física. 
Na escola, o professor de Educação Física deve auxiliar na formação do senso 
crítico de seus alunos, impedindo que sejam influenciados por padrões de-
monstrados nos meios de comunicação. Além disso, o estímulo à atividade 
física que acontece na idade escolar é um fator importante para a manutenção 
de uma vida ativa na idade adulta (RIZZO; SOUZA, 2014).
6.5 CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Um estudo no município de Rio Grande (RS) mapeou, em 16 dos 68 bairros 
da localidade, locais de intervenção de profissionais da Educação Física, entre 
março e junho de 2015. Foram registrados 74 espaços, sendo 33 escolas e 41 
espaços não escolares.
Entre as 33 escolas, havia nove escolas particulares; 16 municipais; sete esta-
duais; e uma universidade federal. Entre os 41 espaços não escolares, havia 19 
academias; três estúdios de pilates e de treinamento funcional; um ginásio 
poliesportivo; dois clubes de futebol profissional; duas assessorias esportivas; 
seis unidades básicas de saúde; uma associação de moradores; um grupo de 
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corrida; uma escola de artes marciais; um espaço de recreação infantil e um 
clube social (LIMA et al., 2015).
Os egressos do Curso de Educação Física da UNIVAP entre 2004 e 2007 foram 
entrevistados acerca do seu campo de atuação em 2008. Participaram 150 dos 
208 profissionais formados nesse período. Foram consideradas áreas de atua-
ção da Educação Física educação, saúde, lazer, esporte, empresa, academia e 
acadêmica.
A área escolar é, historicamente, a mais tradicional da Educação Física. Atu-
almente, é a área de atuação dos egressos da licenciatura, que podem atuar 
em todos os níveis da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamen-
tal e Médio.
Na área da Saúde, profissionais formados em Educação Física podem partici-
par de equipes multiprofissionais, atuando em espaços como hospitais, clíni-
cas e centros de tratamento. O profissional de Educação Física também pode 
trabalhar no Sistema Único de Saúde, na promoção da saúde e na prevenção 
de doenças.
O trabalho na área do lazer pode ser desenvolvido junto a prefeituras, a clubes, 
a hotéis e a outros. Nessa área, o professor de Educação Física executa o plane-
jamento, a elaboração e a supervisão de atividades com objetivos recreativos.
FIGURA 7: ATIVIDADE RECREATIVA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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A área do esporte pode ser dividida entre esporte profissional, amador e inicia-
ção ao esporte. A iniciação esportiva permite o primeiro contato com determi-
nado esporte e pode ser realizada em âmbito recreacional ou para a formação 
do atleta profissional. O esporte amador está relacionado à prática recreativa, e 
o atleta profissional tem, no esporte, o seu principal objetivo.
FIGURA 8: ESPORTE ADAPTADO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A principal atuação em empresas é a ginástica laboral. Há anos, a relação entre 
saúde e trabalho destacou a importância da vida ativa para a manutenção da 
saúde e, também, para a diminuição dos dias de licença médica. Na ginástica 
laboral, o profissional de Educação Física intervém no ambiente de trabalho 
para promover a saúde.
Em academias, o profissional realiza a elaboração, a aplicação e a supervisão 
de treinamento físico. Pode supervisionar alunos em treinamentos individuais 
em áreas livres ou ministrar aulas em grupo, incluindo as atividades aquáticas.
A área acadêmica está relacionada às universidades e aos cursos de pós-gradu-
ação. Ao optar por continuar no universo acadêmico, o profissional de Educa-
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ção Física estará envolvido com a área científica e com a produção de conheci-
mento nas diferentes dimensões da Educação Física.
A partir dos anos 1980, surgiu, no Brasil, a pro-
fissão do personal trainer. Esse profissional oferece 
um serviço individualizado, ministrando aulas 
personalizadas, com programas específicos 
de treinamento, seguindo as necessidades 
e os desejos individuais. O trabalho pode ser 
feito em academia de ginástica comercial ou 
particular; ou, ainda, em parques, praças e até 
na casa do aluno.
Professores de Educação Física também atuam em programas de desenvol-
vimento motor, especificamente para a primeira infância; em programas para 
a terceira idade, visando a promover a saúde e a prevenir perdas do envelhe-
cimento; e em programas para portadores de necessidades especiais, no de-
senvolvimento motor e na inclusão. Outra área de atuação é a organização e a 
arbitragem no esporte.
FIGURA 9: ARBITRAGEM
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Profissionais formados estão procurando especializações na área de Gestão Es-
portiva, em que lidarão com o gerenciamento de recursos humanos e finan-
ceiros em empresas da área esportiva, como academias, clubes e entidades 
esportivas. Prestadores de serviço, como personal trainers, também buscam 
essa especialização.
Os estúdios de pilates se multiplicaram nos últimos anos. A possibilidade de 
especialização no método pilates é bastante procurada, mas há outros mé-
todos somáticos que estão se popularizando entre os profissionais, como o 
gyrotonik, que, assim como o pilates, é bastante popular no meio da dança 
(OLIVEIRA, 2011).
6.6 ÉTICA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
De forma simples, ética é a explicitação teórica dos comportamentos morais 
do agir humano, buscando o bem comum e a realização individual. A ética 
profissional considera as condutas praticadas no ambiente de trabalho, in-
cluindo as relações trabalhistas entre o empregador e o empregado (BARSA-
NO; SOARES, 2014).
Em qualquer área profissional, o trabalhador precisa possuir um compromisso 
moral com o indivíduo, com o cliente, com o empregador, com a organização e 
com a sociedade. Possui deveres e responsabilidades em suas interações com 
outros indivíduos e em relação à profissão exercida (BARSANO; SOARES, 2014).
O processo para a elaboração do Código de 
Ética foi pautado na Declaração Universal de 
Direitos Humanos; na Agenda 21, um plano de 
ação entre os países para a proteção do meio 
ambiente em sua relação com seres humanos 
em sociedade; e nos indicadores da Carta 
Brasileira de Educação Física.
O Código de Ética dos Profissionais de Educação Física foi publicado, em 9 de 
novembro de 2015, pelo Conselho Federal de Educação Física. O Código de Éti-
ca do Profissional de Educação Física visa a normatizar a ética profissional com 
as ações técnicas e sociais. Ao desempenhar sua função, o profissional deve 
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unir o conhecimento científico e a atitude profissional, buscando oferecer um 
atendimento qualificado e de alta qualidade.
Pelo Código de Ética da Educação Física (2015), foram estabelecidos doze itens 
norteadores para a condução do profissional de Educação Física.
1. Instrumento: 
o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física se define como 
um instrumento legitimador do exercício da profissão.
2. Compromisso: 
o profissional de Educação Física deve assumir compromisso ético 
com a sociedade,colocando-se a seu serviço, independentemente de 
qualquer outro interesse.
3. Beneficiário: 
o Código de Ética define, como destinatário, o profissional de Educação 
Física e, como beneficiários das intervenções profissionais, indivíduos, 
grupos, associações e instituições que compõem a sociedade. 
4. Referência: 
a referência para o Código de Ética é a necessidade de se caracterizar 
o profissional com os direitos e com os deveres estabelecidos pelo 
Sistema CONFEF/CREFs.
5. Transparência: 
o Sistema CONFEF/CREFs deve pautar-se na transparência em suas 
operações e em suas decisões, complementada por acesso dos 
beneficiários e dos destinatários à informação gerada.
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6. Filosofia: 
o Código de Ética visa a assumir a postura de referência quanto a 
direitos e a deveres de beneficiários e de destinatários, de modo a 
assegurar o princípio da consecução aos Direitos Universais. 
7. Mediação: 
a mediação do Sistema CONFEF/CREFs se produz por meio de posturas 
éticas, paralelamente à coerência e à fundamentação das proposições 
científicas.
8. Base: 
as Declarações Universais de Direitos Humanos e da Cultura; a Agenda 
21, que situa a proteção do meio ambiente em termos de relações entre 
os homens e mulheres em sociedade; e a Carta Brasileira de Educação 
Física, editada pelo CONFEF, constituem a base para a aplicação da 
função mediadora do Sistema CONFEF/CREFs no que concerne ao 
Código de Ética.
9. Identidade: 
o valor da identidade profissional no campo da atividade física – 
definido historicamente – deve estar presente, associado aos valores 
universais do homem em suas relações socioculturais.
10. Saúde: 
é fundamental que o profissional de Educação Física desenvolva suas 
ações visando, sempre, a preservar a saúde de seus beneficiários nas 
diferentes intervenções ou abordagens conceituais.
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11. Responsabilidade: 
a preservação da saúde dos beneficiários implica a responsabilidade 
social dos profissionais de Educação Física em todas as suas 
intervenções, a qual não pode ser compartilhada, seja de modo formal, 
seja de modo institucional, seja de modo legal.
12. Bioética: 
os profissionais de Educação Física estarão sujeitos a assumirem as 
responsabilidades cabíveis em consideração aos preceitos estabelecidos 
pela bioética, quando estiverem em exercício.
O Código de Ética é o documento de referência para o exercício da profissão 
da Educação Física. Traz os princípios e as diretrizes da profissão, assim como 
os direitos e os deveres do profissional (CONFEF, 2015).
Segundo o Código de Ética do CONFEF, 
beneficiário é o indivíduo ou a instituição que 
utiliza os serviços do profissional de Educação 
Física, e destinatário é o profissional de Educação 
Física que presta o serviço.
Segundo o Capítulo II do Código de Ética dos Profissionais de Educação Física 
(CONFEF, 2015), os princípios que regem a profissão são
I - o respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo;
II - a responsabilidade social;
III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza;
IV - o respeito à ética nas diversas atividades profissionais;
V - a valorização da identidade profissional no campo das atividades físicas, 
esportivas e similares;
VI - a sustentabilidade do meio ambiente;
VII - a prestação, sempre, do melhor serviço a um número cada vez maior de 
pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade;
VIII - a atuação dentro das especificidades do seu campo e área 
do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das 
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potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços.
As diretrizes para a atuação profissional envolvem o comprometimento com a 
preservação da saúde, a transparência em suas ações e a autonomia no exercí-
cio da profissão. Também faz parte disso o constante aperfeiçoamento, o com-
promisso ético com a sociedade e a integração com outras áreas profissionais.
O profissional de Educação Física deve promover a profissão como um meio 
efetivo para um estilo de vida ativo e saudável; assegurar um serviço seguro e 
atualizado; elaborar programas adequados para cada beneficiário, oferecendo 
orientações seguras das atividades. O profissional deve renunciar às funções 
quando isso for necessário, avaliando sua competência de forma criteriosa an-
tes de iniciar um trabalho e zelando por sua competência. Deve manter-se 
atualizado quanto aos conhecimentos técnicos, científicos e culturais; e deve 
assumir responsabilidade quanto às suas ações (CONFEF, 2015).
São direitos do profissional de Educação Física, entre outros, exercer a profissão 
sem discriminações; recorrer ao conselho e requerer auxílio quando julgar ne-
cessário; recusar a adoção de ações contrárias à sua consciência; e, finalmente, 
receber salários e honorários pelo seu trabalho profissional. Cabe, ainda, res-
saltar que todo profissional de Educação Física, ao solicitar registro no Sistema 
CONFEF/CREFs, aceita os princípios éticos da profissão.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, você viu um pouco sobre a evolução da Educação Física como 
profissão e frente à sociedade, assim como a forma como as mudanças na so-
ciedade influenciaram a profissão.
A profissão da Educação Física foi regulamentada em 1º de setembro de 1998, 
em ação que marcou o afastamento da Educação Física de um papel exclusi-
vamente educacional. O professor de Educação Física deixou de atuar somen-
te na escola, e esse papel também foi evidenciado pela divisão da formação 
entre licenciatura e bacharelado. Você viu como essa divisão foi influenciada 
pelo papel que a Educação Física passou a ter na saúde do indivíduo, em espe-
cial com as mudanças sociais que aconteceram ao longo das últimas décadas.
Finalmente, sendo uma profissão regulamentada, o profissional de Educação 
Física está sujeito a responsabilidades éticas, que foram explicadas no final 
da unidade.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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