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SUICÍDIO, TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE E INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. Sumário SUICÍDIO, TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE E INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO ..................................................................... 1 NOSSA HISTÓRIA 2 Suicídio 5 Cuidados centrados na pessoa 5 Cenário epidemiológico do suicídio e das tentativas notificadas 6 Falar sobre suicídio é o primeiro passo para prevení-lo 7 Fatores de risco e proteção para o suicídio 7 Fatores de Risco associados a outras especificidades 8 A rede de atenção psicossocial no cuidado às pessoas em risco de suicídio 9 Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) 10 Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 11 Atenção de Urgência e Emergência 11 Definição de Personalidade 12 O que vem a ser um Traço de Personalidade 13 Definição de Transtorno de Personalidade 13 Tipos de Transtornos de Personalidade 13 Transtorno de Personalidade Paranoide 14 Transtorno de Personalidade Esquizoide 15 Transtorno de Personalidade Esquizotípica 16 Transtorno de Personalidade Antissocial 17 Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável (Borderline / Limítrofe) 18 Borderline ou Transtorno bipolar? 20 Transtorno de Personalidade Histriônica 21 Transtorno de Personalidade Narcisista 22 Transtorno de Personalidade Dependente 23 Transtorno de Personalidade Ansiosa (evitação) 24 Transtorno de Personalidade Obsessiva (anancástica) 25 Psicopatia 26 Tratamento 27 INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO 27 Fases da resposta sexual humana: 28 Tipos de incongruência de gênero 29 Referências 31 Suicídio Suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. É difícil explicar porque algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em situação similar ou pior não o fazem. Contudo a maioria dos suicídios pode ser prevenida. Suicídio é agora uma grande questão de Saúde Pública em todos os países. Capacitar a equipe de atenção primária à saúde para identificar, abordar, manejar e encaminhar um suicida na comunidade é um passo importante na prevenção do suicídio. · Estima-se que um milhão de pessoas cometeram suicídio no ano de 2000 no mundo. · A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. · A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. · O suicídio está entre as três maiores causa de morte entre pessoas com idade entre 15-35 anos. · Cada suicídio tem um sério impacto em pelo menos outras seis pessoas. · O impacto psicológico, social e financeiro do suicídio em uma família e comunidade é imensurável. A prevenção do suicídio abrange desde a oferta das condições mais adequadas para o atendimento e tratamento efetivo das pessoas em sofrimento psíquico até o controle ambiental dos fatores de risco. São elementos considerados essenciais para ações de prevenção do suicídio: o aumento da sensibilidade para percepção da presença do risco e a divulgação de informações apropriadas. Cuidados centrados na pessoa A Atenção Primária à Saúde contribui para a ampliação do acesso aos cuidados em saúde mental à população. É importante que haja inclusão da pessoa nas decisões clínicas e considerar sua história, favorecendo o acolhimento e o vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Desse modo, o manejo terapêutico precisa levar em conta as necessidades, as preferências e escolhas dessas pessoas. O atendimento da pessoa com risco de suicídio exige cuidado na sua abordagem. O diálogo deve oferecer condições para que as pessoas em sofrimento, familiares e cuidadores se envolvam nas decisões terapêuticas. A Medicina de Família e Comunidade tem como uma de suas referências o Método Clínico Centrado na Pessoa, que se contrapõe ao modelo biomédico tradicional, centrado na doença. Neste modelo procura-se compreender a perspectiva do indivíduo sobre seu processo de adoecimento dentro de uma avaliação integral do sujeito, incluído em sua família e comunidade. Cenário epidemiológico do suicídio e das tentativas notificadas No mundo: · O suicídio é a segunda principal causa de morte entre as pessoas entre 15 e 29 anos, no entanto, a incidência de suicídio em pessoas com 70 anos ou mais é elevada. · Em geral, homens cometem mais suicídio do que as mulheres, embora estas apresentem maior número de tentativas. · Estima-se que cerca de 90% dos indivíduos que puseram fim às suas vidas cometendo suicídio tinham algum transtorno mental e que, na época, 60% deles estavam deprimidos. · A quantidade de tentativas é de 10 a 20 vezes mais alta que a de mortes. · A ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais utilizados. · A redução da perda de vidas devido a suicídios tornou-se um objetivo internacional essencial em saúde mental. A meta de ação de Saúde Mental da OMS é a redução em 10% até 2020. Em números aproximados, de cada 100 pessoas de uma comunidade urbana, 17 pensam em suicídio em algum momento da vida, 5 planejam e 3 realizam uma tentativa. Das três pessoas que realizam a tentativa, somente uma é atendida em pronto socorro Falar sobre suicídio é o primeiro passo para prevení-lo Conversar sobre suicídio é um tabu, mas ao contrário do que se pensa, perguntar sobre autoagressão ou suicídio NÃO provoca atos de autoagressão e suicídio. Falar direta e abertamente sobre ideação suicida e seus fatores de risco é a forma mais eficaz de abordar e manejar o risco de suicídio em adultos (17). Nem sempre a pessoa expressa claramente seus pensamentos ou sentimentos relacionados ao suicídio, portanto, é necessário estar sensível para reconhecer que a vontade de morrer pode estar presente e abrir um espaço para o diálogo, permitindo que a pessoa fale sobre o que se passa com ela durante o atendimento, sem julgamentos ou interpretações. Em geral, falar sobre o suicídio reduz a ansiedade associada aos pensamentos ou atos de autoagressão e ajuda a pessoa a se sentir compreendida e a aceitar ajuda. O suicídio é um assunto difícil de lidar. Muitos profissionais de saúde encontram as mesmas dificuldades que a população em geral, pois este tema é considerado um tabu. Fatores de risco e proteção para o suicídio Conhecer as situações que atuam como fatores de risco para o suicídio pode auxiliar os profissionais de saúde na identificação de situações de risco e de crise. Como consequência, compreender os momentos de crise e dos fatores de proteção permite que os profissionais apoiem a pessoa e sua rede de apoio no enfrentamento de situações de risco, potencializando o uso de seus recursos na construção do projeto terapêutico singular. Fatores de Risco associados a outras especificidades A rede de atenção psicossocial no cuidado às pessoas em risco de suicídio A identificaçãode risco de suicídio, a ocorrência de tentativa, ou a efetivação deste ato, exigem da equipe de APS, além da escuta atenta e acolhedora, a realização do manejo do caso e articulação de rede necessária para garantir suporte consistente. Para tanto é importante que conheçam os fluxos estabelecidos na rede de serviços e busquem mapear a rede de suporte do paciente. Depois que o profissional tiver clareza sobre a vontade, planos e pensamentos sobre suicídio, é fundamental mapear e acionar a rede, buscar quem pode estar próximo, acompanhando de perto, a fim de evitar uma internação ou a efetivação do ato. Nestas situações é imprescindível o apoio de familiares ou pessoas identificadas pelo usuário como importantes no suporte. Mas o que é e qual é nossa rede de Atenção Psicossocial? A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é o resultado de uma mudança de paradigma no cuidado para pessoas em sofrimento mental, a qual depende de diversos fatores, sendo um deles a capacidade dos trabalhadores em trabalhar articulados e integrados com a rede. Sua finalidade é “ampliar e articular os pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental. Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) O Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) tem como objetivo realizar apoio matricial, aumentando a resolutividade das equipes de Atenção Primária, ampliando sua abrangência e escopo de ações. O apoio matricial pode se dar por meio de discussão de casos, elaboração conjunta de Projetos Terapêuticos Singulares, de atendimentos conjuntos, visitas domiciliares, da realização de atividades de educação permanente e elaboração de diagnóstico situacional do território, e do planejamento de grupos e ações no território. As equipes de NASF e de APS devem pactuar conjuntamente como será realizado esse apoio. As equipes de NASF também realizam atividades específicas, tais como: atendimentos individuais, coordenação de grupos específicos de seu núcleo de saber, sendo recomendado que pelo menos um profissional da equipe de APS acompanhe a atividade de grupo, como forma de educação permanente e de fortalecimento do vínculo com a população. Em relação aos atendimentos específicos pelo NASF, as equipes de APS devem discutir os casos com a equipe de apoio, avaliando conjuntamente a melhor condução em cada situação. Em relação ao cuidado prestado aos usuários de álcool e outras drogas, o NASF deve apoiar as equipes de Atenção Primária nas ações voltadas a essa temática, buscando sensibilizar as equipes para um cuidado isento de julgamento moral. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Os CAPS são serviços de saúde abertos, de base territorial, integrantes da rede de serviços do SUS. São lugares de referência e tratamento para pessoas em sofrimento ou transtorno mental grave, ou com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, cuja gravidade e/ou persistência demandem sua inclusão num serviço de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de saúde. Os CAPS objetivam acolher as pessoas em sofrimento, estimulando sua integração social e familiar, e apoiando suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimentos multiprofissionais, procurando atuar na lógica do cotidiano das pessoas, buscando integrá-las ao seu contexto social e cultural, evitando assim o seu isolamento. Há realização de atendimento clínico, oficinas e grupos, visando a reinserção social dos usuários, através do acesso ao trabalho, educação, lazer e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Atenção de Urgência e Emergência Os pontos de atenção da Rede de Atenção à Urgência e Emergência – SAMU 192, Salas de Estabilização, UPA 24 horas, Coordenações de Emergência Regional (CER) e serviços de atendimento a emergências em Hospitais Gerais – são responsáveis pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de urgência e emergência. Definição de Personalidade Personalidade pode ser definida de modo sucinto como as características individuais que correspondem a um padrão persistente de emoções, pensamentos e comportamentos. Os traços da personalidade têm consequências, no sentindo de que suas características estão associadas a uma variedade importante de indicadores nos níveis individual, interpessoal e social, tais como: felicidade, saúde física e psicológica, espiritualidade e identidade; qualidade das relações familiares, amorosas e com colegas; escolha, satisfação e desempenho profissionais; envolvimento na comunidade, atividade criminosa, e ideologia política. Personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter + temperamento). Pode-se dizer que é o "jeitão" de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o "jeitão" de agir. Em outras palavras, é o modo habitual, estável ao longo dos anos, de receber e processar os estímulos vindos do mundo e de devolver uma resposta (comportamento) ao meio externo. É A FORMA DE SER, NUNCA UM ESTADO. A partir disso, um transtorno da personalidade (TP) pode ser caracterizado como “padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo”. É comum que pessoas com TP tenham um repertório limitado de emoções, atitudes e comportamentos para lidar com os problemas e estresse da vida cotidiana, apresentando respostas desadaptativas que levam ao sofrimento e/ou prejuízos a si ou aos outros. O que vem a ser um Traço de Personalidade Para se falar de personalidade é preciso entender o que vem a ser um traço de personalidade. O traço é um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou ao isolamento; à desconfiança ou à confiança nos outros. Um exemplo: lavar as mãos é um hábito, a higiene é um traço, pois implica em manter-se limpo regularmente escovando os dentes, tomando banho, trocando as roupas, etc. Pode-se dizer que a higiene é um traço da personalidade de uma pessoa depois que os hábitos de limpeza se arraigaram. O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido. Definição de Transtorno de Personalidade O transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incômodo. Geralmente esses indivíduos são pouco motivados para tratamento, uma vez que os traços de caráter pouco geram sofrimento para si mesmos, mas perturbam suas relações com outras pessoas, fazendo com que amigos e familiares aconselhem o tratamento. Geralmente aparecem no início da adolescência e tornam-se crônicos (permanecem pela vida toda). Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a personalidade só está completa nessa época, na maioria das vezes. Muitas vezes, no entanto, o desajuste é notado desde a infância. Tipos de Transtornos de Personalidade Existem muitos tipos de transtornos de personalidade. Não podemos esquecer que se trata de classificação. Esta classificação é descritiva e, muitas vezes, não bate com a realidade prática. Algumas pessoas não se encaixam perfeitamente em um modelo; outras preenchem critérios para diferentes diagnósticos (“pitadas” de diferentes transtornos). Obviamente temos que pensar nas pessoas como seres únicos e nos sintomas como parte de uma doença ou transtorno de causa única, mas ainda não completamente conhecida. Daí a falta de precisão dos nossos diagnósticos. Transtorno de Personalidade Paranoide Caracteriza-se pela tendência à desconfiança, seja de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para pensarassim. O sujeito vive, de certa forma, refém desses medos e dessas suspeitas, que têm uma conotação subjetiva de realidade para o paciente. A afetividade é restrita, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio ou distante. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos frequentes entre os paranoides. Muitas vezes, após anos sentindo-se "passado para trás", o indivíduo pode acabar descarregando esta mágoa de forma intempestiva e violenta. Aspectos essenciais: · Excessiva sensibilidade em ser desprezado. · Tendência a guardar rancores recusando-se a perdoar insultos, injúrias ou injustiças cometidas. · Interpretações errôneas de atitudes neutras ou amistosas de outras pessoas, tendo respostas hostis ou desdenhosas. · Tendência a distorcer e interpretar como maldosos os atos dos outros. 1 1 1 Combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desproporção à situação real. · Repetidas suspeitas injustificadas relativas à fidelidade do parceiro conjugal. · Tendência a se autovalorizar excessivamente. · Preocupações com fofocas, intrigas e conspirações infundadas a partir dos acontecimentos circundantes. Transtorno de Personalidade Esquizoide Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. Diferentemente de um fóbico social, o esquizoide não sente falta do contato humano ou sofre em função deste isolamento. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não tem impacto, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). Aspectos essenciais: · Poucas ou nenhuma atividade produzem prazer. · Frieza emocional, afetividade distante. · Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como os outros. Indiferença a elogios ou críticas. · Pouco interesse em ter relações sexuais. · Preferência quase invariável por atividades solitárias. · Tendência a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais. · Falta de amigos íntimos e do interesse de fazer tais amizades. · Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou àqueles que perderam uma pessoa querida recentemente. Transtorno de Personalidade Esquizotípica Caracterizam-se por serem indivíduos excêntricos e estranhos, que têm crenças bizarras, com experiências de ilusões, pensamento e discurso extravagante. Falta de amigos e muita ansiedade no convívio social. Muitas vezes têm interpretações incorretas de incidentes casuais e acontecimentos externos como se tivessem um significado particular e incomum, especificamente destinado a eles. Podem ser supersticiosos ou preocupar-se com fenômenos paranormais que estão fora das normas de sua subcultura. São pessoas que podem se dar bem no mundo das artes ou do misticismo. Aspectos essenciais: Podem pensar que possuem poderes especiais de pressentir acontecimentos ou de ler os pensamentos de outras pessoas. · Posse de um controle mágico sobre os outros, o qual pode ser implementado diretamente (por ex., acreditar que o cônjuge está levando o cachorro para passear na rua porque ele pensou que isto deveria ser feito uma hora atrás) ou indiretamente, através do cumprimento de rituais mágicos (por ex., passar por um determinado objeto três vezes, para evitar certa consequência funesta). · Geralmente não são capazes de lidar com toda a faixa de afetos e indicadores interpessoais necessários para relacionamentos bemsucedidos, de modo que muitas vezes parecem interagir com os outros de maneira inadequada, rígida ou constrita. · Interagem com os outros quando precisam, mas preferem ficar sós, por acharem que são diferentes e simplesmente não "se encaixam" Transtorno de Personalidade Antissocial Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado pela ausência de remorsos. Esse transtorno é o mais estudado e afeta cerca de 1% da população mundial. Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, frequentemente têm problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se    15 15 15 ajustam, pois não aprendem com os erros e experiências prévios. Frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo. São predadores intra-espécie. Aspectos essenciais: · Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente. Insensibilidade aos sentimentos alheios · Estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los. · Baixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas. · Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições. · Tendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis. Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável (Borderline / Limítrofe) Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Pode-se dizer que essas pessoas vivem um estado contínuo de "hemorragia emocional" e vazio interior. Os portadores reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. O afeto predominante é o ódio e a raiva. Seu comportamento impulsivo frequentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante. Há diversos níveis de gravidade e adaptação. O transtorno de Personalidade Borderline é mais comum em mulheres, sendo que 75% dos diagnósticos desse Transtorno de personalidade são aplicados a pacientes do gênero feminino. Pesquisadores relatam que a sua prevalência em cerca de 1,6 a 5,9% da população geral, também se apresentando em praticamente 10% dos indivíduos avaliados em clinicas de saúde mental e 20% dos pacientes psiquiátricos internados. Os sintomas, na grande maioria, podem ocorrer entre os 18-25 anos de idade: 90% têm início antes dos 30 anos de idade (Faria & Sauaia, 2011). Um ponto a ser destacado nesses pacientes é o comportamento suicida, em torno de 75% dos pacientes com TPB tentaram o suicídio pelo menos uma vez, e desses 10% conseguiram concluir o ato, sendo que a maior parte aconteceu antes dos 40 anos (Black, Blum, Pfohl, & Hale, 2004). Uma prática comum dos pacientes com TPB é a automutilação que se caracteriza por lesões no seu próprio corpo, sem intenção de morrer. O sujeito faz uso desse comportamento porque não tem estratégias mais adequadas para lidar com sentimentos os quais descrevem muito dolorosos e insuportáveis. Através da dor física, ou seja, do ato de se machucar, sentem um alívio da dor psíquica (Sousa & Vandenbergue, 2005; Covelli, 2010). Um estudo avaliou a relação entre os sintomas, os problemas interpessoais e os tipos de comportamentos agressivos apresentados por pacientes com TPB durante dois anos. Constataram que pacientes com TPB que apresentavam dificuldades interpessoais envolviam-se, com mais frequência, em experiências de violência no seu cotidiano (Stepp, Smith, Morse, Hallquist, & Pilkonis, 2012). Aspectos essenciais: · Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la. · Comportamento impulsivo principalmente quantoa gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente. · Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem). · Sentimento de raiva frequente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais. · Comportamento suicida ou auto-mutilante. · Sentimentos persistentes de vazio e tédio. · Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional. Borderline ou Transtorno bipolar? Esses dois transtornos podem se sobrepor, mas não pe raro que um seja confundido com o outro. Os sintomas do bipolar costumam aparecer em fases: o paciente tem um episódio de depressão grave ou de mania (marcado por euforia, sentimentos de grandeza e comportamentos impulsivos). Há até o chamado “estado misto”, mas cada episódio costuma durar algumas semanas. Já no Borderline, as oscilações de humor são mais rápidas, como estados flutuantes. Se o bipolar pode ter alguns períodos de relativa estabilidade, no Borderline as questões relativas á autoimagem relacionamentos, bem as outras características, estão sempre presentes. É importante que o psiquiatra saiba distinguir os transtornos, pois os antidepressivos, que ajudam a aliviar os sintomas do Borderline, podem deflagrar um episódio grave de mania no bipolar, de consequências desastrosas. Transtorno de Personalidade Histriônica É o que antigamente já se chamou de histeria. Estudado desde os tempos de Charcot, passando por Kurt Scheider e Freud. Caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções). São personalidades imaturas que não conseguem encontrar uma maneira mais evoluída de lidar com o meio e as pessoas que as cercam. Aspectos essenciais: · Busca frequentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em relação ao que faz ou pensa. · Comportamento e aparência sedutores sexualmente, de forma inadequada. · Abertamente preocupada com a aparência e atratividade físicas. · Expressa as emoções com exagero inadequado, como ardor excessivo no trato com desconhecidos, acessos de raiva incontrolável, choro convulsivo em situações de pouco importância. · Sente-se desconfortável nas situações onde não é o centro das atenções. 15 15 15 Suas emoções apesar de intensamente expressadas são superficiais e mudam facilmente. · É imediatista, tem baixa tolerância a adiamentos e atrasos. · Estilo de conversa superficial e vago, tendo dificuldades de detalhar o que pensa. Transtorno de Personalidade Narcisista Caracterizam-se por indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais. Eles rotineiramente superestimam suas capacidades e exageram suas realizações, frequentemente parecendo presunçosos ou arrogantes. Eles podem presumir que os outros atribuem o mesmo valor a seus esforços e surpreender-se quando não recebem o louvor que esperam e julgam merecer. Aspectos essenciais: · Constantemente se preocupa com fantasias de sucesso ilimitado, poder, inteligência, beleza ou amor ideal. · Compara-se com vantagem sobre pessoas famosas e privilegiadas. · Acredita ser superior, especial ou único e espera ser reconhecido pelos outros como tal. · Geralmente exige admiração excessiva. Carece de empatia e têm dificuldade em reconhecer os desejos, experiências subjetivas e sentimentos dos outros. · Frequentemente exibe atitudes esnobes, desdenhosas ou condescendentes. Transtorno de Personalidade Dependente Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. Geralmente não conseguem evoluir na vida produtiva ou afetiva: permanecem muitas vezes pueris. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não superam seus limites. Aspectos essenciais: · É incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de conselhos ou reafirmações de outras pessoas. · Permite que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida como onde morar, que profissão exercer. · Submete suas próprias necessidades aos outros. · Evita fazer exigências ainda que em seu direito. Sente-se desamparado quando sozinho, por medos infundados. · Medo de ser abandonado por quem possui relacionamento íntimo. · Facilmente é ferido por crítica ou desaprovação. Transtorno de Personalidade Ansiosa (evitação) Em poucas palavras, seria o máximo da Fobia Social. Algo tão profundo e intenso que passa a ser chamado de problema de personalidade. Caracterizase pelo padrão de comportamento inibido e ansioso com auto-estima baixa. É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros. No entanto, os sintomas causam sofrimento: o paciente anseia pelo contato social. Aspectos essenciais: · É facilmente ferido por críticas e desaprovações. · Não costuma ter amigos íntimos além dos parentes mais próximos. · Só aceita um relacionamento quando tem certeza de que é querido. · Evita atividades sociais ou profissionais onde o contato com outras pessoas seja intenso, mesmo que venha a ter benefícios com isso. Experimenta sentimentos de tensão e apreensão enquanto estiver exposto socialmente. · Exagera nas dificuldades, nos perigos envolvidos em atividades comuns, porém fora de sua rotina. Por exemplo, cancela encontros sociais porque acha que antes de chegar lá já estará muito cansado. Transtorno de Personalidade Obsessiva (anancástica) Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e exigente com os outros. Emocionalmente frio. É uma pessoa formal, intelectualizada, detalhista. Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem costuma ser reservado, dominador e inflexível. Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve melhorar sempre mais. Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e cheia de dúvidas. Aspectos essenciais: · O perfeccionismo pode atrapalhar no cumprimento das tarefas, porque muitas vezes o sujeito se detém nos detalhes enquanto atrasa o essencial. Insistência em que as pessoas façam as coisas a seu modo ou querer fazer tudo por achar que os outros farão errado. · Excessiva devoção ao trabalho em detrimento das atividades de lazer. · Expressividade afetiva fria. Comportamento rígido (não se acomoda ao comportamento dos outros) e insistência irracional (teimosia). · Excessivo apego a normas sociais em ocasiões de formalidade. · Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão úteis algum dia (mesmo sem valor sentimental) · Indecisão prejudicando seu próprio trabalho ou estudo. · Excessivamente consciencioso e escrupuloso em relação às normas sociais. Psicopatia Deixando de lado o significado popular que o termo psicopata adquiriu, em medicina, seguindo o modelo canadense do Prof. Robert Hare, psicopatia quer dizer o grau máximo de transtorno da personalidade. No plano de relacionamentos interpessoais, o psicopata é orgulhoso, arrogante, frio, dominante, superficial e manipulador. Afetivamente são irritáveis, sem capacidade de formar vínculos emocionais com outras pessoas, não têm capacidade de empatia, culpa ou remorso. Em uma metáfora sobre seu afeto, “eles conhecem a letra, mas nãoa música”. Estes defeitos têm reflexos na interação social, que se torna desviada dos padrões éticos e morais vigentes (não necessariamente somente atividade criminal). São irresponsáveis, impulsivos, não aprendem com os erros e repetidamente violam ou ignoram    15 15 15 padrões de conduta socialmente adaptados. As causas destes transtornos geralmente são múltiplas. Há um componente genético, herdado dos pais (tendência). Essa tendência desenvolve-se de acordo com os desencadeantes do ambiente onde se vive (vivências infantis e as da adolescência do indivíduo). Tratamento O tratamento desses transtornos citados acima é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se tratando de mudanças de caráter, o indivíduo terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para que o tratamento seja efetivo. Estamos falando de anos. Baseia-se na psicoterapia e medicação, de forma geral. Algumas vezes, deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por causa desses. Aparece comumente depressão e ansiedade associadas a esses transtornos. A procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Grandes expectativas de mudanças milagrosas e rápidas são geralmente frustradas, infelizmente. A melhora é lenta e gradual e, nos casos mais graves, como na psicopatia, pode não ocorrer. INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO O comportamento sexual humano é diversificado e determinado por uma combinação de vários fatores tais como os relacionamentos do indivíduo com os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura na qual ele vive. Por isso é muito difícil conceituar o que é "normal" em termos da sexualidade. O que se pode afirmar em relação a isso é que a normalidade sexual está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o indivíduo ou para o parceiro e não afronta regras comuns da sociedade em que se vive. A anormalidade pode ser definida quando há uma fixação em determinada forma de sexualidade ou em determinada pessoa, ou ainda quando a pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer. O que deve ser lembrado é que a sexualidade humana envolve, além do ato sexual em si, outras atividades, como fantasias, pensamentos eróticos, carícias e masturbação. As fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade, tanto da realização do ato sexual com um parceiro quanto da estimulação auto erótica (masturbação). A masturbação também é componente normal da sexualidade, e consiste no toque de si mesmo, em áreas que dão prazer ao indivíduo (áreas erógenas), que incluem os genitais e/ou outras partes do corpo, com a finalidade de obter prazer. No ser humano, as sensações sexuais despertadas, seja por fantasias, por masturbação ou pelo ato sexual em si, ocorrem numa sucessão de fases que estão interligadas entre si, que são chamadas de as Fases da resposta sexual humana. Fases da resposta sexual humana: · Desejo: Consiste numa fase em que fantasias, pensamentos eróticos, ou visualização da pessoa desejada despertam vontade de ter atividade sexual. · Excitação: Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente no homem pela ereção (endurecimento do pênis) e na mulher pela lubrificação vaginal (sensação de estar intimamente molhada). · Orgasmo: É o clímax de prazer sexual, sensação de prazer máximo, que ocorre após uma fase de crescente excitação. No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a ejaculação, e então ela ocorre; e na mulher, ocorrem contrações da musculatura genital. · Resolução: Consiste na sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral que ocorre após o orgasmo que, para os homens em geral, associase ao seu período refratário (intervalo mínimo entre a obtenção de ereções). Na mulher, este período refratário não existe: ela pode, logo após o ato sexual ter novamente desejo, excitação e novo orgasmo, não necessitando esperar um tempo para que isso ocorra novamente. Tipos de incongruência de gênero · Anafrodisia: consiste na diminuição ou deterioração do instinto sexual decorrente de uma doença nervosa ou glandular. · Frigidez: diminuição do apetite sexual da mulher. · Erotismo: tendência abusiva dos atos sexuais. Exemplos: ninfomania, na mulher e satiríase, no homem. · Autoerotismo: é o transtorno decorrente da ausência de outra pessoa, sendo que o orgasmo ocorre somente com o pensamento. · Erotomania: possui ideia fixa do amor dito “platônico” que o domina e avassala sua vida, pois dedica-se exclusivamente a esse amor. · Exibicionismo: obsessão em mostrar suas genitálias, sem convite para a relação sexual. Segundo o CID-10, consiste em “Tendência recorrente ou persistente de expor seus órgãos genitais a estranhos (em geral do sexo oposto) ou a pessoas em locais públicos, sem desejar ou solicitar contato mais estreito. Há em geral, mas não constantemente, excitação sexual no momento da exibição e o ato é, em geral, seguido de masturbação”. · Narcisismo: admiração pelo próprio corpo de maneira exagerada. · Voyeurismo: segundo o CID-10 consiste em “Tendência recorrente ou persistente de observar pessoas em atividades sexuais ou íntimas como o tirar a roupa. Isto é realizado sem que a pessoa observada se aperceba de o sê-lo, e conduz geralmente à excitação sexual e masturbação”. · Mixoscopia: prazer sexual que é despertado em indivíduos ao presenciar o ato sexual de terceiros. · Fetichismo: atração por parte do corpo ou objetos pertencentes à pessoa amada. Segundo o CID-10 consiste na “utilização de objetos inanimados como estímulo da excitação e da satisfação sexual. Numerosos fetiches são prolongamentos do corpo, como por exemplo as vestimentas e os calçados. Outros exemplos comuns dizem respeito a uma textura particular como a borracha, o plástico ou o couro. Os objetos fetiches variam na sua importância de um indivíduo para o outro. Em certos casos servem simplesmente para reforçar a excitação sexual, atingida por condições normais (exemplo: pedir a seu parceiro que vista uma dada roupa)”. · Lubricidade senil: manifestação sexual exagerada relacionada a demência senil ou outros tipos de perturbações patológicas, sendo que, geralmente, a idade da vítima é inversamente proporcional à idade do ator. · Pluralismo: prática sexual por três ou mais pessoas. · Bestialismo ou zoofilismo: satisfação sexual com animais domésticos. · Onanismo: impulso obsessivo na manipulação dos órgãos sexuais. · Necrofilia: obsessão e compulsão de praticar atos sexuais com cadáveres. · Sadismo: desejo ou satisfação sexual realizados com o sofrimento do parceiro. · Masoquismo: desejo ou satisfação sexual obtidos pelo próprio sofrimento. · Pedofilia: perversão sexual por crianças. · Intersexualismo: o indivíduo apresenta a genitália externa e/ou interna indiferenciadas. Referências Abdo, C. H. N., & Fleury, H. J. (2006). 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