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DROGAS
Do básico ao
avançado
VASOATIVAS
1ª
Edição Meducor
SUMÁRIO
Drogas Vasopressoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
-Noradrenalina (ou Norepinefrina) . . . . . . . . . . . . . . .6
-Vasopressina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
-Dopamina .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
-Efedrina.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
Drogas Vasodilatoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
-Nitroglicerina (TRIDIL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
-Nitroprussiato.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
-Hidralazina.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32
Drogas Inotrópicas positivas . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
-Dobutamina.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
-Milrinona.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
-Levosimendan..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42
SUMÁRIO
Antiarrítmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
-Amiodarona.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46
-Adenosina.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
-Propafenona... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54
Drogas para intubação (IOT) ................58
-Sequência rápida de IOT.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
-Fentanil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74
-Lidocaína.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78
-Etomidato.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80
-Midazolam... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
-Quetamina.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86
-Succinilcolina.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89
-Rocurônio.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93
BÔNUS
Drogas no choque .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97
É importante conhecer as doses, concentrações e apresentações
mais comuns das medicações utilizadas na emergência. No entanto,
não é necessário memorizá-las todas. Sempre que houver dúvidas, é
possível consultar materiais de apoio ou aplicativos, além de que
todas as medicações têm suas dosagens e apresentações escritas
nos rótulos.
As doses e taxas de infusão das medicações venosas geralmente são
calculadas com base no peso do paciente. No entanto, na prática da
emergência, muitas vezes iniciamos a infusão sem saber exatamente
a dosagem correta. À medida que o paciente é estabilizado, podemos
calcular a dose exata e ajustar conforme necessário. Algumas
medicações possuem dosagem fixa e independente do peso, nessas
situações é importante saber a dosagem antecipadamente.
Quando se trata de medicações vasoativas, a comunicação adequada
com a equipe de enfermagem é crucial. É importante deixar claro
como cada medicação deve ser preparada e diluída, e como a infusão
deve ser feita.
As dicas práticas apresentadas aqui são úteis na emergência, mas é
importante lembrar que nada substitui o julgamento clínico do
momento e do paciente que está sendo tratado.
Caso esteja acessando o livro em formato PDF, o sumário é interativo,
permitindo que você clique no tema ou prescrição desejada e seja
direcionado automaticamente para a página correspondente, sem a
necessidade de rolar manualmente as páginas.
Espero que aproveite o material da melhor forma.
Bom plantão!
INTRODUÇÃO
4
5
Apresentação:
Solução injetável
2mg/mL (1mg/mL de norepinefrina base) – ampola com 4 mL
Diluição padrão:
Tempo de infusão:
Posologia:
Diluir 01 ampola de 4 mL (8 mg) em 1.000 mL de SG 5%.
• Assim temos: Concentração de 8 microgramas/mL;
• Início 2-3 mL/minuto.
• Na Manutenção 0,5-1 mL/minuto.
Adultos
Dose inicial de 8 a 12 mcg/min, IV, em infusão contínua.
Dose de manutenção de 2 a 4 mcg/min
Crianças
Dose inicial de 0,05 a 0,1 mcg/kg/min, IV, em infusão contínua.
Dose habitual de 0,1 a 2 mcg/kg/min
Neonatos
Dose inicial de 0,05 a 0,1 mcg/kg/min, IV, em infusão contínua;
Dose habitual de 0,2 a 2 mcg/kg/min
Observação: Não fazer EV diretamente sem diluição e nem IM.
NORADRENALINA (OU NORAEPINEFRINA)
6
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
• Pressão sanguínea (ou pressão arterial média);
• Frequência cardíaca;
• Débito cardíaco (conforme apropriado);
• Pressão capilar pulmonar (conforme apropriado);
• Débito urinário;
• Perfusão periférica;
• Local de infusão.
Mecanismo de ação:
• Atua como agonista alfa 1, beta 1 e beta 2 adrenérgicos
• Efeito vasodilatador coronariano
• Redistribui fluxo sanguíneo para os órgaos primordiais
• Vasoconstrição pulmonar
Efeitos:
• Aumenta a frequência cardíaca e a contratilidade cardíaca
• Tende a aumentar a resistência vascular periférica
Indicações:
Hipotensão refratária a volume, sobretudo em situações de
vasodilatação periférica (ex: choque séptico).
NORADRENALINA (OU NORAEPINEFRINA)
7
Informações básicas sobre o medicamento
NORADRENALINA (OU NORAEPINEFRINA)
8
Uso Clínico
• Choque cardiogênico;
• Feocromocitomectomia;
• Simpatectomia;
• Poliomielite;
• Infarto do miocárdio;
• Septicemia;
• Transfusão sanguínea;
• Reações a drogas;
• Parada cardíaca (coadjuvante);
• Hipotensão profunda (coadjuvante).
Precauções de uso:
• Sua infusão deve ocorrer, preferencialmente, por cateter
venoso central. No entanto, até que esta via esteja disponível,
pode ser infundida transitoriamente em veia periférica.
• Atentar-se para os efeitos de possível extravasamento da
solução, que pode causar necrose da pele.
• Em doses altas, eleva o risco de isquemia intestinal, renal,
hepática e da pele.
• Potencial de provocar arritmias.
Hyponor (Hemitartarato de norepinefrina). Cristal Mel Guerra e
Silva. Minas Gerais: Hypofarma-Instituto de Hypodermia e
Farmácia Ltda., 2021. Bula do medicamento.
Hospital Sírio-Libanês. Guia Farmacêutico 2014/2015. 8th ed.
Bela Vista (SP), 2014.
Taketomo CK, Hodding JH, Kraus DM. Lexi-Comp's Pediatric
Dosage Handbook: Including Neonatal Dosing, Drug
Administration, & Extemporaneous Preparations. Lexi-comp,
2004.
Taketomo CK, Hodding JH, Kraus DM, et al. Pediatric Dosage
Handbook. Lexi-Comp's Pediatric Dosage Handbook: Including
Neonatal Dosing, Drug Administration, & Extemporaneous
Preparations. 23rd ed. Hudson: Lexi-Comp, 2016.
Hyponor (Hemitartarato de norepinefrina). Augusto César
Garoufo de Andrade. Minas Gerais: Hypofarma-Instituto de
Hypodermia e Farmácia Ltda, 2017. Bula de remédio.
Referências Bibliográficas
NORADRENALINA (OU NORAEPINEFRINA)
9
Observação: Na prática, é possível utilizar as diluições:
•20 mL do medicamento + 80 mL de SG 5%
(concentração: 200 microgramas/mL);
•16 mL do medicamento + 234 mL de SG 5%
(concentração: 64 microgramas/mL);
•16 mL do medicamento + 84 mL de SG 5%
(concentração: 160 microgramas/mL).
Apresentação:
Solução injetável: 20 unidades/mL (ampola de 1 mL).
Diluição padrão:
Dose e Infusão
Diluir
1 ampola de Vasopressina (20UI - 1mL) em 200mL de SG5%
• Concentração desta diluição: 0,1 Ul/mL
Obs.: pode diluir em Soro Glicosado 5%, Soro Fisiológico 0,9% ou
Ringer.
• 0,01 - 0,04 Ul/min
•Titularconforme o alvo de pressão arterial média desejado
•Na prática, pode-se iniciar com taxa de infusão de 6ml/h e
progredir para 12mL/h, 18mL/h ou até 24mL/h conforme a
resposta clínica.
Detalhes (de posologia)
Adultos:
Hemorragia gastrintestinal: 0,2 U/min
•Deve-se iniciar a infusão endovenosa com 0,2 U/minuto, e ser
aumentada a cada hora de 0,2 U/minuto até que a hemorragia
seja controlada. Após 12 horas de controle da hemorragia, a
dose pode ser reduzida à metade, e pode ser interrompida
dentro de mais 12-24 horas;
VASOPRESSINA
10
Dose e Infusão
Detalhes (de posologia). continuação
Adultos:
Choque séptico:
0,01 a 0,04 U/min em bomba de infusão contínua (BIC)
•A infusão contínua deverá ser mantida de 24-96 horas de forma a
individualizar cada caso;
Diabetes insipidus: 0,001 a 0,003 U/kg/hora em BIC
•A infusão contínua deverá ser mantida de 24-96 horas de forma a
individualizar cada caso;
Pediatria
•Diabetes insipidus:
2,5-5 unidades (0,125-0,25 mL) SC/IM a cada 6-8 horas;
•Diabetes insipidus pós-operatório:
Infusão contínua (EV) de 0,001-0,003 U/kg/hora;
•Hemorragia gastrointestinal:
0,01 unidades/kg/minuto EV.
VASOPRESSINA
11
Vasopressin: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
Encrise (Vasopressina). Dante Alario Junior. São Paulo: Biolab
Sanus Farmacêutica Ltda., 2020. Bula de remédio.
Springman S, Trapskin PJ, et al. Perioperative Medication
Management - Adult/Pediatric - Inpatient/Ambulatory - Clinical
Practice Guideline. UW Health, 2020.
Referências Bibliográficas
VASOPRESSINA
12
Apresentação:
Ampola 50 mg/10 mL
Diluição padrão:
Posologia:
5 ampolas (50 mg/10 mL) de Cloridrato de dopamina + 200 mL
de SG 5%
• Assim temos: concentração 1000 mcg/mL
Por seus efeitos serem dose dependente, é preciso se atentar aos
resultados desejados e às respostas obtidas conforme a infusão é feita.
Tem-se, que:
Dose baixa: 1 a 5 mcg/kg/minuto
•Para realizar aumento do: fluxo sanguíneo renal (receptores
dopaminérgicos).
Dose intermediária: 5 a 10 mcg/kg/minuto
Para realizar aumento
•do fluxo sanguíneo renal
•da frequência cardíaca
•da contratilidade cardíaca
•do débito cardíaco.
Dose alta: 10 a 20 mcg/kg/minuto
Para realizar aumento
•vasoconstrição e elevação da pressão arterial sistêmica
•Vasoconstrição renal, mesentérica, arterial periférica e venosa,
com aumento expressivo da resistência vascular sistêmica e
pulmonar. 13
DOPAMINA
Posologia:
Doses padrões (se não for específica como dito no item
anterior)
Adultos:
•Dose usual: 2 a 20 mcg/kg/min IV
•Dose máxima: 50 mcg/kg/min
Crianças
Dose usual: 5 a 20 mcg/kg/min IV
.
Neonatos:
Dose usual: 1 a 20 mcg/kg/min por infusão contínua IV
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
• É uma catecolamina precursora da adrenalina e noradrenalina
• Agonista alfa 1, beta 1 e 2 dopaminérgicos
•Estimula liberação de noradrenalina
Efeitos:
•Inotrópico positivo
•Vasopressor
•Aumenta a perfusão renal e esplâncnica
14
DOPAMINA
DOPAMINA
Informações básicas sobre o medicamento
Indicações:
•Tratamento de hipotensão
• Baixo débito cardíaco
• Perfusão inadequada de órgãos vitais;
•Usado para aumentar a pressão arterial média em pacientes
com choque séptico que permanecem hipotensos após
expansão de volume adequada.
Contraindicações:
• Uso associado com ergotamina, isocarboxazida, linezolida,
fenelzina, tranilcipramina
•Hipersensibilidade à Dopamina
•Feocromocitoma
•Fibrilação ventricular
•Taquiarritmias não corrigidas.
Possíveis efeitos adversos:
•Arritmia ventricular
•A dopamina pode causar resultados falsamente elevados de
glicemia capilar
15
DOPAMINA
Informações básicas sobre o medicamento
Precauções de uso:
• Sua infusao deve ocorrer, preferencialmente, por cateter
venoso central .
• Pode ser diluída tanto em soro glicosado quanto fisiológico.
• Não utilizar em soluções que contenham bicarbonato.
• Em caso de extravasamento cutâneo pode ocorrer necrose da
pele
Observarção:
Medicamento utilizado classicamente no choque cardiogênico,
a Dopamina também pode ser administrada em outros tipos de
choque, inclusive séptico — ainda que não seja a droga de
escolha. Deve ser administrada exclusivamente via intravenosa
através de bomba de infusão a fim de garantir um volume
exato. Além disso, a administração via oral inativa o produto,
enquanto as vias SC e IM não são indicadas devido à ação
vasoconstritora da droga
16
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Bulário Eletrônico.
Portal Anvisa. [Internet] (Acesso em Ago 30, 2021).
Azevedo LCP, et al. Medicina intensiva: abordagem prática. 2a
ed. Barueri, SP: Manole, 2015.
Caldeira Filho M, Westphal GA. Manual Prático de Medicina
Intensiva . 11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Backer DD, et als. Dopamine versus norepinephrine in the
treatment of septic shock: A meta-analysis. Crit Care Med. 2012;
40(3):725-30.
Dopamine: Drug information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information, Inc.; 2021
Referências Bibliográficas
DOPAMINA
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Apresentação:
Solução injetável: 50 mg/mL – ampola de 1 mL
Diluição padrão:
Posologia:
• Diluir 1 ampola de Efedrina (1mL) em 9mL de SF 0,9%
• Concentração desta diluição: 5Smg/mL
• 5-10mg em bolus EV - 1-2mL da solução padrão
• 25-50mg para dose IM - 0,5-1mL da ampola sem diluição
Detalhes
Pediatria
•Tratamento do estado hipotensivo:
2-3 mg/kg/dia ou 67-100 mg/m2 SC, IM ou EV, divididos em 4-6
doses.
EFEDRINA
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Monitoramento:
•Pressão arterial
•Pulso
•Monitorar pacientes com insuficiência renal quanto a reações
adversas.
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
•Efeitos simpaticomiméticos
• Agonista alfa1, beta1 e beta2
• Efeito indireto: estimula secreção de noradrenalina
Efeitos:
•Inotrópico positivo
• Vasopressor
• Aumenta o débito cardíaco, a contratilidade, a frequência
cardíaca e a pressão arterial média.
•Curta duração do efeito pela via venosa - 3-8 minutos
Indicações:
•Hipotensão associada à raquianestesia e anestesia geral
•Choque refratário com hipotensão.
Precauções de uso:
• Pode ser utilizado via acesso venoso periférico
• Pode também ser infundida via subcutânea, intramuscular, via
oral e endovenosa.
• Segura na gestação
•Geralmente não é utilizada em infusão contínua devido ao
risco de taquifilaxia.
EFEDRINA
19
EFEDRINA
Efedrin (Sulfato de efedrina). José Carlos Modolo. São Paulo:
Cristália - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., 2021. Bula
de remédio.
Ephedrine (systemic): Drug Information. Lexicomp Online,
Pediatric and Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio:
Wolters Kluwer Clinical Drug Information, Inc.; 2021.
Referências Bibliográficas
20
21
Apresentação:
Solução injetável: 5 mg/mL (ampolas com 5 e 10 mL).
Diluição padrão:
Tempo de infusão:
Posologia:
Diluir 1 ampola de Nitroglicerina (10mL) em 240mL de SG 5%
• concentração desta diluição: 200mcg/mL
• Infusão EV contínua.
•Tempo de infusão: 3-96 mL/hora
(Não se destina à injeção EV direta);
Dose recomendada: Inicia-se com dose de 5 mcg/minuto
•Podendo ser aumentada progressivamente a cada 3-5
minutos, de acordo com a resposta clínica do paciente em
relação às metas predeterminadas para cada situação clínica;
• se não for observada resposta a 20 microgramas/minuto,
podem ser utilizados incrementos de 10 e posteriormente 20
microgramas/minuto;
Dose máxima: 400 microgramas/mL
NITROGLICERINA ("TRIDIL")
22
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
• Pressão sanguínea
• Frequência cardíaca.
Pediatria: Este medicamento não é indicado para crianças.
Mecanismo de ação:
Vasodilatador direto, com predomínio de vasodilatação venosa
Efeitos:
• Diminui vasoespasmo coronariano
•Aumenta o fluxo sanguíneo pelos vasos colaterais no coração
• Reduz a pré-carga
• Reduz a resistência vascular pulmonar
• Meia-vida curta (3min)
Indicações:
•Angina
•Hipertensão perioperatória
•Insuficiênciacardíaca congestiva
•Infarto agudo do miocárdio
•Edema agudo de pulmão hipertensivo
NITROGLICERINA ("TRIDIL")
23
Informações básicas sobre o medicamento
Contraindicações
•Pacientes alérgicos à Nitroglicerina ou aos componentes da
fórmula;
•Uso associado com inibidores de fosfodiesterase-5 (PDE-5)
como Sildenafila, Tadalafila, Vardenafila ou Lodenafila;
•Glaucoma de ângulo fechado;
•Traumatismo craniano ou hemorragia cerebral (por elevação
da pressão intracraniana);
•Anemia severa;
•Hipotensão;
•Hipovolemia não corrigida;
•Circulação cerebral inadequada;
•Pacientes com tamponamento pericárdico;
•Cardiomiopatia restritiva ou pericardite constritiva, pois o
débito cardíaco é dependente do retorno venoso.
Precauções de uso:
•Diluição pode ser feita tanto em SG5% quanto SF0,9%
•Devido ao problema da absorção da Nitroglicerina por equipos
de PVC, a injeção de Nitroglicerina deve ser usada com um
equipo de infusão de menor absorção (isto é, não PVC)
disponível;
•A fração liberada do conteúdo de Nitroglicerina original da
solução tem sido de 20-60% em estudos publicados usando-se
equipos de PVC;
•Cuidado com hipotensão sistêmica inesperada que é muitas
vezes refratária a vasopressores.
NITROGLICERINA ("TRIDIL")
24
Hospital Sírio-Libanês. Guia Farmacêutico 2014/2015. 8.ª ed.,
2014.
Tridil (Nitroglicerina). José Carlos Módolo. São Paulo: Cristália
Prod. Quím. Farm. Ltda., 2021. Bula do medicamento.
EBSERH - Hospitais Universitários Federais. MAN UDF-DIST 001:
Reconstituição, diluição e administração de medicamentos
endovenosos. 12ª ed., 2017.
Albert Einstein Sociedade Beneficente Israelita Brasileira.
Manual Farmacêutico - Tabela de Diluição de Medicamentos
Intravenosos Gerais [Internet]. São Paulo: Albert Einstein
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. (Acesso em 05 jan
2023).
Referências Bibliográficas
NITROGLICERINA ("TRIDIL")
25
Apresentação:
Solução injetável: 25 mg/mL: frasco-ampola com 2 mL
Diluição padrão:
Posologia:
Diluir 1 ampola de Nitroprussiato (2mL) em 248mL de SG 5%
• Concentração desta diluição: 200mcg/mL
Adultos:
•Dose usual: 0,3-1 micrograma/kg/minuto EV, por até 3
horas;
•Dose máxima: 8 microgramas/kg/minuto
• Se for fazer Infusão em bolus
Aspirar 4mL da solução padrão a 200mcg/mL e misturar com
16mL de SF 0,9%. Administrar 1mL desta solução conforme a
demanda.
Pediatria
•Dose usual: 0,3-1 micrograma/kg/minuto EV por até 3 horas;
•Dose máxima: 8 microgramas/kg/minuto;
•Diluição: Infusão EV: 2 mL + 248 mL ou 498 mL ou 998 mL de
SG 5%.
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
26
DOSE PARA INFUSÃO CONTÍNUA
Nitroprussiato (200 microgramas/mL)
micrograma/kg/minuto
PESO 0,5 1 5 10
40 kg 6,0 mL/hora 12,0 mL/hora 60,0 mL/hora 120,0 mL/hora
45 kg 6,8 mL/hora 13,5 mL/hora 67,5 mL/hora 135,0 mL/hora
50 kg 7,5 mL/hora 15,0 mL/hora 75,0 mL/hora 150,0 mL/hora
55 kg 8,3 mL/hora 16,5 mL/hora 82,5 mL/hora 165,0 mL/hora
60 kg 9,0 mL/hora 18,0 mL/hora 90,0 mL/hora 180,0 mL/hora
65 kg 9,8 mL/hora 19,5 mL/hora 97,5 mL/hora 195,0 mL/hora
70 kg 10,5 mL/hora 21,0 mL/hora 105,0 mL/hora 210,0 mL/hora
75 kg 11,3 mL/hora 22,5 mL/hora 112,5 mL/hora 225,0 mL/hora
80 kg 12,0 mL/hora 24,0 mL/hora 120,0 mL/hora 240,0 mL/hora
85 kg 12,8 mL/hora 25,5 mL/hora 127,5 mL/hora 255,0 mL/hora
90 kg 13,5 mL/hora 27,0 mL/hora 135,0 mL/hora 270,0 mL/hora
95 kg 14,3 mL/hora 28,5 mL/hora 142,5 mL/hora 285,0 mL/hora
100 kg 15,0 mL/hora 30,0 mL/hora 150,0 mL/hora 300,0 mL/hora
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
27
Posologia:
Ajuste da Bomba Infusora
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•Toxicidade de cianeto e tiocianato.
•Pressão arterial através da linha arterial e frequência cardíaca.
•Saturação do oxigênio venoso.
•Monitorar o status ácido-base, pois a acidose pode ser o
primeiro sinal de toxicidade por cianeto.
•Níveis de tiocianato, se for necessário infusão prolongada (> 3
dias) ou dose > 3 microgramas/kg/minuto ou paciente que
tenha disfunção renal.
•Níveis sanguíneos de cianeto (se disponível com o tempo de
resposta) em pacientes com função hepática diminuída.
Mecanismo de ação:
Vasodilatador direto arterial e venoso
Efeitos:
•Diminui pré e pós-carga
•Reduz resistência vascular periférica
•Vasodilatação em leito pulmonar
Precauções de uso:
•Sua infusão deve ocorrer, preferencialmente, por cateter
venoso central
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
28
Informações básicas sobre o medicamento
Indicações:
•Hipertensão arterial maligna
•Crise hipertensiva
•Crise hipertensiva na infância
•Insuficiência cardíaca aguda
•Feocromocitoma
•Hemorragia cerebelar
•Encefalopatia hipertensiva
•Edema agudo de pulmão hipertensivo
•Aneurisma dissecante
•Insuficiência cardíaca secundária ao infarto agudo do miocárdio
•Cirurgia cardíaca e vascular
•Síndrome de sofrimento respiratório idiopático em recém-
nascidos
•Nefrite glomerular aguda
Contraindicações
•Hipersensibilidade aos componentes.
•Hipertensão compensatória (shunt arteriovenoso ou estenose
da aorta).
•Pacientes com atrofia ótica congênita ou com ambliopia por
tabagismo.
•No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva aguda,
associada com resistência vascular periférica reduzida e para
produzir hipotensão nas cirurgias em pacientes com inadequado
fluxo sanguíneo cerebral ou pacientes moribundos.
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
29
Informações básicas sobre o medicamento
Possíveis efeitos adversos:
•Hipotensão
•Tontura
•Cefaleia
•Sonolência
•Taquiarritmia
•Bradiarritmia
•Rubor facial
•A toxicidade do cianeto pode desenvolver-se dentro de 1 hora
com infusões > 10 microgramas/kg/minuto: Tratar com
tiossulfato de sódio 20% (10 mg/kg/min)
Cuidados na Administração
•A solução normalmente contém uma coloração marrom clara.
Descartar imediatamente em casos de coloração azulada, verde
ou vermelho escuro;
•Preparar em frasco e equipo protegidos da luz;
•Use dentro de 24 horas;
•Bomba de infusão necessária.
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
30
Nitroprusside: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric
and Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2023.
Nitroprus (Nitroprusseto de sódio). José Carlos Módolo. São
Paulo: Cristália - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda, 2021.
Bula do medicamento.
Deliu AG, Sanneerappa PBJ, Franklin O, et al. Sodium
nitroprusside, a lifesaving treatment for neonatal hypertension:
an Irish experience. BMJ Case Rep., 2018.
NITROPRUSSIATO (NIPRIDE)
Referências Bibliográficas
31
Apresentação:
Solução injetável: 20 mg/mL - ampola de 1 mL
Diluição padrão:
Posologia:
Diluir 1 ampola de Hidralazina (1mL) em 3mL de ABD (água
bidestilada) ou soro fisiológico
• Concentração desta diluição: 5mg/mL
Dose:
• Fazer 0,5- 1mL da solução em bolus.
• Pode-se repetir a dose em 10min se ausência de melhora
HIDRALAZINA
32
Monitoramento:
• Pressão arterial (monitorar de perto com o uso endovenoso),
em pé e sentado/em decúbito dorsal
•Frequência cardíaca
•Hemograma completo
•Título de anticorpo antinuclear
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
Vasodilatador seletivo. Ação relaxante direta sobre a
musculatura lisa dos vasos de resistência, predominantemente
nas arteríolas.
obs.: Início de ação lento - 10min
Efeitos:
Dilata o leito coronariano, renal, esplâncnico e cerebral.
Indicações:
•Anti-hipertensivo de uso em gestantes com pré-eclampsia
•Hipertensão arterial (ambulatório), Insuficiência cardíaca
crônica : nesse caso é o medicamento VO (que não é o tema
desse guia).
Precauções de uso:
Risco de taquicardia reflexa
HIDRALAZINA
Referências Bibliográficas
Nepresol (Cloridrato de hidralazina). José Carlos Módolo. São
Paulo: Cristália Produros Químicos Farmacêuticos Ltda., 2021.
Bula de remédio.
Apresolina (Cloridrato de hidralazina). Flavia Regina Pegorer.
São Paulo: Novartis Biociências S.A., 2021. Bula de remédio.
33
34
Apresentação:
Diluição padrão:
Posologia:
Dobutamina (Solução Padrão)
micrograma/kg/minuto
Peso 5 7,5 15 20
50 kg 15,0
mL/hora
22,5
mL/hora
45,0
mL/hora
60,0
mL/hora
60 kg 18,0
mL/hora
27,0mL/hora
54,0
mL/hora
72,0
mL/hora
70 kg 21,0
mL/hora
31,5
mL/hora
63,0
mL/hora
84,0
mL/hora
80 kg 24,0
mL/hora
36,0
mL/hora
72,0
mL/hora
96,0
mL/hora
90 kg 27,0
mL/hora
40,5
mL/hora
81,0
mL/hora
108,0
mL/hora
Solução injetável: 12,5 mg/mL (ampola com 20 mL).
Diluir 1 ampola (250 mg) de Dobutamina + 230 mL de SF
0,9% ou SG 5%;
Dose: Adultos, crianças e neonatos
•Dose usual: 2,5-20 mcg/kg/minuto EV;
•Dose máxima: 40 mcg/kg/min
Tabela de infusão contínua de Dobutamina (Para Bomba Infusora)
DOBUTAMINA
35
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•Pressão arterial média (PAM)
•Frequência cardíaca
•ECG
•Potássio sérico
•Glicose sérica
•Função renal
•Saída de urina
•Pressão venosa central
•Pressão do átrio direito
•Se o cateter de artéria pulmonar estiver instalado, monitore
índice cardíaco, pressão da onda capilar pulmonar e resistência
vascular sistêmica;
•Saturação venosa central
Mecanismo de ação:
• Agonista beta-1-adrenérgico
•Estimula os receptores beta-1-adrenérgicos do miocárdio,
resultando em aumento da contratilidade e frequência
cardíaca, e estimula tanto receptores beta-2 quanto alfa-1 na
vasculatura.
• Meia-vida curta - 3 minutos
DOBUTAMINA
36
Informações básicas sobre o medicamento
Efeitos:
• Aumenta frequência cardíaca, contratilidade e débito cardíaco
• Reduz pós-carga e a resistência vascular sistêmica e periférica
• Eleva o fluxo sanguíneo renal
• Pode causar hipotensão e arritmias
Indicações:
• Choque cardiogênico
• Situações de baixo débito cardíaco: Suporte inotrópico em
estado de hipoperfusão com débito cardíaco insuficiente
Contraindicações:
•Hipersensibilidade;
•Estenose subaórtica hipertrófica idiopática;
•Feocromocitomas;
•Taquiarritmias;
•Fibrilação ventricular.
DOBUTAMINA
37
Informações básicas sobre o medicamento
Precauções de uso:
• Pode ser utilizada tanto por via periférica quanto central
•Efeitos reduzidos com o uso concomitante de
betabloqueadores
•Infundir em veia profunda através da bomba de infusão
•Armazenar frascos intactos à temperatura ambiente e
proteger contra calor excessivo ou condições de congelamento
•Soluções diluídas podem ser armazenadas por 24 horas
•Incompatível com soluções alcalinas como Bicarbonato de
sódio. Incompatível também com Hidrocortisona, Cefazolina,
Heparina e Penicilina
•A hipovolemia, caso presente, deve ser corrigida antes da
administração de Dobutamina
DOBUTAMINA
Dobutamine: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
Dobutrex® (Cloridrato de dobutamina). Sidnei Bianchini Junior.
São Paulo: Antibióticos do Brasil Ltda, 2020. Bula de remédio.
Referências Bibliográficas
38
Apresentação:
Solução injetável na concentração 20mg/20mL (1 mg/mL) -
ampolas de 20mL
Diluição padrão:
Posologia:
Diluir 1 ampola de Milrinona (20mL) em 80 mL de SG5%
• Concentração desta diluição: 200mcg/mL
Dose: 0,125-0,75 mcg/Kg/min
Obs.: Se Clearence de Creatinina < 50mL/min, utilizar dose
máxima de 0,125mcg/kg/min
MILRINONA
Monitoramento:
•Contagem de plaquetas
•Eletrólitos (especialmente potássio e magnésio)
•Função renal
•ECG
•Pressão arterial
•Frequência cardíaca
•Local de infusão
•Se o cateter de artéria pulmonar estiver instalado, monitore o
índice cardíaco, o volume sistólico, a resistência vascular
sistêmica, a pressão capilar pulmonar e a resistência vascular
pulmonar.
39
Informações básicas sobre o medicamento
MILRINONA
Mecanismo de ação:
Inibidor da fosfodiesterase Ill
Efeitos:
• Aumento da concentração intracelular de AMPc, o que leva a
um aumento do inotropismo nos cardiomiócitos e
vasodilatação na musculatura lisa.
• Atua como um vasodilatador pulmonar.
• Possui baixo potencial arritmogênico.
Indicações:
• Esta medicação é indicada em casos de baixo débito cardíaco,
especialmente quando acompanhado de insuficiência do
ventrículo direito e hipertensão pulmonar.
Precauções de uso:
•Pode haver precipitação se ocorrer contato com furosemida
ou procainamida.
•A diluição pode ser realizada em soluções de SG5% ou SF0,9%.
•A infusão pode ser administrada através de acesso periférico
ou central.
Contraindicações
Hipersensibilidade à Milrinona e aos demais componentes da
formulação
40
Informações básicas sobre o medicamento
MILRINONA
Cuidados na Administração
•Armazenar frascos intactos à temperatura ambiente; proteja
contra excesso de calor ou congelamento;
•A solução diluída deve ser utilizada dentro de 24 horas;
•Não exceder a dose máxima recomendada;
•Não exceder 48 horas de tratamento.
Primacor (Lactato de milrinona). Ricardo Jonsson. São Paulo:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda, 2020. Bula do medicamento.
Oliveira AR, et al. Manual da Residência de Medicina Intensiva.
5a ed. São Paulo: Manole, 2016.
Filho MC, Westphal GA. Manual Prático de Medicina Intensiva.
11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Referências Bibliográficas
41
Apresentação:
Solução injetável: 2,5 mg/mL (frasco-ampola de 5 mL).
Diluição padrão:
Tempo de infusão:
Posologia:
5 mL de Levosimendan + 495 mL de SG 5%.
•Concentração desta diluição: 25mcg/mL
• Início 2-3 mL/minuto.
• Na Manutenção 0,5-1 mL/minuto.
•Dose inicial: 6-12 mcg/kg IV em 10 minutos
•Infusão contínua: 0,05-0,2 MCG/kg/minuto
•Dose máxima diária teórica: 0,3 mg/kg
Pediatria
Não há estudos de segurança em população pediátrica.
Observação: Não fazer EV diretamente sem diluição e nem IM.
LEVOSIMENDAN
42
Monitoramento:
Recomenda-se o monitoramento desses parâmetros por pelo
menos 3 dias depois do término da infusão ou até que o
paciente esteja clinicamente estável
Recomenda-se monitorar a concentração de potássio sérico,
antes de iniciar o medicamento, e também durante o
tratamento.
Em pacientes com comprometimento renal ou hepático leve
a moderado, o monitoramento é recomendado por pelo
menos 5 dias.
•ECG
•Pressão arterial
•Frequência cardíaca
•Débito urinário
LEVOSIMENDAN
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
Este medicamento atua sensibilizando a troponina C ao cálcio,
melhorando, assim, a eficácia do cálcio sobre os miofilamentos.
43
LEVOSIMENDAN
Informações básicas sobre o medicamento
Indicações:
Descompensação aguda da insuficiência cardíaca crônica grave
nas seguintes situações:
•Quando a terapia convencional não é suficiente
•Casos em que suporte inotrópico é indicado
Precauções de uso:
•Diluir em SG5%
•Infusão em acesso periférico ou central
Simdax (Levosimendana). Dante Alario Jr. São Paulo: Biolab
Sanus Farmacêutica Ltda., 2020. Bula do medicamento.
Levosimendan: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric
and Neonatal Lexi-Drugs Online, Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
Referências Bibliográficas
44
45
Apresentação:
Solução injetável: 50 mg/mL: frasco-ampola com 3 mL
Diluição padrão:
Posologia:
Atenção
são 2 diluições diferentes. Uma vai ser para fazer o ataque e a
outra é para fazer em seguida a manutenção.
• Dose ataque: 1 ampola de Amiodarona (150mg) em 100mL
de SG5%,
• Dose manutenção: 6 ampolas de Amiodarona (900mg) em
250mL de SG5%
Dose de ataque:
1 ampola de amiodarona (ou 150mg) em 100ml de SG5% -
fazer em 10 a 30 minutos
Em seguida
Dose de manutenção (ver diluição manutenção):
→ 1mg/min nas primeiras 6 horas
(ou seja 16,6ml/h da solução)
→ 0,5mg/min nas próximas 18horas
(ou seja 8,3ml/h da solução)
AMIODARONA
46
Monitoramento:
•Pressão arterial
•ECG: Frequência cardíaca e ritmo durante o tratamento;
•Avaliar o paciente quanto a sinais de letargia, edema de mãos
ou pés, e toxicidade pulmonar (testes de função pulmonar
basais e radiografia de tórax)
•Testes de função hepática
•Monitorar eletrólitos séricos, especialmente potássio e
magnésio;
•Testes de função da tireoide antes do início do tratamento
•Se ocorrerem sinais ou sintomas de doença da tireoide ou
surto/exacerbação de arritmia, é necessária uma reavaliação
imediata. Pode ocorrer hipotireoidismo clínico ou
hipertireoidismo•Pacientes com dispositivos cardíacos implantáveis: monitorar
os limiares de estimulação ou desfibrilação no início e durante
o tratamento.
AMIODARONA
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
•Ele possui um efeito predominante de bloqueio dos canais de
potássio, o que prolonga a duração do potencial de ação;
•Além disso, também atua nos canais de sódio e cálcio, bem
como nos receptores beta e alfa-adrenérgicos;
•Por ser lipofílico, requer uma dose de ataque e tem uma meia-
vida média de 60 dias (variando de 15 a 142 dias);
•O início de ação por via intravenosa ocorre em 1 a 2 horas,
enquanto por via oral, ocorre após 2 a 3 dias. 47
AMIODARONA
Informações básicas sobre o medicamento
Efeitos:
•Ação antiarrítmica;
•Além disso, pode promover vasodilatação coronariana e
periférica. Devido a isso, é necessário ter cautela na dose de
ataque, uma vez que pode levar a uma redução da pressão
arterial (hipotensão).
Indicações:
•Distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles
resistentes a outras opções terapêuticas
•Alterações do ritmo associadas à síndrome de Wolff-
Parkinson-White
•Taquicardia ventricular
•Taquicardia supraventricular sintomática
•Fibrilação atrial
•Fibrilação ventricular
Contraindicações
•Hipersensibilidade aos componentes
•Disfunção grave do nó sinusal, bloqueio AV de 2°/3° ou
bradicardia sintomática (exceto com marca-passo artificial
funcional)
•Choque cardiogênico
•Hipersensibilidade ao iodo
•Evitar durante a amamentação
48
AMIODARONA
Informações básicas sobre o medicamento
Precauções de uso:
•Interações:
→Em geral, observa-se um aumento de 50-75% do nível sérico
de digoxina, um aumento de 50-100% do nível sérico de
varfarina, bem como uma potencialização dos efeitos de
diltiazem, sinvastatina e ciclosporina;
→É importante evitar o uso de doses maiores que 20mg de
sinvastatina, por exemplo;
→Deve-se ter cuidado ao administrar este medicamento a
pacientes com disfunção tireoidiana e em combinação com
outros medicamentos que podem prolongar o intervalo QT,
devido ao risco de desenvolvimento de torsades de pointes.
•Concentração > 2 mg/mL associado a irritação venosa;
•Se a concentração > 2 mg/mL, administrar por cateter venoso
central;
•Administrar EV através de bomba de infusão;
•Pode causar toxicidade pulmonar e de tireoide.
49
AMIODARONA
Referências Bibliográficas
Atlansil (Cloridrato de amiodarona). Ricardo Jonsson. São Paulo:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda., 2020. Bula de remédio.
Ancoron (Cloridrato de amiodarona). Cintia Delphino de
Andrade. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda., 2020. Bula de
remédio.
Cloridrato de amiodarona. Renato Silval. Minas Gerais:
Hipolabor Farmacêutica Ltda., 2021. Bula de remédio.
Amiodarone: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
50
Apresentação:
Solução Injetável: 3 mg/mL (ampola de 2 mL)
Diluição padrão:
Posologia:
•Fazer sem diluição
•Deve ser administrado em bolus, seguido de flush* de soro
fisiológico (20 mL) e elevação do membro.
*"Flushing" é um termo referente à lavagem de um lúmen do
cateter, sendo feito antes e após a administração de um
medicamento, a fim de prevenir a mistura de medicamentos
incompatíveis e prevenir a obstrução do cateter venoso.
Fazer 1 ampola em bolus rapidamente seguida de flush de
20mL de SF0,9%
ADENOSINA
Se ausência de resposta: Fazer 2 ampolas em bolus
rapidamente seguida de flush de 20mL de SF0,9%
Pode-se repetir por 2 vezes, com dose dobrada (12 mg);
Dose máxima: 30 mg.
Pediatria
Este medicamento não é indicado para crianças.
51
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•Eletrocardiograma
•Frequência cardíaca
•Pressão arterial.
Mecanismo de ação:
Possui efeito de redução na formação de impulsos no nodo
sinoatrial, bem como na diminuição do tempo de condução no
nodo AV e interrupção dos caminhos de reentrada no nodo AV.
Classificado como um antiarrítmico Classe IV na classificação de
Vaughan Williams.
Efeitos:
•Possui ação antiarrítmica
•Início de ação é imediato
•É metabolizado em menos de 10 segundos por enzimas
plasmáticas.
Indicações:
•Taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) ao ritmo
sinusal.
ADENOSINA
52
Informações básicas sobre o medicamento
Precauções de uso:
•Em pacientes transplantados ou com acesso venoso central, é
recomendado administrar metade da dose.
•Deve-se evitar o uso em pacientes com asma descompensada:
A adenosina deve ser utilizada com cautela em pacientes com
doença pulmonar obstrutiva e deve ser evitada em pacientes
com broncoconstrição ou broncoespamo (como asma).
ADENOSINA
Adenocard (Adenosina). Cintia Delphino de Andrade. São Paulo:
Libbs Farmacêutica Ltda, 2020. Bula de remédio.
Lowe (Adenosina). Caroline Fagundes do Amaral Lenza. Goiás:
Halexistar Indústria Farmacêutica S/A, 2020. Bula de remédio.
Referências Bibliográficas
53
Apresentação:
• Comprimidos de 150mg ou 300mg
• ou Ampola 70mg/20mL,
Posologia:
Estratégia de pillin-the-pocket (p/ reverter fibrilação atrial)
• Fazer 600mg VO de ataque (ou 450mg se < 70kg).
• Consideramos revertido com sucesso se retornar ao ritmo
sinusal até 6 horas após a administração.
Se disponibilidade da formulação endovenosa
• Dose de 1 a 2mg/kg EV em 10 minutos.
• Repetir se necessário após 90 a 120 minutos.
•Duração do efeito: 2-4hs
Pediatria
Este medicamento não é indicado para crianças.
PROPAFENONA
54
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•ECG
•Pressão arterial
•Pulso (principalmente no início da terapia).
Mecanismo de ação:
É um antiarrítmico pertencente à classe IC de Vaughan-
Williams, agindo principalmente como um bloqueador dos
canais rápidos de sódio.
Efeitos:
•Possui um efeito estabilizador de membrana nas células
miocárdicas.
•Prolonga o período refratário tanto nos átrios quanto nos
ventrículos.
•Também possui uma ação discreta como betabloqueador não
específico.
Indicações:
•Estabilização de taquicardias supraventriculares em pacientes
estáveis.
•Tratamento e prevenção de extrassístoles e/ou taquiarritmias
ventriculares e supraventriculares.
PROPAFENONA
55
Informações básicas sobre o medicamento
Contraindicações:
•Disfunção ventricular esquerda, hipertrofia ventricular
esquerda e isquemia miocárdica;
•Bradicardia acentuada (menos de 50 batimentos por minuto);
•Síndrome bradi-taqui;
•Bloqueios de alto grau nas conduções sinoatrial,
atrioventricular e intraventricular;
•Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
•Hipotensão acentuada;
•Miastenia gravis.
Precauções de uso:
•É recomendado administrar um betabloqueador ou um
bloqueador de canal de cálcio (como verapamil ou diltiazem) 30
minutos antes da propafenona, com o objetivo de prevenir uma
resposta ventricular elevada caso o ritmo cardíaco se torne um
flutter 1:1.
•Pode haver um aumento na duração do complexo QRS ou do
intervalo QT. Se o aumento do QTc for maior que 20%, deve-se
considerar a redução ou suspensão da droga até que o ECG
retorne ao normal.
PROPAFENONA
56
Propafenona: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2023.
Ritmonorm (Cloridrato de propafenona). Marcia C. Corrêa
Gomes. Rio de Janeiro: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.,
2021. Bula do medicamento.
Vatis (Cloridrato de propafenona). Cintia Delphino de Andrade.
São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda., 2021. Bula do
medicamento.
Referências Bibliográficas
PROPAFENONA
57
58
A sequência rápida de intubação (SRI) é uma técnica
frequentemente utilizada no departamento de emergência
para a intubação de pacientes. Essa técnica envolve a
administração simultânea de medicamentos hipnóticos e
bloqueadores neuromusculares em um paciente que já foi
previamente oxigenado e otimizado.
Pontos importantes:
•Na IOT (Intubação Orotraqueal), os objetivos devem ser claros:
intubação na primeira tentativa, idealmente em menos de 90
segundos, sem hipotensão (PAS > 90 mmHg)e sem hipóxia
(SpO2 > 90%); é a famosa “REGRA dos 90”.
•Em caso de falha da intubação, medidas como uso de bougie,
videolaringoscópio, dispositivo extraglótico ou
cricotireoidostomia são necessárias.
1. Preparação
2. Pré-oxigenação
3. Pré-intubação otimizada
4. Paralisia após a indução
5. Posicionamento
6. Posicionamento do tubo
7. Pós-intubação
Introdução
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
Os 7 passos fundamentais da SRI
59
Passo 1: Preparação
ITEM FEITO
Preparo da medicação
Monitor: com cardioscopia, oximetria e pressão arterial
Acesso venoso fixado e testado, preferencialmente dois
Laringoscópio testado
Tubo endotraqueal do tamanho desejado e 0,5 mm menor
com balonetes testados
Fio-guia reto em todo o seu trajeto com uma curvatura
anterior menor que 35°, proximal ao balonete (opcional)
Equipamentos para via aérea de resgate
EPIs: avental descartável, luvas, máscara N95, protetor facial e
óculos
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
60
Passo 2: Pré-oxigenação
ITEM FEITO
Oxigênio com a maior concentração possível por 3-5 minutos
antes da indução hipnótica
Inclinação do paciente de 30-45°, ou seja, paciente sentado
Utilizar bolsa-válvula-máscara, com reservatório, ligada a
fluxômetro de oxigênio a 15 L/min ou máscara não reinalante
com fluxômetro de oxigênio completamente aberto em flush
rate (> 40 L/min)
Não ventilar paciente no DE, exceto se SpO2 < 93%
Utilizar VNI com filtro HEPA caso SpO2 <93% durante pré-
oxigenação
Oxigenação apneica (manter fluxo de oxigênio durante BNM,
na ausência de drive ventilatório, com cateter nasal em alto
fluxo – CNO2 15 L/min ou CNAF) ainda sem grandes
evidências, mas, provavelmente, tem associação com retardo
na curva de dessaturação
Em pacientes agitados ou que persistam hipoxêmicos (SpO2 <
93%), apesar da pré-oxigenação otimizada, considerar
sequência prolongada de intubação
Manter máscara até a laringoscopia
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
61
Passo 3: Pré-intubação otimizada
Passo 4: Paralisia após a indução
ITEM FEITO
Correção da pressão arterial com volume/uso de
vasopressor, se necessário
Uso de fentanila: deve ser criterioso e não é indicado
rotineiramente pelo seu efeito hipotensor.Pode ser usada em
casos de sangramento intracraniano ativo ou dissecção
aórtica e que estejam em crise hipertensiva (efeito de
simpatólise).Infusão lenta (infusão rápida é associada com
hipertonia muscular) em 3 a 5 minutos antes da indução de
hipnose. Dose de 3 µg/kg
Lidocaína pode ser considerada em pacientes com
exacerbação de asma, 3 minutos antes da indução hipnótica
na dose de 1,5 mg/kg IV
ITEM FEITO
Infusão rápida de hipnótico e de bloqueador
neuromuscular, em bolus - ver quais opções mais adiante
Não ventilar com bolsa-válvula-máscara os pacientes com
saturação de oxigênio maior ou igual a 93%
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
62
Passo 5: Posicionamento
ITEM FEITO
A altura da cama deve corresponder à altura do processo
xifoide do intubador
O paciente deve ser levado o mais próximo da cabeceira da
cama quanto possível
O meato auditivo externo deve ficar na mesma altura do
manúbrio do esterno
Em pacientes obesos, o uso de uma rampa torácica auxilia
no posicionamento: lençóis dispostos em formato de
rampa desde a cintura escapular até o occipício auxiliam no
posicionamento
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
63
Passo 6: Posicionamento do tubo
ITEM FEITO
Após o início da flacidez da musculatura facial, deve-se
proceder com a intubação
A confirmação do posicionamento com a medida de CO2
expirado é obrigatória, capnografia com forma de onda é o
padrão-ouro
Os pacientes podem receber tentativas de intubação
(recomendamos o máximo de 3) antes que a saturação de
oxigênio fique abaixo de 93% e seja necessário ventilar com
bolsa-válvula-máscara
O uso da pressão cricóidea (manobra de Sellick) é
contraindicado e a manobra BURP é controversa
O melhor ajuste à visualização é a laringoscopia bimanual. Ao
contrário da pressão cricóidea e do BURP, ambos realizados
por um assistente, a laringoscopia bimanual é realizada pelo
médico operador da intubação, que faz a manipulação da
cartilagem tireoidiana com visualização direta da via aérea.
Depois que a via aérea é otimizada, a cartilagem tireoidiana é
mantida na mesma posição por um assistente, o que liberta a
mão direita do operador para colocar o tubo traqueal
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
64
Passo 7: Pós-intubação
ITEM FEITO
O tubo deve ser fixado para evitar extubação ou intubação
seletiva acidental
O paciente deve ser conectado ao ventilador mecânico com
ajustes personalizados ao seu tamanho e patologia
Instabilidade hemodinâmica pode ocorrer após a intubação e
requer correção precoce. Em hipotensão crítica, se ainda não
tiver vasopressores preparados, pode-se considerar o uso de
push dose de adrenalina: adrenalina 1 mg + SF 0,9% 99 mL (10
mcg/mL), realizar-se 5-20 mcg (0,5 a 2 mL) EV, a cada 2-5
minutos, em bolus
Obter radiografia de tórax para confirmar o posicionamento
do tubo e avaliar o parênquima pulmonar
O uso de bloqueadores neuromusculares e sedativos deve ser
avaliado individualmente
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
65
Medicações hipnóticas
•Etomidato
Comentários: medicação de escolha para a maior parte das
intubações no departamento de emergência pelo efeito
cardioestável, rápido e com pouco efeito hemodinâmico. Pode
diminuir o limiar convulsivo.
•Quetamina
Comentários: medicação de escolha para pacientes em
broncoespasmo. Também pode ser usada em pacientes
hipotensos ou em choque. Age por meio da liberação de
catecolaminas endógenas, logo, em choque prolongado,
considerar que seu efeito pode ser reduzido. O uso deve ser
evitado se houver hipertensão intracraniana, em pacientes
portadores de cardiopatia ou esquizofrenia.
•Propofol
Comentários: medicação de escolha para pacientes grávidas.
Pode causar hipotensão grave.
•Midazolam
Comentários: medicação não recomendada para intubação,
deve ser utilizada apenas na indisponibilidade das outras ou
em procedimentos eletivos em pacientes saudáveis.
Verifique a disponibilidade de medicamentos no seu serviço. Geralmente, o
Midazolam é o medicamento mais comum encontrado na maioria dos hospitais
e pronto-atendimentos. Escolha um medicamento disponível e verifique as doses
a seguir. Ver as dosagens na tabela da pág.68
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
66
Bloqueadores neuromusculares
Medicações usadas na manutenção da
sedação após a intubação
•Succinilcolina
•Rocurônio
•Fentanila
•Propofol
•Midazolam
Sempre buscar manter a menor dose de sedoanalgesia para um
efeito satisfatório e menor risco de efeito adverso das medicações,
como instabilidade hemodinâmica.
Ver as dosagens na tabela da pág.68
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
67
Medicação Dose Dose habitual (- 70 kg)
Sedação -intubação
Etomidato 0,3 mg/kg EV 20 mg EV (1 amp)
Quetamina (infusão em 1 min) 1-2 mg/kg EV 5-10 mg/KgIM
100-150 mg EV (1 amp) 350-
700 mg IM
Propofol 1,5-2 mg/Kg EV 100-140 mg EV (1 amp)
Midazolam 0,3 mg/kg EV 20 mg EV (1 amp)
Paralíticos -intubação
Succinilcolina 1,5 mg/kg EV 4 mg/kg IM
100 mg EV (1 amp) 150 mg IM
(dose máx.)
Rocurônio 1,0 mg/kg EV 70 mg EV (1 amp)
Cisatracúrio 0,15-0,2 mg/kg 140 mg
Sedação - pós-intubação Diluição
Propofol (10 mg/m ) 5-50 mcg/kg/min -
Quetamina (50 mg/m ) 0,1-0,5 mg/min 100 mg + 98 mL SF
Midazolam (5 mg/m ) 0,05-0,4 mg/kg/hora 150 mg + 120 mL SF
Analgesia - pós-intubação Diluição
Fentanil(50 mcg/ml) 10-50 mcg/h 1.000 mcg + 80 mL SF
Paralítico - pós-intubação Diluição
Cisatracúrio
0,18 mg/Kg (inicio) 0,6-0,12
mg/kg min
100 mg + 50 mL SF
Rocurônio 0,6 mg/kg h 500 mg + 200 mL SF
Checklist de medicamentos
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
Para obter informações mais detalhadas sobre cada droga,
consulte o capítulo correspondente no sumário e localize-o lá
68
Quando é indicado:
Embora controverso,o uso de bloqueadores neuromusculares
em infusão contínua apresenta indicações clínicas, entre elas:
•Ventilação protetora em pacientes com síndrome da angústia
respiratória aguda grave
•Asma grave
•Aumento das pressões intracraniana e intra-abdominal
•Hipotermia terapêutica após parada cardíaca
Medicações
•Rocurônio
•Cisatracúrio
Diluição Dose habitual (adulto e pediátrico)
500 mg + 200 mL SF (2 mg/mL )
Iniciar em 0,6 mg/kg/h após
primeiros sinais de recuperação
da dose de intubação
Quais são as medicações usadas na
manutenção do bloqueio neuromuscular
após a intubação, quando indicado?
Rocurônio (10 mg/mL)
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
69
Quais são as medicações usadas na
manutenção do bloqueio neuromuscular
após a intubação, quando indicado?
Diluição Dose habitual (adulto e pediátrico)
100 mg + 50 ml SF (1 mg/ml) Iniciar em 0,18 mg/kg
Manutenção em 0,06-0,12
mg/kg/h após evidência de
bloqueio neuromuscular
Uso na gravidez: classe C
Cisatracúrio (2 mg/mL)
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
70
O que é falha de via aérea e o que fazer
quando ela acontece?
A falha de via aérea é definida por:
1. falha em manter saturação de oxigênio acima de 93%
durante ou após tentar a laringoscopia; ou
2. falha em três tentativas de intubação orotraqueal por
profissional experiente; ou
3. falha na melhor tentativa (a primeira da SRI) em uma situação
em que se é “forçado a agir”
O que fazer:
•No caso de falha em assegurar uma via aérea avançada, deve-
se chamar ajuda imediatamente, seja outra pessoa para
auxiliar, seja para material extra.
•No caso de não intubar e não ventilar, deve-se tentar o uso de
dispositivo extraglótico simultaneamente ao preparo do
material de cricotireoidostomia.
•Em caso de falha do dispositivo extraglótico, deve-se proceder
com a cricotireoidostomia imediatamente
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
71
Revisar saturação, PA, pH; há como melhorar os parâmetros antes
da intubação?
Posicionamento: elevação da cabeça e tórax (linha ouvido-
manúbrio), altura da maca
Pré-ox.: CNO2 + máscara não reinalante (fluxo no máximo) ou bolsa-
valva-máscara 15 L/min, vedada; considerar VNI
Oxigenação apneica: CNO2 (fluxo no máximo), patência da via aérea
ETCO2 na bosa-valva-máscara + válvula de PEEP
Considerar SNG/SOG
Aspiração (equipamento preparado e testado)
Cânula de Guedel (à beira do leito)
Laringoscópio (checar luz e posicionado à beira do leito)
Videolaringoscópio (ligado e posicionado à beira do leito)
Tubo/guia: cuff testado, guia em bastão de hóquei (reto até o cuff,
30° após)
Bougie (à beira do leito)
Máscara laríngea (à beira do leito)
Bisturi e tubo 6 para via aérea cirúrgica (à beira do leito)
Medicações: intubação; sedativo/paralítico; pós intubação;
sedação/analgesia
Checklist de via aérea de emergência
No ambiente ideal, se tiver todos os equipamentos para deixar
para um procedimento de IOT.
EXTRA (BÔNUS): Não é obrigatório
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
72
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
Manual de medicina de emergência: disciplina de emergências
clínicas: Hospital das Clínicas da FMUSP
Schow AJ, Lubarsky DA, Olson RP, Gan TJ. Can succinylcholine be
used safely in hyperkalemic patients? Anesth Analg. July
2002;95(1):119-22.
Szarpak L, Drozd A, Smereka J. Airway management and
ventilation principles in COVID-19 patients. J Clin Anesth. 2020
Oct;65:109877.
Weingart SD, Levitan RM. Preoxygenation and prevention of
desaturation during emergency airway management. Ann
Emerg Med. March 2012;59(3).
Referências Bibliográficas
73
Apresentação:
Solução injetável: 50 microgramas/mL (frasco-ampola com 2 mL
ou 5 mL ou 10 mL)
Diluição padrão:
Posologia:
Se for administrado por via intravenosa como medicação pré-
intubação, não é necessário diluir.
Dose:
• 1-3mcg/Kg
• Início de ação: 1-3min
•Administrar 3 minutos antes da intubação
Exemplo:
Paciente 70kg → Fazer 4 mL da ampola IV lentamente
Pediatria
2-12 anos: 20-30 microgramas IV lenta a cada 10-12 kg de peso
corporal.
FENTANIL
74
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•Pressão arterial
•Frequência respiratória
•Função renal
Mecanismo de ação:
Analgésico opioide.
Efeitos na pré intubação:
Reduz os efeitos simpáticos da laringoscopia
Indicações:
•Pré-tratamento em pacientes que serão intubados, com o
objetivo de diminuir os efeitos indesejáveis da laringoscopia e
intubação.
•Analgesia.
•Analgesia durante o parto.
•Componente analgésico da anestesia geral e suplemento da
anestesia regional.
•Controle da dor pós-operatória, incluindo cirurgia cesariana ou
outra cirurgia abdominal.
FENTANIL
75
Informações básicas sobre o medicamento
Precauções de uso:
Possíveis efeitos adversos
•Pode causar rigidez muscular, comprometendo
particularmente os músculos torácicos e, durante a
indução da anestesia, pode também atingir os movimentos
musculares esqueléticos de vários grupos nas
extremidades, pescoço e globo ocular.
•Depressão do centro respiratório
•Bradicardia e assistolia
•Euforia
•Miose
•Broncoconstrição
•Sonolência
•Náuseas
•Vômitos
•Parestesia
FENTANIL
76
FENTANIL
Fentanil (Citrato de fentanila). Sidnei Bianchini Junior. São Paulo:
Antibióticos do Brasil Ltda., 2020. Bula do medicamento.
Fentanyl: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa (BR). Resolução
nº 767, de 8 de dezembro de 2022. Atualização do Anexo I
(Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas,
Precursoras e Outras sob Controle Especial). Diário Oficial da
União. Seção I. ANVISA, 2022.
Referências Bibliográficas
77
Apresentação:
Ampola na concentração de 20mg/mL com 20mL
Posologia:
• 1,5mg/Kg
•Administrar 2 minutos antes da intubação
• Início de ação: 45-60s
Exemplo:
Paciente 70kg → Fazer 5 mL da ampola IV lentamente
LIDOCAÍNA
Informações básicas sobre o medicamento
Efeitos:
•Proteção miocárdica para intubação.
•Suprime o reflexo de tosse
Indicações:
•Atenuar a resposta reativa das vias aéreas durante a
laringoscopia
•Principais situações indicadas:
- Hipertensão intracraniana
- Pacientes com broncoespasmo
78
LIDOCAÍNA
Informações básicas sobre o medicamento
Contraindicações
•Hipersensibilidade à Lidocaína ou a qualquer componente da
formulação;
•Hipersensibilidade a outro anestésico local do tipo amida;
•Síndrome de Adam-Stokes, Síndrome de Wolff-Parkinson-
White;
•Graus severos de bloqueios do nodo atrial, bloqueio AV ou
intraventricular (exceto em pacientes com marca-passo artificial
funcional);
•Contraindicado em pacientes com alergia a milho ou produtos
relacionados ao milho.
Precauções de uso:
•Somente realizar injeção venosa de Lidocaína sem
vasoconstritor.
Oliveira AR, et al. Manual da Residência de Medicina Intensiva.
5a ed. São Paulo: Manole, 2016.
Caldeira Filho M, Westphal GA. Manual Prático de Medicina
Intensiva. 11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Referências Bibliográficas
79
Apresentação:
Solução injetável: 2 mg/mL - ampola com 10 mL.
Posologia:
• 0,3mg/ kg EV
• Início de ação: 15-45 segundos
• Administrar 3 minutos após a droga sedativa inicial
• Dose máxima: 3 ampolas (30 mL).
Exemplo:
Paciente 70Kg: Fazer 10 mL da ampola IV lentamente
Pediatria
< 15 anos: Dose usual de 0,2-0,3 mg/kg EV, com possibilidade
de acréscimo de até 30% da dose.
ETOMIDATO
Monitoramento:
•Monitoramento cardíaco
•pressão sanguínea
•Função renal (em insuficiência renal)
80
Informações básicas sobre o medicamento
ETOMIDATO
Mecanismo de ação:
Anestésico geral não barbitúrico de ação ultracurta
(Benzilimidazol) usado para indução rápida da anestesia com
efeitos cardiovasculares mínimos.
Efeitos:
• Potencializa a atividade do neurotransmissor GABA no
Sistema Nervoso Central;
• Possui propriedades hipnóticas, porém não apresenta efeitos
analgésicos;
• Não provoca a liberação de histamina no organismo;• Contribui para a redução do consumo de oxigênio pelo
cérebro e diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, o que é
benéfico em situações de hipertensão intracraniana.
Indicações:
• Muito útil no paciente crítico de um modo geral pois não
causa instabilidade hemodinâmica ou disfunção miocárdica.
• Procedimentos diagnósticos (ambulatoriais) ou de intervenção
de curta duração (menos de 10 minutos), como intubação
orotraqueal.
81
Informações básicas sobre o medicamento
ETOMIDATO
Precauções de uso:
•Quando Hypnomidate® é usado, um equipamento de
ressuscitação deve estar disponível para tratar uma depressão
respiratória e eventual apneia;
•Em pacientes com cirrose hepática, ou naqueles que tenham
recebido neurolépticos, opioides ou agentes sedativos, a dose
de Etomidato deve ser reduzida;
•Movimentos espontâneos podem ocorrer em um ou mais
grupos de músculos, particularmente quando nenhuma pré-
medicação foi administrada. Estes movimentos podem ser
atribuídos a perda da inibição subcortical. Tais movimentos
podem ser amplamente prevenidos pela administração EV de
pequenas doses de Fentanila associada a Diazepam 1-2
minutos antes da indução com Hypnomidate®;
•Uma vez que este medicamento não possui ação analgésica,
devem ser utilizados analgésicos adequados durante os
procedimentos cirúrgicos;
Etomidate: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online, Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information, Inc.; 2021.
Hypnomidate (Etomidato). Sidnei Bianchini Junior. São Paulo:
Antibióticos do Brasil Ltda., 2019. Bula de remédio.
Referências Bibliográficas
82
Apresentação:
Ampola na concentração de 5 mg/mL
Posologia:
•0,2 mg/kg
•Administrar 3 minutos após a droga sedativa inicial
Exemplo:
Paciente 70Kg: Fazer 3 mL da ampola IV lentamente
Pediatria
Sedação consciente:
Uso endovascular:
•6 meses-5 anos: 0,05-0,1 mg/kg EV. Dose total: < 6 mg EV;
•6-12 anos: 0,025-0,05 mg/kg EV. Dose total: < 10 mg EV;
•13-16 anos: Como adultos;
MIDAZOLAM
Monitoramento:
•Nível de sedação
•Frequência respiratória
•Frequência cardíaca
•Pressão arterial
•Saturação de oxigênio
83
Informações básicas sobre o medicamento
MIDAZOLAM
Mecanismo de ação:
Benzodiazepínico. Se liga a receptores específicos de
benzodiazepina em neurônios GABA pós-sinápticos em várias
áreas do sistema nervoso central, aumentando a inibição
neuronal do GABA. Isso ocorre pela mudança na
permeabilidade da membrana neuronal aos íons cloreto,
resultando em hiperpolarização e estabilização.
Efeitos:
•Causa amnésia, hipnose, sedação e relaxamento muscular
central
•Não apresenta efeito analgésico
•Possui ação anticonvulsivante
•Causa significativa depressão miocárdica e respiratória
•Não libera histamina, o que torna raras as reações alérgicas
Indicações:
•Pré-medicação, antes de indução anestésica (incluindo
administração IM ou retal em crianças)
•Tratamento de curta duração de insônia
•Sedação para procedimentos
•Sedação em unidades de terapia intensiva
Contraindicações
Hipersensibilidade conhecida aos benzodiazepínicos ou a
qualquer componente do produto.
84
Informações básicas sobre o medicamento
MIDAZOLAM
Efeitos Adversos
•Apneia ou depressão respiratória
•Broncoespasmo, laringoespasmo e tosse
•Hipotensão arterial, bradicardia e efeitos vasodilatadores
•Reações de hipersensibilidade generalizada
•Amnésia anterógrada
•Efeitos paradoxais e psiquiátricos
Dormonid (Midazolam). Marcia Weiss I. Campos. Rio de Janeiro:
Farmoquímica S.A., 2020. Bula de medicamento.
Dormire (Midazolam). José Carlos Módolo. São Paulo: Cristália
Prod. Quím. Farm. Ltda., 2021. Bula de medicamento.
Midazolam: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information Inc., 2022.
Referências Bibliográficas
85
Apresentação:
Ampola na concentração de 50 mg/mL - 10 mL
Posologia:
• 1-2mg/kg
• Início de ação em 60s
• Injetar lentamente em pelo menos 60 segundos (1min)
• Administrar 3 minutos após a droga sedativa inicial
Exemplo:
Paciente 70Kg: Fazer 3 mL da ampola IV lentamente (Infundir
em 1min)
QUETAMINA
Monitoramento:
•Frequência respiratória
•Saturação transcutânea de O2
•Reações de despertar
•Testes da função hepática
•Fosfatase alcalina e gama glutamil transferase (basal e depois
em intervalos periódicos)
•A função cardíaca deve ser continuamente monitorada
durante o procedimento em pacientes predispostos a ter
hipertensão ou descompensação cardíaca
•Os sinais vitais e o nível de dor devem ser monitorados 30
minutos e 60 minutos após a dose.
86
Informações básicas sobre o medicamento
QUETAMINA
Mecanismo de ação:
Antagoniza de forma não competitiva o receptor NMDA que
bloqueia o glutamato.
Efeitos:
• Causa amnésia, analgesia e sedação
• Atua nos receptores opióides, interagindo com os receptores
NMDA no complexo receptor GABA causando liberação de
catecolaminas no sistema nervoso simpático
Indicações:
•Indução anestésica
•sedação
•Analgesia
•Tratamento de broncoespasmo em estado de mal asmático
•Boa opção em pacientes instáveis hemodinamicamente,
incluindo na sepse
•Deve ser evitado em pacientes com isquemia miocárdica,
emergências hipertensivas ou com dissecção de aorta, pois
pode causar hipertensão e aumento da frequência cardíaca.
Contraindicações
É contraindicado nos casos em que uma elevação significante
da pressão arterial possa constituir grave risco, aumento da
pressão intracraniana, história de psicose e delírio,
hipersensibilidade aos componentes.
87
Oliveira AR, et al. Manual da Residência de Medicina Intensiva.
5a ed. São Paulo: Manole, 2016.
Caldeira Filho M, Westphal GA. Manual Prático de Medicina
Intensiva. 11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Ketamin (Cloridrato de escetamina). José Carlos Módolo. São
Paulo: Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda, 2019. Bula do
medicamento.
Ketamine: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online, Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information, Inc.; 2021.
Referências Bibliográficas
QUETAMINA
88
Apresentação:
Ampola na concentração de 10 mg/mL - 10mL
Diluição padrão:
Posologia:
Diluir 1 ampola (100mg/10ml) em 10 mL de água bidestilada
• 1,5 mg/kg
• Início de ação em menos de 1min
• Efeito — 10min
• Administrar após sedação e hipnose completa.
Exemplo:
Paciente 70Kg: Diluir 1 ampola (100mg/10ml) em 10 mL de
água destilada e fazer 10 mL IV
Pediatria
•Crianças pequenas: 2 mg/kg IV;
•Crianças maiores e adolescentes: 1 mg/kg IV:
→Reconstituição: Reconstituir 100 mg ou 500 mg em 2
mL ou 10 mL de SF 0,9%;
→Diluição (infusão EV): Diluir em SF 0,9% ou SG 5% de
modo que a concentração final seja de 1-2 mg/mL.
SUCCINILCOLINA
89
Monitoramento:
Informações básicas sobre o medicamento
•Sinais vitais (frequência cardíaca, PA, frequência respiratória)
•Saturação de oxigênio e dióxido de carbono
•Grau de paralisia muscular (presença de movimento
espontâneo, assincronia do ventilador, tremores)
•Potássio e cálcio séricos
Mecanismo de ação:
O mecanismo de ação deste medicamento consiste na
competição com a acetilcolina pelos receptores colinérgicos
presentes na placa motora terminal. Ao se ligar a esses
receptores, ocorre a despolarização.
Efeitos:
• Bloqueador neuromuscular
• Efeito despolarizante (agonista da placa mioneural)
Indicações:
•Como relaxante muscular em anestesia de curta duração
•Indução anestésica rápida
•Intubação endotraqueal
SUCCINILCOLINA
90
Informações básicas sobre o medicamento
Contraindicações
•História pessoal ou familiar de hipertermia maligna;
•Hipersensibilidade aos componentes da fórmula;
•Doença na medula espinhal ou trauma múltiplo;
•Miopatias da musculatura esquelética;
•Queimaduras graves;
•Toxicidade por digitalis ou pacientes recentemente
digitalizados;
•Doença neuromuscular degenerativa ou distrófica;
•Paraplegia.
Efeitos Adversos
•Bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão
•Arritmias cardíacas
•Hipertermia maligna
•Hipertensão intracraniana
•Alterações laboratoriais: HipercalemiaSUCCINILCOLINA
91
SUCCINILCOLINA
Oliveira AR, et al. Manual da Residência de Medicina Intensiva.
5a ed. São Paulo: Manole, 2016.
Caldeira Filho M, Westphal GA. Manual Prático de Medicina
Intensiva. 11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Succinylcholine (suxamethonium): Drug information. Lexicomp
Online, Pediatric and Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson,
Ohio: Wolters Kluwer Clinical Drug Information, Inc.; 2021
Referências Bibliográficas
92
Apresentação:
Ampola na concentração de 10 mg/mL - frasco/ampola de
5mL
Diluição padrão:
Posologia:
Diluir 1 ampola (100mg/10ml) em 10 mL de água bidestilada
(para fins de utilizar na sequência rápida de intubação)
• 1,0mg/kg
• Início de ação em 1min
•Administrar após sedação e hipnose completa.
Exemplo
Paciente 70Kg: Diluir 1 ampola (100mg/10ml) em 10 mL de
água bidestilada e fazer 10 mL IV
Pediatria
•Dose inicial: 0,5-0,7 mg/kg por infusão IV;
•Dose de manutenção em infusão: 0,3-0,6 mg/kg na intubação
traqueal e 0,3-0,4 mg/kg na anestesia inalatória de longa
duração.
•Diluição: 5 mL + 95 mL de SF 0,9% (concentração: 0,5 mg/mL);
ROCURÔNIO
93
Monitoramento:
•Recomenda-se enfaticamente a monitoração da transmissão
neuromuscular para obter ótimo controle individual do
paciente;
•Sinais vitais (frequência cardíaca, pressão arterial, frequência
respiratória); grau de paralisia muscular (ex.: presença de
movimento espontâneo, assincronia do ventilador, tremores e
considerar o uso de um estimulador de nervo periférico com
sequência de quatro monitorações junto com avaliações
clínicas);
•No ambiente da UTI, a paralisia prolongada e a miopatia
generalizada, após a descontinuação do agente, podem ser
minimizadas monitorando-se adequadamente o grau de
bloqueio.
ROCURÔNIO
Informações básicas sobre o medicamento
Mecanismo de ação:
•Bloqueador neuromuscular.
•Bloqueia a acetilcolina da ligação aos receptores na placa
motora, inibindo a despolarização.
Efeitos:
• Agente bloqueador neuromuscular
• Agente não despolarizante (antagonista competitivo da
acetilcolina)
94
ROCURÔNIO
Informações básicas sobre o medicamento
Indicações:
•Bloqueio muscular na intubação orotraqueal e em
procedimentos rápidos
•Droga de escolha se houver contraindicação à succinilcolina
Contraindicações
Hipersensibilidade aos componentes.
Precauções de uso:
•É importante prever dificuldades de intubação ao utilizar
agentes bloqueadores neuromusculares em técnicas de
anestesia de sequência rápida. Caso ocorra dificuldade de
intubação e seja necessário reverter imediatamente o bloqueio
induzido pelo Rocurônio, o Sugamadex deve ser considerado.
•Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares,
existem relatos de paralisia residual com Brometo de
rocurônio. Com o objetivo de prevenir complicações
resultantes desta, recomenda-se a extubação do paciente
somente após suficiente recuperação do bloqueio
neuromuscular. Pacientes geriátricos (65 anos ou mais) podem
ter um risco aumentado para bloqueio neuromuscular residual.
Outros fatores que poderiam causar paralisia residual após a
extubação na fase pós-operatória (como interações
medicamentosas e condições do paciente) também devem ser
considerados. Se não for usado como parte da prática clínica
padrão, deve ser considerado o uso do Sugamadex ou de um
outro um agente reversor, especialmente nos casos onde a
paralisia residual é mais provável de ocorrer;
95
Rocuronium: Drug Information. Lexicomp Online, Pediatric and
Neonatal Lexi-Drugs Online, Hudson, Ohio: Wolters Kluwer
Clinical Drug Information, Inc.; 2021.
Oliveira AR, et al. Manual da Residência de Medicina Intensiva.
5a ed. São Paulo: Manole, 2016.
Caldeira Filho M, Westphal GA. Manual Prático de Medicina
Intensiva. 11a ed. São Paulo: Segmento Farma, 2014.
Referências Bibliográficas
ROCURÔNIO
96
97
Tipo
Mecanismo
fisiopatológico
Causas
Hipovolêmico
Redução do volume
intravascular
Hemorragia ou perda de fluidos
(queimadura,diarreia,Stevens -
Johnson/necrólise epidérmica
tóxica,diurese osmótica etc.)
Cardiogênico
Redução do débito
cardíaco por falha
da bomba cardíaca
Infarto agudo do miocárdio (IAM),
cardiomiopatia em estágio final,
doença valvar, miocardite, arritmias
cardíacas etc.
Obstrutivo
Redução do débito
cardíaco por causas
extracardíacas,geral
mente associadas à
falência de
ventrículo direito
Tromboembolismo pulmonar
(TEP),tamponamento cardíaco,
pneumotórax
Distributivo
Vasodilatação
sistêmica ou
aumento da
extração do
oxigênio sanguíneo
Sepse, anafilaxia,crise adrenal
aguda, pancreatite etc.
Principais mecanismos de choque
Existem quatro mecanismos de choque, cada um definido de
acordo com o componente do sistema circulatório envolvido no
processo fisiopatológico. Sua compreensão é essencial para o
diagnóstico e tratamento adequados do estado de choque,
uma vez que eles afetam a perfusão tecidual e podem levar a
disfunções orgânicas graves.
DROGAS NO CHOQUE
98
Principais mecanismos de choque
Como eu trato o choque?
Os três primeiros mecanismos listados na tabela são marcados
por um baixo débito cardíaco e, consequentemente, uma
oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos periféricos. Já no
mecanismo distributivo, há vasodilatação e, como resultado,
uma diminuição na resistência vascular sistêmica,
acompanhada por uma alteração na extração de oxigênio.
Nesses casos, geralmente, o débito cardíaco é inicialmente
elevado.
Essa classificação é meramente didática e a maioria dos
pacientes com choque frequentemente tem uma combinação
de mecanismos.
Na sala de emergência, o objetivo inicial do tratamento do
paciente em estado de choque é reestabelecer a perfusão
tecidual e garantir a oferta adequada de oxigênio, enquanto
se realiza o diagnóstico e o tratamento da causa subjacente do
choque.
DROGAS NO CHOQUE
99
Como eu trato o choque?
Para a suplementação inicial do paciente em choque,
recomenda-se o uso de máscara não reinalante com objetivo
de manter a saturação de oxigênio entre 94% e 98%. É
importante ressaltar que a oximetria de pulso pode não ser
confiável devido à vasoconstrição periférica, portanto, a
avaliação da gasometria arterial é necessária. Em casos de
dispneia grave, hipoxemia refratária ou diminuição do nível de
consciência, a intubação e ventilação mecânica invasiva devem
ser consideradas desde a admissão do paciente.
Em pacientes com hipotensão persistente após ou mesmo
durante ressuscitação volêmica, a administração de
vasopressores é indicada. Encoraja-se ainda a administração de
vasopressores temporariamente enquanto a ressuscitação
volêmica está em andamento, a fim de se minimizar ao máximo
o tempo de hipotensão e hipoperfusão tecidual. Não
aprofundaremos a questão da quantidade volêmica
neste livro, uma vez que o tema principal abordado são
as drogas vasoativas.
DROGAS NO CHOQUE
100
Metas hemodinâmicas de tratamento
do paciente em choque
Parâmetros Metas Observação
Pressão arterial
Choque séptico: PAM 65-75 mmHg
Choque:hemorrágico: PAS:80-90 mmHg
(se suspeita de TCE grave: PAM <: 80
mmHg)
PAM necessária
para manter
perfusão
tecidual
Débito urinário > 0,5 µg/kg/min em adultos
População
pediátrica 1-2
mUkg/h
Saturação
venosa central
de oxigênio
> 70%
Medida indireta
de débito
cardíaco de
utilidade
controversa para
adultos
Lactato Redução de 20% em 2 h
Marcador
prognóstico
DROGAS NO CHOQUE
PAM: pressão arterial média; PAS: pressão arterial sistêmica;
TCE: traumatismo cranioencefálico.
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Drogas vasopressoras
Droga Dose Diluição sugerida
Noradrenalina 0,05-2 mcg/kg/min
Bitartarato de noradrenalina
(1 amp = 4 mg/4 mL) 4
ampolas + 234 m SF ou SG
5%1 mLh corresponde a
aproximadamente 1 mcg/min
Adrenalina 1-20 mcg/min
Adrenalina (1 ampola = 1
mg/1 mL) 6 ampolas + 94 ml
SF1 mLh corresponde a
aproximadamente 1 mcg/min
Vasopressina 0,01-0,04 U/min
Vasopressina (1 ampola 20
U/1 ml) + 100 ml SFVazão 3-
12 mLh
Dobutamina 2-20 mcg/kg/min
Dobutamina (1 ampola = 250
mg/20 m ) 4 ampolas + 170 m
SF1 mLh corresponde a
aproximadamente 1
mcg/kg/min em paciente de
60 kg
DROGAS NOCHOQUE
•A noradrenalina é a primeira escolha de vasopressor em
pacientes em estado de choque, mesmo em casos não
diferenciados. Seu uso geralmente resulta em um aumento
clinicamente significativo na pressão arterial média, com pouca
alteração na frequência cardíaca ou no débito cardíaco.
102
Drogas vasopressoras
DROGAS NO CHOQUE
•A deficiência de vasopressina pode ocorrer em pacientes com
formas muito hipercinéticas de choque distributivo. A
administração de doses baixas pode resultar em aumentos
substanciais na pressão arterial, especialmente em pacientes
com quadro de choque séptico que já estão em uso de
noradrenalina em doses maiores do que 5 μg/min após 6 horas
ou com doses maiores do que 15 μg/min nas últimas 3 horas,
que mantêm a hipotensão arterial.
•A adrenalina tem efeitos predominantemente β-adrenérgicos
em doses baixas, mas os efeitos α-adrenérgicos se tornam mais
clinicamente significativos em doses mais elevadas. Deve ser
reservada como agente de segunda linha para casos graves.
•A dobutamina é o agente inotrópico de escolha para aumentar
o débito cardíaco, independentemente do uso de
norepinefrina.
•É fundamental realizar reavaliações constantes do paciente em
estado de choque. A resposta ao volume, drogas vasoativas e
suplementação de oxigênio deve ser monitorada e as condutas
devem ser reavaliadas.
•É importante lembrar que o objetivo final do tratamento é
corrigir o distúrbio causador do choque, sem o qual qualquer
tipo de terapia deixará de ser eficaz.
103
DROGAS NO CHOQUE
Manual de medicina de emergência: disciplina de emergências
clínicas: Hospital das Clínicas da FMUSP
Vincent JL, Ince C, Bakker J. Circulatory shock – an update: a
tribute to Professor Max Harry Weil. Crit Care. 2012;16:239.
Myburgh JA, Mythen MG. Resuscitation fluids. N Engl J Med.
2013;369:1243.
Cavallaro F, Sandroni C, Marano C, et al. Diagnostic accuracy of
passive leg raising for prediction of fluid responsiveness in
adults: systematic review and meta-analysis of clinical studies.
Intensive Care Med. 2010;36:1475-83.
Referências Bibliográficas
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Caro(a) colega
Ao longo das páginas deste livro, você mergulhou no mundo
complexo e fascinante da prescrição de drogas vasoativas.
Você aprendeu a escolher a droga adequada para cada
paciente, a dosagem correta, as possíveis interações
medicamentosas, os efeitos colaterais e as precauções
necessárias.
A prescrição de drogas vasoativas é uma arte que requer
coragem, conhecimento e responsabilidade. Você tem em suas
mãos o poder de salvar vidas, de controlar a pressão arterial,
de melhorar a oxigenação dos tecidos, de aliviar a dor e o
sofrimento. Você é um guerreiro da medicina, que enfrenta
diariamente desafios, incertezas e adversidades.
Não desista diante das dificuldades. A cada erro, a cada
fracasso, a cada desafio, aprenda e cresça. Mantenha-se
atualizado, participe de congressos, cursos e debates. Seja
humilde para reconhecer seus limites e pedir ajuda quando
necessário. E acima de tudo, mantenha a empatia e a
compaixão pelo seu paciente, lembrando sempre de que ele é
um ser humano que precisa de seu cuidado e atenção.
Com essa mensagem final, desejo a você muito sucesso em sua
prática clínica, sabedoria para tomar as melhores decisões e
felicidade em ver os frutos de seu trabalho.
Parabéns por estar investindo na sua carreira e obrigado
por contribuir para a medicina.