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Para tratamento do Melasma COSMÉTICOS, NUTRACÊUTICOS E PROBIÓTICOS Formada em Farmácia/Bioquímica em 2009 pela UFRGS, mestre em Patologia pela UFCSPA e desde 2012 servidora do quadro de funcionários da UFCSPA, auxilia na execução de aulas práticas da graduação e executando análises para a pesquisa. Cursando Farmácia Estética e Cosmetologia Avançada, presta consultoria farmacêutica prescrevendo fórmulas personalizadas de acordo com as necessidades de cada cliente. Sobre a autora Rafaela Alvariz @rafaela.alvariz 2 Seja bem-vindo @rafaela.alvariz 3 04 Introdução 05 Melanogênese 10 Mecanismos Reguladores da Melanogênese 27 Nutracêuticos 32 Probióticos 34 Sugestão de Fórmulas 40 Contato 41 Bibliografia Sumár io Melasma é uma dermatose comum que apresenta alteração da cor da pele normal, resultante da hiperatividade dos melanócitos, célula responsável pela produção de melanina, com a presença de clones de melanócitos hiperfuncionantes, com consequente hiperpigmentação melânica induzida, principalmente pela radiação ultravioleta. Clinicamente, caracteriza-se por manchas acastanhadas, localizadas preferencialmente na face, embora possa acometer também região cervical, torácica anterior e membros superiores. Trata-se de doença dermatológica de fácil diagnóstico ao exame clínico, no entanto, apresenta uma cronicidade característica, com recidivas frequentes, grande refratariedade aos tratamentos existentes e ainda muitos aspectos fisiopatológicos desconhecidos. Existem muitos fatores envolvidos, na etiologia da doença, porém nenhum deles pode ser responsabilizado isoladamente pelo seu desenvolvimento. Dentre estes: influências genéticas, exposição à radiação solar ultravioleta (RUV), gravidez, terapias hormonais, cosméticos, drogas fototóxicas, endocrinopatias, fatores emocionais, medicações anticonvulsivantes e outros com valor histórico. No entanto, a predisposição genética e exposição à RUV, na maioria dos casos são os fatores desencadeantes, tendo em vista que as lesões do melasma são mais evidentes, durante ou logo após períodos de exposição solar. Sabemos que o melasma não tem cura, no entanto é possível despig- mentá-lo e com o gerenciamento correto é possível evitar o efeito rebote. Introdução 4@rafaela.alvariz 1 5 A melanogênese consiste na síntese de melanina, que é o pigmento sintetizado pelos melanócitos. Estes estão localizados na camada basal da epiderme e, ocasionalmente, na derme. Melanogênese A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação da pele, sendo determinante nas diferenças de coloração da mesma. Tal pigmento é também o principal mecanismo de defesa da pele contra a RUV, promovendo um espessamento da camada córnea na tentativa de impermeabilizar e proteger a pele e o DNA dos queratinócitos contra a RUV. Há dois tipos de melanina, a Eumelanina (pigmento marrom escuro) e a Feomelanina (pigmento vermelho-amarelado). A Eumelanina absorve e dispersa a luz ultravioleta, amenizando os efeitos nocivos desta na células. Já a Feomelanina apresenta grande potencial de geração de radicais livres em resposta à RUV, isto explica o porquê pessoas com pele clara , com grande quantidade de melanina clara, apresentam maior sensibilidade ao sol. O processo bioquímico de produção de melanina ocorre dentro dos melanossomas dos melanócitos e após síntese completa da melanina, são transferidos para os queratinócitos difundindo-se pelo citoplasma. O elemento inicial do processo biossintético da melanina é a tirosina, um aminoácido essencial que sofre ação da enzima tirosinase, levando a produção de eumelanina ou feomelanina . 6@rafaela.alvariz Fonte: www.marcioguidoni.com.br O complexo queratinócito-melanócito responde rapidamente a uma gama de estímulos ambientais, de maneira parácrina e/ou autócrina. Assim, os melanócitos respondem à RUV, proteína de sinalização agouti, hormônio estimulante dos melanócitos (MSH), endotelinas, fatores de crescimento, citocinas, e estímulos inflamatórios. Quando há exposição à RUV, e em dependência da expressão do p53, os melanócitos aumentam a expressão de Pró-opio-melanocortina (POMC) , que é precursor do alfa-MSH, que se liga e ativa o receptor de melanocortina 1 (MC1-R), aumentando a síntese das enzimas Tirosinase (TYR), TRP-1 e TRP- 2. Sabe-se, também, que a RUV estimula a produção de endotelina-1 (ET-1) e POMC pelos queratinócitos e que esses fatores podem agir de uma forma parácrina para estimular os melanócitos. O aumento na expressão do fator de transcrição associado à microftal- mia (MITF) induz o aumento da regulação do TYR, TRP-1 E TRP-2 que tam- bém resulta na síntese de melanina. 7@rafaela.alvariz Fonte: www.marcioguidoni.com.br Na figura 2 podemos identificar vários receptores presentes no mela- nócito e é a partir da ativação desses receptores que a cascata de produção da melanina é ativada. Segundo Briganti et al. (2003), o processo de melanogê- nese pode ser dividido em 3 etapas: 1) Antes da síntese de melanina; 2) A síntese de melanina; 3) Após a síntese de melanina. A Hidroquinona foi o principal tratamento para hiperpigmentações por mais de 40 anos, no entanto tem sido substituída devido a sua alta toxicidade. A hidroquinona, além de produzir espécies reativas de oxigênio, diminui os níveis de glutationa e reduz a síntese de DNA e RNA com degradação dos melanossomas, podendo danificar os melanócitos e provocar a descoloração permanente da pele. Atualmente temos disponíveis mais de 26 mecanismo de ação dife- rentes de despigmentantes com mais de 100 ativos para o tratamento de manchas. Conhecer esses mecanismos é de suma importância para o profis- sional da área da saúde traçar estratégias mais assertivas no clareamento do melasma. 8@rafaela.alvariz 9@rafaela.alvariz Os principais mecanismos de atuação destas substâncias residem na inibição da síntese de melanina, principalmente por meio da inibição da tirosinase, na inibição da transferência da melanina aos queratinócitos, na descamação da pele para a remoção do excesso do conteúdo de melanina, na ação antioxidante e no bloqueio de outros receptores e moléculas ativadoras da síntese de melanina. Para formular um cosmético despigmentante precisamos escolher ativos que atuem em diferentes etapas do processo de formação da melanina, inibindo os principais fatores ativadores, enzimas e cofatores envolvidos no processo. Etapas importantes do processo de despigmentação do Melasma: 1º Proteger e recuperar o estrato córneo; 2º Inibir o processo inflamatório e o estresse oxidativo; 3º Interferir, bloquear e inibir a cascata da melanogênese; 4º Limitar a maturação e transferência dos melanossomas; 5º Remover o pigmento já formado presente nos queratinócitos Classes de despigmentantes que precisam estar presentes no gerenciamento do melasma: 1) Antioxidantes 2) Anti-inflamatórios 3) Inibidor da Tirosinase 4) Inibidor da Transferência do Melanossoma 5) Inibidor da POMC ou alfa-MSH 6) Inibidor de Endotelinas 7) Inibidor da transcrição do MITF 8) Esfoliante Químico A seguir, apresento os mecanismos que são os principais alvos dos despigmentantes e seus principais representantes. 2 O melanócito interage com os sistemas endócrino, imunitário, inflamatório e nervoso central e a sua atividade é também regulada por fatores extrínsecos como a radiação ultravioleta e fármacos. Mecanismos Reguladores da Melanogênese 10 1) Inibição da Tirosinase: Um dos principais alvos dos despigmentantes é a Tirosinase, tendo em vista a seuimportante papel na síntese da melanina, pois atua como catalisador nos dois primeiros passos de formação da melanina. Os inibidores da enzima tirosinase bloqueiam a síntese epidérmica da melanina através da inibição da oxidação enzimática da Tirosina à DOPA. A Tirosinase é uma enzima cobre dependente. 2) Inibição da TRP-2 (Dopa cromo Tautomerase) Enzima Zinco dependente, responsável pela conversão da Dopa cromo em DHICA, que é posteriormente oxidada à melanina. Na figura abaixo, podemos verificar que na presença de oxigênio molecular , a tirosina se oxida a dopaquinona e em seguida esta pode sofrer a ação da cisteína (glutationa) e formar Feomelanina (melanina clara) ou sofrer a ação da TRP-2 e formar a eumelanina (melanina marrom). 3) Quelação de Íons Cobre: A tirosinase é uma enzima “cobre-dependente” que pode existir em três estados intermediários: desoxi (Cu1+ -Cu1+), oxi (Cu 2+ - O2 -Cu2+) e met (Cu2+) - Cu2+). Queladores de íons cobre sequestram cobre deixando-o indisponível para catalisar a reação de formação da melanina. 11@rafaela.alvariz Fonte: http://chemyunion.siteoficial.ws/novidades/biolumita-tripla-acao-para-uma-pele-mais-luminosa 12@rafaela.alvariz 4) Inibição do Fator de Transcrição MITF: Há alguns anos a descoberta do gene que codifica o fator de transcrição MITF (microphtalmia associated transcription fator) promoveu o estudo de regulação gênica em melanócitos. O MITF faz parte do processo regulatório que controla a proliferação e a diferenciação celular dos melanócitos e regula a pigmentação por ser o responsável pela ativação da transcrição da tirosinase, TRP-1 e TRP-2. Múltiplas vias de sinalização estão envolvidas na regulação da tirosinase e MITF, resultando na ativação da melanogênese. A ativação do receptor de melanocortina-1 (MC1R) pelo hormônio estimulador de melanócitos (a-MSH), O fator de células-tronco (SCF, também conhecido como ligante KIT) e seu receptor c- KIT e a via de sinalização pelo receptor WNT são exemplos de ativadores do MITF. Fonte: Melasma and Vitiligo in Brown Skin, DOI 10.1007/978-81-322-3664-1_11 @rafaela.alvariz 5)Antagonismo do Alfa MSH (hormônio alfa estimulante de melanócito): O α-MSH é um neuropeptídeo que intermedeia a comunicação entre o sistema nervoso e o imunológico, sendo produzido principalmente pelos querati- nócitos e melanócitos. O α-MSH foi o primeiro dos peptídeos derivados da POMC a ser identificado na pele. Com a ligação do α-MSH ao MC1R há um aumento da expressão gênica das enzimas TRP-1 e TRP-2, via MITF e consequente formação de melanina. 6) Bloqueio da POMC (Pró-opio-melanocortina): Nos queratinócitos, a proteína p53 é conhecida como Proteína do Estresse, devido a sua expressão ser multiplicada quando a célula é agredida (exposição solar, peelings químicos , por exemplo). Recentemente, foi comprovado que a p53 regula diretamente a expressão da POMC . Quando a POMC é ativada ocorre a liberação do hormônio ACTH (adrenocorticotrófico) que é transformado em alfa- MSH, que se liga no receptor MC1R. 7) Antagonismo do Stem Cell Factor (SCF) SCF é o mecanismo primário para a regulação dos processos de proliferação e diferenciação dos melanócitos. SCF é liberado por queratinócitos e fibroblastos que se ligam aos receptores de tyrosine kinase (KIT) sendo importantes na proliferação e migração do melanossoma. 13 Fonte: Imagem retirada de Lo and Fisher, 2014. 8) Inibição da Proteína GM-CSF: GM-CSF é uma proteína liberada pelos queratinócitos que estimula a melanogênese e a dendritogênese. 9) Antagonismo de Endotelinas: Endotelinas são proteínas envolvidas na diferenciação , migração, produção de melanina e dendriticidade dos melanócitos. A literatura cita duas principais: ET-1 (endotelina 1) e ET-3 (endotelina 3). A ET-1 é secretada pelos queratinócitos em resposta à RUV e influencia a adesão e a migração dos melanócitos. 10) Inibição da Proteína pré-melanossoma (PMEL17): A PMEL 17 é encaminhada até o melanossoma de estágio 1, onde é clivada formando as estruturas fibrilares no interior destes. Ela possui papel fundamental na biossíntese de melanina, por isso é um alvo importante no processo de despigmentação. 11) Inibição da RAB27-A: RAB27-A é uma proteína presente na membrana do melanossoma e está envolvida no transporte e na fusão dos melanossomas com a membrana plasmática dos melanócitos. O aumento da expressão da RAB 27-A aumenta a transferência dos melanossomas para os queratinócitos aumentando a pigmentação destes. 12) Inibição da PAR-2: PAR-2 é um receptor de membrana dos queratinócitos responsável pela transferência dos melanossomas. PAR-2 é ativado pelas serinas-proteases após insulto da barreira cutânea. @rafaela.alvariz 14 Adaptada de ADDIACTIVE: Transporte dos melanossomas até os queratinócitos @rafaela.alvariz 13) Ativação do Receptor PPARy: Os receptores ativados por proliferador de peroxissoma, conhecidos como PPAR são um grupo de proteínas receptoras nucleares que funcionam como fatores de transcrição que regulam a expressão dos genes. Os primeiros estudos sobre a influência de PPARy sobre a melanogênese realizado em células de melanoma demonstraram que agonistas deste receptor inibiam sua proliferação e reduziam a produção de tirosinase. Além disso, foi descrita a influência de PPARy sobre o MITF que regula a expressão da Tirosinase, TRP-1 e TRP-2. 14) Esfoliantes Químicos: Esfoliantes químicos aceleram a renovação celular, eliminando os corneó- citos, das camadas mais externas do estrato córneo, com depósitos de melanina. 15) Antioxidantes: A exposição à luz ultravioleta, que induz a formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) desempenha um papel importante no desenvolvimento do melasma. O estresse oxidativo ocorre quando a produção de ROS é superior a capacidade antioxidante das enzimas antioxidantes presentes no nosso corpo. 16) Aumento da produção de Glutationa: A Glutationa é uma enzima antioxidante endógena que desvia a síntese de eumelanina (marrom e preta) para formação da feomelanina (amarela) . 17) Anti-inflamatórios: Inflamação tem um efeito cascata: mediadores inflamatórios, tais como interleucinas e prostaglandinas, sintetizadas pelos queratinócitos, estimulam outros queratinócitos em áreas próximas para sintetizar mais mediadores, aumentando assim o sinal inflamatório. Além disso, os melanócitos possuem receptores que são ativados pela ligação de prostaglandinas (PGE-2). 18) Adsorventes da melanina formada: Dispersam e adsorvem o pigmento de melanina impregnada nos queratinó- citos, facilitando sua remoção. 15 3 Neste capítulo será apresentado os principais cosméticos utilizados no tratamento do melasma. COSMÉTICOS DESPIGMENTANTES 16 Mecanismo de ação: Antioxidante e anti-inflamatório Concentração usual: 0,5 a 2% Mecanismo de ação: Inibe a tirosinase, Antioxidante e anti-inflamatório Concentração usual: 0,5 a 5% Mecanismo de ação: Inibidor de ativador de plasminogênio Concentração usual: 2 a 5% 1) Ácido Ferúlico: O Ácido Ferúlico e seus derivados estão presentes em várias espécies vegetais. É um componente que possui atividade antioxidante, podendo ser usado como coadjuvante em processos anti-inflamatórios. Além disso, aumenta a produção de enzimas citoprotetoras, inibe a atividade da enzima oxido nítrico sintetase (enzimas que fazem os vasos sanguíneos se dilatarem no momento da inflamação e que proporciona aspecto avermelhado) e inibe a atividade da enzima cicloxigenase-2, responsável pela inflamação. 2)Ácido Fítico: É um composto natural extraído de sementes vegetais, sendo encontrado em grande quantidade nos cereais e leguminosas, tais como arroz, aveia, feijão, soja, etc. Apresenta propriedades despigmentantes, tendo em vistaseu potencial para inibir a enzima tirosinase, além disso atua como antioxidante causando redução do estresse oxidativo, processos inflamatórios e hiperpigmentação pós inflamatória. 3) Ácido Tranexâmico: O ácido tranexâmico é um antifibrinolítico que inibe a quebra da fibrina. Ele bloqueia a conversão do plaminogênio em plasmina, por meio da inibição do ativador de plasminogênio. O ativador aumenta a atividade dos melanócitos, dessa maneira, ao inibir o ativador, o ácido tranexâmico reduz a hiperpigmentação do melasma. @rafaela.alvariz 17 @rafaela.alvariz Mecanismo de ação: Esfoliante químico Concentração usual: 5 a 10% Faixa de pH = 4,5 a 6,5 Mecanismo de ação: Quelante de íons cobre Concentração usual: 1 a 3% Faixa de pH = 3,0 a 5,0 Mecanismo de ação: Esfoliante químico Concentração usual: 2 a 10% Faixa de pH = 3,5 a 6,5 4) Ácido Glicólico: O ácido glicólico é um potente renovador celular, capaz de remover a mela- nina do estrato córneo que é a camada mais externa da epiderme. Além disso, ele melhora a textura da pele, potencializa a penetração de outros ativos e tem um efeito hidratante, com excelente resultado em peles maduras, pois acelera o turn over celular que em peles mais maduras é mais deficiente. 5) Ácido Kójico: O ácido kójico inibe a ação da tirosinase como quelante de íons, desta forma, quela o íon presente nesta enzima e bloqueia todo o mecanismo de produção da melanina, promovendo a diminuição da formação de pigmento. Observações: É sensível à luz. Não manipular em gel, principalmente carbopol e natrosol. 6) Ácido Mandélico: O Ácido Mandélico é um alfa hidróxiácido (AHA), possui ação hidratante, clareadora, antibacteriana e fungicida, é absorvido de forma mais lenta, devido ao seu peso molecular mais elevado. Tem ação esfoliativa, porque promove a descompactação dos corneócitos, promovendo o turnover celular. Por ser um dos AHA ́S de maior peso molecular, favorece um efeito uniforme, podendo ser utilizado em todos os fototipos de pele e ideal para o tratamento de peles oleosas, acneicas e intolerantes ao ácido glicólico. 18 Mecanismo de ação: Inibe a ação da DOPAcromO tautomerase Concentração usual: 0,5 a 1,5% Faixa de pH = 3,0 a 5,0 Mecanismo de ação: Anti-inflamatório e antagonista α-MSH Concentração usual: 0,5 a 1,0% Mecanismo de ação: Inibidor da Tirosinase, renovador celular e antioxidante. Concentração usual: 2,5 a 5% Mecanismo de ação: adsorvente de melanina Concentração usual: 4% 7) Albatin: É um ativo com um mecanismo de ação diferenciada, pois atua na inibição enzimática da DOPAcromo Tautomerase e não da tirosinase como a maioria dos despigmentantes. Inibindo a ação da DOPA cromo tautomerase a formação de eumelanina é reduzida. 8) Alfa Bisabolol: O Alfa Bisabolol apresenta propriedades anti-inflamatórias, anti-sépticas, bactericidas, antimicóticas e cicatrizantes. O alfa bisabolol também é um inibidor da síntese de melanina por 2 vias: (a) interfere na ativação do cAMP induzido pelo α-MSH e (b) interfere na expressão do gene da enzima tirosinase. 9) Algowhite: É obtido a partir do extrato concentrado da alga marrom Ascophyllum nodosum, rica em polifenóis. Algowhite diminui a síntese de melanina, por inibição da Tirosinase. Acelera e reduz os pigmentos já sintetizados através da ação esfoliante (peeling enzimático natural) além de agir como um potente antioxidade. 10) Antipollon HT: É um silicato de alumínio sintético finamente granulado, capaz de adsorver e descarregar o excesso de melanina dos queratinócitos, sem efeitos sensibilizan- tes ou irritativos. Quimicamente projetado para ter alta afinidade pela melanina. @rafaela.alvariz 19 Mecanismo de ação: Inibe a oxidação enzimática da Tirosina à DOPA Concentração usual: 0,5 a 1,0% (associado) 1,0 a 3,0% (isoladamente) Faixa de pH = 5,0 a 7,5 Mecanismo de ação: Inibe ET-1, bloqueio do receptor MC1R, reduz a ação da tirosinase e diminui a transferência dos melanossomas para os queratinócitos. Concentração usual: 2,0 a 5,0% Faixa de pH = 4,5 a 6,5 11) Arbutin: Arbutin é um β-glicosídeo da Hidroquinona, presente em várias plantas, sendo uma delas as folhas da uva-ursi , tem ação despigmentante, já que atua inibindo a oxidação enzimática da tirosina a DOPA. 12) Belides: É obtido das flores de Bellis perennis (margarida), rico em diversas moléculas bioativas tais como saponinas, polifenóis, glicosídeos flavônicos, polissacarídeos e inulina, um clareador natural de alta eficácia que atua em todas as etapas da melanogênese. Belides inibe a expressão da ET-1 nos queratinócitos e bloqueia o receptor MC1R nos melanócitos, que é ativado pelo α-MSH. Além disso, Belides diminui a síntese de tirosinase e reduz a sua atividade durante a formação de melanina, reduzindo assim a produção de melanina nos melanossomos. É capaz também de reduzir a captação de melanossomos pelos queratinócitos que foram estimulados pela luz UV. 13) Brighlette: Atua em várias fases do processo de pigmentação, reduzindo a deposição de melanina na epiderme, sendo um modulador da expressão de proteínas melanogênicas. Controla o desenvolvimento dos melanossomas na formação e maturação dos melanócitos; antioxidante atuando no reparo do DNA; redutor da quantidade e atividade da tirosinase; modula a fagocitose e limita a distribuição de melanina via o transporte de melanossomas. 20 Mecanismo de ação: Antioxidante, diminui a atividade da tirosinase, diminui a atividade de Wnt-1, inibe o amadurecimento dos melanossomas e diminui a fagossitose dos melanossomas pelos queratinócitos. Concentração usual: 2% Mecanismo de ação: Ação inibidora do MITF Concentração usual: 2,0 a 5,0% Faixa de pH = 6,0 a 8,0 Mecanismo de ação: Antioxidante, inibe a tirosinase e a TRP-2 Concentração usual: 5% Mecanismo de ação: Anti-inflamatório, antioxidante e inibe a tirosinase Concentração usual: 1% Faixa de pH = 5,0 a 7,0 14) β-White: TGF-β biomimético encapsulado em lipossomas com ação inibidora sobre o MITF. Tem ação clareadora pois inibe a expressão do MITF que faz parte do processo regulatório que controla a proliferação e a diferenciação celular dos melanócitos e regula a pigmentação por ser o responsável pela ativação da transcrição da tirosinase, TRP-1 e TRP-2. 15) Cisteamina: Naturalmente presente no corpo, produzida a partir do aminoácido L-cistina é um antioxidante produzido durante o ciclo do metabolismo da Coenzima A. A cisteamina reduz a melanina na epiderme, atua no gerenciamento do melasma e na hiperpigmentação pós inflamatória, indicada no tratamento de melasma resistente. Seu mecanismo de ação consiste na diminuição da atividade da tirosinase e da TRP-2, inibindo a oxidação dessas enzimas, passo essencial para dar início à cascata da melanogênese. 16) Citrolumine: É um ativo botânico lipossomado, derivado de citroflavonóides extraído de frutas cítricas com ação anti-inflamatória, antioxidante e inibidora da enzima tirosinase. Incompatibilidade com ativos ácidos @rafaela.alvariz 21 Mecanismo de ação: Bloqueio do receptor WNT por aumento da síntese de DKK-1, inibe ET-1 e MART-1. Concentração usual: 1% Faixa de pH = 4,5 a 11,0 Mecanismo de ação: Agonista receptor PPARy Concentração usual: 1 a 3% Faixa de pH = 4,6 a 9,0 Mecanismo de ação: Inibe a expressão da POMC Concentração usual: 1,5% 17) Inaclear: Inibe a melogênese via DKK-1, proteína que atua como inibidora quando se liga ao receptor WNT. Ao se ligar no receptor, a proteína impede que ocorra a sinalização da síntese da melanina via ativação das cateninas. Além disso promove inibição da endotelina-1 e MART-1, ambas responsáveis pela sinalização da síntese e maturação da melanina. 18) Melavoid: Melavoid comprovou em estudos de cultura de melanócitos ser um agonista competitivo de receptores PPARy. Foi avaliado sua ação sobre a melanogênese,medindo a expressão da enzima tirosinase. Melavoid, após 9 dias de incubação, diminuiu significativamente (63%) a quantidade de enzima tirosinase. Sendo assim, foi conccluido que Melavoid reduz e expressão da enzima chave na melanogênese em melanócitos humanos. 19) Neurolight: Neurolight é um extrato aquoso desenvolvido a partir da planta costeira Pancratium maritimum que através do seu mecanismo inibe a síntese de melanina induzida por queratinócitos estressados e inibe a exportação da melanina induzida pelo fator neural “Substância P”. Testes utilizando 0,33% de neurolight evidenciaram que o produto é capaz de inibir a expressão de POMC em 65%, reduzir em 73% a síntese de melanina, diminuição do comprimento dos dendritos em 10% e reduz a síntese do receptor Tac-R1 da substância P em 50%. @rafaela.alvariz 22 Mecanismo de ação: Inibe a PMEL-17 Concentração usual: 3 a 5% Mecanismo de ação: Inibe SCF, Alfa-MSH, antioxidante, anti-inflamatório e reduz expressão do receptor KIT. Concentração usual: 2% Mecanismo de ação: Antagonismo de alfa-MSH, inibição metabólica da tirosinase. Concentração usual: 0,2 a 2,0% 20) Niacinamida PC: A Niacinamida, também conhecida como nicotinamida, é a forma amida da vitamina B3. Pertence ao grupo das vitaminas B e são usadas no organismo para a síntese de coenzimas (NAD e NADP). Niacinamida comprovou ter capacidade de inibir uma glicoproteína conhecida como PMEL-17, inibindo a transferência dos melanossomas do melanócito para o queratinócito. 21) Resveratrol: O resveratrol, 3,5,4'- tri-hidróxiestilbeno é um estilbeno de capacidade antioxidante elevada, encontrado em altas concentrações em várias frutas como por exemplo, as uvas tintas. Estudos deminstraram que resveratrol afeta a regulação pós transcricional dos genes melanogênicos. Inibe a expressão de tirosinase e proteínas relacionadas a TRP-1 e TRP-2, por meio da inibição do SCF e do alfa-MSH. 22) Sepiwhite ™MSH: Sepiwhite™ MSH é um lipoaminoácido do ácido undecilênico com a fenilalanina, que tem excelente bioafinidade com a pele e a capacidade de agir como antagonista do alfa-MSH, ligando-se aos receptores MC1R e inibindo todas as etapas da cascata de reações que levará à formação da melanina. 23) Sinovea HR: Os alquilresorcinois são lipídeos fenólicos presentes no farelo de centeio e outros cereais, sendo o 4-Hexilresorcinol o mais estudado deles. Synovea HR tem sido clinicamente provado ser quatro vezes mais eficiente do que a hidroquinona, @rafaela.alvariz 23 Mecanismo de ação: inibe tirosinase e peroxidase e aumenta os níveis de glutationa. Concentração usual: 0,5 a 1,0% Mecanismo de ação: Inibe o MITF e anti-inflamatório. Concentração usual: 1 a 2% Mecanismo de ação: Inibição da fagocitose dos melanossomas Concentração usual: 1 a 3% Faixa de pH = 6,0 a 8,0 pois possui potente atividade clareadora realizada através de diferentes mecanismos de ação. Synovea HR atua inibindo as enzimas tirosinase e peroxidase, estimula a produção de glutationa, possui atividade antibacteriana e antifúngica. Tudo isso associado à atividade antiglicante e efeitos estimulantes sobre a produção de glutationa, importante enzimas de defesa antioxidantes, tornam este ativo uma excelente aposta para o tratamento de hipercromias. 24) TGP-2 Peptídeo: É um oligopeptídeo derivado do Fator de Crescimento Transformador (TGF) que possui ação de induzir a degradação da MITF, diminuindo a transcrição dos genes envolvidos na melanogênese, como Tirosinase, TRP-1 e TRP-2, o que reduz a produção de melanina. Também atua na etapa final do processo, reduzindo a transferência da melanina para os queratinócitos que estão ao seu redor. 25) Whitessence: Whitessence é um despigmentante natural extraído das sementes de jaca asiática. As proteínas específicas deste ativo inibem a transferência de melanina dos melanócitos para os queratinócitos, reduzindo a quantidade de melanina na superfície cutânea. 26) Whitonyl: Whitonyl é extraído da alga vermelha Palmaria palmata, possui oligossa- carídeos ricos em xilose e galactose. Possui ação comprovada na inibição da mela- nogênese, já que inibe a atividade da enzima tirosinase. Limita o transporte dos melanossomas por meio da redução da síntese do complexo receptor essencial no @rafaela.alvariz 24 Mecanismo de ação: Reduz a ação da Tirosinase , reduz a síntese de Rab27a e melanofilina e diminui a ativação do receptor c-Kit. Concentração usual: 1 a 4% Faixa de pH = 2,0 a 10,0 Mecanismo de ação: Bloqueio da liberação de GM-CSF Concentração usual: 3% transporte (Rab27a e melanofilina) e limita a pigmentação fotoinduzida por meio da diminuição da ativação do receptor c-Kit. 27) Wonderlight™: Wonderlight™ é um ativo natural, derivado ácido cáprico/caprílico e lúpulo com ação inibidora da dendritogênese, responsável pelo espalhamento e aprofundamento da melanina. Ele atua através do bloqueio da liberação de GM- CSF (citocina inflamatória liberada pelos queratinócitos). 28) Vitamina C : Agentes antioxidantes, como a vitamina C, são capazes de inibir as etapas de oxidação necessárias para a formação da melanina, promovendo clareamento cutâneo. A vitamina C tópica promove um efeito redutor de manchas, reduzindo a formação da melanina, possui importante atividade antioxidante e por esses motivos normalmente está presente na rotina de cuidados de pessoas com melasma. Opções de vitamina C estabilizada: 1) AA2G: O AA2G (Ácido Ascórbico 2-glicosado) é uma Vitamina C pura estabilizada com glicose, com características hidrossolúveis e alta estabilidade em cremes, emulsões e géis. Após ser absorvida pela pele, entra em contato com a enzima alfa glicosidase que lentamente libera a Vitamina C pura no organismo (8 dias de depósito na pele). @rafaela.alvariz 25 Concentração usual: 1% a 4% Concentração usual: 1 a 2% Concentração usual: 1 a 3% AA2G funciona de maneira idêntica à vitamina C, prevenindo e impedindo a pigmentação da pele pela supressão da síntese de melanina nos melanócitos. Tem também a capacidade de reduzir a quantidade de melanina pré-existente, resultando em uma pigmentação mais clara. 2) Nikkol VC-IP: Vitamina C lipossolúvel, na forma de éster com alta solubilidade, alta estabilidade ao calor, boa solubilidade em óleos e excelente permeação cutânea. Por ser lipossolúvel, tem alta permeação e consegue atingir a derme rapidamente, proporcionando alta eficácia. e excelente absorção percutânea 3) VC-PMG (Fosfato Ascorbil Magnésio): Derivado hidrossolúvel da vitamina C que penetra rapidamente através da pele, é capaz de liberar ácido ascórbico livre, nas camadas internas da epiderme. Possui um excelente poder despigmentante, já que possui um maior depósito na epiderme. @rafaela.alvariz 26 27 4 Os nutracêuticos proporcionam inúmeros benefícios para o corpo como um todo e alguns de seus representantes tem sido utilizados como tratamento auxilar no clareamento e gerenciamento do melasma. Nutracêuticos Dose usual= 2 a 4mg ao dia Dose usual = 30mg ao dia Dose Usual = -Extrato Seco (5:1): 200 mg/dia. Dose usual = 5 a 15mg ao dia Dose usual= 5mg ao dia 1) Astaxantina: A astaxantina é caracterizada como um carotenóide de xantofila natural que apresenta alto potencial antioxidante e anti-inflamatório. Seus efeitos na supressão da hiperpigmentação e inibição do fotoenvelhecimento foram evidenciados em trabalhos científicos que comprovaram seu efeito na redução dos níveis sanguíneos de malondialdeído (marcador de estresse oxidativo) e diminuição de citocinas inflamatórias na pele. 2) Betacaroteno: Uma vez ingerido, o betacaroteno é convertido em vitamina A de acordo com sua necessidade, ou agir como um antioxidante para ajudar a proteger as células dos efeitos nocivos dos radicais livres. 3) Extrato de ginseng Fonte de ginsenosídeos e compostos fenólicos,demonstra eficácia nas atividades de imunomodulação, bloqueio na formação de espécies reativas de oxigênio UVB induzida e inibição da tirosinase na síntese de melanina. 4)Licopeno É um potente antioxidante capaz de proteger as células do nosso organismo contra os efeitos nocivos do excesso de radicais livres, reduzindo assim o risco de estresse oxidativo. 5) Luteína É um carotenóide macular de pigmentação amarela, é um potente antioxi- dante que previne danos causados por radicais livres nos tecidos. A luteína é um carotenóide de vitamina, semelhante à vitamina A e beta caroteno. @rafaela.alvariz 28 Dose usual = 200mg ao dia Dose usual = 100mg ao dia Dose usual = 150mg ao dia Dose usual = 2g ao dia 6) N-Acetilcisteína Ao contribuir com o fornecimento de glutationa, o N-acetilcisteína (NAC), além de aumentar as defesas antioxidantes também é responsável pelo desvio da rota de produção de melanina para a produção da melanina mais clara. 7) Nicotinamida (Vitamina B3) Diminui a produção de sebo, melhora a função barreira da pele. Anti- inflamatória, pois inibe a quimiotaxia de leucócitos e diminui a secreção de interleucinas. Despigmentante pois impede a transferência da melanina para o queratinócito. 8) Oli Ola Diminui a pigmentação por retardar as reações oxidativas envolvidas na melanogênese. Também modula a inflamação por reduzir a expressão de citocinas pró-inflamatórias como TNFα, IL-1β, IL-6, IL-8, MCP-1, favorecendo a prevenção e redução da hiperpigmentação pós-inflamatória, além de aumentar os níveis de glutationa, um poderoso antioxidante endógeno. 9) Ômega 3 O equilíbrio da ingestão de ômega-3 é essencial para prevenir lesões cutâneas desencadeadas pelos componentes reativos da exposição à radiação ultravioleta e como tem ação anti-inflamatória consegue inibir um dos gatilhos da melanogênese. 10) Picnogenol ou Pinus Pinaster Pinus pinaster é um pinheiro que em sua casca existe picnogenol, uma substância enriquecida em bioflavanóides - um poderoso antioxidante. Durante muito tempo, foi utilizada no tratamento de doenças cardiovasculares e também para minimizar manchas na pele, como melasma. @rafaela.alvariz 29 https://www.dermaclub.com.br/blog/noticia/melasma-saiba-o-que-e-essa-mancha-na-pele-os-tratamentos-e-se-ha-possibilidade-de-cura-e-prevencao_a1903/1 Dose usual = 50mg Dose usual = 250mg Dose Usual = Extrato seco (40%) 250 a 500mg ao dia Dose usual = 50mg ao dia Dose usual = 50mcg ao dia No entanto, hoje, o ativo é considerado uma grande aposta no combate ao envelhecimento precoce da pele. De acordo com estudos, o picnogenol combina cerca de 40 compostos, que também promovem diversos benefícios à saúde. 11) Polypodium Leucotomos É popularmente conhecido como “protetor solar em cápsulas” devido a sua potente atividade Antioxidante. Os principais constituintes desta planta são ácidos cumárico, ferúlico, cafeico, vanílico e clorogênico. Estudos revelam que a união dessas substâncias apresenta uma redução do impacto dos raios UV contra as células epiteliais, preservando os fibroblastos e mantendo sua capacidade de produzir colágeno. 12) Pomegranate (Punica granatum) Rico em ácido elágico, o Pomegranate vem mostrando-se muito eficaz como clareador de manchas via oral, pois além de possuir potente ação antioxidante, ainda apresenta um efeito inibitório na pigmentação da pele desencadeada pela radiação UV. 13) Resveratrol É um composto fenólico com importante atividade antioxidante encontrado em cascas e sementes de uvas escuras, amendoim, algumas frutas vermelhas e pistaches. Atua na proteção da pele contra os danos solares (fotoenvelhecimento e hiperpigmentação). 14) Selênio Mineral (oligoelemento) que gera proteção frente ao dano causado pelo es- tresse oxidativo. Ingestão reduz o risco de doenças crônicas resultantes do estresse oxidativo e inflamatório alterado. Bom Antioxidante. @rafaela.alvariz 30 Dose usual = 100mg ao dia Dose usual = 20mg ao dia 15) Vitamina C Antioxidante que reage com o oxigênio simples, o radical hidroxila e o radical superóxido, além de regenerar a vitamina E. Mantêm as enzimas tiois em seus estados reduzidos e poupa a glutationa peroxidase, que é um importante antioxidante intracelular e cofator enzimático. 16) Vitamina E Poderoso antioxidante, inibe radicais livres impedindo o estresse oxidativo e a ativação da cascata da melanogênese. @rafaela.alvariz 31 32 5 Estudos demonstram que a disbiose intestinal está intimamente ligada à inflamação e estresse oxidativo. Esse mecanismo de ativação inflamatória oriunda do intestino pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas em locais distantes do intestino, como as dermatoses. Probióticos Principais benefícios: Ação anti-inflamatória Dose Usual: 2,0 a 10 bilhões de UFC Principais benefícios: Redução da inflamação Dose Usual: 2,0 a 10 bilhões de UFC Principais benefícios: Modulação da resposta imune e inflamatória Dose Usual: 2,0 a 10 bilhões de UFC Principais benefícios: Redução da inflamação e melhora da integridade da barreira cutânea. Dose Usual: 2,0 a 10 bilhões de UFC 1) Bifidobacterium bifidum: Bifidobacterium Bifidum evita bactérias patogênicas, impedindo o cresci- mento de bactérias maléficas no seu organismo. Essa bactéria probiótica reduz o ph intestinal, influencia positivamente a flora intestinal e protege contra infec- ções intestinais. Além disso, produzir vitaminas do complexo B e ácido fólico, também reduz a amônia e outros compostos tóxicos do organismo, estimulando uma melhor resposta do sistema imunológico. 2) Lactobacillus acidophilus: Através da produção de ácido lático, o L. acidophilus cria um ambiente desfavorável, para o crescimento de fungos e outras bactérias. Favorece a redução de Ig-E, aumento da expressão de TGF-β, Foxp3, IFN-γ e IL-10, reduzindo a inflamação. 3) Lactobacillus casei: Aumento do recrutamento de células T reguladoras FOXP3 + para a pele, resultando em diminuição da inflamação, restaurando a homeostase através de mecanismos imunomoduladores. 4) Lactobacillus paracasei: Redução de neuromediadores e inflamação neurogênica. Aumento do TGF- β circulante com efeitos positivos na integridade da barreira cutânea. Aumento do fator de crescimento transformador circulante beta (TGF-β), citocina conhecida pelo efeito favorável na integridade da barreira. @rafaela.alvariz 33 34 5 Neste capítulo serão apresentadas algumas fórmulas que habitualmente prescrevo, com boa estabilidade, compatibilidade e eficácia. Sugestões de Fórmulas 35 Sabonete Renovador Celular e calmante Gluconolactona 10% Alfa bisabolol 1% Aloe Vera 200:1 1% Sabonete líq. facial pH 5,5 qsp 100ml Lavar o rosto 2 vezes ao dia. AA2G 4% Ácido Ferúlico 1% Belides 5% Neurolight 1,5% Niacinamida PC 4% Hyaxel 7% Base Sérum qsp ----- 30mL Aplicar algumas gotas em toda a face 30 min antes do protetor solar. Albatin 1% Ácido Tranexâmico Lipossomado 2% Ácido Kójico 1% TGP2 Peptídeo 2% Inaclear 1% Resveratrol 2% Synovea HR 0,5% Base Second Skin qsp 30g Aplicar em toda a face a noite @rafaela.alvariz Sérum antioxidante e despigmentante Diurno Creme despigmentante Noturno 1 (Pele normal a seca) 36 Creme Despigmentante Noturno 2 (Pele Oleosa) Ácido Mandélico 5% Cisteamina 5% Brighlette 2% β-White 3% Whytonil 4% Wonderlight™ 3% Base Hydra Fresh qsp 30g Aplicar em toda a face a noite Oli Ola 150mg Astaxantina 4mg Betacaroteno 30mg N-acetilcisteína 100mg Nicotinamida 50mg Vitamina C 100mg Vitamina E 20mg Resveratrol 50mg Excipientes qsp 1cp ----- 30 cápsulas Tomar 1 dose pela manhã Bifidobacterium bifidum 2,5 bilhões Lactobacillus acidophilus 2,5 bilhões Lactobacillus casei 2,5 bilhões Lactobacillus paracasei 2,5 bilhões Excipientes qsp ---- 1cp--- 30 cápsulas Tomar 01 cápsula antes de dormir @rafaela.alvariz Cápsulas Antioxidantes Cápsulasde Probióticos Use protetor solar de FPS superior a 50 mesmo em dias nublados. Checklist Cuidados da pele com Melasma 37@rafaela.alvariz Tenha um despigmentante diurno e um noturno, assim você terá um tratamento mais completo. Use um sabonete com renovador celular adequado para o seu tipo de pele. Tenha uma fórmula oral com antioxidantes para potencializar a proteção do seu filtro solar. Se for fazer um peeling, lembre-se: Um processo inflamatório intenso ativa a cascata da melanogênese. Tenha uma Água termal para resfriar e acalmar a pele em dias de calor intenso ou prática de exercícios. Antes do tratamento despigmentante use uniformizadores de estrato córneo ou faça um peeling enzimático para diminuir o estrato córneo, assim você terá uma despigmentação mais uniforme. Anotações 38@rafaela.alvariz Chegamos ao final deste ebook Quando iniciei a estudar o universo dos despigmentantes tive inicialmente uma grande dificuldade na hora de formular, já que são muitas opções de cosméticos disponíveis no mercado. Entender bem todo o processo da cascata da melanogênese foi fundamental para começar realmente a formular com estratégia definida e com mais assertividade. Este e-book foi pensado para você, profissional prescritor, que está iniciando ou ainda não se sente seguro na hora de prescrever um tratamento despigmentante. Lembre-se, mantenha-se sempre atualizado e não pare de estudar nunca. Espero que tenha gostado, Rafaela Alvariz 39@rafaela.alvariz Agradecimento Se você quiser saber mais sobre meu trabalho, contratar meu serviço de Prescrição Personalizada ou falar comigo, basta usar os links abaixo. https://rafamalvariz.wixsite.com/my-site @RafaAlvariz @rafaela.alvariz rafamalvariz@gmail.com 40@rafaela.alvariz Contato Review • An. bras. dermatol. 88 (1) • Fev 2013 https://doi.org/10.1590/S0365- 05962013000100009 MITF-M regulates melanogenesis in mouse melanocytes. T. Chen et al. / Journal of Dermatological Science 90 (2018) 253–262 E.B. Handog, M.J. Enriquez-Macarayo (eds.), Melasma and Vitiligo in Brown Skin, DOI 10.1007/978-81-322-3664-1_11 SOUZA, Leticia Carvalho de; et.al. O Uso Associado do Ácido Kójico e Ácido Glicólico como Alternativa à Hidroquinona no Tratamento de Melasma. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 01, Vol. 02, pp. 49-68, Janeiro de 2018. ISSN: 2448-0959. Fisiopatologia do melasma. Revisão • An. Bras. Dermatol. 84 (6) • Dez 2009 • https://doi.org/10.1590/S0365-05962009000600008 41@rafaela.alvariz Bibl iograf ia Julio C. Valencia, Toshihiko Hoashi, John M. Pawelek, Francisco Solano and Vincent J. Hearing. Pmel17: controversial indeed but critical to melanocyte function. Pigment Cell Res. 19; 250–252. doi: 10.1111/j.1600-0749.2006.00308.x McKesey J, Tovar-Garza A, Pandya AG. Melasma Treatment: An Evidence-Based Review. Am J Clin Dermatol. 2020 Apr;21(2):173-225. doi: 10.1007/s40257-019- 00488-w. PMID: 31802394. JTaraz M, Niknam S, Ehsani AH. 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