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Lista de Redação – Gramática – Moforlogia (Classe de 
palavras) – 99 Questões [Médio] 
 
Questão 01) 
Em “Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade.”, a palavra 
assinalada pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, por: 
a) mas sim. 
b) de outro modo. 
c) exceto. 
d) portanto. 
e) ou. 
 
Questão 02) 
Na frase “O Sol ainda produzirá energia (...)”, o advérbio ainda tem o mesmo 
sentido que em: 
 
a) Ainda lutando, nada conseguirá. 
b) Há ainda outras pessoas envolvidas no caso. 
c) Ainda há cinco minutos ela estava aqui. 
d) Um dia ele voltará, e ela estará ainda à sua espera. 
e) Sei que ainda serás rico. 
 
Questão 03) 
“Advérbio é a palavra mais ou menos invariável que modifica um verbo, um 
adjetivo ou outro advérbio.” O “mais ou menos invariável” atribuído ao 
advérbio tem sua razão de ser devido à possibilidade de receber um sufixo 
indicativo de grau nos advérbios da frase NÃO carnavalizada em: 
a) Os advérbios mais amáveis são sim, bem, muito bem. 
b) Os advérbios mais antipáticos são não, nunca, jamais. 
c) Formam-se advérbios de modo normalmente juntando-se ao feminino dos 
adjetivos o sufixo mente: gostosamente, calmamente, tranqüilamente, 
dormente, semente. 
d) Excetuam-se Clemente e portuguesmente, que se formam de palavras 
masculinas. 
e) Aprendemos cedo a identificar o advérbio; estamos perto de o esquecer? 
Questão 04) 
“O verbo deve sempre concordar com o sujeito em gênero, número e 
pessoa.” Não obstante carnavalizado, cada exemplo está adequado, 
EXCETO em: 
a) Em gênero: Acometidas pelos portugueses as estâncias contrárias... 
b) Em número: Os vinte estados do Brasil são dois: São Paulo e Minas. 
c) Em pessoa: O governo eletrificará a Central. 
d) Em gênero, número e pessoa: Tudo são aplausos!... 
e) Vários sujeitos no singular podem levar o verbo ao plural e o fornecedor 
à falência. Ex.: Fulano, Beltrano e Sicrano compram fiado na casa do 
Bento. 
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Questão 05) 
“Como disse o famoso pensador Alfred E. Neumann, o mal da nova geração 
é que não pertencemos mais a ela.” 
“Como lemos nos jornais que os adolescentes revoltados esquartejam pais e 
avós, entram para seitas orientais que preceituam a abstenção de banhos ou 
erigem Átila como modelo, cabe nos resignarmos e nos refugiarmos num 
quarto acusticamente isolado.” 
 
O conectivo “como” aparece, nas passagens acima, significando 
respectivamente: 
 
a) Segundo / Já que. 
b) Tal qual / Quando. 
c) Conforme / Sempre que. 
d) Consoante / Da mesma maneira que. 
e) Do mesmo modo que / Uma vez que. 
 
Questão 06) 
“Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós misteriosas, 
cuja única coerência é rejeitar tudo o que na semana passada era uma 
delícia.” 
Das alterações ocorridas na passagem acima, assinale aquela em que há 
ERRO no emprego do pronome relativo: 
a) Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós 
misteriosas, nas quais invariavelmente acredita. 
b) Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós 
misteriosas, sob cuja orientação organiza seu cardápio. 
c) Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós 
misteriosas, com quem jamais discorda. 
d) Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós 
misteriosas, a que sempre se refere com euforia. 
e) Outra só come o que, a cada dia, lhe ditam entidades para nós 
misteriosas, em cujo saber deposita plena confiança. 
 
Questão 07) 
 
“Penso nisto enquanto procuro conter as nênias de horror que me tumultuam 
o peito fatigado [...].” 
 
A alternativa em que o pronome pessoal “me” aparece empregado com valor 
possessivo, como na sentença acima, é: 
a) Meus filhos me são gratos. 
b) Meus filhos me ouvem os conselhos. 
c) Meus filhos me desobedecem sempre. 
d) Meus filhos me causam preocupações. 
e) Meus filhos me convidam para suas festas. 
 
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Questão 08) 
 
Leia os textos a seguir. 
 
I. O Curso Química Ambiental - Controle e Aproveitamento de Resíduos - 
visa a contribuir com a sociedade na preservação do seu habitat e ao 
desenvolvimento de processos que favoreçam a qualidade de vida do ser 
humano. 
II. O Curso Química Ambiental - Controle e Aproveitamento de Resíduos - 
visa a contribuir com a sociedade na preservação do seu habitat e com o 
desenvolvimento de processos que favoreçam a qualidade de vida do ser 
humano. 
III. O Curso Química Ambiental - Controle e Aproveitamento de Resíduos - 
visa a contribuir com a sociedade na preservação do seu habitat e no 
desenvolvimento de processos que favoreçam a qualidade de vida do ser 
humano. 
 
Do ponto de vista da norma culta, as preposições sublinhadas estão 
empregadas corretamente: 
a) somente no texto I. 
b) somente no texto II. 
c) somente no texto III. 
d) em todos os textos. 
e) em nenhum dos textos. 
 
Questão 09) 
 
Indique a alternativa em que a substituição dos termos grifados nas frases 
abaixo está gramaticalmente correta. 
 
I. Sinhá Vitória vestiria saias de ramagens vistosas. 
II. ... para não derramar a água salobra. 
III. Encheu a Guia. 
 
a) I. Sinhá Vitória vesti-las-ia. II. ... para a não derramar. III. A encheu. 
b) I. Sinhá Vitória lhes vestiria. II. ... para não a derramar. III. Encheu-lhe. 
c) I. Sinhá Vitória vestir-lhes-ia. II.... para não derramá-la. III. Encheu-a. 
d) I. Sinhá Vitória vestiria-a. II. ... para a não derramar. III. Encheu-lhe. 
e) I. Sinhá Vitória as vestiria. II. ... para não derramá-la. III. Encheu-a. 
 
Questão 10) 
 
Dentre os tempos verbais, existe um que se chama futuro do presente 
composto do indicativo; um exemplo é terei partido. Explique em que 
circunstância esse tempo verbal é utilizado. Redija uma frase em que ele seja 
corretamente empregado, mas use verbo diferente de partir. 
 
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Questão 11) 
 
Em relação ao texto abaixo, assinale a opção que preenche corretamente as 
lacunas: 
 Nos ecossistemas naturais, como as matas, os cerrados e os 
campos nativos, há um perfeito equilíbrio entre os seres vivos, e entre eles e 
o meio. Esta condição resulta da interação entre as espécies, e da adaptação 
destas ao meio ao longo de extensos períodos de tempo. São sistemas quase 
fechados __(1)__ , devido a razões pouco conhecidas, novas espécies 
dificilmente se estabelecem neles de modo natural. Em qualquer deles, a 
densidade populacional de um inseto fitófago, isto é, que se alimenta de 
plantas, é controlada principalmente pela densidade populacional da espécie 
__(2)__ ele tem preferência e por seus inimigos naturais (parasitas, 
predadores e patógenos, ou seja, seres que ___(3)___ causam doenças), 
além evidentemente dos fatores físicos como a temperatura, a umidade e a 
luz, entre outros. 
(Ciência hoje, N.6, maio/junho/1983) 
 
a) que – que - os 
b) por que – a qual – lhe 
c) porque – na qual – lhes 
d) porque – pela qual – lhe 
e) por que – pela qual – os 
 
Questão 12) 
 
Assinale a opção cujas formas verbais preenchem corretamente as 
respectivas lacunas do texto: 
 
 É notável o fato de que as civilizações clássicas – gregos e romanos – 
não marcaram a história da humanidade por contribuições práticas ou 
inventos que __(1)__ o esforço humano no desempenho do trabalho. Isso 
não significa que não __(2)__ exemplos de dispositivos que se __(3)__ a 
essa finalidade e que __(4)__ a essa época. Em contraposição, as 
contribuições dessas civilizações no desenvolvimento da Filosofia , da 
ciência pura, das artes, da Política e do Direito __(5)__ os fundamentos e os 
rumos de parte considerável do conhecimento humano. 
 
(Youssef, A.N.: Fernandez, V.P Informática e sociedade. São Paulo:Ática, 
1988) 
 
a) Atenuassem – existissem – prestem – remontam – estabelecem. 
b) Atenuem – existem – prestam – remontam – estabelecem 
c) Atenuam – existissem – prestam – remontem – estabeleçam. 
d) Atenuassem – existam – prestam – remontem – estabeleceram. 
e) Atenuem – existem – prestem – remontam – estabeleceram. 
 
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Questão 13) 
 
Assinale a opção que descreve corretamente uma das ocorrências de formas 
verbais em fragmentos da obra Os colegas: 
 
(1) Não vai dar pé, ninguém vai acreditar que você é dono deles. 
(2) E o bom daquele sonho é que ele ia acordar e ver que tudo que tinha 
sonhado continuava a ser verdade. 
(3) Pega a mangueira aí! 
 Desenrola! 
 Engata naquela torneira! 
 Abre a torneira todinha! 
 
a) Uso de locução verbal (ir + infinitivo) com o verbo auxiliar no imperfeito do 
indicativo em vez do futuro do pretérito. 
b) Uso do pretérito-mais-que-perfeito simples em vez do pretérito imperfeito 
do indicativo. 
c) Uso de formas do subjuntivo em vez do imperativo. 
d) Uso de locução verbal (ir + infinitivo) com o verbo auxiliar no imperfeito do 
indicativo em vez do imperfeito do indicativo. 
e) Uso de locução verbal (ir + infinitivo) com o verbo auxiliar no presente do 
indicativo em vez do presente do subjuntivo. 
 
 
Questão 14) 
 
Os versos abaixo são da letra da música Cobra, de Rita Lee e Roberto de 
Carvalho: 
 
Não me cobre ser existente 
Cobra de mim que sou serpente 
 
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, podemos afirmar que: 
a) a oposição imperativo negativo e imperativo afirmativo justifica a mudança 
do verbo cobre/cobra. 
b) a diferença de formas (cobre/cobra) não é registrada nas gramáticas 
normativas, portanto há inadequação na flexão do segundo verbo (cobra). 
c) a diferença de formas (cobre/cobra) deve-se ao deslocamento da 3ª para 
a 2ª pessoa do sujeito verbal. 
d) o sujeito verbal (3ª pessoa) mantém-se o mesmo, portanto o emprego 
está adequado. 
e) o primeiro verbo no imperativo negativo opõe-se ao segundo verbo que 
se encontra no presente do indicativo. 
 
 
 
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Questão 15) 
 
Leia com atenção a seguinte frase de um letreiro publicitário: 
 
Esta é a escola que os pais confiam. 
 
a) Identifique a preposição exigida pelo verbo e refaça a construção, 
obedecendo à norma gramatical. 
b) Justifique a correção. 
 
Questão 16) 
 
“ Que me enganei ora o vejo: 
Nadam-te os olhos em pranto 
Arfa-te o peito, e no entanto 
Nem me podes encarar.” 
 
Em um dos versos acima, um pronome substitui toda uma oração. Aponte-o: 
a) que 
b) me 
c) o 
d) te 
 
Questão 17) 
 
“ Que me enganei ora o vejo: 
Nadam-te os olhos em pranto 
Arfa-te o peito, e no entanto 
Nem me podes encarar.” 
Em um dos versos acima, um pronome pessoal oblíquo está substituindo um 
pronome possessivo. Aponte-o: 
a) te 
b) me 
c) o 
d) que 
 
Questão 18) 
 
“Dizia meu avô que, quando chegou a Natal, a cidade teria menos de 300.000 
habitantes.” 
O futuro do pretérito, na oração grifada, expressa uma ação: 
a) fato futuro em relação ao passado. 
b) fato futuro em relação ao presente. 
c) suposição em relação ao futuro. 
d) suposição em relação ao passado. 
e) suposição em relação ao presente. 
 
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Questão 19) 
Em uma das alternativas o pronome pessoal possui valor de possessivo. 
Aponte-a : 
a) Nunca me contaram seus dissabores. 
b) Roubaram-lhe o carro sem qualquer problema. 
c) Aceite-me como amigo e todos ganharão com isso. 
d) Digo-vos o que penso a vosso respeito. 
 
Questão 20) 
Das orações abaixo, há apenas uma que possui o pronome relativo 
empregado corretamente. Aponte-a : 
a) Jamais falamos dos alunos aos quais sempre foram nossos amigos. 
b) São situações difíceis que você se referiu. 
c) Esta é a obra a cuja aquisição sempre aspiramos. 
d) Conheci uma linda cidade cuja a arquitetura impressionou-me muito. 
 
Questão 21) 
A opção em que não há correspondência entre a palavra sublinhada e a 
classe gramatical a ela atribuída é: 
a) "Mal se foi o Salgueiro," - conjunção 
b) “Por que, então, chorar a festa passada...”. - locução adverbial 
c) "...o verde rebentou verdíssimo." – advérbio. 
d) "de área a área," – preposição. 
e) "...e no instante infinito de um gol “. - substantivo. 
 
Questão 22) 
 
A preposição de contida nas opções abaixo NÃO estabelece relação de 
posse em: 
a) “…a tessitura dos pontos…” . 
b) “…ao fim do bordado…” . 
c) “…o destino dos seres…” . 
d) “…pessoas (…) de cuja existência…” 
e) “…tamanho do bastidor.” . 
 
Questão 23) 
 
Assinale o tempo verbal das formas grifadas abaixo que NÃO tem o mesmo 
emprego do grifado em "PRONTO! ESTAVA COMPLETA A LIGAÇÃO DE 
BELÉM COM BUENOS AIRES" 
a) PARA UM ROMANCE NESSE CENÁRIO, SIMENON NÃO DAVA MAIS 
b) AINDA SE FAZIA VER E OUVIR NA MAIOR PARTE DO SEU BREVE 
CURSO ... 
c) ...HOJE QUATROCENTÃO, EXISTIA O RIO CARIOCA. 
d) O RIO ACOMPANHAVA, DESCOBERTO... 
e) ... CADA CASA DO VALE ... TINHA SUA PONTE. 
 
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Questão 24) 
O adjetivo sublinhado em Sim, adiamos, uma vez que há um incoercível 
destino nacional está corretamente substituído por: 
a) irreprimível. 
b) imbatível. 
c) indefensável. 
d) inconsistente. 
e) invencível. 
 
Questão 25) 
A série em que todas as palavras pertencem à mesma classe é: 
a) distância - nenhum - recônditas 
b) mas - também - não 
c) nenhum - qualquer - muitas 
d) principalmente - sem - nos 
e) mais - modelo - em breve 
 
Questão 26) 
Encontram-se um advérbio e um substantivo grifados, respectivamente, na 
frase: 
a) uma vez derrotado o mal, nasceria um mundo melhor. 
b) parecia não ter servido a praticamente nenhum fim. 
c) as estruturas políticas não tiveram resultado muito felizes. 
d) de meio século de distância daquele período difícil. 
e) a mudança se expressou mais em palavras do que em atos. 
 
Questão 27) 
“Se o Governo _______ seu compromisso com o povo nordestino e 
________ novas medidas de combate à seca, certamente _______ o 
reconhecimento da população.” 
 
Assinale a única alternativa que preenche corretamente as lacunas na frase 
acima. 
a) manter – propor – obterá 
b) mantivesse – proposse – obteria 
c) mantivesse – propusesse – obteria 
d) manter – propor – obeteria 
e) mantesse – propusesse – obterá 
 
Questão 28) 
“como então dizer quem fala a Vossas Senhorias?” . 
 
Pode-se observar no texto acima que o personagem dirige-se aos seus 
interlocutores utilizando o pronome de tratamento sublinhado. Assinale a 
laternativa que não apresenta erro no uso do pronome de tratamento. 
a) Vossa Senhoria formulastes vossos planos? 
b) Vossa Senhoria formulou vossos planos? 
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c) Vossa Senhoria formulaste seus planos? 
d) Vossa Senhoria formulou seus planos? 
e) Vossa Senhoria formulaste teus planos? 
 
Questão 29) 
“Se o Presidente ______ seu compromisso com os trabalhadores e ______ 
novas medidas de combate à pobreza, certamente ________ o 
reconhecimento da população.” 
 
Assinale a única alternativa que preenche corretamente as lacunas na frase 
acima: 
a) manter – propor - obterá 
b) mantesse - proposse – obteria 
c) mantivesse – propusesse – obteria 
d) manter – propor – obteria 
e) mantesse – propusesse – obterá 
 
Questão 30) 
Na frase: “Não lhe dês a liberdade” – o pronome oblíquo está proclítico pelo 
seguinte motivo: 
a) Ele vem sempre nesta posição 
b) O autor deseja enfatizar o complemento representado pelo pronome 
c) Representa simplesmente a vontade do autor 
d) Há erro na colocação do pronome nesta frase 
e) A fraseé Negativa 
 
Questão 31) 
 
“Era o cocar do amor, com que desejava ornar a cabeça de seu guerreiro e 
senhor” – a expressão COM QUE tem a função sintática de: 
a) Adjunto adverbial de Instrumento 
b) Complemento Nominal 
c) Objeto indireto 
d) Adjunto adverbial de Modo 
e) Adjunto adverbial de Companhia 
 
Questão 32) 
 
Lisbon Revisited 
(1923) 
 
Não: não quero nada. 
Já disse que não quero nada. 
 
Não me venham com conclusões! 
A única conclusão é morrer. 
 
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Não me tragam estéticas! 
Não me falem em moral! 
 
Tirem-me daqui a metafísica! 
Não me apregoem sistemas completos, não me 
 [enfileirem conquistas 
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — 
Das ciências, das artes, da civilização moderna! 
 
Que mal fiz eu aos deuses todos? 
 
Se têm a verdade, guardem-na! 
 
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. 
 
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. 
Com todo o direito a sê-lo, ouviram? 
 
Não me macem, por amor de Deus! 
 
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? 
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? 
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. 
Assim, como sou, tenham paciência! 
Vão para o diabo sem mim, 
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! 
Para que havemos de ir juntos? 
 
Não me peguem no braço! 
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. 
Já disse que sou sozinho! 
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! 
 
Ó céu azul — o mesmo da minha infância — 
Eterna verdade vazia e perfeita! 
Ó macio Tejo ancestral e mudo, 
Pequena verdade onde o céu se reflete! 
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! 
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. 
 
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... 
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho! 
 
(Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio/4: poesias de Álvaro de Campos) 
 
 
 
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Metamorfose Ambulante 
 
Prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
 
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Sobre o que é o amor 
Sobre que eu nem sei quem sou 
 
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
eu sou um ator... 
 
É chato chegar a um objetivo num instante 
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
 
Sobre o que é o amor 
Sobre que eu nem sei quem sou 
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
eu sou um ator... 
 
Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha velha velha velha opinião 
 [formada sobre tudo... 
Do que ter aquela velha velha opinião formada sobre tudo... 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... 
 
(Raul Seixas, Os grandes sucessos de Raul Seixas) 
 
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Tanto no poema de Fernando Pessoa como na canção de Raul Seixas se 
observa o recurso intenso às repetições. 
Ciente deste fato, 
a) Localize o verso de Metamorfose Ambulante que apresenta repetição 
insistente de uma mesma palavra e defina o efeito expressivo obtido 
pelo autor com essa repetição; 
b) Considerando que o advérbio não é uma das palavras mais repetidas 
ao longo de Lisbon Revisited, estabeleça a relação semântica que a 
repetição dessa palavra tem com a atitude do eu-poemático ante os 
padrões sociais. 
 
Questão 33) 
Em relação à predicação verbal, marque a opção em que a classificação 
apresentada corresponde ao verbo do respectivo exemplo. 
a) Verbo transitivo direto - “entrava a polícia” 
b) Verbo transitivo direto - “Quer entregar-ma?...” 
c) Verbo de ligação - “Onde está ela?” 
d) Verbo intransitivo - “ia atrás, pálido, com as mãos cruzadas nas costas” 
e) Verbo transitivo direto e indireto - “parava à porta da rua uma carruagem” 
 
Questão 34) 
 
Texto - II 
 
Tomava café, quando um empregado subiu para dizer que lá embaixo 
estava um senhor, acompanhados de duas praças, e que desejava falar ao 
dono da casa. 
– Vou já, respondeu este. E acrescentou para Botelho: - São eles! 
– Deve ser, confirmou o velho. 
E desceram logo. 
– Quem me procura?... exclamou João Romão com disfarce, chegando 
ao armazém. 
Um homem alto, com ar de estróina, adiantou-se e entregou-lhe uma folha 
de papel. 
João Romão, um pouco trêmulo, abiu-a defronte dos olhos e leu-a 
demoradamente. Um silêncio formou-se em torno dele: os caixeiros pararam 
em meio do serviço, intimidados por aquela cena em que entrava a políticia. 
– Está aqui com efeito.. disse afinal o negociante. Pensei que fosse livre... 
– É minha escrava, afirmou o outro. Quer entregar-ma?... 
– Mas imediatamente. 
– Onde está ela? 
– Deve estar lá dentro. Tenha a bondade de entrar... 
O sujeito fez sinal aos dois urbanos que o acompanharam logo, e 
encaminharam-se todos para o interior da casa. Botelho, à frente deles, 
ensinava-lhes o caminho. João Romão ia atrás, pálido, com as mãos 
cruzadas nas costas. 
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Atravessaram o armazém, depois um pequeno corredor que dava para 
um pátio calçado, chegaram finalmente à cozinha. Bertoleza, que havia já 
feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras, no chão, escamando 
peixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte dela aquele 
grupo sinistro. 
Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio 
percorreu-lhe o corpo. Num relance de grande perigo compreendeu a 
situação; adivinhou tudo com a lucidez de quem se vê perdido para 
sempre: adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforria era 
uma mentira, o que o seu amante, não tendo coragem para matá-la restituia-
a ao cativeiro. 
Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em 
torno de si, procurando escapula, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o 
ombro. 
– É esta! Disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada 
a segui-los. -Prendam-na! É escrava minha! 
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das 
mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou 
aterrada para eles, sem pestanejar. 
Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os 
sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou 
de um salto, e antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe 
certeiro e fundo rasgara e ventre de lado a lado. 
E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda 
numa lameira de sangue. 
João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto 
com as mãos. 
Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão 
de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma 
de sócio benemérito. 
Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas. 
 
(Aluísio de Azevedo. O Cortiço.) 
 
 
Dentre as expressões abaixo, aquela que apresenta circunstância adverbial 
diferentedas demais é: 
 
a) “com disfarce” 
b) “com lucidez de quem se vê perdido” 
c) “com ímpeto de anta bravia” 
d) “de um salto” 
e) “com as mãos” 
 
Questão 35) 
A opção que contém a classificação gramatical correta do vocábulo 
sublinhado é: 
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a) “um pouco trêmulo - pronome adjetivo indefinido. 
b) “fez sinal aos dois urbanos” - substantivo. 
c) “que a sua carta de alforria” - pronome relativo. 
d) “Mal, porém, circunvagou” - advérbio de modo. 
e) “fugira até ao canto” - palavra denotativa de inclusão. 
 
Questão 36) 
Tomava café, quando um empregado subiu para dizer que lá embaixo estava 
um senhor, acompanhados de duas praças, e que desejava falar ao dono da 
casa. 
 - Vou já, respondeu este. E acrescentou para Botelho: - São eles! 
 - Deve ser, confirmou o velho. 
 E desceram logo. 
 - Quem me procura?... exclamou João Romão com disfarce, chegando ao 
armazém. 
 Um homem alto, com ar de estróina, adiantou-se e entregou-lhe uma folha 
de papel. 
 João Romão, um pouco trêmulo, abiu-a defronte dos olhos e leu-a 
demoradamente. Um silêncio formou-se em torno dele: os caixeiros pararam 
em meio do serviço, intimidados por aquela cena em que entrava a políticia. 
 - Está aqui com efeito.. disse afinal o negociante. Pensei que fosse livre... 
 - É minha escrava, afirmou o outro. Quer entregar-ma?... 
 - Mas imediatamente. 
 - Onde está ela? 
 - Deve estar lá dentro. Tenha a bondade de entrar... 
 O sujeito fez sinal aos dois urbanos que o acompanharam logo, e 
encaminharam-se todos para o interior da casa. Botelho, à frente deles, 
ensinava-lhes o caminho. João Romão ia atrás, pálido, com as mãos 
cruzadas nas costas. 
 Atravessaram o armazém, depois um pequeno corredor que dava para 
um pátio calçado, chegaram finalmente à cozinha. Bertoleza, que havia já 
feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras, no chão, escamando 
peixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte dela aquele 
grupo sinistro. 
 Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio 
percorreu-lhe o corpo. Num relance de grande perigo compreendeu a 
situação; adivinhou tudo com a lucidez de quem se vê perdido para sempre: 
adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforria era uma 
mentira, o que o seu amante, não tendo coragem para matá-la restituia-a ao 
cativeiro. 
 Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em 
torno de si, procurando escapula, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o 
ombro. 
 - É esta! Disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada 
a segui-los. -Prendam-na! É escrava minha! 
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 A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das 
mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou 
aterrada para eles, sem pestanejar. 
 Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os 
sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de 
um salto, e antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe 
certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. 
 E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda 
numa lameira de sangue. 
 João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto 
com as mãos. 
 Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão 
de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma 
de sócio benemérito. 
 Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas. 
(Aluísio de Azevedo. O Cortiço.) 
Dentre as opções abaixo, só NÃO se pode afirmar que: 
a) “velho” é um exemplo de derivação imprópria. 
b) “intimidados” é uma formação sufixial derivada do parassintético 
“intimidar”. 
c) a expressão “havia já feito subir” (l. 28) poderia ser substituída por “já 
fizera subir”. 
d) “aterrada” é cognata de “terra”. 
e) o vocábulo “os” , no texto, substitui “abolicionistas”. 
 
Questão 37) 
As afirmações que seguem referem-se à seqüência a despeito de elogiáveis 
iniciativas (inclusive oficiais). Assinale a INCORRETA. 
a) A expressão a despeito de poderia ser substituída por a cerca de, sem 
acarretar erro na frase. 
b) O adjetivo elogiáveis poderia ser deslocado para depois do substantivo 
que modifica, sem que houvesse alteração no significado da expressão. 
c) O emprego do advérbio inclusive revela o pressuposto de que as 
iniciativas de que se fala não são unicamente as oficiais. 
d) Os parênteses poderiam ser substituídos por travessões sem acarretar 
alteração do significado da frase. 
e) O emprego do advérbio inclusive deixa subentendida a idéia de que não 
se espera das iniciativas oficiais que elas sejam elogiáveis. 
 
Questão 38) 
Na linguagem do dia-a-dia no Brasil é comum se ouvir frases como 
estas:"Você quer que eu compro?" "Você quer que eu sirvo?" "Você quer que 
eu faço?" Quando alguém diz "Você quer que eu...", o ato que vem em 
seguida, representado por um verbo, ainda não aconteceu, é hipotético. 
Alguém está lhe perguntando se você quer algo e esse algo depende de 
você. Portanto, existe aí o modo da dúvida, da suposição, da hipótese e é 
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esse o valor do subjuntivo. Logo, o correto seria dizer:“Você quer que eu 
compre?" "Você quer que eu sirva?" "Você quer que eu faça?" 
O exercício refere-se ao uso correto do: 
a) Futuro do indicativo 
b) Presente do indicativo 
c) Passado do subjuntivo 
d) Futuro do subjuntivo 
e) Presente do subjuntivo 
 
Questão 39) 
Conjugue os seguintes verbos entre parênteses: 
 
A polícia ________ na briga. (intervir) 
A polícia ________ o suspeito. (deter) 
 
a) Intervir, deteu 
b) Interviu, deteve 
c) Interveio, deteve 
d) Interveio, deteu 
e) Interviu, deteve 
 
Questão 40) 
Texto I 
 Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de 
experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma 
enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de 
estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas 
as maneiras possíveis. 
Ítalo Calvino 
 
 
Texto II 
 Não há a possibilidade de existir um homem livre de todas as coerções 
sociais. Isso não ocorre nem mesmo no interior do ser humano. Sabemos 
que as normas sociais impõem até que desejos são admissíveis e que 
desejos são inadmissíveis. 
José Luiz Fiorin 
 
 
Texto III 
O inferno são os outros. 
 Jean Paul Sartre 
 
 
Sobre os textos I, II e III é correto afirmar: 
 
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a) O emprego do verbo no Presente é recurso para a apresentação de 
conceitos. 
b) Em II, coerções sociais e normas sociais apresentam contrariedade de 
sentido. 
c) Em remexido e reordenado (texto I), o prefixo re indica “anterioridade”. 
d) Em II, o pronome demonstrativo isso, em função de sujeito, antecipa o 
que será dito. 
e) Em III, o verbo concorda com o sujeito. 
 
Questão 41) 
Socorro 
Alguém me dê um coração 
Que este já não bate nem apanha. 
 Arnaldo Antunes e Alice Ruiz 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apanhar pode ser entendido como “sofrer”, o que inviabiliza a 
compreensão de bater como “pulsar”. 
b) O terceiro verso qualifica o termo coração e, portanto, do ponto de vista 
sintático, é uma oração adjetiva. 
c) O terceiro verso funciona como explicação para o pedido de socorro e, 
pela lógica, deveria ser o segundo verso do texto. 
d) A utilizaçãodo verbo apanhar contribui para a combinação de 
dramaticidade e humor do texto. 
e) O terceiro verso fornece um exemplo da idéia veiculada no segundo, de 
necessidade de um novo órgão físico. 
 
Questão 42) 
 
 
Balão 1: Mamãe, Mafalda vai ficar para o lanche! 
Balão 2: Tudo bem. 
Balão 3: Olha, a minha mãe não gosta que a gente deixe o leite esfriar 
Balão 4: Por isso, quando ela chamar, não vamos fazer ela esperar mais de 
dois ou três mortos. 
 
Sobre o trecho Quando ela chamar, não vamos fazer ela esperar mais de 
dois ou três mortos, é correto afirmar que: 
 
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a) as duas ocorrências do pronome ela, de acordo com a norma culta da 
língua, são consideradas apropriadas a um uso formal. 
b) o pronome pessoal, nas duas ocorrências, deveria ser suprimido, já que 
o sujeito de chamar e fazer é recuperável pelo contexto. 
c) ela , na segunda ocorrência, substitui o pronome pessoal do caso oblíquo 
correspondente, fato comum na linguagem oral. 
d) o pronome ela, na segunda ocorrência, com função de objeto indireto, 
poderia ser substituído por “lhe”. 
e) o pronome ela, na primeira ocorrência, com função de sujeito, poderia 
ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por “ a”. 
 
Questão 43) 
 
 
 
Balão 1: Mamãe, Mafalda vai ficar para o lanche! 
Balão 2: Tudo bem. 
Balão 3: Olha, a minha mãe não gosta que a gente deixe o leite esfriar 
Balão 4: Por isso, quando ela chamar, não vamos fazer ela esperar mais de 
dois ou três mortos. 
 
Sobre a oração Quando ela chamar, é correto afirmar que: 
a) poderia ser substituída, sem alterar o sentido do texto, por “se ela 
chamar”. 
b) apresenta a forma verbal chamar no modo infinitivo. 
c) não precisaria estar isolada por vírgula, já que o período respeita a ordem 
direta. 
d) apresenta conjunção que introduz circunstância temporal. 
e) a conjunção quando expressa incerteza da personagem em relação ao 
chamado da mãe. 
 
Questão 44) 
 
 
I 
 
Como são belos os dias 
Do despontar da existência! 
— Respira a alma inocência 
Como perfumes a flor; 
O mundo – um sonho dourado, 
A vida – um hino d’amor! 
 
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 Casimiro de Abreu 
 
II 
 Lembramo-nos (...), com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se 
a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido 
outrora e não viesse de muito longe a enfiada de decepções que nos 
ultrajam. 
 Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que 
nos alimentam a saudade dos dias que correram como melhores. Bem 
considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. 
Raul Pompéia 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) A palavra como, nas quatro situações em que ocorre (textos I e II), denota 
idéia de comparação. 
b) Em I, os travessões do 5º e 6º versos podem ser substituídos por verbo 
de ligação, sem prejuízo do sentido original. 
c) Em I, o sujeito de são belos é o mesmo de Respira. 
d) Em que nos ultrajam (texto II), o pronome relativo refere-se ao 
substantivo enfiada. 
e) Em II, com saudade hipócrita complementa, sintaticamente, felizes 
tempos. 
 
Questão 45) 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
Balão 1: Mamãe, o que você gostaria de ser se você vivesse? 
 
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a) No último quadrinho, as expressões faciais da mãe e da menina revelam, 
respectivamente, surpresa e fúria. 
b) O humor do texto é gerado pelo fato de a menina empregar o verbo 
“viver” em duas acepções. 
c) Há revolta da garota contra a aceitação, por parte da mãe, do papel 
subalterno reservado à mulher na sociedade contemporânea. 
d) A forma verbal vivesse traz a informação implícita de que a garota 
considera que a mãe não vive de fato. 
e) Os três primeiros quadrinhos mostram as tarefas que, naquele dia, a mãe 
de Mafalda terá pela frente: passar roupas, arrumar a sala, lavar a louça. 
Questão 46) 
Os livros viraram o objeto de decoração da moda nas casas dos 
endinheirados. Se eles não têm familiaridade com a leitura, arquitetos e 
decoradores vão ao campo. 
Esses profissionais aconselham a compra de coleções completas de 
obras de literatura, filosofia e história para decorar as salas. Livros de auto-
ajuda, só no quarto. 
Parte das peças deve ser garimpada em sebos, para transmitir a idéia de 
conhecimento sólido, erudição. Entre as posições básicas para demonstrar 
inteligência já na mesinha de centro, está o “ambiente moderno”, cuja 
composição exige livros alegres e coloridos, de artistas como Miro, Picasso, 
Mondrian. Acredita-se que eles dão vivacidade ao espaço. 
Paloma Cotes 
 
É correto dizer que: 
a) no trecho Se eles não têm familiaridade com a leitura , o pronome 
antecipa a referência a arquitetos e decoradores. 
b) no último parágrafo, espaço retoma o núcleo do adjunto adverbial em 
sebos. 
c) no trecho Acredita-se que eles dão vivacidade ao espaço, os pronomes 
se e eles têm a mesma referência. 
d) em Acredita-se que eles dão vivacidade ao espaço, o pronome eles tem 
referência ambígua. 
e) Já, em demonstrar inteligência já na mesinha de centro, poderia ser 
substituído por “rapidamente”. 
Questão 47) 
Assinale a alternativa correta. 
a) No verso Vem o pio da coruja, o verbo “vir” rege complemento não-
preposicionado. 
b) No verso O meu quarto resume o passado em todas as casas que habitei, 
o pronome que substitui o passado. 
c) Nos versos Do jardim do convento / Vem o pio da coruja, os termos do 
jardim e do convento complementam substantivos. 
d) No verso Bater corajoso o seu cântico de certezas, o termo seu cântico 
complementa corajoso. 
e) No verso Doce como arrulho de pomba, a palavra como explicita a 
analogia entre pio da coruja e arrulho de pomba. 
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Questão 48) 
Assinale a afirmativa correta. 
a) O grande gesto feito pelo conde, ao mostrar o movimento da praça, 
contrapõe-se à eloqüência com que foram proferidas suas palavras. 
b) A expressão moço de nome histórico denota, no texto, um artista boêmio, 
muito conhecido do público. 
c) A caracterização do carro de bois revela nostalgia pelo passado rural 
português. 
d) A frase exclamativa Porque a fé, meus senhores, é a base da ordem! 
Revela mais o fervor religioso do conde que sua preocupação com a 
ordem social. 
e) Na expressão fim de tarde serena, o adjetivo serena equivale, 
ambiguamente, a “calma” e “monótona”. 
 
Questão 49) 
Fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma 
 
"Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria 
tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um 
sentimento sério, grave e absorvente. ( ... ) o que o patriotismo o fez pensar, 
foi num conhecimento inteiro de Brasil. ( ... ) Não se sabia bem onde nascera, 
mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no 
Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: 
Quaresma era antes de tudo brasileiro." 
 BARRETO, Lima. "Triste fim de Policarpo Quaresma". São Paulo: Scipione, 
1997. 
 
Considerando os itens grifados na passagem "O que O patriotismo O fez 
pensar", é correto afirmar que temos, respectivamente: 
a) artigo definido, pronome demonstrativo e pronome demonstrativo. 
b) pronome relativo, artigo definido e artigo definido. 
c) pronome relativo, pronome oblíquo e pronome demonstrativo. 
d) pronome demonstrativo, artigo definido e pronome oblíquo. 
e) pronome definido, artigo definido e pronome oblíquo. 
 
Questão 50) 
TEXTO 
 
A produção cultural do corpo 
Pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, 
simultaneamente, um desafio e uma necessidade. Um desafio porque 
rompe, de certa forma, com o olharnaturalista sobre o qual muitas vezes o 
corpo é observado, explicado, classificado e tratado. Uma necessidade 
porque ao desnaturalizá-lo revela, sobretudo, que o corpo é histórico. Isto é, 
mais do que um dado natural cuja materialidade nos presentifica no mundo, 
o corpo é uma construção sobre a qual são conferidas diferentes marcas em 
diferentes tempos, espaços, conjunturas econômicas, grupos sociais, 
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étnicos, etc. Não é portanto algo dado a priori nem mesmo é universal: o 
corpo é provisório, mutável e mutante, suscetível a inúmeras intervenções 
consoante o desenvolvimento científico e tecnológico de cada cultura bem 
como suas leis, seus códigos morais, as representações que cria sobre os 
corpos, os discursos que sobre ele produz e reproduz. 
Um corpo não é apenas um corpo. É também o seu entorno. Mais do que 
um conjunto de músculos, ossos, vísceras, reflexos e sensações, o corpo é 
também a roupa e os acessórios que o adornam, as intervenções que nele 
se operam, a imagem que dele se produz, as máquinas que nele se acoplam, 
os sentidos que nele se incorporam, os silêncios que por ele falam, os 
vestígios que nele se exibem, a educação de seus gestos... enfim, é um sem 
limite de possibilidades sempre reinventadas e a serem descobertas. Não 
são, portanto, as semelhanças biológicas que o definem mas, 
fundamentalmente, os significados culturais e sociais que a ele se atribuem. 
 (GOELLNER, Silvana Vilodre. A produção cultural do corpo. In: LOURO, 
Guacira Lopes (org.) "Corpo, gênero e sexualidade; um debate 
contemporâneo na educação". Petrópolis: Vozes, 2003. p.28-29) 
 
Do primeiro parágrafo do texto, retire os quatro adjetivos que melhor 
caracterizam a noção de corpo nele apresentada. 
 
Questão 51) 
O Bicho 
 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
 
Assinale a opção que relaciona o emprego de um recurso lingüístico à 
progressão das idéias na construção de sentido do poema "O Bicho". 
 
a) A repetição do verbo SER em oração negativa, na terceira estrofe, 
enfatiza a caracterização de HOMEM já feita anteriormente. 
b) O emprego do pronome indefinido, adjunto adnominal de COISA, na 
segunda estrofe, retifica a conceituação existencial de HOMEM. 
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c) O emprego alternado dos artigos indefinido e definido diante da palavra 
BICHO, nas primeira e terceira estrofes, encaminha a ressignificação, no 
contexto, da palavra HOMEM. 
d) O emprego do imperfeito do indicativo, nas segunda e terceira estrofes, 
se refere, especificamente, à representação da expressão UM HOMEM. 
e) O emprego do pretérito perfeito, na primeira estrofe, ratificado pelo 
advérbio de tempo ONTEM, em VI ONTEM UM BICHO, enfatiza o caráter 
habitual de uma cena cotidiana do homem. 
 
Questão 52) 
O emprego de "o mesmo", comumente criticado por gramáticos, é usado, 
muitas vezes, para evitar repetição de palavras ou ambigüidade. Aponte a 
opção em que o uso de "o mesmo" não assegura clareza na mensagem. 
a) Esta agência possui cofre com fechadura eletrônica de retardo, não 
permitindo a abertura do mesmo fora dos horários programados. (Cartaz 
em uma agência dos Correios) 
b) A reunião da Associação será na próxima semana. Peço a todos que 
confirmem a participação na mesma. (Mensagem, enviada por e-mail, 
para chamada dos associados para uma reunião) 
c) Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado 
neste andar. (Lei 9.502) 
d) Após o preenchimento do questionário para levantamento de 
necessidade de treinamento, solicito a devolução do mesmo a este Setor. 
(Ofício de uma instituição pública) 
e) A grama é colhida, empilhada e carregada sem contato manual, portanto 
a manipulação fica restrita à descarga do caminhão manualmente ao 
lado do mesmo. (Folheto de instruções para plantio de grama na forma 
de tapete de grama) 
 
Questão 53) 
Portal do Assinante Estadão. Aqui não há visitantes, só gente de casa. 
 
O Portal do Assinante Estadão é um lugar dedicado especialmente a você, 
24 horas por dia, feito para as pessoas se sentirem em casa. Veja alguns 
privilégios: entrega em dois endereços, transferência temporária, 
interrupção de entrega, promoções exclusivas do Clube do Assinante, 
informações sobre o jornal. Entre sem bater, fique à vontade e acesse. 
Afinal, a casa é sua. 
 
É correto afirmar que 
a) as orações "entrega em dois endereços, transferência temporária,... 
informações sobre o jornal", funcionando como aposto, sintetizam o 
conteúdo detalhado em "alguns privilégios". 
b) as formas verbais "veja" , "entre" , "fique" e "acesse" concordam com a 
expressão "as pessoas", empregada no início do texto. 
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c) no trecho "entrega em dois endereços", o segmento "em dois 
endereços" oferece uma circunstância de lugar à forma verbal 
"entrega", funcionando, portanto, como adjunto adverbial. 
d) no trecho "Um lugar dedicado ESPECIALMENTE a você", o advérbio 
sugere, ao mesmo tempo, exclusividade e preferência. 
e) no trecho "a casa é sua", o pronome possessivo "sua" funciona como 
adjunto adnominal de "casa", tal como o artigo "a". 
 
Questão 54) 
 
"Professora usa blog PARA informar sobre deficiências". 
A preposição "PARA" foi empregada com sentido semelhante ao observado 
acima, em todas as opções, EXCETO em: 
 
a) "(...) empresas e instituições estão cada vez mais ligadas no conceito de 
acessibilidade, que visa prover ao deficiente físico meios PARA tomar 
contato com documentos e informações." 
b) "Existem recursos à disposição na Internet e em software PARA ajudar 
nisso." 
c) "Desde março, o NCE vem treinando deficientes físicos PARA inserção 
no mercado de trabalho (...)". 
d) "(...) e ele fazia a leitura (transcodificação) do que estava escrito na tela 
PARA a linguagem auditiva, de modo que o deficiente visual interagisse 
com o computador." 
e) "Mas, depois, percebi que o estava direcionando PARA informar meus 
leitores, a maioria formada por pessoas sem qualquer tipo de deficiência 
(...)." 
 
Questão 55) 
 
Observe os períodos adiante, diferentes quanto à pontuação. 
 
- Adoeci logo; não me tratei. 
- Adoeci; logo não me tratei. 
 
A observação atenta desses períodos permite dizer que: 
a) No primeiro, LOGO é um advérbio de tempo; no segundo, uma conjunção 
causal. 
b) No primeiro, LOGO é uma palavra invariável; no segundo, uma palavra 
variável. 
c) No primeiro, as orações estão coordenadas sem a presença de 
conjunção; na segunda, com a presença de uma conjunção conclusiva. 
d) No primeiro, as orações estão coordenadas com a presença de 
conjunção; na segunda, sem conjunção alguma. 
e) No primeiro, a segunda oração indica alternância; no segundo, a 
segunda oração indica a conseqüência. 
 
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Questão 56) 
No trecho: "Eu não creio, não posso mais acreditar na bondade ou na virtude 
de homem algum; todos são mais ou menos ruins, falsos, e indignos; há 
porém ALGUNS que sem dúvida com o fim de ser mais nocivos aos outros, e 
para produzir maior dano, têm o merecimento de dizer a verdade nua e crua, 
(...)": 
 
I) ALGUM e ALGUNS são pronomes indefinidos. 
II) ALGUNS é sujeito do verbo haver. 
III) ALGUM equivale a nenhum. 
 
Assinale a alternativa correta sobre as assertivas acima: 
a) Apenas I é verdadeira. 
b) Apenas II é verdadeira. 
c) Apenas I e II são verdadeiras. 
d) Apenas I e III são verdadeiras. 
e) I, II e III são verdadeiras. 
 
Questão 57) 
Analise as preposições destacadasnos seguintes contextos: 
 
A) " - [...] inconformado COM as amarras da lei, fazia justiça COM as 
próprias mãos." 
B) " - [...] buscar formas de convivência COM o narcotráfico." 
 
As preposições sublinhadas indicam, respectivamente, 
a) causa - instrumento - companhia. 
b) modo - modo - instrumento. 
c) referência - causa - companhia. 
d) instrumento - referência - causa. 
e) companhia - causa - modo. 
 
Questão 58) 
"Advérbio é a palavra mais ou menos invariável que modifica um verbo, um 
adjetivo ou outro advérbio." O "mais ou menos invariável" atribuído ao 
advérbio tem sua razão de ser devido à possibilidade de receber um sufixo 
indicativo de grau nos advérbios na frase NÃO carnavalizada em: 
a) Os advérbios mais amáveis são SIM, BEM, MUITO BEM. 
d) Aprendemos cedo a identificar o advérbio; estamos 'perto de' o 
esquecer? 
c) Formam-se advérbios de modo normalmente juntando-se ao feminino 
dos adjetivos o sufixo MENTE: gostosamente, calmamente, 
tranqüilamente, dormente, semente. 
d) Excetuam-se CLEMENTE e PORTUGUESMENTE, que se formam de 
palavras masculinas. 
e) Os advérbios mais antipáticos são NÃO, NUNCA, JAMAIS. 
 
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TEXTO: 1 - Comum à questão: 59 
 
 
 O mundo já testemunhou uma verdadeira guerra contra a introdução de 
novas tecnologias no local de produção. O movimento dos luddities da 
Inglaterra destruiu máquinas e equipamentos por achar que as tecnologias 
que fizeram a Revolução Industrial destruiriam o trabalho. Nos dias de hoje, 
ainda há quem atribua às tecnologias a causa do desemprego. É comum 
citar a destruição de postos de trabalho provocada por uma colheitadeira que 
dispensa centenas de trabalhadores rurais. 
 Essa análise não encontra respaldo na realidade. Uma nova tecnologia 
pode ter um impacto direto destrutivo e outro indireto construtivo, ao reduzir 
postos de trabalho onde entra e criar oportunidades de trabalho em outros 
setores. É verdade que isso não acontece automaticamente. Os impactos 
são mediados pelo tipo de administração, pelo ambiente institucional e pelas 
regras da economia. 
 Quando novas tecnologias são incorporadas por empresas bem 
administradas e são usadas para baixar os preços e instigar a demanda de 
bens e serviços novos, os impactos positivos são enormes. Em 1960, uma 
ligação telefônica de três minutos entre o Brasil e os Estados Unidos custava 
cerca de US$ 45,00 (em valores de 2001); hoje, custa menos de US$ 3,00, 
graças ás inovações tecnológicas. Isso intensificou o volume das transações 
comerciais, o que, por sua vez, ampliou os investimentos e o emprego. 
 A história mostra que o emprego aumenta quando a produtividade se 
eleva. Por outro lado, uma empresa que perde produtividade deixa de 
competir, destruindo empregos. 
 
(O Estado de S. Paulo, A3, 29/12/01) 
 
 
 
Questão 59) 
Está correta a forma verbal grifada na frase: 
 
a) O sindicato interviu na negociação de melhores condições de trabalho. 
b) A equipe de segurança da empresa deteu os manifestantes, impedindo 
sua entrada. 
c) Os conselheiros proporam mudanças na empresa, objetivando diminuir 
custos. 
d) Nem sempre advieram somente resultados positivos das grandes 
inovações tecnológicas. 
e) Com o desenvolvimento tecnológico, refazeu-se a economia, gerando 
novos empregos. 
 
 
 
 
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TEXTO: 2 - Comum à questão: 60 
 
Poética 
Pelas precedentes considerações se manifesta que não é ofício de poeta 
narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, 
quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. 
Com efeito, não diferem o historiador e o poeta, por escreverem verso ou 
prosa (pois que bem poderiam ser postas em verso as obras de Heródoto, e 
nem por isso deixariam de ser história, se fossem em verso o que eram em 
prosa), - diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as 
que poderiam suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais 
sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta 
o particular. Por "referir-se ao universal" entendo eu atribuir a um indivíduo 
de determinada natureza pensamentos e ações que, por liame de 
necessidade e verossimilhança, convêm a tal natureza; e ao universal, assim 
entendido, visa a poesia, ainda que dê nomes aos seus personagens; 
particular, pelo contrário, é o que fez Alcibíades ou o que lhe aconteceu. 
 (Aristóteles, "Poética") 
 
Corte na Aldeia 
- A minha inclinação em matéria de livros (disse ele), de todos os que 
estão presentes é bem conhecida; somente poderei dar agora de novo a 
razão dela. Sou particularmente afeiçoado a livros de história verdadeira, e, 
mais que às outras, às do Reino em que vivo e da terra onde nasci; dos Reis 
e Príncipes que teve; das mudanças que nele fez o tempo e a fortuna; das 
guerras, batalhas e ocasiões que nele houve; dos homens insignes, que, pelo 
discurso dos anos, floresceram; das nobrezas e brasões que por armas, 
letras, ou privança se adquiriram. [...] 
[...] 
- Vós, senhor Doutor (disse Solino) achareis isso nos vossos cartapácios; 
mas eu ainda estou contumaz. Primeiramente, nas histórias a que chamam 
verdadeiras, cada um mente segundo lhe convém, ou a quem o informou, ou 
favoreceu para mentir; porque se não forem estas tintas, é tudo tão misturado 
que não há pano sem nódoa, nem légua sem mau caminho. No livro fingido 
contam-se as cousas como era bem que fossem e não como sucederam, e 
assim são mais aperfeiçoadas. Descreve o cavaleiro como era bem que os 
houvesse, as damas quão castas, os Reis quão justos, os amores quão 
verdadeiros, os extremos quão grandes, as leis, as cortesias, o trato tão 
conforme com a razão. E assim não lereis livro em o qual se não destruam 
soberbos, favoreçam humildes, amparem fracos, sirvam donzelas, se 
cumpram palavras, guardem juramentos e satisfaçam boas obras. [...] 
Muito festejaram todos o conto, e logo prosseguiu o Doutor: 
- Tão bem fingidas podem ser as histórias que merecem mais louvor que 
as verdadeiras; mas há poucas que o sejam; que a fábula bem escrita (como 
diz Santo Ambrósio), ainda que não tenha força de verdade, tem uma ordem 
de razão, em que se podem manifestar as cousas verdadeiras. 
 (Francisco Rodrigues Lobo, "Corte na Aldeia") 
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Crônica (15.03.1877) 
 
Mais dia menos dia, demito-me deste lugar. Um historiador de quinzena, que 
passa os dias no fundo de um gabinete escuro e solitário, que não vai às 
touradas, às câmaras, à rua do Ouvidor, um historiador assim é um puro 
contador de histórias. 
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de 
histórias é justamente o contrário de historiador, não sendo um historiador, 
afinal de contas, mais do que um contador de histórias. Por que essa 
diferença? Simples, leitor, nada mais simples. O historiador foi inventado por 
ti, homem culto, letrado, humanista; o contador de histórias foi inventado pelo 
povo, que nunca leu Tito Lívio, e entende que contar o que se passou é só 
fantasiar. 
O certo é que se eu quiser dar uma descrição verídica da tourada de domingo 
passado, não poderei, porque não a vi. 
[...] 
 (Joaquim Maria Machado de Assis, "História de Quinze Dias". In: Crônicas) 
 
Questão 60) 
Os pronomes demonstrativos são algumas vezes empregados na frase para 
fazer referência a termos antecedentes, ou seja, empregados anteriormente 
na mesma ou em outra frase. 
De posse desta informação, 
a) aponte os respectivos antecedentes dos pronomes demonstrativos 
aquela e esta no terceiro período do texto de Aristóteles (de “Por isso...” 
até “... o particular”); 
b) explique, com base nessa e em outras passagens do texto de Aristóteles, 
a diferençaentre o historiador e o poeta. 
 
TEXTO: 3 - Comum à questão: 61 
 
Neste momento, o bordado está pousado em cima do console e o 
interrompi para escrever, substituindo a tessitura dos pontos pela das 
palavras, o que me parece um exercício bem mais difícil. 
Os pontos que vou fazendo exigem de mim uma habilidade e um 
adestramento que já não tenho. Esforço-me e vou conseguindo vencer 
minhas deficiências. As palavras, porém são mais difíceis de adestrar e vêm 
carregadas de uma vida que se foi desenrolando dentro e fora de mim, todos 
esses anos. São teimosas, ambíguas e ferem. Minha luta com elas é uma 
luta extenuante. Assim, nesse momento, enceto duas lutas: com as linhas e 
com as palavras, mas tenho a certeza que, desta vez, estou querendo chegar 
a um resultado semelhante e descobrir ao fim do bordado e ao fim desse 
texto, algo de delicado, recôndito e imperceptível sobre o meu próprio destino 
e sobre o destino dos seres que me rodeiam. Ontem, quando entrei no 
armarinho para escolher as linhas, vi-me cercada de pessoas com quem não 
convivia há muito tempo, ou convinha muito pouco, de cuja existência tinha 
esquecido. Mulheres de meia-idade que compravam lãs para bordar 
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tapeçarias, selecionando animadamente e com grande competência os 
novelos, comparando as cores com os riscos trazidos, contando os pontos 
na etamine, medindo o tamanho do bastidor. Incorporei-me a elas e comecei 
a escolher, com grande acuidade, as tonalidades das minhas meadas de 
linha mercerizada. Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério 
as suas tarefas. (...) Naquelas mulheres havia alguma coisa preservada, sua 
capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um aval. Não queria que 
me discriminassem, conversei com elas de igual para igual, mostrando-lhes 
os pontos que minha pequena mão infantil executara. 
 
(JARDIM, Rachel. O penhoar chinês. 4 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1990.) 
 
 
Questão 61) 
 
A forma do mais-que-perfeito composto do verbo da primeira oração do texto 
é: 
a) estava pousado. 
b) estará pousado. 
c) tinha estado pousado. 
d) teria estado pousado. 
e) tem estado pousado. 
 
TEXTO: 4 - Comum às questões: 62, 63 
 
 
Psicologia de um vencido 
 
Eu, filho do carbono e do amoníaco, 
Monstro de escuridão e rutilância. 
Sofro, desde a epigênesis da infância, 
A influência má dos signos do zodíaco. 
 
Profundissimamente hipocondríaco, 
Este ambiente me causar repugnância… 
Sobe-se à boca uma ânsia análoga à ânsia 
Que se escapa da boca de um cardíaco. 
 
Já o verme – este operário das ruínas – 
Que o sangue podre das carnificinas 
Come, e à vida em geral declara guerra, 
 
Anda a espreita meus olhos para roê-los, 
E há de deixar-me apenas os cabelos 
Na frialdade inorgânica da terra! 
 
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Questão 62) 
 
Morfologicamente, “de escuridão” e “desde a epigênesis” funcionam 
respectivamente como: 
a) Locução substantiva e locução adjetiva. 
b) locução adverbial e locução adverbial 
c) locução adjetiva e locução adverbial 
d) locução adverbial e locução adjetiva 
e) locução adjetiva e locução adjetiva 
 
Questão 63) 
 
Em “Que o sangue podre das carnificinas” o termo grifado funciona 
morfológica e sintaticamente como: 
 
a) pronome relativo e sujeito. 
b) pronome substantivo e relativo. 
c) conjunção integrante e conectivo subordinativo. 
d) pronome relativo e objeto direto. 
e) conjunção consecutiva e sujeito. 
 
TEXTO: 5 - Comum às questões: 66, 65, 64, 67, 68, 69 
 
Luta de Classes 
 
 Não é que dona Maria de Lurdes (Malu) não entenda, é que lhe explicam 
mal as coisas. Por exemplo. Uma noite ela perguntou para o 
 marido que história era aquela de luta de classes e o marido, já meio 
dormindo, respondeu: 
 _ São os empregados contra nós. 
 No dia seguinte, dona Malu já olhou para a Ernestina, 20 anos com a 
família, de outro jeito. 
 _ Que foi, dona Malu? 
 _ Nada, nada. 
 No almoço, dona Malu pediu mais detalhes ao marido. 
 _ O que é que os empregados querem? 
 _ O quê, Malu? 
 _ Os empregados. O que é que eles querem de nós? 
 O marido respirou fundo e ia começar a responder quando Ernestina 
entrou na sala do almoço e dona Malu o deteve com um gesto. Não na 
 frente do inimigo. 
 Ernestina voltou para a cozinha. O marido de dona Malu se serviu de 
guisadinho, mas não chegou a levar a primeira garfada à boca. 
 _ Pare! – gritou dona Malu, que tivera um súbito e terrível pensamento: 
vidro moído na comida. 
 _Por quê, Malu? 
 _ Não toque nessa comida! 
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 _ Como é que eu vou almoçar sem tocar na comida? 
 _ Vamos almoçar fora. 
 _ Que história é essa, Malu. Logo hoje que a Ernestina fez o meu prato 
preferido! 
 _ Justamente por isso. De noite eu faço guisadinho para você. 
 _ Eu prefiro o guisadinho da Ernestina. 
 Mas dona Malu já começara a limpar a sua mesa. Ernestina fez cara feia 
quando viu o seu guisado voltar, intocado, para a cozinha. Em 20 
 anos, era a primeira vez que acontecia aquilo. 
 _ Não gostaram, é? 
 _ Não tenho que lhe dar satisfações. 
 A senhora anda muito engraçada. 
 _ Veja como fala. 
 _ O que é que eu faço para o jantar? 
 _ Nada. Pode tirar o resto do dia. 
 Ernestina murmurou alguma coisa, emburrada. 
 _ Que foi? _ perguntou dona Malu. 
 _ Se a senhora não está satisfeita comigo... 
 _ Eu? Você é que está contra nós! 
 _ Eu, dona Malu? 
 _ Não finja. Pelo menos tenha a hombridade de lutar de frente. 
 Nem Ernestina nem dona Malu sabiam o que queria dizer hombridade e 
ficou por isso mesmo. Ernestina também não sabia que luta era 
 aquela, mas se dona Malu queria briga, ia ter briga. Não seria a primeira 
vez. 
 _ A senhora está me despedindo? 
 Dona Malu pensou um pouco. Afinal, eram 20 anos. Mesmo que Ernestina 
tivesse, finalmente, revelado a sua duplicidade, 20 anos eram 20 
 anos. E seria melhor ter o inimigo dentro de casa, onde ele podia ser 
controlado. 
 _ Não está despedida. Mas de agora em diante, eu faço a comida. Você 
só limpa a casa e lava os pratos. Não faz nem o cafezinho. 
 _ Está bem. 
 Era a guerra. Ou uma trégua declarada. Passaram a conviver de cara 
fechada, dona Malu e Ernestina. Uma vez o marido de dona Malu foi 
 pego em flagrante na cozinha pedindo para Ernestina fazer um dos seus 
pudins de laranja escondido. Foi tachado de traidor de sua classe. 
 Dona Malu passou a cozinhar, sob olhar crítico e, às vezes, os risos 
abafados, de Ernestina. E na noite em que dona Malu viu na televisão 
 um filme de espionagem em que um agente infiltrado em território inimigo 
mandava mensagens de rádio para suas forças com um 
 transmissor secreto, correu a dar uma busca no quarto de Ernestina. Não 
encontrou nenhum transmissor mas, por via das dúvidas, 
 impugnou um radinho de pilha. 
 
(Luís F. Veríssimo – Novas Comédias da Vida Privada - L&PM,1996) 
 
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Questão 64) 
 
“Não tenho que lhe dar satisfações.” 
Pode-se observar na oração acima o uso apropriado do pronome “lhe” 
complementando o sentido do verbo “dar”. 
 
Assinale a alternativa em que o uso do pronome “lhe” é incorreto. 
a) Mandei-lhe visitar os pais em Petrópolis. 
b) O direito de protestar não lhe assiste. 
c) A verdade é que eu lhe quero muito bem. 
d) Nãolhe agrada esta providência? 
e) Não lhe obedecerei mais, pois já sou adulto. 
 
Questão 65) 
 
“O que é que os empregados querem?” 
As palavras sublinhadas na oração acima não exercem função gramatical e 
foram utilizadas apenas para dar realce. 
O mesmo acontece em todas as orações abaixo, exceto: 
a) O que é que eles querem de nós? 
b) Como é que eu vou almoçar sem tocar na comida? 
c) Você é que está contra nós! 
d) Não é que dona Maria de Lurdes (Malu) não entenda. 
e) O que é que eu faço para o jantar? 
 
Questão 66) 
“Mas dona Malu já começara a limpar a sua mesa.” 
 
Sem causar alteração no sentido da oração, o verbo sublinhado poderia ser 
substituído por: 
a) iria começar 
b) teria começado 
c) havia começado 
d) estava começando 
e) começaria 
 
Questão 67) 
 
“Não finja. Pelo menos tenha a hombridade de lutar de frente.” Assinale a 
forma verbal que não segue a mesma conjugação dos verbos sublinhados 
na oração acima. 
a) Não toque nessa comida. 
b) Pare! 
c) Não faz nem o cafezinho. 
d) Coma o seu sanduíche. 
e) Limpe a casa e lave os pratos. 
 
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Questão 68) 
“...é que lhe explicam mal as coisas.” Assinale a alternativa em que a palavra 
“mal” foi usada indevidamente. 
a) Se o mal não existisse, o bem não existiria. 
b) O empregado foi mal recebido pelos patrões. 
c) Todos falavam mal dos vizinhos. 
d) Mal despontara o sol, já estávamos na praia. 
e) Ele não é um mal rapaz, apenas preguiçoso. 
 
Questão 69) 
“Se dona Malu _____ uma explicação mais clara de seu marido e _____ um 
relacionamento mais amigável com sua empregada, todos ____ mais 
satisfeitos.” 
 
Assinale a única alternativa que preenche corretamente as lacunas na 
oração acima. 
a) obtesse – mantesse - ficariam 
b) obtesse – mantivesse – ficariam 
c) obtivesse – mantivesse – ficaram 
d) obtivesse – mantesse – ficariam 
e) obtivesse – mantivesse – ficariam 
 
TEXTO: 6 - Comum às questões: 70, 71, 72 
 
Um viés do bem 
 
 Toda vez que trato das desigualdades duráveis do Brasil, recebo 
manifestações de uma minoria que se manifesta contra a idéia de que existe 
racismo no Brasil e que ele seja a fonte principal das enormes distâncias 
sociais que separam os brasileiros na base e no topo da ordem social e de 
sua persistência. 
 Tenho falado muito das duas faces da realidade social brasileira: a 
luminosa, marcada por mudanças positivas e avanços inegáveis em nossa 
realidade econômica, social e política, e a dolorosa, definida pela persistência 
da pobreza, da desigualdade, da corrupção e de outras mazelas. Elas estão 
claramente correlacionadas, da seguinte maneira: há limites para o progresso 
adicional significativo na redução da pobreza e da desigualdade, se não 
houver um claro redirecionamento das ações públicas e privadas. Mais ainda, 
se não houver um claro viés racial, a favor dos negros, o combate à pobreza 
pode não contribuir para uma redução significativa das desigualdades. 
 A desigualdade é alta e durável no Brasil porque ela tem cor. A cor 
determina uma diferenciação entre brasileiros que se justapõem à 
estratificação social, seja por classes, seja por ocupações. Nas classes mais 
altas quase não há negros. No proletariado de menor qualificação, os negros 
predominam. Os de maior qualificação são majoritariamente brancos. Se, 
para simplificar, dividirmos os grupos ocupacionais no Brasil em três, no mais 
baixo, estão 19% dos brancos e 30% dos negros. No intermediário se 
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concentram 49% dos brancos e 59% dos negros. No mais alto, encontram-
se 32% dos brancos e 11% dos negros. Claro, existem muitos brancos muito 
pobres, mas são a parcela minoritária. A maioria dos mais pobres é de negros 
e, principalmente, negras, vítimas de dupla discriminação, pela cor e pelo 
gênero. 
 O que a maioria não reconhece é a existência desse componente 
puramente racial da desigualdade. Dentro de cada grupo social ou 
ocupacional, os brancos têm, na média, situação bem melhor que os negros. 
Nelson do Vale Silva deu os números em um estudo recente. Um trabalhador 
manual rural branco tem um salário médio que é o dobro daquele pago a um 
trabalhador manual rural negro. Ambos são trabalhadores – manuais – rurais, 
mas um é branco e o outro negro. Essa única diferença está associada a uma 
distância salarial de 100%. 
 Sem ação específica para eliminar o racismo não se conseguirá mais do 
que melhorar a distribuição de renda entre os brancos, que não é tão 
escandalosamente desigual como é entre brancos e negros. As barreiras são 
raciais, não são econômicas. Para superá-las não basta aumentar o emprego 
e elevar os salários de base de todos. É preciso fazê-lo com viés para eliminar 
as diferenças por cor, deixando apenas aquelas ligadas à qualificação e às 
aptidões pessoais. Há formas menos conflituosas e mais inteligentes de ação 
afirmativa que as cotas. 
 Nenhuma política econômica pode romper o sutil bloqueio do “perfil 
adequado” ao acesso dos negros aos melhores cargos e funções oferecidos 
no mercado. Só um viés a favor fará com que um negro ou uma negra, com 
igual ou melhor qualificação que seus concorrentes brancos a um cargo de 
gerência, não ouça mais a resposta “você se saiu muito bem, mas não tem 
exatamente o perfil de que nossa empresa está precisando”. 
 Fernando Henrique Cardoso fez um gesto inédito da história da 
Presidência brasileira: assumiu o reconhecimento coletivo da existência do 
racismo no documento que o Brasil apresenta à Conferência Mundial contra 
o Racismo. Foi o primeiro passo de uma longa caminhada. Ele ainda pode 
dar o próximo, antes de terminar seu governo, adotando iniciativas pioneiras 
de ação afirmativa. 
(Sérgio Abranches – Revista Veja – 05/09/2001) 
 
Questão 70) 
“... há limites para o progresso adicional significativo...” 
 
Pode-se observar no exemplo acima o emprego correto do verbo “haver” 
impessoal. Assinale a alternativa em que não há erro no emprego da forma 
verbal. 
a) Ainda resta cerca de vinte alunos na sala. 
b) Devem haver muitos interessados no seu projeto. 
c) Já vão fazer cinco anos que cheguei aqui. 
d) Falta dois meses para o término das aulas. 
e) Houve épocas em que não se conheciam injustiças. 
 
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Questão 71) 
“Tenho falado muito das duas faces da realidade social brasileira” 
 
A forma composta do verbo foi utilizada pelo autor para expressar: 
a) Uma ação produzida em certo momento do passado. 
b) A repetição de um ato ou a sua continuidade até o presente. 
c) Uma ação completamente concluída. 
d) Um fato passado habitual. 
e) Uma ação que ocorreu antes de outra ação já passada. 
 
Questão 72) 
“Ambos são trabalhadores – manuais – rurais, mas um é branco e o outro 
negro.” 
As conjunções abaixo poderiam ter sido usadas na oração sublinhada acima 
sem causar alteração no sentido, exceto: 
a) contudo 
b) entretanto 
c) porém 
d) no entanto 
e) portanto 
 
TEXTO: 7 - Comum à questão: 73 
 
DETERMINISMOS 
 
 Acho que o caráter de um povo decorre de sua língua, e não o contrário. 
O constante mau humor do francês, por exemplo, é uma exigência fonética: 
a língua francesa soa melhor quando exprime alguma indisposição com o 
mundo ou com um semelhante. Certos sons, em francês, só são 
perfeitamente atingidos num determinado grau de irritação. O que, à primeira 
vista, parece uma insanável assincronia entre o francês e o seu fígado ou o 
seu destino pessoal não passa de um determinismo da pronúncia. Não se 
pode esperar do francês o gesto largo e generoso de um povo com amplas 
vogais, como o Italiano. O que se ouve é uma enganosa amargura, fruto das 
consoantes construtivas.A mania dos alemães de dominar o mundo talvez venha do caráter 
predatório da sua língua, sempre atrás de maneiras de combinar mais e mais 
significados numa só palavra. Há quem diga que o ideal alemão é reduzir 
tudo o que precisa ser dito a uma interminável fileira de sílabas, a uma 
palavra única que cincundaria o globo e tornaria todas as outras línguas 
obsoletas. 
 Já escrevi que Portugal colonizou a África e o Brasil porque o português 
falado lá se tornara tão difícil de dizer que precisava de ar. Foi a falta de ar 
que impeliu as caravelas. O português falado na África e no Brasil é 
justamente o português de Portugal com mais espaço. O mesmo aconteceu 
com o inglês americano e australiano em relação ao inglês inglês. Este teria, 
com o tempo, se tornado incompreensível para seus próprios usuários, se 
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não tivesse adquirido dois grandes continentes, onde pôde respirar e se 
espraiar. 
 Mas se faz bem à língua o espaço maior pode prejudicar o caráter. Em 
Portugal ele dizem "ao" onde nós dizemos "ão" e por isso a nossa "corrupção" 
parece maior, tem a força descritiva de um superlativo. É como se existisse 
a palavra "corrupcinha", mas. de tão pouco adequada aos nossos hábitos, se 
tivesse perdido no tempo, substituída para sempre pelo seu oposto. Nosso 
português liberado pelo nosso tamanho nos compeliria só aos grandes 
pecados. A culpa não é nossa, é dos nossos superlativos. Ditongo nasal é 
destino. 
(Adaptado - VERÍSSIMO, L.F., In Jornal do Brasil, 8/7/95.) 
 
Questão 73) 
Ao considerar o substantivo "corrupção" uma formação superlativa, o autor 
pretende salientar, mais do que uma noção de tamanho, uma idéia de: 
a) assimetria 
b) afetividade 
c) intensidade 
d) pejoração 
e) quantidade 
 
TEXTO: 8 - Comum à questão: 74 
 
 Na memorável regência da princesa Isabel, sua caneta de ouro assinalou 
fatos marcantes na história do país, como é do conhecimento geral. Um 
episódio, porém, viria a criar um certo embaraço ao uso de tão celebrado 
instrumento: é que a Câmara Municipal resolvera criar uns novos “mijadouros 
públicos”, palavras consideradas impróprias para figurar em documento a ser 
levado ao conhecimento público subscrito por sua alteza imperial. 
 Seria, porém, um contra-senso privar a população dessa comodidade e a 
cidade desse valioso equipamento por um problema de lexicografia. Criou-
se, então, um novo vocábulo, como vai registrado no Dicionário etimológico 
da língua portuguesa, de Antenor Nascentes: “Mictório. Neologismo criado 
quando a princesa imperial regente, D. Isabel, teve de sancionar uma postura 
da Ilustríssima Câmara Municipal acerca de mijadouros públicos. Figueiredo 
tira do lat. mictoriu, que aliás é um adjetivo com o sentido de diurético”. 
 
Benedito Lima de Toledo, O Estado de São Paulo 
 
 
Questão 74) 
 
No trecho palavras consideradas impróprias para figurar em documento a 
ser levado ao conhecimento público subscrito por sua alteza imperial, as 
expressões destacadas: 
a) expressam ações contínuas, uma vez que correspondem a gerúndios. 
b) são formas nominais de verbos e, no texto, qualificam substantivos. 
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c) têm valor apenas verbal e são independentes dos substantivos próximos. 
d) qualificam os substantivos imediatamente anteriores: palavras e 
conhecimento. 
e) omitem a desinência de gênero, por serem empregadas como verbos. 
 
TEXTO: 9 - Comum à questão: 75 
 
 
Declaração 
 
 Devia começar, como o sabe de cor e salteado a maioria dos leitores, que 
é sem dúvida nenhuma muito entendida na matéria, por uma declaração em 
forma. 
 Mas em amor, assim como em tudo, a primeira saída é o mais difícil. 
Todas as vezes que esta idéia vinha à cabeça do pobre rapaz, passava-lhe 
uma nuvem escura por diante dos olhos e banhava-se-lhe o corpo em suor. 
Muitas semanas levou a compor, a estudar o que havia de dizer a Luizinha 
quando aparecesse o momento decisivo. Achava com facilidade milhares de 
idéias brilhantes: porém, mal tinha assentado em que diria isto ou aquilo, já 
isto ou aquilo lhe não parecia bom. Por várias vezes, tivera ocasião favorável 
para desempenhar a sua tarefa, pois estivera a sós com Luizinha; porém, 
nessas ocasiões, nada havia que pudesse vencer um tremor nas pernas que 
se apoderava dele, e que não lhe permitia levantar-se do lugar onde estava, 
e um engasgo que lhe sobrevinha, e que o impedia de articular uma só 
palavra. Enfim, depois de muitas lutas consigo mesmo para vencer o 
acanhamento, tomou um dia a resolução de acabar com o medo, dizer-lhe a 
primeira coisa que lhe viesse à boca. 
 Luizinha estava no vão de uma janela a espiar para a rua pela rótula: 
Leonardo aproximou-se tremendo, pé ante pé, parou e ficou imóvel como 
uma estátua atrás dela que, entretida para fora, de nada tinha dado fé. Esteve 
assim por longo tempo calculando se devia falar em pé ou se devia ajoelhar-
se. Depois fez um movimento como se quisesse tocar no ombro de Luizinha, 
mas retirou depressa a mão. Pareceu-lhe que por aí não ia bem; quis antes 
puxar-lhe pelo vestido, e ia já levantando a mão quando também se 
arrependeu. Durante todos esses movimentos o pobre rapaz suava a não 
poder mais. Enfim, um incidente veio tirá-lo da dificuldade. 
 Ouvindo passos no corredor, entendeu que alguém se aproximava, e 
tomado de terror por se ver apanhado naquela posição, deu repentinamente 
dois passos para trás, e soltou um – ah! – muito engasgado. Luizinha, 
voltando-se, deu com ele diante de si, e recuando espremeu-se de costas 
contra a rótula: veio-lhe também outro - ah! – porém não lhe passou da 
garganta e conseguiu apenas fazer uma careta. 
 A bulha dos passos cessou sem que ninguém chegasse à sala; os dois 
levaram algum tempo naquela mesma posição, até que Leonardo, por um 
supremo esforço, rompeu o silêncio, e com voz trêmula e em tom o mais sem 
graça que se possa imaginar perguntou desenxabidamente: 
 
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 - A senhora... sabe...uma coisa? 
 E riu-se com uma risada forçada, pálida e tola. 
 Luizinha não respondeu. Ele repetiu no mesmo tom: 
 - Então... a senhora... sabe ou... não sabe? 
 E tornou a rir-se do mesmo modo. Luizinha conservou-se muda. 
 - A senhora bem sabe...é porque não quer dizer... 
 Nada de resposta. 
 - Se a senhora não ficasse zangada ... eu dizia ... 
 Silêncio. 
 - Está bom ... Eu digo sempre... mas a senhora fica ou não fica zangada? 
 Luizinha fez um gesto de quem estava impacientada. 
 - Pois então eu digo ... a senhora não sabe ... eu...eu lhe quero ... muito 
bem... 
 
 Luizinha fez-se cor de uma cereja; e fazendo meia volta à direita, foi dando 
as costas ao Leonardo e caminhando pelo corredor. Era tempo, pois alguém 
se aproximava. 
 Leonardo viu-a ir-se, um pouco estupefato pela resposta que ela lhe dera, 
porém, não de todo descontente: seu olhar de amante percebera que o que 
se acabava de passar não tinha sido totalmente desagradável a Luizinha. 
 Quando ela desapareceu, soltou o rapaz um suspiro de desabafo e 
assentou-se, pois se achava tão fatigado como se tivesse acabado de lutar 
braço a braço com um gigante. 
Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um Sargento de Milícias 
 
Questão 75) 
A opção em que o adjetivo determina o substantivo, mas, na verdade, 
qualifica o referente a que o substantivo está associado é: 
a) “ Achava com facilidade milhares de idéias brilhantes (2o §) 
b) “ ... e com voz trêmula...” (5o §) 
c) “E riu-se com uma risada pálida e tola” (7o §) 
d) “Luizinha fez-se cor de uma cereja”(18o §) 
e) “ Leonardo viu-a rir-se, um pouco estupefato” (19o §) 
 
TEXTO: 10 - Comum à questão: 76 
 
A notícia saiu no "The Wall Street Journal": a "ansiedade superou a 
depressão como problema de saúde mental predominante nos EUA". Para 
justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a um psicoterapeuta e a um 
sociólogo. O primeiro descreve "ansiedade como condição dos 
privilegiados" que, livres de ameaças reais, se dão ao luxo de "olhar para 
dentro" e criar medos irracionais; o segundo diz que "vivemos na era mais 
segura da humanidade" e, no entanto, "desperdiçamos bilhões de dólares em 
medos bem mais ampliados do que seria justificável". Sem meias palavras, 
os peritos dizem algo mais ou menos assim: os americanos estão nadando 
em riqueza e, como não têm do que se queixar, adquiriram o costume 
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neurótico de desentocar medos irracionais para projetá-los no admirável 
mundo novo ao redor. 
A explicação impressiona pela ingenuidade ou pela má-fé. Ninguém 
contrai o "Mau hábito" de olhar para dentro de si do dia para a noite. A 
obsessão consigo não é um efeito colateral do modo de vida atual; é um dos 
seus mais indispensáveis ingredientes. O crescimento exagerado do 
interesse pelo "mundo interno" e pelo corpo é a contrapartida do desinteresse 
ou hostilidade pelo "mundo externo" e pelos outros. Diz o catecismo: só confie 
em seu corpo e em sua mente. O resto é concorrente; o resto está sempre 
cobiçando e disputando seu emprego, seu sucesso, seu patrimônio e sua 
saúde. Sentir medo e ansiedade, em condições semelhantes, é um estado 
emocional perfeitamente racional e inteligível. 
Em bom português, sentir-se condenado a jamais ter repouso físico ou 
mental, sob pena de perder a saúde, a longevidade, a forma física, o 
desempenho sexual, o emprego, a casa, a segurança na velhice, pode ser 
um inferno em vida para os pobres ou para os ricos. Os candidatos à 
ansiedade são, assim, bem mais numerosos e bem menos ociosos do que 
pensam o psicoterapeuta e o sociólogo. 
 
 (Adaptado de: COSTA, J.F. A ansiedade da opulência. 
"Folha de São Paulo", 19 de março de 2000.) 
 
 
 
Questão 76) 
Assinale a locução em que a preposição destacada NÃO é regida por um 
nome 
a) DE saúde mental 
b) EM medos bem mais ampliados 
c) DE desentocar medos irracionais 
d) DE olhar para dentro de si 
e) DO modo de vida atual 
 
TEXTO: 11 - Comum à questão: 77 
 
 
A QUESTÃO A SEGUIR PRETENDE EXAMINAR SUA CAPACIDADE DE 
REFLEXÃO SOBRE CONCEITOS DIFUNDIDOS PELA TRADIÇÃO 
GRAMATICAL, OS QUAIS, DE MODO GERAL, SÃO ENCONTRADOS EM 
GRAMÁTICAS NORMATIVAS E ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS. ANTES DE 
RESPONDÊ–LA, LEIA COM ATENÇÃO AS DEFINIÇÕES APRESENTADAS 
A SEGUIR. 
 
I) Verbo é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno. 
II) Pronome é a palavra que representa o ser ou ao ser se refere, indicando-
o como pessoa do discurso. 
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III) Adjetivo é a palavra que expressa qualidade, propriedade ou estado do 
ser. 
IV) Interjeição é a expressão que transmite emoções súbitas. 
V) Sujeito é o ser de que se diz algo. 
 
LEIA, AGORA, OS COMENTÁRIOS SOBRE AS DEFINIÇÕES. 
 
 
Questão 77) 
 
1) De acordo com a definição I, a palavra grifada em “A saída dos ônibus 
foi adiada” é um verbo. 
2) De acordo com a definição II, em “Vi o seu pai hoje” tanto vi quanto seu 
podem considerados pronomes. 
3) De acordo com a definição III, a palavra presidente em “O presidente 
FHC chega de Londres amanhã” é adjetivo. 
4) De acordo com a definição IV, a expressão alô em “Alô, eu gostaria de 
falar com Celso” não é interjeição. 
5) De acordo com a definição V, o sujeito da oração “Para Jane e Malu, os 
amigos têm lugar especial” seria Jane e Malu. 
 
São CORRETOS: 
 
a) todos os comentários. 
b) somente 1, 3 e 4 
c) somente 1, 2 e 5 
d) somente 2 e 5 
e) somente 3 
 
TEXTO: 12 - Comum à questão: 78 
 
 
Por amor à Pátria 
 
 O que é mesmo a Pátria? 
 Houve, com certeza, uma considerável quantidade de brasileiros(as) que, 
na linha da própria formação, evocaram a Pátria com critérios puramente 
geográficos: uma vastíssima porção de terra, delimitada, porém, por tratados 
e convenções. Ainda bem quando acrescentaram: a Pátria é também o Povo, 
milhões de homens e mulheres que nasceram, moram, vivem, dentro desse 
território. 
 Outros, numerosos, aprimoraram essa noção de Pátria e pensaram nas 
riquezas e belezas naturais encerradas na vastidão da terra. Então, a partir 
das cores da bandeira, decantaram o verde das florestas, o azul do 
firmamento espelhado no oceano, o amarelo dos metais escondidos no 
subsolo. Ufanaram-se legitimamente do seu país ou declararam, convictos, 
aos filhos jovens, que jamais hão-de ver país como este. 
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 Foi o que fizeram todos quantos procuraram a Pátria no quase meio 
milênio da História do Brasil, complexa e fascinante História de conquistas e 
reservas, de “sangue, suor e lágrimas”, mas também de esperanças e de 
realizações. Evocaram gestos heróicos, comovedoras lendas e sugestivas 
tradições. 
 Tudo isso e o formidável universo humano e sacrossanto que se oculta 
debaixo de tudo isso constituem a Pátria. Ela é história, é política e é religião. 
Por isso é mais do que o mero território. É algo de telúrico. É mais do que a 
justaposição de indivíduos, mas reflete a pulsação da inenarrável história de 
cada um. 
 A pátria é mais do que a Nação e o Estado e vem antes deles. A Nação 
mais elaborada e o Estado mais forte e poderoso, se não partem da noção 
de Pátria e não servem para dar à Pátria sua fisionomia e sua substância 
interior, não têm todo o seu valor. 
 Por último, quero exprimir, com os olhos fixos na Pátria, o seu paradoxo 
mais estimulante. De um lado, ela é algo de acabado, que se recebe em 
herança. 
 Por outro lado, ela nunca está definitivamente pronta. Está em construção 
e só é digno dela quem colabora, em mutirão, para ir aperfeiçoando o seu 
ser. Independente, ela precisa de quem complete a sua independência. 
Democrática, ela pertence a quem tutela e aprimora a democracia. Livre, ela 
conta com quem salvaguarda a sua liberdade. E sobretudo, hospitaleira, 
fraterna, aconchegante, cordial, ela reclama cidadãos e filhos que a façam 
crescer mais e mais nestes atributos essenciais de concórdia, equilíbrio, 
harmonia, que a fazem inacreditavelmente Pátria - e me dá vontade de dizer, 
se me permitem criar um neologismo, inacreditavelemente Mátria. 
 Pensando bem, cada brasileiro, quem quer que seja, tem o direito de 
esperar que os outros 140 milhões de brasileiros sejam, para ele, Pátria. 
 
Dom Lucas Moreira Neves (adaptação) 
Jornal do Brasil - 08/09/93. 
 
 
Questão 78) 
 
A opção em que se observa discordância entre a preposição e a relação a 
ela correspondente é: 
 
a) "caráter de um povo" - posse. 
b) "decorre de sua língua" - origem. 
c) "indisposição com o mundo" - oposição. 
d) "a uma interminável fileira" - movimento. 
e) "substituída para sempre" - conseqüência. 
 
 
 
 
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TEXTO: 13 - Comum à questão: 79 
 
A Maria recuou dous passos e pôs-se em guarda, pois também não era das 
que se receava com qualquer cousa. 
– Tira-te lá, ó Leonardo! 
– Não chames mais pelo meu nome, não chames... que tranco-te esta boca 
a socos... 
– Safa-te daí! quem te mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
Isto exasperou o Leonardo; a lembrança do amor aumentou-lhe a dor da 
traição e o ciúme e a raiva de que se achava possuído transbordaram em 
socos sobre a Maria, que depois de uma tentativa inútil de resistência, 
desatou a correr, a chorar e a gritar(...). 
(Manuel Antônio de Almeida. Adaptado) 
 
Questão 79) 
Safa-te daí! quem te mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
 
Alterando tu por você, a uniformização do tratamento exigiria as seguintes 
alterações: 
 
a) Safa-se daí! quem te mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
b) Safe-lhe daí! quem lhe mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
c) Safe-se daí! quem te mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
d) Safa-se daí! quem se mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
e) Safe-se daí! quem a mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo? 
 
TEXTO: 14 - Comum à questão: 80 
 
O senão do livro 
 
Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho 
que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo 
sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, 
cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, 
porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, 
e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e 
fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à 
esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, 
escorregam e caem... 
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas) 
 
Questão 80) 
O emprego dos pronomes este e esse, no início do texto, 
a) tem a finalidade de distinguir entre o que já se mencionou (mundo) e o 
que se vai mencionar (livro). 
b) marca a oposição entre o concreto (mundo real) e o abstrato (mundo da 
ficção). 
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c) faz uma distinção decorrente da diferença entre a posição do narrador e 
a do leitor. 
d) é conseqüência da oposição entre passado (livro) e presente (mundo). 
e) é indiferente; assim como hoje, esses pronomes não têm valor distintivo. 
 
TEXTO: 15 - Comum à questão: 81 
 
Um viés do bem 
 
Toda vez que trato das desigualdades duráveis do Brasil, recebo 
manifestações de uma minoria que se manifesta contra a idéia de que existe 
racismo no Brasil e que ele seja a fonte principal das enormes distâncias 
sociais que separam os brasileiros na base e no topo da ordem social e de 
sua persistência. 
 
Questão 81) 
 
“... que separam os brasileiros na base e no topo da ordem social e de sua 
persistência” 
Assinale a alternativa que apresenta o referente no texto do pronome 
sublinhado. 
 
a) minoria 
b) idéia 
c) racismo 
d) brasileiros 
e) ordem social 
 
TEXTO: 16 - Comum à questão: 82 
 
 
Lisbon Revisited 
(1923) 
 
Não: não quero nada. 
Já disse que não quero nada. 
 
Não me venham com conclusões! 
A única conclusão é morrer. 
 
Não me tragam estéticas! 
Não me falem em moral! 
 
Tirem-me daqui a metafísica! 
Não me apregoem sistemas completos, não me 
 [enfileirem conquistas 
 
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Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — 
Das ciências, das artes, da civilização moderna! 
 
Que mal fiz eu aos deuses todos? 
 
Se têm a verdade, guardem-na! 
 
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. 
 
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. 
Com todo o direito a sê-lo, ouviram? 
 
Não me macem, por amor de Deus! 
 
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? 
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? 
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. 
Assim, como sou, tenham paciência! 
Vão para o diabo sem mim, 
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! 
Para que havemos de ir juntos? 
 
Não me peguem no braço! 
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. 
Já disse que sou sozinho! 
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! 
 
Ó céu azul — o mesmo da minha infância — 
Eterna verdade vazia e perfeita! 
Ó macio Tejo ancestral e mudo, 
Pequena verdade onde o céu se reflete! 
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! 
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. 
 
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... 
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho! 
(Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio/4: poesias 
de Álvaro de Campos) 
 
 
 
Metamorfose Ambulante 
 
Prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
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Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Sobre o que é o amor 
Sobre que eu nem sei quem sou 
 
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
eu sou um ator... 
 
É chato chegar a um objetivo num instante 
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
 
Sobre o que é o amor 
Sobre que eu nem sei quem sou 
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
eu sou um ator... 
 
Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes 
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha velha velha velha opinião 
 [formada sobre tudo... 
Do que ter aquela velha velha opinião formada sobre tudo... 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... 
(Raul Seixas, Os grandes sucessos de Raul 
Seixas) 
 
Questão 82) 
Atentando para o fato de que a função conativa da linguagem é orientada 
para o destinatário da mensagem, 
a) identifique o modo verbal que, insistentemente empregado pelo eu-
poemático, torna muito intensa a orientação para o destinatário no poema 
de Fernando Pessoa; 
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b) considerando que, no verso de número 12, Raul Seixas, adotando o uso 
popular, empregou os pronomes te e lhe para referir-se a uma mesma 
pessoa, apresente duas alternativas que teria o poeta para escrever esse 
verso segundo a norma culta. 
 
TEXTO: 17 - Comum à questão: 83 
 
 
Cada brasileiro poderia ser um quadro de Portinari 
 
 
 
Nenhum artista pintou tanto um país quanto Portinari pintou o Brasil. Ele 
eternizou em tinta e tela a alma de um povo inteiro. Brancos, pretos, índios, 
mestiços, retirantes, artistas, trabalhadores, heróis e anôminos, estão todos 
lá, mostrando quem somos para o mundo e para nós mesmos. Neste ano em 
que se comemora os 100 anos de nascimento do pintor, uma série de 
exposições e eventos vão lembrar sua vida e seu trabalho. E tentar realizar 
o maior sonho: que cada brasileiro veja sua obra. E nela se reconheça. 
O Globo, 30/07/2003. 
 
 
Questão 83) 
Em relação à sintaxe do texto em que se apóia a publicidade, afirma-se que: 
a) a conexão sintática que se estabelece através de TANTO... QUANTO 
traduz uma circunstância de conseqüência; 
b) o pronome indefinido TODOS posposto assume o caráter de um sujeito 
resumitivo; 
c) "mostrando quem somos para o mundo" - a concordância do verbo SER 
com o pronome QUEM é a expressão de um registro coloquial 
inadequado; 
d) "Neste ano ..." - o uso do demonstrativo aponta o ser no espaço e no 
tempo restrito a um fato no passado; 
e) "Cada brasileiro poderia ser um quadro de Portinari" - o futuro do 
pretérito, nesse trecho, foi empregado para indicar um fato quenão pôde 
se realizar, nem se poderá realizar. 
 
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TEXTO: 18 - Comum à questão: 84 
 
TEXTO 1 
 
Ilusão Universitária 
 
Houve um tempo em que, ao ser admitido numa faculdade de direito, um 
jovem via seu futuro praticamente assegurado, como advogado, juiz ou 
promotor público. A situação, como se sabe, é hoje bastante diversa. 
Mudaram a universidade, o mercado de trabalho e os estudantes, muitos dos 
quais inadvertidamente compram a ilusão de que o diploma é condição 
necessária e suficiente para o sucesso profissional. 
A proliferação dos cursos universitários nos anos 90 e 2000 é a um só 
tempo sintoma e causa dessas mudanças. Um mercado de trabalho cada 
vez mais exigente passou a cobrar maior titulação dos jovens profissionais. 
Com isso, aumentou a oferta de cursos e caiu a qualidade. 
O fenômeno da multiplicação das faculdades e do declínio da qualidade 
acadêmica foi especialmente intenso no campo do direito. Trata-se, afinal, 
de uma carreira de prestígio, cujo ensino é barato. Não exige muito mais do 
que o professor, livros, uma lousa e o cilindro de giz. 
Existem hoje 762 cursos jurídicos no país. Em 1993, eles eram 183. A 
OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acaba de divulgar a lista das 
faculdades recomendadas. Das 215 avaliadas, apenas 60 (28%) receberam 
o "nihil obstat". A Ordem levou em conta conceitos do provão e os resultados 
do seu próprio exame de credenciamento de bacharéis. 
A verdade é que nenhum país do mundo é constituído apenas por 
advogados, médicos e engenheiros. Apenas uma elite chega a formar-se 
nesses cursos. No Brasil, contudo, criou-se a ilusão de que a faculdade abre 
todas as portas. Assim, alunos sem qualificação acadêmica para seguir 
essas carreiras pagam para obter diplomas que não Ihes serão de grande 
valia. É mais sensato limitar os cursos e zelar por sua excelência, evitando 
paliativos como o exame da Ordem, que é hoje absolutamente necessário 
para proteger o cidadão de advogados incompetentes - o que só confirma as 
graves deficiências do sistema educacional. 
 ("Folha de S. Paulo", 29/01/2004) 
 
TEXTO 2 
 
A Universidade é só o começo 
 
Na última década, a universidade viveu uma espécie de milagre da 
multiplicação dos diplomas. O número de graduados cresceu de 225 mil no 
final dos anos 80 para 325 mil no levantamento mais recente do Ministério 
da Educação em 2000. 
A entrada no mercado de trabalho desse contingente, porém, não vem 
sendo propriamente triunfal como uma festa de formatura. Engenheiros e 
educadores, professores e administradores, escritores e sobretudo 
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empresários têm sussurrado uma frase nos ouvidos dessas centenas de 
milhares de novos graduados: "O diploma está nu". 
Passaporte tranqüilo para o emprego na década de 80, o certificado 
superior vem sendo exigido com cada vez mais vistos. 
Considerado um dos principais pensadores da educação no país, o 
economista Cláudio de Moura Castro sintetiza a relação atual do diploma 
com o mercado de trabalho em uma frase: "Ele é necessário, mas não 
suficiente". O raciocínio é simples. Com o aumento do número de graduados 
no mercado, quem não tem um certificado já começa em desvantagem. 
Conselheiro-chefe de educação do Banco Interamericano de 
Desenvolvimento durante anos, ele compara o sem-diploma a alguém "em 
um mato sem cachorro no qual os outros usam armas automáticas e você 
um tacape". Por outro lado, o economista- educador diz que ter um fuzil, seja 
lá qual for, não garante tanta vantagem assim nessa floresta. 
Para Robert Wong, o diagnóstico é semelhante. Só muda a metáfora. 
Principal executivo na América do Sul da Korn/Ferry International, maior 
empresa de recrutamento de altos executivos do mundo, ele equipará a 
formação acadêmica com a potência do motor de um carro. 
Equilibrados de mais acessórios, igualado o preço, o motor pode 
desempatar a escolha do consumidor. "Tudo sendo igual, a escolaridade faz 
a diferença." 
Mas assim como Moura Castro, o head hunter defende a idéia de que um 
motor turbinado não abre automaticamente as portas do mercado. Wong 
conta que no mesmo dia da entrevista à Folha [Jornal "Folha de S. Paulo"] 
trabalhava na seleção de um executivo para uma multinacional na qual um 
dos principais candidatos não tinha experiência acadêmica. "É um self-made 
man." 
Brasileiro nascido na China, Wong observa que é em países como esses, 
chamados "em desenvolvimento", que existem mais condições hoje para o 
sucesso de profissionais como esses, de perfil empreendedor. (...) 
 
 (Cassiano Elek Machado: A universidade é só o começo. "Folha de S. 
Paulo", 27/07/2002. Disponível na Internet: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse. Data de acesso: 24/08/2004) 
 
 
Questão 84) 
 
Assinale a opção em que a expressão com o pronome demonstrativo exige que 
sejam consideradas informações anteriores e posteriores para ser 
interpretada. 
a) esses cursos (Texto 1, 5º parágrafo). 
b) essas carreiras (Texto 1, 5º parágrafo). 
c) essas centenas de milhares de novos graduados (Texto 2, 2º parágrafo). 
d) esse contingente (Texto 2, 1º parágrafo). 
e) profissionais como esses (Texto 2, 9º parágrafo). 
 
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TEXTO: 19 - Comum à questão: 85 
 
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCNs 
 
1 Na perspectiva de uma didática voltada para a produção e 
interpretação de textos, a atividade metalingüística deve ser instrumento 
de apoio para a discussão dos aspectos da língua que o professor 
seleciona e ordena no curso do ensino-aprendizagem. 
2 Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das 
práticas de linguagem. É o caso, por exemplo, da gramática que, 
ensinada de forma descontextualizada, tornou-se emblemática de um 
conteúdo estritamente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova 
e passar de ano - uma prática pedagógica que vai da metalíngua para a 
língua por meio de exemplificação, exercícios de reconhecimento e 
memorização de terminologia. Em função disso, discute-se se há ou não 
necessidade de ensinar gramática. Mas essa é uma falsa questão: a 
questão verdadeira é o que, para que e como ensiná-la. 
3 Deve-se ter claro, na seleção dos conteúdos de análise lingüística, 
que a referência não pode ser a gramática tradicional. A preocupação 
não é reconstruir com os alunos o quadro descritivo constante dos 
manuais de gramática escolar (por exemplo, o estudo ordenado das 
classes de palavras com suas múltiplas subdivisões, a construção de 
paradigmas morfológicos, como as conjugações verbais estudadas de 
um fôlego em todas as suas formas temporais e modais, ou de pontos de 
gramática, como todas as regras de concordância, com suas exceções 
reconhecidas). 
4 O que deve ser ensinado não responde às imposições de 
organização clássica de conteúdos na gramática escolar, mas aos 
aspectos que precisam ser tematizados em função das necessidades 
apresentadas pelos alunos nas atividades de produção, leitura e escuta 
de textos. 
5 O modo de ensinar, por sua vez, não reproduz a clássica 
metodologia de definição, classificação e exercitação, mas corresponde 
a uma prática que parte da reflexão produzida pelos alunos mediante a 
utilização de uma terminologia simples e se aproxima, progressivamente, 
pela mediação do professor, do conhecimento gramatical produzido. Isso 
implica, muitas vezes, chegar a resultados diferentes daqueles obtidos 
pela gramática tradicional, cuja descrição, em muitos aspectos, não 
corresponde aos usos atuais da linguagem, o que coloca a necessidade 
de busca de apoio em outros materiais e fontes. 
6 [...] não se pode mais insistir na idéia de que o modelo de correção 
estabelecido pela gramática tradicional seja o nível padrão de língua ou 
que corresponda àvariedade lingüística de prestígio. Há, isso sim, muito 
preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao 
estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou 
erradas pela gramática. Essas diferenças não são imediatamente 
reconhecidas e, quando são, não são objeto de avaliação negativa. 
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7 Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, 
a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma 
"correta" de falar, o de que a fala de uma região é melhor do que a de 
outras, o de que a fala "correta" é a que se aproxima da língua escrita, o 
de que o brasileiro fala mal o português, o de que o português é uma 
língua difícil, o de que é preciso "consertar" a fala do aluno para evitar 
que ele escreva errado. 
8 Essas crenças insustentáveis produziram uma prática de mutilação 
cultural que, além de desvalorizar a fala que identifica o aluno a sua 
comunidade, como se esta fosse formada de incapazes, denota 
desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde a 
nenhuma de suas variedades, por mais prestígio que uma delas possa 
ter. Ainda se ignora um princípio elementar relativo ao desenvolvimento 
da linguagem: o domínio de outras modalidades de fala e dos padrões 
de escrita (e mesmo de outras línguas) não se faz por substituição, mas 
por extensão da competência lingüística e pela construção ativa de 
subsistemas gramaticais sobre o sistema já adquirido. 
9 No ensino-aprendizagem de diferentes padrões de fala e escrita, o 
que se almeja não é levar os alunos a falar certo, mas permitir-lhes a 
escolha da forma de fala a utilizar, considerando as características e 
condições do contexto de produção, ou seja, é saber adequar os recursos 
expressivos, a variedade de língua e o estilo às diferentes situações 
comunicativas: saber coordenar satisfatoriamente o que fala ou escreve 
e como fazê-lo; saber que modo de expressão é pertinente em função de 
sua intenção enunciativa - dado o contexto e os interlocutores a quem o 
texto se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação às 
circunstâncias de uso, de utilização adequada da linguagem. 
 
 (BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. "Parâmetros 
curriculares nacionais". Brasília: MEC/SEF, 1998. Fragmentos, p. 28, 29 e 31.) 
 
 
Questão 85) 
 
Assinale a alternativa em que NÃO há relação entre o pronome destacado e 
a expressão enunciada entre parênteses: 
a) "a questão verdadeira é o que, para que e como ensiná-LA". (2º 
parágrafo) (A GRAMÁTICA). 
b) "ISSO implica, muitas vezes, chegar a resultados diferentes". (5º 
parágrafo) (A CLÁSSICA METODOLOGIA). 
c) "CUJA descrição, em muitos aspectos, não corresponde aos usos atuais 
da linguagem" (5º parágrafo) (DA GRAMÁTICA TRADICIONAL). 
d) "não corresponde a nenhuma de SUAS variedades" (8º parágrafo) (DE 
LÍNGUA). 
e) "mas permitir-LHES a escolha da forma de fala a utilizar" (9º parágrafo) 
(AOS ALUNOS). 
 
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TEXTO: 20 - Comum à questão: 86 
 
1 "O rápido desenvolvimento da engenharia genética está forçando uma 
reavaliação da questão do controle da pesquisa científica pelos órgãos 
legislativos. Este controle foi praticamente perdido durante a década de 
70, quando as primeiras experiências envolvendo a manipulação 
explícita de genes foram desenvolvidas. O que existia antes, 'cruzar' 
animais ou plantas para criar novas raças ou híbridos, é coisa bem 
diferente, pois não envolve a manipulação direta dos genes. Todos 
sabem que cães e gatos são espécies diferentes e que não se misturam: 
entretanto, por meio da manipulação genética direta, essas duas 
espécies podem, em princípio, ser 'misturadas'. 
2 Uma das técnicas mais comuns de manipulação genética é a passagem 
de genes de um organismo a outro usando vírus ou bactérias: os genes 
de um organismo são transplantados ao vírus, que, por sua vez, é 
implantado no organismo em que se deseja depositar o material 
genético. Esse organismo pode ser um peixe ou uma espécie de milho 
ou tomate. Com isso, os genes espalham-se pelo organismo, 
transformando seu material genético e, portanto, algumas de suas 
propriedades. Por exemplo, podem-se desenvolver espécies de milho 
resistentes a certos insetos que o usam como alimento, controlando 
geneticamente certas pragas agrícolas; ou um tipo de tomate que cresce 
mais rápido e é mais produtivo. Até aí tudo bem a ciência a serviço da 
população, como deveria ser. Podemos imaginar um futuro em que os 
alimentos modificados geneticamente irão solucionar um dos maiores 
problemas que afligem a humanidade, a fome. O dilema começa ao 
examinarmos os possíveis efeitos ambientais dos alimentos 
transgênicos. 
3 Se microrganismos são usados como 'pontes' genéticas, transmitindo 
material de uma planta a outra ou de um animal a outro, como podemos 
nos certificar de que esse material não se espalhará para outras plantas 
ou animais? Para responder a essa questão, virologistas dos Institutos 
Nacionais de Saúde de (NIH) dos EUA desenvolveram experiência em 
que um gene causador de câncer em ratos foi transplantado para uma 
bactéria, que foi então implantada em outros animais, para observar se 
estes também desenvolveriam câncer. Em caso afirmativo, a experiência 
provaria que o câncer pode se tornar uma doença contagiosa por meio 
da manipulação genética. Os cientistas começaram errando, escolhendo 
uma bactéria frágil. Por quê? Por que eles não tinham nenhum interesse 
em comprovar os perigos da manipulação genética; existiam outros 
interesses em jogo - políticos, econômicos e também de controle da 
pesquisa científica. Mesmo assim, a bactéria infectou alguns animais 
com câncer, segundo os NIH. Esses resultados não foram publicados em 
jornais científicos, e o jornal 'The New York Times' anunciou, citando 
depoimento oficial dos NIH de 1979, que os 'riscos são menores do que 
o temido'. Caso encerrado! 
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4 Experiências recentes realizadas na Universidade de Cornell, nos EUA, 
mostraram que larvas da borboleta monarca que se alimentam de plantas 
impregnadas com o pólen de um tipo de milho transgênico morrem em 
grandes quantidades. Ainda é cedo para saber como os resultados se 
manifestarão fora do laboratório, mas o perigo existe. A verdade é que 
ainda não temos comprovação científica de que a manipulação genética 
de alimentos e animais não poderá gerar efeitos danosos à nossa saúde 
ou ao equilíbrio ecológico. Não acredito que seja possível impedir o 
desenvolvimento da pesquisa genética. Também jamais sugeriria tal 
coisa, que me parece absurda; a ciência precisa ter liberdade para 
progredir e uma legislação proibindo certos tópicos de pesquisa é, na 
minha opinião, equivalente à censura de imprensa ou à repressão da 
opinião pública. 
5 Por outro lado, essa liberdade só pode funcionar se submetida a intensa 
supervisão da comunidade científica, aliada a órgãos governamentais, 
livre de interesses econômicos que possam comprometer os resultados. 
Existem questões éticas sérias que precisam ser debatidas abertamente 
com a sociedade, desde a criação de alimentos transgênicos até a 
manipulação de genes humanos. O Brasil deve tomar sua própria 
iniciativa, desenvolvendo critérios e experiências que testem os efeitos 
da manipulação genética dentro de seus vários ecossistemas. Só assim 
poderemos transformar a manipulação genética em um dos maiores 
benefícios da ciência - e não em um monstro." 
(Marcelo Gleiser, "Folha de S. Paulo", 3 de setembro de 2000) 
 
Questão 86) 
Assinale a ÚNICA alternativa em que o pronome em destaque NÃO está 
completando o sentido do verbo. 
a) "(...) mostraram que larvas da borboleta monarca que SE alimentam de 
plantas impregnadas com o pólen de umtipo de milho transgênico 
morrem em grandes quantidades." 
b) "Com isso, os genes espalham-SE pelo organismo, transformando seu 
material genético..." (parágrafo–2) 
c) "Em caso afirmativo, a experiência provaria que o câncer pode SE tornar 
uma doença contagiosa por meio da manipulação genética." (parágrafo–
3) 
d) "Por exemplo, podem-SE desenvolver espécies de milho resistentes a 
certos insetos que o usam como alimento." (parágrafo–2) 
 
TEXTO: 21 - Comum à questão: 87 
 
Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha 
vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não 
já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de 
seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso 
pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de 
pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, 
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ou simplesmente arruar, à toa, como dous peraltas sem emprego. E de 
imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas 
do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um 
papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha 
garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos 
meneios. Quem diria que... Suspendamos a pena; não adiantemos os 
sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, 
e do meu primeiro cativeiro pessoal. 
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas) 
 
 
Questão 87) 
A enumeração de substantivos expressa gradação ascendente em: 
a) "menino mais gracioso, inventivo e travesso". 
b) "trazia-o amimado, asseado, enfeitado". 
c) "gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas". 
d) "papel de rei, ministro, general". 
e) "tinha garbo (...), e gravidade, certa magnificência". 
 
TEXTO: 22 - Comum à questão: 88 
 
 
Texto I 
 
(...) la chover. Bem. A catinga ressuscitaria, a semente do gado voltaria 
ao curral, ele, Fabiano, seria o vaqueiro daquela fazenda morta. Chocalhos 
de badalos de ossos animariam a solidão. Os meninos, gordos, vermelhos, 
brincariam no chiqueiro das cabras, Sinhá Vitória vestiria saias de ramagens 
vistosas. As vacas povoariam o curral. E a catinga ficaria toda verde. 
Lembrou-se dos filhos, da mulher, e da cachorra, que estavam lá em cima, 
debaixo de um juazeiro, com sede. Lembrou-se do preá morto. Encheu a 
cuia, ergueu-se, afastou-se, lento, para não derramar a água salobra. (...) 
Chegou. Pôs a cuia no chão, escorou-a com pedras, matou a sede da família. 
Em seguida acocorou-se, remexeu o aió, tirou o fuzil, acendeu as raízes de 
macambira, soprou-as, inchando as bochechas cavadas. Uma labareda 
tremeu, elevou-se, tingiu-lhe o rosto queimado, a barba ruiva, os olhos azuis. 
Minutos depois o preá torcia-se e chiava no espeto de alecrim. 
Eram todos felizes. Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. (...) 
A fazenda renasceria — e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria 
dono daquele mundo. 
Os troços minguados ajuntavam-se no chão: a espingarda de pederneira, 
o aió, a cuia de água e o baú de folha pintada. A fogueira estalava, O preá 
chiava em cima das brasas. 
Uma ressurreição. As cores da saúde voltariam àcara triste de Sinhá 
Vitória. (...) A catinga ficaria verde. 
Graciliano Ramos, Vidas Secas 
 
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Texto II 
 
Vou-me embora pra Pasárgada 
Vou-me embora pra Pasárgada 
Lá sou amigo do rei 
Lá tenho a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei 
Vou-me embora pra Pasárgada 
 
Vou-me embora pra Pasárgada 
Aqui eu não sou feliz 
Lá a existência é uma aventura 
De tal modo inconseqüente 
Que Joana a Louca de Espanha 
Rainha e falsa demente 
Vem a ser contraparente 
Da nora que nunca tive 
 
E como farei ginástica 
Andarei de bicicleta 
Montarei em burro brabo 
Subirei no pau-de-sebo 
Tomarei banhos de mar! 
E quando estiver cansado 
Deito na beira do rio 
Mando chamar a mãe-d’água 
Pra me contar as histórias 
Que no tempo de eu menino 
Rosa vinha me contar 
Vou-me embora pra Pasárgada 
 
Em Pasárgada tem tudo 
É outra civilização 
Tem um processo seguro 
De impedir a concepção 
Tem telefone automático 
Tem alcalóide à vontade 
Tem prostitutas bonitas 
Para a gente namorar 
E quando eu estiver mais triste 
Mas triste de não ter jeito 
Quando de noite me der 
Vontade de me matar 
— Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei 
Vou-me embora pra Pasárgada. 
Manuel Bandeira, Libertinagem 
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Questão 88) 
Eram todos felizes. Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. (...) A 
fazenda renasceria — e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria 
dono daquele mundo. (texto I) 
E quando estiver cansado 
Deito na beira do rio 
Mando chamar a mãe-d’água (texto II) 
 
Considere as seguintes análises dos trechos acima. 
I) No trecho 1, a escolha de formas verbais do imperfeito indica a 
impossibilidade de realização do ideal pretendido; no trecho II, o emprego 
do presente traduz o reconhecimento da realidade vivida. 
II) Em ambos os trechos a escolha de verbos no futuro do subjuntivo 
representa a irrealidade do sonho, que projeta uma realidade superior 
àvivida. 
III) A forma do imperfeito do indicativo “Eram” (texto I) liga o parágrafo que a 
precede àquele que ela inicia, estabelecendo a passagem da realidade 
vivida para a imaginada. 
IV) No trecho II, as formas do presente (“deito”, “mando”) são empregadas 
para designar ação futura, atribuindo ao fato futuro o sentido de certeza 
de sua realização. 
Dentre essas análises, estão corretas 
a) I e IV apenas. 
b) I e II apenas 
c) III e IV apenas. 
d) I, II e III apenas. 
e) II, III e IV apenas. 
 
TEXTO: 23 - Comum à questão: 89 
 
SERVO DO AMOR 
 
 
À tarde, voltando da caça, Jurandir viu na floresta um rastro, que ele 
conhecia. 
Chegando à cabana, entregou a Jacamim o veado que matara e saiu para 
visitar os arredores. Nada encontrou de suspeito; o rastro, que o inquietava, 
não chegara até ali. 
No outro dia, ao romper da alvorada, logo depois do banho, os guerreiros 
partiram para a caça e para a pesca. Só ficaram na cabana Jacamim e as 
mulheres de Itaquê. 
Araci tomou o arco e entrou na floresta. A imagem do guerreiro amado 
fugia naquele instante de seus olhos; eles buscaram entre as folhas o sinal 
de seus passos e não o descobriram. 
Lembrou-se a virgem, que Jurandir gostava da polpa do guaraná adoçada 
com mel da abelha; e colheu os frutos encarnados que pendiam dos ramos 
da trepadeira. 
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Nesse momento a arara cantou no olho do pirajá. Araci precisava de suas 
plumas vermelhas, para o cocar que ela tecia em segredo. 
Era o cocar do amor, com que desejava ornar a cabeça de seu guerreiro 
e senhor, no dia em que ele a conquistasse por esposa. 
A virgem armou o arco e seguia a arara rompendo a folhagem. Quando ia 
disparar a seta, ouviu ao lado um rumor desusado. 
Jurandir estava perto dela e segurava o braço de uma mulher, que ainda 
tinha na mão a macana afiada. 
Araci conheceu a virgem araguaia pela faixa de algodão entretecida de 
penas, que lhe apertava a curva da perna; e adivinhou que era Jandira, a 
noiva do guerreiro. 
 Filha de Majé, tua mão quis matar a virgem que Jurandir escolhera para 
esposa. Tu vais morrer. 
 Desde que Ubirajara abandonou Jandira, ela começou a morrer, como 
a baunilha que o vento arranca da árvore. Acaba de matá-la; para que sua 
alma te acompanhe de dia na sombra das florestas e te fale de noite na voz 
dos sonhos. 
 A virgem araguaia ameaçou a vida de Araci; ela lhe pertence.– disse à 
filha de Itaquê. 
Jurandir cortou na floresta uma comprida rama de imbê e atou as mãos 
de Jandira. 
 Jandira é tua escrava. Não lhe dês a liberdade. Ela tem a astúcia da 
serpente e seu veneno. 
 Eu era a cobra d’água, amiga do guerreiro, que habita sua cabana e a 
guarda contra o inimigo. Quem foi que me fez a cascavel venenosa, que traz 
nos lábios o sorriso da morte? 
Jurandir não respondeu. Nesse momento ele teve saudade de sua cabana 
e lembrou-se do tempo em que, jovem caçador, seguia na floresta a formosa 
virgem araguaia. 
 
(fragmento do Livro UBIRAJARA, de José de Alencar) 
 
 
Questão 89) 
 
No 2º parágrafo encontramos os seguintes tempos verbais: Entregou 
(Pretérito perfeito do Indicativo); Matara (Pretérito mais que perfeito do 
Indicativo); Inquietava (Pretérito Imperfeito do Indicativo). 
 
O emprego variável destes tempos verbais no mesmo período significa que: 
a) O autor usou arbitrariamente os tempos verbais 
b) O emprego indica ações praticadas em momentos diferentes 
c) O emprego diferenciado não altera o valor semântico da frase 
d) Houve excesso de purismo lingüístico no estilo do autor 
e) O emprego está incorreto 
 
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TEXTO: 24 - Comum à questão: 90 
 
 
O MELHOR DE CALVIN / Bill Walterson 
 
 
 
 
Questão 90) 
 
De acordo com os conceitos e regras propostos pelo menino, é correto 
afirmar que: 
 
a) formas nominais passam a ser usadas como formas verbais e vice-versa; 
daí a sua esquisitice. 
b) esquisita e foi verbado mostram que as formas verbais criadas obedecem 
ao paradigma da primeira conjugação, a dos verbos terminados em “–
ar”. 
c) do nome substantivo pode ser formado o verbo “substantivar” e do nome 
adjetivo, o verbo “adjetivizar”. 
d) o processo de formação de palavras citado é o de derivação 
parassintética, que corresponde ao acréscimo simultâneo de prefixos e 
sufixos aos nomes. 
e) Verbar esquisita o idioma é uma frase com predicado nominal, cujo 
núcleo é um adjetivo. 
 
 
 
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TEXTO: 25 - Comum à questão: 91 
 
Não é fácil viver entre os insanos. 
Erra quem presumir que sabe tudo, 
Se o atalho não soube dos seus danos. 
 
O prudente varão há de ser mudo, 
Que é melhor neste mundo o mar de enganos, 
Ser louco cos demais, que ser sisudo. 
Gregório de Matos 
 
Questão 91) 
No primeiro terceto, 
a) os versos não têm o mesmo número de sílabas métricas. 
b) Não é fácil constitui oração sem sujeito. 
c) o prefixo em insanos intensifica a idéia de “estar bem”. 
d) o infinitivo viver equivale a “a vida”. 
e) o que (em que sabe tudo) recupera o pronome “quem”. 
 
TEXTO: 26 - Comum à questão: 92 
 
Pela manhã Madalena trabalhava no escritório, mas à tarde saía a passear, 
percorria as casas dos moradores. Garotos empalamados e beiçudos 
agarravam-se à saia dela. 
 Foi à escola, criticou o método de ensino do Padilha e entrou a amolar-
me reclamando um globo, mapas, outros arreios que não menciono porque 
não quero tomar o incômodo de examinar ali o arquivo.Um dia, 
distraidamente, ordenei a encomenda. Quando a fatura chegou, tremi. Um 
buraco: seis contos de réis. Calculem. Contive-me porque tinha feito tenção 
de evitar dissidências com minha mulher e porque imaginei mostrar aquelas 
complicações ao governador quando ele aparecesse aqui. Em todo o caso 
era despesa supérflua. 
Graciliano Ramos, São Bernardo 
 
Questão 92) 
Assinale a afirmação correta. 
a) As formas verbais trabalhava e percorria expressam ações rotineiras, 
enquanto ordenei manifesta ação ocorrida em certo momento do 
passado. 
b) Em criticou o método de ensino do Padilha, o pronome correto para 
substituir o segmento grifado é: “lhe”. 
c) reclamando um globo expressa idéia de “finalidade”. 
d) Está corretamente separado em sílabas o seguinte vocábulo: “dis - trai - 
da - men - te”. 
e) Assim como tenção e dissidências, estão corretamente grafados os 
vocábulos “intencidade” e “dissernimento”. 
 
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TEXTO: 27 - Comum à questão: 93 
 
Euclides da Cunha morreu, aos 43 anos de idade, em 15 de agosto de 
1909, por volta das dez e meia de uma manhã chuvosa de domingo, em 
tiroteio com os cadetes Dinorá e Dilermando Cândido de Assis, amante de 
sua mulher. Saía no mesmo dia a entrevista que dera para Viriato Corrêa, 
da Ilustração Brasileira, em sua casa na Rua Nossa Senhora de 
Copacabana. A entrevista foi dada em um domingo, Viriato e Euclides 
conversaram, almoçaram e passearam descalços na praia. Era sol e era 
azul. 
Roberto Ventura 
 
 
Questão 93) 
Sobre as formas verbais morreu, saía e dera, é correto afirmar: 
a) as ações a que se referem ocorreram na ordem em que as formas 
aparecem no texto. 
b) as duas primeiras expressam ações anteriores à descrita pela última. 
c) saía, ao contrário de morreu, expressa, no texto, uma ação habitual no 
passado. 
d) saía reforça a noção de simultaneidade e dera expressa anterioridade 
em relação a morreu. 
e) morreu e dera expressam eventos posteriores ao descrito em saía. 
 
TEXTO: 28 - Comum à questão: 94 
 
 
Chegou. Pôs a cuia no chão, escorou-a com pedras, matou a sede da família. 
Em seguida acocorou-se, remexeu o aió, tirou o fuzil, acendeu as raízes de 
macambira, soprou-as, inchando as bochechas cavadas. Uma labareda 
tremeu, elevou-se, tingiu-lhe o rosto queimado, a barba ruiva, os olhos azuis. 
Minutos depois o preá torcia-se e chiava no espeto de alecrim. 
 Eram todos felizes. Sinha Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A 
cara murcha de sinha Vitória remoçaria (...). 
 (...) 
 A fazenda renasceria – e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem 
dizer seria dono daquele mundo. 
(Graciliano Ramos, Vidas secas) 
 
Questão 94) 
Observando as diferentes formas verbais. 
 
a) Considerando que no primeiro parágrafo predomina o pretérito perfeito, 
justifique o emprego do imperfeito em “o preá torcia-se e chiava no 
espeto de alecrim”. 
b) Explique o efeito de sentido produzido no excerto pelo emprego do futuro 
do pretérito. 
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TEXTO: 29 - Comum à questão: 95 
 
 
Oh! Bendito o que semeia 
Livros... livros à mão cheia... 
E manda o povo pensar! 
O livro caindo n’alma 
É germe – que faz a palma, 
É chuva – que faz o mar. 
 
Vós, que o templo das idéias 
Largo – abris às multidões, 
P’ra o batismo luminoso 
Das grandes revoluções, 
Agora que o trem de ferro 
Acorda o tigre no cerro 
E espanta os caboclos nus, 
Fazei desse “rei dos ventos” 
 Ginete dos pensamentos, 
 Arauto da grande luz!... 
(Castro Alves) 
 
Questão 95) 
 
Se iniciarmos a segunda estrofe pelo pronome tu, os verbos abris e fazei, que 
aparecem no texto, deverão mudar, respectivamente, para: 
a) abre; faz. 
b) abras; faças. 
c) abres; faze. 
d) abre; faça. 
e) abres; fazes. 
 
TEXTO: 30 - Comum à questão: 96 
 
 
As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde 
longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, 
as espalhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas as 
intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado, 
coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, 
vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos 
furantes de azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre 
os dentes ralos, não comentasse com malícia estridente. 
 
(Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires) 
 
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Questão 96) 
A correlação de tempos que, neste texto, se verifica entre as formas verbais 
existia, descortinassem e comentasse,mantém-se apenas em: 
a) não existe; não descortinem; não comente. 
b) não existiu; não teriam descortinado; não teria comentado. 
c) não existira; não tinham descortinado; não tinha comentado. 
d) não existirá; não tiverem descortinado; não tiver comentado. 
e) não existiria; não descortinavam; não comentava. 
 
TEXTO: 31 - Comum à questão: 97 
 
 
Texto 1 
 
 
 
Dar mais atenção a você é uma prioridade do Ministério da Saúde, mas é um 
compromisso que você também deve ter principalmente quem tem pressão 
alta. Se você é hipertenso, evite sal na comida. É importantíssimo uma 
alimentação saudável. Não fume, controle o seu peso e a taxa de colesterol. 
Faça acompanhamento periódico e pratique atividade física regularmente, 
mas nunca sem consultar um médico. Os postos de saúde estão prontos para 
atender você. 
 
 
 
Questão 97) 
“Se você é hipertenso, evite sal na comida.” 
 
Das alternativas abaixo, aquela em que a alteração processada acarreta 
MUDANÇA de sentido é: 
a) Evite sal na comida, caso você seja hipertenso. 
b) Evite sal na comida, desde que você seja hipertenso. 
c) Evite sal na comida, uma vez que você seja hipertenso. 
d) Evite sal na comida, contanto que você seja hipertenso. 
e) Evite sal na comida, a não ser que você seja hipertenso. 
 
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TEXTO: 32 - Comum à questão: 98 
 
 
Leia o fragmento abaixo, do conto A cartomante de Machado de Assis. 
Depois, responda à pergunta. 
 
“Separaram-se contentes, ele ainda mais que ela. Rita estava certa de ser 
amada; Camilo, não só o estava, mas via-a estremecer e arriscar-se por ele, 
correr às cartomantes, e, por mais que a repreendesse, não podia deixar de 
sentir-se lisonjeado. A casa do encontro era na antiga Rua dos Barbonos, 
onde morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela Rua das 
Mangueiras na direção de Botafogo, onde residia; Camilo desceu pela da 
Guarda Velha, olhando de passagem para a casa da cartomante.” 
 
Questão 98) 
Em “Esta desceu pela Rua das Mangueiras ...”, explique por que, no texto, 
se usou o pronome esta e não o pronome ela. 
 
TEXTO: 33 - Comum à questão: 99 
 
 
DESAFIO DAS DISTÂNCIAS 
 
Há duas semanas, astrônomos da NASA e da ESA, respectivamente as 
agências espaciais americana e européia, anunciaram a descoberta de 
moléculas de metano na atmosfera do planeta HD 189733b, situado a 63 
anos-luz de distância da Terra. É a primeira vez que moléculas desse gás 
são encontradas num exoplaneta, como são chamados os planetas fora do 
sistema solar. O achado é um passo significativo na busca por vida 
extraterrestre. Desde que se encontrou o primeiro exoplaneta, há treze anos, 
já foram encontrados 277 astros desse tipo. O mais perto que se chegou da 
descoberta de indícios de vida neles foi a identificação de moléculas de água. 
O metano, em geral, é produzido como resultado da atividade orgânica. 
“Assim como a água, ele está entre as substâncias essenciais para a vida”, 
explica o astrônomo Amâncio César Friaça, da Universidade de São Paulo. 
Os cientistas detectaram o gás usando um método conhecido como 
espectroscopia. Nessa técnica, analisa-se a luz que incide sobre a atmosfera 
do planeta, produzida pela estrela que ele orbita. A luz é decomposta em 
diferentes grupos de cores, cada um deles correspondendo a uma substância 
presente no HD 189733b. Embora a descoberta de metano possa sugerir 
vida, os cientistas acreditam que, nesse caso, o gás seja resultante de 
reações químicas, e não da atividade orgânica. Isso porque o HD 189733b é 
composto de gases e sua temperatura atinge 940 graus. Além disso, sua 
órbita é tão próxima a sua estrela que a quantidade de radiação sobre a 
superfície destruiria as células de seres vivos. 
(Veja, 02.04.08) 
 
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Questão 99) 
 
Assinale a alternativa capaz de substituir a palavra sublinhada no trecho 
abaixo sem alterar o significado do texto. 
 
“Embora a descoberta de metano possa sugerir vida, os cientistas acreditam 
que, nesse caso, o gás seja resultante de reações químicas, e não da 
atividade orgânica.” 
 
a) Portanto 
b) Entretanto 
c) Conquanto 
d) Uma vez que 
e) À medida que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
1) Gab: A 
 
2) Gab: D 
 
3) Gab: E 
 
4) Gab: D 
 
5) Gab: C 
 
6) Gab: C 
 
7) Gab: B 
 
8) Gab: D 
 
9) Gab: C 
 
10) Gab: 
O tempo composto “terei partido” indica um evento anterior em relação a 
outro, futuro. Nota-se tal procedimento, por exemplo, em: 
• Em fevereiro já estarei tranqüilo, pois todas as provas já terão passado. 
• Quando formos universitários, teremos passado por uma difícil etapa de 
nossas vidas. 
 
11) Gab: D 
 
12) Gab: D 
 
13) Gab: A 
 
14) Gab: C 
 
15) Gab: 
a) O verbo confiar exige a preposição em e a frase reconstruída seria a 
seguinte: 
“Esta é a escola em que os pais confiam.” 
b) O pronome relativo que é precedido da preposição em , que, na oração 
reformulada, foi exigida pelo verbo confiar (um verbo transitivo indireto). 
 
16) Gab: C 
 
17) Gab: A 
 
18) Gab: D 
 
19) Gab: B 
 
20) Gab: C 
 
21) Gab: C 
 
22) Gab: A 
 
23) Gab: A 
 
24) Gab: A 
 
25) Gab: C 
 
26) Gab: B 
 
27) Gab: C 
 
28) Gab: D 
 
29) Gab: C 
 
30) Gab: E 
 
31) Gab: A 
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32) Gab: 
a) O verso a que se refere o quesito é o 34, no qual a palavra “velha” é 
repetida quatro vezes. A função expressiva dessa repetição fica evidente 
quando se considera que a letra de Raul Seixas é uma defesa obsessiva 
da transformação, ou seja, da inovação, com a conseqüente rejeição 
enfática do velho , que se opõe à inovação. 
b) A atitude do eu-lírico, em Lisbon Revisited , é de rejeição – rejeição 
enfática de tudo que lhe é proposto, seja pela cultura, seja pela 
sociedade, seja pelas pessoas próximas. Nenhuma palavra sintetiza 
melhor essa atitude do que o advérbio de negação, não. 
 
33) Gab: D 
 
34) Gab: E 
 
35) Gab: B 
 
36) Gab: E 
 
37) Gab:A 
 
38) Gab: E 
 
39) Gab: C 
 
40) Gab: A 
 
41) Gab: D 
 
42) Gab: C 
 
43) Gab: D 
 
44) Gab: B 
 
45) Gab: D 
 
46) Gab: D 
 
47) Gab: E 
 
48) Gab: E 
 
49) Gab: D 
 
50) Gab: 
Os quatro adjetivos são: histórico, provisório, mutável e mutante. 
 
51) Gab: C 
 
52) Gab: B 
 
53) Gab: D 
 
54) Gab: D 
 
55) Gab: C 
 
56) Gab: D 
 
57) Gab: A 
 
58) Gab: B 
 
59) Gab: D 
 
60) Gab: 
a) aquela refere-se à poesia e esta , à história. 
b) O historiador diz “as coisas que sucederam” e o poeta representa “as que 
poderiam suceder”. 
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61) Gab: C 
 
62) Gab: C 
 
63) Gab: A 
 
64) Gab: A 
 
65) Gab: D 
 
66) Gab: C 
 
67) Gab: C 
 
68) Gab: E 
 
69) Gab: E 
 
70) Gab: E 
 
71) Gab: B 
 
72) Gab: E 
 
73) Gab: C 
 
74) Gab: B 
 
75) Gab: C 
 
76) Gab: E 
 
77) Gab: A 
 
78) Gab: E 
 
79) Gab: E 
 
80) Gab: C 
 
81) Gab: C 
 
82) Gab: 
a) O modo verbal conativo por excelência é o imperativo, repetidamente 
empregado em Lisbon Revisited , quer em sua forma afirmativa (“Tirem”, 
“guardem”, “vão”, “deixem”), quer em sua forma negativa (“Não me 
venham”, “Não me tragam”, “Não me falem”, “Não me apregoem” etc.). 
b) “Se hoje eu te odeio amanhã tenho amor a ti ” (melhor do que cometer o 
cacófato “te tenho amor”, que, contudo, seria gramaticalmente aceitável). 
“Se hoje eu o (ou a ) odeio amanhã lhe tenho amor”. 
 
83) Gab: B 
 
84) Gab:E 
 
85) Gab: B 
 
86) Gab: D 
 
87) Gab:E 
 
88) Gab: B 
 
89) Gab: B 
 
90) Gab: B 
 
91) Gab: D 
 
92) Gab: A 
 
93) Gab: D 
 
94) Gab:a) No primeiro parágrafo, o pretérito perfeito indica uma ação acabada. A 
função do pretérito imperfeito, ao contrário, é a de introduzir a idéia de 
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uma ação não finalizada, que denota uma continuidade. Nesse trecho de 
Vidas Secas , sua utilização tem especial importância para contrapor a 
desesperança à esperança que a família passou a ter com a chegada à 
fazenda e com a vida que poderia renascer. 
b) O emprego do futuro do pretérito reforça a idéia de esperança, cria uma 
expectativa, projeta o futuro por meio de conjecturas. 
 
95) Gab: C 
 
96) Gab: A 
 
97) Gab: E 
 
98) Gab: 
O pronome ela criaria uma ambigüidade, pois poderia ter como referência 
tanto “Rita” como “sua comprovinciana”. O anafórico esta, entre duas 
referências, sempre retoma a mais próxima, portanto recupera o último 
elemento citado, isto é, Rita. Se quisesse recuperar o primeiro citado, o autor 
usaria o pronome aquela. 
 
99) Gab: C 
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