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estrutura básica é fornecida na Figura 6.47. Nela obser- vamos que o terminal de porta está ligado diretamente a um condutor metálico em posição diretamente oposta ao canal n, que se estende entre os terminais de fonte e dreno. A única diferença em relação à estrutura do MOSFET tipo depleção é a ausência do isolante na porta. Quando uma tensão negativa é aplicada à porta, ela repele portadores livres negativos (elétrons) do canal para longe da superfí- cie de metal, reduzindo o número de portadores no canal. O resultado disso é uma corrente de dreno reduzida, como mostra a Figura 6.48, para valores crescentes de tensão negativa no terminal da porta. Para tensões positivas na porta, elétrons adicionais serão atraídos para o canal, e a corrente se elevará como vemos pelas características de dreno da Figura 6.48. O fato de as curvas características de dreno e a curva de transferência do MESFET tipo depleção serem tão semelhantes às do MOSFET do mesmo tipo resulta em técnicas de análise semelhantes às aplicadas aos MOSFETs tipo depleção. As polaridades e os sentidos reais definidos para o MESFET são fornecidos na Figura 6.49 juntamente com o símbolo para o dispositivo. Há também MESFETs tipo intensificação com uma estrutura igual à da Figura 6.47, mas sem o canal inicial, como mostra a Figura 6.50 juntamente com seu símbolo gráfico. A resposta e as características são essencialmente as mesmas que para o MOSFET do mesmo tipo. Contudo, devido à barreira Schottky na porta, a tensão de limiar positiva é limitada de 0 V até cerca de 0,4 V, pois a tensão necessária para ligar um diodo de barreira Schottky gira em torno de 0,4 V. Novamente, as técnicas de análise apli- cadas aos MESFETs tipo intensificação se assemelham às utilizadas para MOSFETs do mesmo tipo. É importante compreender, porém, que o canal deve ser um material do tipo n em um MESFET. A mobilidade das lacunas no GaAs é relativamente baixa em compara- ção com a dos portadores de carga negativa, o que acaba com a vantagem de utilizar GaAs em aplicações de alta velocidade. O resultado é: MESFETs tipo depleção e intensificação são feitos com um canal n entre o dreno e a fonte e, por conseguinte, ape- nas MESFETs do tipo n estão comercialmente disponíveis. Para ambos os tipos de MESFET, o comprimento do canal (identificado nas figuras 6.47 e 6.50) deve ser o mais curto possível para aplicações de alta velocidade. O comprimento mais usual está entre 0,1 μm e 1 μm. n n+ n+ p S G D Região do tipo p melhora desempenho Substrato Região fortemente dopada do tipo n Região levemente dopada do tipo n Metal (tungstênio) GaAs Figura 6.47 Estrutura básica de um MESFET de canal n. D S G DD– + GGV + – V Figura 6.49 Símbolo e arranjo básico de polarização para um MESFET de canal n. n+ n+ S G D Região fortemente dopada do tipo n Metal GaAs Substrato de D S G )b()a( Figura 6.50 MESFET tipo intensificação: (a) estrutura; (b) símbolo. ID VDS +0,5 V VGS = 0 V –0,5 V –1,0 V 0 – + Figura 6.48 Características de um MESFET de canal n. 346 dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap06.indd 346 3/11/13 5:53 PM 6.13 tabeLa-resuMo Visto que as curvas de transferência e algumas carac- terísticas importantes variam de um tipo de FET para ou- tro, a Tabela 6.3 foi elaborada para mostrar claramente as diferenças entre os dispositivos. Uma clara compreensão do significado de todas as curvas e de todos os parâmetros da tabela será suficiente para acompanhar as análises CC e CA feitas mais adiante. Estude e compreenda cada curva e sua composição e, então, estabeleça uma base para a comparação dos valores para os importantes parâmetros Ri e Ci de cada dispositivo. Tabela 6.3 Transistores de efeito de campo. Tipo Símbolo e relações básicas Curva de transferência Resistência e capacitância de entrada TEFJ ( canal n) Ri 7 100 M Ci: (1 - 10) Fp TEFSOM tipo depleção ( canal n) Ri 7 1010 Ci: (1 - 10) Fp TEFSOM tipo intensificação ( canal n) Ri 7 1010 Ci: (1 - 10) Fp TEFSEM tipo depleção ( canal n) Ri 7 1012 Ci: (1 - 5) Fp TEFSEM tipo intensificação ( canal n) Ri 7 1012 Ci: (1 - 5) Fp Capítulo 6 transistores de efeito de campo 347 Boylestad_2012_cap06.indd 347 3/11/13 5:53 PM 6.14 resuMo Conclusões e conceitos importantes 1. Um dispositivo controlado por corrente é aquele no qual uma corrente define as condições de operação do dispositivo, e um dispositivo controlado por tensão é aquele no qual uma tensão específica define as condições de operação. 2. O JFET pode realmente ser utilizado como um resistor controlado por tensão devido a uma sen- sibilidade específica da impedância dreno-fonte à tensão porta-fonte. 3. A corrente máxima para um JFET é chamada de IDSS e ocorre quando VGS = 0 V. 4. A corrente mínima para um JFET ocorre na tensão de pinch-off definida por VGS = VP. 5. A relação entre a corrente de dreno e a tensão porta- -fonte de um JFET é não linear e definida pela equa- ção de Shockley. À medida que o valor da corrente se aproxima de IDSS, a sensibilidade de ID a variações de VGS aumenta significativamente. 6. As características de transferência (ID versus VGS) são aquelas do dispositivo em si, e não são sensíveis ao circuito no qual o JFET é empregado. 7. Quando VGS = VP/2, ID = IDSS/4, e em um ponto em que ID = IDSS/2, VGS ≅ 0,3 V. 8. As condições máximas de operação são determi- nadas pelo produto da tensão porta-fonte e pela corrente do dreno. 9. Há dois tipos disponíveis de MOSFETs: de depleção e de intensificação. 10. O MOSFET tipo depleção possui as mesmas carac- terísticas de transferência de um JFET para correntes do dreno com valores até IDSS. Nesse ponto, as carac- terísticas de um MOSFET tipo depleção continuam para valores acima de IDSS, enquanto as do JFET terminam. 11. A seta no símbolo do JFET de canal n ou do MOSFET aponta sempre para o centro do sím- bolo, enquanto a do dispositivo de canal p aponta sempre para fora dele. 12. As características de transferência do MOSFET tipo intensificação não são definidas pela equação de Shockley, e sim por uma equação não linear con- trolada pela tensão porta-fonte, que é a tensão de limiar, e pela constante k definida para o dispositivo empregado. O gráfico resultante de ID versus VGS cresce exponencialmente à medida que aumentam os valores de VGS. 13. Os MOSFETs devem ser sempre manipulados com extremo cuidado devido à eletricidade estática exis- tente em lugares menos esperados. Não se deve remo- ver nenhum mecanismo de curto-circuito que esteja entre os terminais do dispositivo até que ele esteja instalado. 14. Um dispositivo CMOS (MOSFET complementar) é aquele que emprega uma singular combinação de um MOSFET de canal p com outro de canal n com um único conjunto de terminais externos. Possui as vantagens de uma impedância de entrada bastante alta, chaveamento rápido e baixos níveis de potência de operação que o tornam muito útil em circuitos lógicos. 15. Um MESFET tipo depleção inclui uma junção metal- -semicondutor, resultando em características que coincidem com as de um MOSFET tipo depleção de canal n. MESFETs tipo intensificação têm as mesmas características dos MOSFETs tipo intensifi- cação. O resultado dessa semelhança é que podemos aplicar a MESFETs o mesmo tipo de técnica de análise CC e CA aplicado a MOSFETs. equações JFET: ID = IDSSa1 - VGS VP b 2 ID = IDSS 0 VGS =0 V, ID = 0 mA 0 VGS =VP, ID = IDSS 4 ` VGS =VP>2 , VGS 0,3VP 0 ID = IDSS>2 VGS = VPa1 - Ä ID IDSS b PD = VDSID rd = ro (1 - VGS>VP)2 MOSFET (intensificação): ID = k(VGS - VT)2 k = ID(ligado) (VGS(ligado)-VT)2 6.15 anáLise CoMPutaCionaL Pspice para Windows As curvas características de um JFET decanal n po- dem ser encontradas da mesma maneira empregada para o transistor na Seção 3.13. A série de curvas características para os diversos valores de tensão requer uma varredura auxiliar sob a varredura principal para a tensão dreno-fonte. 348 dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap06.indd 348 3/11/13 5:53 PM A configuração necessária mostrada na Figura 6.51 é estru- turada por meio dos procedimentos descritos nos capítulos anteriores. Observe, em particular, a completa ausência de resistores, já que a impedância de entrada é considera- da infinita, resultando em uma corrente na porta de 0 A. O JFET é encontrado em Part na caixa de diálogo Place Part. Para ativá-lo, basta digitar JFET no espaço fornecido sob o título Part. Uma vez ativado, um clique simples sobre o símbolo seguido por Edit-PSpice Model resultará na caixa de diálogo PSpice Model Editor Demo. Note que Beta é igual a 1,304 mA/V2 e Vto é igual a –3 V. Para o transistor de efeito de campo de junção, Beta é definido por: ateB = IDSS VP2 (A>V2 ) )71.6( (6.17) O parâmetro Vto define VGS = VP = –3 V como a ten- são de pinch-off. Pela Equação 6.17, podemos resolver IDSS e determinar que é de cerca de 11,37 mA. Uma vez obtidos os gráficos, podemos verificar se esses dois parâmetros são definidos precisamente pelas curvas características. Com o circuito criado, selecione New Simulation para obter a respectiva caixa de diálogo. Usar OrCAD 6-1 como o nome seguido de Create resulta na caixa de diálogo Simulation Settings, na qual se seleciona DC Sweep sob o título Analy- sis type. A Sweep variable é definida como uma Voltage source com o Name VDD. O Start Value é 0 V, o End Value, 10 V, e o Increment, 0,01 V. Agora selecione Secon- dary Sweep e aplique o Name VGG com um Start Value de 0 V, um End Value de –5 V e um Increment de –1 V. Por fim, o Secondary Sweep deve ser habilitado assegurando-se de que a seleção aparece na caixa à esquerda da listagem, seguido por um OK para sair da caixa de diálogo. Clicando em Simulation, a tela SCHEMATIC será exibida com um eixo horizontal denominado VDD que se estende de 0 V a 10 V. Continue com a sequência Trace-Add Trace para obter a caixa de diálogo Add Traces e selecione ID(J1) para obter as curvas características da Figura 6.52. Note, em particular, que IDSS é muito próximo de 11,7 mA, como previsto com base no valor de Beta. Observe também que o corte ocorre realmente em VGS = VP = –3 V. A curva de transferência pode ser obtida com a criação de uma New Simulation que tenha uma única var- redura, uma vez que existe somente uma curva no gráfico. Ao selecionar o DC Sweep novamente, o campo Name será VGG com um Start Value de –3 V, um End Value 0 V e um Increment 0,01 V. Visto que não há necessidade de uma varredura secundária, selecione OK para que a simulação se realize. Quando o gráfico aparecer, selecione Trace-Add Trace-ID(J1) para obter as características de transferência da Figura 6.53. Note como o eixo está definido com –3 V na extremidade esquerda e 0 V na extremidade direita. Novamente, IDSS está bem próximo da previsão de 11,7 mA e VP = –3 V. Figura 6.51 Circuito empregado para obter as características do JFET J2N3819 de canal n. ID VDS VGS 0 V VGS 1 V VGS 2 V VGS 3 V Figura 6.52 Curvas características de dreno para o JFET J2N3819 de canal n da Figura 6.51. Figura 6.53 Curva característica de transferência do JFET J2N3819 de canal n da Figura 6.51. Capítulo 6 transistores de efeito de campo 349 Boylestad_2012_cap06.indd 349 3/11/13 5:53 PM ProbLeMas *Nota: asteriscos indicam os problemas mais difíceis. 8. Dados IDSS = 12 mA e |VP| = 6 V, esboce uma distribuição provável das curvas características do JFET (semelhante à Figura 6.11). 9. Comente resumidamente as polaridades das várias tensões e sentidos das correntes para um JFET de canal n versus um JFET de canal p. Seção 6.3 Curva característica de transferência 10. Dadas as curvas características da Figura 6.54: a) Esboce a curva característica de transferência direta- mente das curvas de dreno. b) Utilizando a Figura 6.54 para estabelecer os valores de IDSS e VP, esboce a curva característica de transferência utilizando a equação de Shockley. c) Compare as curvas dos itens (a) e (b). Há alguma diferença considerável? 11. a) Dados IDSS = 12 mA e VP = – 4 V, esboce a curva carac- terística de transferência para o transistor JFET. b) Esboce as curvas características de dreno para o dis- positivo do item (a). 12. Dados IDSS = 9 mA e VP = – 4 V, determine ID quando: a) VGS = 0 V b) VGS = –2 V c) VGS = – 4 V d) VGS = – 6 V 13. Dados IDSS = 16 mA e VP = –5 V, esboce a curva caracte- rística de transferência utilizando os dados da Tabela 6.1. Determine o valor de ID da curva em VGS = –3 V e compare ao valor determinado utilizando a equação de Shockley. Repita para VGS = –1 V. 14. Para um dado JFET, se ID = 4 mA quando VGS = –3 V, determine VP se IDSS = 12 mA. 15. Dados IDSS = 6 mA e VP = – 4,5 V: a) Determine ID em VGS = –2 V e –3,6 V. b) Determine VGS em ID = 3 mA e 5,5 mA. 16. Dado um ponto Q de IDQ = 3 mA e VGS = –3 V, determine IDSS se VP = –6 V. 17. Um JFET de canal p tem como parâmetros de dispositivo IDSS = 7,5 mA e VP = 4 V. Esboce as curvas características. Seção 6.4 Folhas de dados (JFets) 18. Defina a região de operação para o JFET 2N5457 da Figura 6.20 utilizando a faixa de IDSS e VP fornecida. Isto é, esboce a curva de transferência definida pelo valor máximo de IDSS e VP, e a curva de transferência para o valor mínimo de IDSS e VP. Depois sombreie a área resultante entre as duas curvas. 19. Para o JFET 2N5457 da Figura 6.20, qual é a especificação de potência em uma temperatura operacional usual de 45 °C usando-se o fator de redução de 5,0 mW/°C? 20. Defina a região de operação para o JFET da Figura 6.54 se VDSmáx = 30 V e PDmáx = 100 mW. Seção 6.5 instrumentação 21. Utilizando as curvas da Figura 6.22, determine ID em VGS = – 0,7 V e VDS = 10 V. 22. Em relação à Figura 6.22, o lugar geométrico dos valores de pinch-off é definido pela região de VDS < |VP| = 3 V? 23. Determine VP para as curvas da Figura 6.22 utilizando IDSS e ID em algum valor de VGS. Isto é, simplesmente substitua Seção 6.2 Construção e características do JFet 1. a) Desenhe a estrutura básica de um JFET de canal p. b) Aplique a polarização apropriada entre dreno e fonte e esboce a região de depleção para VGS = 0 V. 2. Utilizando as curvas características da Figura 6.11, deter- mine ID para os seguintes valores de VGS (com VDS > VP): a) VGS = 0 V b) VGS = –1 V c) VGS = –1,5 V d) VGS = –1,8 V e) VGS = – 4 V f) VGS = – 6 V 3. Usando os resultados do Problema 2, trace as curvas ca- racterísticas de ID versus VGS. 4. a) Determine VDS para VGS = 0 V e ID = 6 mA utilizando as curvas da Figura 6.11. b) Utilizando os resultados do item (a), calcule a resis- tência do JFET para a região ID = 0 mA até 6 mA, com VGS = 0 V. c) Determine VDS para VGS = –1 V e ID = 3 mA. d) Utilizando os resultados do item (c), calcule a resis- tência do JFET para a região ID = 0 mA até 3 mA, com VGS = –1 V. e) Determine VDS para VGS = –2 V e ID = 1,5 mA. f) Utilizando os resultados do item (e), calcule a resistên- cia do JFET para a região ID = 0 mA até 1,5 mA, com VGS = –2 V. g) Definindo o resultado do item (b) como ro, determine a resistência para VGS = –1 V utilizando a Equação 6.1 e compare com os resultados do item (d). h) Repita o item (g) para VGS = –2 V utilizando a mesma equação e compare com os resultados do item (f). i) Com base nos resultados dos itens (g) e (h), é pos- sível concluir que a Equação 6.1 parece uma apro- ximação válida? 5. Utilizando as curvas características da Figura 6.11: a) Determine a diferença na corrente de dreno (para VDS > VP) entre VGS = 0 V e VGS = –1 V. b) Repita o item (a) entre VGS = –1 V e –2V. c) Repita o item (a) entre VGS = –2 V e –3 V. d) Repita o item (a) entre VGS = –3 V e – 4 V. e) Há uma mudança drástica na diferença entre os valores de corrente de dreno quando VGS se torna mais negativa? f) A relação entre a variação de VGS e a variação resultante de ID é linear ou não linear? Explique. 6. Quais são as principais diferenças entre as curvas carac- terísticas de coletor de um TBJ e as curvas características de dreno de um JFET? Compare as unidades de cada eixo com a variável de controle. Como IC reage a um aumento de IB versus mudanças em ID a um aumento negativo de VGS? Compare o espaçamento entre as curvas de IB com o das curvas de VGS. Compare VCsat com VP na definição da região não linear para níveis baixos de tensão de saída. 7. a) Descreva, com suas próprias palavras, por que IG é efetivamente igual a zero ampère para um transistor JFET. b) Por que a impedância de entrada de um JFET é tão alta? c) Por que o termo efeito de campo é apropriado para esse importante dispositivo de três terminais? 350 dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap06.indd 350 3/11/13 5:53 PM na equação de Shockley e resolva para VP. Compare os resultados com o valor presumido de –3 V das curvas. 24. Utilizando IDSS = 9 mA e Vp = –3 V para as curvas da Figura 6.22, calcule ID em VGS = –1 V utilizando a equação de Shockley e compare com o valor mostrado na Figura 6.22. 25. a) Calcule a resistência associada com o JFET da Figura 6.22 para VGS = 0 V, de ID = 0 mA até 4 mA. b) Repita o item (a) para VGS = –0,5 V de ID = 0 até 3 mA. c) Definindo ro para o resultado do item (a) e rd para o item (b), use a Equação 6.1 para determinar rd e compare com o resultado do item (b). Seção 6.7 MosFet tipo depleção 26. a) Esboce a construção básica de um MOSFET tipo de- pleção de canal p. b) Aplique a tensão apropriada dreno-fonte e esboce o fluxo de elétrons para VGS = 0 V. 27. Quais as semelhanças entre a estrutura do MOSFET tipo depleção e um JFET? E quais as diferenças? 28. Explique, com suas próprias palavras, por que a aplicação de uma tensão positiva no terminal de porta de um MOS- FET tipo depleção de canal n resulta em uma corrente de dreno maior do que IDSS. 29. Dado um MOSFET tipo depleção com IDSS = 6 mA e VP = –3 V, determine a corrente de dreno em VGS = –1 V, 0 V, 1 V e 2 V. Compare a diferença nos valores de corrente entre –1 V e 0 V com a diferença entre 1 V e 2 V. Na região de VGS positiva, a corrente de dreno aumenta a uma taxa significativamente maior do que para valores negativos? A curva de ID se torna cada vez mais vertical com valores positivos crescentes de VGS? A relação entre ID e VGS é linear ou não linear? Explique. 30. Esboce a curva de transferência e as curvas de dreno de um MOSFET tipo depleção de canal n com IDSS = 12 mA e VP= –8 V para VGS = –VP até VGS = 1 V. 31. Dados ID = 14 mA e VGS = 1 V, determine VP se IDSS = 9,5 mA para um MOSFET tipo depleção. 32. Dados ID = 4 mA em VGS = –2 V, determine IDSS se VP = –5 V. 33. Considerando que 2,9 mA seja um valor médio para o IDSS do MOSFET 2N3797 da Figura 6.31, determine o valor de VGS que resultará em uma corrente máxima de dreno de 20 mA, se VP = –5 V. 34. Se a corrente de dreno para o MOSFET 2N3797 da Figura 6.31 é 8 mA, qual é o máximo valor de VDS permitido utilizando o valor especificado para máxima potência? Seção 6.8 MosFet tipo intensificação 35. a) Qual é a principal diferença entre a construção de um MOSFET tipo intensificação e um MOSFET tipo de- pleção? b) Esboce a construção de um MOSFET tipo intensifica- ção de canal p com a polarização apropriada aplicada (VDS > 0 V, VGS > VT) e indique o canal, o sentido do fluxo de elétrons e a região de depleção resultante. c) Descreva resumidamente a operação básica de um MOSFET tipo intensificação. 36. a) Esboce a curva de transferência e as curvas de dre- no de um MOSFET tipo intensificação de canal n se VT = 3,5 e k = 0,4 × 10–3 A/V2. b) Repita o item (a) para a curva de transferência, com VT mantido em 3,5 V, mas com k aumentado 100%, valendo agora 0,8 × 10–3 A/V2. 37. a) Dados VGS(Th) = 4 V e ID(ligado) = 4 mA em VGS(ligado) = 6 V, determine k e escreva uma expressão geral para ID no formato da Equação 6.15. b) Esboce a curva de transferência para o dispositivo do item (a). c) Determine ID para o dispositivo do item (a) em VGS = 2 V, 5 V e 10 V. 38. Dada a curva de transferência da Figura 6.55, determine VT e k e escreva uma equação geral para ID. 39. Dados k = 0,4 × 10–3 A/V2 e ID(ligado) = 3 mA com VGS(ligado) = 4 V, determine VT. Figura 6.54 Problemas 10 e 20. Capítulo 6 transistores de efeito de campo 351 Boylestad_2012_cap06.indd 351 3/11/13 5:53 PM 40. A corrente de dreno máxima para o MOSFET tipo inten- sificação de canal n 2N4351 é 30 mA. Determine VGS para esse valor de corrente, se k = 0,06 × 10–3 A/V2 e VT é o valor máximo. 41. A corrente do MOSFET tipo intensificação aumenta a uma taxa aproximadamente igual à do MOSFET tipo depleção para a região de condução? Revise detalhadamente o for- mato geral das equações, e, se sua base matemática inclui cálculo diferencial, calcule dID/dVGS e compare seu valor. 42. Esboce a curva característica de transferência de um MOSFET tipo intensificação de canal p, se VT = –5 V e k = 0,45 × 10–3 A/V2. 43. Esboce a curva de ID = 0,5 × 10–3 (V2 GS) e ID = 0,5 × 10–3 (VGS – 4)2 para VGS de 0 V até 10 V. O valor VT = 4 V influi significativamente no valor de ID para essa região? Seção 6.10 MosFets de potência VMos e uMos 44. a) Descreva, com suas próprias palavras, por que o VMOS FET pode suportar uma corrente e uma potência maio- res do que os dispositivos de construção convencionais. b) Por que o VMOS FET apresenta valores de resistência de canal reduzidos? c) Por que é desejável um coeficiente de temperatura positivo? 45. Quais são as vantagens relativas da tecnologia UMOS em relação à VMOS? Seção 6.11 CMos *46. a) Descreva, com suas próprias palavras, a operação do circuito da Figura 6.45 com Vi = 0 V. b) Se o MOSFET “ligado” da Figura 6.45 (com Vi = 0 V) possui uma corrente de dreno de 4 mA, com VDS = 0,1 V, qual é o valor aproximado de resistência do dis- positivo? Se ID = 0,5 μA para o transistor “desligado”, qual é o valor aproximado de resistência do dispositi- vo? Os valores de resistência resultantes sugerem que o valor desejado de tensão de saída será obtido? 47. Faça uma pesquisa bibliográfica sobre a lógica CMOS e descreva a faixa de aplicações e as principais vantagens dessa técnica. 20 15 10 5 0 015 ID (mA) VGS(V) Figura 6.55 Problema 38. 352 dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap06.indd 352 3/11/13 5:53 PM polarização do fET objetivos • Ser capaz de realizar uma análise CC de circuitos com JFET, MOSFET e MESFET. • Tornar-se proficiente no uso de análise de reta de carga para examinar circuitos com FET. • Desenvolver confiança em análise CC de circuitos com FETs e TBJs. • Entender como usar a curva universal de polarização de JFET para analisar as várias configurações do FET. 7777777777 7.1 inTroDução No Capítulo 4, verificamos que é possível obter os níveis de polarização para uma configuração com transis- tor de silício com o auxílio das equações características VBE = 0,7 V, IC = βIB e IC ≅ IE. A relação entre as variáveis de entrada e de saída é representada por β, cujo valor é considerado fixo para a análise a ser realizada. O fato de beta ser uma constante estabelece uma relação linear entre IC e IB. Dobrando-se o valor de IB, o valor de IC também dobra, e assim por diante. Para o transistor de efeito de campo, a relação entre os parâmetros de entrada e saída é não linear em de- corrência do termo quadrático na equação de Shockley. Relações lineares resultam em linhas retas quando são traçadas em um gráfico de umavariável versus a outra, enquanto funções não lineares resultam em curvas como aquelas obtidas para a característica de transferência de um JFET. A relação não linear entre ID e VGS pode complicar o raciocínio matemático necessário à análise CC de con- figurações com FET. Um método gráfico pode limitar as soluções a uma precisão de décimos, mas é o método mais rápido para a maioria dos amplificadores a FET. Visto que esse método costuma ser o mais utilizado, a análise deste capítulo terá um foco mais gráfico do que matemático. Outra diferença que existe entre as análises do TBJ e do FET é que: A variável de controle para um transistor TBJ é um valor de corrente, enquanto para o FET essa variável é um valor de tensão. No entanto, em ambos os casos, a variável contro- lada na saída é um valor de corrente que também define importantes valores de tensão do circuito de saída. As relações gerais que podem ser aplicadas à análise CC dos amplificadores a FET são IG 0 A )1.7( (7.1) e ID = IS (7.2) (7.2) Para os JFETs e para os MOSFETs e MESFETs tipo depleção, a equação de Shockley relaciona as variáveis de entrada e saída: ID = IDSSa1 - VGS VP b 2 )3.7( (7.3) Para MOSFETs e MESFETs tipo intensificação, a seguinte equação é aplicável: ID = k(VGS - VT)2 (7.4) (7.4) Boylestad_2012_cap07.indd 353 3/11/13 5:54 PM É particularmente importante observar que as equações anteriores servem apenas para o transistor de efeito de campo! Elas não mudarão para cada configura- ção do circuito desde que o dispositivo opere na região ativa. O circuito apenas define os valores de corrente e de tensão associados ao ponto de operação por meio de seu próprio conjunto de equações. Na verdade, a solução CC para os circuitos com FET e TBJ é a solução de equações simultâneas estabelecidas pelo dispositivo e pelo circuito. A solução pode ser determinada com a utilização de um método gráfico ou matemático — o que será demonstrado nos primeiros circuitos a serem analisados. Entretanto, como já foi explicado, o método gráfico é o mais usado para circuitos com FET e é o método empregado neste livro. As primeiras seções deste capítulo estão limitadas aos JFETs e ao método gráfico de análise. O MOSFET tipo depleção será então examinado, com seu número ele- vado de pontos de operação, seguido pelo MOSFET tipo intensificação. Por fim, problemas relacionados a projetos serão investigados para que se verifiquem os conceitos e procedimentos introduzidos no capítulo. 7.2 Configuração Com polarização fixa O mais simples dos arranjos de polarização para o JFET de canal n é mostrado na Figura 7.1. Chamado de configuração com polarização fixa, ele é uma das poucas configurações com FET que podem ser solucionadas com a utilização tanto de um método gráfico quanto de um mé- todo matemático. Ambos os métodos são incluídos nesta seção para demonstrar a diferença entre eles e também para salientar que a mesma solução pode ser obtida pelos dois métodos. A configuração da Figura 7.1 inclui os valores CA Vi e Vo mais os capacitores de acoplamento (C1 e C2). Lem- bramos que os capacitores de acoplamento são “circuitos abertos” para a análise CC e baixas impedâncias (consi- deradas curtos-circuitos) para a análise CA. O resistor RG está presente para assegurar que Vi apareça na entrada do amplificador FET na análise CA (veja o Capítulo 8). Para a análise CC, IG ≅ 0 A e VRG = IGRG = (0 A)RG = 0 V A queda de zero volt através de RG permite sua substituição por um curto-circuito equivalente, como o que é mostrado na Figura 7.2, especialmente redesenhado para a análise CC. O fato de o terminal negativo da bateria estar co- nectado diretamente ao potencial positivo de VGS revela claramente que a polaridade de VGS é oposta à de VGG. A aplicação da Lei das Tensões de Kirchhoff na malha indicada na Figura 7.2 no sentido horário resultará em –VGG – VGS = 0 e VGS = -VGG )5.7( (7.5) Uma vez que VGG é uma fonte CC constante, a tensão VGS é fixa; daí a notação “configuração com polarização fixa”. O valor resultante da corrente de dreno ID é agora controlado pela equação de Shockley: ID = IDSSa1 - VGS VP b 2 Figura 7.1 Configuração com polarização fixa. Figura 7.2 Circuito para a análise CC. 354 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 354 3/11/13 5:54 PM Visto que VGS é um valor fixo para essa configura- ção, sua magnitude e sinal podem simplesmente ser subs- tituídos na equação de Shockley para determinar o valor de ID. Esse é um dos poucos casos em que a solução ma- temática para a configuração de um FET pode ser direta. Para uma análise gráfica seria necessário um grá- fico da equação de Shockley, como mostra a Figura 7.3. Lembramos que a escolha de VGS = VP/2 resulta em uma corrente de dreno de IDSS/4 quando o gráfico da equação é traçado. Para a análise feita neste capítulo, os três pontos definidos por IDSS, VP e a interseção há pouco descrita serão suficientes para o traçado da curva. Na Figura 7.4, o valor fixo de VGS foi superposto como uma reta vertical em VGS = –VGG. Em qualquer ponto da reta vertical, o valor de VGS é –VGG; o valor de ID deve ser simplesmente determinado sobre essa reta. O ponto de interseção das duas curvas é a solução comum para a con- figuração — geralmente chamado de ponto quiescente ou ponto de operação. O subscrito Q será utilizado na notação da corrente de dreno e na tensão porta-fonte quando essas quantidades representarem valores no ponto Q. Observe, na Figura 7.4, que o valor quiescente de ID é determinado pelo esboço de uma linha horizontal do ponto Q até o eixo vertical ID. É importante observar que, uma vez que o circui- to da Figura 7.1 esteja montado e operante, os valores CC de ID e VGS, que podem ser medidos como mostra a Figura 7.5, são os valores quiescentes definidos pela Figura 7.4. A tensão dreno-fonte da seção de saída pode ser determinada aplicando-se a Lei das Tensões de Kirchhoff, como segue: + VDS + IDRD – VDD = 0 e VDS = VDD - ID RD )6.7( (7.6) Lembre-se de que os subscritos de uma única letra indicam uma tensão medida em um ponto em relação ao terra. Para a configuração da Figura 7.2, VS = 0 V (7.7) (7.7) Utilizando uma notação com duplo subscrito, temos VDS = VD – VS ou VD = VDS + VS = VDS + 0 V e VD = VDS )8.7( (7.8) Além disso, VGS = VG – VS ou VG = VGS + VS = VGS + 0 V e VG = VGS )9.7( (7.9) ID (mA) VGS 2 VPVP 0 4 IDSS IDSS Figura 7.3 Gráfico da equação de Shockley. + – VGG G S Voltímetro Amperímetro RD VDD IDQ VGSQ Figura 7.5 Medição dos valores quiescentes de ID e VGS. ID (mA) VGSVP 0 IDSSDispositivo Circuito Ponto Q (solução) IDQ VGSQ = –VGG Figura 7.4 Solução para a configuração com polarização fixa. Capítulo 7 polarização do fET 355 Boylestad_2012_cap07.indd 355 3/11/13 5:54 PM 07Boylestad_cap07_ALTA_COR_11mar