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TEXTO 1 Como surgiu o celular? Romannessa Sanchespor Há quem se sinta nu sem ele, e que ache a morte ao ficar sem bateria. O fato é que os celulares são hoje um objeto de importância singular no mundo inteiro, seja para lazer ou trabalho. Mas você sabia que foram necessários mais de 50 anos para você ter esse aparelho em suas mãos? A tecnologia necessária para desenvolver o primeiro celular propriamente dito foi criada em 16 de outubro de 1956, e o telefone móvel com essa tecnologia em 3 de abril de 1973, mas muita coisa aconteceu antes desse lançamento. Nossa história começa em 1888, quando o físico alemão Heinrich Hertz (que dá nome a unidade de medida de frequência, Hertz) transmitiu, pela primeira vez, códigos sonoros pelo ar, o que possibilitou não somente o desenvolvimento dos radiotransmissores como também a primeira ligação telefônica intercontinental em 1914. Vinte e seis anos depois, em 1940, foi criado um sistema de comunicação à distância que possibilitava a mudança de canais de frequência, evitando, assim, que houvessem interceptações no sinal. Sete anos depois, a empresa de tecnologia norte-americana Bell, que hoje faz parte da AT&T, se utilizou dessa tecnologia para desenvolver um sistema telefônico interligado por várias antenas, batizadas de "células", o que gerou o nome do aparelho. Em 1956, a Ericsson, então, resolveu unir todas as tecnologias desenvolvidas anteriormente e, finalmente, criar o celular, chamado de Ericsson MTA (Mobilie Telephony A). O aparelho só era móvel se fosse levado em um carro, porque pesava quase 40 quilos, e o custo de produção também não facilitava sua popularização. Alguns anos se passaram até que, em abril de 1973, a Motorola, concorrente da Ericsson, lançasse o Motorola Dynatac 8000X, um verdadeiro celular portátil (para a época), com 25 cm de comprimento e 7 cm de largura, pesando “apenas” 1 quilo e com uma bateria que durava 20 minutos. O evento que marcou o lançamento foi a primeira chamada telefônica celular móvel, feita de uma rua em Nova Iorque pelo engenheiro eletrotécnico da Motorola, Martin Cooper, para seu concorrente, o engenheiro Joel Engel, da AT&T. A partir daí, Cooper passou a ser considerado o pai do celular. Seis anos mais tarde, os telefones celulares começaram a funcionar no Japão e na Suécia. Nos EUA, apesar de ser o país sede da invenção, o funcionamento só começou em 1983, dez anos depois de sua apresentação. O primeiro celular lançado aqui, no país, em 1990, foi o Motorola PT-550, vendido, inicialmente, no Rio de Janeiro e, logo depois, em São Paulo. O aparelho já era um pouco mais compacto. De seu lançamento até os dias atuais, os celulares já passaram por cinco gerações, e já estão se encaminhando pra sexta. Conheça um pouco de cada uma delas: a primeira geração, ou 1G, a fase analógica, dominou o mercado no início dos anos 1980; a segunda geração, ou 2G, o início da era digital, desenvolvida no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, usava os sistemas CDMA e TDMA. Também é a geração dos chips, o chamado GSM; a segunda geração e meia, ou 2,5G, uma versão melhorada da 2G, com melhor transmissão de dados; a terceira geração, ou 3G, a atual geração de celulares em boa parte do mundo, operando desde o final dos anos 1990, possibilitou o acesso à internet entre outras funções digitais avançadas; a terceira geração e meia (3,5G), assim como a 2,5G, é uma evolução da geração anterior, a 3G, com maior velocidade de conexão com a internet, o que a aproxima da velocidade da internet banda larga convencional; a quarta geração (4G), anunciada em 2010, com velocidades de 100Mbps, foi rapidamente implementada em grandes centros, como capitais e cidades importantes; e, por fim, a quinta geração (5G), que surgiu em 2020, e cujos celulares estão sendo vendidos a partir deste ano. O que será que o “futuro” nos reserva? Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/html. Acesso em: 06 abril 2021. [Adaptado] Responda às questões de 1 a 3 com base no texto 1. 1. Depreenda o propósito comunicativo dominante do texto. 2. Transcreva os articuladores de ordenação no tempo, presentes no último parágrafo. 3. No texto, há marcas de pessoalização e impessoalização. Transcreva dois trechos e sublinhe o elemento linguístico que a identifica em cada trecho. a) Trecho com marca de pessoalização: b) Trecho com marca de impessoalização: TEXTO 2 Sustentabilidade atrai investimentos para o mercado imobiliário brasileiro Por Fabiano Cordaro A preocupação com melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) é uma tendência mundial que vem ganhando força no Brasil e movimentando a indústria de gestão de ativos. Segundo estimativas, um terço dos ativos em nível global já é voltado para investimentos sustentáveis. O conceito leva em conta questões corporativas, como emissão de carbono, impacto ambiental, cidadania e desenvolvimento de capital, para a tomada de decisão sobre investimentos. Os critérios ESG também funcionam como moderadores de risco, pois dão mais credibilidade aos investidores sobre as companhias que estão alocando capital, o que garante o retorno do investimento. Para as empresas, a preocupação com o meio ambiente e com as políticas sociais também reflete em uma reputação mais positiva entre os consumidores e, com isso, em melhor desempenho financeiro. E, para o mercado imobiliário, não é diferente. Após um período de crise, o setor começou a se recuperar este ano e vive uma janela de oportunidade. Apenas no estado de São Paulo, houve 575.043 operações de compra e venda de imóveis nos últimos 12 meses até junho de 2019, montante 1,55% maior do que no acumulado dos 12 meses encerrados em junho de 2018, de acordo com o levantamento Indicadores de Registro Imobiliário, divulgado pela Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo (Arisp) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Aliado a esse cenário, outro dado também chama a atenção: o Brasil está entre os cinco países com maior déficit habitacional do mundo. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas FGV), seria necessário construir 1,2 milhão de imóveis ao ano para atender a demanda por moradia na próxima década. O déficit em unidades habitacionais cresceu 7% em apenas 10 anos, de 2007 a 2017, atingido 7,78 milhões em 2017. Aproveitando esse movimento, o ESG pode ser um importante aliado da indústria de imóveis para conquistar investimentos e impulsionar o setor. Inclusive, investidores estrangeiros já apostam nesse diferencial. Um relatório publicado pela Harvard Business Review apontou que, a partir do início de 2018, a cada US$ 4 trilhões investidos nos EUA, US$ 1 trilhão foi encaminhado para investimentos sustentáveis. No ano passado, esse valor chegou a US$ 11,6 trilhões, um aumento de US$ 9 trilhões em comparação a 2010. E não só a economia ganha com esses investimentos, mas a sociedade também. O crescimento da adoção de princípios ESG traz à tona a melhoria do sistema como um todo, já que aumenta a entrega de práticas sociais e ambientais positivas. Pensando no mercado imobiliário, esse retorno para a população chega quando oferece residências que aliam arquitetura, tecnologia, sustentabilidade e práticas de engajamento social. Já pensou viver em um condomínio hi-tech, com uma série de serviços e soluções integradas no âmbito do imóvel e do prédio, como sensores e medidores inteligentes, Wi-Fi em todos os ambientes, horta urbana, gestor social, biblioteca e até creche para as crianças? Esse novo conceito tem como foco a economia compartilhada, que faz com que os moradores tenham maior interação. O objetivo é entregar um novo tipo de moradia, que tem como centro principal melhorar a vida das pessoas com projetos inteligentes, ao mesmo tempo que atrai novos investidores e fortalece a economia. E engana-se quem acredita que esses imóveis são voltados apenas para classes mais altas. Pelo contrário, hoje já é possível financiarum apartamento com esse conceito até pelo programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal. Isso porque, com a aposta em inovação e tecnologia, essas moradias contam com soluções que não são normalmente aplicáveis aos produtos de interesse social. Há menos desperdício de materiais e maior agilidade nos processos, o que reduz os custos de construção de uma forma geral. A inovação também permite, inclusive, diminuir os gastos com condomínio, internet, energia e até TV a cabo. Em um mundo globalizado, essas iniciativas estão cada vez mais presentes, e o desafio é que todas as pessoas possam ter acesso a esse novo jeito de viver de agora em diante. O investimento nesses novos empreendimentos desencadeia um grande potencial de crescimento para todos os envolvidos, e essa é a verdadeira sustentabilidade. Disponível em: https ://diariodocomercio.com.br/opiniao/sustentabilidade-atrai-investimentos-para-o-mercadoimobiliario-brasileiro/. Acesso em: 06 abril 2021. [Adaptado] Responda às questões de 4 a 6 com base no texto 2. 4. Transcreva dois trechos com as seguintes citações do discurso alheio: a) modalização em discurso segundo: b) discurso indireto: 5. Identifique os elementos coesivos que promovem a ligação entre os seguintes parágrafos: a) 3º parágrafo (que se liga ao segundo) – b) 4º parágrafo (que se liga ao terceiro) – c) 5º parágrafo (que se liga ao quarto) – d) 6º parágrafo (que se liga ao quinto) – e) 7º parágrafo (que se liga ao sexto) – 6. Transcreva os períodos que estão ligados pelos seguintes elementos coesivos por conexão: a) articulador de relação lógico-semântica de causalidade: b) articulador de relação lógico-semântica de finalidade: c) articulador de relação lógico-semântica de temporalidade: d) articulador discursivo-argumentativo de explicação ou justificação: 7. Desenvolva um parágrafo a partir da ideia central/tópico frasal abaixo. A pandemia não igualou as classes sociais, não atingindo a todos da mesma forma.