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Algumas serpentes possuem glândulas produto-
ras de peçonha (serpentes peçonhentas), que é ino-
culada por dentes contendo canais ou um sulco em 
seu interior, que conduzem a peçonha para o exterior 
(figura 15.18). As serpentes podem ser classificadas de 
acordo com o tipo de dentição. As najas, por exemplo, 
têm a dentição proteróglifa, ou seja, os dentes inocu-
ladores, com sulco, estão na parte anterior da boca.
As serpentes sem esses dentes inoculadores, 
chamadas de não peçonhentas, também podem 
causar ferimentos sérios, pois sua saliva pode conter 
substâncias tóxicas e causar envenenamento. 
A maioria das serpentes peçonhentas possui tam-
bém uma fosseta lacrimal ou loreal, uma abertura 
localizada entre cada olho e a narina (lore é o espaço 
entre o olho e as narinas de répteis e anfíbios), por on-
de as serpentes detectam o calor de presas como aves 
ou mamíferos, facilitando sua localização (figura 15.18). 
fosseta 
lacrimal
Dentição 
solenóglifa
Dente 
inoculador 
com canal
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Jararaca (gênero Bothrops; 70 cm a 2 m).
Figura 15.18 A dentição solenóglifa 
se caracteriza pela presença de um 
par de dentes articulados e ocos na 
parte anterior da boca. Observe na 
foto da jararaca a fosseta lacrimal.
No entanto, as corais-verdadeiras são serpentes 
peçonhentas que não possuem fosseta loreal. Além 
disso, mesmo quando os dentes não têm sulcos nem 
canais para inocular peçonha, como na jiboia (figura 
15.19), sua mordida pode causar sérios ferimentos. Veja 
algumas serpentes e os tipos de dentição na figura 15.19.
Em caso de picada de serpente, deve-se buscar 
socorro médico. A vítima deve ser imediatamente 
levada a um posto de saúde ou hospital para ser 
tratada com o soro antiofídico adequado, entre ou-
tros procedimentos médicos.
Caso se conheça a espécie de serpente que picou 
a pessoa, é importante comunicar ao médico, pois 
este poderá administrar o soro antiofídico específico, 
com efeito mais rápido e mais intenso. Não se deve 
amarrar a região afetada para isolar a peçonha, isto 
é, não se deve fazer torniquete ou garrote: isso im-
pede a circulação normal do sangue, trazendo mais 
riscos para a região afetada, aumentando, por exem-
plo, a destruição dos tecidos (necrose) pela concen-
tração da peçonha no local. Também não se deve 
sugar o local da picada nem fazer cortes ou colocar 
substâncias no local da picada.
Como medidas preventivas, em locais onde há ser-
pentes, deve-se usar botas de cano alto e evitar mexer 
em buracos, montes de lixo, de lenha ou cupinzeiros.
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Mauro Nakata/A
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Dentição áglifa
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auro Nakata/ Arquivo da editora
Dentição 
opistóglifa
Cobra-coral-falsa (gênero 
Oxyrhopus; 70 cm a 1,5 m).
Figura 15.19 Esquema dos dentes de serpentes opistóglifas e áglifas.
Jiboia (Boa constrictor; até 4 m).
As serpentes de dentição opistóglifa 
possuem um ou mais dentes 
inoculadores na região posterior da 
boca. Os dentes apresentam sulcos 
pelos quais escorre a peçonha.
A dentição áglifa não tem 
o sulco por onde seria 
inoculada a peçonha.
Capítulo 15198
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Crocodilia
Os crocodilianos (figura 15.20) estão representa-
dos pelo jacaré, pelo crocodilo e pelo gavial (encon-
trado na Índia).
O corpo desses animais é coberto por escamas e 
placas ósseas. São carnívoros e passam boa parte do 
tempo dentro da água ou na beira dos rios, onde a 
maioria deles vive.
No Brasil não há crocodilos, apenas jacarés. O fo-
cinho do jacaré é mais largo e arredondado, enquanto 
o do crocodilo e o do gavial são mais longos e estreitos.
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Crocodilo-do- 
-nilo (em média, 
3,5 m de 
comprimento; 
mas atinge 6 m).
Jacaré-açu (em 
média, 3,5 m de 
comprimento; 
mas atinge 6 m).
Gavial (6 m 
a 7 m de 
comprimento).
Figura 15.20 Alguns representantes dos crocodilianos.
Evolução
Os primeiros répteis surgiram há cerca de 360 
milhões de anos, no período Carbonífero, quando o 
clima da Terra ficou mais seco, favorecendo os ani-
mais com pele mais resistente e que produziam ovos 
com casca, âmnio e outros anexos. Esses animais, 
cuja pele tem maior proteção contra perda de água 
por evaporação, têm também um pulmão mais efi-
ciente, capaz de suprir a falta de respiração cutânea, 
e conseguiram povoar ambientes nos quais os anfí-
bios dificilmente sobreviveriam.
Alguns répteis, como as tartarugas, voltaram a 
viver no meio aquático. Mesmo eles, porém, manti-
veram algumas adaptações à vida terrestre, como a 
respiração pulmonar e o ovo com casca.
Os répteis ancestrais deram origem aos répteis 
atuais, às aves e aos mamíferos. Além disso, deram 
origem a muitos seres vivos que hoje não existem 
mais, como os pterossauros (do grego pteryx = asa; 
saûros = lagarto), capazes de voar (figura 15.21); os 
ictiossauros (do grego ichthyes = peixe) e plesiossau-
ros (plesios = próximo), que eram aquáticos; os di-
nossauros (do grego deinos = terrível), terrestres. 
Figura 15.21 Pterossauro 
(espécies maiores atingiam 
20 m de envergadura – da 
ponta de uma asa à ponta da 
outra; as menores eram do 
tamanho de um pardal). 
(Cores fantasia.)
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Há cerca de 230 milhões de anos, no período 
Triássico, surgiram os primeiros representantes do 
grupo dos dinossauros. Veja alguns desses animais 
na figura 15.22.
Os dinossauros se extinguiram há cerca de 65 
milhões de anos. A causa ainda é discutida pelos 
cientistas. A teoria mais aceita é que um asteroide 
tenha atingido a Terra e levantado uma nuvem de 
poeira que escureceu o céu por muitos meses. Sem 
a luz do Sol, várias plantas teriam morrido, afetando 
a vida dos dinossauros herbívoros e a dos carnívoros.
Com a extinção dos dinossauros, duas novas 
classes de vertebrados – que já existiam durante a 
era Mesozoica – espalharam-se pelo planeta: as aves 
e os mamíferos.
Tiranossauro, 
carnívoro, com 15 m 
de comprimento e 
6 m de altura.
Braquiossauro, 
herbívoro, com 
cerca de 22 m de 
comprimento e 
12 m de altura.
Figura 15.22 Dois 
dinossauros (os 
elementos da ilustração 
não estão na mesma 
escala; cores fantasia).
Anfíbios e répteis 199
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1. Um estudante comparou o modo de vida de anfíbios 
e briófitas (musgos) e concluiu que há algumas se-
melhanças entre os grupos. Que semelhanças ele 
pode ter encontrado que justifiquem essa conclusão?
2. Estudos recentes demonstraram que muitos anfí-
bios de hábitos terrestres “bebem” água pela bar-
riga! Eles esticam os membros traseiros e encostam 
a parte ventral do corpo em superfícies cobertas 
de água. Que característica dos anfíbios permite 
que eles absorvam água desse modo?
3. Os anfíbios de regiões mais secas passam boa par-
te do tempo enterrados no solo. Justifique esse 
comportamento, considerando algumas das prin-
cipais características corporais desses animais.
4. Anfíbios, ao contrário dos peixes, têm pálpebras e 
glândulas lacrimais. Qual é a importância dessas 
estruturas para esse grupo de vertebrados?
5. Os répteis apresentam algumas novidades evo-
lutivas em relação aos anfíbios – por exemplo, 
adaptações do revestimento corporal, na respi-
ração e na reprodução –, que lhes permitem 
maior independência do ambiente aquático. Ex-
plique como essas características ajudaram os 
répteis a se difundir por ambientes tão secos 
quanto os desertos.
6.Alguns lagartos se parecem um pouco com as sa-
lamandras. Como é possível distinguir um animal 
do outro observando somente a pele deles?
7. A cobra píton enrola-se em volta dos ovos e fica 
contraindo os músculos de forma ritmada. Qual 
deve ser a vantagem desse comportamento para 
a reprodução desses animais?
8. Os olhos e as narinas dos crocodilos e dos jacarés 
estão em elevações no alto da cabeça. Como essa 
característica facilita a sobrevivência desses ani-
mais em seu habitat?
9. Explique por que tartarugas e jacarés, apesar de 
serem répteis que voltaram para o ambiente aquá-
tico, não podem ficar completamente submersos 
o tempo todo.
10. (Fuvest-SP) Três grupos de sapos foram mantidos em 
três temperaturas diferentes: 5 °C, 15 °C e 25 °C. 
O gráfico a seguir foi construído a partir das medidas 
das quantidades de gases trocados entre os animais 
e o ambiente em cada uma dessas temperaturas.
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Pele
Pulmões
Temperatura (°C)
a) “Nos sapos, os papéis relativos da pele e dos 
pulmões na respiração mudam durante o ano”. 
Justifique essa afirmação, com base nos dados 
do gráfico.
b) Um sapo inalou gás oxigênio radioativo. Qual 
será a primeira substância, diferente de gás oxi-
gênio, a ser identificada nas mitocôndrias das 
células desse sapo?
11. (Vunesp-SP) Em uma novela recentemente exibida 
na TV, um dos personagens é picado por uma cobra 
e, para curar-se, recorre a remédios caseiros e cren-
ças da cultura popular. O médico da cidade, que não 
havia sido chamado para tratar do caso, afirmou 
que a prática adotada não era recomendável, e que 
“a ‘cura’ só se deu porque provavelmente a cobra 
não era venenosa.”
Em se tratando de uma cobra peçonhenta, qual o 
tratamento mais adequado: soro ou vacina? Seria 
importante saber a espécie da cobra? Justifique 
suas respostas. 
12. (Vunesp-SP) São muitas as lojas que vendem ani-
mais exóticos para serem criados em casa como 
animais de estimação. Em uma dessas lojas, lagar-
tos eram expostos em caixas de vidro, nas quais 
havia uma lâmpada acesa.
a) Qual a razão da lâmpada na caixa em que está 
colocado o animal? Esse procedimento tem al-
guma relação com algo que o animal experimen-
ta em seu ambiente natural?
b) Se essa caixa fosse deixada na vitrine, direta-
mente sob luz solar intensa, durante todo o dia, 
haveria prejuízo ao lagarto?
13. (Uerj) Certos vertebrados possuem pulmão de gran-
de superfície e pele seca impermeável. Outros ver-
tebrados possuem pulmão de pequena superfície 
e pele úmida permeável. Por que os primeiros estão 
mais bem adaptados ao ambiente terrestre?
Atividades
ATENÇÃO!
Não escreva 
no seu livro!
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Capítulo 15200
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