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36 1 2 3 4 5 H2C l C l CH k CH2 k CH3 penta-1,2-dieno Posição das duplas di (duas) e en (dupla ligação) Note a presença do a 1 2 3 4 5 6 H2C l CH k CH l CH k CH l CH2 hexa-1,3,5-trieno Posição das duplas tri (três) e en (dupla ligação) Em alguns casos, como o do pro pe no, não é neces sá rio colo car o núme ro para loca li zar a ins a tu ra ção, po r que s ó h á u ma po s si bi li da de. H2C l CH k CH3 propeno MESMA MOLÉCULA NOMES IGUAIS H3C k CH l CH2 propeno Veja agora exemplos com uma liga ção tri pla e também exemplos com mais de uma ligação dupla: HC m C k CH3 propino HC m C k CH2 k CH3 but-1-ino H3C k C m C k CH3 but-2-ino Numeração correta 4 3 2 1 H3C k CH2 k CH l CH2 but-1- eno 1 2 3 4 Numeração incorreta Extremidade mais próxima da insaturação Para o but-1-e no, o nome but-3-e no é con si de ra do incor re to, pois, de acor do com a regra, a nume ra ção t eria c ome ça do p ela e xtre mi da de e rra da. Fique ligado! Nomes antigos estão por aí! As regras de nomenclatura apresentadas neste livro encontram-se atualizadas com as reco- mendações da IUPAC. No entanto, em algumas publicações e alguns exames vestibulares, os nomes de certos compostos orgânicos ainda seguem recomendações anteriores da IUPAC. Por exemplo, em vez das grafias but-1-eno, but-2-eno, pent-1-ino e hex-3-ino, é comum encontrarmos 1-buteno, 2-buteno, 1-pentino e 3-hexino, pois a recomendação anterior da IUPAC era para que se colocasse o número antes do nome. Tenha isso em mente ao consultar outras publicações e, sobretudo, ao resolver exercícios de vestibular. ciclo-butanoou H2C CH2 H2C CH2 ou ciclo-penteno H C CH2H2C H2C CH Quando uma molé cu la apre sen ta cadeia cícli ca, deve mos acres cen tar o prefixo ciclo- antes do nome: R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 1 Introdução à Química dos compostos de carbono 37 mesma molécula escrita de modos diferentes no papel ou ou ou ou 1 2 3 4 5 6 ciclohexa1,3dieno 1 2 3 cicloocta1,4dieno 4 56 7 8 Note que, no caso do ciclopen te no, não há neces si da de de indi car a posi ção da dupla liga ção por meio de um núme ro. Em casos como os seguin tes, é neces sá rio loca li zar as duplas liga ções. A nume ra ção deve ser feita de modo que as insa tu ra ções sejam repre sen ta das com os meno res núme ros pos sí veis. este LiVrO e As regrAs dA iUpAC A sigla ingle sa IUPAC sig ni fi ca União Internacional de Química Pura e Aplicada. Sua pri mei ra reu nião visan do tra tar a ques tão da nomen cla tu ra orgâ ni ca acon te ceu em 1892, em Genebra (Suíça). Desde então, as regras da nomenclatura sistemática (isto é, seguindo um sistema lógico) de compostos orgânicos vêm sendo continuamente aprimoradas. Tais regras são muito abrangentes e, por vezes, de uso complexo em consequência das enormes variações possíveis em estruturas orgânicas. Este livro emprega as regras mais recentes de nomenclatura da iUpAC. Contudo, três alertas devem ser feitos. Primeiramente, em muitos casos, a IUPAC aceita mais de uma sistemática de nomencla tura. Por isso, um mesmo composto pode ter mais de um nome sistemático iUpAC. Mas, para evitar ambiguidade, um nome iUpAC jamais pode corresponder a dois ou mais compostos diferentes. Em segundo lugar, na Química Orgânica há muitos casos de compostos que recebem no- mes triviais (nomes não sistemáticos). Mais de um século após a primeira reunião da IUPAC visando à unificação das regras de nomenclatura orgânica, muitos deles ainda persistem. Sempre que os julgarmos importantes, serão citados. Graças ao amplo uso e aceitação, alguns nomes triviais são aceitos pela iUpAC. Em terceiro lugar, devemos ressaltar que os enunciados de exercícios de vestibular nem sempre seguem rigorosamente as regras da IUPAC. b Publicações normatizando a nomenclatura orgânica. R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . r e P r o d u ç Ã o 38 O etiLeNO O mais simples dos alcenos é o eteno, trivialmen te chamado de etileno (nome não reconhecido pela IUPAC para esse composto). Ele é uma das substâncias orgânicas mais im portantes para as indústrias químicas e é obtido do pe tróleo, principalmente como subproduto do craqueamento catalítico e de outros procedimentos envolvendo o processa mento petroquímico. O etileno ocorre em pequena quantidade na na tureza, sendo liberado por certas plantas e atuando como hormônio vegetal responsável, entre outras coisas, pelo amadurecimento de frutos. Fruticultores se aproveitam dessa propriedade do etileno. Eles podem apanhar frutos ainda verdes, transportálos sem que haja perda apreciável por apodrecimento e forçar a maturação submetendoos a um ambiente contendo o gás. Os dois tomates estavam igualmente verdes quando c foram colocados nesses frascos. E a banana estava madura. O eteno desprendido pela banana acelerou não só o início do apodrecimento da própria banana, como também o amadurecimento do tomate que está no mesmo frasco. m Bananas produzem e liberam eteno m Modelo molecular do eteno. (Cores fantasiosas, fora de proporção.) b Soldador utilizando um maçarico de oxiacetileno. Campinas, SP, 2006. m Modelo molecular do etino. (Cores fantasiosas, fora de proporção.) O ACetiLeNO O mais simples dos alcinos é o etino, conhecido pelo nome trivial de acetileno (aceito pela IUPAC). O acetileno possui largas aplicações. Pode ser utilizado como combustível nos chamados ma- çaricos de oxiacetileno, uma vez que sua chama é extremamente quente (3.000 °C). (Esses maçaricos destinamse a soldar ferragens ou cortar chapas metálicas.) O acetileno não deve ser armazenado puro sob pressão, pois pode explodir quando comprimido. Costuma ser guardado em tambores, dissolvido em acetona, sendo esse método de estocagem mais seguro. Sob o ponto de vista industrial, o acetileno constitui uma das mais importantes matérias primas. A partir dele podese obter grande variedade de outros compostos usados para fabricar plásticos, tintas, adesivos, fibras têxteis etc. R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . ia ra v en an zi /k in o s é r g io d o tt a j r ./c id m a r c o s P e r o n /k in o il u s tr a ç Ã o d o s a u to r e s il u s tr a ç Ã o d o s a u to r e s