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Home > Ciclos da Medicina > Deficiência de GH: tipos, quadro clínico, diagnóstico e tratamento | Colunistas
Deficiência de GH: tipos, quadro clínico, diagnóstico e
tratamento | Colunistas
Introdução
O GH, conhecido como hormônio do crescimento, é composto por uma grande mistura de moléculas
heterogêneas, e sua forma predominante é resultado da junção de 191 aminoácidos, possuindo peso
molecular de aproximadamente 22 kDa. O GH possui sua produção originalizada nos somatotrofos
hipo�sários, mais especi�camente na região anterior, constituindo o principal hormônio produzido
pela hipó�se. O hormônio do crescimento possui sua liberação in�uenciada pelo hormônio liberador
do hormônio do crescimento (GHRH) e pela somatostatina (SS), ambos são produzidos no
hipotálamo, in�uenciados por variados fatores sistêmicos e corticais.
O GH possui como principal função o crescimento do corpo. Isso acontece porque esse hormônio é
responsável por estimular a produção e liberação do fator de crescimento insulina-símile tipo 1 (IGF-
1), proteína que possui ação fundamental no crescimento corporal, desenvolvimento da musculatura
e controle dos índices de glicose presentes no sangue.
De uma maneira geral, a de�ciência de GH (DGH) é manifestada por meio de variadas formas, como a
diminuição da estatura corporal, desenvolvimento diminuído da massa muscular, aumento da gordura
corporal, principalmente na região abdominal, osteopenia e dislipidemia, podendo também ser
acompanhada da diminuição de outros hormônios produzidos pela hipó�se, como o TSH, LH, FSH e
ACTH. A diminuição do hormônio do crescimento possui duas variantes principais, a congênita e a
adquirida.
Deficiência de GH congênita 
            Essa variante é mais comum em pessoas do sexo masculino, podendo ser esporádica ou com
menos frequência, familiar. Esse tipo de DGH pode ser isolada, quando ocorre apenas a diminuição
do hormônio do crescimento, ou associada, com a diminuição de outros hormônios. A principal
causa da DGH congênita é a de�ciência no hormônio GHRH, responsável pela estimulação e pela
liberação do GH.
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
https://sanarmed.com/
https://sanarmed.com/category/ciclos-da-medicina/
https://sanarmed.com/
            Com relação à DGH congênita isolada, existem 4 divisões principais, separadas de acordo com
o grau de de�ciência do hormônio e o tipo de herança genética:
Tipo IA: constitui a forma mais grave, possui padrão de herança autossômico recessivo, sendo
caracterizada pela ausência do GH endógeno. A principal causa são as deleções no gene responsável
pela expressão do GH, o GH1, que se encontra localizado no cromossomo 17q23. Por causa do defeito
do gene responsável pela produção do GH, esses indivíduos nunca sintetizaram GH, nem mesmo
durante o período fetal, logo, tornam-se intolerantes a esse hormônio, desenvolvendo anticorpos anti-
GH. O uso do GH sintético pode ajudar a prevenir a expressão desses anticorpos;
Tipo IB: é a forma mais frequente da DHG congênita, o padrão de herança é autossômico recessivo e
possui a característica de expressar níveis extremamente diminuídos de GH, mas não ausente. A
mutação que origina esse tipo acontece nos genes GH1 e GHRH-R, localizados no cromossomo 7p14.
Pacientes com esse tipo de DHG respondem muito bem à terapia com uso de GH recombinante (rhGH);
Tipo II: possui herança do tipo autossômica dominante. É resultado de mutações que proporcionam a
perda do éxon 3 do gene GH1. Não ocorre desenvolvimento de anticorpos anti-GH e respondem de
maneira satisfatória à terapia rhGH;
Tipo III: é forma mais rara da DGH congênita, possui herança genética ligada ao X. Em alguns casos,
possui relação com a agamaglobulinemia.
Quando a DGH é manifestada associada à diminuição de outros hormônios hipo�sários, a causa é
secundária, ou seja, as alterações genéticas não acontecem nos genes responsáveis diretamente
pela produção do GH, como o GH1, mas sim em genes responsáveis pela expressão dos fatores de
transcrição. Um dos principais fatores de transcrição acometidos é o Pit-1, caracterizado por ser
restrito à hipó�se, e sua diminuição é o resultado de alterações genéticas no gene PROP-1. Mutações
no gene PROP-1 causam diminuição da expressão de GH, prolactina, TSH e gonadotro�nas.
Deficiência de GH adquirida
            A de�ciência de GH adquirida é encontrada principalmente em crianças com algum tipo de
patologia que envolva a região hipotalâmica-hipo�sária. Dentre essas patologias, destacam-se os
tumores, sarcoidose, granulomatose de Wegener e histiocitose X.
Quadro clínico
            As manifestações clínicas encontradas na DGH vão depender da idade de início, etiologia e
intensidade da de�ciência do hormônio. Quando a DGH é congênita, geralmente, o peso e a altura são
normais ao nascimento. Contudo, com o avançar dos primeiros anos de vida, a velocidade de
crescimento diminui, ocasionando a baixa estatura proporcional para aquela idade, apresentando
retardo do desenvolvimento ósseo. Essas crianças com DGH costumam possuir metade da estatura
média em relação a altura normal.
            Os principais achados da DGH grave congênita é a diminuição da mandíbula, fronte
proeminente, base do nariz achatada e face arredonda, uma condição conhecida como “face de anjo
querubim” ou “face de boneca”. O pênis menor com comprimento menor que 2 cm (microfalia)
também é um achado comum, principalmente quando a de�ciência do GH é acompanhada da
diminuição de gonadotro�nas. Di�culdade no desenvolvimento dos dentes, acúmulo de gordura,
sobretudo no tronco, e retardo da puberdade também podem ser encontrados em pacientes com
DGH.
Diagnóstico
Dosagem de GH
            Uma das melhores maneiras de diagnosticar a de�ciência de GH é por meio da avaliação do
sistema GH-IGF-1, realizada por meio da dosagem do GH. Devido à característica pulsátil de secreção
do GH, a avaliação da produção desse hormônio pela hipó�se pode ser di�cultada. Dessa forma, é
necessário que a dosagem seja realizada em momentos em que o pico de secreção é máximo. Para
isso, é preferível que a dosagem ocorra após estímulos �siológicos, como o exercício, jejum ou sono,
ou meios farmacológicos, como a insulina, glucagon, clonidina e arginina. Após esses estímulos,
naturalmente ocorre grande liberação de GH, logo, se isso não ocorrer, é um resultado indicativo de
DGH.
            Os testes realizados após estímulos são geralmente divididos em dois grupos: os testes de
triagem, que usam como estímulos o exercício, jejum, levodopa e clonidina, caracterizados por serem
de fácil administração, baixa toxidade e baixo risco; e o segundo grupo corresponde aos testes
de�nitivos, realizados por meio dos estímulos com arginina, insulina e glucagon. Para que o
diagnóstico seja encontrado da maneira mais segura possível, é recomendada a realização de um
teste de triagem e um teste de�nitivo.
Exames de imagem
            Uma vez que o diagnóstico de DGH é con�rmado, na grande maioria dos casos é indicada a
realização de um exame de imagem na região hipotálamo-hipo�sária, preferencialmente uma
ressonância magnética. Ressonância magnética é importante porque é capaz de demonstrar lesões
in�amatórias, tumorais ou congênitas, das quais as principais são o craniofaringioma e a hidrocefalia
congênita.
            Em pacientes acometidos com DGH sem a presença de tumor, por meio da ressonância
magnética, podem ser detectados os seguintes achados: hipó�se aparentemente normal, hipoplásica
ou pequena, sela vazia, agenesia parcial ou completa da haste hipo�sária e hipoplasia hipo�sária
associada à neurohipó�se ectópica.
6. Tratamento
            O tratamento para de�ciência de GH é relativamente simples, sendo realizado por meio da
suplementação do GH recombinante e, se necessário, reposição de outro hormônio que teve sua
liberação suprimida. As doses variam de acordo com a idade, peso e altura do paciente, sendo
também levado em consideração o grau de de�ciência do hormônio.

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