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Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos
Matéria – Direito Constitucional Artigos
Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º
Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Estudaremos agora o famoso artigo 5º da Constituição Federal.
Este artigo possui 79 incisos* e quatro parágrafos.
Há inúmeras formas de se passar este conteúdo, por vezes por
divisão de direitos e remédios, ou misturando os assuntos ou até
mesmo de forma direta do inciso I ao LXXIX.
Faremos de forma direta!
*Em 2022 – com a EC 115 tivemos acréscimo do inciso LXXIX ao art. 5º 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 Súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem
direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a
preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder
Público, da cláusula constitucional do due process.
 O estrangeiro que se encontra no Brasil pode impetrar habeas
corpus, mesmo não residindo no País.
 O direito de propriedade é garantido ao estrangeiro não
residente.
 Titular de direitos: Pessoas físicas, jurídicas e o próprio Estado
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a condição de
estrangeiro residente no Brasil não impede o recebimento do
Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) às pessoas com deficiência e
aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou ter o sustento provido por sua família, desde que
atendidos os requisitos necessários para a concessão
 Direito de continuar vivo
 Ter uma vida digna. Vida não é direito absoluto. Pena de morte
 Princípio da dignidade da pessoa humana
 O direito à vida não abrange apenas a vida extrauterina, mas
também a vida intrauterina
 Células-tronco: é legítima e não ofende o direito à vida nem,
tampouco, a dignidade da pessoa humana, a realização de
pesquisas com células-tronco embrionárias, obtidas de embriões
humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados neste
procedimento
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
STF sobre o tema: “O princípio da isonomia, que se reveste de
autoaplicabilidade, não é - enquanto postulado fundamental de nossa ordem
político-jurídica - suscetível de regulamentação ou de complementação
normativa. Esse princípio - cuja observância vincula, incondicionalmente,
todas as manifestações do Poder Público - deve ser considerado, em sua
precípua função de obstar discriminações e de extinguir privilégios (RDA
55/114), sob duplo aspecto: (a) o da igualdade na lei e (b) o da igualdade
perante a lei. A igualdade na lei - que opera numa fase de generalidade
puramente abstrata - constitui exigência destinada ao legislador que, no
processo de sua formação, nela não poderá incluir fatores de discriminação,
responsáveis pela ruptura da ordem isonômica. A igualdade perante a lei,
contudo, pressupondo lei já elaborada, traduz imposição destinada aos
demais poderes estatais, que, na aplicação da norma legal, não poderão
subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Ações afirmativas
 Reserva de vagas em universidades públicas para negros e índios
 Cotas raciais em concursos públicos
 Igualdade material (Lei Maria da penha – Cotas)
 Limite de idade em concursos
 Concursos apenas para mulheres
 Transgêneros e o direito de alteração do nome e do gênero (sexo)
diretamente no registro civil, independentemente da realização de
cirurgia de transgenitalização ou de tratamento hormonal
 Igualdade material – substancial.
deve-se tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de
maneira desigual
Comentários 
 Parte-se do pressuposto de que a lei é elaborada para
discriminar situações a fim de que, com isto, se possa atingir a
igualdade entre as pessoas. Exemplo disso é a Lei nº
1.060/1950, que estabelece a gratuidade processual apenas
para pessoas pobres. Ao assim dispor, contudo, a lei garante que
estas pessoas tenham amplo acesso à justiça, tais quais aqueles
que têm dinheiro.
 Desta forma, para saber se uma lei viola ou não o princípio da
isonomia, deve-se verificar se existe uma correlação lógica entre
o critério de discriminação e o fato que se pretende regular.
Sempre que não houver tal correlação, a norma terá violado a
isonomia.
Comentários 
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 Altura mínima concurso
 Idade
 Ações afirmativas - Cotas, Maria da Penha, Lei 12.990/2014, Prouni
José Afonso da Silva faz uma relevante distinção de igualdade na lei e
igualdade perante a lei: “A igualdade perante a lei corresponde a obrigação
de aplicar as normas jurídicas gerais aos casos concretos, na
conformidade como o que eles estabelecem, mesmo se delas resultar uma
discriminação, o que caracteriza a isonomia puramente formal, enquanto a
igualdade na lei exige que, nas normas jurídicas, não haja distinções que
não sejam autorizadas pela própria constituição. Enfim, segundo a
doutrina, a igualdade perante a lei seria uma exigência feita a todos
aqueles que aplicam as normas jurídicas gerais aos casos concretos, ao
passo que a igualdade na lei seria uma exigência dirigida tanto àqueles
que criam as normas jurídicas gerais como àqueles que as aplicam aos
casos concretos”.
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12556
Comentários 
Ninguém será
obrigado a
EM 
VIRTUDE 
DE LEI;
1) fazer
2) ou deixar de fazer
alguma coisa
SENÃO
SÃO 
IGUAIS 
EM
Homens e
Mulheres
Nos TERMOS
desta 
CONSTITUIÇÃO
1) Direitos e
2) Obrigações
Norma de EFICÁCIA PLENA
e de aplicabilidade 
IMEDIATA
Art. 5º, I
Art. 5º, II
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
FCC - TRT - 6ª Região - Analista Judiciário 
O princípio constitucional, relacionado aos direitos fundamentais, que
embasa a "Lei Maria da Penha", permitindo que a mulher receba um
tratamento jurídico preferencial em relação ao homem nas situações
de violência doméstica e familiar, é o da
A) Função social da propriedade.
B) Liberdade individual.
C) Igualdade material.
D) Inviolabilidade domiciliar.
E) Segurança jurídica.
FCC - TRT - 6ª Região - Analista Judiciário 
O princípio constitucional, relacionado aos direitos fundamentais, que
embasa a "Lei Maria da Penha", permitindo que a mulher receba um
tratamento jurídico preferencial em relação ao homem nas situações
de violência doméstica e familiar, é o da
A) Função social da propriedade.
B) Liberdade individual.
C) Igualdade material.
D) Inviolabilidade domiciliar.
E) Segurança jurídica.
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ADI 4.424 / DF
A Lei Maria da Penha reflete, na realidade brasileira, um panorama
moderno de igualdade material, sob a ótica neoconstitucionalista que
inspirou a Carta de Outubro de 1988 teórica, ideológica e
metodologicamente. A desigualdade que o diploma legal visa a combater
foi muito bem demonstrada na exposição de motivos elaborada pela
Secretaria de Proteção à Mulher:
FCC - TRT - 6ª Região - Analista Judiciário Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
Legalidade Reserva legal:
não somente a lei em sentido estrito,
mas todo e qualquer ato normativo
estatal, até mesmo atos infralegais.
Sentido mais amplo
Constituição exige expressamente
que determinada matéria seja
regulada por lei formal ou atos comforça de lei. Sentido mais restrito
reserva legal absoluta - a norma constitucional exige, para sua integral
regulamentação, a edição de lei formal – Não há espaço para ato infralegal
reserva legal relativa - CF vai exigir lei formal, fixando apenas
parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá
complementá-la por ato infralegal.
reserva legal simples - exige lei formal para dispor sobre determinada
matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato
reserva legal qualificada - exige lei formal para dispor sobre determinada
matéria e define o conteúdo da lei e a finalidade do ato
Cespe – 2017 - Procurador do Município
O princípio da legalidade diferencia-se do da reserva legal: o
primeiro pressupõe a submissão e o respeito à lei e aos atos
normativos em geral; o segundo consiste na necessidade de a
regulamentação de determinadas matérias ser feita
necessariamente por lei formal. (CERTO)
FCC – Pref. Caruaru – PE - Procurador do Município
Em relação ao princípio da legalidade, a Administração Pública não
é obrigada a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei. (ERRADO).
*Aqui um comentário: A doutrina ensina que “ “Na Administração
Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto ao
particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração
Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”.
MPDFT - Promotor de Justiça
I. O princípio da legalidade significa dizer que ninguém será
obrigado a fazer, ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei
(CERTO).
II. Segundo o princípio da reserva legal algumas matérias somente
podem ser regulamentadas por lei, daí falar-se em reserva legal
simples e qualificada, que significa valer-se da lei ordinária, quando
simples, e da lei complementar, quando qualificada (ERRADO).
*Aqui um comentário: Não depender de lei ordinária ou
complementar que a faz RESERVADA QUALIFICADA – que
sabemos - a CF vai autorizar a restrição e já estabelece o que a lei
fará.
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CESPE / CEBRASPE - TJ-DFT - Juiz
A reserva legal estabelecida para a inviolabilidade das
comunicações telefônicas é classificada como simples, e para a
identificação criminal reserva qualificada. (ERRADO).
*Aqui um comentário:
Na Reserva legal simples: a Constituição se limita a autorizar a
intervenção legislativa sem fazer qualquer exigência quanto ao
conteúdo ou à finalidade da lei. Por exemplo: Identificação criminal
Art 5º, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. Já a
Reserva legal qualificada: as condições para a restrição vêm fixadas
na Constituição, que estabelece os fins a serem perseguidos e os
meios a serem utilizados. Exemplo: Art 5º, XII - é inviolável o sigilo
da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
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III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
Importantíssimo conhecer a súmula vinculante 11:
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e
de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo
da responsabilidade civil do Estado.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
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V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
A Lei 13.188/2015 regulamenta o tema: Dispõe sobre o direito de resposta ou
retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por
veículo de comunicação social.
Na esfera Eleitoral, bom lembrar que o Artigo 243 do Código Eleitoral diz
que:
§ 3º É assegurado o direito de resposta a quem for injuriado, difamado ou
caluniado através da imprensa, rádio, televisão ou alto‐falante, aplicando‐se, no
que couber, os arts. 90 e 96 da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962.
A Lei 9.504/97, artigo 58 diz:
A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de
resposta a candidato, partido ou coligação atingidos, ainda que de forma
indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou
sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
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VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
 Liberdade em ter uma religião ou seita, para mudar de religião, ou para
não ter religião alguma.
 Direito de ser ateu / agnóstico.
 CF - imunidade tributária para templos religiosos, inclusive quando
ociosos ou alugados a terceiros, desde que
 o valor dos alugueis seja aplicado nas atividades para as quais se
destinam - Súmula Vinculante 52: “Ainda quando alugado a terceiros,
permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das
entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais
entidades foram constituídas”
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 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
Preâmbulo – “...promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”
Brasil é LAICO, e não laicista
STF: O Supremo Tribunal Federal garantiu um ensino confessional,
ministrado por um professor religioso, em escolas públicas. O Tribunal
entendeu não haver qualquer ofensa à liberdade de crença e à laicidade
do Estado porque ninguém está obrigado a fazer sua matrícula na
disciplina.
IPAD - Pref. de Recife – PE - Agente de Seg.
IPAD - Pref. de Recife – PE - Agente de Seg.
O Estado laico não afasta a possibilidade do Brasil manter com
representantes da igreja católica a colaboração que seja do
interesse público da nação. (CERTO)
Por força da exigência constitucional de um Estado laico, é vedada
a assistência religiosa em entidades civis ou militares de internação
coletiva. (ERRADO). Comentário: Artigo 5º, VII - é assegurada, nos
termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
NINGUÉM será
privado de direitos
por motivo de
SALVO SE
1) crença religiosa
2) ou de convicção filosófica
3) ou política 
2) recusar-se a cumprir PRESTAÇÃO
ALTERNATIVA, fixada em LEI;
1) as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta
E
Norma de EFICÁCIA CONTIDA
ou conteúdo restringível
Art. 5º, VIII
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Escusa de consciência
 Caso haja ainda a negativa de cumprimento do serviço
alternativo - aplicar artigo 15 (Art. 15. É vedada a cassação de
direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de...IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
 Pode gerar cassação, suspensão ou perda dos direitos
políticos?
 CPP - Art. 438. A recusaao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de
prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos
políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 FCC considerou correta a seguinte frase em 2018:
 Por razões de convicção política e filosófica, determinado
indivíduo, brasileiro nato, de 21 anos, recusa-se a prestar
serviço como jurado, para o qual havia sido convocado pelos
órgãos competentes da Justiça, assim como deixa de votar
nas eleições para Prefeito e Vereador do Município em que
reside, realizadas em turno único. Nessas hipóteses, à luz
da Constituição Federal, ambas as condutas são
admissíveis, ficando o indivíduo sujeito à suspensão de seus
direitos políticos apenas na hipótese de recusar-se
igualmente ao cumprimento de prestação alternativa, fixada
em lei.
 Normalmente, em Direito Constitucional, em sua maioria,
considera-se hipótese de PERDA. Já o Direito
Eleitoral considera hipótese de SUSPENSÃO. Evitarão a
celeuma em provas!
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IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica
e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
STF - autorizou a produção de conteúdo humorístico no período
eleitoral. “A liberdade de imprensa assim abrangentemente livre
não é de sofrer constrições em período eleitoral. Ela é plena em
todo o tempo, lugar e circunstâncias. Tanto em período não-
eleitoral, portanto, quanto em período de eleições gerais. (...)
Sabido que é precisamente em período eleitoral que a sociedade
civil em geral e os eleitores em particular mais necessitam da
liberdade de imprensa e dos respectivos profissionais.”
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Em geral, tenho dado prevalência, quando do conflito entre direitos,
à liberdade de expressão. No entanto, este não é o caso. O Estado
deve tomar muita cautela para não tolher manifestações,
notadamente de parlamentares. Parlamentares são a manifestação
concreta do resultado das eleições e bem por isso deve-se tomar
muita cautela ao analisar suas manifestações.(Deputado Otoni de
Paula é condenado a indenizar ministro Alexandre de Moraes –
Trecho da sentença)
STF - “inexigível o consentimento de pessoa biografada
relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo
por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como
coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas
falecidas)”.
Lembrando que a inexigibilidade do consentimento não exclui a
possibilidade de indenização em virtude de dano material ou moral.
A CASA é asilo
inviolável do
indivíduo, ninguém
nela podendo
penetrar, SALVO
5) ou, DURANTE
O DIA
1) consentimento do MORADOR
2) flagrante delito
3) desastre
4) para prestar socorro
POR 
DETERMINAÇÃO 
JUDICIAL;
Art. 5º, XI
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 Abarca escritórios profissionais, consultórios, estabelecimentos
comerciais e industriais, hotéis, motéis, barcos, trailer, entre outros
casos
 O ambiente não poderá ser aberto a terceiros
 Crime permanente – entorpecentes numa casa, por exemplo, para
tráfico
 Escritório de advocacia - advogado é o investigado (STF) – Observar
quem são os investigados.
 A entrada à noite, em escritório de advocacia, mediante ordem
judicial, para instalação de equipamento de escuta ambiental, quando
o advogado é suspeito da prática de crime – é possível .
 STF - O atributo da autoexecutoriedade dos atos administrativos não
prevalece sobre a garantia constitucional da inviolabilidade domiciliar,
ainda que se cuide de atividade exercida pelo Poder Público em sede
de fiscalização tributária.
 STF – Lei MEDIDAS DE CONTENÇÃO DAS DOENÇAS CAUSADAS
PELO AEDES AEGYPTI X Casa
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 STF: “nem a Polícia Judiciária e nem a administração tributária
podem, afrontando direitos assegurados pela Constituição da
República, invadir domicílio alheio com o objetivo de apreender,
durante o período diurno, e sem ordem judicial, quaisquer objetos que
possam interessar ao Poder Público”
 STF - O ministro Teori Zavascki explicou [...] A única exceção ocorre 
quando o veículo é destinado à habitação do indivíduo, no caso de 
trailers, cabines de caminhão, barcos, entre outros, quando se 
inserem no conceito jurídico de domicílio, necessitando de 
autorização judicial. (RHC 117767). 
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O caminhão é instrumento de trabalho do motorista, assim
como, mutatis mutandis, a espátula serve ao artesão. Portanto, não
pode ser considerado extensão de sua residência, nem local de seu
trabalho, mas apenas um meio físico para se chegar ao fim laboral.
 Arma de fogo apreendida no interior da boleia do caminhão tipifica o
delito de porte ilegal de arma
 Conceito de dia:
Na doutrina há entendimento diverso: Uns diziam que seria entre as
06:00h e as 18:00h, já outros, usando critério físico-astronômico (entre
a aurora e o crepúsculo). Interessante observar que a LEI Nº 13.869,
DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 destaca que o mandado só poderia ser
cumprido entre 5h até as 21h (Artigo 22, III).
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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal;
 Não há direito absoluto no ordenamento jurídico brasileiro.
 STF entende que a administração penitenciária poderia proceder à
interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados,
pois cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode
constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.
 STF Serendipidade - Serendipidade é o encontro fortuito de prova
relacionada a fato diverso daquele que está sendo investigado.
Doutrinariamente, é também denominada de crime achado e
consiste na obtenção casual de elemento probatório de um crime
no curso da investigação de outro (https://www.conjur.com.br/2021-
mai-20/fernando-capez-serendipidade-encontro-fortuito-prova)
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• STF: "Nas interceptações telefônicas validamente determinadas
é passível a ocorrência da serendipidade, pela qual, de forma
fortuita, são descobertos delitos que não eram objetos da
investigação originária. Precedentes: HC 106.152, Primeira
Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 24/05/2016 e HC
128.102, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de
23/06/2016"
É livre o
exercício de
qualquer 3) Profissão
atendidas as 
qualificações 
profissionais QUE A
LEI
ESTABELECER;
1) Trabalho
2) Ofício ou 
2) e resguardado
o sigilo da fonte,
É assegurado
a todos QUANDO 
NECESSÁRIO AO 
EXERCÍCIO 
PROFISSIONAL;
1) o acesso à informação
Norma de eficácia contida ou 
conteúdo restringível
Art. 5º, XIII
Art. 5º, XIV
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
VUNESP- TJ-SP – Escrevente - 2017
 Regra é a liberdade.
 Quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida
inscrição em conselho de fiscalização profissional. Por exemplo:
atividade de músico não exige controle.
 STF considerou constitucional o exame da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
 STF: considerou que a exigência de diploma de jornalismo e de
registro profissional no Ministério do Trabalho não são condições parao exercício da profissão de jornalista.
João é ex-jogador de futebol e, embora não graduado em Educação Física,
é treinador e monitor de uma escola de futebol. João não tem registro no
Conselho Regional de Educação Física – CREF e está sendo compelido,
pelo Conselho Regional de sua cidade, a ter registro em seus quadros. O
advogado de João explicou-lhe corretamente que, nos termos da Cons-
tituição Federal,seu registro nos quadros do CREF será obrigatório caso
haja lei que imponha essa obrigatoriedade, não sendo suficiente norma
interna do CREF a respeito.(CERTO)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
 Assegura o direito de acesso à informação
 Protege os jornalistas (não precisam revelar sua fonte)
 Caso haja lesão pela informação –jornalista responderá.
 A liberdade de imprensa não resguarda o anonimato
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz,
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
 Não é direito absoluto
 É possível restringir a circulação no território nacional, em
tempos de estado de sítio ou estado de defesa.
 A depender do caso será cabível habeas corpus
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XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente
 Dir individual, mas de expressão coletiva
 Marcha da Maconha: STF – é possível até para defender a legalização
de drogas. O que não se permite incitação, o incentivo ou estímulo ao
consumo de entorpecentes durante o evento.
 STF: Fachin ainda propôs a seguinte tese: "A exigência constitucional de
aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a
veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que
seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra
reunião no mesmo local.” Simples falta de prévia comunicação não é
suficiente para obstar o exercício do direito – Para o STF a comunicação
prévia pode ocorrer por meio informal, sendo suficiente que a
Administração Pública tenha tomado ciência
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Cespe 2021 PRF
 Direito de reunião pressupõe eventualidade, já o direito de
associação indica continuidade.
 FGV (Prova de Advogado) afirmou que “O agrupamento de
pessoas, no direito à reunião, é obrigatoriamente transitório. / Se o
agrupamento de pessoas adotar laços duradouros, não há que se
falar em reunião, mas sim em associação”
 Vunesp (Prova de Auditor) afirmou que “Toda reunião deve ter
duração limitada, em razão de seu caráter episódico e temporário”
O aviso prévio é uma condicionante ao exercício do direito de
reunião previsto na CF: a inexistência de notificação às autoridades
competentes torna ilegal a manifestação coletiva.(ERRADO)
VUNESP - Prefeitura de Campinas - Auditor - 2019
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de reunião
assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da República.
A) É constitucional ato normativo que vede a utilização de objetos e
aparelhos sonoros em reunião, por aplicação do princípio da
proporcionalidade.
B) O direito de reunião pode ser qualificado como uma garantia
coletiva, mas não como um direito individual.
C) O direito de reunião compreende o direito de organizá-la e de
convocá-la, mediante prévia autorização da autoridade
competente.
D) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de seu caráter
episódico e temporário.
E) A reunião pressupõe finalidade lícita e pacífica, razão pela qual
o fato de alguma pessoa estar portando arma é motivo para sua
dissolução.
fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de
reunião assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da
República.
A)É constitucional ato normativo que vede a utilização de
objetos e aparelhos sonoros em reunião, por aplicação do
princípio da proporcionalidade.
O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a
proibição de manifestações no centro de Brasília. Por
unanimidade, os ministros derrubaram o Decreto Distrital
20.007/99, que proibiu “a realização de manifestação
pública, com a utilização de carros aparelhados e objetos
sonoros na Praça dos Três Poderes, Esplanada dos
Ministérios, Praça do Buriti e vias
adjacentes”.(https://www.conjur.com.br/2007-jun-28/supremo_garante_direito_manifestacao_brasilia)
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fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de
reunião assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da
República.
B) O direito de reunião pode ser qualificado como uma
garantia coletiva, mas não como um direito individual.
Já dissemos que o direito de reunião constitui direito
pessoal, mas o exercício ocorre de forma coletiva.
fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de
reunião assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da
República.
C) O direito de reunião compreende o direito de organizá-la
e de convocá-la, mediante prévia autorização da
autoridade competente.
Independe de prévia autorização.
fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de
reunião assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da
República.
D) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de
seu caráter episódico e temporário.
Alexandre de Moraes, em seu clássico livro de Direito
Constitucional, ensina que “São elementos da reunião:
pluralidade de participantes, tempo, finalidade e lugar:
•Pluralidade de participantes: a reunião é considerada
forma de ação coletiva.
•Tempo: toda reunião deve ter duração limitada, em virtude
de seu caráter temporário e episódico.
fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de reunião
assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da República.
D) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de seu
caráter episódico e temporário.
•Finalidade: a reunião pressupõe a organização de um encontro
com propósito determinado, finalidade lícita, pacífica e sem
armas. Anote-se, porém, como lembra Celso de Mello, que não
será motivo para dissolução da reunião o fato de alguma pessoa
estar portando arma. Nesses casos, deverá a polícia desarmar
ou afastar tal pessoa, prosseguindo-se a reunião, normalmente,
com os demais participantes que não estejam armados.
•Lugar: a reunião deverá ser realizada em local delimitado, em
área certa, mesmo que seja um percurso móvel, desde que
predeterminada. Assim, as passeatas, os comícios, os desfiles
estão englobados no direito de reunião, sujeitando-se, tão
somente, aos requisitos constitucionais, da mesma forma que os
cortejos e banquetes com índole política.
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fundamentação
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de reunião
assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da República.
E) A reunião pressupõe finalidade lícita e pacífica, razão pela qual
o fato de alguma pessoa estar portando arma é motivo para sua
dissolução.
Celso de Mello / STF: não será motivo para dissolução da
reunião o fato de alguma pessoa estar portando arma.
Nesses casos, deverá a Polícia desarmar ou afastar tal
pessoa, prosseguindo-se a reunião, normalmente, com os
demais participantes que não estejam armados;
VUNESP - Prefeitura de Campinas - Auditor - 2019
Assinale a alternativa correta com relação ao direito de reunião
assegurado pelo art. 5°, XVI, da Constituição da República.
A) É constitucional ato normativo que vede a utilização de objetos e
aparelhos sonoros em reunião, por aplicação do princípio da
proporcionalidade.
B) O direito de reuniãopode ser qualificado como uma garantia
coletiva, mas não como um direito individual.
C) O direito de reunião compreende o direito de organizá-la e de
convocá-la, mediante prévia autorização da autoridade
competente.
D) Toda reunião deve ter duração limitada, em razão de seu
caráter episódico e temporário.
E) A reunião pressupõe finalidade lícita e pacífica, razão pela qual
o fato de alguma pessoa estar portando arma é motivo para sua
dissolução.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a
de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial
ou extrajudicialmente;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Representação Processual e Substituição Processual
 Na representação processual, o representante não age como parte
do processo; ele apenas atua em nome da parte, a pessoa
representada. Aqui precisará de autorização expressa do
representado.
 No que se refere à substituição processual, o substituto é parte do
processo, agindo em nome próprio na salvaguarda de direito alheio.
 Aqui > XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial
ou extrajudicialmente; é caso de REPRESENTAÇÃO
PROCESSUAL
 Já substituição – veja FCC (Prova de Procurador) - É legitimado,
em substituição processual, para a propositura do Mandado de
Segurança Coletivo, o partido político com representação no
Congresso Nacional, exigindo-se somente a existência de, no
mínimo, um parlamentar filiado, em qualquer das Casas
Legislativas.
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AS ASSOCIAÇÕES SÓ PODERÃO SER
2) ou ter suas atividades 
SUSPENSAS
EXIGE-SE TRÂNSITO EM 
JULGADO;
1) compulsoriamente 
DISSOLVIDAS
POR DECISÃO JUDICIAL POR DECISÃO JUDICIAL
Art. 5º, XIX
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
 Titularidade de bem móvel ou imóvel; corpóreo ou incorpóreo;
público ou privado.
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
• Nem toda desapropriação será desta forma. (ver artigos 182 e
seguintes) – Por exemplo – (desapropriação com pagamento
mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez
anos)
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre
...
II - desapropriação;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Não confundir com Expropriação:
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do
País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei
serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas
de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no
que couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da
lei.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano;
 Requisição administrativa. Aqui a propriedade particular não é
transferida ao Estado
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde
que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
 STF - Repercussão geral reconhecida com mérito julgado. É
impenhorável a pequena propriedade rural familiar constituída
de mais de 01 (um) terreno, desde que contínuos e com área
total inferior a 04 (quatro) módulos fiscais do município de
localização. [ARE 1.038.507, rel. min. Edson Fachin, j. 21-12-2020, P, DJE de 15-3-2021. Tema 961.]
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que
a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às
respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais,
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Controle concentrado de constitucionalidade - O direito autoral
é um conjunto de prerrogativas que são conferidas por lei à pessoa
física ou jurídica que cria alguma obra intelectual, dentre as quais se
destaca o direito exclusivo do autor à utilização, à publicação ou à
reprodução de suas obras, como corolário do direito de propriedade
intelectual (art. 5º, XXII e XXVII, da Constituição Federal). In casu, a
Lei 92/2010 do Estado do Amazonas estabeleceu a gratuidade para a
execução pública de obras musicais e literomusicais e de fonogramas
por associações, fundações ou instituições filantrópicas e aquelas
oficialmente declaradas de utilidade pública estadual, sem fins
lucrativos. Ao estipular hipóteses em que não se aplica o recolhimento
dos valores pertinentes aos direitos autorais, fora do rol da Lei federal
9.610/1998, a lei estadual usurpou competência privativa da União e
alijou os autores das obras musicais de seu direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução das obras ou do reconhecimento
por sua criação.
[ADI 5.800, rel. min. Luiz Fux, j. 8-5-2019, P, DJE de 22-5-2019.]
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Súmula do STF – 386
"Pela execução de obra musical por artistas remunerados é devido
direito autoral, não exigível quando a orquestra for de amadores.“
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 (Altera, atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências)
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996 (Regula direitos e
obrigações relativos à propriedade industrial)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXX - é garantido o direito de herança;
 Controle concentrado de constitucionalidade - A Constituição
garante o direito de herança, mas a forma como esse direito se
exerce é matéria regulada por normas de direito privado. [ADI
1.715 MC, rel. min. Maurício Corrêa, j. 21-5-1998, P, DJ de 30-4-
2004.]
 Ver Código Civil Artigos 1.784 e seguintes
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoaldo
"de cujus";
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
 LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 (Dispõe sobre a
proteção do consumidor e dá outras providências)
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 ADCT - Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte
dias da promulgação da Constituição, elaborará código de
defesa do consumidor
 LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 (Dispõe sobre a
proteção do consumidor e dá outras providências)
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
V - defesa do consumidor;
...
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
...
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor,
a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
STF: Código de Defesa do Consumidor (CDC): contrato firmado
entre instituição financeira e seus clientes referente à caderneta de
poupança: não obstante as normas veiculadas pelo CDC alcancem
as instituições financeiras (cf. ADI 2.591, 7-6-2006, Pleno, Eros
Grau), não é possível a sua aplicação retroativa, sob pena de
violação do art. 5º, XXXVI, da CF. [RE 395.384 ED, rel. min.
Sepúlveda Pertence, j. 26-4-2007, 1ª T, DJ de 22-6-2007.]
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
(Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
Art. 37,
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
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Art. 216, § 2º da CFF de 1988: Art. 216. Constituem patrimônio
cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitem. (Vide Lei nº 12.527, de
2011).
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 (Regula o acesso a
informações previsto no inciso XXXIII - - - famosa LAI)
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Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.
Controle concentrado de constitucionalidade - A Constituição
Federal de 1988 consagrou expressamente o princípio da
publicidade como um dos vetores imprescindíveis à Administração
Pública, conferindo-lhe absoluta prioridade na gestão administrativa
e garantindo pleno acesso às informações a toda a sociedade. A
consagração constitucional de publicidade e transparência
corresponde à obrigatoriedade do Estado em fornecer as
informações solicitadas, sob pena de responsabilização política, civil
e criminal, salvo nas hipóteses constitucionais de sigilo.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
O art. 6º-B da Lei 13.979/2020, incluído pelo art. 1º da Medida
Provisória 928/2020, não estabelece situações excepcionais e
concretas impeditivas de acesso à informação, pelo contrário,
transforma a regra constitucional de publicidade e transparência em
exceção, invertendo a finalidade da proteção constitucional ao livre
acesso de informações a toda Sociedade. [ADI 6.347 MC REF, ADI
6.351 MC REF e ADI 6.353 MC REF, rel. min. Alexandre de Moraes,
j. 16-6-2020, P, DJE de 14-8-2020.]
* Tal lei - Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de
saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus
responsável pelo surto de 2019.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento
de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
 Alguns citam direito de petição e de certidão – remédios
constitucionais de índole administrativa
 Súmula vinculante 21 – Enunciado - É inconstitucional a
exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou
bens para admissibilidade de recurso administrativo.
 Uma coisa é o acesso à informação (cabe HD) e outra é a
negativa de entrega da certidão ou sua vinculação ao
pagamento de taxa. Nestes casos cabe (MS)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
STF Controle concentrado de constitucionalidade
 A Constituição da República garante aos cidadãos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a gratuidade na obtenção de certidões nas repartições
públicas, desde que ‘para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal’ (art. 5º, XXXIV, CF/88). (...) Essa garantia fundamental não
depende de concretização ou regulamentação legal, uma vez que se trata de
garantia fundamental dotada de eficácia plena e aplicabilidade imediata. O
direito à gratuidade das certidões, contido no art. 5º, XXXIV, b, da Carta Magna,
também inclui as certidões emitidas pelo Poder Judiciário, inclusive aquelas de
natureza forense. A Constituição Federal não fez qualquer ressalva com relação
às certidões judiciais, ou àquelas oriundas do Poder Judiciário. Todavia, a
gratuidade não é irrestrita, nem se mostra absoluta, pois está condicionada à
demonstração, pelo interessado, de que a certidão é solicitada para a defesa de
direitos ou o esclarecimento de situações de interesse pessoal. Essas
finalidades são presumidas quando a certidão pleiteada for concernente ao
próprio requerente, sendo desnecessária, nessa hipótese, expressa e
fundamentada demonstração dos fins e das razões do pedido. Quando o pedido
tiver como objeto interesse indireto ou de terceiros, mostra-se imprescindível a
explicitação das finalidades do requerimento. [ADI 2.259, rel. min. Dias Toffoli, j. 14-2-
2020, P, DJE de 25-3-2020.]
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito;
 Princípio da inafastabilidade de jurisdição – também aparece
Controle Jurisdicional, amplo acesso, Direito de Ação, Direito à
Tutela Jurisdicional, Direito à Jurisdição, Princípio da
Justicialidade ou da Judiciariedade.
 Não se pode criar lei com obstáculos ao direito de ação.
 Por exemplo, criar a jurisdição condicionada ou a instância
administrativa de cunho forçado, ou seja, a propositura de uma
ação judicial não pode ser vinculada ao prévio esgotamento da
via administrativa.
 Lenza ensina que “...Para ingressar (“bater às portas”) no
poder judiciário não é necessário, portanto, o prévio
esgotamento das vias administrativas”.
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Casos especiais:
1) Justiça desportiva Art. 217, § 1º O Poder Judiciário só admitirá
ações relativas à disciplina e às competições desportivas após
esgotarem-seas instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. §
2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias,
contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
2) Lei 9.507/97 (Habeas data) - Art. 8° Parágrafo único. A petição
inicial deverá ser instruída com prova: I - da recusa ao acesso às
informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; II - da
recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze
dias, sem decisão; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que
se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem
decisão.
3) Lei 11.417/2006 (súmula vinculante) Art. 7º, § 1º Contra omissão
ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será
admitido após esgotamento das vias administrativas.
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Casos especiais:
4) Outro tema interessante já enfrentado pelo STF diz respeito à
exigibilidade de prévio requerimento administrativo como condição
para o regular exercício do direito de ação, a fim de que se postule
judicialmente a concessão de benefício previdenciário. (Pedro
Lenza)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada;
 Norte aqui é SEGURANÇA JURÍDICA.
 O art. 6.º da LINDB — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/42) diz que
 Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
(Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei
vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei
nº 3.238, de 1957)
 § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular,
ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do
exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº
3.238, de 1957)
 § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de
que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de
1957).
SÚMULA VINCULANTE 1 - Ofende a garantia constitucional do ato jurídico
perfeito a decisão que, sem ponderar as circunstâncias do caso concreto,
desconsidera a validez e a eficácia de acordo constante de termo de
adesão instituído pela Lei Complementar nº 110/2001.
STF - inexistência de direito adquirido a regime jurídico instituído por lei
para os funcionários públicos
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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
 Necessidade de predeterminação do juízo competente.
 Juntamente com Artigo 5º, LIII - ninguém será processado
nem sentenciado senão pela autoridade competente. –
caracteriza princípio do juiz natural.
 Lenza, citando Nery –
Nery, em interessante estudo, caracteriza a garantia do juiz
natural como tridimensional:
• “não haverá juízo ou tribunal ad hoc, isto é, tribunal de
exceção;
• todos têm o direito de submeter-se a julgamento (civil ou
penal) por juiz competente, pré-constituído na forma da
lei;
• o juiz competente tem de ser imparcial”.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que
lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
 Ver CPP art 406 e seguintes. Bom lembrar que o Art. 447 diz: O
Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente
e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os
alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença
em cada sessão de julgamento.
 Trata-se de regra não absoluta.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Caso haja instituição de competência especial por prerrogativa
de função na própria CF - haverá afastamento da norma geral.
 Exemplos: Art. 29, X (Prefeito julgado pelo TJ); 96, III (Juízes e
Promotores — TJ).
 SÚMULA VINCULANTE 45 - A competência constitucional do
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.
Antes - SÚMULA 721 - A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO
TRIBUNAL DO JÚRI PREVALECE SOBRE O FORO POR
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDO EXCLUSIVAMENTE
PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
 Resumindo: 1) Se a prerrogativa estiver prevista na CF e não CE –
prevalece Júri. 2) Caso a prerrogativa esteja prevista na CE
(exclusivamente) – prevalece Júri. 3) Se a prerrogativa estiver prevista
na CF e na CE – prevalece – CE
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;
 Princípio da anterioridade e da legalidade
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e
liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem; (Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;
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IMPRESCRITÍVEL INAFIANÇÁVEL
Insuscetíveis 
de GRAÇA OU 
ANISTIA
Racismo
Grupos Armados
Racismo
Grupos Armados
Hediondo
Tráfico
Tortura
Terrorismo
Hediondo
Tráfico
Tortura
Terrorismo
R G A R G A
H 3 T
+
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Constitui crime de racismo os atos resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, 
etnia, religião ou procedência nacional, nos termos da Lei 7.716/1989. STF equipara injúria 
racial a crime de racismo, considerando-a imprescritível( OUT 2021)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
EXTINGUE A PUNIBILIDADE
ANISTIA GRAÇA INDULTO
A anistia atinge
todos os efeitos
penais decorrentes
da prática do crime,
referindo-se, assim, a
FATOS, e não a
pessoas.
*aplicação em crimes
políticos
A graça é o perdão
da pena de um
condenado, que se
destina a um ou mais
condenados, desde
que devidamente
individualizados.
*Individual. A graça,
modernamente conhecida como
indulto individual
O indulto é uma
forma de perdão da
pena concedido pelo
Presidente da
República.
*Coletiva
STF: Entende que não existe biologicamente distinção entre seres humanos, pois não há mais 
de uma raça. Há apenas a condição ser humano. Xenofobia, a negrofobia, a islamofobia, 
antissemitismo e etc ‐ são crimes de racismo
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
 Princípio da intranscendência / pessoalidade.
 Lei 8.112/90: Art. 122. § 3º: A obrigação de reparar o dano
estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.
 Lei 8.429/92: Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que
causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão
sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da
herança ou do patrimônio transferido. (Redação dada pela
Lei nº 14.230, de 2021)
NÃO HAVERÁ PENAS: A LEI regulará a
individualização da pena e
adotará, entre outras, as
seguintes:
1) de morte, SALVO em caso de
guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
1) Privação ou restrição da
liberdade;
2) de caráter perpétuo; 2)Multa;
3) de trabalhos forçados; 3) Perda de bens;
4) de banimento; 4) Prestação social alternativa;
5) cruéis; 5) Suspensão ou interdição de 
direitos
Art. 5º, XLVII Art. 5º, XLVI
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Súmula Vinculante 26: Progressão de regime e
inconstitucionalidade da Lei 8.072/90.
Súmula Vinculante 26: Para efeito de progressão de regime no
cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o
condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado,
a realização de exame criminológico.
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XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
 princípio da individualização
 Repercussão geral reconhecida com mérito julgado. É inconstitucional a
fixação ex lege, com base no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime
inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos
parâmetros previstos no art. 33 do CP. [ARE 1.052.700 RG, rel. min.
Edson Fachin, j. 3-11-2017, P, DJE de 1º-2-2018, Tema 972.]
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
 Súmula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar,
civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do
ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil
do Estado.
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L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº
13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Aprofundamento
Entenda a decisão do STF sobre o sistema carcerário brasileiro e o
Estado de Coisas Inconstitucional
Em que consiste o chamado "Estado de Coisas Inconstitucional"?
O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando....
- verifica-se a existência de um quadro de violação generalizada e
sistêmica de direitos fundamentais,
- causado pela inércia ou incapacidade reiterada e persistente das
autoridades públicas em modificar a conjuntura,
- de modo que apenas transformações estruturais da atuação do
Poder Público e a atuação de uma pluralidade de autoridades
podem alterar a situação inconstitucional.
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Aprofundamento
Obs: conceito baseado nas lições de Carlos Alexandre de Azevedo
Campos (O Estado de Coisas Inconstitucional e o litígio estrutural.
Disponível em: http://www.conjur.com.br/2015-set-01/carlos-campos-
estado-coisas-inconstitucional-litigio-estrutural), artigo cuja leitura se
recomenda.
Exemplo: no sistema prisional brasileiro existe um verdadeiro "Estado de
Coisas Inconstitucional". https://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-stf-sobre-o-
sistema.html
Origem
A ideia de que pode existir um Estado de Coisas Inconstitucional e que a
Suprema Corte do país pode atuar para corrigir essa situação surgiu na
Corte Constitucional da Colômbia, em 1997, com a chamada "Sentencia
de Unificación (SU)". Foi aí que primeiro se utilizou essa expressão.
Depois disso, a técnica já teria sido empregada em mais nove
oportunidades naquela Corte.
Existe também notícia de utilização da expressão pela Corte
Constitucional do Peru. https://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-stf-sobre-
o-sistema.html
Aprofundamento
O STF ainda não julgou definitivamente o mérito da ADPF, mas já apreciou
o pedido de liminar. O que a Corte decidiu?
O STF decidiu conceder, parcialmente, a medida liminar e deferiu apenas
os pedidos "b" (audiência de custódia) e "h" (liberação das verbas do
FUNPEN).
O Plenário reconheceu que no sistema prisional brasileiro realmente há
uma violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas
privativas de liberdade aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis
e desumanas.
Diante disso, o STF declarou que diversos dispositivos constitucionais,
documentos internacionais (o Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos, a Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos e Penas
Cruéis, Desumanos e Degradantes e a Convenção Americana de Direitos
Humanos) e normas infraconstitucionais estão sendo desrespeitadas.
Aprofundamento
Os cárceres brasileiros, além de não servirem à ressocialização dos
presos, fomentam o aumento da criminalidade, pois transformam pequenos
delinquentes em “monstros do crime”. A prova da ineficiência do sistema
como política de segurança pública está nas altas taxas de reincidência. E
o reincidente passa a cometer crimes ainda mais graves.
Vale ressaltar que a responsabilidade por essa situação deve ser atribuída
aos três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), tanto da União como
dos Estados-Membros e do Distrito Federal.
A ausência de medidas legislativas, administrativas e orçamentárias
eficazes representa uma verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos
direitos dos presos, além da perpetuação e do agravamento da situação.
Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais poderes da inércia,
coordenar ações visando a resolver o problema e monitorar os resultados
alcançados.
A intervenção judicial é necessária diante da incapacidade demonstrada
pelas instituições legislativas e administrativas.
https://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-stf-sobre-o-sistema.html
Aprofundamento
A intervenção judicial é necessária diante da incapacidade demonstrada
pelas instituições legislativas e administrativas.
No entanto, o Plenário entendeu que o STF não pode substituir o papel do
Legislativo e do Executivo na consecução de suas tarefas próprias. Em
outras palavras, o Judiciário deverá superar bloqueios políticos e
institucionais sem afastar, porém, esses poderes dos processos de
formulação e implementação das soluções necessárias. Nesse sentido,
não lhe incumbe definir o conteúdo próprio dessas políticas, os detalhes
dos meios a serem empregados. Com base nessas considerações, foram
indeferidos os pedidos "e" e "f".
Quanto aos pedidos “a”, “c” e “d”, o STF entendeu que seria desnecessário
ordenar aos juízes e Tribunais que fizessem isso porque já são deveres
impostos a todos os magistrados pela CF/88 e pelas leis. Logo, não havia
sentido em o STF declará-los obrigatórios, o que seria apenas um reforço.
STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
9/9/2015 (Info 798). https://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-stf-sobre-o-
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NENHUM BRASILEIRO SERÁ EXTRADITADO (Brasileiro Nato)
SALVO O NATURALIZADO
ANTES DA NATURALIZAÇÃO DEPOIS DA NATURALIZAÇÃO
1) Em caso de crime comum ***********************************
2) Ou depois de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas e
afins, na forma da LEI;
2) Depois de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas e afins,
na forma da LEI;
NÃO será concedida
extradição de estrangeiro 2) Opinião
POR 
CRIME
1) Político ou de
Art. 5º, LI
Art. 5º, LII
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Dos Direitos e DeveresIndividuais e Coletivos
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Frutos da Árvore Envenenada
Examinando novamente o problema da validade de provas cuja obtenção não teria
sido possível sem o conhecimento de informações provenientes de escuta
telefônica autorizada por juiz - prova que o STF considera ilícita, até que seja
regulamentado o art. 5º, XII, da CF ("é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para
fins de investigação criminal ou instrução processual penal;") -, o Tribunal, por
maioria de votos, aplicando a doutrina dos "frutos da árvore envenenada",
concedeu habeas corpus impetrado em favor de advogado acusado do crime de
exploração de prestígio (CP, art. 357, par. único), por haver solicitado a seu cliente
(preso em penitenciária) determinada importância em dinheiro, a pretexto de
entregá-la ao juiz de sua causa. Entendeu-se que o testemunho do cliente - ao qual
se chegara exclusivamente em razão da escuta - , confirmando a solicitação feita
pelo advogado na conversa telefônica, estaria "contaminado" pela ilicitude da prova
originária. Vencidos os Ministros Carlos Velloso, Octavio Gallotti, Sydney Sanches,
Néri da Silveira e Moreira Alves, que indeferiam o habeas corpus, ao fundamento
de que somente a prova ilícita - no caso, a escuta - deveria ser desprezada.
Precedentes citados: AHC 69912-RS (DJ de 26.11.93), HC 73351-SP (Pleno,
09.05.96; v. Informativo nº 30). HC 72.588-PB, rel. Min. Maurício Corrêa, 12.06.96.
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SÚMULA VINCULANTE 5 (Veja o Debate de Aprovação)
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
SÚMULA VINCULANTE 14 (Veja o Debate de Aprovação)
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência
de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.
SÚMULA VINCULANTE 21 (Veja o Debate de Aprovação)
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
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SÚMULA VINCULANTE 28 (Veja o Debate de Aprovação)
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a
exigibilidade de crédito tributário.
*Interrogatório do réu. Videoconferência. (...) A Lei 11.819/2005 do
Estado de São Paulo viola, flagrantemente, a disciplina do art. 22, I,
da Constituição da República, que prevê a competência exclusiva da
União para legislar sobre matéria processual. [HC 90.900, rel. p/ o
ac. min. Menezes Direito, j. 30-10-2008, P, DJE de 23-10-2009.] – hj
temos a lei 11.900/2009 que alterou o CPP -
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LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento)
A Lei 12.037/2009 (Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente
identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição
Federal.). O artigo 3º desta lei diz que “Art. 3º Embora apresentado
documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o
documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o
indiciado; III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes entre si; IV – a identificação criminal for essencial
às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; V – constar de
registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI – o
estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da
expedição do documento apresentado impossibilite a completa
identificação dos caracteres essenciais.
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LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal;
Ver quadro
SERÁ 
ADMITIDA 
AÇÃO 
PRIVADA
se esta NÃO
FOR intentada
no PRAZO
LEGAL;
NOS 
CRIMES
DE AÇÃO 
PÚBLICA,
Pública
Privada
Ação Penal
Incondicionada
Condicionada
2) Requisição do
Ministro da Justiça
1) Representação
do ofendido
Titular da Ação Penal
(o autor) é o Ministério 
Público (M.P)
Titular da Ação Penal é o Ofendido ou o
seu Representante legal (Querelante)
Ação Penal 
Privada 
Subsidiária 
da Pública
Art. 5º, LIX
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Código Penal
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente
a declara privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público,
dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido
ou de requisição do Ministro da Justiça. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa
do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-
lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de
ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no
prazo legal.
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Código de Processo Penal:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Exemplos: Código Penal
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
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Exemplos: Código Penal:
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
Perseguição
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio,
ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe
a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou
perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. (Incluído
pela Lei nº 14.132, de 2021)
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)
...
§ 3º Somente se procede mediante representação. (Incluído
pela Lei nº 14.132, de 2021)
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Exemplos: Código Penal:
AÇÃO PENAL PRIVADA
Fraude à execução
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou
danificando bens, ou simulando dívidas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
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LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
quando a defesa da intimidadeou o interesse social o exigirem;
CPC Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam
em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse
público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de
corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e
guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados
protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem
sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral,
desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja
comprovada perante o juízo.
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LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada;
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LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família
e de advogado;
 Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
 STF - O princípio constitucional da autodefesa (art. 5º, LXIII, da
CF/1988) não alcança aquele que atribui falsa identidade perante
autoridade policial com o intento de ocultar maus antecedentes,
sendo, portanto, típica a conduta praticada pelo agente (art. 307
do CP).
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei
admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
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LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel;
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Súmula Vinculante 25 – Enunciado: É ilícita a prisão civil de
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito
(...) desde a adesão do Brasil, sem qualquer reserva, ao Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e à Convenção
Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de São José da Costa Rica
(art. 7º, 7), ambos no ano de 1992, não há mais base legal para prisão civil
do depositário infiel, pois o caráter especial desses diplomas internacionais
sobre direitos humanos lhes reserva lugar específico no ordenamento
jurídico, estando abaixo da Constituição, porém acima da legislação
interna. O status normativo supralegal dos tratados internacionais de
direitos humanos subscritos pelo Brasil, dessa forma, torna inaplicável a
legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anterior ou
posterior ao ato de adesão. Assim ocorreu com o art. 1.287 do Código Civil
de 1916 e com o DL 911/1969, assim como em relação ao art. 652 do novo
Código Civil (Lei 10.406/2002).
[RE 466.343, rel. min. Cezar Peluso, voto do min. Gilmar Mendes, j. 3-12-
2008, P, DJE de 5-6-2009, Tema 60.]
Vide HC 84.484, rel. min. Ayres Britto, j. 30-11-2004, 1ª T, DJ de 7-10-2005
Hierarquia das Normas
 Tratados internacionais
 Tratados internacionais que versem sobre 
DH sem (art. 5º, § 3º, da CF/88)
 Tratados internacionais que versem sobre
DH com (art. 5º, § 3º, da CF/88)
STATUS
LEI ORDINÁRIA
SUPRALEGAL
TRATADO DE MARRAQUECHE e PCD
 PACTO SÃO JOSÉ DA COSTA RICA (ex.)
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• Emenda Constitucional 
• Tratados Internacionais sobre 
Direitos Humanos que passaram 
pelo procedimento de Emenda 
Constitucional 
CF
de 
1988
• Tratados Internacionais 
sobre Direitos Humanos 
que NÃO passaram pelo 
procedimento de Emenda 
Constitucional 
Supralegalidade
• Códigos
• Tratados 
Internacionais que 
não tratem de 
Direitos Humanos
Leis em geral 
(ordinária, 
complementar e 
outros) 
Atos Infralegais
Hierarquia 
das 
Normas 
TRATADOS INTERNACIONAIS EQUIVALENTES A EMENDA 
CONSTITUCIONAL
Convenção sobre os 
Direitos das Pessoas com 
Deficiência e de seu 
Protocolo Facultativo
Tratado de Marraqueche para Facilitar o 
Acesso a Obras Publicadas às Pessoas 
Cegas, com Deficiência Visual ou com 
outras Dificuldades para Ter Acesso ao 
Texto Impresso, concluído no âmbito da 
Organização Mundial da Propriedade 
Intelectual (OMPI)
Assinado em Nova Iorque, em 
30 de março de 2007
Firmado em Marraqueche, em 27 de junho 
de 2013.
Aprovado pelo Congresso / 
Decreto Legislativo 186/2008
Aprovado pelo Congresso / Decreto 
Legislativo 261/2015
Promulgado pelo Presidente 
da República por meio do 
Decreto nº 6.949/2009.
Promulgado pelo Presidente da República 
por meio do Decreto nº 9.522/2018.
Tratado Internacionais
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LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
 CPP artigos 647 ao 667.
 Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício
ordem de habeas corpus, quando no curso de processo
verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer
coação ilegal.
 Art. 142 § 2º da CF - Não caberá habeas corpus em relação a
punições disciplinares militares.
Não se analisa o mérito – mas cuidado! – podemos falar em
pressupostos de legalidade. STF: “O entendimento relativo ao § 20 do
artigo 153 da Emenda Constitucional nº 01/69, segundo o qual o
princípio, de que nas transgressões disciplinares não cabia habeas
corpus, não impedia que se examinasse, nele, a ocorrência dos quatro
pressupostos de legalidade”.
Habeas Corpus pode ser:
2) Preventivo1) Repressivo ou 
liberatório
Tem por objetivo CESSAR A
AMEAÇA à liberdade de
locomoção por ilegalidade ou
abuso de poder.
Tem por objetivo CESSAR O
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL ao direito de
locomoção já consumado.
ALVARÁ DE SOLTURA SALVO CONDUTO
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 Dessas transgressões (a hierarquia, o poder disciplinar, o ato
ligado à função e a pena susceptível de ser aplicada
disciplinarmente), continua válido para o disposto no § 2º do
artigo 142 da atual Constituição que é apenas mais restritivo
quanto ao âmbito dessas transgressões disciplinares, pois a
limita às de natureza militar” (HC nº 70.648, relator Ministro
Moreira Alves, DJ de 04.03.1994).
 “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA
CRIMINAL. PUNIÇÃO DISCIPLINAR MILITAR. Não há que se
falar em violação ao art. 142, § 2º, da CF, se a concessão de
habeas corpus, impetrado contra punição disciplinar militar, volta-
se tão somente para os pressupostos de sua legalidade,
excluindo a apreciação de questões referentes ao mérito. (…)”
 Súmulas do STF
“Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão
de militar ou de perda de patente ou de função pública."
SÚMULA 723
"Não se admite a suspensão condicional do processo por crime
continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com
o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano."
SÚMULA 695
"Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade."
SÚMULA 694
Súmulas Sobre HC
“É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância,
sem prévia intimação ou publicação da pauta, salvo em habeas
corpus.”
SÚMULA 693“Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a
pena pecuniária seja a única cominada."
SÚMULA 692
“Não se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de
extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova
não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito."
SÚMULA 431
Súmulas Sobre HC
SÚMULA 395
“Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja
resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a
liberdade de locomoção."
Súmulas Sobre HC
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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-
data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
 LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 (Disciplina o
mandado de segurança individual e coletivo e dá outras
providências)
 Art. 1° Conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso
de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou
houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que
exerça. (Vide ADIN 4296)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 § 1° Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os
representantes ou órgãos de partidos políticos e os
administradores de entidades autárquicas, bem como os
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no
exercício de atribuições do poder público, somente no que disser
respeito a essas atribuições.
 Art. 2° Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as
consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se
requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou
entidade por ela controlada.
 Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-
se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência,
pelo interessado, do ato impugnado. (Vide ADIN 4296)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 INSTITUTO AOCP 2020 Prefeitura de Novo Hamburgo - Auditor
Fiscal de Tributos - Em observância ao que dispõe a Constituição
Federal de 1988, referente ao direito à obtenção de certidões,
assinale a alternativa correta. O remédio constitucional que protege
o direito de certidão é o mandado de segurança.(CERTA)
 INSTITUTO IAUPE – GRANDE RECIFE – ADVOGADO - Dentre as
garantias constitucionais previstas na Constituição atual, destacam-
se os “remédios constitucionais” assim chamados por serem os
meios colocados à disposição do indivíduo para salvaguardar seus
direitos diante da ilegalidade ou abuso do poder público. Sobre o
tema, analise e responda a seguinte situação: O funcionário público
tem direito a obter certidão perante a autoridade administrativa
competente para requerer a sua aposentadoria. Havendo negativa,
o remédio constitucional cabível é o mandado de
segurança.(CERTA)
SÚMULA 632
"É constitucional lei que fixa prazo de decadência para impetração
de mandado de segurança."
SÚMULA 630
"A entidade de classe tem legitimação para o mandado de
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a
uma parte da respectiva categoria."
SÚMULA 625
"Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança."
Súmulas Importantes Sobre Mandado de Segurança
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SÚMULA 512
“Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de
mandado de segurança.”
SÚMULA 510
“Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a
medida judicial.”
SÚMULA 430
“Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o
prazo para o mandado de segurança.”
Súmulas Importantes Sobre Mandado de Segurança
SÚMULA 271
“Concessão de mandado de segurança não produz efeitos
patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser
reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.”
SÚMULA 270
“Não cabe mandado de segurança para impugnar enquadramento
da Lei 3.780, de 12-7-1960, que envolva exame de prova ou de
situação funcional complexa.”
SÚMULA 269
“O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.”
Súmulas Importantes Sobre Mandado de Segurança
SÚMULA 268
“Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com
trânsito em julgado.”
SÚMULA 267
“Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de
recurso ou correição.”
SÚMULA 266
“Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.”
SÚMULA 101
“O mandado de segurança não substitui a ação popular.”
Súmulas Importantes Sobre Mandado de Segurança
SÚMULA 624
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer
originariamente de mandado de segurança contra atos de outros
tribunais.
Súmulas Importantes Sobre Mandado de Segurança
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
 LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 (Disciplina o mandado
de segurança individual e coletivo e dá outras providências)
 Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por
partido político com representação no Congresso Nacional, na
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou
à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento
há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos
da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na
forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
STF - Súmula 629 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de
classe em favor dos associados independe da autorização destes.
STF - Súmula 630 
A entidade de classe tem legitimação para o mandado de
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a
uma parte da respectiva categoria.
Súmulas Importantes
“Petição inicial desacompanhada de documento essencial – Falta
de comprovação de que a impetrante é entidade legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano (...). A ação
de mandado de segurança – ainda que se trate do writ coletivo, que
se submete às mesmas exigências e aos mesmos princípios
básicos inerentes ao mandamus individual – não admite, em função
de sua própria natureza, qualquer dilação probatória. É da essência
do processo de mandado de segurança a característica de somente
admitir prova literal pré-constituída, ressalvadas as situações
excepcionais previstas em lei (Lei 1.533/1951, art. 6º e seu parágrafo único).” (MS 21.098,
Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-8-1991, Primeira Turma, DJ de 27-3-1992.)
ç
Prova Pré-Constituída, Direito Líquido e Certo e 
Dilação Probatória Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;;
 Omissão – mandado de injunção. Não confundir com ADI ou
ADIN por omissão
 LEI Nº 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016 (Disciplina o processo
e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo e
dá outras providência)
 Art. 1º Esta Lei disciplina o processo e o julgamento dosmandados de injunção individual e coletivo, nos termos do inciso
LXXI do art. 5º da Constituição Federa l.
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
 Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando
forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador
competente.
 Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como
impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam
titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas
referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Exemplos:
 Greve dos servidores ( Art. 37, VII - o direito de greve será exercido
nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 Artigo 40 § 4º da CF (Redação antiga) - § 4º É vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os
casos de servidores: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)
 I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)
 II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)
 III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 PRECEDENTE REPRESENTATIVO "Ementa: Mandado de injunção.
Aposentadoria especial do servidor público. Artigo 40, § 4º, da
Constituição da República. Ausência de lei complementar a
disciplinar a matéria. Necessidade de integração legislativa.
 1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São
Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de
periculosidade e insalubridade.
 2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei
complementar a definir as condições para o implemento da
aposentadoria especial.
 3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a
mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que
couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91." (MI 795, Relatora Ministra
Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgamento em 15.4.2009, DJe de
22.5.2009)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
SÚMULA VINCULANTE 33 - Aplicam-se ao servidor público, no que
couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
Detalhe - será q resolveremos a celeuma?
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de
que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do
art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades
sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos
e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 (...) o mandado de injunção não é o meio processual adequado
para questionar a efetividade da lei regulamentadora.
 [MI 4.831 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 29-5-2013, P, DJE de
28-8-2013.]
 Em observância aos ditames da segurança jurídica e à evolução
jurisprudencial na interpretação da omissão legislativa sobre o direito de
greve dos servidores públicos civis, fixação do prazo de sessenta dias
para que o Congresso Nacional legisle sobre a matéria. Mandado de
injunção deferido para determinar a aplicação das Leis 7.701/1988 e
7.783/1989.
 [MI 708, rel. min. Gilmar Mendes, j. 25-10-2007, P, DJE de 31-10-2008.]
 = MI 670, red. do ac. min. Gilmar Mendes, e MI 712, rel. min. Eros Grau,
j. 25-10-2007, P, DJE de 31-10-2008
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
 LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997 (Regula o direito de
acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data). Art.
1º (VETADO) Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo
registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que
possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo
do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.
 STF: O habeas data configura remédio jurídico-processual, de natureza
constitucional, que se destina a garantir, em favor da pessoa
interessada, o exercício de pretensão jurídica
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 discernível em seu tríplice aspecto: (a) direito de acesso aos registros;
(b) direito de retificação dos registros; e (c) direito de complementação
dos registros. Trata-se de relevante instrumento de ativação da
jurisdição constitucional das liberdades, a qual representa, no plano
institucional, a mais expressiva reação jurídica do Estado às situações
que lesem, efetiva ou potencialmente, os direitos fundamentais da
pessoa, quaisquer que sejam as dimensões em que estes se projetem.
O acesso ao habeas data pressupõe, entre outras condições de
admissibilidade, a existência do interesse de agir. Ausente o interesse
legitimador da ação, torna-se inviável o exercício desse remédio
constitucional. A prova do anterior indeferimento do pedido de
informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui
requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir
no habeas data. Sem que se configure situação prévia de pretensão
resistida, há carência da ação constitucional do habeas data.[RHD 22,
red. do ac. min. Celso de Mello, j. 19-9-1991, P, DJ de 1º-9-1995.]= HD
87 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 25-11-2009, P, DJE de 5-2-2010
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé,isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
(Vide Lei nº 7.844, de 1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
 Controle concentrado de constitucionalidade Lei 9.534/1997.
Registros públicos. Atos relacionados ao exercício da cidadania.
Gratuidade. (...) A atividade desenvolvida pelos titulares das
serventias de notas e registros, embora seja análoga à atividade
empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. Não ofende o
princípio da proporcionalidade lei que isenta os "reconhecidamente
pobres" do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de
registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão
respectiva.[ADC 5, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 11-6-2007,
P, DJ de 5-10-2007.]
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
(Regulamento);
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos
dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 115, de 2022);
 EC 115/2022 - Altera a Constituição Federal para incluir a
proteção de dados pessoais entre os direitos e garantias
fundamentais e para fixar a competência privativa da União
para legislar sobre proteção e tratamento de dados pessoais.
 Ver lei 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD).
Notas
 Foco da EC 115/2022 Constitucionalizar Princípios Da LGDP – Lei
13.709/2018 – Ou Seja Privacidade No Tratamento Dos Dados
Pessoais
 Assunto passa a ser tratado na CF e não apenas na lei.
 Proibição do retrocesso – ampliar pode – restringir - não!
 A lei não pode mais revogar os termos da garantia
Em decisão proferida no dia 8 de maio deste ano, o Supremo Tribunal
Federal, em votação quase unânime (10 votos a 1), referendou a
medida cautelar deferida pela ministra Rosa Weber no âmbito de cinco
ações diretas de inconstitucionalidade — propostas pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e por quatro partidos
políticos (PSB, PSDB, PSOL e PCdoB).
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Notas
A decisão referendada suspendeu a eficácia da Medida Provisória
nº 954, de 17/4/2020, que dispõe sobre o "compartilhamento de
dados por empresas de telecomunicações prestadoras de Serviço
Telefônico Fixo Comutado e de Serviço Móvel Pessoal com a
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para fins de
suporte à produção estatística oficial durante a situação de
emergência pública de importância internacional decorrente do
coronavírus (covid19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de
fevereiro de 2020“https://www.conjur.com.br/2022-fev-
11/constitucionalizacao-protecao-dados-marco-aumenta-seguranca
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 115, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2022
Altera a Constituição Federal para incluir a proteção de dados pessoais
entre os direitos e garantias fundamentais e para fixar a competência
privativa da União para legislar sobre proteção e tratamento de dados
pessoais.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do
§ 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º O caput do art. 5º da Constituição Federal passa a vigorar acrescido
do seguinte inciso LXXIX:
"Art. 5º
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados
pessoais, inclusive nos meios digitais.................................. (NR)
Art. 2º O caput do art. 21 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido
do seguinte inciso XXVI:
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
"Art. 21.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados
pessoais, nos termos da lei." (NR)
Art. 3º O caput do art. 22 da Constituição Federal passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso XXX:
"Art. 22.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
Art. 4º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua
publicação.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais
têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
 O § 2° do art. 5°, chamado de cláusula de abertura
(não tipicidade – não taxatividade). Possibilita a ampliação
do catálogo de direitos fundamentais materiais que não se
encontram topograficamente localizados no Título II da
Constituição Federal.
FCC – Defensor Público - No âmbito da Teoria dos Direitos
Fundamentais, a cláusula de abertura material do catálogo de
direitos fundamentais expressa no § 2º do art. 5º da Constituição
Federal não autoriza que direitos consagrados fora do Título II
do texto constitucional sejam incorporados ao referido rol.
(ERRADA)
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Notas
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos
aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008 ,
DEC 6.949, de 2009 , DLG 261, de 2015 , DEC 9.522, de 2018
) (Vide ADIN 3392)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional
a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004);
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
 Tratados internacionais
 Tratados internacionais que versem sobre 
DH sem (art. 5º, § 3º, da CF/88)
 Tratados internacionais que versem sobre
DH com (art. 5º, § 3º, da CF/88)
STATUS
LEI ORDINÁRIA
SUPRALEGAL
TRATADO DE MARRAQUECHE e PCD
 PACTO SÃO JOSÉ DA COSTA RICA (ex.)
TRATADOS INTERNACIONAIS EQUIVALENTES A EMENDA 
CONSTITUCIONAL
Convenção sobre os 
Direitos das Pessoas com 
Deficiência e de seu 
Protocolo Facultativo
Tratado de Marraqueche para Facilitar o 
Acesso a Obras Publicadas às Pessoas 
Cegas, com Deficiência Visual ou com 
outras Dificuldades para Ter Acesso ao 
Texto Impresso, concluído no âmbito da 
Organização Mundial da Propriedade 
Intelectual (OMPI)
Assinado em Nova Iorque, em 
30 de março de 2007
Firmado em Marraqueche, em 27 de junho 
de 2013.
Aprovado pelo Congresso / 
Decreto legislativo 186/2008
Aprovado pelo Congresso / Decreto 
legislativo 261/2015
Promulgado pelo Presidente 
da República por meio do 
Decreto nº 6.949/2009.
Promulgado pelo Presidente da República 
por meio do Decreto nº 9.522/2018.
Tratado Internacionais
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