Simulado ENEM 2024: Linguagens e Ciências Humanas

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sIMuLADo eNeM 2024 – MAIo
PRoVA De LINGuAGeNs, CÓDIGos e suAs teCNoLoGIAs e ReDAÇão
PRoVA De CIÊNCIAs HuMANAs e suAs teCNoLoGIAs
1o DIA
LeIA AteNtAMeNte As INstRuÇÕes seGuINtes:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
AteNÇão: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados 
na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
NÃO poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES.
AteNÇão: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
Não durmo nada e ando como se estivesse cega
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LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024
Questão 02 
A.I. and Big Data Could 
Power a New War on Poverty
Elisabeth A. Mason
When it comes to artificial intelligence (A.I.) and jobs, 
the prognostications are grim1. The conventional wisdom is 
that A.I. might soon put millions of people out of work.
[...] But it’s time we start thinking about A.I.’s potential 
benefits for society as well as its drawbacks2. The big 
data and A.I. revolutions could also help fight poverty and 
promote economic stability.
First, even as A.I. threatens3 to put people out of work, 
it can simultaneously be used to match them to good 
middle-class jobs that are going unfilled. Today there are 
millions of such jobs in the United States. This is precisely 
the kind of matching problem at which A.I. excels.
[...] Second, we can bring what is known as differentiated 
education – based on the idea that students master skills in 
different ways and at different speeds – to every student in 
the country.
the New York times. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 11 dez. 2018.
Glossário
grim1: sombrios.
drawbacks2: desvantagens.
threatens3: ameaça.
Na defesa de alguns benefícios da relação entre inteligência 
artificial e trabalho, as expressões “matching problem” e 
“differentiated education” correspondem, respectivamente, à
A queda das estatísticas de desemprego e à redução das 
taxas de analfabetismo mundiais.
B maior facilidade em encontrar o emprego afim e a levar 
educação personalizada para estudantes.
C aproximação de pessoas de áreas de mercado afins e 
a modificar a forma como a educação chega ao aluno.
D solução do problema de busca de empregos e à 
dificuldade da educação diferenciada para classes mais 
altas.
E incomplexidade do processo de contratação do 
profissional e ao treinamento dele para as funções da 
empresa.
LINGuAGeNs, CÓDIGos e suAs teCNoLoGIAs
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01 
International Mother Language Day
Linguistic diversity is increasingly threatened as more 
and more languages disappear. Globally 40 per cent of 
the population does not have access to an education 
in a language they speak or understand. Nevertheless, 
progress is being made in mother tongue-based multilingual 
education with growing understanding of its importance. 
[...] Multilingual and multicultural societies exist through 
their languages which transmit and preserve traditional 
knowledge and cultures in a sustainable way.
Disponível em: https://en.unesco.org. Acesso em: 23 fev. 2022.
O dia internacional da língua materna reforça o(a)
A conhecimento tradicional, que não deve ser traduzido, 
mas preservado dentro de cada cultura.
B progresso que vem sendo feito ao garantir educação a 
diferentes culturas através do ensino de inglês.
C importância do acesso à educação e conhecimento a 
todas as culturas através das suas línguas nativas.
D crescimento de comunidades multilíngues, as quais 
permitem expandir suas tradições a outras culturas.
E necessidade de diversidade, uma vez que 40% da 
população mundial fala apenas a língua materna.
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Questão 03 
Maya Angelou changed Americans’ idea 
of whose stories are worth telling
Maya Angelou died in 2014, [and] during her lifetime, 
the writer was a towering cultural figure, whose stories of 
trauma and racism showed that the stories of black women 
could find mainstream success.
Angelou’s gritty and intensely personal memoirs were a 
powerful demonstration to the American publishing industry 
and literary community that the stories of black women 
mattered, even to white readers. The first of her memoirs, 
I Know Why the Caged Bird Sings, was published in 1970. 
Angelou recalls her childhood, in which she was first shipped 
away by her parents, then collected back without warning, a 
few years later, to live with her mother.
I Know Why the Caged Bird Sings spent at least six 
weeks on the New York Times bestseller list, which was 
exceedingly rare for an African American woman writing in 
the 1970s. Zora Neale Hurston, who published Their Eyes 
Were Watching God in 1937, didn’t achieve mainstream 
critical acclaim until after her death, and Toni Morrison’s 
Beloved wouldn’t be published until 1987.
Disponível em: www.qz.com. Acesso em: 2 mar. 2022 (adaptado).
Segundo o texto, a aclamada escritora estadunidense Maya 
Angelou
A teve a importância de seu trabalho reconhecida apenas 
após a sua morte.
B consolidou sua carreira através de obras de ficção 
desconectadas de sua própria vivência.
C falhou em alcançar grandes vendas de suas obras por 
estar limitada a um público específico.
D demonstrou que as histórias de mulheres afro-americanas 
importam e merecem ser contadas por meio de suas 
obras.
E consolidou seu trabalho através de publicações 
independentes por não ter sido reconhecida pela indústria 
literária estadunidense.
Questão 04 
For teachers who use literature as part of their students’ 
second or foreign language education, the incorporation of 
[...] mental health themed young adult novels could serve 
multiple purposes. On the one hand, these stories let young 
people affected by mental health problems know they are 
not alone. On the other, engagement with such literature 
could help foster empathy in those who have not previously 
had any frame of reference of what it is like to have a 
mental illness by being invited to take on the perspective 
of a character dealing with this condition. [...] Optimistically 
speaking: our capacity to empathize with other human 
beings could be improved by reading literature.
MANUTSCHERI, A. “Your now is not your forever”: Destigmatizing Mental Health 
through Young Adult Literature. Journal of Children’s Literature in english 
Language education, [on-line], v. 9, n. 2, p. 30-51, 2021. Disponível em: 
https://clelejournal.org. Acesso em: 6 mar. 2022.
De acordo com o trecho, a leitura de literatura que aborda 
temas de saúde mental por pessoas jovens pode ajudar o 
leitor a
A se sentir menossolitário ao pensar de maneira mais 
otimista.
B desenvolver as mesmas características do personagem 
principal.
C entender a perspectiva de pessoas que têm problemas 
de saúde mental.
D se sentir menos solitário mesmo que não tenha 
problemas de saúde mental.
E cuidar mais da própria saúde mental ao entender os 
problemas que pode enfrentar.
Questão 05 
the hidden ocean pollution killing marine mammals
“For whales and dolphins, ‘listening’ is as important 
as ‘seeing’ is for humans, as they live in a world of water 
and sound” says Danny Groves, communications manager 
at the non-profit Whale and Dolphin Conservation. He 
adds that the impacts of human-induced disturbance on 
cetaceans are “huge”. “Noise pollution threatens whale and 
dolphin populations, interrupting their normal behaviour, 
driving them away from areas important to their survival 
[for breeding, socialising and feeding] and at worst injuring 
them or sometimes even causing death,” he says. Natural 
impacts such as earthquakes and lightning strikes also 
make big, sudden noises but tend to be more intermittent. 
Toothed whales, a group that includes narwhals, dolphins 
and porpoises, hunt using echolocation or biosonar. They 
hear at high frequency ranges. Baleen whales hear at lower 
frequencies, and may be more affected by shipping noises 
as a result.
TURNS, A. The hidden ocean pollution killing marine mammals. BBC Future. 
1 Dec. 2022. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 22 jan. 2024.
Segundo as informações apresentadas,
A a poluição sonora produzida por humanos é menos 
danosa aos animais marinhos do que fenômenos 
naturais como terremotos e trovoadas.
B os barulhos provocados por grandes embarcações 
prejudicam principalmente os golfinhos, cuja comunicação 
se dá através da emissão de sons específicos.
C a poluição sonora provocada por seres humanos é o tipo 
de contaminação mais danoso para os animais marinhos, 
já que a audição é seu sentido mais importante.
D a frequência das ondas sonoras é um fator determinante 
para compreender de que maneira determinados grupos 
de mamíferos aquáticos são afetados pela poluição 
sonora.
E a poluição sonora é um risco para os mamíferos 
aquáticos apenas no que se refere aos seus hábitos 
alimentares, uma vez que estes animais caçam utilizando 
ecolocalização.
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Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Questão 01 
Bosque
Cruzas por el crepúsculo.
El aire
tienes que separarlo casi con las manos
de tan denso, de tan impenetrable.
Andas. No dejan huellas
tus pies. Cientos de árboles
contienen el aliento sobre tu
cabeza. Un pájaro no sabe
que estás allí, y lanza su silbido
largo al otro lado del paisaje.
El mundo cambia de color: es como el eco
del mundo. Eco distante
que tú estremeces, traspasando
las últimas fronteras de la tarde.
Disponível em: www.estandarte.com. Acesso em: 3 dez. 2022.
No poema do espanhol Ángel González, os termos “huellas” 
e “silbido” aparecem para construir o ambiente designando, 
respectivamente,
A a densidade do ar e os sons do ambiente.
B os sons do mundo exterior e o eco do bosque.
C as marcas deixadas no solo e um assovio distante.
D a presença das árvores e o distante canto dos pássaros.
E os caminhos trilhados e o eco de um mundo 
desconhecido.
Questão 02 
Receta de ensalada griega con pepino
Un plato de la dieta mediterránea saludable y muy 
fácil de preparar, ideal para llevar de picnic, servirlo como 
entrada o como un plato más en una picada de esas que 
ser sirven al caer el sol.
Ingredientes
• Aceite de oliva virgen, 4 cucharadas
• Tomates grandes, 4
• Pepino, 1
• Cebolla roja, en rodajas finas, 1
2
• Aceitunas, 16
• Orégano seco, 1 cucharadita
• Queso feta, 85 g
Preparación
1. Coloque los tomates, cortados en gajos, el pepino 
pelado, sin semillas y picado, la cebolla roja en 
rodajas finas, las aceitunas, el orégano en seco, 
queso feta en trozos y el aceite de oliva virgen extra 
griego en un bol grande.
2. Sazone ligeramente con sal, luego mezcle todos los 
ingredientes de nuestro bol.
3. Sirva con pan crujiente para absorber todos los 
jugos.
Prepará una ensalada griega fresca y colorida en poco 
tiempo. Es perfecta para acompañar carnes a la parrilla o 
servirla como un plato principal y vegetariano. Es clave la 
elección de ingredientes frescos de buena calidad, como 
aceitunas carnosas o pequeñas de intenso sabor.
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 24 fev. 2023.
O termo “para” na frase “Es perfecta para acompañar 
carnes a la parrilla [...]” se relaciona com o restante da 
receita ao expressar
A formas de preparar o alimento. 
B restrições à apresentação da salada.
C possibilidades de consumo do prato. 
D versões diferentes de um mesmo prato. 
E sugestões de novos ingredientes para a salada.
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Questão 03 
El único país africano que habla el español de manera 
oficial es Guinea Ecuatorial. Se encuentra en el Golfo de 
Guinea y tiene formación insular y continental. Por el norte 
limita con Camerún y al sur con Gabón y Santo Tomé y 
Príncipe. En Guinea Ecuatorial también están reconocidos 
como idiomas oficiales al francés y al portugués, pero el 
español es considerado la lengua de uso institucional 
y vehicular. [...] El pasado de Guinea Ecuatorial y Perú 
tiene un antecedente en común, y es que ambos países 
estuvieron bajo la dominación española. Mientras que en 
el Perú se instauró un virreinato, la nación africana fue una 
colonia española hasta que el país entró a la ONU. De ese 
modo, el 22 de septiembre de 1968, Guinea Ecuatorial 
celebró sus primeras elecciones como país independiente. 
Aunque es una nación soberana, desde que en 1979 fue 
revocado el presidente Francisco Macías Nguema por un 
golpe de Estado.
Disponível em: www.larepublica.pe. Acesso em: 12 set. 2023.
O texto mostra que o espanhol falado na Guiné Equatorial 
revela mais conexões com outros territórios do mundo 
hispânico ao
A ressaltar sua soberania nacional.
B evidenciar o passado colonial do país.
C destacar a presença de golpes de estado.
D sugerir que o espanhol ocupa um lugar secundário.
E mostrar a convivência do espanhol com outras línguas.
Questão 04 
Cómo la tecnología ha cambiado el español
La nueva red social de Google, Google1, incorpora el 
botón “11” para que los usuarios puedan señalar cuando un 
contenido, comentario, etc., les parece interesante. Pero, 
¿cuál sería el verbo correcto para describir esa acción? 
¿“Masunear”? ¿“Plusuanear” (por el inglés “plus one”, 
sumar uno)? “En español lo más normal sería ‘sumarse’, 
‘yo me sumo a tu propuesta’, ‘yo me sumo a tu iniciativa’”, 
le dice a BBC Mundo, con absoluta serenidad, Darío 
Villanueva, secretario de la Real Academia Española.
En el actual mundo de la web, las redes sociales, los 
teléfonos inteligentes y los dispositivos electrónicos de todo 
tipo y color, la aparición constante de nuevos aparatos, 
artilugios y procesos obliga a mantener actualizado el 
idioma con una alta frecuencia.
Para los usuarios representa un desafío constante – 
sobre todo a la hora de elaborar textos formales. Y no es 
una situación exenta de conflictos. “Una que odio es: ‘¿me lo 
forwardeas?’, cuando es tan fácil decir ‘¿me lo reenvías?’”, 
se queja una colega de BBC Mundo en referencia al reenvío 
(no queremos ofender) de mensajes de correo electrónico. 
Pero a veces el uso del inglés es inevitable, viene con la 
dinámica propia de la incorporación de un nuevo elemento 
que necesita ser nombrado. “Que se adopte el inglés es un 
proceso normal y siempre ha sucedido”, explica Villanueva.
Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 5 jun. 2019 (adaptado).
O texto coloca em questão as mudanças no idioma 
espanhol ocasionadas pela tecnologia. Essas mudanças 
dizem respeito
A aos vocábulos que são incorporados apenas para o uso 
oral do idioma.
B aos vocábulos que são incorporados apenas para a 
linguagem escrita do idioma.
C ao anglicismo, que tem se tornado cadavez mais comum 
no idioma espanhol devido às inovações tecnológicas.
D aos vocábulos que são criados em espanhol, já que o 
idioma não aceita a incorporação de palavras em inglês.
E à maneira positiva como os falantes do idioma espanhol 
reagem à incorporação de vocábulos vindos do inglês.
Questão 05 
Sin un pasaje de retorno ni una subvención para su 
estadía: así partió Violeta Parra su primer viaje a Europa 
en 1955. [...] Esa fue la experiencia de Violeta Parra entre 
1955 y 1965, mostrando su obra, tanto en Europa como 
en Argentina, pero también en sus innumerables viajes 
por Chile. Su curiosidad infinita la llevó a recorrer lugares 
tan lejanos como la Unión Soviética, Polonia, la República 
Democrática Alemana, Francia, Suiza, Inglaterra e Italia. 
En una época en que los viajes internacionales no eran una 
opción masiva, Violeta vio el mundo y lo vivió intensamente, 
sin nunca perder el contacto con su tierra y con los 
acontecimientos que allí ocurrían. Fue una cronista aguda 
de su tiempo a través de sus décimas, canciones, cartas y 
también su obra plástica. Esta exposición “Las Travesías 
de Violeta Parra: por los contornos del mundo” reconstruye 
esa experiencia, disponible hasta el 18 de agosto en el 
Palacio Consistorial de la Ilustre Municipalidad de Santiago.
Disponível em: www.santiagocultura.cl. Acesso em: 14 set. 2023.
O texto de apresentação da exposição Las Travesías de 
Violeta Parra: por los contornos del mundo destaca que a 
artista chilena
A limitou os seus interesses aos países europeus 
desenvolvidos.
B viajou tão intensamente quanto grande parte das 
pessoas de sua época.
C preferiu concentrar suas atividades em localidades 
familiares ao seu idioma.
D conciliou o interesse pelas paisagens estrangeiras às 
paisagens de sua terra natal.
E transformou sua experiência de viagem em textos 
cronísticos que as tematizavam.
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LINGuAGeNs, CÓDIGos e suAs teCNoLoGIAs
Questões de 06 a 45
Questão 06 
Ativistas que resgataram obras africanas 
de museu francês vão a julgamento
O grupo, que entrou no museu de antropologia, queria 
denunciar a “pilhagem da África”. Agora eles pretendem 
usar seu julgamento como uma plataforma para defender 
a restituição das obras saqueadas durante o período 
colonial. [...]
Os cinco foram presos na instituição francesa em 
junho passado, depois de terem, em uma operação 
impressionante, pegado um posto funerário do Chade, do 
século 19, e feito um protesto pelos corredores do museu 
contra o que chamam de “roubo francês”. [...]
“Decidimos recuperar o que nos pertence. Esta 
propriedade foi roubada durante a colonização. Estamos 
saindo com nossa propriedade, vamos levar para casa”, 
denunciou o grupo, na ocasião. Cada uma das ações é 
filmada e publicada on-line por Emery Mwazulu Diyabanza, 
que se define como ativista pan-africano a fim de agitar as 
redes sociais. [...] “Macron reconhece o saque, mas é ele 
quem decide quantas obras são devolvidas e se deve ou 
não haver uma transferência de propriedade”. “É um insulto 
para nós”, afirma.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 20 out. 2020.
O gênero textual a que pertence o texto que descreve 
a ação do grupo ativista pode ser reconhecido por suas 
características de composição, sua função, seu uso e sua 
circulação. Tais elementos evidenciam que esse texto 
pertence ao gênero
A relato, pois, além de se basear em fatos, reproduz a 
fala do ativista Emery Mwazulu Diyabanza utilizando o 
discurso direto.
B notícia, visto que o texto aborda um acontecimento 
real e atual, além de se verificar a predominância da 
intenção informativa.
C editorial, uma vez que é possível identificar a posição 
crítica do autor, favorável à ação, nas entrelinhas do 
texto sem apresentar sua assinatura.
D crônica, já que apresenta a impressionante sequência 
de eventos ocorridos nos corredores do museu francês 
promovida pelo ativista Emery Mwazulu Diyabanza.
E resumo, dado que condensa todas as ações ocorridas 
no evento, suprimindo diversas informações de menor 
importância para o entendimento do acontecimento.
Questão 07 
Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo 
acabado de brasileiro, se não fossem os grandes olhos 
azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos 
e crespos; tez morena e amulatada, mas fina; dentes 
claros que reluziam sob a negrura do bigode; estatura alta 
e elegante; pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. 
A parte mais característica de sua fisionomia eram os olhos 
grandes, ramalhudos, cheios de sombras azuis; pestanas 
eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso e 
úmido; as sobrancelhas, muito desenhadas no rosto, como 
a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, 
no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e 
transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz.
AZEVEDO, A. o Mulato. São Paulo: Martin Claret, 2010.
Produzido em um contexto de abolição da escravatura, o 
trecho de O mulato se aproxima das discussões raciais da 
época na medida em que:
A reforça a escravização dos negros.
B exalta a beleza típica do homem negro.
C retrata a mestiçagem de forma idealizada.
D descreve o protagonista de forma realista.
E compara o personagem a elementos pejorativos.
Questão 08 
— Eu me lembro — adianta-se Emília. — Ela disse “os 
probrema”, “os fósfro”, “môio ingrês”...
— É mesmo — confirma Sílvia —, e a mais engraçada 
foi: “percurá os hôme”...
Sílvia ri, e Emília a imita.
Irene fica séria por alguns instantes. De repente, vira-se 
para as duas moças e diz:
[...] — Muito bem — diz Irene. — Vocês não entenderam 
o verso de Dante que eu citei há pouco porque era italiano. 
Mas e se eu disser assim: “No mundo non me sei parelha, 
mentre me for’ como me vay, ca já moiro por vos e ay!”?
— Esse quase dá para entender, afinal é espanhol — 
diz Sílvia.
— Não senhora — corrige Irene. — É português.
— Português?! — espanta-se Emília.
— Português, sim, só que do século XII, Idade Média [...].
Vera impacienta-se:
— Tia, aonde é que você quer chegar?
— Vocês não entenderam o Dante porque o italiano é 
diferente do português. Vocês não entenderam o português 
do século XII porque ele é diferente do português de hoje. E 
não entenderam o português de Portugal porque é diferente 
do português do Brasil.
— E o que tem isso a ver com a fala errada da Eulália? 
— pergunta Emília.
— A fala da Eulália não é errada: é diferente. [...] — 
explica Irene.
BAGNO, M. A língua de eulália: novela sociolinguística. 15. ed. São Paulo: Contexto, 2006.
A problemática apontada por Irene reside no(a)
A impossibilidade de defesa de Eulália da variedade caipira 
devido à sua ausência na conversa.
B escolha semântica de Emília e Sílvia por utilizarem 
inadequações da língua portuguesa.
C falta de percepção das personagens diante das 
variedades da língua, conforme o contexto social do 
falante.
D deficiência de conhecimento linguístico da variedade 
histórica do português brasileiro das pessoas presentes.
E reconhecimento da superioridade linguística de quem 
fala várias línguas em contraste com as personagens 
que não falam.
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Questão 09 
Centro de BH ganha primeira empena 
feita por grupo de mulheres
O Centro de BH ganhou mais cor e representatividade 
com a inauguração da primeira empena do Brasil feita por 
um grupo apenas de mulheres. O mural foi assinado pelo 
coletivo “Minas de Minas” na segunda-feira (28/08/2023).
A arte retrata uma figura feminina descalça segurando 
ervas e flores. O grupo explica o significado: “Nos pés 
encontramos a base que nos sustenta e conecta com a terra, 
incorporando nosso entendimento dela. As mãos carregam 
a crença na cura por meio das ervas, fundamentais em 
nossa cultura ancestral de autocuidado. A diversidade de 
tons nos vitrais retrata a alegria, refletindo as cores do povo 
que mantém suas tradições e conhecimentos, vivenciando 
a arte da fé”.
O mural foi feito com umatécnica chamada de grid 
orgânico, que consiste na pintura de várias palavras durante 
a preparação da parede. “A partir dessas palavras a gente 
tem guias de onde a gente vai passar os traços para poder 
construir essa imagem”, explica o coletivo.
Disponível em: www.em.com.br. Acesso em: 14 set. 2023.
A empena discutida no texto é um tipo de manifestação 
artística reconhecida por
A criar obras de caráter permanente.
B resgatar formas estéticas tradicionais.
C explorar a apropriação de espaços privados.
D ampliar o acesso à arte a partir do espaço urbano.
E enaltecer a melancolia dos grandes centros urbanos.
Questão 10 
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 set. 2023.
A campanha enfatiza um problema social por meio do uso 
de uma
A ilustração de um quarto que retrata o ambiente em que 
usuários de drogas vivem.
B demonstração de como um jovem tenta fugir ao ser 
confrontado sobre seu uso de drogas.
C imagem que retrata como os jovens se comportam 
depois do início de tratamento de drogas.
D metáfora entre o uso de drogas e um tipo de prisão para 
significar que a autonomia do usuário é prejudicada.
E referência à falta de agilidade do usuário, que já 
não consegue buscar ajuda por meio de canais de 
atendimento.
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Questão 11 
Dentre as causas mais comuns do sedentarismo entre 
idosos, devemos salientar:
orgânicas: são frequentes as justificativas de 
interrupção da prática de atividade física por algum tipo de 
lesão que, mesmo em idade jovem, foi utilizada como fator 
limitante para a sua continuidade. Por vezes contribuem 
para esta limitação da opinião médica que, pela falta de 
conhecimento sobre a importância da atividade física para 
o estado global da saúde, desaconselha sua continuidade 
sem qualquer razão justificada. São poucas as situações 
clínicas que contraindicam a sua realização.
Culturais: além de haver um tradicional estímulo para 
evitar qualquer atividade motora entre as ações cotidianas, 
por serem estas entendidas como sinal de menor status 
econômico, há também o excesso de cuidados com que 
geralmente se priva o idoso das suas potencialidades, 
tornando-os cada vez mais passivos a despeito das suas 
possibilidades de autonomia e independência. Haveremos 
de presenciar o dia em que um idoso subir um ou dois 
lances de escada não será considerado “retrógrado” nem 
“temeroso” por aqueles que aprenderam a depender 
totalmente de elevadores ou escadas rolantes.
Ambientais: dependendo do local em questão, 
existem verdadeiras “armadilhas” no trajeto destinado à 
locomoção de idosos: irregularidades do solo, ausência de 
corrimões, de semáforos, de faixa de pedestres, presença 
de vendedores ambulantes, ciclistas etc. Poucos são os 
espaços destinados à prática segura das atividades físicas 
nesta faixa etária.
JACOB FILHO, W. Atividade física e envelhecimento saudável. 
Rev. Bras. educ. Fís. esp., São Paulo, v. 20, p. 73-77, 2006.
Considerando as causas do sedentarismo entre idosos, 
uma possível política pública para minimizar a causa 
ambiental é o(a)
A estabelecimento de equipamentos de prevenção contra 
quedas em ambientes privados.
B desmistificação das limitações e potencialidades físicas 
dos idosos para cuidadores e familiares.
C capacitação de profissionais da saúde quanto aos 
benefícios da atividade física para esse público.
D implantação de centros de atividade física voltados a 
esse público em diversas regiões do município.
E desenvolvimento de equipamentos eletrônicos acessíveis 
aos idosos de classe econômica mais baixa.
Questão 12 
A tecnologia está mudando a forma dos 
relacionamentos no mundo e como os interpretamos e os 
organizamos. O volume de dados é crescente em todos os 
aspectos da vida e setores econômicos, incluindo o campo. 
A agricultura passa a ser cada vez mais dependente 
de soluções baseadas em dados e informações para 
geração de diferenciais e elaboração de estratégias de 
impulsionamento do setor. O avanço da conectividade 
no meio rural e as combinações de ferramentas estão 
contribuindo para o aumento dos dados de fontes diversas, 
os quais, após processados, podem oferecer insights que 
favoreçam o acompanhamento desde a produção até o 
consumidor final, além de aprimorar a pesquisa, a inovação 
e os negócios agrícolas.
SILVA, G. T. S.; SILVA, A. C. Disponível em: www.embrapa.br. Acesso: 29 set. 2023.
Segundo o texto, os dados e informações utilizados pelo 
setor agrícola praticamente impõem uma relação de 
dependência porque, para
A determinar e complementar políticas com intenção de 
regular o setor, a agricultura se aproxima cada vez mais 
de tecnologias baseadas nesses elementos.
B destinar e fiscalizar divisas com intuito de financiar 
o setor, a agricultura se apropria cada vez mais de 
tecnologias modificadas por esses elementos.
C antecipar e prevenir subterfúgios com intuito de 
prejudicar o setor, a agricultura controla cada vez mais 
as tecnologias baseadas nesses elementos.
D conceber e implementar táticas com propósito de 
fomentar o setor, a agricultura se vale cada vez mais de 
tecnologias baseadas nesses elementos.
E regular e oferecer descontos com objetivo de aquecer 
o setor, a agricultura utiliza cada vez mais tecnologias 
apartadas desses elementos.
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Questão 13 
teXto I
Pular o consumo de carne um dia na semana é um movimento mundial, que vem ganhando cada vez mais adeptos 
em todo o planeta. Nos Estados Unidos, a campanha Meatless Monday, criada em 2003 pelo publicitário e filantropo Sid 
Lerner, depois de saber que os americanos consomem 15% mais carne do que o necessário, hoje está presente em 35 
países [...]. No Brasil, o movimento Segunda Sem Carne existe desde 2009, em parceria com a Sociedade Vegetariana 
Brasileira (SVB), convidando as pessoas a substituir a proteína animal pela proteína vegetal ao menos uma vez por 
semana [...]. A pecuária é uma das maiores responsáveis pelo desmatamento e pelas emissões de gases de efeito 
estufa e é grande consumidora de água. Sabendo que a carne é um ingrediente culturalmente importante no cardápio do 
brasileiro, deixar de consumi-la ao menos uma vez por semana é um passo importante para diminuir a pegada ambiental.
QUEIROZ, R. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 6 fev. 2024.
teXto II
Veja o impacto ambiental positivo que
você gera deixando os produtos de origem
animal fora do cardápio em UM DIA.
PELO PLANETA
Equivalentes
a cerca de
26 banhos
de 15 minutos
Equivalentes a
100 km rodados
num carro comum
14kg
de
CO2
EMITIDOS NA
ATMOSFERA
LITROS DE
ÁGUA
3 400
24 g de
ovos
311 g de
carnes
430 mL de leite
e derivados
Disponível em: www.svb.org.br. Acesso em: 20 set. 2022.
Os recursos linguísticos mobilizados no Texto II se diferenciam daqueles empregados no Texto I na medida em que visam
A entreter seu destinatário.
B atingir um leitor especializado.
C convencer seu receptor de algo.
D transmitir a ideia de imparcialidade.
E complementar informações já conhecidas.
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Questão 14 
Sem tradição de debate na esfera pública, boa parte 
da população brasileira só começou a participar do debate 
público de ideias quando teve acesso à internet. O maior 
problema, talvez, seja que essa inserção não se deu por 
meio de um processo educacional, mas pela compra de 
smartphones.
“Sem experiência de debate, a população começou a 
acessar a internet sem se preocupar com os limites da sua 
atuação”, opina o jornalista e doutor em Ciências Políticas 
e professor da PUC-SP Leonardo Sakamoto [...].
“O debate anônimo, sem fontes, desqualificado e que 
visa à desinformação na internet é um grande formador de 
opinião no Brasil. As pessoas não se preocupam com a 
qualidade daquilo que consomem e do que repassam desde 
que o conteúdo vá ao encontro daquilo que elas acreditam”, 
analisa. Ele compara o conteúdo on-line a um pedaço de 
carne. “No mercado, vocêolha o que está comprando, 
pergunta a procedência, sente o cheiro e toca. Na internet, 
o conteúdo é consumido olhando apenas a embalagem.”
PUGLIER, F. Como o ódio viralizou no Brasil. 
Disponível em: www.cartacapital.com. Acesso em: 24 fev. 2019.
De acordo com o texto, o modo como as informações são 
disseminadas na rede sinalizam para o fato de que
A a formação educacional do povo brasileiro está dividida 
em duas fases: a primeira foi a escolar e a segunda veio 
após o advento do smartphone.
B as tecnologias presentes em aparelhos como os 
smartphones devem estimular o senso crítico no 
compartilhamento de conteúdos na internet.
C as pessoas são responsáveis por validarem as 
informações propagadas na rede por meio de critérios 
que atestem a veracidade dessas informações.
D a pluralidade de ideias será favorável ao debate público 
quando as pessoas propagarem informações que forem 
baseadas exclusivamente naquilo que elas defendem.
E o debate realizado na esfera virtual por meio de 
smartphones propicia a divulgação de conteúdo 
desqualificado que rebaixa a experiência da discussão 
de ideias.
Questão 15 
Páris
não te avisaram i’m so sorry
ninguém lembrou de te contar
um homem que escolhe o amor
não pode ser redimido
que ele esfole com acetona
os dentes de sua irmã
que ele incendeie quarenta e três
araucárias em extinção
que ele pregue na sala de visitas
a carcaça do último búfalo d’água
tudo isso voilà
tudo isso é compreensível
mas um homem que escolhe o amor
isso é imperdoável
ROMÃO, L. também guardamos pedras aqui. São Paulo: Nós, 2021.
Na tradição ocidental, Páris é o príncipe troiano responsável 
por iniciar a lendária Guerra de Troia ao tornar-se amante 
de Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau. Ao evocá-lo 
no título, o poema reflete sobre a
A intensidade da violência em contextos de guerra.
B permanência de algumas obras no cânone literário.
C repressão social a certos comportamentos masculinos.
D invariabilidade das relações amorosas ao longo da 
história.
E mudança de estereótipos relacionados à figura do 
homem.
Questão 16 
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de 
fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. 
E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para 
fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não 
abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo 
se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se 
acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado 
porque está na hora. A tomar o café correndo porque está 
atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o 
tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para 
almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no 
ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado 
sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a 
guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja 
números para os mortos. E, aceitando os números, aceita 
não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando 
nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos 
números, da longa duração.
COLASANTI, M. eu sei, mas não devia. In: Melhores crônicas 
de Marina Colasanti. São Paulo: Global Editora, 2015.
No fragmento lido, a estruturação do texto
A utiliza recursos coesivos de forma reiterada para reforçar 
a ideia de rotina em relação à temática “acostumar-se”.
B aplica uma variedade linguística informal para aproximar 
uma temática de difícil compreensão de leitores leigos.
C emprega frases curtas e com estruturas parecidas para 
contribuir com a ideia de que há apenas reiteração em 
detrimento de fluidez.
D faz uso de uma variedade limitada de conectivos para 
demonstrar que a voz verbal não tem amplo conhecimento 
de mundo e de linguagem.
E apresenta uma linguagem sem grande repertório de 
aspectos linguísticos e aproximada da linguagem infantil 
para reforçar o título “Eu sei, mas não devia”.
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Questão 17 
teXto I
Marília Mendonça, rainha da sofrência, 
não soube o que é o fracasso
Nunca foi uma excelente cantora. Seu visual também 
não era dos mais atraentes para o mercado da música 
sertaneja, então habituado com pouquíssimas mulheres 
de sucesso – Paula Fernandes, Cecília (da dupla com 
Rodolfo), Roberta Miranda, Irmãs Galvão, Inhana (da dupla 
com Cascatinha).
Marília Mendonça era gordinha e brigava com a balança. 
Mais recentemente, durante a quarentena, vinha fazendo 
um regime radical que tinha surpreendido a muitos. Ela se 
tornava também bela para o mercado. Mas definitivamente 
não foi isso que o Brasil viu nela.
Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 dez. 2022.
teXto II
Gordofobia não perdoou Marília 
Mendonça nem no dia de sua morte
Após a confirmação de sua morte, a fiscalização em 
torno do peso da cantora marcou presença em análise 
publicada neste jornal [...]. O texto exaltava a magnitude 
da carreira trilhada por ela quando o autor observou que 
“Marília Mendonça era gordinha e brigava com a balança”, 
afirmando que recentemente a sertaneja vinha se tornando 
“bela para o mercado”. “Mas definitivamente não foi isso 
que o Brasil viu nela”, ponderou o autor.
Se a intenção era dizer que Marília Mendonça superou 
barreiras da indústria fonográfica, havia muitos outros 
exemplos e formas de fazer isso que não por meio de um 
cacoete gordofóbico. Recorrer a um eufemismo há muito 
entendido como ofensivo para se referir a um corpo gordo – 
“gordinha” – para depois dizer que isso não importou aos 
olhos do público não torna a afirmação menos grosseira. 
Era um obituário, afinal, e é difícil acreditar que essa 
observação apareceria se o personagem fosse um cantor.
Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 dez. 2022.
Os textos se relacionam de forma
A interdiscursiva, uma vez que o Texto II se posiciona em 
relação ao Texto I.
B intertextual, uma vez que o Texto II retoma o Texto I para 
realizar uma crítica.
C paródica, uma vez que o Texto II se apropria de trechos 
do Texto I para criticá-lo.
D intertextual, uma vez que o Texto I oferece a posição 
discursiva encontrada no Texto II.
E interdiscursiva, uma vez que ambos os textos 
estabelecem uma referência ao mesmo tipo de discurso.
Questão 18 
o país de 200 línguas
Oficialmente, fala-se apenas português no 
Brasil. Mas há muito mais do que isso nas 
salas de aula das aldeias indígenas.
O cineasta alemão Werner Herzog conta ter conhecido 
um aborígene australiano de 80 anos que era o último 
falante de sua língua. Como não tinha com quem conversar, 
as pessoas pensavam que ele era mudo.
O pai de Jacira – ou Cunhã Embyre Tataendydju, 
uma tupi-guarani que se declara tupinambá e vive numa 
aldeia no sopé da Serra do Mar, município de Peruíbe, 
litoral sul de São Paulo – pode muito bem ter imaginado 
essa possibilidade quando resolveu escrever, a mão, um 
dicionário em sua língua-mãe para deixá-lo aos filhos. O 
pai de Jacira morreu há um ano, mas o dicionário está com 
ela, cuidadosamente preservado, assim como uma extensa 
memória contada dia após dia por um homem consciente 
do risco de extinção de sua cultura.
“Meu pai nos passou desde cedo a ideia de que essa é 
a nossa briga: sermos reconhecidos como tupinambás. Ele 
falava o tupi antigo, o tupi moderno e o guarani e dizia que 
havia muitas diferenças entre essas línguas. Ele preparou 
meu irmão mais velho para ficar no lugar dele, para passar 
a ele tudo o que sabia, mas meu irmão se foi primeiro do 
que meu pai, então ele teve de deixar para mim pelo menos 
uma parte da preparação”, conta Jacira.
Disponível em: www.revistaeducacao.com.br/. Acesso em: 11 dez. 2018.
O Brasil, como intitula a notícia, é um país muito vasto 
cultural e linguisticamente. No texto, há o reconhecimento 
do patrimônio linguístico indígena por meio do(a)
A valorização internacional da língua tupi,exemplificada 
pelo cineasta alemão que conheceu o último falante 
vivo dessa língua.
B criação de um dicionário específico sobre a língua tupi, 
já que esse é o único aparato de legitimação de uma 
língua.
C valorização de uma língua dos povos originários, ato 
significativo tanto para a história e cultura desse povo 
quanto para o Brasil.
D minucioso registro linguístico, feito em vida, pelo último 
falante aborígene australiano, conhecido por Werner 
Herzog.
E luta de Jacira por políticas públicas nacionais que 
ensinem o tupi nas escolas brasileiras, a fim de manter 
viva a língua.
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Questão 19 
Que, em meio de tão graves sucessos, Aires tivesse 
bastante pausa e claridade para imaginar tal descoberta 
no vizinho, só se pode explicar pela incredulidade com que 
recebera as notícias. A própria aflição de Custódio não lhe 
dera fé. Vira nascer e morrer muito boato falso. Uma de 
suas máximas é que o homem vive para espalhar a primeira 
invenção de rua, e que tudo se fará crer a cem pessoas 
juntas ou separadas. Só às duas horas da tarde, quando 
Santos lhe entrou em casa, acreditou na queda do império.
— É verdade, conselheiro, vi descer as tropas pela Rua 
do Ouvidor, ouvi as aclamações à república. As lojas estão 
fechadas, os bancos também, e o pior é se se não abrem 
mais, se vamos cair na desordem pública; é uma calamidade.
Aires quis aquietar-lhe o coração. Nada se mudaria; o 
regime, sim, era possível, mas também se muda de roupa 
sem trocar de pele. Comércio é preciso. Os bancos são 
indispensáveis. No sábado, ou quando muito na segunda-
feira, tudo voltaria ao que era na véspera, menos a 
constituição [...]. Santos saiu [...]. Quisera chegar a casa, 
por medo da rua, mas quisera também ficar na rua, por não 
saber que palavras nem que conselhos daria aos seus. 
O espaço do carro era pequeno e bastante para um homem; 
mas, enfim, não viveria ali a tarde inteira. Ao demais, a rua 
estava quieta. Via gente à porta das lojas. No Largo do 
Machado viu outra que ria, alguma calada, havia espanto, 
mas não havia propriamente susto.
ASSIS, M. esaú e Jacó. Cotia: Ateliê Editorial, 2020.
Conselheiro Aires, personagem de Esaú e Jacó, romance 
publicado quinze anos após a Proclamação da República, 
avalia a mudança de regime político no país como
A prejudicial à eficiência de serviços públicos e privados.
B traumática para setores da população alheios à política.
C inócua ao andamento de atividades centrais para o país.
D benéfica para o aprimoramento das normas constitucionais.
E incontornável diante da reação negativa da maioria da 
população.
Questão 20 
A sociedade Brasileira de Pediatria (sBP) alerta 
para os perigos e impactos de longo prazo 
desse hábito na vida dos menores
“A criança e o adolescente não devem ter vida pública 
nas redes sociais. Não sabemos quem está do outro lado 
da tela. O conteúdo compartilhado publicamente, sem 
critérios de segurança e privacidade, pode ser distorcido e 
adulterado por predadores em crimes de violência e abusos 
nas redes internacionais de pedofilia ou pornografia, por 
exemplo”, explica a coordenadora do Grupo de Saúde 
Digital da SBP, Evelyn Eisenstein.
SOUZA, L. Exposição excessiva de crianças em redes sociais pode causar danos. 
eBC. Disponível em: www.agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 16 set. 2023.
A opinião da especialista Evelyn Eisenstein critica a exposição 
virtual de crianças e adolescentes porque, segundo ela, a 
prática
A torna os menores vulneráveis.
B extrapola a autoridade dos pais.
C desumaniza a imagem do menor.
D exige o amadurecimento precoce.
E estimula constrangimentos futuros.
Questão 21 
Geração Canguru
Ao mapear novas tendências de consumo no Brasil, 
publicitários acreditam ter detectado a “Geração Canguru”. 
São jovens bem-sucedidos profissionalmente, têm entre 
25 e 30 anos de idade e vivem na casa dos pais. O interesse 
neles é óbvio: compõem um nicho de consumidores com 
alto poder aquisitivo.
Ainda na “bolsa” da mãe, eles mostram que mudaram 
as fronteiras entre o jovem e o adulto. Até pouquíssimo 
tempo atrás, um marmanjão de 30 anos, enfiado na casa 
dos pais, seria visto como uma anomalia, suspeito de algum 
desequilíbrio emocional que retardou seu crescimento. [...]
Estudos de publicitários divulgados indicam um lado 
tumultuado – e nem um pouco saudável – dessa relação 
familiar. Por trás das frias estatísticas sobre tendência do 
mercado, a pergunta que aparece é a seguinte: até que 
ponto os brasileiros mais ricos estão paparicando a tal ponto 
seus filhos que produzem indivíduos com baixa autonomia?
Ao investigar uma amostra de 1 500 mães e filhos, no 
Rio e em São Paulo, a TNS InterScience concluiu que 82% 
das crianças e dos adolescentes influenciam fortemente as 
compras das famílias. A pressão é especialmente intensa nas 
classes A e B, cujas crianças, segundo os pesquisadores, 
empregam cada vez mais a estratégia das birras públicas 
para ganhar, na marra, o objeto de desejo. [...]
Os educadores alertam que muitos jovens têm dificuldade 
de postergar o prazer e buscam a realização imediata dos 
desejos; respondem exatamente ao bombardeamento 
publicitário, inclusive na ingestão de álcool, como é possível 
testemunhar, mais uma vez, nas propagandas de cerveja 
neste verão. Daí o risco de se ter “cangurus” que fiquem 
cada vez mais na bolsa (e no bolso) dos pais.
DIMENSTEIN, G. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 31 maio 2019.
O artigo de Gilberto Dimenstein faz uso das tecnologias de 
comunicação e informação ao
A preocupar-se com os motivos que levam as crianças e 
os adolescentes a desejarem comprar mais, embora já 
tenham tudo de que precisam em casa.
B apresentar como sinônimos os termos “prazer” e 
“desejo”, o que reforça a constatação de uma sociedade 
cada vez mais hedonista e consumidora.
C questionar os resultados de pesquisas realizadas pelo 
TNS InterScience como apresentando índices que não 
correspondem ao que educadores têm alertado.
D relacionar os estudos estatísticos sobre as tendências 
de consumo no Brasil com comportamentos sociais que 
reforçam as constatações feitas por educadores.
E desconfiar do tamanho da amostra de 1 500 mães e filhos 
como sendo insuficiente para caracterizar comportamentos 
sociais em um país tão vasto como o Brasil.
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Questão 22 
É som de preto, de favelado
Mas quando toca ninguém fica parado
O nosso som não tem idade
Não tem raça e nem vê cor
Mas a sociedade pra gente não dá valor
Só querem nos criticar, pensam que somos animais
Se existia o lado ruim, hoje não existe mais
Porque o funkeiro de hoje em dia caiu na real
CUNHA, A. C; ROSA FILHO, A.; VELOSO, W. R. S. V. 
Som de preto. In: Funk Brasil Bem Funk, Som Livre, 2005.
A canção trata do funk, ritmo popular brasileiro que sofre 
críticas por
A declarar a superação das mazelas sociais.
B combater a discriminação racial e de classe.
C depreciar as produções musicais periféricas.
D fazer apologia à segregação socioeconômica.
E remeter a grupos socialmente marginalizados.
Questão 23 
Quando penso na península mexicana de Yucatán, 
a primeira lembrança que me vem à mente é a do mar. 
[...] Com esta minha cabeça de quem se lembra do mar 
quando pensa nesta região (afinal, fazer o quê, não é uma 
península, ainda que bem gordinha), entrei num clima 
totalmente diferente ao conhecer Mérida recentemente. 
Mérida não fica na costa. Não tem o apelo do mar. Seu 
charme é diferente. [...] Para começar, é seguramente 
um dos melhores lugares para se comer uma das glórias 
nacionais (típica de Yucatán), a cochinita pibil. Embora seu 
principal ingrediente, o leitão, seja hoje em dia comumente 
levado ao forno, em Mérida ele é encontrado muitas vezes 
preparado à moda tradicional, em que o porco é assado 
num buraco na terra, depois desfiado e colocado sobre 
tacos. [...] Yucatán é uma prova de que pouco conhecemos 
da cozinha do México, que pode ser tão variadaquanto seu 
imenso território.
Disponível em: www w1.folha.uol. com.br. Acesso em: 30 nov. 2022.
Para convencer o leitor de sua hipótese de que a província 
de Yucatán é reconhecida por sua proximidade com o mar, 
mas que sua cultura e culinária vão além desse vínculo, o 
autor
A compara pratos da culinária costeira às tradições 
cultivadas em Mérida.
B destaca a conciliação entre ingredientes do mar e da 
terra na culinária local.
C critica a falta de elementos marinhos no cotidiano de 
cidades afastadas da costa.
D fornece exemplos de hábitos culturais que prescindem 
de elementos trazidos do mar.
E aguça o interesse do leitor pela culinária costeira que 
dispensa ingredientes trazidos do mar.
Questão 24 
Os temas gerais da escola e os específicos da Educação 
Física ficaram à mercê do processo de esportivização da 
comunidade escolar. Essa forma esportiva de tratar os 
conteúdos acabou por transformar a competição como 
princípio das relações educativas. A competição ganha tal 
força como se essa fosse a única maneira de se promover 
a formação das pessoas, em especial dos nossos jovens. 
A hegemonia da esportivização, que ao longo da história 
desempenhou papéis distintos, muitas das vezes a serviço 
da indústria cultural, acabou por gerar o processo de seleção 
de poucos para as práticas. Vários foram os discursos que 
sustentaram esse modelo esportivo tal como está colocado 
na nossa sociedade: o discurso da necessidade de se ter um 
“país olímpico”, no qual nossos “heróis” seriam um exemplo 
para crianças e jovens e motivo de “orgulho da nação”; 
o discurso econômico no qual o consumo de produtos 
e serviços, bem como do próprio espetáculo esportivo é 
gerador de emprego e renda; o discurso da prática esportiva 
como solução para problemas de saúde, uso de drogas e 
outras mazelas sociais. Dessa forma, entendemos que a 
análise, a investigação e a desconstrução dessas “falsas 
certezas” podem ser uma grande contribuição a ser dada 
por nós, professores de Educação Física.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio: Linguagens, códigos e 
suas tecnologias. secretaria de educação Básica. Brasília: Ministério 
da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. v. 1. 239 p. 
Disponível em: www.portal.mec.gov.br. Acesso em: 22 jan. 2024.
No texto, o esporte presente nas aulas de educação física 
escolar representou um(a)
A forma de possibilitar a integração justa e equilibrada 
entre os estudantes.
B meio de interação que minimiza as diferenças individuais 
entre alunos e alunas.
C estratégia com predomínio incontestável voltada para 
interesse de determinadas classes.
D recurso que diminui as distinções relacionadas às 
habilidades notórias dos jogadores e jogadoras.
E conteúdo que possibilita reduzir a comparação das 
capacidades físicas voltadas para o rendimento 
esportivo.
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Questão 25 
Ler as letras de uma página é apenas um de seus muitos 
disfarces. O astrônomo lendo um mapa de estrelas que não 
existem mais; o arquiteto japonês lendo a terra sobre a qual 
será erguida uma casa, de modo a protegê-la das forças 
malignas; o zoólogo lendo os rastros de animais na floresta; 
o jogador lendo os gestos do parceiro antes de jogar a carta 
vencedora; a dançarina lendo as notações do coreógrafo 
e o público lendo os movimentos da dançarina no palco; 
o tecelão lendo o desenho intrincado de um tapete sendo 
tecido; o organista lendo várias linhas musicais simultâneas 
orquestradas na página; os pais lendo no rosto do bebê 
sinais de alegria, medo, admiração; o adivinho chinês lendo 
as marcas antigas na carapaça de uma tartaruga; o amante 
lendo cegamente o corpo amado à noite, sob os lençóis; 
o psiquiatra ajudando os pacientes a ler seus sonhos 
perturbadores; o pescador havaiano lendo as correntes do 
oceano ao mergulhar a mão na água; o agricultor lendo o 
tempo no céu – todos eles compartilham com os leitores de 
livros a arte de decifrar e traduzir signos. Algumas dessas 
leituras são coloridas pelo conhecimento de que a coisa lida 
foi criada para aquele propósito específico por outros seres 
humanos – a notação musical ou os sinais de trânsito, por 
exemplo – ou pelos deuses, – o casco da tartaruga, o céu à 
noite. Outras pertencem ao acaso. E, contudo, em cada caso 
é o leitor que confere a um objeto, lugar ou acontecimento 
uma certa legibilidade possível, ou que a reconhece neles; é 
o leitor que deve atribuir significado a um sistema de signos 
e depois decifrá-lo. Todos lemos a nós e ao mundo à nossa 
volta para vislumbrar o que somos e onde estamos.
MANGUEL, A. uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 19.
A função predominante no texto de Alberto Manguel é a
A fática.
B poética.
C emotiva.
D conativa.
E metalinguística.
Questão 26 
Passagem pela adolescência
“Filho criado, trabalho redobrado.” Esse conhecido ditado 
popular ganha sentido quando chega a adolescência. [...]
Se a vida com os filhos adolescentes [...] é complexa 
e delicada, a vida deles também o é. [...] Vejamos dois 
motivos importantes.
Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar 
com inúmeros problemas da vida que, antes, pareciam não 
existir [...].
Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado 
atual, com ideais como consumo, felicidade e juventude 
eterna, por exemplo, compromete de largada o processo 
de amadurecimento típico da adolescência, que exige certa 
dose de solidão para a estruturação de tantas vivências e, 
principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes 
contam para conversar?
Eles precisam, nessa época de passagem para a vida 
adulta, de pessoas dispostas a assumir o lugar da maturidade 
e da experiência com olhar crítico sobre as questões 
existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com 
eles um diálogo interrogador. [...]
Quem leva a sério questões importantes para eles em 
temas como política, sexualidade, drogas, ética, depressão 
e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações 
amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.?
SAYÃO, R. Passagem pela adolescência. Folha de s.Paulo, São Paulo, 21 fev. 2018. 
Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 set. 2023.
Analisando os procedimentos argumentativos empregados 
para o sentido global do artigo, o objetivo da psicóloga com 
a publicação dele é
A confortar os jovens na complexa e delicada passagem 
que é a adolescência.
B amparar os pais e os jovens ao indicar que a adolescência 
é um processo efêmero.
C orientar os pais de adolescentes a deixá-los sozinhos 
para adquirirem maturidade.
D levar os responsáveis por adolescentes a refletirem que 
é preciso dialogar com eles.
E alertar os adolescentes a buscarem conversar com 
adultos em quem confiam quando precisar.
Questão 27 
Carro elétrico: logo mais você vai ter um
Há 120 anos, as metrópoles afundavam sob toneladas de 
esterco de cavalo. Os automóveis a combustão acabaram com 
esse problema, mas criaram outros. É hora de acabar com eles.
Existiam 11 mil táxis em Londres na virada do século 19 
para o 20. Todos pretos e elegantes, iguais aos de hoje. Só o 
motor que era diferente. Todos eram puxados por cavalos. [...]
Cada cavalo produz 10 quilos de esterco por dia, o 
que garantia a Londres sozinha um pavimento constante 
de dejetos renovado a uma taxa de 500 toneladas a cada 
24 horas. “Em 50 anos, nossas ruas estarão enterradas 
sob três metros de esterco”, escreveu o The Times em 
1894, num exercício cabível de futurologia.
Nesse mesmo ano, o alemão Karl Benz lançava o 
primeiro carro com motor a combustão interna e produção 
em larga escala [...].
Os catalisadores, que reduzem brutalmente a emissão 
de monóxido de carbono, ajudariam mais tarde a baixar 
a poluição das cidades para níveis menos intoleráveis. 
Mas as leis da física não permitem filtrar do escape outro 
subproduto da combustão, ainda mais danoso, o dióxido de 
carbono. E não dá mais para brincar com o clima.Logo, a 
transição para os carros elétricos é inevitável.
VERSIGNASSI, A. Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 7 dez. 2022.
Para argumentar sua tese, expressa no título, o autor utiliza 
como estratégia para convencimento do leitor do artigo um(a)
A pesquisa sobre as mudanças climáticas.
B exemplificação da criação do primeiro carro a combustão.
C contextualização histórica para comparar com os dias 
atuais.
D conjunto de dados numéricos para argumentar com 
precisão.
E citação de uma autoridade no assunto tratado para 
comprovar o que pensa.
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Questão 28 
Disponível em: https://commons.wikimedia.org. Acesso em: 8 maio 2019.
A Casa da Rua Santa Cruz, em São Paulo, projetada por 
Gregori Warchavchik e construída no início da década 
de 1920, é considerada um dos primeiros exemplares de 
arquitetura moderna no Brasil. Nela é possível identificar 
características desse estilo, como
A ornamentações, que demonstram um interesse pelo 
estilo Art Nouveau.
B fachada de linhas simples e sinuosas, influência da 
obra de Oscar Niemeyer.
C presença de vegetação tropical, demonstrando um 
interesse em criar um ambiente exótico.
D simetria e regularidade das formas do edifício, 
demonstrando influência da arquitetura Românica.
E linhas simples e de ângulos retos na fachada, 
demonstrando influência das vanguardas construtivas 
europeias.
Questão 29 
Segundo a Organização das Nações Unidas, 9,6% dos 
8 bilhões de habitantes do planeta têm mais de 65 anos 
e, em 2050, serão 16,5% de 9,7 bilhões. Tal processo 
de envelhecimento da população provoca impacto direto 
no sistema de saúde, e governos precisam se antecipar 
aos desafios vindouros. Dentre as mazelas que atingem 
os idosos, destacam-se as síndromes que causam déficit 
progressivo na função cognitiva. Mais de 55 milhões 
de pessoas vivem com demência no mundo, de acordo 
com a Organização Mundial da Saúde. Em 2050, serão 
cerca de 140 milhões [...]. Evidências mostram que a 
prevenção exige políticas interdisciplinares de médio e 
longo prazo [...]. O tratamento também é multifatorial e 
não se restringe à terapia medicamentosa. Envolve, além 
de neurologistas, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, 
cuidadores, reabilitação e cuidados paliativos [...]. 
Políticas públicas que se antecipem ao aumento de casos 
de demência devem se basear não apenas em fatores 
propriamente médicos mas também em ações de combate 
à desigualdade social – a baixa escolaridade, por exemplo, 
é o principal fator de risco da doença.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 set. 2023.
No fragmento deste editorial jornalístico, a norma-padrão 
da língua portuguesa é empregada com a finalidade de
A conferir autoridade científica ao texto.
B impressionar o público leitor do jornal.
C transmitir informações de forma clara e coesa.
D fazer o texto circular em distintas esferas do poder.
E educar cidadãos suscetíveis à enfermidade mencionada.
Questão 30 
O alongamento agudo, realizado antes da prática 
esportiva e ou de exercícios, promove diminuição da 
performance muscular principalmente em salto vertical. 
No entanto, em estudos que envolveram programas 
de alongamento e verificaram seus efeitos crônicos, 
constatou-se que o alongamento realizado antes da 
prática esportiva ou do exercício, trouxe ganhos para a 
flexibilidade e performance muscular no longo prazo. A 
relação da eficiência do alongamento antes do exercício 
ou treino com o objetivo de prevenir lesões não tem sido 
sustentado por muitos autores. A incidência de lesão está 
estritamente ligada à idade e ao nível do condicionamento 
e não à prática de alongamento antes da atividade física. 
Acredita-se que há outros mecanismos, provavelmente 
relacionados ao processo de aquecimento, que justificaria 
uma menor incidência de lesões.
ALMEIDA, P. H. F. et al. Alongamento muscular: suas implicações na performance e 
na prevenção de lesões. Fisioterapia em Movimento, v. 22, n. 3, 2017 (adaptado).
O alongamento realizado antes da prática esportiva
A é proporcional ao ganho de flexibilidade e performance 
muscular durante a atividade a ser realizada.
B possui efeitos contrários no desempenho muscular, se 
observado em um contexto de curto prazo.
C possui efeitos contrários na prevenção de lesão, 
se considerados diferentes períodos da temporada 
esportiva.
D não afeta, assim como a idade e o nível de 
condicionamento físico, a incidência de lesões durante 
a prática esportiva.
E diminui a incidência de lesões musculoesqueléticas se 
associado a fatores como aquecimento e aumento do 
condicionamento.
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Questão 31 
Como funciona a cloud computing?
A computação em nuvem usa um servidor remoto para conectar dispositivos dos usuários a recursos centralizados. 
Um servidor remoto armazena todos os dados e programas de que você precisa e pode estar no seu próprio país ou do 
outro lado do mundo, por exemplo, no Japão. O fato é que você pode acessá-los on-line, de qualquer lugar, mesmo que 
estejam armazenados a quilômetros de distância. Existem 3 tipos de computação em nuvem: o público, o privado e o 
híbrido. Se você tem uma empresa e planeja usar um serviço na nuvem, tenha em mente que a escolha dependerá de 
fatores relacionados a custo, disponibilidade, desempenho e expectativas.
MAGALHÃES, T. Disponível em: www.rockcontent.com. Acesso em: 12 set. 2023.
Segundo o texto, a cloud computing tem relação com a ubiquidade, isto é, a característica daquilo que se faz presente em 
todos os lugares. Nesse sentido, infere-se que a computação em nuvem é ubíqua porque
A possibilita o acesso de recursos a usuários em lugares diferentes e no mesmo tempo cronológico.
B antecipa o processamento de recursos a usuários em lugares iguais e em tempos distintos.
C mobiliza os recursos em um mesmo lugar ao mesmo tempo em que diferencia os usuários.
D simplifica os recursos em todos os lugares ao mesmo tempo em que identifica os usuários.
E esquematiza o acesso dos usuários a recursos em lugares iguais e em tempos distintos.
Questão 32 
Disponível em: www.spurbanuss.com.br. Acesso em: 15 set. 2023.
No cartaz, o emprego de elementos verbais e não verbais busca
A celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente.
B criticar o mercado automobilístico brasileiro.
C informar estatísticas sobre a poluição no país.
D divulgar novas formas de transporte no Brasil.
E incentivar o uso de transportes menos poluentes.
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Questão 33 
Minas
Se eu encostasse 
meu ouvido
no seu peito
ouviria o tumulto
do mar
o alarido estridente
dos banhistas
cegos de sol
o baque
das ondas
quando despencam
na praia
Vem
escuta
no meu peito
o silêncio
elementar
dos metais
MARQUES, A. M. o livro das semelhanças. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
No poema, a complementariedade entre os dois amantes é 
expressa pela alusão a
A memórias vividas em conjunto.
B elementos naturais semelhantes.
C corpos unidos irremediavelmente.
D espaços com elementos diversos.
E ruídos emitidos por cada um deles.
Questão 34 
A mulher estendeu-lhe a mão e sorriu. O homem 
pareceu não ter notado o gesto. Ficou imóvel no meio do 
quarto, os braços caídos ao longo do corpo, o olhar fixo na 
janela.
— Havia ali uma roseira.
Lentamente ela amarrou na cintura o cinto do penhoar 
de seda japonesa. Examinou mais atenta o homem alto 
e magro, um pouco arcado, de cabelos grisalhos com 
reflexos de prata.
— Que roseira?
— Uma roseira — disse ele num tom velado, vagando 
o olhar pelo quarto. — Certa vez, deu mais de cem rosas. 
Umas rosas enormes, vermelhas…
— Como é que o senhor sabe?
— Meu filho morreu neste quarto.
Ela sentou-se na beirada da cama. O riso foi-se 
desfazendo nos lábios grossos, mal pintados.
— Seu filho?!
— Este era o quarto dele — disse o homem voltando 
para a mulher o olhar fatigado. Tinha olhos palidamente 
azuis e falava baixinho, como se receasse ser ouvido.Um olho era bem maior do que o outro. — Exatamente 
onde está sua cama ficava a cama dele.
Ela descruzou as pernas e lançou um olhar constrangido 
para a cama coberta de almofadas coloridas.
TELLES, L. F. A janela. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Um texto narrativo requer em sua construção uma unidade 
temática e que novas informações sejam acrescentadas 
a esse tema. No trecho, observa-se esse processo por 
meio do
A uso dos verbos no modo infinitivo.
B uso contínuo de locuções adverbiais de tempo.
C foco narrativo centrado em uma personagem.
D relação exclusivamente semântica dos eventos.
E emprego de tempos verbais distintos que indicam 
progressão.
Questão 35 
De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. 
Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de difícel, 
peixe vivo no moquém: quem mói no asp’ro, não fantasêia. 
Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos 
dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste 
gosto, de especular ideia.
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. 30. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1995.
Nesse romance de Guimarães Rosa, o narrador-personagem 
versa sobre sua própria vida. No fragmento, está expressa 
a variante regional de Riobaldo, sendo um exemplo uma 
palavra grafada com acento em desacordo com a norma-
padrão, o que singulariza uma
A conjugação verbal feita por assimilação.
B diferença sutil de grafar palavras com o mesmo significado.
C aliteração para demarcar as consoantes mais usadas 
por ele.
D supressão de vogal para representar o modo de falar 
do sertanejo.
E redução linguística comum quando há sílabas parecidas 
ao lado da outra.
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Questão 36 
Quem poderá, guerreiro, nos seus cantos
A voz dos piagas teus um só momento
Repetir; essa voz que nas montanhas
Valente retumbava, e dentro d’alma
Vos ia derramando arrojo e brios,
Melhor que taças de cauim fortíssimo?!
[...]
Cantor das selvas, entre bravas matas
Áspero tronco da palmeira escolho.
Unido a ele soltarei meu canto,
Enquanto o vento nos palmares zune,
Rugindo os longos encontrados leques.
DIAS, G. os timbiras. Disponível em: 
www.literaturabrasileira.ufsc.br. Acesso em: 7 dez. 2022.
A poesia indianista de Gonçalves Dias contribuiu para a 
literatura nacional, pois
A exaltou as belezas do Brasil.
B registrou os detalhes do país no século XIX.
C mostrou que a América tem mais recursos naturais que 
a Europa.
D apresentou um personagem construído como parte da 
identidade brasileira.
E representou um amor impossível de ocorrer entre os 
indígenas e os portugueses.
Questão 37 
O tempo passa, e alguns países que, décadas atrás, 
fizeram grandes planos de se tornar potências mundiais no 
futebol, como Estados Unidos e Japão, não conseguem, 
mesmo melhorando, se aproximar das fortes seleções. 
Isso apesar dos altíssimos investimentos na estrutura e 
na formação de atletas. Não há uma fórmula, um modelo 
que garanta a produção de bons jogadores em série, como 
se fosse uma fábrica de parafusos, o que me lembra do 
inesquecível filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin. 
O craque não se faz na escola.
TOSTÃO. Seleção brasileira é melhor no sistema defensivo até agora: Thiago 
Silva, Marquinhos e Casemiro, além de Vinicius Junior, foram os destaques 
nos dois jogos. Folha de s.Paulo. São Paulo, p. 1-2. 29 nov. 2022. 
Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 30 nov. 2022.
Nessa crônica esportiva, o autor faz uma crítica à
A inferioridade de desempenho físico dos jogadores dos 
Estados Unidos e do Japão.
B falha da escola ao selecionar estudantes com um 
gestual técnico esportivo diferenciado.
C utilização de métodos de treinamento padronizados que 
desconsideram as adaptações individuais e o ambiente 
cultural.
D dificuldade dos jogadores dos Estados Unidos e 
do Japão de apresentar gestos técnicos para jogar 
comparados a fortes seleções.
E ineficiência da educação física escolar em não possuir 
um treinamento adequado visando a superação dos 
limites do desempenho esportivo.
Questão 38 
Os sistemas de visão artificial confundem uma tartaruga 
de brinquedo com um rifle [...].
Esses dispositivos foram treinados para enxergar 
padrões, e bastam mudanças sutis de simetria para 
desnorteá-los, como demonstra o estudo dos sinais de 
trânsito publicado [...].
As pessoas também evoluíram ao longo de milênios 
para enxergar padrões. “Somos feitos para identificar 
rostos, e os vemos nas nuvens, nas manchas da parede, 
fazemos isso continuamente”, explica José Manuel Molina, 
do grupo de inteligência artificial [...] de Madri. Um humano 
conhece o contexto dessa imagem, sabe que se parece 
com um rosto, mas que na verdade é uma nuvem. Por 
outro lado, a experiência de vida de um algoritmo de visão 
se limita à base de dados com milhares de imagens com 
as quais é repetidamente treinado. “Os algoritmos foram 
desenhados para resolver problemas muito concretos, mas 
não para compreender o que está acontecendo ao seu 
redor [...]”, resume Molina.
RODRIGUEZ, N. estupidez artificial: o problema que ninguém anteviu. 
Disponível em: www.brasil.elpais.com. Acesso em: 9 jun. 2019.
Sobre a eficiência da inteligência artificial utilizada em carros 
autônomos, o autor
A defende que os algoritmos, assim como os humanos, 
têm alta capacidade de ação em situações muito 
específicas do cotidiano.
B corrobora sua eficácia por meio da opinião de um 
especialista, que pontua ser essa inteligência a 
resolução de problemas reais da sociedade.
C reconhece que a inteligência artificial não desenvolveu 
uma capacidade interpretativa da realidade que 
possibilite a ela uma interação emotiva com o meio 
social.
D problematiza a habilidade tecnológica dos algoritmos, 
visto que seu aperfeiçoamento se restringiu a um 
treinamento mecânico desconectado de contextos 
factuais.
E põe em dúvida as críticas dirigidas à inteligência 
artificial, argumentando que esse tipo de inteligência 
se desenvolveu do mesmo modo que os humanos: 
reconhecendo padrões.
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Questão 39 
Nas sociedades indígenas a arte é um elemento que 
perpassa todas as suas esferas. O artista é antes de tudo 
um artesão e seu conhecimento está ao alcance de todos 
assim como o resultado de seu ofício, pois confecciona 
coisas que desempenham um papel pragmático na vida 
comunitária.
GRUPIONI, L. D. B. (Org.). Índios no Brasil. Brasília. 
Ministério da Educação e do Desporto, 1994. p. 88.
O texto aponta que o trabalho do artista indígena é 
reconhecido por
A dispor de técnicas avançadas.
B representar uma arte monopolizada.
C possuir um alto preço na comunidade.
D criar objetos com utilidades para uso cotidiano.
E produzir peças de funções unicamente decorativas.
Questão 40 
Os livros digitais já foram lidos por 26% dos 
entrevistados ouvidos pela 4a edição da pesquisa Retratos 
da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope sob encomenda 
do Instituto Pró-Livro [...]. O celular foi o dispositivo de 
leitura mais comum, usado por 56% dos leitores de livros 
digitais. Na sequência aparecem: computador (49%), tablet 
(18%), leitores digitais [...] (4%).
Entre as formas de acesso, 88% afirmaram ter baixado 
gratuitamente na internet e 15% disseram ter pago o 
download. Livros de literatura, como contos, romances ou 
poesias são os preferidos, com 47%, logo depois seguidos 
por livros técnicos, para formação profissional, com 33%.
Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 14 set. 2022 (adaptado).
Do ponto de vista dos dados levantados pela pesquisa, fica 
evidente o(a)
A consumo exclusivo de livros com teor literário.
B preferência da maioria dos entrevistados pelos livros 
digitais.
C interesse por livros que contribuam para a formação dos 
entrevistados.
D preponderância de livros comprados frente aos baixados 
gratuitamente.
E abandono de computadores como dispositivos de leitura 
de livros profissionalizantes.
Questão 41 
sem um numero
um numero
numero
zero
um
onu
mero
numero
um numero
um sem numero
CAMPOS, A. 1962.
A partir do Concretismo, a literatura apresentou uma 
característica inovadora: a opção pela criação de poemas 
que dispensam a estruturação em versos. Tendo em vista 
esse movimento artístico, nesse poema de Augusto de 
Campos, além da abolição do verso, há
A lirismo exaltado nas palavras usadas.
B assimetria na organização das palavras.
C destaque na expressividade do eu lírico.
D transgressão da premissa estética da concisão.
E materialização dos signos linguísticos no espaço.
Questão 42 
O Neoexpressionismo trouxe de volta traços que 
haviam desaparecido, como o conteúdo reconhecível, a 
referência histórica, a subjetividade e a crítica social.
STRICKLAND, C.; BOSWELL, J. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno. 
Tradução: Ângela Lobo de Andrade. 8. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 188.
Uma das formas de expressão artística neoexpressionista 
deu voz e reconhecimento a um grupo de artistas. Essa 
manifestação é reconhecida como
A pop art, que criticava a sociedade de consumo.
B fotografia de rua, que registrava o cotidiano sem traços 
artificiais.
C instalação artística, que possibilitava experiências 
multissensoriais.
D arte performática, que eliminava as fronteiras entre 
artista e público.
E grafite, que não foi aceito a princípio por ser interpretado 
como vandalismo.
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Questão 43 
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das 
Relações de Consumo, contará o poder público com os 
seguintes instrumentos, entre outros:
I. manutenção de assistência jurídica, integral e 
gratuita para o consumidor carente;
II. instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do 
Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
III. criação de delegacias de polícia especializadas no 
atendimento de consumidores vítimas de infrações 
penais de consumo;
IV. criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas 
e Varas Especializadas para a solução de litígios de 
consumo;
V. concessão de estímulos à criação e desenvolvimento 
das Associações de Defesa do Consumidor.
BRASIL. Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do 
Consumidor. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 10 jun. 2019.
O quinto artigo do Código de Defesa do Consumidor se 
propõe a
A explicitar as penalidades decorrentes de práticas ilícitas 
de consumo.
B apresentar a finalidade da Política Nacional das Relações 
de Consumo.
C detalhar as ações de agentes designados a promover 
o consumo legal.
D garantir a assistência jurídica aos consumidores vítimas 
de irregularidades na compra de produtos e serviços.
E caracterizar os dispositivos responsáveis por garantir os 
direitos prescritos no Código de Defesa do Consumidor.
Questão 44 
Posto que as notícias do achamento da terra nova já 
são da vossa ciência por relato de Pero Vaz de Caminha e 
outros, resumirei minha conta do que já sabeis, rogando o 
perdão de Vossa Alteza para o pecado que um escrevedor 
mais teme, o da redundância. [...] Pois quem vos escreve é 
Fuas Roupinho, escrivão embarcado com Vasco de Ataíde 
na nave tresmalhada, de cujo desaparecimento vos deu 
conta o Caminha.
Mudo de parágrafo para que Vossa Alteza refaça-se do 
susto que lhe causaram meu nome e o do meu capitão. Faz 
parte da arte de escrever a distribuição sagaz de espaços 
abertos, como os jardins nas casas mouras. Assim respira 
o texto e respira o leitor. Toda arquitetura, de pedra ou 
palavra, deve ter aberturas bem-postas por onde circule o 
ar e cure-se a opressão, e não pretendo que esta carta 
seja uma enclausura onde vosso espanto procure a saída 
em vão, como uma freira tomada de fogos, um fantasma 
novato num mausoléu, ou um traque num calção. Respire, 
rei, e prepare-se para estranhezas. Vossos navegadores 
não vos deram apenas este mundo, destamparam muitos 
outros. Horrores e maravilhas, horrores e maravilhas.
VERISSIMO, L. F. Disponível em: www.docente.ifrn.edu.br. Acesso em: 13 set. 2022.
O uso da norma-padrão empregado pelo autor do texto visa 
levar o leitor a perceber
A o grau de formalidade existente ente autor e receptor.
B o nível de intimidade e entrosamento entre os 
interlocutores.
C a irreverência do locutor quanto aos protocolos típicos 
do gênero epistolar.
D a assimetria entre locutor e interlocutor, dado que o 
autor da carta se impõe como figura de autoridade.
E as tensões entre o locutor da carta e outras figuras 
por ele referidas quanto à veracidade das informações 
reveladas.
Questão 45 
Meu anjo
Meu anjo tem o encanto, a maravilha
Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pelo sedoso dos arminhos.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus lábios o gemido escuto
É leve a criatura vaporosa
Como a frouxa fumaça de um charuto.
Parece até que sobre a fronte angélica
Um anjo lhe depôs coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
Como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do paraíso.
Dá morte num desdém, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorriso!
AZEVEDO, Á. Lira dos vinte anos. 
São Paulo: Martins Fontes, 1996. (Coleção Poetas do Brasil).
Nesse poema, a figura da mulher deixa de ser apresentada 
unicamente como ser sublime, característica muito 
abordada no período ao qual pertence, sendo associada a
A sujeitos heroicos nacionais.
B animais fortes e independentes.
C seres angelicais, puros e inocentes.
D transformações nos períodos do dia.
E elementos dos prazeres dos sentidos.
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INstRuÇÕes PARA A ReDAÇão
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
 4.2. fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
 4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
teXto III
» Approach: abordagem
» Background: experiência, repertório
» Backstage: bastidor
» Brainstorm: chuva ou toró de ideias
» Brie�ng: demanda
» Budget: orçamento
» Call: reunião
» CEO: diretor-executivo
» Commodity: mercadoria, matéria-prima
» Deadline: prazo
» Feedback: avaliação
» Follow-up: acompanhamento
» Gap: lacuna
» Know-how: conhecimento
» Mindset: mentalidade
» Networking: rede de conexões ou contatos
» Newsletter: boletim de notícias
» Paper: artigo
» Skill: habilidade
» Trend: tendência
» Workshop: o�cina, seminário
Você pode substituir...
Muitas palavras em inglês utilizadas no mundo do trabalho possuem 
correspondente no nosso idioma. Con�ra algumas alternativas para 
trocar o estrangeirismo pelo bom português e ter uma comunicação 
mais assertiva, com todos os tipos de público:
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 19 fev. 2024 (adaptado).
teXto IV
Tupi or not tupi, that’s the question. A frase bem traduz o 
sentimento de Oswald de Andrade. Os nossos primeiros poetas 
modernistas demonstraram abertamente o seu sentimento 
nacionalista. Exacerbado e até xenófobo. E essa aversão não 
era só a tudo que era estrangeiro mas também à sintaxe 
lusitana. Era o desejo de valorizar o que é nosso, a nossa língua, 
a língua falada no Brasil. Por muito tempo, em nossas escolas, 
os professores ensinavam como “erro” o uso de galicismos, ou 
seja, o modo de falar ou escrever próprio da língua francesa. 
Era proibido falar ou escrever abajur, chofer, detalhe... Éramos 
obrigados a substituir por quebra-luz, motorista e pormenor. 
E o tempo provou que estávamos enganados.Hoje, todos nós 
usamos – sem culpa ou pecado – abajur, chofer e detalhe. 
Temos até um belíssimo réveillon, na sua forma original.
NOGUEIRA, S. Tupi or not tupi, that’s the question. Dicas de Português. g1, 
7 jan. 2014. Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2023.
PRoPostA De ReDAÇão
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Estrangeirismos 
idiomáticos: adoção e popularização de termos para a língua portuguesa”, apresentando proposta de intervenção que 
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a 
defesa de seu ponto de vista.
teXto I
O estrangeirismo, aliás, nem precisa de espada ou bomba 
para se estabelecer num território. Relações de comércio 
ou grande destaque internacional de um país acabam 
promovendo essa influência também. E é por isso que, antes 
que os Estados Unidos conquistassem admiração mundial, 
brasileiro gostava mesmo era de imitar francês. E não era 
para menos. Durante o século 19 e o início do 20, a França 
foi um imenso império que incluía boa parte da África Central 
e Ocidental, o Sudeste Asiático e ilhas do Pacífico. Nas 
Américas, segue-se falando francês na do Norte (Canadá), na 
do Sul (Guiana Francesa) e no Caribe (Haiti, Guadalupe etc.). 
A tradição cultural da França conquistou brasileiros de todas 
as classes sociais. Quando o Rio de Janeiro era nossa capital, 
a arquitetura francesa predominou nos edifícios fluminenses, 
marcados pelos estilos art nouveau e art déco. No centro da 
cidade, o Theatro Municipal foi inspirado na Ópera de Paris.
CARVALHO, A. O bem e o mal do estrangeirismo. superinteressante, 18 mar. 2022. 
Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 15 nov. 2023.
teXto II
Ao andar pelas ruas das médias e grandes cidades 
brasileiras, é possível perceber como estamos rodeados de 
palavras estrangeiras, principalmente importadas do inglês, 
que “invadem” salões de beleza, restaurantes, placas com 
nomes de bairros, edifícios comerciais e não comerciais, 
entre outros lugares. Assim, é comum deparar com termos 
como hair, self service, selfie, fast food, deliver, tower, release, 
check-up, download, upload. Realidade que deixaria o escritor 
Ariano Suassuna, conhecido por sua irritação ao tratar do 
tema, ainda mais exasperado: “Eu nunca trocaria oxente 
por um ok de ninguém”. Segundo a professora de Filologia 
e Língua Portuguesa Ieda Maria Alves, da Faculdade de 
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, o estrangeirismo 
na linguagem é um fenômeno inevitável e natural que sempre 
esteve presente na formação cultural de qualquer língua. A 
americanização, por sua vez, faz parte deste processo. “É 
importante explicar que o prestígio de um idioma depende do 
prestígio de uma cultura. Por exemplo, o termo fast food surgiu 
porque nós importamos o modo de preparar uma refeição com 
maior agilidade. Outro exemplo é a palavra delivery. Até então, 
no Brasil, a entrega de um produto não era instantânea como 
hoje em dia, demorava-se pelo menos um dia.”
“Tupi or not Tupi, that is the question”. Reportagem sobre estrangeirismos 
na Língua Portuguesa. Revista Arruaça – Cásper Líbero, 30 jun. 2015. 
Disponível em: www.casperlibero.edu.br. Acesso em: 15 nov. 2023.
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CIÊNCIAs HuMANAs e suAs teCNoLoGIAs
Questões de 46 a 90
Questão 46 
teXto I
Novas fotografias de satélite mostram o que seriam ilhas 
artificiais que estariam sendo construídas secretamente 
pelo governo chinês no meio do Mar do Sul da China, em 
uma área marítima que o país disputa com as Filipinas e 
Vietnã.
Do alto, o avanço das controversas ilhas artificiais da China. BBC. 
Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 5 dez. 2018.
teXto II
O controle do Mar do Sul da China é um dos conflitos 
geopolíticos mais importantes e antigos do leste asiático. 
China, Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan disputam 
há séculos a soberania sobre diferentes partes de um 
território que é chave para o tráfego marítimo mundial, 
especialmente de navios petroleiros. Trata-se também de 
um local rico em recursos pesqueiros. Acredita-se também 
que abrigue importantes reservas de petróleo e gás.
As impressionantes ilhas militares construídas pela China em tempo 
recorde. BBC. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 fev. 2020.
A China está realizando investimentos no Mar do Sul com 
o intuito de
A construir fazendas de algas marinhas.
B promover a pesca sustentável regional.
C viabilizar usinas de energia maremotriz.
D garantir a posse de recursos naturais potenciais.
E defender a concessão de exploração petrolífera 
internacional.
Questão 47 
Por agora, ó Heitor, ufana-te à grande. A ti outorgou
a vitória Zeus, Crónida e Apolo, que me subjugaram
facilmente. Pois eles próprios me despiram as armas dos
[ombros.
Mas se vinte homens como tu me tivessem enfrentado,
todos aqui teriam morrido, subjugados pela minha lança.
HOMERO. A Ilíada. Tradução e adaptação de Frederico Lourenço. 
São Paulo: Quetzal, 2019.
A análise da cena evidencia uma característica da 
sociedade grega, a
A diversidade populacional em Atenas.
B representação teatral dos confrontos antigos.
C militarização dos baixos estamentos espartanos.
D ideia de interferência divina no destino da sociedade.
E aceitação da democracia como forma de administração.
Questão 48 
O imaginário de indivíduos e grupos passa a adquirir 
novos significados ao mesmo tempo em que se tornam 
mais visíveis as relações e as estruturas de dominação e 
apropriação, integração e fragmentação, poder e resistência. 
Apoiando-se na internet e em recursos inovadores de 
comunicação e mobilização, vários movimentos sociais 
contemporâneos desafiam a globalização, provocando uma 
conflitividade que deve ser tomada em conta em qualquer 
interpretação teórico-metodológica sobre os movimentos 
sociais.
BRINGEL, B. M. O lugar nos movimentos sociais e o lugar da geografia na 
teoria dos movimentos sociais. Boletim Goiano de Geografia, v. 27, n. 2, 
jan.-jun., 2007, p. 35-49. Universidade Federal de Goiás Goiás, Brasil.
O texto se refere aos movimentos sociais da atualidade 
afirmando que estes demonstram
A radicalismo, provocando mudanças estruturais de poder 
por meio de protestos.
B legitimidade, podendo ser equiparados à participação 
popular por meio do voto.
C apatia, compreendendo a falta de possibilidade de 
mudanças estruturais na sociedade.
D abdicação, mediante conciliação com outros atores 
da sociedade para que ocorram transformações na 
sociedade.
E inovação, pois adaptam-se a novas ferramentas 
tecnológicas para compreensão da sociedade, 
articulação interna e de atuação.
Questão 49 
Num mundo que se encontra cada dia mais submetido 
às forças da globalização e da homogeneização, e onde 
a busca de uma identidade cultural é, algumas vezes, 
perseguida através da afirmação de um nacionalismo 
agressivo e da supressão da cultura das minorias, a 
principal contribuição fornecida pela consideração do 
valor de autenticidade na prática da conservação é 
clarificar e iluminar a memória coletiva da humanidade. 
A diversidade de culturas e patrimônios no nosso mundo 
é uma insubstituível fonte de informações a respeito da 
riqueza espiritual e intelectual da humanidade. A proteção 
e valorização da diversidade cultural e patrimonial no nosso 
mundo deveria ser ativamente promovida como um aspecto 
essencial do desenvolvimento humano.
uNesCo. Conferência de Nara sobre Autenticidade. Paris: Unesco, 1995.
O texto informa uma renovação na forma de pensar as 
políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural, 
destacando como se tornam pautas relevantes a partir 
do avanço da globalização, uma vez que essas políticas 
pretendem
A descartar obras de arte de pouca relevância social.
B preservar intactos os grandes sítiose monumentos.
C promover a memória coletiva e identidade dos povos.
D diminuir a deterioração de construção da antiguidade.
E valorizar as produções culturais de um povo específico.
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Questão 50 
DA VINCI, L. o Homem Vitruviano. Disponível em: 
www.leonardodavinci.net. Acesso em: 24 set. 2020.
O Homem Vitruviano, obra produzida por Leonardo da 
Vinci em 1487, constitui um precioso testemunho das 
transformações então em curso na arte e na mentalidade 
durante o Renascimento, pois
A promove uma representação romântica e idílica do 
corpo humano, figurando-o como ele deveria ser.
B adota uma perspectiva mística e profana do homem, 
representando-o como um ser bizarro e anômalo.
C incorpora o texto escrito à linguagem visual do desenho, 
produzindo uma totalidade de sentido inédita.
D rompe em absoluto com os temas e valores da religião 
católica, professando uma visão laica de mundo.
E elege o corpo humano como o objeto privilegiado da 
representação artística, tomando-o em suas reais 
proporções.
Questão 51 
Os movimentos sociais cobram o que a lei determina. 
E o Estado brasileiro – na forma de seus três poderes – 
tem se esforçado para atender esses objetivos? Roberto 
Romano, professor de Ética e Filosofia Política da Unicamp, 
acha que não. Ele critica o Executivo por, na sua opinião, 
ter atitude pouco sistemática e não cumprir com o que 
prometeu aos movimentos sociais.
“Alguns setores são atendidos, mas outros não. Há um 
misto de satisfação e de insatisfação com o Executivo nesse 
plano. Do ponto de vista da reforma agrária, é evidente 
que as metas prometidas não são cumpridas. Do ponto 
vista do emprego também. E, sobretudo no meu campo, 
que eu prezo mais, do ponto de vista ético, que é a defesa 
dos direitos humanos, nós temos uma falha fundamental, 
porque não está se conseguindo manter a segurança com 
a justiça. Os dois elementos não estão realizados”.
Disponível em: www.camara.leg.br. Acesso em: 16 set. 2023.
Segundo o texto, as conquistas constitucionais brasileiras 
são limitadas, pois
A enfocam-se no meio rural.
B restringem-se às grandes metrópoles.
C têm os seus preceitos cumpridos limitadamente.
D concentram-se na diminuição da desocupação do setor 
de serviços.
E desconsideram as demandas ambientais de organismos 
multilaterais internacionais.
Questão 52 
Por que a guerra? Já no curto período do entreguerras, 
de 1919 a 1933, Albert Einstein, em 1932, encarregado 
da Liga das Nações [...], se dirige, em carta, a uma das 
sumidades mundiais, Sigmund Freud, em busca de 
respostas: “Existe alguma forma de livrar a humanidade da 
ameaça de guerra? É do conhecimento geral que, com o 
progresso da ciência nos nossos dias, esse tema adquiriu 
significação de assunto de vida ou morte para a civilização, 
tal como o conhecemos; não obstante, apesar de todo o 
empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo 
terminaram em lamentável fracasso”.
DA SILVA, F. C. T.; LEÃO, K. S. S. Por que a guerra?: Das batalhas gregas à 
ciberguerra – Uma história da violência entre os homens. Editora José Olympio, 2018.
O excerto da correspondência de Albert Einstein aponta 
para o fato de que
A as colaborações científicas internacionais abriram 
caminho para o fim dos conflitos.
B quanto mais as ciências e a tecnologia avançaram, 
mais as políticas militaristas recuaram.
C os extremismos ideológicos do período contrastaram 
com a isenção política dos cientistas.
D a crise humanitária levou a um declínio das ciências 
exatas em favor das ciências humanas.
E o potencial bélico das novas tecnologias gerou 
apreensão em meio às rivalidades europeias.
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Questão 53 
teXto I
Área da Caatinga, por estado
O que é a Caatinga e seu estado de preservação. Nexo, 2021. Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 8 set. 2023.
teXto II
De repente, uma variante trágica. Aproxima-se a seca. O sertanejo adivinha-a e graças ao ritmo singular com que 
se desencadeia o flagelo. Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente 
que irradia do Ceará. [...] A seca não o apavora. É um complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em cenários 
tremendos. Enfrenta-a, estoico. Apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem número de terríveis 
episódios, alimenta a todo o transe esperanças de uma resistência impossível. Com os escassos recursos das próprias 
observações e das dos seus maiores, em que ensinamentos práticos se misturam a extravagantes crendices, tem 
procurado estudar o mal, para o conhecer, suportar e suplantar. Aparelha-se com singular serenidade para a luta. Dois ou 
três meses antes do solstício de verão, especa e fortalece os muros dos açudes, ou limpa as cacimbas. Faz os roçados 
e arregoa as estreitas faixas de solo arável à orla dos ribeirões. Está preparado para as plantações ligeiras à vinda das 
primeiras chuvas.
CUNHA, E. os sertões. São Paulo: Três, 1984 (adaptado).
O mapa e o excerto ilustram uma relação entre vida humana e paisagem marcada pela
A ausência de rio de grande porte devido à aridez extrema.
B inexistência de grandes cidades graças às condições do semiárido.
C continuidade do uso das mesmas tecnologias e técnicas ao longo dos séculos.
D adoção de estratégias de sobrevivência adaptadas às características do bioma.
E preservação diminuta de áreas vegetativas por conta da sua irrelevância ambiental.
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Questão 54 
teXto I
Tendo se tornado um dos principais problemas a ser 
enfrentado neste período, a questão da manutenção da 
segurança pública e da ordem, fortemente ameaçadas 
pela eclosão de frequentes sedições de escravos e pela 
descoberta da organização de tantas outras, com mãos 
abolicionistas, implicaram a montagem, por parte das 
autoridades policiais, com a anuência dos governos provincial 
e imperial, de uma estratégia de desinformação e censura 
no tratamento público da questão escrava. Incapazes de 
fazer frente às tropelias dos escravos e à ousadia dos 
abolicionistas, buscava-se descaracterizar a periculosidade 
das ocorrências que envolviam estas categorias, evitando 
o pânico das populações e a emergência de uma discussão 
generalizada sobre a deterioração dos mecanismos de 
controle social e a urgência da resolução da instituição servil.
MACHADO, M. H. P. T. Escravos e cometas. Movimentos sociais na 
década da abolição. Revista Interdisciplinar de Cultura, v. 4, n. 5, 1993.
teXto II
Nas últimas décadas do século XIX, houve um 
agravamento das lutas entre senhores e escravos, e 
um aumento do número de crimes praticados contra os 
senhores e seus prepostos. [...] As insurreições seriam 
manifestações de um modo de se libertar da escravidão 
encontrado pelos escravos, que não se resignariam a ser 
atores passivos do processo abolicionista que crescia nos 
últimos anos do século XIX.
VITORINO, A. J. R.; SOUSA, E. C. B. O pássaro e a sombra: instrumentalização das 
revoltas escravas pelos partidos políticos na província de São Paulo nas últimas 
décadas da escravidão. estudos Históricos, v. 21, n. 42, 2008 (adaptado).
Os autores dos excertos apresentam consenso no que diz 
respeito à
A influência de revoltas escravas sobre o processo de 
abolição.
B falta de consciência, por parte dos escravizados, sobre 
o violento processo a que estavam submetidos.
C progressiva diminuição de crimes cometidos por 
escravizados nos anos que antecederam a abolição.
D ampla divulgação pela mídia das práticas violentas 
realizadas por escravizados como forma de engrossar 
o movimento contrário à abolição.
E importância da atuação de abolicionistas juntamente ao 
Estado brasileiro, visando à construção de projetos de 
abolição gradual da escravidão.
Questão 55 
Em pouco mais de 30 anos, entre 1985 e 2018, a mancha 
urbana da cidade de São Paulo passou de 793,2 km2 para 
878,6 km2, crescimento de 11%. Isso representa57% do 
território paulistano, ante os 52% de meados da década 
de 1980. Os dados são do Projeto de Mapeamento Anual 
da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas) […]. 
De acordo com a classificação usada pelo MapBiomas, 
essa mancha é classificada como áreas urbanizadas, 
com predomínio de superfícies não vegetadas, incluindo 
estradas, vias e construções.
SANT’ANNA, E. Solo impermeável cresce 11% em 33 anos em SP. Folha de s.Paulo, 
12 fev. 2020. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 set. 2023.
O cenário descrito sobre a cidade de São Paulo diz respeito ao
A aumento de eventos climáticos extremos em razão da 
preservação da vegetação.
B empobrecimento do solo por conta da conservação dos 
aspectos físicos do relevo.
C redução da temperatura média dos locais devido ao 
crescimento das áreas urbanas.
D registro de um número pequeno de enchentes em 
consequência da construção de comportas.
E diminuição da infiltração da água no subsolo como 
decorrência do avanço da impermeabilização do solo.
Questão 56 
Para muitos, o maior malefício trazido à cultura pelos 
meios de comunicação de massa tem sido a banalização 
cultural e a redução da realidade à mera condição de 
espetáculo. Não cremos que a dimensão do espetáculo 
tenha sido criada pela comunicação de massa nem que 
o espetáculo, enquanto tal, seja um malefício para a 
cultura, pois é próprio da obra de pensamento e da obra 
de arte oferecerem-se e exporem-se ao pensamento, 
à sensibilidade e à imaginação de outrem para que lhes 
confira sentido e as prossiga [...]. A questão, portanto, não 
se coloca diretamente sobre os espetáculos, mas com o 
que sucede ao espetáculo quando capturado, produzido e 
enviado pelos meios de comunicação de massa.
CHAUI, M. simulacro e poder: uma análise da mídia. 
São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006.
O texto de Marilena Chaui apresenta duas visões acerca da 
relação entre a cultura e os possíveis impactos dos meios 
de comunicação na sociedade midiática. Para ela,
A a necessidade de atribuição de sentido à arte foi criada 
pela mídia.
B os espetáculos em si não são responsáveis pela 
banalização da cultura.
C os meios de comunicação de massa transformam a 
vida em mero espetáculo.
D a cultura pode ser banalizada devido ao fato de os 
espetáculos serem essencialmente fúteis.
E a obra de arte precisa ser exposta aos espectadores, 
portanto, deve ser transformada em espetáculo.
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Questão 57 
A descoberta do uso do fogo ocorreu durante o 
Paleolítico e trouxe mudanças significativas nos hábitos 
alimentares. Foi fundamental também para aquecer os 
acampamentos [...]. Bem mais tarde, permitiu o trabalho 
com os metais, o que levou à transformação da produção 
de armas e de instrumentos agrícolas.
VICENTINO, C. Atlas histórico: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011, p. 19.
A domesticação do fogo foi
A indiferente para a alimentação dos grupos humanos da 
Pré-História.
B irrelevante para a segurança do homem durante a Idade 
da Pedra Polida.
C importante para o processo de desenvolvimento agrícola 
durante o Neolítico.
D decisiva para a produção de instrumentos de pedra 
lascada no período Paleolítico.
E dispensável para a produção de instrumentos de ferro e 
cobre durante a Idade dos Metais.
Questão 58 
um por todos
Um novo jeito de fazer política passa pela “prova dos 
nove” nas assembleias legislativas de São Paulo e de 
Pernambuco. Na legislatura que se iniciou neste ano, foram 
eleitos deputados oriundos de candidaturas coletivas. 
Trata-se de um modelo no qual um grupo de pessoas 
ocupa uma das cadeiras nessas Casas de Lei.
[...]
Para o cientista político Eduardo Grin, da Fundação 
Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, é o momento de checar 
como se dará na prática uma proposta que, na teoria, acena 
como um sopro de renovação do jogo democrático.
PAULINA, I. Um por todos. Revista Problemas Brasileiros, 
São Paulo, n. 451, ano 56, maio/jun. 2019.
Os mandatos coletivos, no modelo democrático, se 
apresentam como
A uma estratégia para driblar as práticas autoritárias nas 
casas legislativas.
B uma alternativa para a ampliação da participação 
popular nos espaços de poder.
C um benefício para os legisladores, pois acrescentam 
mais verbas para o mandato.
D uma dificuldade para o eleitor, que terá de votar em um 
número maior de candidatos.
E um obstáculo para o Poder Executivo, que admite 
apenas uma pessoa como chefe de Estado.
Questão 59 
A instalação e a atividade de um engenho eram 
operações custosas, que dependiam da obtenção de 
créditos. No século XVI, boa parte desses créditos provinha 
de investidores estrangeiros, flamengos e italianos, ou da 
própria metrópole. Posteriormente, no século XVII, essas 
fontes parecem ter-se tornado pouco significativas. Pelo 
menos na Bahia, as duas principais fontes de créditos 
vieram a ser as instituições religiosas e beneficentes, em 
primeiro lugar, e os comerciantes.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. 
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.
A instalação dos engenhos na colônia portuguesa implicou 
no(a)
A descumprimento do exclusivismo colonial pelos colonos 
portugueses.
B influência econômica sobre ela de agentes externos ao 
pacto colonial.
C ação injustificada da Igreja Católica no processo de 
colonização da América.
D vinda de instituições bancárias europeias para o 
território colonial português.
E estímulo à imigração europeia para a ocupação do 
território da colônia portuguesa.
Questão 60 
A Petrobras está se preparando para levantar um 
gigantesco canteiro de obras. Trata-se do alcoolduto, a 
maior incursão da empresa [...] creditada como a maior 
obra de engenharia da estatal desde 1992, quando foi 
construído o gasoduto Brasil-Bolívia, o alcoolduto levará a 
produção de etanol de Senador Canedo, em Goiás, para a 
refinaria de Paulínia, em São Paulo, e de lá para o porto de 
São Sebastião.
IstoÉ eCoNoMIA (são Paulo). Vem aí o alcoolduto. 2016. 
Disponível em: www.istoedinheiro.com.br. Acesso em: 3 jun. 2019.
A empreitada descrita no excerto apresentado tem como 
objetivo principal
A aumentar a área abastecida pelo álcool no Brasil.
B expandir a capacidade de produção de álcool do Brasil.
C propiciar o desenvolvimento econômico das cidades 
envolvidas.
D otimizar o escoamento produtivo do subproduto da 
cana-de-açúcar.
E utilizar o alcoolduto como única forma de transporte de 
álcool no Brasil.
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Questão 61 
Como ideal de vida bela, a concepção cavaleiresca tem 
aspectos peculiares. É um ideal essencialmente estético, 
feito de fantasias coloridas e sentimentos elevados, que 
também almeja ser um ideal ético: o pensamento medieval 
só pode conferir nobreza a um ideal de vida se o puder 
vincular à piedade e à virtude. Nessa sua função ética, 
o ideal cavaleiresco fica sempre a dever, estorvado por 
sua origem pecaminosa. Pois o cerne do ideal é sempre 
o orgulho elevado à condição de beleza. [...] Do orgulho, 
estilizado e exaltado, nasce a honra, que é o centro da vida 
nobre.
HUIZINGA, J. o outono da Idade Média. São Paulo: Cosac Naify, 2010. p. 99.
O ideal descrito no excerto tinha como consequência
A impedir os excessos de violência nas guerras.
B reprimir as ações imorais e pecaminosas do povo.
C impor uma ética militar oposta aos valores cristãos.
D exaltar o pacifismo e uma concepção de vida ascética.
E justificar as ações da nobreza associando-as à virtude.
Questão 62 
Conectividade e precariedade são os dois lados da 
mesma moeda no infotrabalho. [...] A distribuição do tempo-
trabalho pode ser desconectada da pessoa física e jurídica 
do trabalhador. O tempo de trabalho social se torna um 
oceano de células de valor que podem ser convocadas e 
recombinadas conforme as exigências do capital.
BERARDI, F. Depois do futuro. São Paulo: Ubu Editora, 2019.
Uma consequência das mudanças, citada pelo autor no 
mundo do trabalho,é o(a)
A aumento do desemprego pela automação da mão de 
obra.
B flexibilização das formas de trabalho pela tecnologia em 
rede.
C agravamento das relações entre o empregador e os 
empregados.
D valorização da mão de obra em razão da maior 
especialização e do uso de tecnologia.
E auto-organização dos trabalhadores em jornadas mais 
curtas e adequadas às suas necessidades.
Questão 63 
Deve-se acrescentar, no entanto, que os governos 
membros da OTAN, embora longe de satisfeitos com a 
política dos EUA, estavam dispostos a aceitar a supremacia 
americana como o preço da proteção contra o poderio 
militar de um sistema político antipático, enquanto este 
estivesse existindo. [...] a situação da Europa Ocidental 
em 1946-7 parecia tão tensa que Washington sentiu que o 
fortalecimento da economia europeia e, um pouco depois, 
também da japonesa, era a prioridade mais urgente, e 
o Plano Marshall, um projeto maciço de recuperação 
europeia, foi lançado, em junho de 1947.
HOBSBAWM, E. J. era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). 
São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
No contexto da Guerra Fria, a Otan e o Plano Marshall 
correspondiam ao anseio estadunidense de
A evitar o imperialismo político.
B tolerar a convivência com o comunismo.
C dividir igualmente o poder internacional.
D reconstruir por filantropia os países destruídos pela 
guerra.
E estabelecer sua hegemonia global nos âmbitos militar 
e econômico.
Questão 64 
A ideia de que os brancos europeus podiam sair 
colonizando o resto do mundo estava sustentada na 
premissa de que havia uma humanidade esclarecida que 
precisava ir ao encontro da humanidade obscurecida, 
trazendo-a para essa luz incrível. Esse chamado para o 
seio da civilização sempre foi justificado pela noção de que 
existe um jeito de estar aqui na Terra, uma certa verdade, 
ou uma concepção de verdade, que guiou muitas das 
escolhas feitas em diferentes períodos da história.
Agora, no começo do século XXI, algumas colaborações 
entre pensadores com visões distintas originadas em 
diferentes culturas possibilitam uma crítica dessa ideia. 
Somos mesmo uma humanidade?
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
A passagem citada apresenta um breve diagnóstico da 
formação cultural brasileira, levando em conta aspectos do 
conflito entre a racionalidade dos povos colonizadores e a 
suposta “irracionalidade” dos colonizados. Nesse trecho, o 
autor questiona o(a)
A noção antiga de humanidade.
B colonialismo europeu baseado na ideia empirista.
C crítica do atual conceito universal de humanidade.
D reivindicação dos povos indígenas pela aceitação da 
sua cultura.
E visão de humanidade predominantemente europeia e 
racionalista.
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Questão 65 
O Valongo não era nada bem-visto. Ficava um tanto 
fora da cidade, que tinha uma costa com muitas enseadas 
e ilhotas repletas de trapiches e escritórios. A enorme 
Pedra do Sal nos separava do resto. Para chegar ao 
outro lado, eu tinha que dar uma volta enorme pelo morro 
da Conceição. Quase toda a casa aqui era também um 
depósito de gente... gente para venda. As pessoas de bem 
fugiam deste lugar, mas para muitas eram esses negócios 
“sujos” que fingiam não ver que pagavam seu rapé, finos 
tecidos, aulas de música, livros raros e carruagens.
CRUZ, E. A. o Crime do Cais do Valongo. Rio de Janeiro: Malê, 2018, p. 14-15.
De acordo com o excerto, a principal atividade exercida no 
Valongo era a(o)
A comércio varejista.
B negociação de ações.
C tráfico de escravizados.
D armazenamento de grãos.
E importação de itens de luxo.
Questão 66 
LIVRo VI
I. Sócrates: — Uns são filósofos, Gláucon, disse eu, e 
outros não... Embora a discussão tenha durado muito, foi 
a custo que ficou evidente quem são uns e quem são os 
outros.
Gláucon: — Se a discussão fosse breve, talvez não 
fosse mais fácil... disse.
S: — Parece que não... falei. Para mim, pelo menos, 
parece que teria ficado ainda mais evidente, se tivesse 
de falar só sobre isso, sem ter de discorrer sobre todo o 
restante, ao examinar em que a vida do homem justo difere 
da do injusto.
G: — E o que teremos após isso? Disse.
S: — O que poderia ser, disse eu, senão as 
consequências? Já que são filósofos os capazes de chegar 
àquilo que, do mesmo ponto de vista, é sempre o mesmo, 
e não são filósofos os que ficam vagando no meio do que 
é múltiplo e variável, quais deles devem ser chefes da 
cidade?
G: — Qual seria a resposta acertada para essa 
pergunta? Disse.
S: — São os capazes de salvaguardar as leis e as 
instituições da cidade os que devemos estabelecer como 
guardiães.
G: — Está certo.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014 (adaptado).
De acordo com o pensamento platônico, transmitido nesse 
trecho por seu personagem Sócrates, a justiça é garantida
A pelos filósofos, afinal são os únicos capazes de garanti-la.
B pelos guardiões, que são os guerreiros militares 
protetores das instituições.
C por homens justos, visto que a filosofia platônica ensina 
que a justiça é variável.
D com o governo dos sofistas, pois é preciso sabedoria 
para resguardar a democracia.
E somente pelos não filósofos, já que as discussões 
filosóficas demandam muito tempo.
Questão 67 
IMAGeM I
PETHER, S. 1820. Disponível em: https://commons.wikimedia.org. 
Acesso em: 19 set. 2023.
IMAGeM II
WYLD, W. 1852. Disponível em: https://commons.wikimedia.org. 
Acesso em: 19 set. 2023.
As imagens registram a cidade de Manchester, na Inglaterra, 
e evidenciam a
A diminuição da emissão de gases tóxicos no período 
vitoriano.
B aceleração do processo de êxodo urbano durante o 
século XIX.
C sistematização da produção em unidades conhecidas 
como guildas.
D substituição de técnicas de produção que utilizavam 
máquinas a vapor.
E urbanização do espaço como resultado do processo de 
industrialização.
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Questão 68 
teXto I
Para o sociólogo alemão Axel Honneth, as lutas sociais 
vão além da defesa de interesses e necessidades, tendo 
como alvo também o reconhecimento individual e social. 
Quando um indivíduo se engaja num movimento social, 
procura fazer que suas experiências com os sentimentos 
de desrespeito, vergonha e injustiça inspirem outros 
indivíduos, de modo que sua luta se transforme numa 
ação coletiva de reconhecimento pessoal e social. Para 
Honneth, uma luta só pode ser caracterizada de social na 
medida em que seus objetivos se deixam generalizar para 
além dos horizontes das intenções individuais, chegando 
a um ponto em que eles podem se tornar a base de um 
movimento coletivo.
TOMAZI, N. D. sociologia para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2007. p. 143.
teXto II
O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. 
Da mesma forma que a anestesia, as vacinas, o computador, 
a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante do 
coração.
Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu 
para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam 
para você votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela ideia de 
que todos os homens merecem a liberdade e de que todos 
são iguais diante da lei.
DIMENSTEIN, G. o cidadão de papel: a infância, a adolescência 
e os direitos humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1993. p. 20.
As lutas e as reivindicações prosseguiram ao longo 
do tempo mobilizando pensadores e movimentos que 
ampliaram os direitos básicos aos seres humanos. Assim 
sendo, os textos se complementam por
A analisar a sociedade que redemocratiza suas instituições 
e concessões privadas.
B mostrar medidas efêmeras que resultaram em garantias 
coletivas.
C exemplificar medidas públicas e individuais que geraram 
avanços, leis e privilégios.
D enfatizar os movimentos populares como ações comuns, 
contínuas e transformadoras.
E legitimar estruturas e feitos governamentais com base 
em preceitos políticos antigos e modernos.
Questão 69 
A chegada de venezuelanos no Brasil tem estampadomanchetes devido às tensões entre moradores de 
Pacaraima (RR) e os estrangeiros. A situação da cidade 
fronteiriça e do Estado é descrita por moradores como 
crítica, à medida que migrantes pobres se instalam nas 
ruas, a sensação de insegurança aumenta e os serviços 
públicos ficam ainda mais sobrecarregados. [...] Mas, 
embora as tensões sejam latentes, a imigração pode 
representar oportunidade de desenvolvimento aos países 
que a recebem. De acordo com estudos e especialistas 
ouvidos pela BBC News Brasil, uma onda migratória, se for 
bem gerida, pode ser positiva.
WENTZEL, M. Como países como o Brasil podem se beneficiar da vinda de 
refugiados. BBC. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 30 set. 2023.
Os dois pontos de vista expressos no texto são discordantes 
sobre o(a)
A legitimidade dos governos instalados nos países 
vizinhos ao Brasil.
B contribuição para a prosperidade interna a partir da 
presença de imigrantes.
C expansão das tensões bélicas entre países que adotam 
políticas de acolhimento.
D impacto na geração de empregos locais devido à 
chegada de mão de obra qualificada.
E atenuação da desigualdade social por conta da entrada 
de pessoas com elevada renda bruta.
Questão 70 
No Brasil das três últimas décadas do século XIX, 
sempre que o mês de fevereiro se aproximava, a expectativa 
pelo Carnaval dividia espaço com as críticas ao Entrudo. 
[...] Grupos das elites brancas sonhavam em substituí-lo 
pelo Carnaval nos moldes do que se via em Paris, 
Veneza ou Nice. A intensificação da repressão policial às 
práticas típicas do Entrudo e o surgimento das sociedades 
carnavalescas pareceram a inauguração desse tempo 
civilizado. [...] Bem sabemos que o Carnaval brasileiro 
não se tornou a cópia da sua matriz europeia. De fato, a 
influência europeia estava longe de ser suficiente para 
suprimir expressões das tradições negras que o Carnaval 
trazia a público.
ALBUQUERQUE, W. R.; FRAGA FILHO, W. uma história do 
negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; 
Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 226-228.
Glossário
entrudo: brincadeira com água, farinha e máscaras que divertia 
os foliões nas ruas.
O texto aborda a origem dos desfiles de Carnaval no Brasil, 
manifestação cultural resultante
A da resistência das sociedades carnavalescas à repressão 
policial.
B da inauguração de um tempo civilizado que extinguiu 
práticas subversivas.
C de uma política que agregava a diversidade cultural 
brasileira sem distinções.
D da tentativa de suprimir a cultura dos negros por meio 
de um discurso civilizatório.
E da importação do modelo de Carnaval europeu sem a 
incorporação das tradições locais.
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Questão 71 
A chegada de migrantes nordestinos na região, 
financiada pela indústria extrativista da borracha, teve início 
em fins do século XIX. [...] Os ribeirinhos ou beiradeiros 
que hoje vivem na região de Altamira são descendentes 
desses migrantes que vieram trabalhar nos seringais 
dos rios Xingu, Iriri e Riozinho do Anfrísio. À medida que 
esses “arigós”, como eram chamados, começaram a 
se estabelecer na região e a desenvolver suas próprias 
formas de adaptação ao ambiente, incorporando tradições 
culturais e técnicas indígenas, a exploração da borracha 
passou a coexistir com outras atividades, como a pesca, o 
extrativismo de uma diversidade de produtos e a roça. Este 
modo de viver consolidou um sistema altamente resiliente 
que possibilitou a permanência dessas famílias em suas 
localidades, não obstante as oscilações do interesse do 
mercado por seus produtos.
FRANCESCO, A. et al. História de ocupação do Beiradão no Médio Rio Xingu. 
In: MAGALHÃES, S. B.; CUNHA, M. C. (Org.). expulsão de Ribeirinhos em 
Belo Monte: relatório SBPC. São Paulo: SBPC, 2017a. Cap. 1, p. 41-65.
Os povos ribeirinhos contêm características de sociedades 
tradicionais pelo fato de
A agregarem ao trabalho uma perspectiva religiosa.
B introduzirem práticas inovadoras no contato com a terra.
C construírem um modo de vida conflituoso entre os 
indivíduos.
D viverem sob condições que reproduzem um passado 
longínquo.
E garantirem sua própria existência diferentemente da 
lógica moderna.
Questão 72 
Atendendo a representação que fizestes subir a minha 
real presença sobre se achar interrompido, e suspenso o 
comércio desta capitania com grave prejuízo dos meus 
vassalos, e da minha Real Fazenda, em razão das críticas, 
e públicas circunstâncias da Europa, [...] sou servido 
ordenar interina, e provisoriamente enquanto não consolido 
um sistema geral que efetivamente regule semelhantes 
matérias o seguinte = primeiro, que sejam admissíveis 
nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros [...] 
transportados, ou em navios estrangeiros das potências 
que se conservam em paz e harmonia com a minha Real 
Coroa, ou em navios dos meus vassalos [...] Segundo: 
Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos 
estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes 
parecer a benefício do comércio, e agricultura [...]. Escrita 
na Bahia aos vinte e oito de janeiro de 1808. Príncipe.
Decreto de abertura dos portos às nações amigas. 29 jan. 1808. 
Disponível em: www.bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2020.
A decisão de D. João VI, então príncipe regente, de decretar, 
em janeiro de 1808, a abertura dos portos do Brasil 
deveu-se a
A seu plano de fazer frente aos interesses político- 
-econômicos da Inglaterra.
B sua ambição de dar melhores condições de negócio à 
frota mercantil portuguesa.
C seu interesse em reparar as históricas injustiças 
resultantes do exclusivo metropolitano.
D sua preocupação em restaurar os rendimentos reais 
frente ao instável contexto da Europa.
E sua estratégia de privilegiar o desenvolvimento da 
Bahia às expensas das demais capitanias do Brasil.
Questão 73 
Em todas as sociedades os seres humanos se 
ocupam da produção e do intercâmbio de informações e 
de conteúdo simbólico. [...] Mas com o desenvolvimento de 
uma variedade de instituições de comunicação a partir do 
século XV até os nossos dias, os processos de produção, 
armazenamento e circulação têm passado por significativas 
transformações. [...] Em virtude destes desenvolvimentos, 
as formas simbólicas foram produzidas e reproduzidas em 
escala sempre em expansão; tornaram-se mercadorias 
que podem ser compradas e vendidas no mercado; ficaram 
acessíveis aos indivíduos largamente dispersos no tempo 
e no espaço. De uma forma profunda e irreversível, o 
desenvolvimento da mídia transformou a natureza da 
produção e do intercâmbio simbólicos no mundo moderno.
THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade: uma teoria 
social da mídia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p. 19.
Com relação à circulação de informações, o desenvolvimento 
da mídia
A permitiu a circulação de conteúdo simbólico antes 
ausente da vida social.
B provocou transformações restritas às classes 
dominantes que têm acesso a ela.
C restringiu o acesso à informação ao convertê-la em 
propriedade de empresas de mídia.
D tornou as formas simbólicas acessíveis a indivíduos em 
diferentes locais e momentos.
E aboliu a necessidade do desenvolvimento de linguagens 
simbólicas para a troca de informações.
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Questão 74 
Na região, sobre o clima semiárido, os riscos são 
eminentes e em alguns locais o grau de degradação das 
terras são tão acentuados que se transformaram em 
Núcleos de desertificação. [...]
Algo em comum une mais da metade das áreas com 
risco ou em estado avançado de desertificação: trata-se da 
dinâmica de uso e ocupação das terras.
CASTRO, F. C.; SANTOS, A. M. Salinidade do solo e risco de desertificação 
na região semiárida. Mercator, Fortaleza, v. 19, 2020. Epub Mar 9, 2020. 
Disponível em: www.scielo.br. Acesso em: 17 dez. 2020.
O processo de degradação do solo, citado no texto, é 
agravado por atividades agrícolas em que o(a)
A aplicação de fertilizantes é baixa.B planta cultivada demanda sais minerais.
C processo de irrigação e drenagem é ineficiente.
D biodiversidade nativa é consorciada com cultivos.
E dinâmica natural de formação do solo não é manejada.
Questão 75 
teXto I
“Encontrar uma forma de associação que defenda e 
proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda 
a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, 
só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim 
tão livre quanto antes”. Esse, o problema fundamental cuja 
solução o contrato social oferece.
ROUSSEAU, J. Do Contrato Social. In: Coleção os Pensadores, 
v. XXIV. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 38.
teXto II
A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz 
de defendê-los das invasões dos estrangeiros e das injúrias 
uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança 
suficiente para que, mediante seu próprio labor e graças 
aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, 
é conferir toda sua força e poder a um homem, ou a uma 
assembleia de homens, que possa reduzir suas diversas 
vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade.
HOBBES, T. Leviatã. In: Coleção os Pensadores, 
v. XIV. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 109.
A posição de Hobbes quanto ao contrato social difere da de 
Rousseau por
A considerar a soberania da vontade geral do povo.
B defender uma concepção censitária de cidadania.
C impor a necessidade de uma assembleia democrática.
D pressupor a abdicação da liberdade natural individual.
E objetivar sobretudo a proteção mútua dos bens comuns.
Questão 76 
Nós nos negamos a escutar as vozes que nos advertem: 
os sonhos do mercado mundial são os pesadelos dos 
países que se submetem aos seus caprichos. [...] Cresço 
para fora, para dentro me esqueço. [...] No louco sobe e 
desce do mercado, ocorre um trágico paradoxo: o aumento 
dos preços dos alimentos, por exemplo, enche os bolsos 
dos gigantes do comércio agrícola e, ao mesmo tempo, 
multiplica a fome das multidões que não podem pagar seu 
encarecido pão de cada dia.
GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM Editores, 2017.
O aspecto econômico de países latino-americanos criticado 
pelo texto é o(a)
A importação de bens tecnológicos.
B esgotamento dos recursos naturais.
C superação das heranças colonialistas.
D fortalecimento dos mercados internos.
E dependência da demanda internacional.
Questão 77 
Art. 1o Este Código regula em todo o país o alistamento 
eleitoral e as eleições federais, estaduais e municipais.
Art. 2o É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem 
distinção de sexo, alistado na forma deste Código.
Art. 4o Não podem alistar-se eleitores:
a) os mendigos;
b) os analfabetos;
c) as praças de pré, excetuados os alunos das escolas 
militares de ensino superior.
Portal da Câmara dos Deputados. Decreto no 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. 
Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 25 set. 2023 (adaptado).
O Decreto no 21.076, que estabeleceu o código eleitoral 
brasileiro,
A possibilitou a democracia irrestrita.
B proibiu a participação política militar.
C favoreceu o interesse das elites paulistas.
D possibilitou a inclusão de mulheres na política.
E atendeu aos interesses políticos dos analfabetos.
Questão 78 
Computação paralela é o uso de um grande número 
de processadores para realizar uma única tarefa 
computacional, visando diminuir o seu tempo de execução. 
Na segunda metade dos anos 1970, [...] a computação 
paralela era praticamente desconhecida. Isso mudou. Até 
o telefone celular que usamos no nosso dia a dia é dotado 
de dois ou mais processadores. Com o passar do tempo, 
ela se tornou regra, não mais exceção. [...] Um computador 
paralelo tem grande número de processadores. Para que 
eles resolvam determinado problema, é necessário um 
algoritmo paralelo que diga a cada processador o que 
ele deve fazer para, em conjunto, chegarem à solução do 
problema. Um algoritmo paralelo pode, por exemplo, dividir 
um problema em subproblemas, cada um dos quais pode 
ser resolvido por um processador.
SONG, S. W. Revista Fapesp, ed. 335, jan. 2024. Disponível em: 
www.revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 9 jan. 2024.
Além de outros âmbitos, a computação paralela tem como 
consequência, atualmente, a
A atenuação da compra de bens duráveis, como 
notebooks.
B retração de propagandas em meios de comunicação, 
como redes sociais.
C ampliação da velocidade de aparelhos de uso cotidiano, 
como smartphones.
D diminuição da capacidade produtiva intermediária, 
como indústrias de base.
E expansão de problemas ligados à tecnologia 
computacional, como a lentidão de processamento.
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Questão 79 
As mobilizações dos trabalhadores rurais reivindicavam 
terras e direitos. A administração de JK, por sua vez, via 
no campo a parte atrasada e tradicional do Brasil, não 
apresentava solução para a questão agrária, e considerava 
como alternativa deslocar populações da área rural e 
absorvê-las nas cidades. O descompasso era grande e de 
difícil solução. Ainda em 1956, Juscelino recorreu ao Plano 
de Metas e fez da construção de Brasília a metassíntese: 
uma cidade inteiramente planejada, que pretendia 
representar o esforço de afirmação da nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 426.
De acordo com o exposto, o Plano de Metas
A diminuiu os níveis de desigualdade social e pobreza 
entre a região Sudeste e o Nordeste ao privilegiar o PIB 
nordestino.
B reduziu as disparidades regionais entre o campo e a 
cidade ao integrar os trabalhadores rurais às políticas 
socioeconômicas.
C representava na construção de Brasília um plano 
urbanístico inspirado na arquitetura colonial e que 
superava a ocupação limitada à costa.
D pretendia promover uma integração das regiões do 
país através da interiorização da capital, mas reforçou 
ainda mais a dicotomia campo-cidade.
E transportou o centro de poder para os centros 
urbanos, de modo que logrou superar a desigualdade 
socioeconômica entre zona rural e industrial.
Questão 80 
Quando considerada toda a Amazônia Legal, as 
parcelas de responsabilidade pelas queimadas ficam mais 
distribuídas: 50% das queimadas aconteceram em fazendas 
médias e grandes no primeiro semestre de 2020 e apenas 
10% em pequenas propriedades, segundo nota técnica 
do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). 
Assentamentos rurais e terras indígenas respondem, 
respectivamente, por 11% e 12% das queimadas nesse 
período, enquanto outros 8% dos focos de calor ocorrem 
em terras públicas não destinadas, o que sinaliza grilagem.
Grandes fazendas concentraram 72% do fogo de “hotspots” da Amazônia em 2019. 
Folha de s.Paulo. Disponível em: www.ambiencia.blogfolha.uol.com.br. 
Acesso em: 23 set. 2020.
As áreas onde ocorreram maior número de queimadas no 
bioma tratado no texto estão relacionadas com atividades de
A exploração de ouro.
B extrativismo vegetal.
C produção de petróleo.
D produção agroflorestal.
E agropecuária extensiva.
Questão 81 
Houve um cabo de guerra político entre os Aliados sobre 
o que fazer com os líderes nazistas capturados. A certa altura, 
havia aqueles que defendiam as execuções sumárias, mas 
no final um julgamento por um Tribunal Militar Internacional 
foi considerado importante para educar o mundo sobre 
o que havia acontecido. Esses foram os julgamentos de 
Nuremberg, que começaram em 20 de novembro de 1945 e 
terminaram no dia 1o de outubro de 1946, há 75 anos.
Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 6 fev. 2024.
O Tribunal de Nuremberg, para além de julgar os 
organizadores do regime nazista, tinha o objetivo de
A julgar os crimes de guerra praticados pelos Aliados.
B evitar eventos históricos semelhantes em âmbito 
internacional.
C relativizar o holocausto para manter as relações 
diplomáticas alemãs.
D evidenciar os aspectos negativos da presença dos 
militares na política.
E contribuir com o anseio de fortalecer o Estado alemãofrente à Europa.
Questão 82 
O maior navio cargueiro do mundo se chama Triple-E 
de uma empresa dinamarquesa que atua nos segmentos 
de transporte e energia. Esse navio é capaz de carregar até 
18 270 contêineres em uma única viagem, o que equivale 
a toda a produção de soja dos Estados Unidos que será 
exportada para a China entre este ano e o próximo, por 
exemplo. [...] O Triple-E tem 400 metros de comprimento, 
59 metros de largura e 73 metros de altura. Ele é mais 
longo do que o porta-aviões USS Enterprise, um dos mais 
famosos da Marinha dos EUA, que tem 342 metros. Ele 
também é mais alto do que o Cristo Redentor, a Estátua 
da Liberdade e o Big Ben. E se fosse colocado “de pé”, 
ele seria maior do que o Empire State Building, um dos 
arranha-céus mais icônicos de Nova York. O peso do navio 
também é impressionante: ele pesa 52 859 toneladas, mais 
de cinco vezes mais do que a Torre Eiffel.
Disponível em: www.clickpetroleoegas.com.br. Acesso em: 20 fev. 2024.
O desenvolvimento de tecnologias como a descrita no texto 
indica a
A exportação de produtos agrícolas em pequenas 
quantidades.
B ampliação das distâncias entre compradores e 
fornecedores.
C diminuição da circulação de artigos industriais entre 
nações.
D estagnação do volume de vendas internacionais.
E retração da territorialização do comércio global.
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Questão 83 
O Princípio de Precaução (PP) é reconhecido em 
vários acordos internacionais [...] e também em várias leis 
nacionais. […] A sua relevância deve ser incontestável 
hoje no contexto do aquecimento global e das mudanças 
climáticas, dos desastres de Fukushima e do Rio Doce, e 
de outras consequências da política econômica baseada 
na procura interminável dos lucros e do crescimento 
econômico, que são ocasionadas quando as inovações 
tecnocientíficas são introduzidas no mundo da vida, 
nas instituições e práticas sociais, com o mínimo de 
precaução e sem reflexão adequada de como reconciliar 
os seus usos com a proteção dos direitos humanos. De 
acordo com o PP, as salvaguardas adequadas requerem 
a adoção de medidas de precaução pelos cientistas, 
instituições científicas e comissões públicas responsáveis 
pela pesquisa, desenvolvimento e implementação das 
inovações tecnocientíficas. Além disso, o PP prescreve 
que essas medidas devem incorporar valores éticos, tais 
como o respeito aos direitos humanos, a equidade dentro 
e entre gerações e a sustentabilidade ambiental; devem 
também levar em conta todos os tipos de riscos que surjam 
nos contextos humanos, socioeconômicos e ecológicos do 
uso atual das inovações, inclusive nas situações em que 
existem incertezas acerca da magnitude e probabilidade da 
ocorrência dos danos assumidos enquanto risco.
LACEY, H. Valores e atividade científica 3. 
São Paulo: Scientiae Studia, 2022, p. 173-174.
Levando-se em conta a relação entre aplicações 
tecnológicas e a questão ambiental, o Princípio de 
Precaução tem como objetivo
A impedir o desenvolvimento científico e minimizar os 
lucros da extração de recursos naturais.
B promover o crescimento econômico pela introdução de 
inovações tecnocientíficas de grande escala.
C adotar medidas preventivas para minimizar os riscos de 
danos ambientais decorrentes das atividades humanas.
D contrapor-se aos direitos humanos para conciliar o 
desenvolvimento científico e a exploração de recursos 
naturais.
E proteger juridicamente as instituições das consequências 
ambientais inevitáveis da pesquisa e do desenvolvimento 
científico.
Questão 84 
A União Europeia decidiu intensificar as sanções 
econômicas contra autoridades e empresas de Belarus. 
Os ministros do Exterior do bloco concordaram em aplicar 
novas punições contra o regime de Alexander Lukashenko 
por causa da crise de imigração na fronteira do país com 
a Polônia, que faz parte da União Europeia. O governo 
bielorrusso é acusado de usar imigrantes para pressionar 
o bloco a suspender sanções já existentes. Milhares de 
pessoas estão acampadas, sob um frio intenso, na fronteira 
de Belarus com a Polônia. Lukashenko, conhecido como 
último ditador da Europa, nega as acusações.
Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 26 dez. 2021 (adaptado).
A existência das sanções contra Belarus relatadas no texto 
está relacionada à
A aproximação do país com nações ditas comunistas.
B expulsão de emigrantes bielorrussos das fronteiras.
C concentração de armas nucleares no território russo.
D deterioração da democracia no sistema político local.
E instalação de uma monarquia constitucional na nação.
Questão 85 
Eu estava, portanto, no umbigo do mundo. Um verso 
do Corão explica o caráter umbilical da cidade para o Islã: 
“Deus é a luz dos céus e da terra. Sua luz é semelhante a 
um lampião onde se encontra uma chama. A chama está 
dentro de um recipiente de cristal; [...] seu combustível vem 
de uma árvore bendita: uma oliveira, nem oriental nem 
ocidental, cujo óleo parece iluminar mesmo que o fogo o 
toque”. A oliveira em questão estaria lá, em Jerusalém. 
[...] Por isso não é raro ver o desespero com que os 
agricultores palestinos assistem à queima e destruição 
de plantações inteiras de suas oliveiras por soldados ou 
colonos israelenses.
CAMPAGNUCCI, F. o outro lado do muro: uma viagem 
à Palestina. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2011.
A localidade mencionada na narrativa insere-se em um 
contexto de tensão geopolítica que possui como uma de 
suas causas a
A crise ambiental.
B divisão territorial.
C corrida armamentista
D bipolaridade econômica.
E homogeneidade cultural.
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Questão 86 
Nas décadas de 1970 e 1980 a implementação de 
infraestrutura viária e de comunicações, o desenvolvimento 
da pesquisa agropecuária, os baixos preços da terra e 
os incentivos fiscais e creditícios oferecidos pelo governo 
federal possibilitaram uma grande expansão da produção 
agrícola em bases empresariais nas zonas de cerrado da 
região Centro-Oeste. [...] A prática da agricultura moderna 
nos cerrados do Centro-Oeste tem possibilitado a obtenção 
de elevados níveis de produtividade das lavouras, 
notadamente da soja, o que torna a região competitiva na 
produção da leguminosa, nacional e internacionalmente.
HESPANHOL, A. N. A expansão da agricultura moderna e a integração do 
Centro-Oeste brasileiro à economia nacional. Caderno Prudentino de Geografia, v. 1, 
n. 22, p. 7-26, 2000. Disponível em: www.revista.fct.unesp.br. Acesso em: 13 dez. 2022.
Com relação à dinâmica geoeconômica do território 
brasileiro, as condições descritas no texto permitiram o(a)
A efetivação da ocupação de espaços semiáridos e com 
forte herança colonialista.
B aproveitamento de áreas de clima subtropical e com 
elevado nível de urbanização.
C inclusão de áreas com baixa fertilidade natural e de 
menor densidade demográfica.
D incorporação dos povos tradicionais ao mercado e de 
antigas unidades de conservação.
E recuperação de extensões de relevo aplainado e com 
extrativismo de espécies tropicais.
Questão 87 
Dotados de uma cultura letrada, a historiografia destaca 
alta capacidade de organização dos escravizados de 
origem muçulmana, que se refletiu sobretudo nas inúmeras 
revoltas escravas por eles lideradas, entre elas a Revolta 
dos Malês, de 1835 na Bahia, qualificada como “o levante 
de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas”. 
A rebelião em si não durou sequer 24 horas e foi fortemente 
reprimida. No entanto, tornou-se representativa por ter sido 
capaz de demonstrar o alto poder de organização dos 
malês e a marcante presença do Islã neste período da 
história do Brasil.
SIMÕES, M. C. S. R. Escrever a resistência: uma análise das dinâmicas religiosas 
como narrativas insurgentes na Revolta dos Malês. Numen: revista de estudos 
e pesquisa da religião, Juiz de Fora, v. 22, n. 1, jan./jun. 2019, p. 43-56. 
Disponível em: www.periodicos.ufjf.br. Acesso em: 6 nov. 2023 (adaptado).
De acordo com o trecho,os membros da Revolta dos Malês 
possuíam como algumas de suas características a
A falta de organização e a passividade.
B cultura rural e o desprendimento religioso.
C instrução educacional e a prática do islamismo.
D produção acadêmica em História e a vida universitária.
E realização da escrita literária e a recusa de 
ancestralidade.
Questão 88 
Era por volta de 7h30 da manhã do dia 24 de maio 
de 2011, quando o casal José Claudio Ribeiro, 54 anos, e 
Maria do Espírito Santo, de 53 anos, foram fuzilados numa 
emboscada na estrada que dava para o assentamento 
Praia Alta da Piranheira, em Nova Ipixuna, no Pará. José 
Cláudio costumava não pegar o mesmo caminho quando 
ia para cidade, pois sabia que estava marcado para morrer. 
[…] O assassinato de José Carlos e Maria do Espírito Santo 
são dois de uma lista de 448 defensores do meio ambiente 
assassinados entre 2002 e 2013 ocorridas apenas no 
Brasil, de acordo com o relatório da ONG Global Witness.
BRAGANÇA, D. Metade das mortes de ambientalista no mundo ocorreu no Brasil. 
oeco. Disponível em: www.oeco.org.br. Acesso em: 1o dez. 2022 (adaptado).
O conflito descrito no texto é resultado da
A delimitação de reservas indígenas para a exploração de 
recursos minerais.
B expansão dos processos de devastação de zonas 
ambientalmente sensíveis.
C retração do volume de terras públicas destinadas para 
a atuação de grileiros.
D diminuição do avanço da fronteira agrícola especialmente 
no norte brasileiro.
E promoção de políticas de incentivo ao desenvolvimento 
da agricultura familiar.
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simulado
CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024
Questão 89 
Sendo um acontecimento recente, a Indústria 4.0 engloba pilares como a descentralização dos sistemas de empresas, 
sem necessidade de intervenção humana, o oferecimento de serviços por meio de computação em nuvem, além de 
uma produção rápida e flexível como principais fontes de seu funcionamento. Segundo o consultor de carreira, Emerson 
Weslei Dias, apesar de causar influências mundiais, os efeitos da Quarta Revolução Industrial ainda não foram sentidos 
intensamente no Brasil devido ao seu atraso na inserção de novas tecnologias físicas e digitais no mercado de trabalho. 
“Na prática o que vemos no Brasil é uma distorção. A indústria não teve uma modernização ou fez investimentos, ainda 
possui maquinários e processos muito defasados. O País ainda não sofreu os impactos da manufatura avançada, mas de 
fato, irá”.
ROZÁRIO, M. Especialista fala sobre Indústria 4.0 e reinserção no mercado de trabalho. 
Brasil econômico. Disponível em: www.economia.ig.com.br. Acesso em: 13 set 2023.
De acordo com o texto, as transformações do processo produtivo
A reduzem o valor agregado dos bens que são produzidos.
B garantem a diminuição da luta de classes em uma sociedade.
C equiparam as disparidades existentes entre os distintos países.
D variam de acordo com o contexto produtivo em que se inserem.
E surgem no sentido de garantir uma melhor distribuição de renda.
Questão 90 
Correlação preço do petróleo e taxa de câmbio (2000-setembro/2022)Correlação preço do petróleo e taxa de câmbio (2000-Setembro/2022)
0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Câmbio (R$/US$) – Eixo esquerdo
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
1,00
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3,00
4,00
5,00
6,00
0
20
40
60
80
100
140
120
Preço Brent (US$/barril) – Eixo direito
Disponível em: www.ibp.org.br. Acesso em: 2 dez. 2022.
Na série histórica, a maior queda na cotação do petróleo esteve atrelada ao(à)
A decréscimo da demanda por crise da economia global.
B aumento de produção por decisão dos países da Opep.
C incremento da oferta por adoção de técnicas de fracking.
D diminuição da inflação mundial por atuação dos bancos centrais nacionais.
E liberação de reservas de barris por decisão do governo dos Estados Unidos.
Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.
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