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Introdução à Fisioterapia e Ortopedia de Pequenos Animais @amandaalopx Não é uma doença ➔ Senil ou geriátrico: declínio progressivo da condição física, funcionamento orgânico, funções sensorial e mental e imunidade Humanos X Cães/Gatos Cães ➔ Até os 2 anos de idade: x10,66 ➔ Após o terceiro ano: índice varia conforme a raça Gatos ➔ 1 ano = 15 anos humanos ➔ 2 anos = 24 anos humanos ➔ A cada ano mais = +4 anos humanos Efeitos do Envelhecimento O envelhecimento Efeitos Metabólicos ➔ Homeostasia: estado de equilíbrio das funções do corpo ➔ Metabolismo e atividade: fica reduzido Ciclo de Sono; Percentual de Gordura ➔ Competência imunológica Fagocitose e quimiotaxia ➔ Desenvolvimento de autoanticorpos Doenças imunomediadas Efeitos Físicos Gerais ➔ Alterações dermatológicas: pele fica mais fina, pelo opaco, pele hiperpigmentada ➔ Alterações sensoriais: perda de visão (catarata), redução de olfato e audição ➔ Sistema geniturinário: tumor de glândulas mamárias, hiperplasia prostática ➔ Sistema hematopoiético: hipoplasia de medula (anemia arregenerativa) ➔ Sistema respiratório: fibrose pulmonar (dificuldade de expansão de tórax) Efeitos na Estrutura Óssea (Fragilidade óssea) ➔ Ossos Longos (redução na absorção de Ca) Espessura (finos) Densidade Resistência ➔ Condrócitos ➔ Glicosaminoglicanos ➔ Colágeno tipo 1 ➔ Sulfato de condroitina CARTILAGEM: Resistência Regeneração Doença Articular Degenerativa ➔ Perda de massa magra Miócitos Sarcopenia: perda da massa e da força muscular Perda de qualidade de vida ➔ Redução de células no sistema nervoso Disfunções Cognitivas mais frequentes Efeitos Neurológicos e Musculares Efeitos Físicos Sistema Digestório ➔ Cavidade oral: tártaros, periodontite ➔ Alterações gástricas: atrofia das vilosidades da mucosa ➔ Alterações hepáticas: diminuição no n° de hepatócitos ➔ Absorção intestinal reduzida principalmente Ca FISIOTERAPIA NO PACIENTE GERIÁTRICOFISIOTERAPIA NO PACIENTE GERIÁTRICO Excesso de glicocorticóides no organismo tende a inibir a captação de glicose pelo tecido muscular e pelo tecido adiposo, degrada a musculatura liberando aa para a gliconeogênese hepática ser favorecida ➔ Fraqueza, atrofia muscular e letargia Catabolismo proteico aumentado Síntese proteica inibida ➔ Frouxidão ligamentar (secundária) pela alteração na síntese de colágeno ➔ Pseudomiotonia Contração muscular persistente Rigidez dos membros acometidos (não os flexiona) Hipertrofia muscular Prognóstico: reservado Alterações Patológicas mais Comuns: Redução no n° de glomérulos e taxa de filtração glomerular, atrofia e fibrose tubular ➔ Perda de peso e fraqueza: anorexia, uremia (gastrite urêmica) ➔ Alterações Neurológicas: uremia, hiperparatireoidismo secundário renal ➔ Gatos: polimiopatia hipocalêmica causando ventroflexão cervical, dificuldade para andar, fraqueza muscular generalizada INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA HIPERADRENOCORTICISMO CARDIOPATIAS ➔ Redução no débito cardíaco, fibrose valvular e arteriosclerose ➔ Comumente associada com HAD e IRC ➔ Aumento da PA ➔ Redução da perfusão dos órgãos ONCOLÓGICOS Síndromes Paraneoplásicas: fator de necrose tumoral e interleucinas produzidas pelos macrófagos e células tumorais levando um aumento de catabolismo muscular e tecido adiposo ➔ Fraqueza muscular e cansaço - caquexia, hipercalcemia (produção de fatores semelhantes ao paratormônio) e hipoglicemia ➔ Manifestações neurológicas - antígenos neuronais produzidos pelas células tumorais contra receptores da acetilcolina ➔ Osteopatia hipertrófica - proliferação periosteal OUTRAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS COMUNS: Obesidade Diabetes Imunodeficiência Miopatias Na Fisioterapia: Uso de aparelhos específicos e aplicação de técnicas manuais que promovem: Analgesia e ação anti-inflamatória Cicatrização acelerada Aumento no depósito de colágeno Organização da fibrina Incremento no teor de oxigenação tecidual Incremento de óxido nítrico muscular Relaxamento das fibras musculares Normalização nas trocas iônicas/neurotransmissores Aumento de tônus e massa muscular nos membros Melhora na coordenação motora e propriocepção Melhora na condição física (cardiovascular) Algumas Terapias Magnetoterapia Laser/Fototerapia Ultrassom Eletroestimulação TENS/FES Cinésioterapia Esteira aquática Ozônio Acupuntura/moxa Afecções Ortopédicas Artrose Doença de caráter inflamatório e degenerativo das articulações Desgaste das articulações Dor Deformidades ósseas Multifatorial Pode ter desenvolvido por uma afecção específica ou por sobrecarga Muito comum no paciente geriatra 80% dos gatos a partir dos 9 anos possuem algum grau de artrose Membros anteriores mais frequente Atuação da Fisioterapia Redução da dor e processo inflamatório Ganho de massa muscular Mais qualidade de vida Aumentar mobilidade / apetite/ nível de atividade Displasia Coxofemoral Cães e gatos Predisposição racial (pequeno porte em poodles) Bilateral e unilateral pode ocorrer Felinos com fecaloma, megacolon por não conseguir ficar em posição adequada pelo problema de quadril Claudicação em membros afetados + membros sobrecarregados Tratamento clínico e/ou cirúrgico e/ou reabilitação Claudicação leve pode persistir Deformidade óssea não é possível reverter pela fisioterapia, mas volta a ter qualidade de vida Raio X Arrasamento acetabular Frouxidão do ligamento redondo Espessamento do colo femoral (deposição de Ca) Artrose e exposição do osso subcondral DOR Espessamento da cápsula articular (inflamação) Aumento de volume intra-articular Dor pelo estiramento da cápsula Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial Estabiliza o joelho Possui 3 funções Restringir a hiperextensão da articulação Rotação interna da tíbia em relação ao fêmur Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur Trauma agudo Idade avançada e obesidade Ultrassom articular seria o ideal além do rx TRATATAMENTO Cirúrgico Conservador se tiver menos de 10 Kg, acima não funciona Grau I e II - Conservador Grau II, III, IV - Pós operatório OBJETIVO NA FISIOTERAPIA Reduzir contraturas musculares Desenvolvimento e fortalecimento de massa muscular - quadríceps Auxílio na redução e manutenção da patela no sulco troclear FISIOTERAPIA Redução na dor e inflamação articular Melhora na qualidade do líquido sinovial Ganho de massa muscular Aumento da estabilização articular acelera fibrose tecidual ao redor Luxação de Patela Fraturas Paciente geriátrico tem fragilidade óssea Acelera consolidação óssea Redução da dor Retorno funcional do membro Acompanhamento radiográfico a cada 45d OBJETIVO Garantir sucesso cirúrgico Ultrassom pode ser utilizado se não tiver placas e pinos Afecções Neurológicas Hérnia de Disco - Extrusão Hérnia de Disco - Protrusão Agudo - dor à paralisia, ataxia, propriocepção menor Como tratar? Grau I, II e III - Fisioterapia Grau IV e V - Cirurgia e fisioterapia pós operatório Dor, ataxia e paresia Evolução lenta Prognóstico reservado para casos graves Quanto antes começar a fisio, melhor o resultado FISIOTERAPIA NA HÉRNIA DE DISCO Analgesia Anti-inflamatório Estimulo neuronal Equilíbrio e melhora na propriocepção Ganho de massa muscular Acelera processo de cicatrização Melhora o pH do meio favorecendo reabsorção do disco Síndrome da Cauda Equina L7 e S1, espondilose com hérnia de disco e espessamento de ligamento comprimem as raízes nervosas Redução de musculatura nos membros posteriores, ausência de reflexo no ciático Redução na dor e inflamação Melhora da coordenação motora Melhora de massa muscular Mielopatia Degenerativa Doença degenerativa crônica Etiologia desconhecida Aspecto clínico semelhante à esclerose lateral amiotrófica em humanos Transtorno autoimune que ataca o SNC, causando perda de axônios e mielina?? DIAGNÓSTICO Por exclusão Curso progressivo Ataxia e paresia indolores de membros posteriores (Degeneraçãomedular não gera dor apenas quando gera inflamação e compressão de meninges) Dismetria Presença de dor profunda Evolui para paraplegia - neste ponto não é tratável Fisioterapia: visa retardar o progresso da doença Disfunção Cognitiva Campo Eletromagnético regula o ciclo circadiano (controle dia-noite) promovendo o equilíbrio no eixo neuroendócrino TENS (região cervicotorácica) Fototerapia Na prática vemos aumento interação tutor X animal, melhora Melhora na marcha (andar em linha reta) Maior resposta a estímulos e comandos e interação socioambiental Não esquecer do: MANEJO EM CASA!!! Sofá/camas evitar o acesso Evitar subir e descer escadas Manter seco e limpo Guias especiais Piso aderente Não deixar o animal em contato com urina e fezes (tapete higiênico em baixo do animal) risco de dermatite urêmica Elevar a altura dos potes Enriquecimento ambiental Estimular o animal ficar em estação, passear com ele SEJA SINCERO COM O TUTOR! Pode ser um tratamento longo ou com baixa chance de eficácia Resposta Estímulo Processada na Medula DESENVOLVIMENTO DO ANDAR MEDULARDESENVOLVIMENTO DO ANDAR MEDULAR Origem Endógena Extrusão, protusão do disco intervertebral, fraturas patológicas, anomalias congênitas e instabilidades Origem Exógena Traumas automobilísticos, projéteis, quedas, mordidas Afecções na Coluna Vertebral Medula Espinhal Lesão medular irá ocorrer uma sequência de eventos vasculares, bioquímicos e inflamatórios, que resultam no desenvolvimento de lesões teciduais secundárias, levando à destruição progressiva do tecido neuronal Principal via de transmissão de impulsos nervosos entre encéfalo e as extremidades Sinais neurológicos (depende da gravidade da lesão) Tratamento conservador ou cirúrgico: de acordo com o grau de comprometimento medular Dano grave medular pode afetar a sensibilidade de forma irreversível perdendo a dor profunda Andar Medular Caminhada que ocorre através de estímulos e reflexos, animal tem a capacidade de se sustentar com os membros pélvicos e realizar movimentos rítmicos de locomoção involuntários Caminhar involuntário Estímulos e reflexos Origina a partir da plasticidade neuronal Restaurar a capacidade de locomoção Deve ser estimulado diariamente para ter sucesso Neuroplasticidade Capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar- se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal quando sujeito a novas experiências Circuitos neuronais sejam maleáveis auxiliando na formação de memória e reaprendizagem Treinamento, repetição, intensidade Recuperação após a lesão Quando desenvolver? Ausência de dor profunda Nocicepção indica um reconhecimento com uma resposta cortical à um estímulo nocivo Parte de reflexos espinhais sem a participação de neurônios encefálicos Pinçamento do dígito (falanges) Diferenciar o reflexo de retirada da percepção de dor Reflexo patelar presente Para que o animal possa se sustentar Reflexo flexor presente ou reflexo de retirada Avalia a integridade do nervo isquiático No interdigital é realizado o estímulo e espera-se que o animal retire o membro com flexão de todas as articulações Lesões na região de toracolombar T3 - L3 Avaliar se há alterações musculoesqueléticas pélvicas Como funciona? ARCO REFLEXO resposta à um estímulo percebido por um nervo processada na medula (inconsciente, involuntária) Receptor que recebe o estímulo > Neurônio sensorial leva a mensagem sobre esse estímulo para a medula > Interneurônio transmite a mensagem para > neurônio motor leva a resposta ao > órgão efetor (músculo) Fisioterapia Veterinária Fundamental para o desenvolvimento do andar medular Objetivo: modular o movimento dos membros pélvicos Geralmente são pós operatórios Proporcional analgesia, auxiliar na cicatrização, ganho de tônus muscular, prevenir a hipotrofia muscular, diminuir contraturas musculares em razão da postura, aumento de amplitude de movimento, melhorar postura, coordenar o equilíbrio modulando o movimento Controlar sobrecargas compensatórias Membros torácicos apresentam dores pela compensação colocando o peso neles Manejo adequado do paciente pelo tutor e pelo MV Etapas de Tratamento Etapa - sustentação e tônus muscular 1. Etapa - modular o passo 2. Etapa - equilíbrio e coordenação 3. Etapa - fortalecimento 4. Sempre reavaliando o paciente Tratamentos Laser - analgesia e cicatrização de feridas (atresia, se arrastam) Fototerapia excelente para feridas também e tem como efeito anti-inflamatório, analgesia, auxiliando na vasodilatação, melhorando o aporte sanguíneo Magnetoterapia - regeneração celular TENS - que é um eletroanalgésico, atuando no bloqueio da dor NMES - uma corrente no qual estimula a contração da musculatura favorecendo o tônus muscular, impedindo a hipotrofia da musculatura, sendo trabalhado nas musculaturas extensoras e nas flexoras Ultrassom e Infrassom - auxiliando nas contraturas musculares Cinesioterapia É uma terapia na qual é benéfica a todos os pacientes, para diversas patologias, para o andar medular ela é extremamente importante e fundamental, para conseguirmos que o animal desenvolva é uma aliada no tratamento, sempre respeitando o paciente, as etapas de tratamento e evolução de cada caso Divide-se em: Exercícios Passivos - feito pelo terapeuta Ativos Assistidos - começa o exercício com o auxílio do terapeuta Ativos - paciente executa sozinho o exercício Para o desenvolvimento, o trabalho em conjunto, veterinário fisiatra e tutor é fundamental Lembrar que quanto mais estímulos MELHOR Manejo em Casa Escovação nos membros posteriores de baixo para cima gerando estímulo sensorial Mobilização articular para ganho de amplitude e minimizar as contraturas (flexão e extensão sutil) Reflexo de retirada na membrana interdigital inicialmente em decúbito lateral e depois em estação Alongamentos para ganho de amplitude (encurtamento muscular) Sustentação com fisioguias ou toalhas/lençóis Coluna sempre reta Modulando o passo - reflexo de retirada simulando o movimento de passos 1. Descarga de peso de forma adequada (sobrecarrega e jogam o peso para frente) step nos membros torácicos para que jogue o peso nos membros posteriores 2. Senta e levanta - na postura correta animal levanta sozinho com estímulo da cauda 3. Prancha lateral - prancha nos posteriores e step nos anteriores, equilíbrio, sustentação e trabalha também a musculatura dos MP e abdominal 4. Balança - mais instável do que a prancha lateral 5. Melhorar a marcha e estimular o máximo Feridas nos membros posteriores por arraste (devem ser cicatrizadas antes de colocar na hidroesteira) Lambeduras excessivas (automutilação) Sobrecargas Manejo de vesícula urinária/urina Peso do animal (evitar ganhar) Piso (devem ser aderentes) Cadeirinha (períodos controlados, não usam 24h) Hidroesteira Estimula a passada Importante para o desenvolvimento de locomoção inicial Sustentação de peso e passos melhorados (exercícios em água aumentam a flexibilidade das articulações e amplitude do movimento) Inicia com água acima do joelho sem boiar com estímulo da cauda e reflexo de retirada Com a progressão do animal no exercício diminuir a quantidade de água e estímulos Explicar para o tutor que nem todos os animais desenvolvem o andar medular mesmo com fisioterapia adequada além do manejo adequado com o paciente Cuidados dos Paraplégicos POSTURA inclinação de cabeça/Opistótono Cifose/Escoliose Hemi/Tetraparesia ou plegia MARCHA Paresia / Plegia Quantos membros afetados? Ataxia (cerebelar, vestibular) ESTADO MENTAL Normal Estupor Coma FISIOTERAPIA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE AVC, TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO E DISFUNÇÃO COGNITIVA FISIOTERAPIA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE AVC, TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO E DISFUNÇÃO COGNITIVA Pontos Importantes a Considerar Depende do grau de lesão e região encefálica afetada Compreendendo os Sinais Clínicos Lesão Cerebral Independente da causa, etiologia, se os hemisférios cerebrais estão acometidos esses sinais estarãopresentes (não necessariamente todos): Estado Mental Alterado - deprimido, apático, demente, não interage com o ambiente Falta de precisão na marcha Hemiparesia contralateral à lesão; Miose e diminuição da sensibilidade facial/nasal contralaterais à lesão; Marcha compulsiva; Pressão da cabeça contra obstáculos (aumento da PIC); Andar em circulo ipsilateral à lesão; Pleurotótono (autoauscultação da região pulmonar) Tremor em repouso; Reações posturais alteradas contralateral à lesão; Visão alterada podendo cursar com cegueira; Lesões diencefálicas podem levar a desregulação hormonal; Crises epiléticas (80% das neoplasias cerebrais cursam apenas com esse sinal, disfunção cognitiva não tem crise epilética) Tronco Encefálico Responsável por abranger os núcleos de nervos cranianos Estupor, coma, alterações cardiovasculares → SARA; Paresia e ataxia na marcha ipsilateral (exceto no mesencéfalo que é contra); Déficit proprioceptivo; Alterações em nervos cranianos (depende da área do tronco encefálico afetada) Mesencéfalo = estrabismo ventrolateral, ptose palpebral, midríase, opistótono, hiperventilação; Pontomedular = alteração ipsilateral do reflexo palpebral (V ou VII), sensibilidade da cabeça (V), estrabismo medial (VI), motilidade pavilhão auricular + ptose labial e palpebral reduzidos ou ausente (VII), inclinação de cabeça e nistagmo (VIII), alteração deglutição (IX e X), redução na motilidade da língua (XII) Cerebelo Distúrbio para COORDENAR/MODULAR os movimentos ficando EXAGERADOS ou HIPERMÉTRICOS Não há paresia (fraqueza), somente ataxia cerebelar = simétrica e bilateral; Aumento da base de sustentação do paciente em estação; Tremor intencional, principalmente quando vai se alimentar; Movimentos exagerados que perdem a regulação cerebelar = dismetria; Não há perda visual; Não há déficit proprioceptivo; Nistagmo pendular (não tem fase rápida e lenta); Estrabismo (quando acomete o núcleo vestibulocerebelar); Resposta à ameaça ausente; Alteração da micção. Hemorrágico: picos de hemorragia que pode estabilizar (coagular) e melhorar ou pode ter sangramento ativo com picos de piora contínua podendo evoluir para óbito. Agentes físicos que promovam vasodilatação como laser, fotobioestimulação, aplicação de calor, magnetoterapia, devem ser evitados. Isquêmico estável: pico de sinais clínicos que depois se estabilizam lentamente até melhora Sem restrição de equipamentos Na presença de crise epilética = contraindicado o uso de eletroterapia O que? Desde quando? Como evolui? Diagnósticos Diferenciais Traumas e Acidentes Vasculares tem início agudo podendo estabilizar e melhorar espontaneamente ao longo dos dias Processo Degenerativo tem evolução crônica e piora dos sinais clínicos AVC Irrigação feita pela artéria carótida interna e basilar que se unem formando o círculo de Willis (artérias pares cerebrais e cerebelares em todo o sistema encefálico); As arteríolas se contraem e dilatam conforme aumento ou diminuição da pressão sistêmica, mecanismos de metabolismo cerebral que controlam a taxa de oxigenação cerebral, PCO2 e PO2; Isquemia = redução do fluxo sanguíneo → redução de aporte de glicose e O2; A isquemia localizada gera um infarto com morte neuronal podendo levar a lesões secundárias Causas: trombo (distúrbios de coagulação, tecido neoplásico em metástase, Dirofilarias, séptico), arteriosclerose por hipotireoidismo, hiperlipoproteinemia; Hemorragia = podem acompanhar os infartos (ruptura de vasos por isquemia ou não) = angiopatia amiloide cerebral de cães idosos, neoplasia, vasculite e coagulopatias (von Willebrand). Curva de Evolução Tratamento - Raciocínio para Cada Paciente Como estão postura e marcha? Como está o tônus/trofismo? Quais membros estão acometidos? Não tem receita de bolo!!!!! Estabilizar o paciente1. Garantir conforto no leito e tratamento de TODAS as afecções não apenas as cerebrais, excesso de decúbito gerando consequências sistêmicas (animal em estupor ou coma) Colchão piramidal melhor absorção de forças; Evitar escaras por decúbito Sondagem uretral Manter animal seco e controle do débito urinário Troca de decúbito cada 4 horas Animais com lesão cerebral (AVC ou trauma) EVITAR virar o animal com as patas para cima, girar ele no sentido deixando-o em estação e o vira de forma LENTA sem realizar movimentos da região cervical Estimular decúbito esternal com auxilio de EVAS /toalhas; Sempre que possível, animal trabalha melhor a expansão torácica, auxilia o cardiovascular, fazer por alguns minutos 2 a 3x ao dia Controle analgésico e inflamatório adequado; Agregar outras terapias (TENS, magnetoterapia, fotobioestimulação) analgésicas Inclinação sutil do leito para pacientes em decúbito; Manter oxigenação cerebral adequada NÃO COLOCAR TRAVESSEIRO ABAIXO DO PESCOÇO, comprimi a carótida que é relevante para oxigenação cerebral, animal deve ser TODO inclinado com a cabeça acima dos membros Mobilização leve tecidual; Movimentos sutis em cada articulação, mas devem ser amplos para evitar degeneração de proteínas de forma excessiva Evitar edema em membros; Uso de equipamentos da fisioterapia; Cuidados de enfermagem (leito seco, acesso venoso correto, climatização adequada); Massagem muscular e visceral. MAGNETOTERAPIA Transcranial respeitando a inversão de polaridade Dentro do cilindro pode ser feito também 5Hz pulsado / 30min Promove Neurogênese Restaura fluxo de íons da membrana celular Reduz edema citotóxico (em razão da diferença de pressão oncótica célula e seu meio, o aumento de líquido intracelular promove a apoptose) Melhora fluxo sanguíneo cerebral Modula citocinas inflamatórias “danosas” ULTRASSOM Utilizado em casos onde a lesão que o animal teve causou algum grau de espasticidade neurogênica (contraturas neurogênicas), promove aquecimento Contínuo 0,8 a 1 W/cm² INFRASSOM 6Hz / 10 min Maiores intensidades para animais com mais massa muscular ou contraturas mais severas Relaxa a musculatura contraturada Imita o efeito da massagem de percussão Auxilia em animais com retração de flexores “mão em bola” ELETROTERAPIA (TENS, EENM) cuidado: epiléticos NÃO USAR TENS (120hz 50 us): Em animais hospitalares que necessitam de manejo analgésico EENM (20hz 200us): em casos de espasticidades feitas na musculatura antagonista ao músculo em contratura Animais em decúbito prolongado para prevenir a hipotrofia muscular Manejo Hospitalar - Internação Promover auxilio na sustentação O que fazer? para Lesões Encefálicas por AVC ANIMAIS QUE ANDAM EM CÍRCULOS Exercício do petisco estimulando o animal a ativar a coordenação motora dos dois lados (petisco para um lado e para o outro fazendo o animal virar a cabeça) Estimular a movimentação para o lado oposto ao que ele anda em círculos Fazer com o animal sentado, em decúbito esternal ou em estação Se o animal apresenta muita debilidade muscular iniciar em decúbito esternal evoluindo para em estação Somado a isso pode-se utilizar canaletas com steps contra uma parede fazendo o animal caminhar em linha reta Alongar e trabalhar o lado oposto ao utilizado pelo animal para andar em círculos Pode utilizar a esteira aquática Uso de exercícios desafiadores como o 8 e o ziguezague iniciando pelo último Uso de discos proprioceptivos para estimular o equilíbrio, se o animal não conseguir sozinho pode ser feito no coloco do tutor Realizar o giro contrário INCOORDENAÇÃO / ATAXIA E DEBILIDADE MUSCULAR Exercícios que desafiam a coordenação motora com estabilização da coluna - membros torácicos em um step e os pélvicos em um balanço proprioceptivo Eletrodos sendo um deles colocado sob o plexo e o outro nos dígitos dos membros ativando a sensibilidade (SE NÃO TIVER CRISES EPILÉTICAS) 1min em cada membro com máxima intensidade que o animal permitir Exercícios isométricos com bola e elevação dos membros Mobilizações do animal quando estiver muito debilitado em decúbito esternal, fazer de um lado para o outro, frente para trás e oblíquos Quando tiver a capacidade de se manter em estaçãopode realizar desafios em superfícies diferentes como em pranchas de flutuação em água soltando levemente o animal, mas nunca totalmente Uso de bola apoiando os membros torácicos ou pélvicos Cavaletes com alturas diferentes Pistas com adição de elementos que ativam a parte cognitiva do animal O que fazer? para Traumas Mesmo raciocínio Mesmo manejo hospitalar Esperar o animal estabilizar até 48h para utilizar equipamentos terapêuticos Mesmas consequências Mesma abordagem Disfunção Cognitiva Canina Degeneração neuronal e disfunção sináptica Diminuição da função neuronal, dos canais de cálcio, dos potenciais sinápticos e esgotamento dos neurotransmissores Neurônios, pela diminuição de sua atividade, não libera seus metabólitos adequadamente gerando o agregamento de toxinas formando placas de substância amiloide nos neurônios que deixam de emitir suas informações DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO Sempre fazer exames para descartar as demais etiologias (pode ser neoplasias intracranianas) Sistema Nervoso Periférico também sofre deterioração Diminuição dos reflexos espinhais Atrofia muscular Diminuição da motilidade intestinal Menor reação a estímulos Perda parcial dos sentidos (olfato, visão, paladar, audição) Alterações cognitivas podem ou não estar presentes SINAIS CLÍNICOS Sinais progressivos em cães a partir de 9 anos Raças pequenas mais predispostas a desenvolver alterações comportamentais em função da idade Fêmeas 2x mais afetadas que machos Animais castrados maior prevalência (menor estrogênio = neuroprotetor) evolução DESORIENTAÇÃO - INTERAÇÃO AMBIENTAL Estimular exercícios diurnos Passeios em locais diferentes Carro: ruas não habituais Rua: praças diferentes, cheiros diferentes, caminhos diferentes Brinquedos para manter atividade de memória (petisco em garrafa pet) Alterar sabores de comida Ensinar comandos de obediência (senta, pata), exige aprendizado contínuo mantendo o cérebro ativo Caminhadas sempre = menor tempo, mais vezes por dia Atraso na evolução da sdcc quando inserido o enriquecimento ambiental ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA Promover estímulos sensoriais diferentes com pista proprioceptiva com obstáculos, laser para gatos Escovação nas patas Massagens relaxantes Inserção de aromas calmantes MUDANÇAS NA INTERAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL Cuidados no Manejo do Animal Manejo do bem estar Cuidados com alimentação e hidratação (oferecer na boca do animal além de colocar em vários locais) Disponibilizar maior quantidade de potes Trocas de decúbito quando necessário Adaptação do local para evitar quedas Rampas aonde tem degraus Bloqueio de escadas Não deixar o animal em cima de mobílias Piso antiderrapante Local calmo, tranquilo e iluminado Não trocar mobílias da casa de local MUDANÇAS NO CICLO SONO-VIGÍLIA Magnetoterapia Pacientes com DCC regula o ciclo de sono Melhoram a interação com o proprietário e com o ambiente Se alimentam melhor Melhoram a compulsividade da marcha Diminuem a incidência do andar em círculos Aumento em até 150% do beta-amilóide na corrente sanguínea para ser excretada Fototerapia Desagregação das proteínas amiloide do tecido neuronal com leds à um metro de distância Modificações Ambientais e Manejo TENS Estimulação elétrica com TENS paravertebral entre T1 e T5 ativa áreas cognitivas corticais; Ativação do hipocampo = memória de longo prazo; Alteração na atividade de neurotransmissores; Estudos em humanos demonstram > aumento na disposição física e mental em humanos com Alzheimer; Estudo com ratos com TENS paravertebral a 4Hz e 100Hz demonstraram ativação de diversas regiões encefálicas importantes, associadas a função de cognição, memória, regulação cardiovascular e controle motor. PERDA DO TREINAMENTO HIGIÊNICO Manejo Processo de reaprendizado com recompensa positiva; NUNCA correção negativa Lembrar dos hábitos normais do animal Levar mais vezes na rua (+ atividade é desejável, e melhora o comportamento higiênico); Disponibilizar mais ambientes na casa; Fralda se necessário; Para machos: absorvente ou fralda geriátrica. Doença Cognitiva em Felinos Estudos feitos tiveram como resultado: Dormir muito durante o dia Briga com outros animais Triste quando sozinho Olha para o nada quanto mais idoso for o felino maior a chance dele desenvolver a doença e de ser mais grave; raça, sexo, moradia, castração = não tiveram relação com a DCF. CONTRATURAS = COMPLEXIDADE Contraturas Neurogênicas Espasticidade Difícil reverter na fisioterapia, complexo Quebra do ciclo da contratura Evitar que a contratura forme fibrose na musculatura, após isso é irreversível (vista em ultrassom muscular) TERAPIAS QUE PODEM SER FEITAS Ultrassom Terapêutico + Alongamento/Exercícios que promovem o alongamento ativo da musculatura Mocha + Massagem Alongamentos com ou sem contratura, se não alongar pode ter contratura Analgesia Suporte e qualidade de vida REABILITAÇÃO EM CASOS COMPLEXOSREABILITAÇÃO EM CASOS COMPLEXOS Pode ser desde uma doença difícil de ser tratada até uma doença simples, um distúrbio simples, que se tornou complexo devido complicações Como Classificar em Complexo? Complexidade X Complicações Paciente crítico hospitalizado Paresias/plegias Pré operatório Imobilismo Escaras, atrofias musculares, cistites Pós operatório Complicações da Aula (Síndrome de Wobbler) Formação de seroma pós operatório Soltura de implantes Fisioterapia X Complicações Analgesia Ação anti-inflamatória Melhora circulação sanguínea Aporte de oxigênio Condução nervosa Trofismo muscular Coordenação motora Manutenção da amplitude de movimento Dor e inflamação Wobbler - compressão de tecidos que leva a isquemia dos mesmos Tetraparesia Hipotrofia muscular intensa Contratura severa de tríceps Desenvolver raciocínio de reabilitação para montar protocolos de reabilitação Eletroestimulação Neuromuscular Fototerapia Ultrassom Magnetoterapia Muito importante manter o Movimento! mesmo em casos de paresia/plegia Troca de decúbito com reforço positivo Exercícios em esfinge Levantar em estação se não houver limitações álgicas no paciente com auxílio de bolas, cadeirinhas para trabalhar a consciência corporal e de postura Decúbito esternal - sentar, deitar e sentar Sentar e levantar para trabalhar a musculatura pélvica Treino de marcha com auxílio de cadeirinhas inicialmente Estimular a flexão e extensão de articulações em contratura com petiscos Desafios com uso de obstáculos e desestabilização do equilíbrio, animal em de guia inicialmente SEMPRE Realizar os exercícios de forma conservadora de acordo com a limitação de cada animal Os ossos podem se deformar nos 3 planos, resultando em 6 direções de deformidades: Varus Valgus Antecurvo (procurvatum) Recurvo Torção interna Torção externa Deformidade no plano sagital Deformidade no plano Transverso Radiografia EIXO MECÂNICO DO MEMBRO PÉLVICO: Linha desde o centro da cabeça do fêmur até o centro do tarso passando pelo centro do joelho ou até 8 mm medial ao centro do joelho Eixo da força Patela sempre localizada no eixo mecânico porque o músculo não faz curva e mantém a patela no lugar Musculatura toda centralizada nesse eixo assim como os ossos É o que vai ser reestabelecido, trabalhado, músculos agonistas e antagonistas Luxação de patela começa na articulação coxofemoral e vai até a articulação do tarso, alterações nesse trajeto podem causar uma luxação de patela Resolver a causa base para reverter a luxação de patela, patela está sempre no lugar quem está fora é o fêmur, a tíbia ou os dois Difícil visualizar o eixo na radiografia devido a má posição para colocar os ossos distintos no mesmo plano (fêmur até o tarso na imagem) LUXAÇÃO DE PATELALUXAÇÃO DE PATELA Considerada uma deformidade Fora do lugar o fêmur, a tíbia ou os dois juntos Fazer com que o sulco troclear venha até a patela Diagnosticada em exame físico Na radiografia busca-se quem está fora do lugar apenas, a luxação é diagnosticada no exame físico Radiografia de joelho e panorâmica não traz ainformação do porque a patela luxou, sinais de artrose ou doença articular degenerativa apenas Posicionamento radiográfico interfere intensivamente Tomografia considerada padrão ouro para luxação de patela pelo posicionamento interferir menos Tratamento multidisciplinar Introdução ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR Se for menor do que o normal a patela luxa lateral Se for maior a patela luxa medial Não adianta trazer a patela para o lugar pois ela vai luxar novamente, o fêmur está fora lugar Planos Anatômicos Plano Frontal Plano Sagital (de lado) Plano Transverso (visualiza o osso de cima) Direções Deformacionais Deformidade plano frontal para lateral ou medial Desvios no Plano Frontal Valgus Osso desviado para medial do eixo mecânico Varus Osso desviado para lateral do eixo mecânico Desvio no Plano Sagital Procurvatum Osso desviado para cranial do eixo mecânico Recurvatum Osso desviado para caudal do eixo mecânico Desvio no Plano Transverso Deformidade Torcional Parte distal do osso “olhando” para frente e a parte proximal do osso “olhando” para a diagonal Eixo Anatômico Não é possível trabalhar com o eixo mecânico por não conseguir uma imagem adequada do mesmo na radiografia então se trabalha com o eixo anatômico A partir de um osso somente avalia a luxação de patela, se faz a avaliação radiográfica isoladamente o fêmur e a tíbia Projeção craniocaudal em posição adequada e se coloca uma linha que cruza o fêmur no meio obtendo o eixo anatômico do fêmur e, posteriormente, da tíbia Nem sempre a linha passa exatamente no meio do osso o tempo todo, mas passa por pontos específicos pré definidos Eixo Anatômico Fêmur A partir do ponto médio no terço inicial do fêmur e outro ponto no terço médio do fêmur 2 outras linhas traçadas nas epífises proximal e distal do fêmur criando 2 ângulos Proximal: ângulo do fêmur proximal lateral; linha traçada tangencia o trocânter maior e vai até o centro da cabeça do fêmur Distal: ângulo do fêmur distal lateral; linha traçada tangencial os 2 côndilos do fêmur Na literatura estão presentes os parâmetros de normalidade do fêmur Luxação de patela presente tem algum reflexo relacionado à parte da deformidade distal do fêmur Eixo Anatômico Tíbia Plano Frontal Ponto proximal é o centro da tíbia proximal e o ponto distal é o centro da tíbia distal Plano Sagital Ponto proximal no tubérculo e o ponto distal no centro da tíbia distal que coincide com o centro do talus Ângulos da Tíbia Proximal e Distal 93 a 96° na parte proximal e na parte distal Eixo Mecânico (Platô da Tíbia) X Eixo Anatômico Padrão Radiográfico - Posicionamento Deve haver um padrão de posicionamento na radiografia, imagem radiográfica adequada para avaliar a luxação de patela Estudo Radiográfico do Fêmur A imagem no plano frontal vai estar adequada se: Côndilos femorais devem estar simétricos Apenas a “pontinha” do trocânter menor aparecendo A imagem mediolateral vai estar adequada se: Sobreposição dos 2 côndilos femorais Ângulo de Anteversão da Cabeça do Fêmur Fêmur não entra reto no acetábulo, mas sim rotacionado para frente Obtido na radiografia em uma projeção craniocaudal do joelho, difícil realizar sendo mais avaliado pela tomografia Se esse ângulo for maior do que o normal, ou seja, a cabeça do fêmur está girada mais para frente ainda o fêmur inteiro precisa girar para dentro para encaixar no acetábulo rotacionando assim o sulco troclear e a patela não acompanha, luxação lateral da cabeça do fêmur Se o ângulo for menor do que o normal, a cabeça do fêmur luxa medial Se o ângulo é maior a patela luxa lateralmente LUXAÇÃO DE PATELA PODE SER SECUNDÁRIA À UM PROBLEMA NA CABEÇA DO FÊMUR Ângulo de inclinação Ângulo de anteversão Casos de artrose no quadril com luxação de patela por exemplo Estudo Radiográfico da Tíbia A imagem no plano cranial vai estar adequada se: Calcâneo deve estar centralizado na tíbia Necessário girar um pouco a pata para fora A imagem no plano sagital vai estar adequada se: Sobreposição das linhas do platô da tíbia Enxergar a eminência intercondilar acima do platô Técnica Cirúrgica para Correção da Luxação de Patela Envolve saber qual o osso está fora do lugar! Ostectomia Secção em cunha do fêmur (quando este apresentar problemas) e o reduz com uma placa estabelecendo o eixo anatômico normal Deformidades Torcionais TÍBIA Tuberosidade da tíbia fora do eixo anatômico da tíbia Somente nesse caso onde há deformidade torcional da tíbia que a transposição da tuberosidade da tíbia é indicada FÊMUR Porção distal está “olhando” para frente e a proximal está oblíqua Diagnóstico de Luxação de Patela Padrão ouro, assim como para deformidades torcionais, é a tomografia Mais fácil de realizar os cálculos dos ângulos traçando melhor os eixos Radiografia é mais pobre em informações Possível imprimir as imagens do tamanho real dos ossos em impressora 3D para estudos planejando melhor o tratamento Tratamento - DFO/PTO Osteotomias + Transposição Transposição da Tuberosidade da Tíbia Técnica dos 4 T’s Evolução da transposição da crista da tíbia Calcula-se o quanto vai fazer de transposição ESTUDOS Conforme aumenta o grau de luxação de patela, pacientes tratados com transposição e/ou sulco troclear tem até 43% de chance de ter recidivas, sendo que até quase 20% dos casos de luxação de patela tratados dessa forma vão sofrer reintervenção Se for só aprofundamento de sulco ou só transposição da crista da tíbia a chance é de quase 100% de recidivas Planejamento inadequado da técnica Estudos comprovam que as complicações caem pela metade com o uso da nova técnica, mesmo que seja mais agressiva 42% dos cães pequenos com luxação de patela tendem a ter ruptura do ligamento cruzado sendo a cirurgia um tratamento importante para luxação de patela afim de evitar ruptura do ligamento cruzado por forçar o joelho para trabalhar 13% dos pacientes com luxação de patela secundária a torção da tíbia sendo importante avaliar antes de optar por uma transposição, não deve ser feita em todos os animais com luxação É necessário entender amplamente a luxação de patela, ou seja, que não é a patela que está no lugar errado, mas sim a tíbia, o fêmur ou os dois juntos A luxação da patela parte de problemas desde o quadril, articulação coxofemoral, até o tarso Eixo mecânico, eixo da força, é criado a partir disso onde estão centralizados os ossos e músculos É preciso trabalhar o eixo mecânico cirurgicamente mantendo os ossos alinhados nesse eixo e a fisioterapia deve promover o trabalho muscular (músculos agonistas e antagonistas) em sintonia no eixo mecânico Trabalhar com o paciente na fisioterapia desde o pré-operatório para melhorar o procedimento cirúrgico Conclusão Luxação da patela deve ser trabalhada no eixo mecânico com ossos e músculos nesse eixo