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Introdução à Fisioterapia e Ortopedia de
Pequenos Animais
@amandaalopx
Não é uma doença 
➔ Senil ou geriátrico: declínio progressivo da condição
física, funcionamento orgânico, funções sensorial e
mental e imunidade
Humanos X Cães/Gatos
Cães
➔ Até os 2 anos de idade: x10,66
➔ Após o terceiro ano: índice varia conforme a raça 
Gatos 
➔ 1 ano = 15 anos humanos 
➔ 2 anos = 24 anos humanos 
➔ A cada ano mais = +4 anos humanos 
Efeitos do Envelhecimento
O envelhecimento
Efeitos Metabólicos 
➔ Homeostasia: estado de equilíbrio das funções do
corpo
➔ Metabolismo e atividade: fica reduzido 
 Ciclo de Sono; Percentual de Gordura 
➔ Competência imunológica
 Fagocitose e quimiotaxia 
➔ Desenvolvimento de autoanticorpos 
 Doenças imunomediadas
Efeitos Físicos Gerais
➔ Alterações dermatológicas: pele fica mais fina, pelo
opaco, pele hiperpigmentada 
➔ Alterações sensoriais: perda de visão (catarata),
redução de olfato e audição
➔ Sistema geniturinário: tumor de glândulas mamárias,
hiperplasia prostática 
➔ Sistema hematopoiético: hipoplasia de medula
(anemia arregenerativa)
➔ Sistema respiratório: fibrose pulmonar (dificuldade de
expansão de tórax)
Efeitos na Estrutura Óssea (Fragilidade óssea)
➔ Ossos Longos (redução na absorção de Ca) 
Espessura (finos) 
Densidade 
Resistência 
➔ Condrócitos
➔ Glicosaminoglicanos 
➔ Colágeno tipo 1
➔ Sulfato de condroitina 
CARTILAGEM:
Resistência 
Regeneração
Doença
Articular 
Degenerativa
➔ Perda de massa magra
Miócitos 
Sarcopenia: perda da massa e da força muscular 
Perda de qualidade de vida 
➔ Redução de células no sistema nervoso 
Disfunções Cognitivas mais frequentes
Efeitos Neurológicos e Musculares
Efeitos Físicos Sistema Digestório 
➔ Cavidade oral: tártaros, periodontite 
➔ Alterações gástricas: atrofia das vilosidades da
mucosa 
➔ Alterações hepáticas: diminuição no n° de
hepatócitos
➔ Absorção intestinal reduzida 
 principalmente Ca
FISIOTERAPIA NO PACIENTE GERIÁTRICOFISIOTERAPIA NO PACIENTE GERIÁTRICO
Excesso de glicocorticóides no organismo tende a inibir
a captação de glicose pelo tecido muscular e pelo tecido
adiposo, degrada a musculatura liberando aa para a
gliconeogênese hepática ser favorecida
➔ Fraqueza, atrofia muscular e letargia 
Catabolismo proteico aumentado
Síntese proteica inibida 
➔ Frouxidão ligamentar (secundária) pela alteração na
síntese de colágeno
➔ Pseudomiotonia 
Contração muscular persistente 
Rigidez dos membros acometidos (não os flexiona)
Hipertrofia muscular 
Prognóstico: reservado
Alterações Patológicas mais Comuns:
Redução no n° de glomérulos e taxa de filtração
glomerular, atrofia e fibrose tubular 
➔ Perda de peso e fraqueza: anorexia, uremia (gastrite
urêmica)
➔ Alterações Neurológicas: uremia,
hiperparatireoidismo secundário renal
➔ Gatos: polimiopatia hipocalêmica causando
ventroflexão cervical, dificuldade para andar, fraqueza
muscular generalizada 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
HIPERADRENOCORTICISMO
CARDIOPATIAS
➔ Redução no débito cardíaco, fibrose valvular e
arteriosclerose
➔ Comumente associada com HAD e IRC 
➔ Aumento da PA 
➔ Redução da perfusão dos órgãos 
ONCOLÓGICOS
Síndromes Paraneoplásicas: fator de necrose
tumoral e interleucinas produzidas pelos
macrófagos e células tumorais levando um aumento
de catabolismo muscular e tecido adiposo
➔ Fraqueza muscular e cansaço - caquexia,
hipercalcemia (produção de fatores semelhantes ao
paratormônio) e hipoglicemia 
➔ Manifestações neurológicas - antígenos neuronais
produzidos pelas células tumorais contra receptores da
acetilcolina
➔ Osteopatia hipertrófica - proliferação periosteal 
OUTRAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS COMUNS:
Obesidade 
Diabetes 
Imunodeficiência 
Miopatias
Na Fisioterapia:
Uso de aparelhos específicos e aplicação de técnicas
manuais que promovem:
Analgesia e ação anti-inflamatória
Cicatrização acelerada 
Aumento no depósito de colágeno 
Organização da fibrina 
Incremento no teor de oxigenação tecidual 
Incremento de óxido nítrico muscular 
Relaxamento das fibras musculares 
Normalização nas trocas iônicas/neurotransmissores 
Aumento de tônus e massa muscular nos membros 
Melhora na coordenação motora e propriocepção 
Melhora na condição física (cardiovascular) 
Algumas Terapias
Magnetoterapia 
Laser/Fototerapia 
Ultrassom 
Eletroestimulação 
 TENS/FES
Cinésioterapia 
Esteira aquática 
Ozônio 
Acupuntura/moxa
Afecções Ortopédicas
Artrose
Doença de caráter inflamatório e degenerativo das
articulações 
Desgaste das articulações 
Dor 
Deformidades ósseas 
Multifatorial 
Pode ter desenvolvido por uma afecção específica ou
por sobrecarga 
Muito comum no paciente geriatra 
80% dos gatos a partir dos 9 anos possuem algum
grau de artrose 
Membros anteriores mais frequente
Atuação da Fisioterapia
Redução da dor e processo inflamatório 
Ganho de massa muscular 
Mais qualidade de vida
Aumentar mobilidade / apetite/ nível de atividade
Displasia Coxofemoral
Cães e gatos 
Predisposição racial (pequeno porte em poodles)
Bilateral e unilateral pode ocorrer
Felinos com fecaloma, megacolon por não conseguir
ficar em posição adequada pelo problema de quadril 
Claudicação em membros afetados + membros
sobrecarregados 
Tratamento clínico e/ou cirúrgico e/ou reabilitação 
Claudicação leve pode persistir 
Deformidade óssea não é possível reverter pela
fisioterapia, mas volta a ter qualidade de vida
Raio X 
Arrasamento acetabular 
Frouxidão do ligamento
redondo
 
Espessamento do colo
femoral 
(deposição de Ca)
Artrose e exposição do osso
subcondral
DOR
Espessamento da cápsula articular (inflamação)
Aumento de volume intra-articular 
Dor pelo estiramento da cápsula 
Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial
Estabiliza o joelho 
Possui 3 funções 
Restringir a hiperextensão da articulação 
Rotação interna da tíbia em relação ao fêmur 
Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur
Trauma agudo 
Idade avançada e obesidade
Ultrassom articular seria o ideal além do rx
TRATATAMENTO
Cirúrgico 
Conservador 
 se tiver menos de 10 Kg, acima não funciona
Grau I e II - Conservador
Grau II, III, IV - Pós operatório 
OBJETIVO NA FISIOTERAPIA 
Reduzir contraturas musculares 
Desenvolvimento e fortalecimento de massa
muscular - quadríceps 
Auxílio na redução e manutenção da patela no sulco
troclear 
FISIOTERAPIA 
Redução na dor e inflamação articular
Melhora na qualidade do líquido sinovial 
Ganho de massa muscular 
Aumento da estabilização articular 
 acelera fibrose tecidual ao redor
Luxação de Patela
Fraturas
Paciente geriátrico tem fragilidade óssea
Acelera consolidação óssea 
Redução da dor 
Retorno funcional do membro 
Acompanhamento radiográfico a cada 45d
OBJETIVO 
Garantir sucesso cirúrgico 
Ultrassom pode ser utilizado se não tiver placas e
pinos 
Afecções Neurológicas
Hérnia de Disco - Extrusão
Hérnia de Disco - Protrusão
Agudo - dor à paralisia, ataxia, propriocepção menor
Como tratar?
Grau I, II e III - Fisioterapia 
Grau IV e V - Cirurgia e fisioterapia pós operatório 
Dor, ataxia e paresia 
Evolução lenta 
Prognóstico reservado para casos graves 
Quanto antes começar a fisio, melhor o resultado 
FISIOTERAPIA NA HÉRNIA DE DISCO
Analgesia 
Anti-inflamatório 
Estimulo neuronal 
Equilíbrio e melhora na propriocepção 
Ganho de massa muscular 
Acelera processo de cicatrização 
Melhora o pH do meio favorecendo reabsorção do
disco
Síndrome da Cauda Equina
L7 e S1, espondilose com hérnia de disco e
espessamento de ligamento comprimem as raízes
nervosas
Redução de musculatura nos membros posteriores,
ausência de reflexo no ciático
Redução na dor e inflamação 
Melhora da coordenação motora 
Melhora de massa muscular 
Mielopatia Degenerativa
Doença degenerativa crônica 
Etiologia desconhecida 
Aspecto clínico semelhante à esclerose lateral
amiotrófica em humanos 
Transtorno autoimune que ataca o SNC, causando perda
de axônios e mielina??
DIAGNÓSTICO 
Por exclusão 
Curso progressivo 
Ataxia e paresia indolores de membros posteriores
(Degeneraçãomedular não gera dor apenas quando
gera inflamação e compressão de meninges)
Dismetria 
Presença de dor profunda 
Evolui para paraplegia - neste ponto não é tratável 
Fisioterapia: visa retardar o progresso da doença
Disfunção Cognitiva
Campo Eletromagnético regula o ciclo circadiano
(controle dia-noite) promovendo o equilíbrio no eixo
neuroendócrino 
TENS (região cervicotorácica)
Fototerapia 
Na prática vemos aumento interação tutor X animal,
melhora 
Melhora na marcha (andar em linha reta)
Maior resposta a estímulos e comandos e interação
socioambiental 
Não esquecer do:
MANEJO EM CASA!!!
Sofá/camas evitar o acesso
Evitar subir e descer escadas
Manter seco e limpo 
Guias especiais 
Piso aderente 
Não deixar o animal em contato com urina e fezes
(tapete higiênico em baixo do animal) risco de
dermatite urêmica
Elevar a altura dos potes 
Enriquecimento ambiental 
Estimular o animal ficar em estação, passear com ele
SEJA SINCERO COM O TUTOR!
Pode ser um tratamento longo ou com baixa chance de
eficácia
Resposta Estímulo Processada na
Medula
DESENVOLVIMENTO DO ANDAR MEDULARDESENVOLVIMENTO DO ANDAR MEDULAR
Origem Endógena
Extrusão, protusão do disco intervertebral, fraturas
patológicas, anomalias congênitas e instabilidades
Origem Exógena
Traumas automobilísticos, projéteis, quedas, mordidas
Afecções na Coluna Vertebral
Medula Espinhal
Lesão medular irá ocorrer uma sequência de eventos
vasculares, bioquímicos e inflamatórios, que
resultam no desenvolvimento de lesões teciduais
secundárias, levando à destruição progressiva do
tecido neuronal
Principal via de transmissão de impulsos nervosos
entre encéfalo e as extremidades 
Sinais neurológicos (depende da gravidade da lesão)
Tratamento conservador ou cirúrgico: de acordo com
o grau de comprometimento medular
Dano grave medular pode afetar a sensibilidade de
forma irreversível perdendo a dor profunda
Andar Medular
Caminhada que ocorre através de estímulos e reflexos,
animal tem a capacidade de se sustentar com os
membros pélvicos e realizar movimentos rítmicos de
locomoção involuntários 
Caminhar involuntário
Estímulos e reflexos 
Origina a partir da plasticidade neuronal 
Restaurar a capacidade de locomoção 
Deve ser estimulado diariamente para ter sucesso
Neuroplasticidade
Capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-
se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao
longo do desenvolvimento neuronal quando sujeito a
novas experiências 
Circuitos neuronais sejam maleáveis auxiliando na
formação de memória e reaprendizagem 
Treinamento, repetição, intensidade
Recuperação após a lesão 
Quando desenvolver?
Ausência de dor profunda 
Nocicepção indica um reconhecimento com uma
resposta cortical à um estímulo nocivo
Parte de reflexos espinhais sem a participação de
neurônios encefálicos
Pinçamento do dígito (falanges)
Diferenciar o reflexo de retirada da percepção de dor 
Reflexo patelar presente 
Para que o animal possa se sustentar
Reflexo flexor presente ou reflexo de retirada
Avalia a integridade do nervo isquiático 
No interdigital é realizado o estímulo e espera-se que o
animal retire o membro com flexão de todas as
articulações
Lesões na região de toracolombar T3 - L3
Avaliar se há alterações musculoesqueléticas
pélvicas
Como funciona?
ARCO REFLEXO
resposta à um estímulo percebido por um nervo
processada na medula (inconsciente, involuntária)
Receptor que recebe o estímulo > Neurônio sensorial
leva a mensagem sobre esse estímulo para a medula >
Interneurônio transmite a mensagem para > neurônio
motor leva a resposta ao > órgão efetor (músculo)
Fisioterapia Veterinária
Fundamental para o desenvolvimento do andar
medular 
Objetivo: modular o movimento dos membros
pélvicos
Geralmente são pós operatórios
Proporcional analgesia, auxiliar na cicatrização, ganho de
tônus muscular, prevenir a hipotrofia muscular, diminuir
contraturas musculares em razão da postura, aumento
de amplitude de movimento, melhorar postura,
coordenar o equilíbrio modulando o movimento
Controlar sobrecargas compensatórias 
Membros torácicos apresentam dores pela
compensação colocando o peso neles 
Manejo adequado do paciente pelo tutor e pelo MV
Etapas de Tratamento
Etapa - sustentação e tônus muscular 1.
Etapa - modular o passo 2.
Etapa - equilíbrio e coordenação 3.
Etapa - fortalecimento 4.
Sempre reavaliando o paciente
Tratamentos
Laser - analgesia e cicatrização de feridas (atresia, se
arrastam)
Fototerapia excelente para feridas também e tem
como efeito anti-inflamatório, analgesia, auxiliando
na vasodilatação, melhorando o aporte sanguíneo 
Magnetoterapia - regeneração celular 
TENS - que é um eletroanalgésico, atuando no
bloqueio da dor 
NMES - uma corrente no qual estimula a contração
da musculatura favorecendo o tônus muscular,
impedindo a hipotrofia da musculatura, sendo
trabalhado nas musculaturas extensoras e nas
flexoras 
Ultrassom e Infrassom - auxiliando nas contraturas
musculares 
Cinesioterapia
É uma terapia na qual é benéfica a todos os
pacientes, para diversas patologias, para o andar
medular ela é extremamente importante e
fundamental, para conseguirmos que o animal
desenvolva é uma aliada no tratamento, sempre
respeitando o paciente, as etapas de tratamento e
evolução de cada caso
Divide-se em:
Exercícios Passivos - feito pelo terapeuta 
Ativos Assistidos - começa o exercício com o auxílio do
terapeuta 
Ativos - paciente executa sozinho o exercício 
Para o desenvolvimento, o trabalho em conjunto,
veterinário fisiatra e tutor é fundamental 
Lembrar que quanto mais estímulos MELHOR 
Manejo em Casa
Escovação nos membros posteriores de baixo para
cima gerando estímulo sensorial 
Mobilização articular para ganho de amplitude e
minimizar as contraturas (flexão e extensão sutil) 
Reflexo de retirada na membrana interdigital
inicialmente em decúbito lateral e depois em estação
Alongamentos para ganho de amplitude
(encurtamento muscular)
Sustentação com fisioguias ou toalhas/lençóis 
Coluna sempre reta
Modulando o passo - reflexo de retirada
simulando o movimento de passos 
1.
Descarga de peso de forma adequada
(sobrecarrega e jogam o peso para frente) step nos
membros torácicos para que jogue o peso nos
membros posteriores
2.
Senta e levanta - na postura correta animal
levanta sozinho com estímulo da cauda 
3.
Prancha lateral - prancha nos posteriores e step
nos anteriores, equilíbrio, sustentação e trabalha
também a musculatura dos MP e abdominal 
4.
Balança - mais instável do que a prancha lateral 5.
Melhorar a marcha e estimular o máximo 
Feridas nos membros posteriores por arraste (devem
ser cicatrizadas antes de colocar na hidroesteira)
Lambeduras excessivas (automutilação)
Sobrecargas 
Manejo de vesícula urinária/urina
Peso do animal (evitar ganhar)
Piso (devem ser aderentes)
Cadeirinha (períodos controlados, não usam 24h)
Hidroesteira
Estimula a passada 
Importante para o desenvolvimento de locomoção
inicial 
Sustentação de peso e passos melhorados
(exercícios em água aumentam a flexibilidade das
articulações e amplitude do movimento)
Inicia com água acima do joelho sem boiar com
estímulo da cauda e reflexo de retirada
Com a progressão do animal no exercício diminuir a
quantidade de água e estímulos 
Explicar para o tutor que nem todos os animais
desenvolvem o andar medular mesmo com fisioterapia
adequada além do manejo adequado com o paciente
Cuidados dos Paraplégicos
POSTURA
inclinação de
cabeça/Opistótono
Cifose/Escoliose
Hemi/Tetraparesia
ou plegia
MARCHA
Paresia / Plegia
Quantos membros
afetados?
Ataxia (cerebelar,
vestibular)
ESTADO MENTAL
Normal 
Estupor 
Coma
FISIOTERAPIA COMO ADJUVANTE NO
TRATAMENTO DE AVC, TRAUMA CRÂNIO
ENCEFÁLICO E DISFUNÇÃO COGNITIVA
FISIOTERAPIA COMO ADJUVANTE NO
TRATAMENTO DE AVC, TRAUMA CRÂNIO
ENCEFÁLICO E DISFUNÇÃO COGNITIVA
Pontos Importantes a Considerar
Depende do grau de lesão e região encefálica
afetada
Compreendendo os Sinais Clínicos
Lesão Cerebral
Independente da causa, etiologia, se os hemisférios
cerebrais estão acometidos esses sinais estarãopresentes (não necessariamente todos):
Estado Mental Alterado - deprimido, apático,
demente, não interage com o ambiente
Falta de precisão na marcha
Hemiparesia contralateral à lesão;
Miose e diminuição da sensibilidade facial/nasal
contralaterais à lesão;
Marcha compulsiva;
Pressão da cabeça contra obstáculos (aumento da
PIC);
Andar em circulo ipsilateral à lesão;
Pleurotótono (autoauscultação da região pulmonar)
Tremor em repouso;
Reações posturais alteradas contralateral à lesão;
Visão alterada podendo cursar com cegueira;
Lesões diencefálicas podem levar a desregulação
hormonal;
Crises epiléticas (80% das neoplasias cerebrais
cursam apenas com esse sinal, disfunção cognitiva
não tem crise epilética)
Tronco Encefálico
Responsável por abranger os núcleos de nervos
cranianos 
Estupor, coma, alterações cardiovasculares → SARA;
Paresia e ataxia na marcha ipsilateral (exceto no
mesencéfalo que é contra);
Déficit proprioceptivo;
Alterações em nervos cranianos (depende da área do
tronco encefálico afetada)
Mesencéfalo = estrabismo ventrolateral, ptose palpebral,
midríase, opistótono, hiperventilação;
Pontomedular = alteração ipsilateral do reflexo palpebral
(V ou VII), sensibilidade da cabeça (V), estrabismo medial
(VI), motilidade pavilhão auricular + ptose labial e
palpebral reduzidos ou ausente (VII), inclinação de
cabeça e nistagmo (VIII), alteração deglutição (IX e X),
redução na motilidade da língua (XII)
Cerebelo
Distúrbio para COORDENAR/MODULAR os
movimentos ficando EXAGERADOS ou
HIPERMÉTRICOS
Não há paresia (fraqueza), somente ataxia
cerebelar = simétrica e bilateral; 
Aumento da base de sustentação do paciente em
estação;
Tremor intencional, principalmente quando vai se
alimentar;
Movimentos exagerados que perdem a regulação
cerebelar = dismetria;
Não há perda visual;
Não há déficit proprioceptivo;
Nistagmo pendular (não tem fase rápida e lenta);
Estrabismo (quando acomete o núcleo
vestibulocerebelar);
Resposta à ameaça ausente;
Alteração da micção.
Hemorrágico: picos de hemorragia que pode
estabilizar (coagular) e melhorar ou pode ter
sangramento ativo com picos de piora contínua
podendo evoluir para óbito.
Agentes físicos que promovam vasodilatação como laser,
fotobioestimulação, aplicação de calor, magnetoterapia,
devem ser evitados.
Isquêmico estável: pico de sinais clínicos que depois
se estabilizam lentamente até melhora
Sem restrição de equipamentos
Na presença de crise epilética = contraindicado o uso de
eletroterapia
O que? Desde quando? Como evolui?
Diagnósticos Diferenciais 
Traumas e Acidentes Vasculares tem início agudo
podendo estabilizar e melhorar espontaneamente ao
longo dos dias
Processo Degenerativo tem evolução crônica e piora
dos sinais clínicos 
AVC
Irrigação feita pela artéria carótida interna e
basilar que se unem formando o círculo de Willis
(artérias pares cerebrais e cerebelares em todo o
sistema encefálico);
As arteríolas se contraem e dilatam conforme
aumento ou diminuição da pressão sistêmica,
mecanismos de metabolismo cerebral que controlam
a taxa de oxigenação cerebral, PCO2 e PO2;
Isquemia = redução do fluxo sanguíneo → redução
de aporte de glicose e O2;
A isquemia localizada gera um infarto com morte
neuronal podendo levar a lesões secundárias
Causas: trombo (distúrbios de coagulação, tecido
neoplásico em metástase, Dirofilarias, séptico),
arteriosclerose por hipotireoidismo,
hiperlipoproteinemia;
Hemorragia = podem acompanhar os infartos
(ruptura de vasos por isquemia ou não) = angiopatia
amiloide cerebral de cães idosos, neoplasia, vasculite
e coagulopatias (von Willebrand).
Curva de Evolução
Tratamento - Raciocínio para Cada Paciente
Como estão postura e marcha?
Como está o tônus/trofismo? 
Quais membros estão acometidos?
Não tem receita de bolo!!!!!
Estabilizar o paciente1.
Garantir conforto no leito e tratamento de TODAS as
afecções não apenas as cerebrais, excesso de
decúbito gerando consequências sistêmicas (animal
em estupor ou coma)
Colchão piramidal melhor absorção de forças;
Evitar escaras por decúbito 
Sondagem uretral
Manter animal seco e controle do débito urinário
Troca de decúbito cada 4 horas 
Animais com lesão cerebral (AVC ou trauma) EVITAR
virar o animal com as patas para cima, girar ele no
sentido deixando-o em estação e o vira de forma LENTA
sem realizar movimentos da região cervical 
Estimular decúbito esternal com auxilio de EVAS
/toalhas;
Sempre que possível, animal trabalha melhor a
expansão torácica, auxilia o cardiovascular, fazer por
alguns minutos 2 a 3x ao dia
Controle analgésico e inflamatório adequado;
Agregar outras terapias (TENS, magnetoterapia,
fotobioestimulação) analgésicas
Inclinação sutil do leito para pacientes em
decúbito;
Manter oxigenação cerebral adequada
NÃO COLOCAR TRAVESSEIRO ABAIXO DO PESCOÇO,
comprimi a carótida que é relevante para oxigenação
cerebral, animal deve ser TODO inclinado com a cabeça
acima dos membros 
 
Mobilização leve tecidual;
Movimentos sutis em cada articulação, mas devem ser
amplos para evitar degeneração de proteínas de forma
excessiva
Evitar edema em membros;
Uso de equipamentos da fisioterapia;
Cuidados de enfermagem (leito seco, acesso
venoso correto, climatização adequada);
Massagem muscular e visceral.
MAGNETOTERAPIA
Transcranial respeitando a inversão de polaridade
Dentro do cilindro pode ser feito também
5Hz pulsado / 30min
Promove Neurogênese 
Restaura fluxo de íons da membrana celular 
Reduz edema citotóxico (em razão da diferença de
pressão oncótica célula e seu meio, o aumento de
líquido intracelular promove a apoptose)
Melhora fluxo sanguíneo cerebral 
Modula citocinas inflamatórias “danosas”
ULTRASSOM
Utilizado em casos onde a lesão que o animal teve
causou algum grau de espasticidade neurogênica
(contraturas neurogênicas), promove aquecimento
Contínuo 0,8 a 1 W/cm²
INFRASSOM 
6Hz / 10 min 
Maiores intensidades para animais com mais massa
muscular ou contraturas mais severas 
Relaxa a musculatura contraturada 
Imita o efeito da massagem de percussão 
Auxilia em animais com retração de flexores “mão
em bola”
ELETROTERAPIA (TENS, EENM)
cuidado: epiléticos NÃO USAR
TENS (120hz 50 us): Em animais hospitalares que
necessitam de manejo analgésico 
EENM (20hz 200us): em casos de espasticidades
feitas na musculatura antagonista ao músculo em
contratura
Animais em decúbito prolongado para prevenir a
hipotrofia muscular
Manejo Hospitalar - Internação
Promover auxilio na sustentação
O que fazer? para Lesões Encefálicas por
AVC
ANIMAIS QUE ANDAM EM CÍRCULOS
Exercício do petisco estimulando o animal a ativar
a coordenação motora dos dois lados (petisco para
um lado e para o outro fazendo o animal virar a
cabeça)
Estimular a movimentação para o lado oposto ao
que ele anda em círculos
Fazer com o animal sentado, em decúbito esternal
ou em estação 
Se o animal apresenta muita debilidade muscular
iniciar em decúbito esternal evoluindo para em
estação
Somado a isso pode-se utilizar canaletas com steps
contra uma parede fazendo o animal caminhar em linha
reta
Alongar e trabalhar o lado oposto ao utilizado
pelo animal para andar em círculos 
Pode utilizar a esteira aquática 
Uso de exercícios desafiadores como o 8 e o
ziguezague iniciando pelo último 
Uso de discos proprioceptivos para estimular o
equilíbrio, se o animal não conseguir sozinho pode
ser feito no coloco do tutor 
Realizar o giro contrário 
INCOORDENAÇÃO / ATAXIA E DEBILIDADE
MUSCULAR
Exercícios que desafiam a coordenação motora com
estabilização da coluna - membros torácicos em um
step e os pélvicos em um balanço proprioceptivo
Eletrodos sendo um deles colocado sob o plexo e o
outro nos dígitos dos membros ativando a
sensibilidade (SE NÃO TIVER CRISES EPILÉTICAS)
1min em cada membro com máxima intensidade
que o animal permitir 
Exercícios isométricos com bola e elevação dos
membros 
Mobilizações do animal quando estiver muito
debilitado em decúbito esternal, fazer de um lado
para o outro, frente para trás e oblíquos 
Quando tiver a capacidade de se manter em estaçãopode realizar desafios em superfícies diferentes
como em pranchas de flutuação em água soltando
levemente o animal, mas nunca totalmente
Uso de bola apoiando os membros torácicos ou
pélvicos
Cavaletes com alturas diferentes 
Pistas com adição de elementos que ativam a parte
cognitiva do animal 
O que fazer? para Traumas
Mesmo raciocínio 
Mesmo manejo hospitalar 
Esperar o animal estabilizar até 48h para utilizar
equipamentos terapêuticos 
Mesmas consequências 
Mesma abordagem 
Disfunção Cognitiva Canina
Degeneração neuronal e disfunção sináptica 
Diminuição da função neuronal, dos canais de
cálcio, dos potenciais sinápticos e esgotamento dos
neurotransmissores 
Neurônios, pela diminuição de sua atividade, não
libera seus metabólitos adequadamente gerando o
agregamento de toxinas formando placas de
substância amiloide nos neurônios que deixam de
emitir suas informações 
DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO
Sempre fazer exames para descartar as demais
etiologias (pode ser neoplasias intracranianas)
Sistema Nervoso Periférico também sofre
deterioração 
Diminuição dos reflexos espinhais 
Atrofia muscular 
Diminuição da motilidade intestinal 
Menor reação a estímulos 
Perda parcial dos sentidos (olfato, visão, paladar,
audição)
Alterações cognitivas podem ou não estar presentes 
SINAIS CLÍNICOS
Sinais progressivos em cães a partir de 9 anos 
Raças pequenas mais predispostas a desenvolver
alterações comportamentais em função da idade 
Fêmeas 2x mais afetadas que machos 
Animais castrados maior prevalência (menor
estrogênio = neuroprotetor)
evolução
DESORIENTAÇÃO - INTERAÇÃO AMBIENTAL 
Estimular exercícios diurnos 
Passeios em locais diferentes
Carro: ruas não habituais 
Rua: praças diferentes, cheiros diferentes, caminhos
diferentes 
Brinquedos para manter atividade de memória (petisco
em garrafa pet) 
Alterar sabores de comida 
Ensinar comandos de obediência (senta, pata), exige
aprendizado contínuo mantendo o cérebro ativo 
Caminhadas sempre = menor tempo, mais vezes por dia 
Atraso na evolução da sdcc quando inserido o
enriquecimento ambiental 
ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA 
Promover estímulos sensoriais diferentes com pista
proprioceptiva com obstáculos, laser para gatos
Escovação nas patas 
Massagens relaxantes 
Inserção de aromas calmantes
MUDANÇAS NA INTERAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL 
Cuidados no Manejo do Animal
Manejo do bem estar 
Cuidados com alimentação e hidratação (oferecer
na boca do animal além de colocar em vários locais) 
Disponibilizar maior quantidade de potes 
Trocas de decúbito quando necessário 
Adaptação do local para evitar quedas 
Rampas aonde tem degraus 
Bloqueio de escadas 
Não deixar o animal em cima de mobílias 
Piso antiderrapante
Local calmo, tranquilo e iluminado 
Não trocar mobílias da casa de local 
MUDANÇAS NO CICLO SONO-VIGÍLIA 
Magnetoterapia 
Pacientes com DCC regula o ciclo de sono 
Melhoram a interação com o proprietário e com o
ambiente 
Se alimentam melhor 
Melhoram a compulsividade da marcha 
Diminuem a incidência do andar em círculos 
Aumento em até 150% do beta-amilóide na corrente
sanguínea para ser excretada
Fototerapia 
Desagregação das proteínas amiloide do tecido
neuronal com leds à um metro de distância
Modificações Ambientais e Manejo
TENS 
Estimulação elétrica com TENS paravertebral entre
T1 e T5 ativa áreas cognitivas corticais;
Ativação do hipocampo = memória de longo prazo;
Alteração na atividade de neurotransmissores;
Estudos em humanos demonstram > aumento na
disposição física e mental em humanos com
Alzheimer;
Estudo com ratos com TENS paravertebral a 4Hz e
100Hz demonstraram ativação de diversas regiões
encefálicas importantes, associadas a função de
cognição, memória, regulação cardiovascular e
controle motor.
PERDA DO TREINAMENTO HIGIÊNICO
Manejo 
Processo de reaprendizado com recompensa
positiva;
NUNCA correção negativa
Lembrar dos hábitos normais do animal
Levar mais vezes na rua (+ atividade é desejável, e
melhora o comportamento higiênico);
Disponibilizar mais ambientes na casa;
Fralda se necessário;
Para machos: absorvente ou fralda geriátrica.
Doença Cognitiva em Felinos
Estudos feitos tiveram como resultado:
Dormir muito durante o dia
Briga com outros animais
Triste quando sozinho
Olha para o nada
quanto mais idoso for o felino maior a chance dele
desenvolver a doença e de ser mais grave;
raça, sexo, moradia, castração = não tiveram
relação com a DCF.
CONTRATURAS = COMPLEXIDADE
Contraturas Neurogênicas
Espasticidade
Difícil reverter na fisioterapia, complexo
Quebra do ciclo da contratura
Evitar que a contratura forme fibrose na
musculatura, após isso é irreversível (vista em
ultrassom muscular)
TERAPIAS QUE PODEM SER FEITAS
Ultrassom Terapêutico +
Alongamento/Exercícios que promovem o
alongamento ativo da musculatura 
Mocha + Massagem 
Alongamentos com ou sem contratura, se não
alongar pode ter contratura
Analgesia 
Suporte e qualidade de vida
REABILITAÇÃO EM CASOS COMPLEXOSREABILITAÇÃO EM CASOS COMPLEXOS
Pode ser desde uma doença difícil de ser tratada
até uma doença simples, um distúrbio simples, que
se tornou complexo devido complicações 
Como Classificar em Complexo?
Complexidade X Complicações
Paciente crítico
hospitalizado
Paresias/plegias
 
Pré operatório
Imobilismo 
Escaras, atrofias
musculares,
cistites 
Pós operatório
Complicações da Aula (Síndrome de
Wobbler)
Formação de seroma pós operatório
Soltura de implantes 
Fisioterapia X Complicações
Analgesia
Ação anti-inflamatória
Melhora circulação
sanguínea
Aporte de oxigênio
Condução nervosa
Trofismo muscular
Coordenação motora
Manutenção da
amplitude de movimento
Dor e inflamação
Wobbler - compressão
de tecidos que leva a
isquemia dos mesmos 
Tetraparesia
Hipotrofia muscular
intensa
Contratura severa de
tríceps
Desenvolver raciocínio de reabilitação para montar
protocolos de reabilitação
Eletroestimulação Neuromuscular
Fototerapia
Ultrassom 
Magnetoterapia
Muito importante manter o Movimento! mesmo
em casos de paresia/plegia
Troca de decúbito com reforço positivo
Exercícios em esfinge
Levantar em estação se não houver limitações
álgicas no paciente com auxílio de bolas,
cadeirinhas para trabalhar a consciência corporal e
de postura
Decúbito esternal - sentar, deitar e sentar
Sentar e levantar para trabalhar a musculatura
pélvica
Treino de marcha com auxílio de cadeirinhas
inicialmente
Estimular a flexão e extensão de articulações em
contratura com petiscos 
Desafios com uso de obstáculos e desestabilização
do equilíbrio, animal em de guia inicialmente
SEMPRE
Realizar os exercícios de forma conservadora de
acordo com a limitação de cada animal 
Os ossos podem se deformar nos 3 planos, resultando
em 6 direções de deformidades:
Varus 
Valgus 
Antecurvo (procurvatum)
Recurvo 
Torção interna 
Torção externa 
Deformidade no plano 
sagital
Deformidade no plano 
Transverso
Radiografia
EIXO MECÂNICO DO MEMBRO PÉLVICO: 
Linha desde o centro da cabeça do fêmur
até o centro do tarso passando pelo
centro do joelho ou até 8 mm medial ao
centro do joelho 
Eixo da força
Patela sempre localizada no eixo
mecânico porque o músculo não faz
curva e mantém a patela no lugar 
Musculatura toda centralizada nesse eixo
assim como os ossos 
É o que vai ser reestabelecido,
trabalhado, músculos agonistas e
antagonistas 
Luxação de patela começa na articulação
coxofemoral e vai até a articulação do
tarso, alterações nesse trajeto podem
causar uma luxação de patela 
Resolver a causa base para reverter a
luxação de patela, patela está sempre no
lugar quem está fora é o fêmur, a tíbia ou
os dois 
Difícil visualizar o eixo na radiografia
devido a má posição para colocar os
ossos distintos no mesmo plano (fêmur
até o tarso na imagem)
LUXAÇÃO DE PATELALUXAÇÃO DE PATELA
Considerada uma deformidade 
Fora do lugar o fêmur, a tíbia ou os dois juntos 
Fazer com que o sulco troclear venha até a patela
Diagnosticada em exame físico
Na radiografia busca-se quem está fora do lugar
apenas, a luxação é diagnosticada no exame físico
Radiografia de joelho e panorâmica não traz ainformação do porque a patela luxou, sinais de
artrose ou doença articular degenerativa apenas
Posicionamento radiográfico interfere
intensivamente
Tomografia considerada padrão ouro para luxação
de patela pelo posicionamento interferir menos 
Tratamento multidisciplinar 
Introdução
ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR
Se for menor do que o normal a patela luxa lateral 
Se for maior a patela luxa medial 
Não adianta trazer a patela para o lugar pois ela vai
luxar novamente, o fêmur está fora lugar
Planos Anatômicos
Plano Frontal
Plano Sagital (de lado)
Plano Transverso (visualiza o osso de cima)
Direções Deformacionais
Deformidade plano frontal 
para lateral ou medial
Desvios no Plano Frontal
Valgus
Osso desviado para medial do eixo mecânico
Varus 
Osso desviado para lateral do eixo mecânico
Desvio no Plano Sagital
Procurvatum
Osso desviado para cranial do eixo mecânico
Recurvatum
Osso desviado para caudal do eixo mecânico
Desvio no Plano Transverso
Deformidade Torcional
Parte distal do osso “olhando” para frente e a parte
proximal do osso “olhando” para a diagonal
Eixo Anatômico
Não é possível trabalhar com o eixo mecânico por
não conseguir uma imagem adequada do mesmo
na radiografia então se trabalha com o eixo
anatômico 
A partir de um osso somente avalia a luxação
de patela, se faz a avaliação radiográfica
isoladamente o fêmur e a tíbia
Projeção craniocaudal em posição adequada e
se coloca uma linha que cruza o fêmur no meio
obtendo o eixo anatômico do fêmur e,
posteriormente, da tíbia
Nem sempre a linha passa exatamente no meio do
osso o tempo todo, mas passa por pontos
específicos pré definidos 
Eixo Anatômico Fêmur
A partir do ponto médio no terço inicial do fêmur e
outro ponto no terço médio do fêmur
2 outras linhas traçadas nas epífises proximal e
distal do fêmur criando 2 ângulos
Proximal: ângulo do fêmur proximal lateral; linha
traçada tangencia o trocânter maior e vai até o centro
da cabeça do fêmur 
Distal: ângulo do fêmur distal lateral; linha traçada
tangencial os 2 côndilos do fêmur
Na literatura estão
presentes os parâmetros
de normalidade do fêmur
Luxação de patela
presente tem algum
reflexo relacionado à parte
da deformidade distal do
fêmur
Eixo Anatômico Tíbia
Plano Frontal 
Ponto proximal é o centro da tíbia proximal e o
ponto distal é o centro da tíbia distal
Plano Sagital 
Ponto proximal no tubérculo e o ponto distal no
centro da tíbia distal que coincide com o centro do
talus
Ângulos da Tíbia Proximal e Distal
93 a 96° na parte proximal e na parte distal 
Eixo Mecânico (Platô da Tíbia) X Eixo Anatômico 
Padrão Radiográfico - Posicionamento
Deve haver um padrão de posicionamento na
radiografia, imagem radiográfica adequada para
avaliar a luxação de patela 
Estudo Radiográfico do Fêmur
A imagem no plano frontal vai estar adequada se:
Côndilos femorais devem estar simétricos
Apenas a “pontinha” do trocânter menor
aparecendo 
A imagem mediolateral vai estar adequada se:
Sobreposição dos 2 côndilos femorais
Ângulo de Anteversão da Cabeça do
Fêmur
Fêmur não entra reto no acetábulo, mas sim
rotacionado para frente
Obtido na radiografia em uma projeção
craniocaudal do joelho, difícil realizar sendo mais
avaliado pela tomografia 
Se esse ângulo for maior do que o normal, ou
seja, a cabeça do fêmur está girada mais para
frente ainda o fêmur inteiro precisa girar para
dentro para encaixar no acetábulo rotacionando
assim o sulco troclear e a patela não acompanha,
luxação lateral da cabeça do fêmur
Se o ângulo for menor do que o normal, a cabeça
do fêmur luxa medial
Se o ângulo é maior a patela luxa lateralmente
LUXAÇÃO DE PATELA PODE SER SECUNDÁRIA À UM
PROBLEMA NA CABEÇA DO FÊMUR
Ângulo de inclinação 
Ângulo de anteversão 
Casos de artrose no quadril com luxação de patela por
exemplo
Estudo Radiográfico da Tíbia
A imagem no plano cranial vai estar adequada se:
Calcâneo deve estar centralizado na tíbia
Necessário girar um pouco a pata para fora 
A imagem no plano sagital vai estar adequada se:
Sobreposição das linhas do platô da tíbia 
Enxergar a eminência intercondilar acima do platô
Técnica Cirúrgica para Correção da
Luxação de Patela
Envolve saber qual o osso está fora do lugar!
Ostectomia
Secção em cunha do fêmur (quando este
apresentar problemas) e o reduz com uma placa
estabelecendo o eixo anatômico normal 
Deformidades Torcionais
TÍBIA
Tuberosidade da tíbia fora do eixo anatômico da
tíbia
Somente nesse caso onde há deformidade
torcional da tíbia que a transposição da
tuberosidade da tíbia é indicada 
FÊMUR
Porção distal está “olhando” para frente e a
proximal está oblíqua 
Diagnóstico de Luxação de Patela
Padrão ouro, assim como para deformidades
torcionais, é a tomografia
Mais fácil de realizar os cálculos dos ângulos
traçando melhor os eixos
Radiografia é mais pobre em informações
Possível imprimir as imagens do tamanho real dos
ossos em impressora 3D para estudos planejando
melhor o tratamento
Tratamento - DFO/PTO
Osteotomias + Transposição 
Transposição da Tuberosidade da Tíbia
Técnica dos 4 T’s
Evolução da transposição da crista da tíbia
Calcula-se o quanto vai fazer de transposição 
ESTUDOS
Conforme aumenta o grau de luxação de patela,
pacientes tratados com transposição e/ou sulco
troclear tem até 43% de chance de ter recidivas,
sendo que até quase 20% dos casos de luxação de
patela tratados dessa forma vão sofrer
reintervenção 
Se for só aprofundamento de sulco ou só
transposição da crista da tíbia a chance é de quase
100% de recidivas 
Planejamento inadequado da técnica 
Estudos comprovam que as complicações caem
pela metade com o uso da nova técnica, mesmo
que seja mais agressiva 
42% dos cães pequenos com luxação de patela
tendem a ter ruptura do ligamento cruzado sendo
a cirurgia um tratamento importante para luxação
de patela afim de evitar ruptura do ligamento
cruzado por forçar o joelho para trabalhar 
13% dos pacientes com luxação de patela
secundária a torção da tíbia sendo importante
avaliar antes de optar por uma transposição, não
deve ser feita em todos os animais com luxação
É necessário entender amplamente a luxação de
patela, ou seja, que não é a patela que está no
lugar errado, mas sim a tíbia, o fêmur ou os dois
juntos 
A luxação da patela parte de problemas desde o
quadril, articulação coxofemoral, até o tarso 
Eixo mecânico, eixo da força, é criado a partir disso
onde estão centralizados os ossos e músculos 
É preciso trabalhar o eixo mecânico
cirurgicamente mantendo os ossos alinhados
nesse eixo e a fisioterapia deve promover o
trabalho muscular (músculos agonistas e
antagonistas) em sintonia no eixo mecânico
Trabalhar com o paciente na fisioterapia desde
o pré-operatório para melhorar o procedimento
cirúrgico
Conclusão
Luxação da patela deve
ser trabalhada no eixo
mecânico com ossos e
músculos nesse eixo

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