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INTRODUÇÃO GERAL À 
FILOSOFIA 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Robson Stigar 
 
 
 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Nesta aula, vamos conhecer um pouco mais das correntes filosóficas do 
fim do século XIX e início do século XX. Nosso objetivo é perceber que, nesse 
período histórico, o saber filosófico é caracterizado por uma grande pluralidade 
de abordagens, ideias e concepções. Dentre as correntes filosóficas que serão 
abordadas, destacamos o pensamento marxista, o existencialismo, a 
fenomenologia, a teoria crítica e o estruturalismo. 
TEMA 1 – MARXISMO 
O Marxismo é uma corrente filosófica do século XIX que fundamenta sua 
reflexão na análise das práticas sociais, tendo como principal representante Karl 
Marx. É importante destacarmos que essa corrente filosófica pode sofrer uma 
distinção em sua estrutura. Alguns teóricos, como Japiassú e Marcondes (2006), 
destacam que há o pensamento marxiano e o pensamento marxista. O primeiro 
se remete a toda a obra de Marx, que se fundamentava em alguns princípios 
como o materialismo histórico e a dialética como motor da história. E, para o 
segundo, o pensamento marxista refere-se à reflexão de outros autores que a 
partir dos pressupostos do pensamento de Marx desenvolveram outras análises 
sobre a realidade. Entretanto, é importante destacarmos que essa distinção tem 
um caráter didático, ou seja, facilita a compreensão de que há certas ideias, que 
posteriormente serão desenvolvidas – como as de Lenin e Trotsky –, mas que 
não são totalmente fiéis ao pensamento de Marx. 
Com base nessa compreensão, destacamos que o marxianismo é uma 
teoria filosófica que se contrapunha à filosofa de Hegel. Como vimos 
anteriormente em nossos estudos, esse autor desenvolveu toda sua teoria com 
base em uma perspectiva idealista e abstrata, ou seja: 
Considerava que a análise da consciência, realizada na perspectiva 
transcendental, ignorava a origem e o processo de formação dessa 
consciência, tomando-a como dada e analisando-a em abstrato. Sua 
filosofia parte assim da necessidade de examinar, em primeiro lugar, 
as etapas de formação da consciência, tanto em seu sentido subjetivo, 
no indivíduo, quanto em seu sentido histórico, ou cultural. (Japiassú; 
Marcondes, 2006, p. 127) 
Marx inspirou-se na filosofia de Ludwig Feuerbach, que afirmava que o 
pensamento hegeliano era uma forma de especulação vazia, a partir da qual não 
é possível compreender a realidade. Afirmava que para tal era necessário 
 
 
3 
compreender o ser humano como um ser concreto, histórico e social. Essa 
compreensão, de caráter estritamente materialista, contrapunha-se a toda uma 
tradição filosófica que desnaturalizava o ser humano, e refletia o mesmo 
deslocado do contexto em que vive e das relações que estabelece com o meio. 
Considerando esses elementos, Marx segue a linha crítica em relação a 
Hegel, destacando que ele realizou uma inversão entre o que é determinante e 
determinado. Segundo o pensamento marxiano, o que determina a realidade 
material na qual a vida se desenvolve, e não as ideias abstratas, ou ainda as 
representações ou conceitos. Dessa forma, afirma que: 
As premissas de que partimos não constituem bases arbitrárias, nem 
dogmas; são antes bases reais de que é possível abstrair no âmbito da 
imaginação. As nossas premissas são os indivíduos reais, a sua ação 
e suas condições materiais de existência. (Marx; Engels, 2001, p. 4) 
Dessa forma, podemos afirmar que a grande crítica de Marx à filosofia 
hegeliana é que ela não era crítica o suficiente, pois “não atingia a verdadeira 
origem dessas ideias – a qual estaria na base material da sociedade, em sua 
estrutura econômica e nas relações de produção que a mantêm” (Japiassú; 
Marcondes, 2006, p. 180). Essa concepção foi definida, posteriormente, como 
materialismo histórico: 
Indica a concepção materialista da história, segundo a qual os 
processos de transformação social se dão através do conflito entre os 
interesses das diferentes classes sociais: Até o presente toda a história 
tem sido a história da luta entre as classes, as classes sociais em luta 
umas com as outras são sempre o produto das relações de produção 
e troca, em uma palavra, das relações econômicas de sua época; e 
assim, a cada momento, a estrutura econômica da sociedade se 
constitui o fundamento real pelo qual devem-se explicar em última 
análise toda a super estrutura das instituições jurídicas e políticas bem 
como as concepções religiosas, filosóficas, e outra de todo o período 
histórico. (Japiassú; Marcondes, 2006, p. 182) 
Para Marx, o indivíduo é formado por meio das relações sociais, com base 
nelas forma suas ideias, valores, comportamentos, refletem a sociedade na qual 
vivem. De outro, essas relações são consideradas como espelhamento da forma 
como os seres humanos realizam a produção dos bens, da forma como se 
organizam seus modos de produção. Como afirmam Marx e Engels (2001, p. 4): 
A forma como os homens produzem esses meios depende em primeiro 
lugar da natureza, ou seja, dos meios de existência já elaborados e que 
lhes é necessário reproduzir; mas não devemos considerar esse modo 
de produção deste único ponto de vista, isto é, enquanto mera 
reprodução da existência física dos indivíduos. Pelo contrário, já 
constitui um modo determinado de atividades de tais indivíduos, uma 
forma determinada de manifesta a sua vida, um modo de vida 
 
 
4 
determinado. A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete 
muito exatamente aquilo que são. O que são coincide portanto com a 
sua produção, isto é, tanto com aquilo que produzem como com a 
forma como produzem. Aquilo que os indivíduos são depende, 
portanto, das condições materiais de sua produção. 
Sob essa ótica, podemos afirmar que, para Marx, os modos de produção 
não são resultado da reflexão humana, mas por meio deles o ser humano se 
constitui como tal. Considerando, portanto, o trabalho como uma atividade 
essencial para o ser humano, passa a analisar a forma como esse se 
desenvolveu no cômputo da história, até chegar ao sistema capitalista, que para 
Marx tornou a vida das pessoas não apenas excludente, mas também alienada. 
Para realizar essa análise, Marx lança mão do método dialético. É 
importante destacarmos que esse método também fora utilizado por Hegel, 
entretanto, há diferenças substanciais. Como afirma Cotrim e Fernandes (2013, 
p. 296): “na concepção hegeliana a dialética torna-se instrumento de legitimação 
da realidade. No pensamento de Marx, ela leva ao entendimento da possibilidade 
de negação dessa realidade”, ou seja, como motor de transformação desta. 
Dessa forma, a teoria marxiana afirma que as grandes transformações 
históricas ocorreram por meio de mudanças revolucionárias no campo da 
economia, e foram causadas por contradições em seu próprio interior. Essas 
contradições são fruto da interposição das forças produtivas (trabalhadores e 
meios de trabalho) com as relações de produção. 
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem 
sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e 
plebeu, senhor e escravo, mestre de corporação e aprendiz; numa 
palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido 
uma guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que 
terminou sempre ou por uma transformação revolucionária da 
sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta. (Marx; 
Engels, 1999, p. 8) 
Analisando a história, Marx identifica vários modos de produção: o 
comunismo do ser humano primitivo, a escravidão própria da Antiguidade, a 
servidão do período feudal e a exploração do capitalismo. A transição de cada 
um desses modos ocorreu quando 
O nível de desenvolvimento das forças produtivas entra em contradição 
com as relações sociais de produção Quando isso ocorre, há um 
sufocamento da produção em virtude da inadequação das relações nas 
quaisela se dá. Nesse momento, surgem as possibilidades objetivas 
de transformação desse modo de produção. (Cotrim; Fernandes, 2013, 
p. 296) 
 
 
5 
Analisando o contexto histórico, social e econômico do século XIX, Marx 
salienta que no seio do próprio capitalismo surgiu uma classe revolucionária, o 
proletariado, que com as condições de subsistência se tornam uma força de 
contraposição frente ao modelo econômico. É importante destacarmos que o 
pensamento de Marx tinha um comprometimento político com a sociedade em 
que vivia, e que fomentou inúmeras revoluções sociais no século XX, como 
também inspirou dezenas de pensadores das mais diversas correntes filosóficas. 
TEMA 2 – EXISTENCIALISMO 
O século XIX e XX foi marcado por uma série de mudanças sociais e 
acontecimentos históricos e sociais que impactaram profundamente a vida 
humana. A implementação e consolidação do capitalismo e seus modos de 
exclusão social e a realização de guerras que mataram milhões de civis, e 
promoveram o genocídio de vários grupos sociais, mostrando o lado mais cruel 
do ser humano, são exemplos reais desses acontecimentos. Destacamos que 
esse cenário promoveu o descrédito nas instituições sociais, o declínio das 
utopias e o fim das grandes ideologias de explicação do mundo. Nesse contexto, 
perguntas que sempre foram feitas pelo próprio ser humano surgem com uma 
perspectiva diferente, mais profunda e existencial: quem é o ser humano? Qual 
o valor que esse possui? Qual é o fundamento de suas ações? Há limites para 
a liberdade? 
Todas essas indagações foram assumidas por um conjunto de 
pensadores que buscaram dar explicações filosóficas, tentando compreender o 
mundo e reposicionar o ser humano frente às condições da existência. Dentre 
os diversos temas trabalhados pelos pensadores existencialistas, dois podem 
ser considerados como centrais: a liberdade e a angústia. 
Para a corrente existencialista, o ser humano não pode ser compreendido 
como um ser determinado, já que realidades transcendentais não têm esse 
poder. Assim, o ser humano é por sim indeterminado, ou seja, não há um destino 
a ser percorrido, não há um fim último a ser alcançado, a vida em si é fruto de 
escolhas. Assim, a liberdade é a realidade a partir da qual a existência se dá, e 
a imprevisibilidade é o que constitui a existência. A vida humana, portanto, é 
marcada pela multiplicidade de possibilidades, pela incerteza e pela busca. 
Compreendendo essa premissa, pode-se afirmar que o existencialismo é 
por excelência um humanismo, pois não afirma ou critica todas as formas 
 
 
6 
transcendentais ou idealistas de compreensão da vida. A autodeterminação, 
portanto, é a única possibilidade de o sujeito conferir sentido a sua existência. 
Dessa forma, a existência humana precede, ou seja, vem antes de qualquer 
essência que a ela é atribuída. 
O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que 
seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja 
após este impulso para a existência; o homem não é mais o que ele se 
faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo. É também a isso que 
se chama a subjetividade, e o que nos censura sob este mesmo nome. 
Mas o que queremos dizer nós com isso, senão que o homem tem uma 
dignidade maior do que uma pedra ou uma mesa? Porque o que nós 
queremos dizer é que o homem primeiro existe, ou seja, que o homem, 
antes de mais nada, é o que se lança para um futuro, e o que é 
consciente de se projetar no futuro. (Sartre, 1973, p. 11) 
Dessa forma, a liberdade e a indeterminação são compreendidas como o 
fundamento da existência, e a partir das quais é necessário que o ser humano 
busque estruturar sua vida. Entretanto, essa realidade de plena incerteza 
permite afirmar que ele é condenado à liberdade, ou seja, a total e plena escolha 
frente à realidade. Essa condição, segundo os pensadores do existencialismo, 
faz com que surja o sentimento de angústia, pois a contingência da vida não 
permite ter a certeza das consequências das escolhas. “Para o homem perdido 
no mundo e seus divertimentos, essa inquietação é um medo breve e fugidio. 
Mas, quando esse medo toma consciência dele mesmo, transforma-se em 
angústia” (Meier, 2014, p. 302). 
A angústia é concebida como a consciência que o ser humano tem de sua 
finitude, e ao mesmo tempo a compreensão de que a liberdade é a única coisa 
que lhe resta, forçando-a assim a assumir plenamente a sua existência. Nesse 
contexto, aparece o conceito de responsabilidade: sendo livre, o ser humano é 
responsável por sua autodeterminação. 
Mas, se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é 
responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do 
existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é, de lhe 
atribuir a total responsabilidade de sua existência. E, quando dissemos 
que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o 
homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é 
responsável por todos os homens. (Sartre, 1973, p. 11) 
Dessa forma, o ser humano não tem como fugir da responsabilidade frente 
suas escolhas e ações. Uma vida autêntica exige que o sujeito se lance frente 
aos professos de significação, consciente que eles é que irão estabelecer o 
sentido que ele escolheu para sua existência. “Do sentido que o ser humano 
 
 
7 
imprime à sua ação decorre a autenticidade ou a inautenticidade da sua vida. A 
pessoa autêntica é aquela que se projeta no tempo, que pertence a sua mesma” 
(Meier, 2014, p. 303). 
Os principais pensadores da corrente existencialista são: 
Quadro 1 – Pensadores existencialistas 
Gabriel Marcel (1889-1973) Buscou compreender o drama da existência humana a partir 
de uma perspectiva metafísica, na qual o ser humano é 
entendido como um ser que trilha o caminho da vida em 
busca do sentido da existência, o qual encontra no 
semelhante e na fé em Deus. 
Martin Heideger (1889-1976) Afirmava que a existência deveria ser compreendida como 
um estar no mundo (dasein), no qual o ser humano 
desenvolve suas relações compreendendo a 
impossibilidade de realidades transcendentais, e a 
responsabilidade frente à liberdade. Sob essa ótica, destaca 
que uma vida eminentemente autêntica é aquela na qual o 
indivíduo tem consciência plena de suas escolhas. 
Karl Jaspers (1883-1969) Desenvolve seu pensamento acerca da angústia frente à 
realidade. Não compreende o ser humano como um ser 
generalizante, mas que em sua individualidade e 
subjetividade lança-se à experiência existencial buscando 
as possibilidades que esta oferece. 
Jean-Paul Sartre (1905-1980) Desenvolveu suas análises com base na reflexão sobre a 
condição humana frente à existência. Destacou que a 
liberdade é a maior expressão de uma existência plena, 
somente por meio dessa é que o sujeito pode fundamentar 
suas ações. 
Albert Camus (1913-1960) Por meio de suas obras literárias desenvolveu várias teorias 
filosóficas nas quais expressava a falta de referências e 
sentido da existência. Essa era expressa pelo sentimento de 
absurdo, a total falta de sentido frente à realidade. Nessa 
ótica, é que ele apresenta um problema que será 
considerado por outros tantos pensadores: o suicídio. Como 
enfrentar a total falta de sentido frente à existência? Uma 
das formas que esse autor apresenta para superar essa 
realidade é a revolta, que longe de ser vazia e plena de 
angústia, mobiliza o ser humano a se engajar em ações e 
lutas que visem objetivos comuns à humanidade. 
Por fim, é importante salientarmos que o existencialismo não pode ser 
concebido como uma corrente filosófica relativista, ou seja, que imprime à vida 
do sujeito as múltiplas possibilidades sem considerar o impacto delas na 
existência individual e coletiva. Esta é, sim, uma corrente que destaca a 
importância de uma vivência imanente, que considera a indeterminação humana 
e a responsabilidades que todos e cada um tem frentea essa. 
 
 
8 
TEMA 3 – FENOMENOLOGIA 
Esta é uma corrente filosófica do século XX que se posicionava de forma 
contrária ao pensamento positivista, que fundamenta toda sua teoria no “método 
empirista e quantitativo, pela defesa da experiência sensível como fonte do 
conhecimento” (Japiassú; Marcondes. 2006, p. 222). Para a fenomenologia, o 
pensamento positivista tem um caráter reducionista, impossibilitando a 
compreensão das demais realidades cuja mensuração, categorização e 
manipulação não é possível. 
Assim, colocando-se em uma perspectiva diversa de análise, a 
fenomenologia busca constituir uma ciência rigorosa. Edmund Husserl (1859-
1938), o principal representante da fenomenologia, buscava compreender os 
fenômenos não apenas pela experiência dos cinco sentidos, mas como eles se 
apresentam à consciência. 
Dessa forma, o fenômeno é “aquilo que aparece à consciência e manifesta 
a essência”, que em si se constitui uma “realidade derradeira sem a qual as 
coisas não seriam o que são” (Russ, 2015, p. 400). É importante destacarmos 
que a essência não se remete a realidades transcendentais, como a metafísica, 
mas à forma como a consciência abstrai a realidade analisada, 
independentemente de suas particularidades. Por exemplo, “a essência do 
triângulo é o conjunto de suas propriedades, sem as quais o triângulo não seria 
o que ele é; esse conjunto possui a sua especificidade em relação a qualquer 
triângulo” (Russ, 2015, p. 400). Assim, podemos definir a fenomenologia como 
“uma descrição das essências, as quais residem apenas nos fenômenos” (Russ, 
2015, p. 400). 
Sob essa ótica, a fenomenologia também pode ser compreendida como a 
ciência das essências, as quais estão presentes nos fenômenos. Salientamos 
que o grande objetivo da fenomenologia é buscar o conhecimento por meio “de 
formas absolutas que permitam o exercício do pensamento e sem as quais as 
coisas não seria o que elas são” (Russ, 2015, p. 400). Para que esse intento 
fosse possível, foi fundamental reestabelecer um tipo de racionalidade diversa 
do positivismo, e que se fundamentasse na dúvida e no questionamento frente 
à realidade. 
Para isso, foi estruturado o método da redução fenomenológica que 
consiste no ato de isolar o “mundo objetivo com a suspensão de qualquer crença 
 
 
9 
existencial”; e o da redução transcendental que busca “isolar o meu eu empírico, 
de maneira a juntar-se à atividade do eu racional” (Russ, 2015, p. 401). Dessa 
forma, compreendendo a racionalidade como princípio último do conhecimento, 
é possível entender a realidade em sua essência. 
Um conceito fundamental para compreender a base do conhecimento 
fenomenológico é o da intencionalidade. Não sendo a investigação sobre a 
realidade de caráter empírico e objetivo, a consciência lança-se sobre a 
realidade com uma determinada intenção. Assim, “a consciência é consciência 
de algo: é uma intenção e uma pura transcendência. A palavra intencionalidade 
não significa nada mais que essa particularidade fundamental e geral que a 
consciência tem de ser consciência de algo” (Russ, 2015, p. 401). Dessa forma, 
o conhecimento, para a fenomenologia, tem caráter qualitativo e subjetivo, 
entretanto, isso não significa que seja um conhecimento intimista e particular. 
Ele expressa a verdade de um determinado grupo de fenômenos analisados por 
um interlocutor. 
Nesse contexto, podemos perceber que a clássica dicotomia entre sujeito 
e objeto é superada, tendo em vista que a abertura de consciência permite que 
a realidade seja significada e conhecida. 
TEMA 4 – ESCOLA DE FRANKFURT 
A Escola de Frankfurt iniciou seus trabalhos no ano de 1923, junto com o 
Instituto de Pesquisa Social. Os pensadores que a compõem baseiam suas 
análises em uma teoria crítica da sociedade, buscando compreender a 
complexidade da realidade por meio da dialética. Tem como ponto de partida a 
análise do projeto do Iluminismo, que buscou a emancipação dos sujeitos por 
meio do exercício da razão e do consequente progresso social. Entretanto, esse 
empreendimento não alcançou sua finalidade. Como afirma Meier (2014, p. 339), 
“se, inicialmente, queria libertar os homens, o iluminismo tornou os homens 
reféns, escravos de uma razão técnica, manipuladora, que tudo reduz a objeto”. 
Nesse sentido, 
O entendimento, que venceu a superstição, deve ter voz de comando 
sobre a natureza desenfeitiçada. Na escravidão a criatura ou na 
capacidade de oposição voluntária aos senhores do mundo, o saber 
que é poder não conhece limites. Esse saber serve aos 
empreendimentos de qualquer um, sem distinção de origem, assim 
como na fábrica e no campo de batalha, está a serviço de todos os fins 
da economia burguesa [...] a técnica é a essência desse saber. Seu 
 
 
10 
objetivo não são os conceitos ou imagens nem a felicidade da 
contemplação, mas o método, a exploração do trabalho dos outros [...] 
Sem escrúpulos para consigo mesmo o iluminismo incinerou os últimos 
restos da sua própria consciência de si. (Horkheimer; Adorno, 1991, p. 
4) 
A essa compreensão foi dado o nome de razão instrumental, “uma vez 
que se reduz à fabricação de instrumentos e meios adequados para a realização 
dos fins previamente estabelecidos e controlados pelo sistema” (Meier, 2014, p. 
340). Como afirma Horkheimer (2002, p. 6): 
Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da 
atividade e do pensamento humano, a autonomia do homem, enquanto 
indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente 
mecanismo de manipulação de massas, o seu poder de imaginação e 
o seu juízo independente sofreram uma redução. O avanço dos 
recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de 
desumanização. 
Sobre essa ótica é feita a denúncia de que essa razão instrumental 
viabiliza a “deturpação das consciências individuais, a assimilação dos 
indivíduos ao sistema social dominante e o desancamento do mundo” (Cotrim; 
Fernandes, 2013, p. 314). Uma das formas pelas quais esse processo foi 
desenvolvido é a Indústria Cultural. Essa é uma crítica frente aos meios culturais 
que reproduziam uma lógica própria do capitalismo buscando fomentar 
concepções, comportamentos, e massificar o pensamento crítico. 
Dessa forma, a Escola de Frankfurt denuncia que a razão iluminista foi 
asfixiada pelo capitalismo e sua lógica social, fazendo com que ela entrasse em 
um eclipse. Mas qual é a possibilidade de saída que a escola apresenta para 
essa condição? Uma das teorias é a necessidade de tornar essa razão 
instrumental em uma razão dialógica e comunicativa. Para isso, é necessário 
que ocorra uma mudança na concepção da razão, que não mais busca 
apresentar a verdade, ou efetivar o progresso, mas sim estabelecer consensos 
entre os sujeitos, por meio de diálogos pautados nos princípios da democracia. 
 É importante destacarmos que essas teorias foram desenvolvidas por 
alguns pensadores, dentre eles: 
Quadro 2 – Pensadores da Escola de Frankfurt 
Max Horkheimer (1895-1973) Possui uma obra “voltada para os temas centrais da 
sociedade contemporânea como a família, a questão da 
autoridade política e do autoritarismo. A cultura de massas, 
a ideologia da sociedade burguesa. Apesar de ser crítico do 
materialismo dialético, Horkheimer pode ser considerado um 
neomarxista por seu uso de categorias do marxismo em 
 
 
11 
suas análises e por sua crítica ao positivismo sociológico” 
(Japiassú; Marcondes, 2006, p. 136). 
Theodor Adorno (1903-1969) “Desenvolveu uma teoria crítica da ideologia da sociedade 
industrial e de sua cultura [...] Formulou o conceito de 
Indústria Cultural para caracterizar a exploração comercial e 
a vulgarização da cultura, principalmente através do rádio e 
do cinema. Denunciou sobretudo a ideologia da dominação 
da natureza pela técnica, que traz como consequência a 
dominação do próprio homem” (Japiassú; Marcondes, 2006, 
p. 3). 
Hebert Marcuse (1898-1979) Umade suas maiores contribuições “foi a relação que 
desenvolveu entre o pensamento de Marx e o de Freud, em 
uma interpretação que realça o sentido literário tanto do 
marxismo quanto da teoria psicanalítica. Para Marcuse, a 
repressão sexual e a repressão social são indissociáveis em 
nossa cultura. Denunciou inclusive a aparente tolerância 
existente no liberalismo de certas sociedades industriais 
avançadas como uma pseudoliberdade, conduzindo no 
fundo ao conformismo” (Japiassú; Marcondes, 2006, p. 177). 
Jürgen Habermas (1929) “Toma como ponto central de sua análise a racionalidade 
dessa sociedade [...] visa estabelecer os meios para se 
alcançar um fim determinado. Segundo essa análise, o 
desenvolvimento técnico, e a ciência voltada para a 
aplicação da técnica, que resultam dessa razão 
instrumental, acarretam a perda de autonomia do próprio 
bem, submetido igualmente às regras da dominação da 
técnica do mundo natural [...] Assim, é necessário portanto 
recuperar a dimensão da interação humana, de uma 
racionalidade baseada no agir comunicativo, entre sujeitos 
livres, de caráter emancipador em relação à dominação 
técnica [...] ao explicitar as condições da ação comunicativa, 
implícitas em todo uso significativo do discurso, permite o 
desmascaramento da ideologia e a retomada da razão 
emancipadora” (Japiassú; Marcondes, 2006, p. 127). 
Por fim, ressaltamos que a Escola de Frankfurt, com base no pensamento 
e na atuação de Jürgen Habermas, continua ativa em sua reflexão acerca das 
relações sociais. 
TEMA 5 – ESTRUTURALISMO E CORRENTES PÓS-MODERNAS 
Na seara das correntes filosóficas que se desenvolvem no século XX, 
encontramos o estruturalismo, que considera a necessidade de perceber que em 
toda a realidade analisada deve-se buscar por uma estrutura fundamental. Por 
estrutura devemos compreender “um conjunto de elementos que formam um 
sistema, um todo ordenador de acordo com princípios fundamentais” (Japiassú; 
Marcondes, 2006, p. 96). Essa abordagem filosófica se constitui mais que uma 
linha de pensamento, um método por meio do qual é possível compreender a 
 
 
12 
forma como a realidade é organizada, e como essa organização impacta na vida 
humana. 
Esse método foi utilizado pela primeira vez por Ferdinand Saussure 
(1857-1913), que, ao analisar as diferentes linguagens por uma perspectiva 
antropológica, afirmou “a predominância do sistema sobre os elementos, visando 
extrair a estrutura do sistema através da análise das relações entre os 
elementos” (Japiassú; Marcondes, 2006, p. 96). Dessa forma, a linguagem não 
é apenas a conjugação lógica de símbolos, mas também o reflexo de como os 
diferentes sujeitos compreendem o mundo e a eles atribuem significado. A língua 
não possui apenas uma dimensão social, mas também uma que é individual, que 
é construída na inter-relação, e por meio da qual o sujeito atribui à realidade a 
sua percepção dela. 
 Essa lógica de percepção nos permite compreender que o estruturalismo 
“parte do pressuposto que o ser humano está inserido em uma rede de relações 
que condicionam o seu comportamento. Há uma lógica social que antecede o 
indivíduo e é mais forte que a sua vontade individual” (Meier, 2014, p, 306). 
É importante destacarmos que essa percepção do estruturalismo se 
coloca em oposição à do existencialismo. Como vimos, esse afirmava a 
indeterminação do ser humano, e a liberdade incondicional que era aliada à 
responsabilidade. No estruturalismo, o ser humano está inserido em uma 
estrutura coletiva, sua ação e o exercício da liberdade perpassa toda uma lógica 
de reprodução dos princípios coletivos. Isso não significa que exista liberdade, 
mas que ela é exercida no cômputo das relações humanas. 
 Para compreendermos essa afirmação, é necessário destacar a noção de 
poder. Esse, entendido como a capacidade de mobilizar os sujeitos em vistas de 
algo, não é exercido de forma unilateral ou ainda hierárquica, como no contexto 
da modernidade. A compreensão Iluminista de progresso e linearidade não se 
efetivou. O que há é a descontinuidade da fragmentação das formas de poder 
que se organizam enquanto redes de micropoderes. Como afirma Machado 
(1979, p. XIV): 
Os poderes não estão localizados em num ponto específico, da 
estrutura social. Funcionam como uma rede de dispositivos ou 
mecanismos a que nada ou ninguém escapa, a que não existe exterior 
possível, limites ou fronteiras. Dá a importante e polêmica ideia de que 
o poder não é algo que se detém [...] Não existe um lado os que têm 
poder e de outro aqueles que se encontram dele alijados. 
Rigorosamente falando, o poder não existe, existem sim práticas e 
relações de poder. O que significa dizer que o poder é algo que se 
 
 
13 
exerce, que se efetua, que funciona. E que funciona como uma 
maquinaria, como uma máquina social, que não está situada em um 
lugar privilegiado ou exclusivo, mas se dissemina por toda estrutura 
social. Não é um objeto, uma coisa, mas uma relação. 
Compreendendo as relações humanas inseridas em uma estrutura social 
que são articuladas considerando as relações de poder, inúmeras teorias foram 
sendo desenvolvidas. Os principais pensadores são: 
Quadro 3 – Pensadores estruturalistas 
Claude Lévi-Strauss (1908-
2009) 
Antropólogo francês que “aplicou o método estruturalista no 
estudo dos mitos e das relações de parentesco nas 
sociedades primitivas, tomando as estruturas sócias como 
modelos a serem descritos, estabelecendo o sentido da 
cultura em questão” (Japiassú; Marcondes, 2006, p. 96). 
Jacques Lacan (1901-1981) Psicanalista francês, buscou explicar a estrutura da psique 
humana resgatando os elementos estruturais apresentados 
por Freud. Para isso, buscou analisar a forma como o 
inconsciente é estruturado, concluindo que “o inconsciente é 
estruturado como uma linguagem; o inconsciente do sujeito 
é o discurso do outro [...] assim, devemos conferir à relação 
do homem com a linguagem uma dimensão totalmente 
diferente, pois ela é aquilo pelo qual nascem o sujeito 
humano e o mundo dos objetos. Porque é ingressando em 
sua ordem, submetendo seu desejo à sua grande regra de 
aliança e de troca, que o homem se constitui enquanto tal 
face a um mundo, ele mesmo resultado do arranjo das 
impressões sensíveis nas categorias de sentido” (Japiassú; 
Marcondes, 2006, p. 162). 
Louis Althusser (1918-1990) Filósofo francês, buscou analisar alguns princípios da teoria 
marxista a partir do estruturalismo, buscando “investigar as 
bases epistemológicas dessa teoria, bem como seu papel 
político [nesse sentido [...] considerava a ciência não apenas 
como fenômeno de superestrutura, mas como produção de 
conhecimento, chegando inclusive a propor uma teoria do 
processo de produção do conhecimento” (Japiassú; 
Marcondes, 2006, p. 7). 
Michel Foucault (1926-1984) Com base na teoria da microfísica do poder, desenvolveu 
uma genealogia do poder, buscando compreender a forma 
como esse foi estruturado e desenvolvido. Assim, ele 
“acompanha a evolução dos mecanismos de controle social 
e punição, que se tornaram cada vez menos visíveis e mais 
racionalizados. Caracteriza a sociedade contemporânea 
como uma sociedade disciplinar, na qual prevalece a 
produção de práticas disciplinares de vigilância e controles 
constantes que se estendem a todos os âmbitos da vida dos 
indivíduos” (Cotrim; Fernandes, 2013, p. 319). 
Jacques Derrida (1930-2004) Com base no método estruturalista busca compreender 
como a sociedade contemporânea é uma sociedade em 
desconstrução. Com a não efetivação do projeto do 
Iluminismo, a centralidade da razão, fez com que as 
construções racionalizadas que fundamentam a sociedade 
ocidental entrassem em colapso. Para isso, o autor estrutura 
um processo de análise que visa apresentar “como se dá a 
 
 
14 
construção de certas noções – por exemplo, o conceito de 
razão e os valores a ele associados; como depois essas 
noções passam a ter função predominante na culturaocidental; e por último como elas podem ser usadas como 
forma de dominação” (Cotrim; Fernandes, 2013, p. 319). 
Destacamos que o estruturalismo é compreendido como uma das 
principais correntes de pensamento do século XX, principalmente no que tange 
o estudo das ciências humanas. 
NA PRÁTICA 
Nesta aula, conhecemos as principais correntes filosóficas do século XIX 
e XX. Em nosso estudo, pudemos perceber o grande exercício que elas têm de 
apresentar que a lógica do Iluminismo, que procurava apresentar a racionalidade 
como princípios de todas as coisas, não se concretizou. Da mesma forma, o 
projeto que era proposto por esse movimento acabou desvirtuado de seu 
objetivo. Assim, escolha uma das correntes estudadas e busque, por meio dos 
princípios apontados por ela, refletir sobre o seu contexto social. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, conhecemos algumas das correntes filosóficas do século XIX 
e XX. A primeira foi o marxismo, que, buscando refutar o idealismo filosófico de 
sua época, apresenta que as relações concretas inseridas na história são o 
motor para o desenvolvimento do pensamento e das teorias sobre o ser humano 
e a sociedade. Com o existencialismo, vimos que o ser humano é um ser que 
não é determinado por realidades transcendentes, mas é, sim, condenado a ser 
livre, e ao mesmo tempo por ser responsável por seus atos. Estudando a 
fenomenologia, vimos que a ciência positiva, fundamentada apenas na 
objetividade da produção do conhecimento, é reducionista, não é a única forma 
de compreender a realidade de forma ampla. Conhecendo as teorias 
desenvolvidas pela Escola de Frankfurt, vimos que a razão iluminista se tornou 
fundamentalmente instrumental, e utilizada pelo sistema capitalista para 
manipular e subjugar o ser humano. Por fim, com o estruturalismo, vimos que as 
diversas realidades da vida humana podem ser compreendidas com base em 
estruturas, que em seu cômputo auxiliam no desenvolvimento das ciências 
humanas. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do Iluminismo. São Paulo: Nova 
Cultural, 1991. 
COTRIM, G; FERNANDES, M. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 
2013. 
HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro, 2002. 
JAPIASSÚ, H; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2006. 
MACHADO, R. In: FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de janeiro: Graal, 
1979. 
MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
MARX, K; ENGELS, F. Manifesto Comunista. São Paulo: Jahr, 1999. 
MEIER, C. Filosofia: por uma inteligência da complexidade. Belo Horizonte: 
PAX, 2014. 
RUSS, J. Filosofia: os autores, as obras. Petrópolis: Vozes, 2015. 
SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Abril Cultural, 
1973.

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